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Antenas Cap. I
por F.C.C. De Castro e P.R.G Franco
Capítulo I
O Campo Eletromagnético
1 Introdução
Um Campo , em termos genéricos , é uma entidade que existe em uma região do espaço e que apresenta
um valor definido para uma determinada grandeza a cada ponto dentro daquela região. Assim, existem
Campos de Temperatura, Campos de Velocidade, Campos de Força Mecânica, etc...
No contexto de Eletromagnetismo, sob o ponto de vista da representação matemática dos fenômenos que
iremos estudar, existem dois tipos de básicos de campos: Campos Vetoriais e Campos Escalares.
Por exemplo, consideremos um clássico experimento em eletrostática, que consiste em atritar um objeto
de material plástico com uma flanela seca. A carga elétrica adquirida pelo objeto de plástico, resultante
da extração de cargas em conseqüência do atrito, faz com que partículas de pó suspensas no ar sejam
atraídas na direção do objeto (se o ar estiver suficientemente seco). Temos aqui a situação em que um
Campo Vetorial é observado, visto que as partículas de pó são sujeitas a uma força cuja intensidade e
direção dependem da coordenada (x, y, z ) na qual a partícula se encontra em determinado instante. Por
outro lado, se conectarmos o terminal “−” de um voltímetro eletrônico1 a um ponto de referência e
movimentarmos o terminal “+” nas proximidades do objeto plástico eletrificado, veremos que a leitura
indicada pelo voltímetro varia com a coordenada (x, y, z ) em que encontra-se o terminal “+”. Temos
agora a situação em que um Campo Escalar é observado, visto que o Potencial Elétrico medido pelo
voltímetro em relação ao ponto de referência não apresenta propriedades direcionais, sendo
completamente caracterizado apenas pela sua intensidade.
Vimos, portanto, que em uma mesma região do espaço podem existir dois tipos de campos, um escalar e
outro vetorial. Ambos os campos, no experimento em questão, são gerados pelo mesmo fenômeno físico
– a existência de carga elétrica não nula no objeto de plástico. Ainda, note que para ambos os tipos de
campo a carga elétrica do objeto plástico gerou efeitos sobre corpos relativamente distantes dela – a
partícula de pó e o terminal do voltímetro eletrônico. Esta “ação à distância” da carga elétrica sobre
outros corpos físicos é o fenômeno fundamental que rege o funcionamento de uma antena, visto que de
quanto mais distante pudermos gerar efeitos sobre corpos físicos implicitamente maior a nossa “área de
influência”. No contexto de aplicação de antenas, esta maior “área de influência” visa atender objetivos
econômicos, militares, geopolíticos, etc. Assim, o principal objetivo da Teoria de Antenas é estudar
maneiras de maximizar esta “ação à distância” da carga elétrica, fenômeno este que é denominado
Irradiação Eletromagnética.
Especificamente, uma antena é uma estrutura geométrica cujo material constitutivo permite livre
movimentação à cargas elétricas, a qual, ao ser excitada por energia (tensão ou corrente), gera campos de
natureza eletromagnética (escalares e vetoriais) no espaço tridimensional ao seu redor. A intensidade e
direção destes campos – e principalmente a maneira como eles se relacionam entre si – depende da
forma de variação da carga elétrica no tempo (forma de variação temporal da excitação) , da forma
de variação das cargas elétricas no espaço (geometria da antena), do material do qual a antena é
constituída e do meio físico no qual a antena encontra-se inserida.
No contexto de Telecomunicações, o objetivo de uma antena transmissora, localizada em um ponto
p0 (x, y, z ) do espaço tridimensional, é fazer com que estes campos se propaguem o mais distante dela
possível de modo que uma outra antena localizada em um ponto p1 (x, y , z ) – a antena receptora –
reconverta estes campos em tensão (ou corrente) proporcional à tensão (ou corrente) aplicada nos
terminais da antena transmissora. Desta maneira, informação pode ser transportada entre antena
transmissora e antena receptora visto que qualquer variação da tensão (ou corrente) de excitação na
antena transmissora resultará em uma correspondente variação na tensão (ou corrente) da antena
1
Um voltímetro eletrônico apresenta alta resistência de entrada Ri . Em geral, o dispositivo ativo em sua
entrada é um transistor MOS-FET, sendo não raro Ri > 500 × 10 6 Ω .
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receptora. O estado da tecnologia atual permite que a antena transmissora e a receptora estejam
localizadas em pontos separados de distâncias planetárias, como foi o caso do robô Sojourner Rover do
Mars Pathfinder Project , projeto da agência espacial norte-americana NASA , cujo Lander transmitiu
diretamente à Terra, via ondas de rádio, imagens da superfície do planeta Marte (ver
http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/mesur.html e http://mpfwww.jpl.nasa.gov/rovercom/rovcom.html ).
Todos os campos (escalares e vetoriais) gerados por uma antena transmissora variam no tempo, e são
obrigatoriamente resultado do movimento acelerado de cargas elétricas distribuídas por sua estrutura
geométrica. Este movimento imposto às cargas elétricas livres na estrutura de uma antena é conseqüência
da forma de variação temporal da energia (tensão ou corrente) de excitação nela aplicada. Se as cargas
elétricas não forem aceleradas, então os campos gerados ficam limitados às proximidades da antena
transmissora, jamais atingindo a antena receptora.
Portanto, não ocorre irradiação eletromagnética nas seguintes situações (embora campos sejam
gerados próximo à antena):
(I) Aplicando a uma antena uma tensão constante com corrente resultante nula de modo que as
cargas elétricas permaneçam estáticas.
(II) Aplicando a uma antena uma corrente constante no tempo sendo a geometria da antena tal que
as cargas elétricas movimentam-se com velocidade constante por toda sua estrutura geométrica
condutora.
Para a situação (I) , as cargas elétricas estáticas apenas geram um Campo Elétrico (que é um Campo
Vetorial) próximo à antena. Podemos também enxergar esta situação sob a ótica de que é gerado um
Campo de Potencial Elétrico (que é um Campo Escalar) próximo à antena. Note que o conceito de
Campo Eletromagnético é um tanto abstrato de modo que o fenômeno da irradiação eletromagnética é
abordado na literatura sob diversas óticas (escalares e/ou vetoriais), a critério do autor. Para a situação
(II) as cargas elétricas em velocidade constante apenas geram um Campo Magnético (que é um Campo
Vetorial) próximo à antena.
Somente quando a variação temporal da excitação é tal que o movimento das cargas livres na estrutura
geométrica de uma antena seja um movimento acelerado, de modo que seja imposta uma perturbação na
variação temporal do valor da densidade volumétrica da carga elétrica em algum ponto da
estrutura geométrica da antena é que campos Elétricos e Magnéticos serão gerados em um ponto
distante da mesma.
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Segundo o Dicionário Aurélio, o termo Alegoria pode ter os seguintes significados: (1) Exposição de
um pensamento na forma figurada. (2) Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra. (3)
Seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido. (4) Obra de pintura ou
escultura que representa uma idéia abstrata por meio de formas que a tornam compreensível. (5)
Simbolismo concreto que abrange o conjunto de toda uma narrativa ou quadro, de maneira que a cada
elemento do símbolo corresponda um elemento significado ou simbolizado.
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space. As regards space, the difference is, that the aether presents successive parts of centres of
action, and the present supposition only lines of action; as regards matter, the difference is, that
the aether lies between the particles and so carries on the vibrations, whilst as respects the
supposition, it is by the lines of force between the centres of the particles that the vibration is
continued. As to the difference in intensity of action within matter under the two views, I suppose
it will be very difficult to draw any conclusion, for when we take the simplest state of common
matter and that which most nearly causes it to approximate to the condition of the aether,
namely the state of the rare gas, how soon do we find in its elasticity and the mutual repulsion of
its particles, a departure from the law, that the action is inversely as the square of the distance!
...”
Uma perturbação propagando-se no Éter resultante do movimento acelerado de cargas elétricas seria algo
semelhante ao que acontece quando estamos em uma piscina e, com a palma da mão mergulhada na água,
com os dedos esticados e encostados lado a lado, exercemos movimento na água aplicando uma força tal
que esta movimente-se com velocidade não constante. Nesta situação podemos observar que ondas
surgem na água e que se propagam para longe. No entanto, se repetirmos o experimento apenas efetuando
um movimento retilíneo com a palma, sob velocidade constante, observaremos somente movimentação da
água nas proximidades da mesma.
A Teoria do Éter, no entanto, sofreu um pesado revés em 1886, quando Albert Michelson realizou o
denominado Experimento de Michelson e Moreley. Este experimento demonstrou, segundo a ciência
oficial da época, a inexistência do Éter. A idéia seria medir a velocidade com que a Terra se move
através do Éter, utilizando para tanto um interferômetro ótico. O experimento resultou em nenhuma
velocidade relativa detectada, o que levou a comunidade científica a abandonar o conceito de Éter e
adotar o abstrato conceito de Campo Eletromagnético. No entanto, alguns pensadores da época
ponderaram que o Éter poderia estar se movendo juntamente com a Terra, como se cada corpo celeste do
Universo fosse envolvido por uma gigantesca bolha de fluído etéreo, o que invalidaria o Experimento de
Michelson e Moreley. De fato, até mesmo na atualidade o Experimento de Michelson e Moreley é sujeito
a diversas contestações e o conceito de Éter tem aparecido aqui e acolá com alguma freqüência (ver
http://www.keelynet.com/spider/b-108e.htm, http://www.redesignz.fsnet.co.uk/aetheory.html,
http://www.magna.com.au/~prfbrown/aether.html e http://www.westworld.com/~srado/ por exemplo).
Até porque, parece haver uma contradição lógica no conceito de Campo Eletromagnético: A Física oficial
não aceita a interpretação do fenômeno da irradiação eletromagnética através do conceito de Éter – o
meio imaterial, segundo Faraday e Maxwell, no qual as ondas eletromagnéticas se propagam – mas adota
e aceita a teoria matemática desenvolvida no Século XIX por Faraday, Maxwell, Helmholtz e outros, cujo
resultado formal é a equação de uma onda que se propaga no espaço tridimensional ! Este
posicionamento da ciência oficial é no mínimo estranho, porque uma onda eletromagnética propaga-se (e
muito bem!) no vácuo absoluto. Ora, o vácuo absoluto é a total inexistência de matéria, e, portanto, não
existe absolutamente qualquer meio material que permita a existência de uma onda ou perturbação nele
propagando-se. E é inconcebível sob o ponto de vista da lógica que uma onda ou perturbação possa
propagar-se sem a existência de um meio ao qual ela pertença. A Física oficial justifica esta contradição
postulando que a onda eletromagnética é uma perturbação nas propriedades do espaço tridimensional
onde existe um Campo Eletromagnético. Muito bem, se é assim, a contradição lógica é maior ainda,
porque estaremos atribuindo propriedades ao vácuo – algo que materialmente não existe. Como a ciência
oficial a princípio reconhece apenas a realidade material, ao atribuir propriedades ao vácuo, ela acaba por
atribuir qualidades a algo inexistente! Portanto, talvez fosse menos contraditório admitir que existe algo
no vácuo absoluto, que a ciência atual não sabe exatamente o que é, mas que é o meio de propagação das
ondas eletromagnéticas.
Toda esta situação torna-se mais curiosa quando lembramos que a ciência atual adota, reconhece e
considera as equações desenvolvidas por Maxwell como descritoras corretas do fenômeno da irradiação
eletromagnética, mas não reconhece a interpretação por Maxwell oferecida! Como se Maxwell não
tivesse tido todo um trabalho de reflexão e interpretação intuitiva até finalmente ter definido um conjunto
de equações consistentes e descritoras das leis do eletromagnetismo!
Mas a situação “curiosa” da Teoria Eletromagnética não para por aí. Segue abaixo texto extraído do livro
Eletromagnetics, de John D. Kraus e Keith R. Carver, ambos considerados “vacas sagradas” do
eletromagnetismo moderno:
“O desenvolvimento das Equações de Maxwell como generalizações das relações da Teoria de
Circuitos envolve tanto o raciocínio indutivo como o físico. Isto não implica que a obtenção das
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equações seja rigorosa. As Equações de Maxwell justificam-se pelo fato de que as conclusões
baseadas nelas mostraram em inúmeros casos estar em excelente harmonia com os resultados
experimentais, do mesmo modo que as relações de circuito mais primitivas justificam-se dentro
de seu domínio mais restrito pela excelente harmonia das conclusões, nelas baseadas, com a
experimentação. Talvez mereça ser lembrado o fato de que as Equações de Maxwell não tiveram
aceitação geral durante muitos anos após a sua postulação (1873). As equações em rotacional de
Maxwell ( ∇ × E e ∇ × H ) significavam que campos elétricos e magnéticos variando no
temo eram interdependentes, sendo um campo elétrico variável capaz de gerar um campo
magnético e vice-versa. A conclusão disto é que o campo eletromagnético variando no tempo
propagaria energia através do espaço vazio na velocidade da luz e que a luz é de natureza
eletromagnética. As ondas de rádio eram desconhecidas na época e isto foi 15 anos antes de
Hertz (1888) demonstrar que as ondas eletromagnéticas (ou de rádio) eram possíveis, como foi
predito por Maxwell.
Não há garantia de que as Equações de Maxwell sejam exatas. Todavia, com base na precisão
de medições experimentais, elas parecem ser exatas e portanto podemos considerar como tal”
Em nossa opinião, o texto do parágrafo anterior altera a situação da Teoria Eletromagnética oficial de
apenas “curiosa” para desconfortável. Analisemos os fatos:
(I) Maxwell, Faraday e todos os demais antigos fundadores da Teoria Eletromagnética definiram
um conjunto de equações consistentes e descritoras das Leis do Eletromagnetismo utilizando
como ferramentas apenas a lógica e a dedução intuitiva. Nenhum teorema foi por eles
demonstrado que garantisse a exatidão do modelo teórico por eles concebido. A origem e o
sustentáculo conceitual do modelo concebido é a suposição lógica e intuitiva da existência de
um fluído universal e imaterial ao qual eles denominaram “Éter” e as relações entre variáveis
mecânicas deste fluído.
(II) A ciência oficial adota, reconhece e considera as equações desenvolvidas pelos antigos
fundadores da Teoria Eletromagnética como descritoras corretas dos fenômenos
eletromagnéticos, mesmo admitindo não haver garantia de que o modelo seja exato, mesmo
não havendo nenhum teorema que prove a veracidade do modelo. Isto é estranho, porque, a
princípio, a ciência oficial só admite como exato o que pode ser demonstrado, relegando ao
plano do “empírico” tudo mais. Neste sentido, se o posicionamento da ciência oficial for
cientificamente coerente, então as Equações de Maxwell são empíricas e temos de admitir
que toda a tecnologia de telecomunicações moderna é baseada no empirismo científico de
uma gang de malucos do século XIX!
(III) A ciência oficial adota, reconhece e considera as equações desenvolvidas pelos antigos
fundadores da Teoria Eletromagnética como descritoras corretas dos fenômenos
eletromagnéticos, porque os resultados experimentais estão em “excelente harmonia” com
o modelo teórico por eles concebido. Contudo, não reconhece a interpretação por eles
oferecida, origem e sustentáculo conceitual do modelo concebido, a qual consiste na suposição
lógica e intuitiva da existência do fluído imaterial “Éter”! Mais ainda, a ciência oficial não
reconhece a interpretação com base na existência do fluído imaterial “Éter”, mas, em pleno
início do século XXI ainda não conseguiu desenvolver um modelo que substitua a
exatidão do modelo cuja concepção é inspirada na existência de tal fluído!
Diante de tal situação, somos obrigados a suspeitar – por coerência lógica e consistência científica – que
a interpretação original oferecida por Faraday, Maxwell e demais fundadores da Teoria Eletromagnética
através do conceito de Éter talvez não esteja tão em desacordo com a realidade do que efetivamente
acontece por detrás dos fenômenos eletromagnéticos.
No contexto da Física atual há uma teoria relativamente nova denominada String Theory. Esta teoria
postula a existência de 6 dimensões espaciais definindo o Universo, além das 3 que visualmente somos
capazes de perceber (ver http://www.superstringtheory.com/index.html e
http://www.lassp.cornell.edu/GraduateAdmissions/greene/greene.html ). A String Theory permite,
conforme veremos a seguir, lançar hipóteses sobre o comportamento de uma onda eletromagnética
utilizando uma interpretação inspirada na Teoria do Éter.
Preliminarmente, é imprescindível deixar claro que as ilações alegóricas relativas à interpretação e
significado do campo eletromagnético que discutiremos a seguir pretende apenas servir de auxílio
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didático à compreensão do mecanismo de irradiação de uma antena. Embora ela busque elementos de
apoio na String Theory e na Teoria do Éter, a interpretação aqui apresentada não as segue fielmente.
Novamente, reiteramos que a interpretação aqui apresentada para uma onda eletromagnética objetiva
apenas dar a ela a interpretação de uma onda mecânica propagando-se em um meio elástico, que é um
fenômeno muito menos abstrato e mais assimilável pela intuição física do que a de uma “onda de
propriedades do espaço”, usualmente adotada pela Física oficial. Absolutamente não pretendemos com
isso entrar na seara de ( e muito menos competir com!) Física Teórica, Estrutura da Matéria,
Cosmogênese, etc... Muito pelo contrário, mais uma vez reiteramos, nosso objetivo aqui é unicamente e
simplesmente didático! Além disto, dada a interdependência dos conceitos fundamentais do
Eletromagnetismo aqui envolvidos, muitas vezes adiantaremos resultados a serem obtidos em seções
subsequentes tomando-os como axiomas que serão posteriormente analisados. Nos parece ser esta a
maneira mais concisa para a apresentação do assunto em questão, e de mais fácil assimilação pelo leitor,
dado o grau de complexidade e abstração envolvidos.
3
A Viscosidade é função direta da força de atrito ou fricção entre sub-regiões indivisíveis e móveis de um
fluído. Por exemplo, o fluído azeite de cozinha é mais viscoso que o fluído água, porque as forças de
atrito entre as moléculas que constituem o óleo de cozinha são maiores do que as forças de atrito que
ocorrem entre as moléculas de água. No entanto, o óleo de cozinha é menos denso que a água (óleo de
cozinha flutua na água!) porque, em regiões de mesmo volume, existe menos matéria em uma região que
contem óleo do que em uma região que contem água. Ainda, o ar é um fluído compressível/expansível
porque, se contido em uma região (ambiente) fechada, é possível aplicar uma força externa à região no
sentido de diminuir o seu volume, às custas de uma força elástica de reação contrária. No entanto, para o
caso da água, pouquíssima redução de volume seria obtida com a mesma força externa aplicada, o que
categoriza a água como um fluído incompressível. Um fluído é torcionável se girarmos um volume ∆V
deste fluído, ∆V gira de volta à posição angular inicial ao “soltarmos” o volume à mercê das forças de
torção elástica inerentes ao fluído.
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+ 1.60 × 10 −19 C . Quando o número de elétrons que se movimentam em torno do núcleo iguala o
número de prótons no núcleo, então a carga líquida é zero e o átomo é eletricamente neutro.
No contexto de interpretar fenômenos eletromagnéticos através do conceito de Éter, podemos imaginar
cada próton como uma fonte do fluído Éter e cada elétron como um sumidouro. Se substituirmos a
unidade de carga elétrica C por uma unidade de vazão mássica Kg ′ s , onde Kg ′ representa a
“massa” 4 do Éter, podemos imaginar um próton como se fosse o “bocal de uma mangueira” que “jorra”
para dentro de nosso universo tridimensional 1.60 × 10 Kg ′ de Éter a cada segundo de tempo. Do
−19
mesmo modo, podemos imaginar cada elétron como se fosse o “bocal de uma mangueira” que “aspira”
para fora de nosso universo tridimensional 1.60 × 10 Kg ′ de Éter a cada segundo de tempo. Mas de
−19
onde vem e para onde vai o Éter jorrado e aspirado respectivamente por prótons e elétrons? No contexto
da String Theory, podemos imaginar que o Éter flue de e para alguma região contida nas outras 6
dimensões extras de nosso Universo. Cada “bocal de mangueira” é a parte que conseguimos perceber
com nossa limitada visão tridimensional de uma estrutura hiperdimensional definida em sua totalidade
nas 9 dimensões postuladas pela String Theory. Algo semelhante ao sistema circulatório do corpo
humano: prótons seriam terminações de canais arteriais e elétrons seriam terminações de canais venosos,
ambos tipos de canais transportando o fluído éter.
O próprio Albert Einsten, em um discurso proferido em 5 de Maio de 1920, na Universidade de Leyden –
Holanda (ver http://www.tu-harburg.de/rzt/rzt/it/Ether.html ) admitiu:
“... we may say that according to the general theory of relativity space is endowed with physical
qualities; in this sense, therefore, there exists an ether. According to the general theory of
relativity space without ether is unthinkable; for in such space there not only would be no
propagation of light, but also no possibility of existence for standards of space and time
(measuring-rods and clocks), nor therefore any space-time intervals in the physical sense. But
this ether may not be thought of as endowed with the quality characteristic of ponderable media,
as consisting of parts which may be tracked through time. The idea of motion may not be applied
to it. “
No modelo atômico mais simples, um elétron movimenta-se contido em uma região definida ao redor do
núcleo, o que forçosamente estabelece uma trajetória curva para o mesmo. Uma vez que a trajetória é
curva, o vetor velocidade varia com o tempo, e em conseqüência o movimento é acelerado. Logo,
baseado no que já discutimos em parágrafos anteriores, cada elétron de um átomo, sendo uma carga
elétrica negativa em movimento acelerado, deveria irradiar uma onda eletromagnética. No entanto nunca
foi detectado pela ciência qualquer tipo de irradiação eletromagnética resultante do movimento de
elétrons em torno do núcleo de um átomo eletricamente neutro.
Estaria errada então a nossa premissa básica (oficialmente reconhecida, aceita e adotada) de que qualquer
carga elétrica acelerada gera uma onda eletromagnética? Se nos inspirarmos em Faraday e Maxwell, não.
Um átomo eletricamente neutro é aquele em que o número de sumidouros de Éter que se movimentam em
torno do núcleo (elétrons) iguala o número de fontes de Éter no núcleo (prótons). Os 1.60 × 10 Kg ′
−19
de Éter que cada próton no núcleo “jorra” a cada segundo de tempo para dentro de nosso Universo
tridimensional são totalmente “aspirados” de volta por cada elétron movimentando-se ao redor do núcleo.
Portanto nenhuma quantidade de Éter pode “vazar” de um átomo eletricamente neutro já que todo Éter
que “jorra” dos prótons no núcleo é “sugado” pelos elétrons movimentando-se ao redor do mesmo. Ou
seja, um átomo eletricamente neutro é um reservatório fechado para o Éter que circula em seu interior.
Ora, se Faraday e Maxwell estiverem certos, uma onda eletromagnética é uma perturbação no meio de
propagação imaterial constituído pelo Éter. Como todo o Éter que flue no interior de um átomo
eletricamente neutro fica nele contido, não há continuidade do meio propagação para fora do mesmo, e,
portanto, qualquer perturbação ou onda no Éter no interior do átomo não consegue propagar-se para seu
ambiente exterior. Daí, embora os elétrons sejam cargas elétricas aceleradas movimentando-se contidas
em uma região definida ao redor do núcleo, não ocorre irradiação eletromagnética para o ambiente
exterior do átomo.
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Acrescentamos o qualificador “ ´ ” à unidade Kg para deixar claro que esta medida de “massa”
refere-se a algo de caráter imaterial.
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Ainda, perseguindo o nosso objetivo didático de tornar palpável à intuição física mecânica o fenômeno da
irradiação eletromagnética, fenômeno básico para a compreensão do funcionamento de uma antena, é
interessante investigar como seria interpretada a atração-repulsão de cargas elétricas na hipótese
alegórica da existência do fluído Éter. Vimos que uma carga elétrica positiva pode ser imaginada como
uma fonte de Éter e uma carga elétrica negativa pode ser imaginada como um sumidouro de Éter.
Imaginemos uma fonte de um fluído qualquer, cujo “bocal” por onde jorra o fluído seja de formato
esférico, fonte esta que encontra-se livremente solta e imersa no fluído. Apelando para nossa intuição
mecânica somos obrigados a concluir que, devido à distribuição de forças no “bocal”, a fonte estará
sujeita a uma força mecânica resultante que tenderá a movê-la no sentido da maior rarefação do fluído
(menor pressão interna do fluído). Se o fluído é uniformemente distribuído no espaço tridimensional, a
fonte tende a ficar imóvel. Por outro lado, imaginemos um sumidouro de um fluído qualquer, cujo
“bocal” por onde o fluído é sugado seja de formato esférico, sumidouro este que encontra-se livremente
solto e imerso no fluído. Novamente, apelando para nossa intuição mecânica, somos obrigados a concluir
que, devido à distribuição de forças no “bocal”, o sumidouro estará sujeito a uma força resultante que
tenderá a movê-lo no sentido da menor rarefação do fluído (maior pressão interna do fluído).
Considerando que próximo ao sumidouro de um fluído a sua rarefação é maior do que próximo a uma
fonte do mesmo então sumidouros devem tender a afastar-se de sumidouros, fontes devem tender a
afastar-se de fontes e sumidouros devem tender a aproximar-se de fontes. Assim fica justificado de modo
alegórico a razão de cargas elétricas iguais repelirem-se mutuamente enquanto cargas elétricas opostas
sofrem atração mútua. Alternativamente, poderíamos justificar a alegoria baseado no fato que próximo à
fonte de um fluído a sua pressão interna é maior do que próximo a um sumidouro do mesmo.
Também é interessante sob o ponto de vista didático investigar o que representa a grandeza Campo
Elétrico na hipótese didático-alegórica da existência do Éter. Imaginemos uma região do espaço
tridimensional onde há um fluído. Suponhamos, por exemplo, que imersos neste fluído existem uma fonte
e um sumidouro do mesmo, ambos localizados em coordenadas (x, y, z ) distintas e constantes, de modo
que o fluído flui da fonte para o sumidouro, sendo a vazão da fonte o dobro da vazão do sumidouro em
valor absoluto. Não é difícil de concluir que a velocidade de movimentação de um fluído em cada ponto
p(x, y, z ) é maior para aqueles pontos localizados tanto nas proximidades de uma fonte quanto nas
proximidades de um sumidouro – basta lembrar-nos do fluído água escoando pelo ralo de uma pia ou
cuba. Agora, consideramos momentaneamente o Campo Elétrico entre duas cargas elétricas + 2q e
− q , conforme mostra a Figura 1. A seguir, voltemos a imaginar a região do espaço tridimensional
preenchida por fluído, onde imersos neste fluído existem uma fonte e um sumidouro. Se plotarmos o
campo de velocidade deste fluído obteremos o mesmo padrão vetorial da Figura 1.
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Figura 1: Campo Elétrico tridimensional entre duas cargas elétricas esféricas + 2q e − q , visto de um
plano de corte que contém o centro das cargas. O tamanho de cada vetor representa a intensidade do
Campo Elétrico na coordenada Ov em que se situa a extremidade de origem do vetor. A direção e o
sentido para o qual aponta o vetor representa a direção e sentido para o qual aponta o Campo Elétrico na
coordenada Ov . Se traçarmos todas as possíveis curvas orientadas5 para as quais cada vetor da figura
define a direção e sentido da reta orientada tangente à respectiva curva, com ponto de tangência dado
pelas coordenadas Ov do respectivo vetor , então teremos desenhado o gráfico das Linhas do Campo.
Esta coincidência entre a forma do campo de velocidade e a forma do campo elétrico para a situação em
questão talvez possa ser justificada pela alegoria do Éter. Se não, vejamos: Uma das relações
fundamentais em Eletrostática é dada pela equação
onde F (x, y, z ) é o vetor que define a força mecânica que atua sobre uma carga elétrica q localizada
nas coordenadas (x, y, z ) quando nesta coordenada existe um campo elétrico dado pelo vetor
E (x, y, z ) . Por exemplo, suponhamos que as cargas + 2q e − q na Figura 1 estejam localizadas
respectivamente nas coordenadas dos pontos p (x 0 , y 0 , z 0 ) e p (x1 , y1 , z1 ) . A carga + 2q gera em
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Uma curva é orientada quando existe definição do sentido positivo de percorrê-la (uma indicação feita
com uma flecha, por exemplo).
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cada ponto p(x, y, z ) do espaço tridimensional um campo elétrico que aponta para fora de seu centro.
Este campo elétrico E gerado pela carga + 2q estende-se até o ponto p (x1 , y1 , z1 ) onde encontra-se a
carga − q gerando uma força F (x1 , y1 , z1 ) = (− q )E (x1 , y1 , z1 ) sobre − q .
m V m Kg ′ (3)
F Kg 2 = q[C] E → F Kg ′ 2 = q E[?]
s m s s
mas de (3) temos que
′ m
Kg s 2 m (4)
E [?] = =
Kg ′ s
s
q (5)
E (x, y, z ) = rˆ
4πε r 2
onde r é a distância entre a carga q e o ponto p(x, y, z ), r̂ é o vetor unitário (portanto adimensional)
que define a direção e sentido do segmento de reta que une q a p(x, y , z ) e ε é a Permissividade
F
Elétrica do meio, medida em Farads (unidade de capacitância) por Metro . Se fizermos a análise
m
Kg ′
dimensional de (5) sob o mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s ] , veremos que a dimensão de ε é 3 .
m
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Portanto, a Permissividade Elétrica é uma medida da Densidade Volumétrica do Éter6, o que concorda
com o mecanismo descrito por (5): Supondo a carga uma fonte de Éter (carga positiva) com vazão q ,
tanto maior será a velocidade do fluído que se afasta sob ação da pressão resultante da vazão da fonte
quanto menor for a sua densidade ε . Mesmo arrazoado é válido para um sumidouro de Éter (carga
negativa).
Ou talvez devamos ouvir o próprio Maxwell, conforme texto abaixo extraído do online book The Life of
James Clerk Maxwell ( ver http://www.hrshowcase.com/maxwell/preface.html):
“I think we have good evidence for the opinion that some phenomenon of rotation is going on in
the magnetic field; that this rotation is performed by a great number of very small portions of
matter, each rotating on its own axis, this axis being parallel to the direction of the magnetic
force, and that the rotations of these different vortices are made to depend on one another by
means of some kind of mechanism connecting them.
6
A capacitância C de um capacitor de placas paralelas é dada por C = εA l , onde A é a área das
Kg ′ Kg ′
placas e l é a distância entre as mesmas. Se ε é medido em 3 então C é medido em 2 .
m m
Kg ′
Portanto C é uma medida da condensação superficial de Éter nas placas do capacitor, já que 2
m
mede densidade superficial de Éter. Curioso é que o nome antigamente adotado para o dispositivo
capacitor era condensador.
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The attempt which I [have] made to imagine a working model of this mechanism must be taken
for no more than it really is, a demonstration that mechanism may be imagined capable of
producing a connection mechanically equivalent to the actual connection of the parts of the
electromagnetic field. The problem of determining the mechanism required to establish a given
species of connection between the motions of the parts of a system always admits of an infinite
number of solutions. Of these some may be more clumsy or more complex than others, but all
must satisfy the conditions of mechanism in general. The following results of the theory,
however, are of higher value:
• Magnetic force is the effect of the centrifugal force of the vortices.
• Electromagnetic induction of currents is the effect of the forces called in to play when the
velocity of the vortices is changing.
• Electromotive force arises from the stress on the connecting mechanism.
• Electric displacement arises from the elastic yielding of the connecting mechanism.”
Diante desta visão de Maxwell, investiguemos o significado do Campo Magnético à luz da hipótese da
existência do Éter através da análise do comportamento de um sistema físico formado por uma carga
elétrica + q , esférica e de diâmetro tendendo ao infinitesimal, penetrando a uma velocidade v em uma
região do espaço tridimensional onde é feito o vácuo e onde existe uma Campo Magnético H constante
e uniforme, conforme mostra a Figura 2.
Figura 2: Trajetória resultante (em azul claro) para uma carga elétrica positiva + q , de formato esférico
e de diâmetro tendendo ao infinitesimal, penetrando a uma velocidade v em uma região do espaço
tridimensional onde é feito o vácuo e onde existe um campo magnéticoH constante e uniforme. A carga
entra na região com velocidade inicial v fazendo um ângulo θ com o campo magnético H .
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Em 1892, Hendrik Lorentz, após um criterioso estudo do sistema mostrado na Figura 2, determinou que a
força F que surge sobre + q em conseqüência de H , denominada Força de Lorentz, a cada ponto
(x, y, z ) da trajetória de + q é dada por
(6)
F (x, y, z ) = µ q [v(x, y, z )× H (x, y, z )]
onde × é o operador que denota o Produto Vetorial7 e µ é o escalar que representa a Permeabilidade
Magnética do meio onde encontra-se a carga. No caso, o meio em questão é o vácuo, para o qual
µ = 4π × 10 −7 H/m , sendo H/m a unidade de indutância (Henry) distribuída por metro linear.
Uma vez tendo deixado claro quais elementos de (6) dependem das coordenadas (x, y, z ), por
simplicidade passamos a omiti-las na dedução que segue. Em termos da Norma Euclidiana (= módulo)
dos vetores que definem (6), esta pode ser escrita como
F = µ q v H sen (θ ) (7)
T 2 2 2
onde o operador ⋅ retorna o módulo do vetor argumento, i.e., U = U U = U x + U y + U z ,
sendo [
U = Ux Uy Uz ]T
um vetor do espaço tridimensional ℜ3 .
Sem perder generalidade, a título de simplificar nossa investigação, vamos supor que a carga + q incida
na região magnetizada sob um ângulo θ = 90° , conforme mostram as Figuras 3 e 4.
7
O Produto Vetorial entre dois vetores A e B , denotado por V = A × B , é um terceiro vetor V
cujo módulo V é dado por V = A B sen (∠{A, B}) , sendo ∠{A, B} < 180 $ o ângulo entre os
vetores A e B . A direção de V é perpendicular ao plano α que contém os dois vetores A e B e o
sentido de V é dado pela regra da mão direita. A regra da mão direita, no contexto de produto vetorial,
é definida conforme segue: Desloca-se A e B para um ponto O ′ qualquer no plano α , tal que O ′
seja o ponto de origem comum aos dois vetores. Curva-se todos os dedos da mão direita em um
semicírculo que intercepta em ângulo reto as direções de A e B , exceto o polegar que deverá ser
mantido reto e paralelo à direção de V tal que intercepte em ângulo reto o plano α no ponto O ′ . Se
girarmos os dedos que formam o semicírculo em torno do eixo de rotação definido pelo polegar tal que
as pontas dos dedos intercepte a direção de A e após intercepte a direção de B , então o sentido do
polegar define o sentido de V = A× B .
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Figura 4: Vista de topo da Figura 2 para θ = 90° . Para esta situação, de acordo com a Equação (7),
F =µq v H .
Observamos na Figura 4 que a carga + q , movendo-se no vácuo absoluto em uma trajetória retilínea
v , ao penetrar na região onde existe H ≠ 0 , passa a sofrer a ação de
com uma velocidade constante
uma força F que faz com que a carga + q mova-se então em uma trajetória circular de raio R e em
sentido horário.
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Note de (6) que a forçaF não depende de qualquer massa material ou de qualquer efeito de inércia
mecânica, tendo sido originada apenas quando a carga + q adentrou uma região do espaço ℜ onde
3
ocorre H ≠ 0 constante e uniforme. Note também de (6) que se a carga q é negativa, então F tem
seu sentido invertido e a carga − q move-se em uma trajetória circular de raio R mas em sentido
anti-horário.
Na hipótese de a carga + q estar contida em um corpúsculo material de massa m , fato que é
totalmente irrelevante para o surgimento da Força de Lorentz dada por (6), o corpúsculo de massa
m que contém a carga + q também fica submetido a uma Força de Lorentz como conseqüência da
carga nele contida em movimento através de um campo magnético H ≠ 0 . Mas qualquer corpo de
massa m movendo-se em uma trajetória circular de raio R fica sujeito a uma Força Centrípeta Fc cuja
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• v : Constante porque o corpúsculo move-se no vácuo absoluto e, portanto, não existem forças de
atrito que possam reduzir a sua Energia Cinética. Além disto, assume-se não haver nesta região do
espaço nenhum outro campo capaz de alterar v .
Assim, de (8), para que possam ser obedecidas as naturezas, eletromagnética por um lado e
simultaneamente inercial-material por outro lado, intrínsecas ao sistema das Figuras 3 e 4, o raio R da
órbita circular do corpúsculo é “automaticamente” ajustado no valor
mv
R= (9)
µq H
De que maneira as observações experimentais vistas nos parágrafos anteriores (e comprovadas pela
ciência oficial) se encaixam na visão de Maxwell de que regiões do espaço tridimensional onde há campo
magnético constituem regiões onde ocorre tendência à vorticidade (redemoinhos) no movimento do fluído
Éter? Em outras palavras, qual seria o mecanismo gerador da Força de Lorentz? Acompanhemos o
raciocínio apresentado nos parágrafos que seguem.
Seguindo a intuição de Maxwell, vamos substituir na Figura 4 cada vetor que representa o campo H
(apontando para fora do plano da página) por um pequeno vórtice (redemoinho) de Éter girando em um
sentido que obedece a convenção da regra da mão direita: Se alinharmos o polegar da mão direita com
o sentido de H e curvarmos os demais dedos em um semicírculo tal que o polegar seja o eixo de rotação
do semicírculo formado, o sentido de rotação indicado pelos demais dedos define o sentido de rotação do
vórtice de Éter (círculos vermelhos na Figura 5):
Figura 5: Vista de topo da Figura 2 para θ = 90° , associando o campo H à vórtices de Éter,
conforme sugerido por Maxwell.
Discutimos em parágrafos anteriores que um sumidouro de um fluído é sujeito a uma força resultante que
tende a movê-lo no sentido de menor rarefação (maior pressão) do fluído e que uma fonte é sujeita a uma
força resultante que tende a movê-la no sentido de maior rarefação (menor pressão) do fluído. A carga
+ q da Figura 5 é uma carga positiva, e, portanto, pode ser imaginada como uma fonte do fluído Éter.
Quando ela adentra a região onde existe H ≠ 0 , toda vez que a sua trajetória intercepta o contorno
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externo de um vórtice de Éter (círculos vermelhos na Figura 5) ela é desviada para a direita visto que,
devido ao sentido anti-horário de giro do vórtice (definido pelo sentido de H apontando para fora da
página), a fonte de Éter (i.e., a carga + q ) estará sujeita a uma maior pressão de Éter em seu lado
esquerdo e a uma menor pressão em seu lado direito. Desta maneira, à medida que são interceptados
sucessivos contornos externos de vórtices, a carga + q tende a movimentar-se em uma trajetória circular
no sentido horário. Se a carga for negativa, sempre que a sua trajetória interceptar o contorno externo de
um vórtice ela será desviada para a esquerda visto que um sumidouro de Éter (i.e., uma carga − q ) , para
o sentido anti-horário de giro dos vórtices da Figura 5, estará sujeito a uma maior pressão de Éter em seu
lado esquerdo e a uma menor pressão em seu lado direito. Desta maneira, para o sentido de giro dos
vórtices da Figura 5, uma carga − q movimenta-se em uma trajetória circular no sentido anti-horário.
Seria oportuno questionar, sempre mantendo em mente que estamos analisando um modelo alegórico com
fins apenas didáticos, qual seria o diâmetro dos vórtices de um campo puramente magnético H (ausência
total de campo elétrico), sendo H constante e uniforme como na Figura 5? Com base na Equação (9),
arriscaríamos a seguinte aproximação: uma vez que o Éter é imaterial m → 0 em (9), pelo que resulta
R → 0 , isto é, raio infinitesimal. Nesta situação v poderia ser interpretado como a velocidade
tangencial do Éter no contorno externo do vórtice de raio infinitesimal e q como a “massa” de Éter
movimentada por unidade de tempo como conseqüência do giro do vórtice. Assim, se (9) for aplicável
para esta situação, podemos inferir que o diâmetro dos vórtices é muito pequeno, porque (9) foi
experimentalmente testada e validada pela ciência oficial para corpúsculos tão pequenos quanto um
elétron.
H Kg ′ m
F [N ] = µ q v H [?] (10)
m s s
V
Vimos na Seção 2.1 que a unidade de medida de Campo Elétrico m é mapeada na unidade de
m
velocidade sob o mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s ] . Logo, em função disto, a unidade [V ] de tensão
s
m m
2
V é mapeada na unidade [m ] = sob [C] ⇒ [Kg ′ s ] . Da Teoria de Circuitos temos que
s s
indutância L , medida em Henrys [H ], relaciona-se com tensão V , corrente I e carga q através de
dI [A ] I = dq dt dq[C]
V [V ] = L[H ] →V [V ] = L[H ] 2 2
dt [s ] dt s [ ] (11)
Aplicando o mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s] em (11) e a substituindo a unidade de tensão [V] por
m 2
, temos:
s
16
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Kg ′
dq (12)
m s
2
= [ ]
V
s
L ?
dt 2 s 2 [ ]
De (12)
m2 s2
L[?] =
[ ] m 2s 2
= (13)
s Kg ′ Kg ′
s
m 2s 2
Portanto a unidade de medida de indutância Henry [H] é mapeada na unidade . Substituindo
Kg ′
este resultado em (10), temos:
′ m m s 2 Kg ′ m
F Kg 2 = µ q v H [?]
(14)
s Kg ′ s s
E de (14) temos
′ m
Kg s 2 Kg ′
(15)
H [?] = =
m s 2 Kg ′ m m s 2
Kg ′ s s
que pode ser interpretada como sendo uma unidade de Densidade Volumétrica de Torque
Mecânico τ (x, y , z ) aplicado sobre um volume Ω de um fluído, sendo a rotação do volume Ω como
um todo uma conseqüência do torque médio total Τ a ele aplicado, conforme será visto nos parárafos
que seguem.
Consideremos a Figura 6, na qual é mostrado um volume Ω de um fluído sujeito em cada ponto
p(x, y, z ) a um torque F (x, y, z )× r (x, y, z ) . O volume é assumido de forma esférica não só por
simplicidade de representação como também por ser a forma geométrica que, em termos de aproximação,
mais se identifica com a de um vórtice em um fluído isotrópico8.
8
Fluído Isotrópico: Fluído com propriedades mecânicas idênticas em todas as coordenadas e direções do
espaço por ele ocupado.
17
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Figura 6: Região esférica de volume Ω em um fluído, sujeita em cada ponto p(x, y, z ) a um torque
F (x, y, z )× r (x, y, z ) . É mostrado na figura o torque aplicado aos pontos p (x 0 , y 0 , z 0 ) e
p(x1 , y1 , z1 ) . A rotação do volume Ω é uma conseqüência do torque médio total Τ a ele aplicado,
resultante da soma de todas as contribuições de torque F (x, y , z )× r (x, y , z ) em cada ponto
p(x, y, z ).
Observe que o movimento rotacional do volume Ω é condicionado não só pela distribuição de torque
F (x, y, z )× r (x, y, z ) aplicado sobre Ω como também é condicionado pelo grau da suscetibilidade à
torção do fluído. Ao aplicarmos torque mecânico com uma dada distribuição sobre um volume de fluído,
o fluído sofrerá em cada ponto do volume em questão um deslocamento angular ou torção como
conseqüência da distribuição de torque aplicada. Se as propriedades mecânicas do fluído que infuenciam
no seu grau da suscetibilidade à torção, em especial a viscosidade e a elasticidade torcional do fluído,
forem tais que as forças que reagem à distribuição de torque são superadas, então o fluído entra em
movimento rotacional por ação da distribuição de torque aplicado.
Note que se dividirmos o valor do torque F (x, y, z )× r (x, y, z ) em cada ponto p(x, y, z ) pelo valor
do volume total Ω (ver Figura 6) obteremos a densidade volumétrica de torque τ (x, y , z ) em cada
1
ponto p(x, y , z ) de Ω , isto é, τ (x, y , z ) = [F (x, y, z )× r (x, y, z )] .
Ω
Uma vez que o torque médio total Τ aplicado a Ω é resultante da soma de todas as contribuições de
torque F (x, y , z )× r (x, y , z ) em cada ponto p(x, y , z ) , então podemos expressar Τ em função da
1
distribuição de densidade volumétrica de torque τ (x, y , z ) = [F (x, y, z )× r (x, y, z )] , conforme a
Ω
Equação (16):
18
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1
Τ = ∫∫∫τ dΩ = ∫∫∫τ (x, y, z ) dx dy dz = [F (x, y, z )× r (x, y, z )] dx dy dz
Ω ∫∫∫
(16)
Ω Ω Ω
Se as forças que reagem à distribuição de densidade de torque τ (x, y, z ) são superadas − forças de
reação puntuais dependentes das propriedades do fluído que influenciam no seu grau de suscetibilidade à
torção − então o volume Ω do fluído entra em movimento rotacional em torno do eixo definido por Τ
como conseqüência da distribuição de densidade de torque aplicado.
1 Kg m Kg
τ (x, y, z ) =
[ ]
Ω m3 F (x, y, z ) s 2 × r (x, y, z ) [m ] m s 2 (17)
H , obtida quando substitui-se a unidade de carga elétrica C
que é idêntica à unidade dimensional de
pela unidade de vazão mássica de Éter Kg ′ s (mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s ] ), conforme podemos
constatar comparando (15) e (17).
Neste contexto, H representa a densidade volumétrica de torque em um vórtice de Éter, mas não
representa especificamente o movimento de rotação do vórtice. Em outras palavras, embora H seja a
causa da rotação do vórtice, H não representa o movimento de rotação em si. No entanto, conforme
veremos, a densidade volumétrica de torque H (distribuição volumétrica de torque H ) implicitamente
subentende movimento rotacional de Éter no exterior imediato ao vórtice.
B=µH (18)
Ao fazermos a análise dimensional de (18) obtemos um resultado aparentemente estranho: B seria uma
m s2 Kg ′
grandeza adimensional, já que µ é medido em e H é medido em . No entanto, o
Kg ′ m s
2
fato de B ser uma grandeza adimensional, não implica que B não tenha significado físico. Por
exemplo, consideremos a velocidade de giro de um motor de automóvel, a qual é medida em [rpm]
(rotações por minuto) ou também em [rps] (rotações por segundo). Especificamente, a unidade
1
dimensional da velocidade de giro é porque rotação é, por definição, um fenômeno físico medido
s
por unidades angulares adimensionais: rotações, radianos, graus, etc... Mas, ao sermos específicos
19
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1
medindo a velocidade do motor apenas em s estaremos descartando o poder descritivo das unidades
[rpm] ou [rps] porque estas nos dão uma idéia intuitiva de qual fenômeno (no caso, rotação do eixo do
motor) ocorre por unidade de tempo [s ]. Em outras palavras, unidades de medida como rotações,
radianos, steroradianos , embora adimensionais, são largamente utilizadas porque caracterizam a
forma geométrica do fenômeno ou ação subentendidos na equação à qual estas unidades encontram-se
associadas.
Assim, não é absurdo suspeitar que B possua uma unidade adimensional que caracterize a forma
geométrica do fenômeno ou ação subentendidos. Esta unidade não ficou evidenciada na análise
dimensional realizada em (18) porque estamos obtendo as unidades de B e H baseados apenas na
simples e específica substituição da unidade de carga elétrica C pela unidade de vazão mássica de Éter
Kg ′ s em equações do eletromagnetismo clássico. Estas unidades são estritamente dimensionais e,
portanto, não podem ser decompostas em unidades adimensionais, e nem sintetizar as possíveis unidades
adimensionais envolvidas.
Portanto, somente com estes elementos não temos condição de identificar eventuais unidades
adimensionais associadas à B e que possam auxiliar na interpretação da forma geométrica do fenômeno
ou ação subentendidos em (18). Para que possamos inferir a interpretação de B é necessário investigar a
situação sob um ponto de vista não estático, mas sim dinâmico-temporal. Para este fim, será necessário
antecipar o conceito de Rotacional de um Campo de Velocidade, a ser visto na Seção 3, assim como
também será necessário interpretar à luz da Teoria do Éter a Equação de Maxwell em Rotacional do
Campo Elétrico9.
Se consultarmos o desenvolvimento mostrado na Seção 3 veremos que o Rotacional do Campo de
Velocidade de um fluído é o vetor definido pelo produto vetorial ∇ × v , onde
9
Uma discussão formal mas ao mesmo tempo simples das Equações de Maxwell pode ser encontrada em
Seshadri, Fundamentals of Transmission Lines and Electromagnetic Fields, Addison-Wesley, 1971.
20
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Continuando nossa investigação sobre qual grandeza é associada ao movimento de rotação de um vórtice
de Éter, Maxwell, ainda em 1860, postulou que
∂ B(x, y, z )
∇ × E (x, y, z ) = - (19)
∂t
onde t é a unidade de tempo [s ].
Conforme já discutimos na Seção 2.1, E (x, y , z ) pode ser interpretado alegoricamente como o campo de
velocidade do fluído Éter. Se isto for verdadeiro, com base em (32), o termo à esquerda de (19)
representa a velocidade de rotação de um volume infinitesimal dV de Éter, medida em [rps], no
ponto p(x, y, z ) do espaço ℜ 3 onde situa-se o centro do volume dV .
Embora não seja explicitado em (19), temos a total liberdade de dividir os termos à esquerda e à direita de
(19) por dV , o que absolutamente não altera a sua validade. Esta normalização é transparente ao
processo físico por detrás da descrição matemática efetuada por (19), e, assim, podemos assumir que (19)
é originalmente normalizada por dV , mas esta normalização não ficou explícita porque foi cancelada
nos termos à esquerda e à direita.
Nesta situação, (19) passa a representar densidade volumétrica de movimento (velocidade) de rotação
∂ B(x, y, z )
de Éter, medida neste caso em [rps/m3]. Portanto, o termo à direita de (19) também
∂t
3
passa a representar a densidade volumétrica de velocidade de rotação de Éter, tendo [rps/m ] como
unidade de medida.
∂ B(x, y, z )
Uma vez que o denominador do termo tem tempo [s ] como unidade de medida, por
∂t
∂ B(x, y, z )
coerência das unidades, o numerador de obrigatoriamente deve ter como unidade
∂t
deslocamento angular por unidade de volume (torção por unidade de volume).
Em função do exposto e com o auxílio de (18), podemos inferir que H representa a densidade
volumétrica de torque aplicada ao Éter contido no interior do volume dV de um vórtice enquanto
B representa a densidade volumétrica de deslocamento angular (torção) do Éter contido no interior
de dV , torção que é gerada proporcionalmente à distribuição de torque H , sendo a proporcionalidade
definida pela suscetibilidade à torção µ (Permeabilidade Magnética) do fluído Éter.
10
Veremos na Seção 2.2.5 que o campo magnético H (x0 , y 0 , z 0 ) em um ponto p (x 0 , y 0 , z 0 ) é
gerado por movimento rotacional de Éter no exterior imediato de um vórtice de Éter de volume dV
com centro em p (x 0 , y 0 , z 0 ) . Não existe outra maneira de ser gerado um campo magnético H exceto
por movimento rotacional de Éter, isto é, por vorticidade no campo de velocidade linear E do Éter
(campo elétrico). Este é o motivo de o campo magnético H não possuir fontes e/ou sumidouros, ao
contrário do campo elétrico E cujas fontes/sumidouros são cargas elétricas positivas/negativas.
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A Figura 7 descreve o surgimento de vorticidade em um fluído em movimento, fluído este que pode ser,
por exemplo, água movimentando-se em direção ao bocal da mangueira de sucção mergulhada no fundo
de uma piscina ou Éter movimentando-se em direção de uma carga elétrica negativa. A Figura 7(a)
mostra que qualquer movimento relativo entre estratos ou camadas em uma determinada região de um
fluído isotrópico pode gerar turbulência local. Um vez que deve haver continuidade no campo de
velocidade, é razoável admitir que a velocidade média vo do fluído na superfície laminar que separa os
estratos 1 e 2 seja a média das velocidades entre os dois estratos. Portanto, um observador o que
mova-se ao longo da superfície de separação com velocidade vo “enxerga” o movimento do fluído
conforme Figura 7(b). Este movimento relativo do fluído com relação ao observador o pode gerar uma
distribuição de torque tal que seja induzido movimento rotacional do fluído em torno de o , conforme
mostram as Figuras 7 (b) e (c). Dependendo de propriedades mecânicas do fluído, tais como elasticidade
torcional, compressibilidade, densidade, e viscosidade, o movimento rotacional pode evoluir para o
desenvolvimento de um vórtice local, conforme mostra a Figura 7(d). Embora a Figura 7 mostre a
formação de um vórtice em duas dimensões, o processo é idêntico para a formação de um vórtice
tridimensional como o mostrado na Figura 6.
Simultaneamente com a formação do vórtice, ocorre uma tendência de movimento centrífugo11 do fluído
como conseqüência de seu movimento circular no vórtice, conforme mostra a Figura 7 (f). Portanto, o
fluído tende a movimentar-se não somente de modo circular como também simultaneamente de modo
radial, afastando-se do centro p(x, y , z ) do vórtice, conforme mostra a Figura 7 (e).
Daí decorre, portanto, a interpretação do sinal negativo em (19), se assumirmos como válida a
normalização de (18) e (19) pela unidade de tempo:
• O fluir de Éter através das “paredes” do “reservatório” formado pelo volume dV do vórtice, seja o
fluir um processo de evasão ou invasão do “reservatório”, terminará quando as forças radiais
originadas pelo movimento circular atinjam o equilíbrio dinâmico com as forças externas ao vórtice,
11
Centrífugo: Em direção contrária ao centro de rotação.
12
Centrípeto: Em direção ao centro de rotação.
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forças que são resultantes da pressão interna do fluído Éter na região do em questão do espaço ℜ .
3
Quando isto acontece cessa o movimento linear radial do Éter permanecendo apenas o movimento
circular.
Poderia ser argumentado que, se existem forças centrífugas e centrípetas atuando sobre o Éter então
estamos pressupondo massa e efeitos inerciais para algo imaterial. De fato, é exatamente o que estamos
fazendo ao assumir Kg ′ como a unidade de “massa imaterial” para o Éter, muito embora não se tenha
como saber do que ele seja constituído nem como seja estruturado (partículas formadoras). De qualquer
forma, a Teoria da Estabilidade de Lyapunov13 demonstra que a trajetória do vetor de estado de um
sistema físico estável tende a ser atraída pelo estado de menor energia. A Lei da Inércia, a qual rege as
acelerações centrípetas e centrífugas, postula que um corpo tende a manter constante a sua velocidade de
movimento. Esta lei mecânica pode ser interpretada como um caso particular deste princípio de
Lyapunov. Portanto, as acelerações centrífugas e centrípetas que surgem no Éter como conseqüência de
variações na vorticidade podem ser interpretados no contexto da Teoria da Estabilidade de Lyapunov.
∂ B(x, y, z )
V = ∫ E (x, y, z ) ⋅ d l (x, y, z ) = - ∫∫ ⋅ d S (x, y, z ) (20)
C S
∂t
A Equação (20), à luz do que discutimos até este ponto no contexto da alegoria do Éter , sugere os
seguintes comentários/interpretação:
(I) Cada elemento que define a soma (integral) indicada pelo termo à esquerda de (20) é o produto
escalar do vetor velocidade E (x, y , z ) do Éter no ponto p(x, y , z ) pelo vetor d l (x, y , z ) ,
soma esta que é efetuada ao longo de um caminho orientado e fechado C , sendo d l (x, y, z )
um vetor de módulo infinitesimal tangente à C a cada ponto p(x, y, z ) ∈ C . Portanto o
produto escalar E (x, y, z ) ⋅ d l (x, y, z ) efetua a projeção do campo de velocidade
E (x, y, z ) sobre cada ponto p(x, y, z ) do caminho fechado C .
(II) Cada elemento que define a soma (integral) indicada pelo termo à direita de (20) é o produto
∂ B(x, y, z )
escalar da razão de evasão/invasão através das “paredes” do volume dV do
∂t
vórtice infinitesimal de Éter no ponto q (x, y , z ) pela superfície infinitesimal orientada
d S (x, y, z ) ∈ S . O centro de área da superfície infinitesimal orientada d S (x, y, z ) ∈ S
localiza-se no ponto q (x, y , z ) ∈ S , sendo d S (x, y , z ) = dS (x, y , z ) ⋅ nˆ (x, y , z ) onde S é
a superfície delimitada por C e nˆ (x, y, z ) é o vetor normal à d S (x, y , z ) ∈ S a cada ponto
∂ B(x, y, z )
q(x, y, z ) ∈ S . Portanto, o produto escalar ⋅ d S (x, y, z ) efetua a projeção do
∂t
∂ B(x, y, z )
campo de evasão/invasão sobre cada ponto q (x, y , z ) da superfície S .
∂t
(III) O processo físico descrito pelo termo à direita dá origem ao processo físico descrito pelo termo
à esquerda (desprezemos momentaneamente o sinal negativo): Uma superfície S contendo uma
13
Uma excelente discussão sobre Teoria da Estabilidade de Lyapunov pode ser encontrada em Simon
Haykin, Neural Networks, 2nd ed., Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 1999.
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(IV) A orientação relativa entre C e S segue a convenção da regra da mão direita: Se curvarmos
todos os dedos da mão direita em um semicírculo acompanhando o sentido da trajetória fechada
de C , exceto o polegar que deverá ser mantido reto e posicionado tal que constitua o eixo de
rotação do semicírculo formado, então o polegar define o sentido positivo do vetor nˆ (x, y, z )
normal à superfície S em cada ponto q (x, y, z ) ∈ S .
(V) O vetor B(x, y, z ) alinha-se com o eixo de rotação do vórtice infinitesimal com centro no
ponto q (x, y , z ) ∈ S e é perpendicular ao plano de maior velocidade de rotação do vórtice.
∂ B(x, y, z )
(VI) O produto escalar ⋅ d S (x, y, z ) projeta a região da superfície das “paredes” do
∂t
volume dV através da qual ocorre maior evasão/invasão de Éter sobre a área dS (x, y , z )
localizada em q (x, y , z ) ∈ S , sendo q (x, y , z ) o centro do vórtice de volume dV .
(VII) Se o caminho fechado C for um condutor elétrico, e se interrompermos este condutor de tal
forma a definir terminais onde podemos medir uma tensão V , então a tensão V que aparece
∂ B(x, y, z )
nos terminais obedece V = - ∫∫ ⋅ d S (x, y, z ) . O sinal negativo pode ser
S
∂t
explicado pelo mesma relação de causa e efeito que rege a Força de Lorentz, conforme sugerem
as Figuras 8, 9 e 10:
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Figura 8: Espira de fio condutor elétrico (anel cinza na figura) contida no plano da página. A espira é
interrompida de forma a definir terminais onde é possível medir a tensão V sobre um resistor de carga
R . Em qualquer condutor elétrico existe uma “nuvem” de elétrons com livre trânsito entre os átomos do
condutor (elétrons livres), cada elétron da “nuvem” possuindo uma carga elétrica − e , sendo
e = 1.60 × 10 −19 C . A figura mostra (em azul) um dos inúmeros elétrons livres do condutor.
Perpendicular ao plano da página existe um campo magnético H ≠ 0 , constante no tempo e
uniformemente distribuído no espaço, apontando para fora da página, originando uma densidade de fluxo
magnético B = µ H . No contexto da alegoria do fluído Éter, no plano da página existe uma região com
H constante e uniforme, que dá origem nesta região a uma densidade
densidade volumétrica de torque
volumétrica de rotação B = µ H (vórtices em vermelho na figura). Se H fosse nulo, os elétrons na
“nuvem” moveriam-se no fio de maneira errática e aleatória de acordo com a agitação térmica, de modo
que a velocidade média global da “nuvem” seria zero. Na presença de H ≠ 0 os elétrons − e
continuam a mover-se de maneira errática (também resultando em velocidade média zero para a
“nuvem”), mas cada elétron gira como uma engrenagem14 entre os vórtices, conforme mostra a figura.
Uma vez que a velocidade média da “nuvem” de elétrons é zero, não há corrente elétrica e, portanto, a
tensão V nos terminais do fio é nula.
14
Note a semelhança com o mecanismo proposto por Maxwell, justificando o processo de vorticidade no
Éter: “... a layer of particles, acting as idle wheels, to be interposed between each vortex and the next,
and to roll without sliding on the vortices; so that each vortex tends to make the neighboring vortices
revolve in the same direction as itself ”.
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coincida com as coordenadas do centro da espira, o movimento médio global do fluído Éter é o indicado
pelo campo de velocidade v E (x, y, z ) (vetores verdes), o qual resulta do movimento individual de
expansão do Éter em todos os vórtices ao redor do ponto central. Mas este movimento médio radial e
centrífugo do Éter afastando-se do centro da espira expande toda a região de vorticidade, fazendo com
que o movimento médio de cada vórtice tenda a seguir uma trajetória definida por v E (x, y, z ). Isto
ocasiona uma situação muito semelhante à da Figura 5: Sempre que o contorno externo de um vórtice
em movimento médio radial centrífugo interceptar um elétron da nuvem, este sofrerá ação da força F ,
que nada mais é do que a Força de Lorentz, já discutida na Seção 2.2.1. O elétron move-se então em uma
trajetória c (em amarelo), assim como todos os demais elétrons da “nuvem” movem-se no mesmo
sentido, gerando uma tensão V < 0 . Em um instante t1 , no qual o campo magnético H volta a ser
constante, cessa o movimento radial de expansão da região de vorticidade e, em conseqüência, cessa o
movimento do elétron ao longo da trajetória c . O sistema volta, então, ao estado da Figura 8.
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coincida com as coordenadas do centro da espira, o movimento médio global do fluído Éter é o indicado
pelo campo de velocidade v E (x, y, z ) (vetores verdes), o qual resulta do movimento individual de
contração do Éter em todos os vórtices ao redor do ponto central. Mas este movimento médio radial e
centrípeto do Éter movendo-se em direção ao centro da espira contrai toda a região de vorticidade,
fazendo com que o movimento médio de cada vórtice tenda a seguir uma trajetória definida por
v E (x, y, z ). Isto ocasiona uma situação muito semelhante à da Figura 5: Sempre que o contorno
externo de um vórtice em movimento médio radial centrífugo interceptar um elétron da nuvem, este
sofrerá ação da força F , que nada mais é do que a Força de Lorentz, já discutida na Seção 2.2.1. O
elétron move-se então em uma trajetória c (em amarelo), assim como todos os demais elétrons da
“nuvem” movem-se no mesmo sentido, gerando uma tensão V > 0 . Em um instante t1 , no qual o
campo magnético H volta a ser constante, cessa o movimento radial de contração da região de
vorticidade e, em conseqüência, cessa o movimento do elétron ao longo da trajetória c . O sistema volta,
então, ao estado da Figura 8.
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onde
A
• J (x, y, z ) , medida em 2 , é a Densidade Superficial de Corrente de Condução
m
(movimento de cargas elétricas) que atravessa a superfície orientada de integração S , superfície que
é delimitada pelo caminho de integração fechado e orientado C .
∂ D(x, y, z ) A
• J D (x, y, z ) = , medida em 2 , é a Densidade Superficial de Corrente de
∂t m
Deslocamento que atravessa a superfície orientada de integração S , superfície que é delimitada
15
15
O termo J D (x, y , z ) = ∂ D(x, y , z ) ∂t não existia originalmente na equação da Lei de Ampére,
tendo sido posteriormente acrescido por Maxwell.
16
Substituindo a unidade de carga elétrica C pela unidade de vazão mássica de Éter Kg ′ s
Kg ′
(mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s] ) em
D = ε E obtemos 2 como unidade de medida. Portanto, no
m s
contexto alegórico da existência do Éter, D significa vazão mássica por unidade de superfície ou
densidade superficial de vazão mássica de Éter quando este atravessa uma superfície S .
Explicitamente, D indica quantos Kg ′ de Éter atravessam uma determinada superfície S por unidade
de tempo. A Lei de Gauss, enunciada por Karl F. Gauss em 1813, postula que ∫∫ D ⋅ d S = Q , isto é, a
S
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A equação (21) estabelece que linhas de um campo magnético H (x, y, z ) são geradas ao longo do
caminho fechado C como conseqüência da existência de correntes elétricas atravessando a superfície S
delimitada por C . A intensidade com que o campo magnético H (x, y , z ) é gerado ao longo de C
depende da densidade superficial – J (x, y, z ) para correntes de condução e
∂ D(x, y, z )
J D (x, y, z ) = para correntes de deslocamento – com que estas correntes atravessam S .
∂t
Consideremos a geração de campo magnético H (x, y , z ) como conseqüência de correntes elétricas de
condução, isto é, correntes elétricas resultantes do movimento de cargas elétricas. A grandeza
A
J (x, y, z ) 2 é a densidade superficial de corrente elétrica de condução que atravessa a superfície
m
de integração S . Mas corrente elétrica I [A ] nada mais é do que variação da quantidade de carga
C
elétrica por unidade de tempo ( I = dq dt ) . Aplicando a hipótese de que carga elétrica q [C]
s
representa uma fonte/sumidouro de Éter de vazão mássica medida em [Kg ′ s ], então J passa a ser
Kg ′
medida em 2 2 e pode ser interpretada como uma variação temporal (positiva ou negativa) na
m s
vazão mássica do fluído Éter por unidade de superfície quando este atravessa uma superfície S .
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Figura 11: Corrente elétrica originada pelo movimento de cargas positivas + q (fontes de Éter)
v constante. O sentido da corrente elétrica
atravessando uma superfície imaginária S a uma velocidade
que atravessa S é o mesmo de v . Se v = 0 então a carga + q gera um campo elétrico radial, de
acordo com a Equação (5). Mas, conforme já discutido na Seção 2.1, o Campo Elétrico representa a
velocidade linear com que o Éter flui. Assim, um observador “sentado” na carga + q , estando esta
movimentando-se com velocidade v ≠ 0 da esquerda para a direita conforme mostrado na figura,
“enxerga” o movimento do Éter como uma composição de velocidade radial, dada pela Equação (5),
superposta a um movimento linear de Éter da direita para a esquerda com velocidade v . O campo de
velocidade de movimento de Éter resultante desta composição de velocidades, campo que seria “visto”
por um observador “sentado” na carga + q , é o campo vetorial definido pelas setas pretas na figura.
Cada fonte de Éter com vazão q [Kg ′ s ] que atravessa S da esquerda para a direita, “jorra” uma
quantidade de Éter para o lado direito a uma razão de q [Kg ′] por unidade de tempo [s ]. Mas se
p fontes com vazão q [Kg ′ s ] atravessam S da esquerda para a direita por unidade de tempo então a
variação temporal da vazão mássica de Éter que atravessa S para o lado direito ocorre a uma razão de
2
pq [Kg ′ s ] . Ou seja, ocorre uma aceleração na massa de Éter que atravessa a superfície
imaginária S , medida em [Kg ′ s 2 ] . Se subdividirmos a superfície S em todas as possíveis
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superfícies infinitesimais dS (x, y, z ) e calcularmos pq dS para cada uma delas estaremos obtendo
Kg ′
J (x, y, z ) 2 2 . Mesmo exemplo poderia ser dado para sumidouros de Éter (cargas negativas)
m s
atravessando a superfície S .
2
Mas a aceleração na massa de Éter que atravessa S , medida em [Kg ′ s ] , nem sempre precisa ser
necessariamente resultado do movimento de fontes/sumidouros de Éter (movimento de cargas elétricas).
∂D ∂E
Este é o motivo pelo qual foi posteriormente acrescentado por Maxwell o termo JD = =ε ,
∂t ∂t
referente à corrente de deslocamento, à equação original de Ampére. Por exemplo, consideremos um
capacitor de placas paralelas contidas em uma caixa de vidro onde se fez vácuo internamente, conforme a
Figura 12(a).
∂D ∂E
Figura 12(a): Densidade de corrente de deslocamento JD ==ε em um capacitor de placas
∂t ∂t
∂ E (t )
paralelas imerso no vácuo. J D resulta da variação temporal do campo elétrico E (t ) cuja
∂t
origem é a tensão V g (t ) = V pk cos(2πft ) aplicada às placas. As correntes de condução I p (t )
movimentam-se radialmente nas placas e são resultantes do movimento de cargas elétricas17 originado
pela corrente I g (t ) do gerador. Os filamentos radiais de I p (t ) dão origem a uma densidade superficial
de corrente de condução J p (x, y, z , t ) cujo valor diminui à medida em que o ponto p(x, y, z ) no qual
ela é medida afasta-se do centro da placa. Isto ocorre porque a área total, através da qual os filamentos
radiais de I p (t ) atravessam, aumenta à medida que p(x, y , z ) aproxima-se da borda da placa.
17
Como é usual em Engenharia, estamos supondo que as correntes de condução em um condutor elétrico
são resultantes do movimento de cargas positivas. Isto é uma convenção denominada Sentido
Convencional da Corrente , porque o que ocorre na realidade é o movimento de cargas negativas
(elétrons livres) em um condutor metálico. No entanto, para todos os fins práticos em Engenharia de
Antenas, uma corrente de valor absoluto I originada por cargas elétricas positivas movendo-se em um
sentido é equivalente a uma corrente de mesmo valor absoluto I originada por cargas elétricas negativas
movendo-se em sentido contrário.
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18
Vários textos clássicos em Eletromagnetismo explicitamente afirmam que a densidade superficial de
∂ D(x, y, z , t )
corrente de deslocamento J D (x, y, z , t ) = nas vizinhanças das placas de um capacitor
∂t
não gera um campo magnético H porque, nesta situação, segundo “oficialmente” consta, este termo de
(21) acrescentado por Maxwell à Lei de Ampére serviria apenas para garantir a continuidade espacial da
corrente elétrica. Esta asserção é errônea! Em 1989, na edição de março de Electronics and Wireless
World, os autores F.M. Kabbary, M.C. Hately e B.G. Stewart publicaram o artigo "Maxwell's Equations
and the Crossed-Field Antenna" , que não só derruba esta interpretação como também mostra como
construir uma antena altamente eficiente, denominada Crossed-Field Antenna (CFA). O Apêndice A
deste capítulo mostra um artigo destes pesquisadores publicado na National Association of Broadcasters'
1999 Convention, em Las Vegas. Uma CFA não deveria funcionar de acordo com a interpretação dada
pelo Eletromagnetismo oficial às Equações de Maxwell, no entanto, existem atualmente inúmeras
estações de AM no Egito operando com CFAs na faixa de 500KHz a 1600KHz, a um custo de
implantação bem menor que um sistema irradiante “oficial”.
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Figura 12(b): Corte longitudinal da Figura 12(a) mostrando o campo magnético gerado nas vizinhanças
do espaço entre as placas. Cada linha de corrente, seja uma linha de corrente de deslocamento (setas
verdes) seja uma linha de corrente de condução (setas azuis), gera ao seu redor linhas concêntricas e
fechadas do campo H , de acordo com (21), com orientação das linhas obedecendo à regra da mão direita
(já discutida em parágrafos anteriores), conforme mostra a figura. Cada linha do campo de densidade de
corrente de condução J p (x, y , z , t ) gera linhas do campo magnético H p (x, y , z , t ) ao seu redor
(círculos em laranja projetados lateralmente na figura). Cada linha do campo de densidade de corrente de
∂ D(x, y, z , t )
deslocamento gera linhas do campo magnético H d (x, y , z , t ) ao seu redor (círculos
∂t
em vermelho projetados lateralmente na figura).
∂D
Na Figura 12(b), embora exista entre as placas nas vizinhanças internas às bordas, o valor de H d
∂t
resultante é muito baixo. Isto ocorre porque as linhas de D são paralelas e uniformemente distribuídas
nesta região, e, consequentemente, os vetores tangentes às linhas concêntricas de H d geradas em torno
das linhas de D resultam em uma soma vetorial nula no plano que contém as linhas de H d . No
entanto, na região entre as placas nas vizinhanças externas às bordas, as linhas de D não são
uniformemente distribuídas de modo que os vetores tangentes às linhas concêntricas de H d geradas em
torno das linhas de D resultam em uma soma vetorial não-nula no plano que contém as linhas de H d .
Com isto, obtém-se valores significativos de H d para esta região, conforme mostrado na Figura 12(a).
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Observe na Figura 12(b) que as linhas de H p (x, y, z , t ) situadas entre as placas formam um anel
contido no plano horizontal em conseqüência da simetria radial das placas. Este anel, devido à
composição vetorial dos vetores tangentes às linhas, forma as linhas de H p (x, y , z , t ) na Figura 12(a).
A composição vetorial dos vetores tangentes às linhas de H p (x, y, z , t ) situadas entre as placas é o
motivo de o sentido das linhas de H p (x, y, z , t ) serem contrárias ao das linhas de H d (x, y, z , t ) nas
Figuras 12(a) e (c).
Figura 12(c): Corte transversal da Figura 12(b) no plano da superfície S mostrando as linhas do campo
magnético H resultante. Note que H p (x, y, z , t ) é nulo no centro do disco das placas porque as
correntes I p (t ) se anulam neste ponto, portanto J p (x, y, z , t ) é zero e, de (21), H p (x, y, z , t )
também é zero. À medida que nos afastamos do centro do disco , J p (x, y, z , t ) e consequentemente
H p (x, y, z , t ) aumentam até um ponto aproximadamente situado na metade do raio das placas. A partir
daí, a área total através da qual os filamentos radiais de I p (t ) atravessam aumenta à medida que nos
aproximamos da borda da placa, de modo que J p (x, y, z , t ) e H p (x, y, z , t ) decrescem além deste
ponto. Em qualquer ponto localizado sobre a borda da placa, H d (x, y, z , t ) é igual e contrário a
H p (x, y, z , t ), e, portanto o H resultante é zero. A partir da borda, H d (x, y, z , t ) começa a
aumentar em valor absoluto mas com sentido contrário ao de H p (x, y, z , t ) até um ponto em que
H d (x, y, z , t ) começa a decair novamente, conforme mostra a Figura 12(d).
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Figura 12(d): Gráfico do valor relativo de H em função da distância ao centro das placas d para o
capacitor mostrado na Figura 12(c).
Sumarizando, a Equação (21) postula que:
• Uma variação temporal na densidade superficial de vazão do Éter ao atravessar uma superfície
imaginária S pode ser originada tanto por uma densidade de corrente de deslocamento
∂D
JD = ≠ 0 como por uma densidade de corrente de condução J ≠ 0 , conforme mostrado nas
∂t
Figuras 12 (a) a (d).
∂D
• Portanto, a conseqüência imediata de J ≠ 0 e/ou de J D = ≠ 0 é a geração de H ≠ 0 .
∂t
Mas, buscando elementos na inspiração original de Maxwell, qual o motivo de uma variação temporal
na densidade superficial de vazão do Éter ao atravessar uma superfície imaginária S gerar um
campo magnético H ≠ 0 ? Isto é, porque J e J D geram uma distribuição de torque no Éter?
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Figura 13: Geração de linhas de H no contorno fechado que delimita a superfície S , estática, como
∂D
conseqüência de uma densidade de corrente de deslocamento J D = > 0 19 sobre S . Uma vez que
∂t
o campo elétrico E (x, y , z ) (setas pretas) é associado ao campo de velocidade linear do Éter, então,
∂E
como o movimento de Éter é acelerado ( > 0 ) e da esquerda para a direita (linhas de E apontam
∂t
para a direita), a conseqüência é que o campo de velocidade de Éter E (x, y , z ) tem maior valor
absoluto à esquerda de S .
Na Figura 13, o Éter entra na “casca” de espessura infinitesimal dx da superfície S pela face esquerda,
atravessa a sua espessura dx em um intervalo de tempo dt , e sai pela face direita. Uma vez que a
∂D
densidade superficial de vazão do Éter D está aumentando com o passar do tempo ( > 0 ) , e uma
∂t
vez que as áreas das faces de entrada (à esquerda) e de saída (à direita) são idênticas, é obrigatório que
∂D
19
Densidade superficial de corrente de deslocamento JD = > 0 sobre uma superfície S ⇔
∂t
2
Aceleração na massa de Éter [Kg ′ s ] que atravessa S ⇔ Variação temporal positiva na vazão
mássica de Éter por unidade de superfície quando este atravessa uma superfície S .
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entre início e término do intervalo dt tenha fluido mais Kg ′ de éter para dentro da “casca” de S pelo
lado esquerdo do que dela tenha saído pelo lado direito.
O que acontece com os Kg ′ de Éter acumulados “em excesso” dentro da “casca” de S ? Dada a alta
compressibilidade do Éter, este tende inicialmente a se comprimir no volume S dx . Mas, simultâneo a
este processo de compressão ocorre uma estratificação do campo vetorial D (x, y , z ) na borda de S ,
porque D é maior dentro da “casca” de S do que fora dela, conforme indicado por D "casca " na Figura
14.
Figura 14: Geração de vorticidade nas linhas do campo vetorial D(x, y, z ) (semicírculo orientado em
vermelho) ao longo do contorno fechado C que delimita a superfície S , como conseqüência da
estratificação do campo vetorial D (x, y , z ) nas bordas extremas de S . A estratificação de D (x, y , z )
nas bordas extremas de S resulta da variação temporal positiva na densidade superficial de vazão do
∂D
Éter ao atravessar S ( > 0 ).
∂t
A análise do processo de geração de vorticidade nas linhas do campo vetorial D com conseqüente
surgimento de campo magnético H , mostrado na Figura 14, é como segue:
(I) Conforme já discutido, D é interpretado como vazão mássica de Éter por unidade de
superfície. Uma estratificação nas linhas de densidade superficial de vazão D de Éter nas
bordas extremas de S , resulta em vorticidade da vazão mássica de Éter em torno dos pontos
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(III) Para uma velocidade angular dθ dt de rotação do Éter em torno da região imediatamente
exterior ao volume dV é gerado uma distribuição de torque H (x 0 , y 0 , z 0 ) sobre o Éter no
interior de dV devido ao atrito dinâmico entre as duas estratificações concêntricas – a interna
e a externa a dV .
(IV) Especificamente, como conseqüência do atrito dinâmico entre as duas estratificações
concêntricas, para um deslocamento angular dθ de Éter no exterior imediato ao volume dV ,
H (x0 , y 0 , z 0 ) no interior de dV durante o intervalo de
é gerado uma distribuição de torque
tempo dt , sendo dt o intervalo durante o qual o Éter no exterior imediato ao volume dV
gira de um deslocamento angular dθ .
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Figura 15: Geração de linhas de H no contorno fechado (em amarelo) que delimita a superfície S ,
∂D
estática, resultante de > 0 . É mostrado também o anel de vorticidade de Éter resultante ao redor das
∂t
∂D
linhas de JD = = constante > 0 .
∂t
∂D
A Figura 16 mostra a situação da Figura 13, mas para JD = < 0 20:
∂t
∂D
20
Densidade superficial de corrente de deslocamento JD = < 0 sobre uma superfície S ⇔
∂t
2
Desaceleração na massa de Éter [Kg ′ s ] que atravessa S ⇔ Variação temporal negativa na vazão
mássica de Éter por unidade de superfície quando este atravessa uma superfície S .
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Figura 16: Geração de linhas de H no contorno fechado que delimita a superfície S , estática, como
∂D
conseqüência de uma densidade de corrente de deslocamento J D = < 0 sobre S . Uma vez que o
∂t
campo elétrico E (x, y , z ) (setas pretas) é associado ao campo de velocidade linear do Éter, então, como
∂E
o movimento de Éter é desacelerado ( < 0 ) e da esquerda para a direita (linhas de E apontam para
∂t
a direita), a conseqüência é que o campo de velocidade de Éter E (x, y , z ) tem maior valor absoluto à
direita de S .
Na Figura 16, o Éter entra na “casca” de espessura infinitesimal dx da superfície S pela face esquerda,
atravessa a sua espessura dx em um intervalo de tempo dt , e sai pela face direita. Uma vez que a
∂D
densidade superficial de vazão do Éter D está diminuindo com o passar do tempo ( < 0 ) , e uma
∂t
vez que as áreas das faces de entrada (à esquerda) e de saída (à direita) são idênticas, é obrigatório que
entre início e término do intervalo dt tenha fluido mais Kg ′ de éter para fora da “casca” de S pelo
lado direito do que nela tenha entrado pelo lado esquerdo.
O que acontece com os Kg ′ de Éter “faltantes” dentro da “casca” de S ? Dada a alta compressibilidade
do Éter, este tende inicialmente a se rarefazer no volume S dx . Mas, simultâneo a este processo de
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Figura 17: Geração de vorticidade nas linhas do campo vetorial D(x, y, z ) (semicírculo orientado em
vermelho) ao longo do contorno fechado C que delimita a superfície S , como conseqüência da
estratificação do campo vetorial D (x, y , z ) nas bordas extremas de S . A estratificação de D (x, y , z )
nas bordas extremas de S resulta da variação temporal negativa na densidade superficial de vazão do
∂D
Éter ao atravessar S ( < 0 ). A análise desta figura é semelhante à análise apresentada para a
∂t
Figura 14, mantendo em mente que o sentido de rotação do vórtice é invertido na Figura 17.
Para o caso de H ser gerado por densidade de corrente de condução J (cargas em movimento) o
∂D
processo é o mesmo. Isto ocorre porque, conforme já foi discutido, tanto J como causam uma
∂t
aceleração na massa de Éter que atravessa a superfície de integração S de (21), ou, equivalentemente,
∂D
tanto J como causam uma variação temporal na densidade superficial de vazão do Éter que
∂t
atravessa S . E, conforme descrito em parágrafos anteriores, basta que ocorra uma variação temporal na
densidade superficial de vazão D do Éter que atravessa S para que ocorra estratificação nas linhas de
D nas bordas extremas de S , resultando em vorticidade da vazão mássica de Éter. Em conseqüência,
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surge uma distribuição de torque H na borda de S por efeito do atrito dinâmico entre interior e exterior
do vórtice.
Figura 18: Campo elétrico E gerado por uma carga elétrica + q (fonte de Éter) estática, sendo E
definido pela Equação (5) para esta situação.
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Figura 19: Corrente elétrica de condução originada pelo movimento de cargas positivas + q (fontes de
Éter) atravessando uma superfície imaginária S a uma velocidade v . O sentido da corrente elétrica que
atravessa S é o mesmo de v . Se v = 0 então a carga + q gera um campo elétrico radial, mostrado na
Figura 18. Mas, conforme já discutido na Seção 2.1, o Campo Elétrico E representa a velocidade linear
com que o Éter flui. Assim, um observador “sentado” na carga + q , estando esta movimentando-se com
velocidade v ≠ 0 da esquerda para a direita conforme mostrado na figura, “enxerga” o movimento do
Éter como uma composição de velocidade radial, dada pela Equação (5), superposta a um movimento
linear de Éter da direita para a esquerda com velocidade v . O campo de velocidade de movimento de
Éter resultante desta composição de velocidades, campo que seria “visto” por um observador “sentado”
na carga + q , é o campo vetorial definido pelas setas pretas na figura. Observe a tendência à formação
de um anel de vorticidade ( B = µ H ) em torno da trajetória da carga + q próximo à mesma,
vorticidade que é gerada pela estratificação do campo elétrico E nas vizinhanças de + q .
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Figura 20: Corrente elétrica de condução originada pelo movimento de cargas negativas −q
(sumidouros de Éter) atravessando uma superfície imaginária S a uma velocidade v . Um observador
“sentado” na carga − q , estando esta movimentando-se com velocidade v ≠ 0 da esquerda para a
direita conforme mostrado na figura, “enxerga” o movimento do Éter como uma composição de
velocidade radial, dada pela Equação (5) com q < 0 , superposta a um movimento linear de Éter da
direita para a esquerda com velocidade v . O campo de velocidade de movimento de Éter resultante desta
composição de velocidades, campo que seria “visto” por um observador “sentado” na carga − q , é o
campo vetorial definido pelas setas pretas na figura. Observe a tendência à formação de um anel de
vorticidade ( B = µ H ) em torno da trajetória da carga − q próximo à mesma, vorticidade que é gerada
pela estratificação do campo elétrico E nas vizinhanças de − q .
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As Figuras 19 e 20 mostram que apenas pela análise do padrão geométrico vetorial do campo de
velocidade do Éter (campo elétrico E ) de uma carga em movimento já é possível inferir que ocorrerá
tendência à formação de um anel de vorticidade (linhas de B = µ H ) em torno da carga. É claro que não
está sendo considerado aqui a totalidade dos efeitos e variáveis “mecânicas” que agem no processo de
formação do vórtice desde o seu início até a sua maturação, conforme é possível inferir da complexidade
do processo mostrado na Figura 7. No entanto, o simples padrão geométrico vetorial do campo de
velocidade do Éter (campo elétrico E ) de uma carga móvel demonstra a considerável suscetibilidade à
ocorrência de vorticidade B nos fenômenos eletromagnéticos como conseqüência da distribuição de
torque H gerada localmente pela dinâmica da estratificação do fluído.
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Figura 22: Cargas + q movimentando-se a uma velocidade constante v 2 originam uma corrente
constante I 2 no condutor 2 (à direita). Da mesma forma, cargas + q movimentando-se a uma
velocidade constante v 1 originam uma corrente constante I 1 no condutor 1 (à esquerda). Conforme já
discutido na Seção 2.2.5, uma carga elétrica em movimento gera uma distribuição de torque H (campo
magnético) ao seu redor, com conseqüente vorticidade B = µ H (densidade de fluxo magnético)
resultante. Assim, H 21 é o campo magnético gerado na região do espaço onde encontra-se o condutor 2
( H 21 entra no plano da página) em conseqüência do movimento de cargas elétricas no condutor 1.
Portanto, as cargas + q do condutor 2, movendo-se a uma velocidade v 2 , atravessam uma região do
espaço onde existe um campo magnético H 21 . Esta situação é muito semelhante à situação da Figura 5
em que uma carga + q atravessa com velocidade v uma região do espaço onde H ≠ 0 . Logo, surge
uma força F nas cargas + q do condutor 2 conforme mostrado na figura pela mesma razão que surge
uma força F na carga + q da Figura 5.
Embora não mostrado na Figura 22, note que as cargas + q movimentando-se a uma velocidade v 2 no
condutor 2 geram um campo magnético H 12 na região do espaço onde encontra-se o condutor 1 ( H 12
sai do plano da página ). Logo, surge uma força F nas cargas + q do condutor 1 apontando para a
direita pela mesma razão que surge uma força F na carga + q da Figura 5. O efeito global das forças
nos condutores 1 e 2 é atrair um para o outro. Se I 2 tem sentido contrário ao de I 1 ( v 2 aponta em
direção oposta a v 1 ), através do mesmo processo de análise conclui-se que os condutores 1 e 2
repelem-se mutuamente.
Observe que os vórtices de Éter na Figura 22 (círculos vermelhos) permanecem estáticos em termos de
velocidade linear, embora tenham sido gerados por fontes de Éter (cargas + q ) que se movem a uma
velocidade linear v 1 . Isto ocorre porque a vorticidade resulta de um diferencial de velocidade linear em
referência a um caminho circular (estratificação da velocidade linear) de movimento do Éter, mas não
resulta do movimento linear do Éter em si.
Somente quando ocorre variação na velocidade de rotação dos vórtices é que ocorre movimento linear dos
mesmos como conseqüência do movimento centrípeto/centrifugo resultante, conforme já discutido na
Seção 2.2.4.
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Figura 23: Vórtice com velocidade angular B = µ H invariante no tempo, resultante de uma densidade
de corrente de condução J invariante no tempo.
21
Não esqueçamos: O justificar no contexto da Teoria do Éter é um justificar apenas alegórico!
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Figura 24: Vórtice com velocidade angular B = µ H crescente no tempo em seu exterior imediato,
resultante de uma densidade de corrente de condução J crescente no tempo. Em conseqüência, ocorre
evasão de Éter do interior do "reservatório" formado pelo vórtice (em amarelo) a uma razão de evasão
∂B
. Uma vez que a densidade de corrente de condução J é crescente no tempo o valor absoluto da
∂t
∂B
razão de evasão também é crescente no tempo.
∂t
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Figura 25: Vórtice com velocidade angular B = µ H decrescente no tempo em seu exterior imediato,
resultante de uma densidade de corrente de condução J decrescente no tempo. Em conseqüência, ocorre
invasão de Éter para o interior do "reservatório" formado pelo vórtice (em amarelo) a uma razão de
∂B
invasão . Uma vez que a densidade de corrente de condução J é decrescente no tempo o valor
∂t
∂B
absoluto da razão de invasão também é decrescente no tempo.
∂t
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Figura 26: Vórtice com velocidade angular B = µ H invariante no tempo, resultante de uma densidade
de corrente de deslocamento J D invariante no tempo.
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Figura 27: Vórtice com velocidade angular B = µ H crescente no tempo em seu exterior imediato,
resultante de uma densidade de corrente de deslocamento J D crescente no tempo. Em conseqüência,
ocorre evasão de Éter do interior do "reservatório" formado pelo vórtice (em amarelo) a uma razão de
∂B
evasão . Uma vez que a densidade de corrente de deslocamento J D é crescente no tempo o valor
∂t
∂B
absoluto da razão de evasão também é crescente no tempo.
∂t
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Figura 28: Vórtice com velocidade angular B = µ H decrescente no tempo em seu exterior imediato,
resultante de uma densidade de corrente de deslocamento J D decrescente no tempo. Em conseqüência,
ocorre invasão de Éter para o interior do "reservatório" formado pelo vórtice (em amarelo) a uma razão de
∂B
invasão . Uma vez que a densidade de corrente de deslocamento J D é decrescente no tempo o valor
∂t
∂B
absoluto da razão de invasão também é decrescente no tempo.
∂t
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Analisemos o processo dinâmico que resulta no movimento do Éter como resultado de uma corrente (seja
de deslocamento ou condução) crescente no tempo no elemento infinitesimal de corrente:
Figura 29: Geração, a partir do vórtice principal em expansão originado por J (t ) crescente, de em um
anel de vórtices secundários ao seu redor como conseqüência da evasão radial de Éter para fora do vórtice
principal, gerando correntes de deslocamento nas superfícies S ′ com densidade J ′(t ) . A vorticidade
gerada por um elemento de corrente d" isolado é tal que para um vórtice centrado em p 0 ocorre
simultaneamente um vórtice centrado em p1 .
O processo mostrado na Figura 29 pode ser analisado através da seguinte seqüência de sub-processos:
(I) A corrente de condução no elemento de corrente d" , crescente no tempo e com densidade
superficial J , gera um anel de distribuição de torque H ao redor das bordas extremas da
superfície imaginária S (ver Figuras 13 e 14) de valor crescente com o tempo (Equação (21)).
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(II) A densidade de torque aplicado H crescente no tempo gera o vórtice principal com velocidade
de rotação B = µ H crescente no tempo no exterior imediato do vórtice (Equação (18)).
(III) A velocidade de rotação B = µ H crescente no tempo no exterior imediato do vórtice
∂B
principal gera evasão de Éter de seu interior sob uma razão de evasão (Equações (19) e/ou
∂t
(20)).
∂B
(IV) Uma evasão de Éter em movimento radial sob uma razão de evasão constitui uma corrente
∂t
de deslocamento com densidade superficial J ′(t ) atravessando as superfícies imaginárias S ′ .
Visto que a velocidade de rotação B = µ H é crescente no tempo no exterior imediato do
vórtice principal então J ′(t ) também é crescente no tempo.
(V) Vórtices secundários são gerados ao redor do vórtice principal pelo mesmo processo descrito
em (I) a (IV), a diferença sendo que os elementos infinitesimais de corrente transportam
correntes de deslocamento com densidade superficial J ′(t ) ao invés de correntes de condução.
(VI) O processo (I) -(V) se auto reproduz recursivamente de modo que cada vórtice n−àrio origina
um anel de vórtices n+1−ários, n = 1,2, , ∞ .
(VII) A cada geração de um anel de vórtices n+1−ários ao redor do vórtice n−àrio gerador, ocorre
um movimento de expansão radial linear do processo (I) -(VI) como um todo.
O processo dinâmico que resulta de uma corrente (seja de deslocamento ou condução) decrescente no
tempo é mostrada na Figura 30.
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Figura 30: Geração, a partir do vórtice principal em contração originado por J (t ) decrescente, de em
um anel de vórtices secundários ao seu redor como conseqüência da invasão radial de Éter adentro do
vórtice principal, gerando correntes de deslocamento nas superfícies S ′ com densidade J ′(t ) . A
vorticidade gerada por um elemento de corrente d" isolado é tal que para um vórtice centrado em p0
ocorre simultaneamente um vórtice centrado em p1 .
O processo mostrado na Figura 30 pode ser analisado através da seguinte seqüência de sub-processos:
(I) A corrente de condução no elemento de corrente d" , decrescente no tempo e com densidade
superficial J , gera um anel de distribuição de torque H ao redor das bordas extremas da
superfície imaginária S (ver Figuras 13 e 14) de valor decrescente com o tempo (Equação
(21)).
(II) A densidade de torque aplicado H decrescente no tempo gera o vórtice principal com
velocidade de rotação B = µ H decrescente no tempo no exterior imediato do vórtice
(Equação (18)).
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(V) Vórtices secundários são gerados ao redor do vórtice principal pelo mesmo processo descrito
em (I) a (IV), a diferença sendo que os elementos infinitesimais de corrente transportam
correntes de deslocamento com densidade superficial J ′(t ) ao invés de correntes de condução.
(VI) O processo (I) -(V) se auto reproduz recursivamente de modo que cada vórtice n−àrio origina
um anel de vórtices n+1−ários, n = 1,2, , ∞ .
(VII) A cada geração de um anel de vórtices n+1−ários ao redor do vórtice n−àrio gerador, ocorre
um movimento de contração radial linear do processo (I) -(VI) como um todo.
Portanto, o processo (I) -(VII) propaga-se com uma velocidade v = ∆x ∆t a partir dos pontos p 0 e
p1 situados respectivamente no centro de cada vórtice principal gerado por um elemento infinitesimal de
corrente de tamanho d" . Se a corrente de condução no elemento infinitesimal de corrente é crescente
com o tempo então uma onda de vórtices em expansão propaga-se a partir de p 0 e p1 . Se a corrente de
condução no elemento infinitesimal de corrente é decrescente com o tempo então uma onda de vórtices
em contração propaga-se a partir de p 0 e p1 .
Kg ′ F
(I) Quanto maior a Densidade Volumétrica ε 3 (Permissividade Elétrica ε ) mais
m m
tempo ∆t demora o processo de evasão/invasão de "massa" de Éter do volume do
"reservatório" formado pelo vórtice (movimento radial linear). Portanto v = ∆x ∆t diminui
com ε .
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m s2
(II) Quanto maior a Suscetibilidade à Vorticidade µ (Permeabilidade Magnética
Kg ′
H
µ ) menos distância linear ∆x o processo de evasão/invasão percorre. Isto acontece
m
porque, para uma alto valor de µ , basta um pequeno movimento linear de Éter para que este
seja transformado novamente em movimento circular. E, obviamente, um movimento circular
não avança linearmente no espaço, ficando no mesmo lugar. Portanto v = ∆x ∆t diminui
com µ .
(III) Uma vez que os dois fatores que afetam v = ∆x ∆t de maneira inversa são ε e µ e uma vez
que a Média Geométrica é a raiz de índice n do produto de n fatores, então é razoável propor
que a velocidade de propagação seja a média geométrica dos dois fatores, isto é, v =1 µε .
(IV) Um teste que sugere a validade da proposição (III) , assim como também sugere a viabilidade
de todo o modelo proposto na Seção 2 (admitido como alegórico!) é a análise dimensional de
v =1 µε sob o mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s ] :
1 m
v =1 µε ⇒ [1 µε ] = = (22)
m s Kg ′ s
2
3
Kg ′ m
(V) Para o vácuo, µ = 4π × 10 −7 H/m e ε = 8.854187817 × 10 −12 F/m resultando
m
v =1 µε = c = 3.00 × 10 8 , que é a velocidade de propagação da luz (e de qualquer
s
onda eletromagnética) no vácuo.
Como seria intuitivamente esperado, a análise dimensional de (22) resulta na unidade de velocidade
Kg ′ m s
2
m
s quando ε e µ são medidos em m 3 Kg ′ , unidades de medida que são conseqüência
e
H
do mapeamento [C] ⇒ [Kg ′ s ] . No entanto, isto não ocorre quando ε e µ são medidos em e
m
F
m de acordo com a Teoria Eletromagnética “oficial” .
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Figura 34: Capacitor da Figura 33 com eliminação total das placas, mas compensado com o aumento do
diâmetro do fio condutor metálico. É mostrado o retículo formado pelos prótons fixos representados por
esferas vermelhas (cargas elétricas positivas). A cada instante t , o gerador de tensão senoidal age como
uma bomba de “pressão hidráulica” sobre a nuvem de elétrons livres, representados por esferas azuis
(cargas elétricas negativas), “comprimindo” a nuvem de elétrons na extremidade de maior potencial
elétrico. No instante t mostrado na figura existe uma alta concentração de elétrons na extremidade
inferior, causando uma diferença de carga elétrica entre as extremidades, o que gera as linhas de campo
elétrico E mostradas em verde. Por este motivo a forma geométrica metálica mostrada na figura é
denominada Dipolo Simétrico, porque existe uma simetria no desequilíbrio de carga em relação ao centro
onde encontra-se o gerador.
Permanece ainda a seguinte questão: Qual deve ser o tamanho físico de um dipolo simétrico para que ele
represente um radiador eletromagnético eficiente sob excitação senoidal? Para responder a esta pergunta,
inicialmente consideremos a Figura 35.
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Figura 35: (a) Dipolo simétrico de tamanho total " formado por inúmeros elementos de corrente de
tamanho d" . (b) Corrente I g (t ) = I max cos(2πft + θ ) que entra pelo terminal positivo do gerador
1
V g (t ) , de período T = , e tipo de vorticidade resultante.
f
É mostrado na Figura 35(b) o tipo de perturbação gerado no Éter, isto é, o tipo de vorticidade
(horária/anti-horária e evasão/constante/invasão) resultante como conseqüência do tipo de variação de
1
I g (t ) no instante t . Uma vez que o ciclo de perturbações repete-se a cada intervalo de tempo T = ,
f
m
e uma vez que as perturbações propagam-se com velocidadec = 3.00 × 10 8 , então a onda de
s
1
perturbações percorre uma distância λ = cT em um período T = da corrente do gerador. A
f
1
distância λ = cT percorrida em um período T = é denominada Comprimento de Onda.
f
O dipolo simétrico da Figura 35(a) possui tamanho total " e é formado por inúmeros elementos de
corrente de tamanho d" . A cada instante t a corrente I g (t ) gera um tipo de vorticidade distinto que se
m
propaga como uma perturbarção no Éter a uma velocidade c = 3.00 × 108 . A vorticidade gerada
s
por cada elemento de corrente, ao propagar-se ao longo das vizinhanças infinitesimais do condutor de
tamanho " , é vetorialmente somada à vorticidade do elemento de corrente adjacente. Portanto, surge uma
m
onda de vórtices sob evasão (invasão), propagando-se com velocidade c = 3.00 × 10 8 ao longo
s
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O processo de evasão (invasão) dos vórtices na onda é causado por um corrente I g (t ) crescente
(decrescente). Para que o processo de evasão (invasão) dos vórtices na onda desenvolva-se até seu valor
máximo em cada período T da corrente I g (t ) , é necessário que a corrente I g (t ) seja “acoplada” à
região do espaço ℜ 3 que dá início à onda de perturbações durante um intervalo de tempo adequado. Esta
3
região do espaço ℜ que dá início à onda de perturbações é a região pertencente às vizinhanças
infinitesimais do fio condutor, isto é, a “casca” da superfície imaginária Φ .
Uma vez que I g (t ) cresce (decresce) em valor absoluto durante um intervalo de tempo T 2 (ver
Figura 35(b)), e uma vez que o processo de evasão (invasão) dos vórtices na onda percorre uma distância
λ em um período T , então, para maximizar o “acoplamento” de I g (t ) à região espacial de início da
onda o fio condutor deve ter um tamanho " = λ 2 . Nesta situação o dipolo recebe a denominação de
Dipolo de Meia Onda.
Finalizando, como seria a distribuição espacial do campo elétrico gerado por um dipolo de meia onda?
Para tornar a resposta a esta pergunta tratável sob o ponto de vista de nosso modelo didático-alegórico
inspirado na Teoria do Éter, faremos as seguintes suposições:
(I) Embora o diâmetro dos vórtices tenda a um tamanho infinitesimal22 , estes serão representados
com um tamanho dentro da ordem de grandeza do tamanho do dipolo para que seja viabilizada
a representação gráfica dos mesmos.
(II) Embora o número de vórtices por volume envolvidos no processo de irradiação tenda ao
infinito, somente representaremos apenas alguns poucos. A representação da totalidade dos
vórtices não só é inviável como inócua devido à imprecisão espacial imposta pela suposição
(I).
(III) Embora o dipolo de meia onda tenha um tamanho " = λ 2 , vamos determinar o campo
elétrico por ele gerado apenas ao longo de uma extensão " ′ < " (ver Figura 35(a)), de modo a
poder assumir que a distribuição espacial de corrente ao longo desta extensão seja
aproximadamente constante. Esta distribuição espacial constante gera uma simetria na
distribuição espacial dos vórtices permitindo inferir graficamente a composição vetorial da
velocidade de movimento do Éter (campo elétrico E ) . Caso não fizéssemos esta suposição,
devido à imprecisão espacial imposta pelas suposições (I) e (II), a inferência de E por
composição vetorial gráfica seria inviável23.
As Figuras 36 a 42 mostram uma aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o
instante de tempo t , aproximação que resulta como conseqüência das restrições (I) , (II) e (III). A onda
de perturbarção mostrada é conseqüência apenas da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada
na Figura 35(b). O efeito adicional do acúmulo de cargas elétricas nas extremidades do dipolo sobre o
padrão de perturbação será discutido adiante. Os instantes de tempo t respectivos às Figuras 36 a 42 são
referidos ao eixo de tempo do gráfico de I g (t ) na Figura 35(b). As linhas verdes representam a
composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter, isto é, representam as linhas do campo
elétrico E aproximado graficamente.
22
Recordemos que a Equação (9) sugere um raio infinitesimal ou pelo menos muito pequeno para os
vórtices, conforme discutimos na Seção 2.2.1.
23
A determinação de E é precisa e imediata se adotarmos uma abordagem do problema com base no
conceito de Potenciais Retardados. No entanto, como nosso objetivo no presente capítulo é fornecer
subsídios à intuição física do leitor para que seja facilitada a compreensão do processo de irradiação,
vamos deixar a determinação formal de E e H para o Capítulo II.
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Figura 36: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = T 4 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 37: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = 3T 8 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 38: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = T 2 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 39: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = 5T 8 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 40: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = 3T 4 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 41: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = 7T 8 , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b).
As linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas
do campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Figura 42: Aproximação do processo de irradiação do dipolo da Figura 35(a) para o instante de tempo
t = T , como conseqüência da variação temporal da corrente I g (t ) caracterizada na Figura 35(b). As
linhas verdes representam a composição vetorial média da velocidade de movimento do Éter (linhas do
campo elétrico E ) resultante do padrão de perturbação (linhas vermelhas) no instante de tempo
mostrado.
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Mas, conforme mostrado na Figura 34, uma concentração de carga nas extremidades do dipolo da Figura
35(a) também gera linhas de campo elétrico E (linhas verdes na Figura 34). Esta concentração de
cargas é proporcional à tensão do gerador V g (t ) que excita o dipolo. Portanto, o campo elétrico E
gerado pela corrente I g (t ) (mostrado nas Figuras 36 a 42) se superpõe ao campo elétrico gerado pelo
gerador de tensão V g (t ) (mostrado na Figura 34). É obvio que a composição vetorial entre os dois
campos superpostos depende do ângulo de fase da corrente I g (t ) com relação à tensão V g (t ) . Mas,
apenas pensando em termos da composição gráfica entre as linhas dos dois campos elétricos é possível
concluir que o padrão de linhas resultante deve ser muito semelhante ao mostrado nas Figuras 43 a 46:
baseia-se em uma simulação numérica realizada em computador digital por pesquisadores da Unversidade
de Ohio, na qual o dipolo simétrico foi aproximado por um esferóide alongado equivalente para evitar
singularidades matemáticas. Estas singularidades seriam inevitáveis caso fosse utilizada a geometria do
dipolo simétrico. O campo gerado pelo esferóide é idêntico ao do dipolo simétrico exceto nas
proximidades do dipolo.
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Figura 44: Distribuição espacial das linhas do campo elétrico E irradiado em t = T 8 pelo dipolo
simétrico descrito na Figura 43.
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Figura 45: Distribuição espacial das linhas do campo elétrico E irradiado em t = T 4 pelo dipolo
simétrico descrito na Figura 43.
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Figura 46: Distribuição espacial das linhas do campo elétrico E irradiado em t = 3T 8 pelo dipolo
simétrico descrito na Figura 43.
Observe na Figura 42 que os vetores que definem as linhas do campo magnético H são perpendiculares
ao plano da página ao passo que os vetores que definem as linham do campo elétrico E estão contidos
no plano da página. Esta é uma caracteística do mecanismo de irradiação: E é sempre perpendicular a
H em um ponto p do espaço ℜ 3 .
Portanto, baseado apenas em inferências geométricas inspiradas na existência hipotética do fluído Éter é
possível determinar de modo aproximado o campo de irradiação de qualquer estrutura irradiante real e
prática. De fato, conforme pudemos constatar, tais inferências geométricas nos levaram a inferir um
padrão de linhas do campo elétrico bastante semelhante ao padrão de linhas resultantes de uma simulação
numérica por computador.
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unitários que definem as direções dos eixos da base ortonormal que gera o espaço ℜ 3 e onde
v x (x, y , z ), v y (x, y , z ) e v z (x, y , z ) representam os valores escalares das componentes de v(x, y, z )
respectivamente nas direções x̂ , ŷ e ẑ .
Para facilitar a compreensão do conceito, vamos supor que v expresse o campo de velocidade de um
fluído. Uma maneira de medir a tendência de o fluído girar em um plano nas vizinhanças de um ponto
p localizado nas coordenadas (x, y, z ) do espaço ℜ 3 é determinar a Circulação Φ do vetor v
através da operação:
Φ = ∫ v ⋅ dl (23)
C
onde
(I) A integral é efetuada ao longo do caminho fechado C contido no plano de giro e que
delimita as vizinhanças de p .
(II) v ⋅ d l é o produto escalar entre o vetor v e o vetor d l em um ponto c(x, y, z ) situado sobre
o caminho fechado C .
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∂v ∂v
Φ x = ∫ v ⋅ d l = v y dy + − v z + z (dy ) (dz ) + v y + y (dz ) (− dy ) + (− v z )(− dz ) =
C ∂y ∂z
(24)
∂v ∂v ∂v ∂v
= v y dy − v z dz + z dydz − v y dy − y dydz + vz dz = z − y dydz
∂y ∂z ∂y ∂z
Φ x ∂v z ∂v y
xˆ ⋅ ∇ × v = lim = −
dS → 0 dS
∂y ∂z (25)
∂v ∂v
Φ y = ∫ v ⋅ d l = vz dz + − vx + x (dz ) (dx ) + v z + z (dx ) (− dz ) + (− v x )(− dx ) =
C ∂z ∂x
∂v x ∂v (26)
∂v ∂v
= vz dz − vx dx + dzdx − v z dz − z dxdz + v x dx = x − z dxdz
∂z ∂x ∂z ∂x
Φy ∂v ∂v
yˆ ⋅ ∇ × v = lim = x − z (27)
dS → 0 dS ∂z ∂x
Da Figura 49 e de (I) e (II) temos:
∂v ∂v
Φ z = ∫ v ⋅ d l = v x dx + − v y + y (dx ) (dy ) + vx + x (dy ) (− dx ) + (− v y )(− dy ) =
C ∂x ∂y
(28)
∂v ∂v ∂v ∂v
= vx dx − v y dy + y dxdy − v x dx − x dxdy + v y dy = y − x dxdy
∂x ∂y ∂x ∂y
Φ z ∂v y ∂v x
zˆ ⋅ ∇ × v = lim = − (29)
dS → 0 dS
∂x ∂y
As Equações (25), (27) e (29) definem respectivamente as 3 projeções do vetor ∇ × v sobre a direção
dos vetores unitários x̂ , ŷ e ẑ que geram o espaço ℜ . Somando vetorialmente as 3 projeções do
3
vetor ∇ × v obtemos
∂v ∂v ∂v ∂v ∂v ∂v
∇ × v = xˆ z − y + yˆ x − z + zˆ y − x (30)
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
Note que, dado v = xˆv x + yˆv y + zˆv z então (30) pode ser obtida através do determinante
xˆ yˆ zˆ
∂ ∂ ∂ ∂v ∂v ∂v ∂v ∂v ∂v (31)
∇×v = = xˆ z − y + yˆ x − z + zˆ y − x
∂x ∂y ∂z ∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
vx vy vx
Note ainda que se v(x, y, z ) expressa a velocidade [m s ] de um fluído em um ponto p(x, y, z ), então
∇ × v(x, y, z ) pode ser interpretado como a velocidade de rotação de um volume infinitesimal dV de
fluído localizado no ponto p(x, y , z ) do espaço ℜ , cuja unidade de medida é rotações por segundo
3
[rps]:
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m
∫ v(x, y, x )⋅ d l (x, y, z ) ∫ v s ⋅ d l [m]
(32)
1
∇ × v(x, y, z ) = C
= C
dS (x, y, z ) dS m[ ] 2 s
81
James Clerk Maxwell
Apêndice A
A Antena de Campo Cruzado
A Antena de Campo Cruzado (CFA - Crossed-Field Antenna ) é um dos indícios de que a Teoria
Eletromagnética “oficial” interpretou erroneamente em maior ou menor grau a idéia original de James C.
Maxwell, porque o conjunto de axiomas por ela adotado não consegue rigorosamente explicar o
funcionamento de uma CFA.
Segue artigo publicado na National Association of Broadcasters' 1999 Convention, em Las Vegas, que pode
ser considerado uma seqüência do artigo "Maxwell's Equations and the Crossed-Field Antenna" por F.M.
Kabbary, M.C. Hately e B.G. Stewart publicado em 1989 na edição de março de Electronics and Wireless
World.
The content of this paper is as follows. Section 2 introduces the plate, a circular metal disk, which in conjunction with
essential design concepts of Ground Plane (GP) CFAs outlining the GP forms a parallel-plate capacitor. The time
the basic techniques underpinning Poynting vector synthesis. varying electric field lines between the D-plate and
Section 3 discusses the improvement to the basic design of GP the GP produce H field lines around the capacitor as
CFAs for ground-wave broadcasting purposes through the shown in Fig. 1. This induced H field now links with
addition of extended cones, and details four MW broadcast the E field from the cylinder to produce significant
CFAs currently in daily service in Egypt. "Near field" power radiation when the following conditions are
measurements on a broadcast CFA are presented showing the met:
non-inductive capabilities of these antennas and thus indicating ● both E and H are in time-synchronism; and
their high radiation efficiency. In addition, vertical plane
radiation patterns for two CFAs are presented showing the ● the field strengths are such that Zw matches
relationship between ground-wave and sky-wave radiation. Zspace.
Section 4 presents wide-band input inpedance measurements of
all four antennas and discusses the extended zone broadcast The fact that a time-varying electric field creates a
capabilities of CFAs. The final section, 5, presents a general magnetic field is a well known phenomenon. The 4th
summary of the advantages of CFAs over conventional MW Maxwell equation, viz.
and LW antenna towers.
1. BASIC CFA DESIGN PRINCIPLES = X H = J + D’
The fundamental principle underpinning CFA design is that indicates that a magnetic field is created from either a
electric and magnetic fields are produced from separate field charge current J (Ampere’s Law = X H = J) or a
stimuli, or field electrodes, and crossed-stressed in–phase displacement current D’ (Maxwell’s Law = X H =
within a small volume, called the interaction zone, close to the D’) or from both J and D’ together (note that D =
CFA structure. ε0E, and ‘ represents time derivative). To help
appreciate the magnetic field production nature of a
time-varying D field creating an H field, Maxwell’s
4th equation (omitting the charge current component)
may be expressed in the reversed Maxwell Law form:
2
3.2 Near Field Measurements 3.3 CFAVertical Plane Radiation Field Patterns
To investigate near field characteristics of broadcast Measurements of the vertical plane radiation field patterns
CFAs, field strength measurements (at reduced power) of the 30kW Tanta and the 100kW Barnis CFAs have also
were taken at near ground level on the 30kW Tanta been taken. Fig. 6 shows the relative vertical plane radiation
CFA. These measurements were obtained with a field pattern of the Tanta CFA. Measurements were taken at
Potomak field strength meter over distances from 25m to a distance of about 610m (1980ft) (using a nearby tall TV
300m. The results are shown in Fig. 5. For comparison, tower) utilising an RF meter. Fig. 7 displays the relative
the effective 1/r2 field strength values expected from vertical plane pattern of the 100kW Barnis CFA, measured
inductive fields is also plotted on the same figure. The at a distance of about 70m (228ft) to a height of around 37m
CFA shows approximate 1/r proportionality in the near (120ft) using a kite floating a battery powered RF meter.
field – there is no sign of the inverse square law Unfortunately vertical elevation angles of less than about
proportionality within the first λ/π as associated with the 300 were not measured at Barnis as a consequence of the
inductive field of a classical dipole antenna. The CFA limited height restrictions on the kite. However, the plot
shows expected interpolated values (dotted line) consistent
therefore exhibits very little inductive field in its close with what might be expected in relation to the nature of the
proximity. Tanta CFA pattern.
The significance of this result has resulted in the ERTU Fig. 6 shows that a significant proportion of the radiated
recently constructing the 100kW Tanta CFA and power goes into ground-wave radiation. For example, the
positioning it approximately 6m (19.5ft) from the 30kW field strength at an elevation angle of about 200 is
CFA on the rooftop of the same building as pictured in approximately 0.32 that of the ground-wave strength,
Fig. 3. There is no evidence of inductive coupling indicating that the radiated power at this angle is close to
between these antennas, and both operate independently 10% (i.e. 0.322) of the ground-wave power. At higher
and efficiently without interference. elevations, the radiated power is seen to be less than 10%.
The Tanta CFAs broadcast to residential populations across
Measured voltages on the E and D-plates of CFAs also a region of 100km – 250km over land based soil, which
show that voltage levels are about 1/6th of those on produces little attenuation of the ground-wave. These
conventional broadcast antennas carrying the same input service areas are therefore constantly provided with strong
power. This feature is again indicative of the signal strength broadcasts.
non-resonant like behaviour of CFAs. These reduced
voltage levels also provide a safer environment near
CFA structures.
Capítulo II
1 Introdução
No presente capítulo estudaremos formalmente o irradiador eletromagnético mais elementar possível, que
é aquele constituído por um único elemento de corrente de tamanho infinitesimal, ou pelo menos de
tamanho muito menor do que o comprimento de onda de operação λ .
O interesse no estudo do irradiador elementar resulta do fato de a estrutura geométrica irradiante de
qualquer antena transmissora sempre poder ser decomposta em uma infinidade de elementos de corrente
(de condução e/ou deslocamento) com tamanho infinitesimal d" .
A denominação dada a este irradiador eletromagnético elementar é Dipolo Curto. Assim, a estrutura
geométrica irradiante de qualquer antena transmissora sempre pode ser decomposta em uma infinidade de
dipolos curtos. Neste contexto, o objetivo deste capítulo é determinar as expressões analíticas da
distribuição no espaço ℜ 3 dos campos E e H de um dipolo curto.
Os campos E e H de qualquer antena real podem ser obtidos como uma composição vetorial dos
campos E e H gerados pela infinidade de dipolos curtos que a compõe. Daí a importância do estudo do
irradiador eletromagnético elementar.
Na prática, uma antena é considerada como um dipolo curto quando seu comprimento total L é tal que
L ≤ 0.1λ . Embora um tamanho de 0.1λ não represente um tamanho infinitesimal, veremos que as
expressões aqui desenvolvidas são válidas para L ≤ 0.1λ desde que tomemos o cuidado de não assumir
a distribuição espacial de corrente no dipolo como uniforme (= constante no espaço). A distribuição de
corrente uniforme efetivamente ocorre quando o dipolo é de tamanho infinitesimal, mas não é válida
quando o dipolo possui dimensões finitas, como é o caso de um dipolo de tamanho 0.1λ .
O Capítulo II inicia com a apresentação das Equações de Maxwell envolvidas no processo de irradiação
eletromagnética. É apresentado o conceito de Potencial Retardado, que, conforme veremos, é o ponto de
3
partida para a obtenção das expressões analíticas da distribuição no espaço ℜ dos campos E e H de
uma antena. A seguir, são deduzidas as equações de irradiação para as regiões denominadas Campo
Próximo e Campo Distante do dipolo curto. Estas são regiões do espaço ℜ 3 ao redor de uma antena
nas quais os campos E e H possuem comportamentos específicos, diferenciados por região.
Finalmente, é apresentado o conceito de Fluxo de Potência de um irradiador e é determinada a
Resistência de Radiação de um dipolo curto.
1
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2 Equações de Maxwel l
Três são as Equações de Maxwell diretamente envolvidas no processo de irradiação eletromagnética
como um todo. Para fins de sistematização, consideraremos cada uma delas como descritoras de um
sub-processo de irradiação, sub-processo que ocorre em um irradiador eletromagnético.
1 ρ
∫∫ E ⋅ d S = ε ∫∫∫ ρ dV
S V
∇⋅E =
ε (1)
Observe que (1) é válida para qualquer superfície fechada S , de modo que podemos definir S como
uma superfície arbitrária fechada que envolve a superfície externa da estrutura condutora, sendo as duas
superfícies separadas por uma distância também arbitrária.
A análise de (1) é como segue:
(I) Um campo elétrico E (x, y, z ) é gerado em cada ponto da superfície S como conseqüência
da soma de todas as cargas elétricas distribuídas com densidade volumétrica ρ (x, y, z ) no
volume V delimitado por S .
1
Assim como ∇ × U (x, y, z ) é interpretada como uma medida da vorticidade nas linhas de um campo
vetorial U em um ponto p(x, y , z ) do espaço ℜ (ver Seção 3 do Capítulo I), a operação
3
assim como ∇ ⋅ U (x, y, z ) < 0 mede a intensidade com que um sumidouro do campo U localizado em
p(x, y, z ) “aspira” linhas de U para fora do espaço ℜ 3 . Por exemplo, para o caso do campo
magnético H , o divergente ∇ ⋅ H (x, y , z ) é nulo para todo ponto p(x, y , z ) do espaço ℜ porque,
3
conforme discutido na Seção 2.2.3 do Capítulo I, não existe outra maneira de ser gerado um campo
magnético H exceto por movimento rotacional (vorticidade) no fluído Éter. Assim, as linhas de H não
tem início nem fim, sendo fechadas sobre si mesmas.
2
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(II) Se ρ varia com o tempo, a conseqüência imediata é que campo elétrico E também varia
com o tempo, isto é, E = E (x, y, z , t ) .
(III) Se ρ varia com o tempo, implicitamente significa que correntes elétricas com densidade
∂ρ (x, y, z , t ) C A
volumétrica J v (x, y, z , t ) =
∂t s m 3 (= m 3 ) percorrem o volume V ,
originando ρ = ρ (x, y, z, t ) .
A Equação (1) é a responsável pelas componentes E x e E z do campo elétrico E mostrado na Figura
34 do Capítulo I.
∂H ∂H
∫ E ⋅ d l = − µ ∫∫
C S ∂t
⋅dS ∇ × E = −µ
∂t (2)
(I) Um campo elétrico E (x, y, z ) é gerado em cada ponto do contorno fechado C como
conseqüência da soma da variação temporal das linhas do campo magnético H que
atravessam a superfície S delimitada pelo contorno C .
(II) Uma vez que H (x, y , z ) varia no tempo, implicitamente o campo elétrico E (x, y , z ) gerado
por H também varia no tempo, isto é, E = E (x, y, z , t ) .
(III) Se H cresce com o tempo, então é gerado um campo E negativo com valor absoluto
proporcional à razão de crescimento de H . Se H decresce com o tempo, então é gerado um
campo E positivo com valor absoluto proporcional à razão de decrescimento de H
3
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∫ H ⋅ d l = ∫∫ (J + J )⋅ d S
C S
D
∇× H = J + J D (3)
(I) Um campo magnético H (x, y , z ) é gerado em cada ponto do contorno fechado C como
conseqüência da soma das linhas de corrente de condução e/ou deslocamento que atravessam a
superfície S delimitada pelo contorno C .
(II) Se J e/ou J D variam no tempo, implicitamente significa que o campo magnético
H (x, y, z ) gerado por J e/ou J D também varia no tempo, isto é, H = H (x, y, z , t ) .
(III) H (x, y, z ) e J (x, y, z ) são perpendiculares entre si em todos os pontos p(x, y, z ) do
espaço ℜ 3 (devido ao produto vetorial na forma diferencial de (3)), assim como também são
H (x, y, z ) e J D .
4
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Observe que o campo E H (x, y, z , t ) é continuamente regenerado por H D (x, y, z , t ) , o que não
acontece com E ρ (x, y , z , t ) . De fato, o campo elétrico E ρ (x, y , z , t ) apresenta valores significativos
somente nas proximidades de um irradiador (região de Campo Próximo).
3 Potenciais Retardado s
Vimos na Seção 2.4 uma descrição do encadeamento de sub-processos que definem a irradiação
eletromagnética em uma estrutura geométrica eletricamente condutora, quando esta é excitada por um
gerador de tensão senoidal. Vimos também que o encadeamento de sub-processos obedece às equações
(1), (2) e (3), encadeamento que, em última análise, tem como ponto de partida uma distribuição espacial
de cargas elétricas em movimento acelerado.
Na análise e projeto de antenas, no entanto, estaremos muito pouco interessados no encadeamento de
sub-processos que dão origem ao processo de irradiação eletromagnética como um todo. Dentre as
diversas metodologias existentes, reconhecidamente a metodologia de projeto de antenas mais eficiente é
aquela baseada em análise (simulação) através de computador digital. Nesta metodologia, o projetista
basicamente altera os parâmetros geométricos da antena e observa a distribuição resultante dos campos
E = E (x, y, z , t ) e H = H (x, y, z , t ) no espaço ℜ 3 . Quando a intensidade e a distribuição espacial
dos campos atingem as especificações de projeto exigidas, o projetista encerra o modelamento geométrico
da antena e passa a ocupar-se com especificações de impedância de entrada, banda-passante, área efetiva,
eficiência, etc... Muitas vezes é necessário alterar novamente a forma geométrica do irradiador para que
estas especificações adicionais sejam atingidas. Estudaremos estes parâmetros e especificações adicionais
em capítulo posterior.
Na análise e no projeto de uma antena, portanto, é fundamental determinar a intensidade e a distribuição
espacial dos campos E = E (x, y, z , t ) e H = H (x, y , z , t ) por ela gerados.
Existem vários procedimentos matemáticos que, a partir de (1), (2) e (3), definem expressões analíticas
para os campos E = E (x, y, z , t ) e H = H (x, y , z , t ) . Embora isolar E e H por substituição direta
entre (1), (2) e (3) possa parecer o procedimento mais imediato, a solução da equação íntegro-diferencial
resultante seria de considerável complexidade computacional. Para contornar esta situação, o
procedimento quase que universalmente adotado é o procedimento indireto que utiliza funções
auxiliares intermediárias denominadas Potenciais Retardados. Devido a este fato, o próprio
procedimento indireto acabou sendo conhecido como Determinação de E e H por Potenciais
Retardados, ou simplesmente, Potenciais Retardados.
No contexto do procedimento Potenciais Retardados, funções que caracterizam potenciais são obtidas a
partir da densidade volumétrica ρ (x ′, y ′, z ′, t ) [C m 3 ] de cargas elétricas e/ou da densidade
superficial de correntes (de condução ou deslocamento) J (x ′, y ′, z ′, t ) [ A m ] que fluem em cada
2
5
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ponto p(x ′, y ′, z ′) da estrutura geométrica irradiante da antena por ação da excitação aplicada. A
seguir, os campos E (x, y , z , t ) e H (x, y , z , t ) são determinados para qualquer ponto desejado
p(x, y, z ) do espaço ℜ 3 através de operações vetoriais e/ou escalares realizadas sobre as funções
potencial retardado obtidas.
Existem diversas funções que podem ser utilizadas para este fim, funções que podem ser tanto escalares
como vetoriais. Citamos, por exemplo, as Funções Potenciais de Hertz2.
Em nosso estudo do irradiador eletromagnético elementar (dipolo curto) adotaremos como funções de
potencial o Potencial Vetorial Magnético Retardado Α(x, y , z , t ) , e o Potencial Escalar Elétrico
Retardado Φ(x, y, z , t ) .
Pode-se demonstrar3 que para um dipolo curto imerso no vácuo, excitado por um gerador senoidal
V (t ) = V0 cos(ωt ) com ω = 2πf , os potenciais retardados Α(x, y, z , t ) e Φ(x, y, z , t ) são dados
por:
µ0 J 0 e j (ωt − βr )
Α(x, y, z , t ) = ∫∫∫ dV [Wb m] (4)
4π V
r
1 ρ 0 e j (ωt − βr )
Φ(x, y, z , t ) = ∫∫∫ r dV [V] (5)
4πε 0
V
2
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997.
3
A demonstração matemática que estabelece formalmente o vínculo entre as densidades ρ e/ou J e os
campos E e H através das funções Potencial Retardado Α e Φ é algo enfadonha, envolvendo uma
não pequena seqüência de operações vetoriais. Esta demonstração nada acrescentaria no sentido da
compreensão do mecanismo de irradiação eletromagnética, já que ela é uma dedução puramente baseada
em teoremas e operadores do Cálculo Vetorial. Assim, não a apresentaremos aqui. No entanto, ela pode
ser encontrada em qualquer literatura em Teoria Eletromagnética. Uma obra clássica neste contexto é
J.D.Kraus and K.R. Carver, Electromagnetics, 2nd ed., McGrawHill, 1973.
6
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(III) ρ 0 é o valor instantâneo máximo (valor de pico) da densidade volumétrica de carga elétrica
ρ (x ′, y ′, z ′, t ) = ρ 0 cos(ωt + θ ) que ocorre em cada ponto p(x ′, y ′, z ′) do volume
V = S" como conseqüência da ação do gerador V (t ) = V0 cos(ωt ) . Para um dado instante t
a densidade ρ (x ′, y ′, z ′) pode ser considerada constante em todo o volume V = S" devido
ao diminuto tamanho relativo do dipolo em relação a λ . No entanto, para que possa surgir o
conceito de Dipolo Elétrico no contexto do desenvolvimento analítico a ser apresentado na
Seção 4, utiliza-se o seguinte artifício conceitual: Uma vez que as cargas elétricas
movimentam-se aceleradamente devido à forma de variação temporal da tensão do gerador
V (t ) = V0 cos(ωt ) , estas cargas são submetidas a uma “compressão” variável ao longo do
comprimento " . Portanto, inevitavelmente ocorrerá uma maior concentração de cargas
elétricas em uma extremidade do elemento de corrente do que em outra, formando portanto um
Dipolo Elétrico. Isto é indicado na Figura 1 através de ρ a > ρ b .
4
A suposição de constância espacial de J (x ′, y ′, z ′) é válida na situação em que o dipolo curto é
considerado como um elemento muito pequeno integrante da estrutura geométrica irradiante de uma
antena transmissora, visto que esta sempre é decomponível em uma infinidade de elementos de corrente
(dipolos curtos) com tamanho infinitesimal d" . Quando a estrutura geométrica irradiante da antena
transmissora é o próprio dipolo curto, J (x ′, y ′, z ′) não pode ser considerada constante no espaço. Esta
situação será analisada em seção subseqüente.
7
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j ωt − βr
(VII) O fator e
é um artifício adotado com base em Técnica de Fasores5 para simplificar
as operações íntegro-diferenciais do procedimento e para simultaneamente garantir a
representação de todas as grandezas envolvidas através de uma expressão analítica que
caracterize variação temporal senoidal (porque a excitação do gerador é senoidal). Portanto, o
j ωt − βr
fator e implicitamente implica em variação temporal da forma
cos(ωt + ψ ) = Re e { }
j (ωt +ψ )
sendo ψ um ângulo de fase relativo que depende da distância
r.
(VIII) A existência de carga elétricas em movimento acelerado no dipolo curto fica implícita pela
forma analítica do termo J 0 e j (ωt − βr ) = J 0 cos(ωt − βr ) + j J 0 sen (ωt − βr ) em (4) e
pela forma analítica do termo ρ 0 e j (ωt − βr ) = ρ 0 cos(ωt − βr ) + jρ 0 sen (ωt − βr ) em (5).
∂n
O movimento acelerado das cargas é expresso pelo fato de { }
J 0 e j (ωt − βr ) ≠ 0 e
∂t n
∂n
{ }
ρ 0 e j (ωt − βr ) ≠ 0 para qualquer inteiro positivo n . Isto ocorre porque
∂t n
∂n ∂n
cos(ωt − βr ) ≠ 0 e sen (ωt − βr ) ≠ 0 para todo n , exceto para valores
∂t n ∂t n
particulares de t e r , assegurando que para cada instante t ocorra um deslocamento r sob
∂n
movimento acelerado de ordem . Embora a distância r refira-se à distância percorrida
∂t n
pela perturbação eletromagnética até o ponto p (x, y, z ) do espaço ℜ , para r → 0 ela tende
3
5
Vide W.H. Hayt Jr. e J. E. Kemmerly , Análise de Circuitos em Engenharia, Mc Graw Hill, 1975.
8
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Figura 1: Irradiador eletromagnético elementar (dipolo curto) integrante da estrutura irradiante de uma
antena maior excitada por um gerador senoidal V (t ) = V0 cos(ωt ) , com ω = 2πf . Para um dado
instante t a densidade de corrente J é constante sobre a seção transversal S e constante ao longo do
comprimento " do elemento de corrente de volume V = S" em conseqüência do diminuto tamanho do
dipolo com relação ao comprimento de onda λ . Devido ao movimento acelerado das cargas elétricas
estas são submetidas a uma “compressão” variável ao longo do comprimento " . Isto faz surgir uma
maior concentração de cargas elétrica em uma extremidade do elemento de corrente do que em outra
( ρ a > ρ b ), formando portanto um Dipolo Elétrico com densidade volumétrica de cargas média dada
ρa + ρb
por ρ0 = . No entanto, uma vez que " << λ , o Dipolo Elétrico pode também ser
2
considerado como um Monopolo Elétrico com densidade ρ 0 constante ao longo de " .
Uma vez obtidas as expressões analíticas para o Potencial Vetorial Magnético Retardado Α(x, y, z , t ) ,
e o Potencial Escalar Elétrico Retardado Φ (x, y , z , t ) , o campo elétrico E e o campo magnético H
no ponto p (x, y, z ) do espaço ℜ são determinados através de:
3
∂
E (x, y, z , t ) = −∇Φ(x, y, z , t ) − Α(x, y, z , t ) [V m]
∂t (6)
1
H (x, y, z , t ) = ∇ × Α(x, y, z , t ) [A m ] (7)
µ0
4 O Dipolo Curto
Qualquer antena pode ser decomposta em um grande número de elementos infinitesimais de corrente,
denominados Dipolos Curtos.
Daí, portanto, a importância crucial na determinação das características e propriedades do dipolo curto
para que possamos analisar as características e propriedades de qualquer antena utilizada na prática
através da soma dos efeitos resultantes de todos os dipolos elementares que a constituem.
9
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Dado o tipo de simetria geométrica de um dipolo, é conveniente analisar o dipolo curto referenciado a um
sistema de Coordenadas Esféricas (r ,θ , φ ) , conforme mostra a Figura 2.
Figura 2: Dipolo curto referenciado a um sistema de Coordenadas Esféricas (r ,θ , φ ) . O valor nulo das
componentes H θ , Eφ e H r será justificado ao longo do desenvolvimento analítico apresentado ao longo
desta seção. No entanto, no contexto do modelo alegórico discutido no Capítulo I, é possível inferir de
antemão que para a geometria do dipolo curto mostrado H θ e H r são nulos porque o movimento
circular do Éter está contido unicamente nos planos geométricos cuja interseção é o eixo z do dipolo,
sendo H sempre perpendicular ao plano de giro. Da mesma forma, Eφ é nulo porque o movimento
linear radial de Éter está contido unicamente nestes mesmos planos.
Assumiremos que o dipolo curto é parte de uma antena linear arbitrariamente maior6 alimentada por
uma linha de transmissão excitada por um gerador de tensão V (t ) = V0 cos(2πft ) . Portanto a variação
no tempo da corrente na antena linear maior é da forma I = I (t ) = I 0 cos(2πft + ϕ ) , onde I 0 é o
valor instantâneo máximo da corrente.
Sob o ponto de vista da geração do campo magnético H a partir de uma corrente elétrica (ver Seção 2.3),
o comprimento " << λ do dipolo curto permite que a distribuição espacial de corrente seja considerada
aproximadamente constante e de valor I ao longo do comprimento " , mas variando no tempo de acordo
com I = I (t ) = I 0 cos(2πft + ϕ ) .
Sob o ponto de vista da geração do campo elétrico E a partir de uma densidade volumétrica de cargas
elétricas (ver Seção 2.1), a variação senoidal no tempo da corrente impõe uma aceleração às cargas
livres no condutor de forma a gerar uma densidade volumétrica de carga ρ (x ′, y ′, z ′, t ) não nula que
varia ao longo de " . Podemos considerar esta densidade de carga volumétrica como estando
concentrada em uma carga líquida equivalente q , localizada nas extremidades do dipolo curto, conforme
mostra a Figura 3:
6
Eventualmente do tamanho do próprio dipolo curto, quando , então, a antena maior é o próprio dipolo
curto.
10
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Figura 3: Carga concentrada líquida equivalente em um dipolo curto referenciada ao centro geométrico.
A aceleração imposta às cargas livres no condutor é uma conseqüência da razão de variação temporal
dI dt na corrente I = I (t ) = I 0 cos(2πft + ϕ ) . A razão de variação dI dt gera uma densidade
volumétrica de carga ρ (x ′, y ′, z ′, t ) que varia ao longo do comprimento " do dipolo curto devido à
maior concentração volumétrica (“compressão”) de cargas nos pontos de maior aceleração (maior
dI dt ). A cada instante t ocorre uma concentração de cargas ρ a ≠ ρ b nas extremidades do dipolo
(ver Figura 1). Portanto, podemos imaginar que existem duas cargas líquidas concentradas equivalentes
de valor + q e − q nas extremidades do dipolo, tendo como referência o seu centro geométrico.
Observe que a relação temporal entre carga q e corrente I é I = dq dt .
Suponhamos, por exemplo, que o dipolo da Figura 3 possua um comprimento " << λ tal que " = 1 m e
S = 0.1 m 2 . Em um determinado instante t a concentração instantânea de cargas
uma seção transversal
nas extremidades é ρ a = 200 [C m ] e ρ b = 20 [C m ] (ver Figura 1). O valor das cargas
3 3
qa = ρ a S
"
2
[ ]
1
= 200 [C m 3 ] 0.1 m 2 [m] = 10 C
2
"
[ ]
1
qb = ρ b S = 20 [C m 3 ] 0.1 m 2 [m ] = 1 C
2 2
Daí, podemos aproximar esta situação como se existissem duas cargas líquidas concentradas equivalentes
de valor + q e − q nas extremidades do dipolo, tendo como referência o seu centro geométrico,
q a − qb 10 C − 1 C
sendo o valor q dado por q = = = 4.5 C .
2 2
Uma vez que " << λ e d << " , cada metade do volume total V = S" é muito pequeno sob o ponto
λ , de modo que as cargas q a e qb concentradas em cada metade de
de vista do comprimento de onda
V podem ser consideradas com boa aproximação como cargas puntiformes q a e qb localizadas nas
extremidades do dipolo. Em conseqüência, as cargas líquidas + q e − q referenciadas ao centro
geométrico do dipolo também podem ser consideradas com boa aproximação como cargas puntiformes
nas extremidades, o que valida a distribuição de carga concentrada equivalente mostrada na Figura 3.
11
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referência as Figuras 4 e 5.
referência as Figuras 4 e 6.
(III) Com os valores obtidos para Α(r ,θ , φ , t ) e Φ(r ,θ , φ , t ) determina-se o Campo Elétrico
E (r ,θ , φ , t ) no ponto desejado p(r ,θ , φ ) do espaço ℜ 3 utilizando a Equação (6) em
Coordenadas Esféricas, tendo como referência a Figura 7.
12
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Figura 5: Dipolo da Figura 4 analisado em duas dimensões para φ = 90 . Esta simplificação é válida
$
devido à simetria radial do dipolo, não implicando em nenhuma restrição aos resultados a serem obtidos
na análise a ser feita nesta seção. Na maioria das situações práticas d << " , de modo que a forma
geométrica do volume V do dipolo tende à de um cilindro de diâmetro infinitesimal.
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Figura 6: Simplificação geométrica válida para r >> " , condição encontrada na grande maioria das
situações práticas, quando s torna-se paralelo e igual a r . O dipolo é considerado como se existissem
duas cargas líquidas concentradas equivalentes de valor + q e − q em suas extremidades, tendo como
referência o seu centro geométrico.
Uma vez que J é uniforme na seção transversal S e constante ao longo do comprimento " devido a
" << λ e uma vez que o volume V tende a um cilindro de diâmetro infinitesimal devido a d << "
então (4) simplifica-se para a forma
14
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(
r do ponto p r ,θ , φ = 90 $ ao dipolo é muito
Na grande maioria das situações práticas a distância )
grande com relação ao seu tamanho " , isto é, r >> " . Então não só é razoável admitir que s torna-se
paralelo a r como também é razoável admitir que s ≈ r . Visto que r torna-se independente da posição
z ao longo do dipolo nesta situação, temos de (8):
µ 0 " / 2 e j (ωt − βs ) µ "/2
e j (ωt − βr )
Αz = I0 ∫ dz = 0 I 0 ∫ dz = (9)
4π −" / 2 s 4π −" / 2 r
µ 0 I 0 e j (ωt − βr ) " / 2 µ 0 I 0 "e j (ωt − βr )
= ∫ dz = 4πr [Wb m]
4πr −" / 2
[ ]
A Equação (9) determina o valor de Α(r ,θ , φ , t ) = Α z zˆ Wb m gerado em um ponto p(r ,θ , φ ) a
uma distância r de um dipolo curto tendo como únicas restrições: excitação senoidal de freqüência
ω = 2πf , r >> " , λ >> " e d << " .
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{ } { }
& & & & & &
Mas q (t ) = Re{q (t )}+ Im{q (t )} e I (t ) = Re I (t ) + Im I (t ) . Visto que (11) é um operador linear,
não ocorrendo interação entre as partes reais e imaginárias da operação7, temos:
{ }
&
& Re I (t ) I (t )
Re{q (t )} = q(t ) = = (13)
jω jω
Se q0 é o valor instantâneo máximo da carga q (t ) concentrada nas extremidades do dipolo então de (13)
temos:
I0 (14)
q0 =
jω
Substituindo o valor de q em (10) pelo valor de q0 dado por (14) obtemos o valor do potencial elétrico
escalar ( )
Φ gerado em um ponto p r ,θ , φ = 90 $ a uma distância r de um dipolo curto:
Uma vez que r >> " , as retas r , s1 e s2 na Figura 6 podem ser consideradas paralelas. Daí, da Figura
6, temos
" (16)
s1 = r − cos θ
2
" (17)
s2 = r + cos θ
2
7
Vide o conceito de Fasor em W.H. Hayt Jr. e J. E. Kemmerly , Análise de Circuitos em Engenharia,
McGraw Hill, 1975.
16
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I0 e 2 e 2
= − =
4πε 0 jω " "
r − cos θ r + cos θ
2 2
j β" cos θ β"
− j cos θ
I 0 e j (ωt − βr ) e 2
e 2
= − =
4πε 0 jω " "
r − cos θ r + cos θ
2 2 (18)
2 "2
Visto que r >> " , então r − cos 2 θ ≈ r 2 . Daí (18) simplifica-se para a forma:
4
j β2" cos θ " (19)
e
r + cos θ +
I 0 e j (ωt − βr ) 2
Φ (r ,θ , φ , t ) = 2
4πε 0 jωr β"
− j cos θ "
− e 2 − cos
r θ
2
Mas e ju = cos u + j sen u . Daí, (19) pode ser escrita como
β "
cos cos θ +
2
+
"
θ
+
β" r
2
cos
j sen cos θ
I 0 e j (ωt − βr ) 2
(20)
Φ (r ,θ , φ , t ) = 2
4πε 0 jωr β"
cos cos θ +
2 "
−
β " r − 2 cos θ
− j sen cos θ
2
17
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ou, como β = 2π λ ,
π"
cos cos θ +
λ "
π" r + 2 cos θ +
j sen cos θ
I 0 e j (ωt − βr ) λ
(21)
Φ (r ,θ , φ , t ) = 2
4πε 0 jωr π"
cos cos θ +
λ "
− r − 2 cos θ
− j sen π" cos θ
λ
π" "
1 + j cos θ r + cos θ +
j (ωt − βr )
I e
λ 2
Φ (r ,θ , φ , t ) = 0 =
4πε 0 jωr
2
π" "
− 1 − j cos θ r − cos θ
λ 2 (22)
I 0 e j (ωt − βr ) (λ + j 2πr )
=
4πε 0 jωr 2 " cos θ λ
Φ (r ,θ , φ , t ) =
I 0 e j (ωt − βr ) (λ + j 2πr ) =
4πε 0 jωr 2 " cos θ λ
I 0 e j (ωt − βr ) (c + jωr ) =
=
4πε 0 jωr 2 " cos θ c (23)
18
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V
E = rˆE r + θˆEθ + φˆEφ (25)
m
Wb
Α = rˆΑ r + θˆΑθ + φˆΑ φ (26)
m
onde r̂ , θˆ e φˆ são os vetores unitários da base orthonormal que define o espaço ℜ 3 no Sistema de
Coordenadas Esféricas (r ,θ , φ ) .
O gradiente ∇Φ do potencial elétrico escalar Φ em Coordenadas Esféricas é dado por (vide Apêndice A
deste capítulo):
∂Φ ˆ 1 ∂Φ ˆ 1 ∂Φ V (27)
∇Φ = rˆ +θ +φ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ m
Com base na Figura 7, (26) pode ser escrita como:
∂
E (r ,θ , φ , t ) = −∇Φ(r ,θ , φ , t ) −
Α(r ,θ , φ , t ) =
∂t
∂Φ ˆ 1 ∂Φ ˆ 1 ∂Φ ∂
= − rˆ
∂r
+θ
r ∂θ
+φ
r sen θ ∂ φ
−
∂t
(
rˆΑ z cosθ − θˆ(Α z sen θ ) ) V
m
(29)
sendo Α z dado por (9). Separando as componentes de E (r ,θ , φ , t ) = rˆE r + θˆEθ + φˆEφ em (29) nas
direções r̂ , θˆ e φˆ :
∂Φ ∂ V (30)
Er = − − Α z cosθ m
∂r ∂t
1 ∂Φ ∂ V
Eθ = − + (Α z sen θ ) m
(31)
r ∂θ ∂t
1 ∂Φ V (32)
Eφ = − m
r sen θ ∂φ
∂Φ
Obtendo para efeito do cômputo de (30), com Φ dado por (24), temos
∂r
19
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∂Φ ∂ I 0 " cos θe (ω − β ) 1 c 1
j t r
= +
r jω 2 =
∂r ∂r 4πε 0 c r
I 0 " cos θe jωt ∂ − jβr 1 c 1
= e + 2
=
4πε 0 c ∂r r jω r
− jβ r 1 c
I 0 " cos θe jω t − j βe r − j ω r 2 +
= =
4πε 0 c + e − β − 1 c
r 2 + 2 j ωr 3
j r
1 c
I 0 " cos θe j (ωt − βr ) − jβ r − j ω r 2 +
=
4πε 0 c + − 1 + 2 j c (33)
r 2 ωr 3
2π
Mas β = 2π λ e λ = c f = 2πc ω . Daí β = 2π λ = = ω c , c = 3 × 108 m s , de
2πc ω
modo que (33) torna-se:
1 c
j (ωt − βr ) − jβ r − j ωr 2 +
∂Φ I 0 " cos θe
= =
∂r 4πε 0 c + − 1 c
+2j 3
r 2 ωr
ω 1 c
I 0 " cos θe j (ωt − βr ) − j c r − j ω r 2 +
= =
4πε 0 c + − 1 c
+2j 3
r 2 ωr
I 0 " cos θe j (ωt − βr ) ω 2 c (34)
= − j − 2 + 2 j 3
4πε 0 c cr r ωr
∂
Obtendo Α z para efeito do cômputo de (30) e (31), com Α z dado por (9), temos
∂t
∂ ∂ µ 0 I 0 "e j (ωt − βr ) µ 0 I 0 "e − jβr ∂ jωt
∂t
Αz =
∂t 4πr
=
4πr ∂t
{e }=
µ I " e − j βr µ I "e j (ωt − βr )
= 0 0
4πr
{jωe jωt }= jω 0 0
4πr
(35)
∂Φ
Obtendo para efeito do cômputo de (31), com Φ dado por (24), temos
∂θ
20
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∂Φ ∂
Er = − − Α z cosθ =
∂r ∂t
I " cosθe j (ωt − βr ) ω 2 c µ 0 I 0 "e j (ωt − βr )
=− 0 − j − + 2 j − j ω cosθ =
4πε 0 c cr r
2
ωr 3 4πr
I " cosθe j (ωt − βr ) (− jω 2 + jω 2 µ 0 ε 0 c 2 )r 2 − 2crω + 2 jc 2 V (38)
= − 0
4πε 0 c 2 r 3ω m
1 1
Mas c= → c2 = , e daí (38) simplifica-se para a forma
µ 0ε 0 µ 0ε 0
Er = −
( )
I 0 " cos θe j (ωt − βr ) − jω 2 + jω 2 µ 0 ε 0 c 2 r 2 − 2crω + 2 jc 2
=
4πε 0 c 2 3
r ω
I " cos θe
− 0
j (ωt − βr )
( 2 2 2
)
− jω + jω r − 2crω + 2 jc 2
=
4πε 0 c 2 r 3ω
I 0 " cosθe j (ωt − βr ) − 2crω + 2 jc 2
=− =
4πε 0 c 2 r 3ω
I 0 " cosθe j (ωt − βr ) − 2crω 2 jc 2
=− 2 3 + 2 3 =
4πε 0 c r ω c r ω
I 0 " cosθe j (ωt − βr ) −2 2j
=− cr 2 + r 3ω =
4πε 0
I 0 " cos θe j (ωt − βr ) 1 1 V (39)
= 2 +
2πε 0 cr jωr 3 m
Substituindo (36) e (35) em (31):
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1 ∂Φ ∂
Eθ = − + Α z sen θ =
r ∂θ ∂t
1 I 0 " sen θe j (ωt − βr ) 1 c 1 µ 0 I 0 "e j (ωt − βr )
= r + jω r 2 + j ω sen θ =
r 4πε 0 c 4π r
j (ωt − βr )
I " sen θe ωr − jc + jω r µ 0 ε 0 c
2 2
= 0 =
4πε 0 ωcr 3
I 0 " sen θe j (ωt − βr ) ωrc − jc 2 + jω 2 r 2 µ 0 ε 0 c 2
= =
4πε 0 ωc 2 r 3
I 0 " sen θe j (ωt − βr ) ωrc − jc 2 + jω 2 r 2
= =
4πε 0 ωc 2 r 3
I 0 " sen θe j (ωt − βr ) ωrc jc 2 jω 2 r 2 (40)
= 2 3 − 2 3 + =
4πε 0 ωc r ωc r ωc 2 r 3
I 0 " sen θe j (ωt − βr ) 1 j jω
= 2 − 3 + 2 =
4πε 0 cr ωr c r
I 0 " sen θe j (ωt − βr ) jω 1 1 V
= 2 + 2 +
4πε 0 c r cr jωr 3 m
1 ∂Φ 1 V (41)
Eφ = − =− 0=0
r sen θ ∂φ r sen θ m
Sumariando os resultados obtidos até agora:
V (41)
Eφ = 0 m
V
E (r ,θ , φ , t ) = rˆE r + θˆEθ + φˆEφ m
(42)
[ ]
As Equações (39) a (42) determinam o valor de E (r ,θ , φ , t ) V m gerado em um ponto p(r ,θ , φ ) a
uma distância r de um dipolo curto tendo como únicas restrições: excitação senoidal de freqüência
ω = 2πf , r >> " , λ >> " e d << " .
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1 ∂
∇ × Α = rˆ (Αφ sen θ )− ∂Αθ
+
r sen θ ∂θ ∂φ
1 1 ∂Α r ∂
+ θˆ − rΑ φ +
r sen θ ∂φ ∂r
1 ∂ ∂Α r (43)
+ φˆ rΑθ −
r ∂r ∂θ
Da Figura 7 observamos que Α φ = 0 e que Α r = Α z cos θ e Αθ = − Α z sen θ não variam com
φ . Daí (43) simplifica-se para a forma
1 ∂ ∂Α r (44)
∇ × Α = φˆ rΑθ −
r ∂r ∂θ
Substituindo (44) em (7) temos:
1 1 ∂ ∂Α r
H (r ,θ , φ , t ) =∇ × Α = φˆ rΑ θ − =
µ0 µ 0 r ∂r ∂θ
1 ∂ ∂ (Α z cos θ ) A
= φˆ r (− Α z sen θ ) − (45)
µ 0 r ∂r ∂θ m
Substituindo (9) em (45) temos:
∂ µ I "e j (ωt − βr )
r − 0 0
sen θ +
1 ∂r 4π r
A
H (r ,θ , φ , t ) = φˆ
µ 0 r ∂ µ I "e j (ωt − βr ) m
− 0 0
cos θ (46)
∂θ 4π r
Separando os termos que não dependem de r e θ em (46):
µ I "e jωt ∂ − jβr
1
− sen θ 0 0
4π ∂r
{e }+ A
H (r ,θ , φ , t ) = φˆ
µ 0 r µ 0 I 0 "e j (ωt − βr ) ∂ m (47)
− {cosθ }
4πr ∂θ
Efetuando as derivadas em (47) e simplificando:
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µ I " e j ω t ∂ − jβ r
1
− sen θ 0 0
4π ∂r
e {+ }
H (r ,θ , φ , t ) = φˆ =
µ 0 r µ 0 I 0 "e j (ωt − βr ) ∂
− {cos θ }
4πr ∂θ
µ 0 I 0 " e jω t
1
− sen θ
4π
{ }
− j βe − jβ r +
= φˆ =
µ0r µ I "e j (ωt − βr )
− 0 0 {− sen θ }
4πr
j (ωt − βr )
I "e sen θ 1 1
= φˆ 0 jβ + 2 =
4π r r
j (ωt − βr )
I "e sen θ jω 1 A
= φˆ 0 + 2
4π cr r m (48)
Ou seja
A
H (r ,θ , φ , t ) = φˆH φ (49)
m
onde
[ ]
As Equações (49) e (50) determinam o valor de H (r ,θ , φ , t ) A m gerado em um ponto p(r ,θ , φ )
a uma distância r de um dipolo curto tendo como únicas restrições: excitação senoidal de freqüência
ω = 2πf , r >> " , λ >> " e d << " .
24
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sendo Z 0 = 120π [Ω] a Impedância Intrínseca do Espaço livre (válida quando o meio de
propagação é o vácuo ou ar seco).
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• Uma forma alternativa para o Campo Distante Eθ pode ser obtida da Equação (II) da Tabela 2
1
fazendo-se = Z 0 = 120π [Ω] :
ε 0c
π
j ω t − βr + π (52)
I 0 "e 2
sen θ " j ωt − βr + 2
Eθ = = 60πI 0 e sen θ
2ε 0 cλr rλ
D3
através de r < 0.62 , onde D é a maior dimensão física do irradiador. Para o caso do dipolo
λ
curto e para antenas lineares em geral adota-se a relação r < λ 2π . A Tabela 3 mostra as relações
analíticas para a região de Campo Próximo, relações que são obtidas da Tabela 1 fazendo-se r → 0 .
27
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⇒ Portanto para na região de Campo Próximo o campo magnético H = φˆH φ encontra-se defasado
90$ no tempo do campo elétrico E = rˆE r + θˆEθ , o que faz fluxo de potência nas proximidades
do dipolo ser altamente reativo.
⇒ Ou seja, a região de Campo Próximo tende a manter confinada dentro de si a potência fornecida
pelo dipolo sem irradiá-la adiante (como em uma cavidade ressonante). Apenas no limite externo da
região de Campo Próximo, início da denominada Região Intermediária de Fresnel
D3 2D 2
( 0.62 <r< ), é que começa a haver irradiação efetivamente, conforme sugere a
λ λ
Figura 8.
8
Uma onda estacionária resulta da superposição, na mesma região do espaço ℜ 3 , de uma onda direta
e de uma onda refletida.
28
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9
Na Seção 4.5 estudaremos o fluxo de potência
& 1
(*
)
S = E × H que atravessa a superfície de uma
2
esfera de raio infinito em cujo centro encontra-se o irradiador. Isto nos levará ao conceito de Resistência
de Radiação.
29
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2π 2π
E (t ) = E max cos − 90° e H (t ) = H max cos .
T T
• Em distâncias intermediárias (Região de Fresnel na Figura 8), Er e Eθ podem ficar defasados de
1 1
π 2 = 90$ no tempo devido ao quociente entre os termos 2 + e
cr jωr 3
jω 1 1
2 + 2 + respectivamente nas Equações (I) e (II) da Tabela 1 resultar em um número
c r cr jωr 3
complexo com fase 90 para valores específicos de r . Nesta situação de quadratura, o vetor campo
$
elétrico E = rˆE r + θˆEθ gira em função da distância r , e sua ponta descreve uma elipse com
centro em p no plano β que contém os vetores Er e Eθ . Esta situação é denominada de campo
cruzado , e caracteriza-se por nulos anômalos na intensidade de sinal captado por uma antena
dipolo receptora, paralela à transmissora, para determinados valores de distância r entre ambas.
Estes nulos transformam-se em máximo de sinal bastando girar 90 o dipolo receptor no plano β
$
30
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2 3
Como os campos quase-estacionários variam com 1 r e 1 r , eles ficam confinados em vizinhanças
muito próximas do dipolo curto, e, portanto, a irradiação é desprezível.
E = aˆ E E0 e jωt (54)
10
Isto significa que podemos assumir todas as grandezas no meio de propagação como sendo
j (ωt +ψ )
representadas pela forma analítica complexa Me , para efeito de simplificação da solução de
equações íntegro-diferenciais. Uma vez que o meio de propagação é linear, podemos desprezar
( )
jM sen ωt + ψ e considerar que este afeta o módulo M e a fase ψ da grandeza representada por
Me j (ωt +ψ )
de maneira idêntica à que afeta M e ψ de M cos(ωt + ψ ) .
31
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H = aˆ H H 0 e j (ωt −ξ ) (55)
ondeâ E e â H são os vetores unitários ortogonais entre si que definem as direções de referência para
E e H no sistema de coordenadas adotado, E0 e H 0 são os valores instantâneos máximos de E e
H no tempo, e ξ é o ângulo de defasagem no tempo entre E e H .
Eθ
Por exemplo, de (51), na situação de Campo Distante do dipolo curto temos = Z 0 = 120π [Ω] ,
Hφ
E Eθ E0 e jωt E
de modo que de (54) e (55) temos = = j (ωt −ξ )
= 0 e jξ = 120π e j 0 [Ω], ficando
H Hφ H 0e H0
implícito que ξ = 0 para Campo Distante.
⇒ Portanto ξ está associado com o ângulo da impedância do meio local onde a onda se propaga.
1
( [ ])
= E 0 e jωt H 0 e j (ωt −ξ ) aˆ ⊥ =
2
*
E H E H
= 0 0 e jωt e − j (ωt −ξ ) aˆ ⊥ = 0 0 e jξ aˆ ⊥ =
2 2 2 2
E H E H
= 0 0 cos ξ + j 0 0 sen ξ aˆ ⊥ =
2 2 2 2
E H W E H Var
= 0 0 cos ξ aˆ ⊥ 2 + j 0 0 sen ξ aˆ ⊥ 2
2 2 m 2 2 m (56)
⇒ Note que cos ξ representa um "fator de densidade de potência", análogo ao conceito de fator de
potência em Teoria de Circuitos Elétricos.
&
⇒ A equação (56) é a definição do denominado Vetor de Poynting Complexo S , o qual
expressa a densidade superficial do fluxo de potência eletromagnética real e reativa que atravessa
uma superfície fechada (uma esfera, por exemplo) em cujo centro encontra-se o irradiador.
32
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{}
& W
⇒ Observe que S = Re S 2 é o Vetor de Poynting Médio porque expressa a densidade
m
T
1
superficial de potência média11 S = ∫ E (t )× H (t ) dt da onda eletromagnética irradiada pela
T
0
2
antena, medida em [W m ] , análoga ao conceito de Potência Útil no contexto de Teoria de
Circuitos Elétricos.
Σ
2 Σ
sendo d Σ o vetor normal à ∑ em cada ponto p a ela pertencente, apontando para seu exterior, e cujo
módulo dΣ representa a área infinitesimal nas vizinhanças de p .
⇒ Im{Ψ} expressa o fluxo de potência reativa [VAr] da onda que periodicamente atravessa ∑
de dentro para fora e de fora para dentro, e, portanto é confinada à esta região do espaço delimitada por
∑ (reflexão ↔ ondas estacionárias).
⇒A relação Im{Ψ} = X r I 0 ( 2 )
2
determina a reatância de radiação12 X r de uma antena se
∑ for uma superfície que aproximadamente coincide com as dimensões e geometria da estrutura
irradiante da antena. Nota: Determinadas geometrias de ∑ conduzem à singularidades em (57),
inviabilizando este método para determinação de X r .
11
Média temporal no período T = 1 f do gerador.
12
A reatância de radiação mede o grau de reflexão de ondas na região de Campo Próximo de uma
antena.
33
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{}
& W
Efetuando a integral de superfície do Vetor de Poynting Médio S = Re S 2 sobre qualquer
m
superfície fechada∑ que englobe uma antena, obtemos a potência total que flui para fora da superfície
∑ , isto é, a potência P [ W ] total irradiada pela antena:
P = ∫∫ S ⋅ d Σ =
1
∫∫
2 Σ
*
{
Re E × H ⋅ d Σ [ W ] } (58)
Σ
• Obviamente, a superfície fechada ∑ mais simples e conveniente que podemos utilizar para o
cômputo de (58) é uma esfera em cujo centro encontra-se o irradiador.
• A potência total irradiada P por um dipolo curto é dada por (assumindo não haver perdas ôhmicas
ou dielétricas no dipolo):
P = Rr I 0( 2 )
2
[ W] (59)
onde Rr é a resistência de radiação "vista" nos terminais do dipolo curto e I 0 é o valor instantâneo
máximo da corrente.
⇒ Pelo Teorema da Conservação da Energia , a potência total que atravessa uma superfície fechada
∑ na região de Campo Distante de um irradiador obrigatoriamente deve igualar a potência total
irradiada, de modo que (58) é identicamente igual a (59) , pelo que obtemos
∫∫ Re{E × H }⋅ d Σ
*
(60)
Rr = Σ
2
[Ω]
I0
• Como estamos interessados em determinar a resistência de radiação Rr com base na potência total
irradiada, o procedimento é simplificado se utilizarmos como superfície fechada de integração ∑
uma esfera de raio r com o dipolo no centro, tal que r >> λ de modo a poder utilizar os resultados
obtidos na Tabela 2 para Campo Distante:
∫∫ Re{E × H }⋅ d Σ ∫∫ Re{E × H }⋅ d S
* *
(61)
Esfera
Rr = Σ
2
= 2
[Ω]
I0 I0
onde dS é o elemento de área de uma esfera conforme a Figura 10:
34
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∫∫ Re{E } ∫ ∫ Re{E }
φ = 2π θ =π
* *
θ H φ dS θ H φ r 2 sen θ dθ dφ
Esfera φ =0 θ =0
= 2
= 2
=
I0 I0
π
j ω t − βr + π
j ωt − βr +
*
φ = 2π θ =π
I "e 2
sen θ I "e 2
sen θ 2
∫ ∫ Re r sen θ dθ dφ
0 0
1 I 0"
2 φ = 2π θ =π
j ωt − βr + π2 − j ωt − βr + π2 2
ε 0 c 2λ ∫ ∫ Re e
e
sen θ sen θ dθ dφ
φ =0 θ =0
= 2
=
I0
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2 φ = 2π θ =π 2 φ = 2π θ =π
∫ ∫ Re{sen θ }sen θ dθ dφ
1 I0" 1 I 0"
∫ ∫ sen θ dθ dφ
2 3
ε 0 c 2λ ε 0 c 2λ
φ = 0 θ =0 φ =0 θ =0
= 2
= 2
=
I0 I0 (62)
2 φ = 2π
1 I 0" 4 2
ε 0 c 2λ 3 ∫ dφ I " 8π
120π 0 2
2λ 3 2 "
= φ =0
= = 80π [Ω]
λ
2 2
I0 I0
⇒ comprimento " e do dipolo curto da Figura 11(c) a ser utilizado em (62) é definido como segue:
" e é o comprimento de um dipolo curto equivalente com valor de corrente I 0 constante ao longo
de z , como na Figura 11(b), cuja área sob a curva I 0 de corrente eqüivale à área "I 0 2 sob a
curva de corrente I (z ) do dipolo da Figura 11(c). Isto é, " e I 0 = "I 0 2 de modo que " e = " 2 .
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Figura 11: (a) Distribuição senoidal de corrente I (z ) para um dipolo de meia-onda13 ( " = λ 2 ). (b)
Distribuição de corrente I (z ) para um dipolo-curto quando este é um elemento infinitesimal de uma
antena linear maior. (c) Distribuição de corrente I (z ) para um dipolo-curto quando este é a própria
antena14.
13
O dipolo de meia onda será estudado em capítulo posterior, quando, então, justificaremos a razão de
uma distribuição espacial I (z ) senoidal para este irradiador.
14
Se aceitarmos a distribuição senoidal I (z ) para o dipolo de meia onda na Figura 11(a) podemos fazer
seguinte inferência: Considerando z′ a distância de um ponto no fio condutor a uma das extremidades do
dipolo e considerando que a corrente deve ser obrigatoriamente nula nas extremidades do fio, então a
distribuição de corrente deve variar ao longo de cada metade do dipolo de meia onda de acordo com
sen z ′ . Mas o dipolo curto da Figura 11(c) nada mais é do que um dipolo de meia onda "cortado" nas
extremidades, de modo que z ′ → 0 e vale a relação sen z ′ ≈ z ′ . Daí, portanto, a variação linear da
corrente mostrada na Figura 11(c).
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Isto ocorre porque o campo elétrico tangencial a um condutor perfeito sempre é nulo sob o ponto de vista
macroscópico. Para que isto possa acontecer na situação da Figura 12 é necessário que exista o
Monopolo imagem mostrado na figura de modo que a componente tangencial do vetor campo elétrico E
resultante se anule por superposição das componentes tangenciais dos campos elétricos gerados pelos dois
monopolos.
Figura 12: Irradiador do tipo dipolo formado a partir de dois monopolos - o monopolo real e sua
imagem espelhada. Este tipo de antena é muito comum na forma de torres para radiodifusão AM na
faixa de 550KHz a 1600Khz, principalmente em regiões onde o solo possui alta condutividade elétrica,
garantindo o efeito de espelhamento. Por este motivo esta antena é conhecida como Monopolo Vertical.
Se o comprimento " 2 do monopolo vertical aterrado é tal que o dipolo formado pode ser considerado
um dipolo curto então a Resistência de Radiação do monopolo vertical resulta na metade do valor obtido
para o dipolo curto através de (62). Isto ocorre porque o monopolo vertical aterrado irradia apenas em um
θ =π 2
hemisfério de modo que 0 ≤ θ ≤ π 2 , e, portanto, 2 em (62).
∫ sen θ dθ = 3
3
θ =0
O gradiente de F calculado para um ponto p(r,T,I) do espaço ℜ 3 expressa a razão entre o quanto F
varia em p para uma variação infinitesimal d" ao longo de cada uma das direções r̂ , θˆ e φˆ :
dF ( p ) ˆ dF ( p ) ˆ dF ( p )
∇F ( p ) = rˆ +θ +φ (A1)
d" d" d"
Os três termos da Equação (A1) são determinados a partir das Figuras A1, A2 e A3:
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ˆ F (p)
Figura A1: r∇
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Portanto:
∂F ˆ 1 ∂F ˆ 1 ∂F (A2)
∇F = rˆ +θ +φ
∂r r ∂θ r sen θ ∂φ
Para facilitar a compreensão do conceito, vamos supor que v expresse o campo de velocidade de um
fluído.
Uma maneira de medir a tendência de o fluído girar em um plano nas vizinhanças de um ponto p do
espaço é determinar a circulação Φ da função vetorial v através da operação:
Φ = ∫ v ⋅ dl (A3)
C
conforme já discutido na Seção 3 do Capítulo I. Especificamente, a partir das Figuras A4, A5 e A6:
(I) Calcula-se 3 circulaçõesΦ r , Φθ e Φφ em p cujos planos de giro têm seus vetores normais
respectivamente alinhados com as direções r̂ , θˆ e φˆ .
40
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∂v ∂vφ
+ vθ + θ (dφ ) r (− dθ ) + vφ + (− dθ ) r sen θ (− dφ ) =
∂φ ∂θ
∂v
= vθ rdθ + vφ r sen θdφ − vθ rdθ − θ rdθdφ − vφ r sen θdφ +
∂φ
∂vφ
+ r sen θdθdφ =
∂
1
(vφ sen θ ) − ∂vθ 2
r sen θdθdφ =
∂θ r sen θ
∂θ ∂φ
1 ∂ ∂v
=
r sen θ ∂θ
(vφ sen θ ) − θ dS
∂φ
(A4)
Φr ∂ ∂vθ
∂θ (vφ sen θ ) − ∂φ
1
rˆ ⋅ (∇ × v ) = lim = (A5)
dS → 0 dS r sen θ
41
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Φ θ = ∫ v ⋅ d l = v r dr + vφ r sen θdφ +
C
∂v ∂vφ
+ v r + r (dφ ) (− dr ) + vφ + (− dr ) r sen θ (− dφ ) =
∂φ ∂r
∂v
= v r dr + vφ r sen θdφ − v r dr − r drdφ − vφ r sen θdφ +
∂φ
∂vφ 1 − 1 ∂v r ∂
+ r sen θdrdφ = + (rvφ ) r sen θdφdr =
∂r r sen θ ∂φ ∂r
1 − 1 ∂v r ∂
+ (rvφ ) dS
(A6)
=
r sen θ ∂φ ∂r
− Φ θ 1 1 ∂v r ∂
θˆ ⋅ (∇ × v ) = lim − (rvφ )
(A7)
=
dS → 0 dS r sen θ ∂φ ∂r
42
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Φ φ = ∫ v ⋅ d l = vθ rdθ + v r dr +
C
∂v ∂v
+ vθ + θ (dr ) r (− dθ ) + v r + r (− dθ ) (− dr ) =
∂r ∂θ
∂v ∂v
= vθ rdθ + v r dr − vθ rdθ − θ rdθdr − v r dr + r dθdr =
∂r ∂θ
1 ∂ ∂v
= − (rvθ ) + r rdθdr =
r ∂r ∂θ
1 ∂ ∂v
= − (rvθ ) + r dS (A8)
r ∂r ∂θ
− Φφ 1 ∂ ∂v
φˆ ⋅ (∇ × v ) = lim = (rvθ ) − r (A9)
dS → 0 dS r ∂r ∂θ
43
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∂ ∂vθ
∂θ (vφ sen θ ) − ∂φ
1 (A10)
∇ × v = rˆ +
r sen θ
1 1 ∂v r ∂
+ θˆ − rvφ +
r sen θ ∂φ ∂r
1 ∂ ∂v
+ φˆ rvθ − r
r ∂r ∂θ
44
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Capítulo III
1 Introdução
Para descrever quantitativamente a performance de uma antena, é necessário definir os parâmetros e
propriedades fundamentais da mesma. Alguns dos parâmetros e propriedades são interrelacionados, de
modo que nem todos necessitam ser especificados para a caracterizar completamente a performance
operacional da antena.
2 Polarização
Em termos simples, a polarização de uma antena define a direção do vetor E do campo eletromagnético
por ela irradiado com relação a um plano de referência. Na grande maioria das situações o plano de
referência é a superfície terrestre. A forma mais geral de polarização é a denominada Polarização
Elíptica, quando o vetor E gira em um plano perpendicular à direção de propagação da onda
eletromagnética, conforme mostra a Figura 1.
1
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Figura 1: (a) Onda eletromagnética com polarização elíptica. A onda propaga-se na direção z e o vetor
E (vermelho) descreve uma hélice de seção transversal elíptica (azul). No plano uv , localizado em uma
determinada posição do eixoz e perpendicular ao mesmo, o vetor E descreve uma elipse (ver Figura 2)
à medida que uv é deslocado ao longo de z . Quando a seção transversal da hélice descrita por E é um
círculo a polarização é denominada Polarização Circular. (b) Polarização Linear Horizontal, que é um
caso particular de (a). (c) Polarização Linear Vertical, que é um outro caso particular de (a).
2
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3
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De (2) temos
2 2 (4)
u u
= cos 2 (ωt ) = 1 − sen 2 (ωt ) → sen (ωt ) = 1 −
Eθ max Eθ max
u (5)
u = Eθ max cos(ωt ) → cos(ωt ) =
Eθ max
Substituindo (4) e (5) em (3) eliminamos a dependência da variável t , resultando em:
Au 2 + Buv + Cv 2 + Du + Ev + F = 0 (7)
B 2 − 4 AC < 0
Comparando (7) com (6) temos:
1
A= 2
Eθ max
− 2 cos(α )
B=
Eθ max Eφ max
1
C= 2
Eφ max
D=E=0
F = − sen 2 (α )
(8)
4
2
B − 4 AC = 2 2
( )
cos 2 (α ) − 1 < 0 p/ α ≠ 0 e α ≠ π
Eθ max Eφ max
Portanto (6) representa uma elipse no plano uv dos vetores θˆ e φˆ . O centro da elipse está no centro
do plano uv e o eixo maior inclinado em relação ao eixo u de um ângulo τ (ver Figura 4) dado por:
4
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1 2E E cos(α ) (9)
τ = arctan θ max 2 φ max 2
2 E
θ max − Eφ max
1
Note de (9) que se Eθ max = Eφ max então τ = arctan (∞) = 45$ .
2
5
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que é a equação de um círculo centrado na origem. Portanto este caso representa a situação de
Polarização Circular .
(IV) A situação intermediária entre Polarização Linear e Polarização Circular é representada
para os demais valores do ângulo de fase α , situação que resultará em Polarização Elíptica.
• O sinal de α define o sentido das polarizações Elíptica e Circular. Para α < 0 a onda apresenta
Polarização Direita e para α > 0 a onda apresenta Polarização Esquerda.
• Para o caso da Polarização Linear, é comum associar-se a orientação da antena em relação ao solo.
Assim, por exemplo, um monopolo aterrado para radiodifusão apresenta Polarização Vertical porque o
campo elétrico E varia na direção vertical.
• É imperativo que a polarização da antena transmissora (TX) seja compatível com a polarização da
antena receptora (RX), caso contrário, a antena RX captará pouco ou nenhum sinal da antena TX, mesmo
quando relativamente próximas uma da outra. Esta seletividade resultante da polarização entre antena
transmissora e receptora é freqüentemente utilizada para evitar interferências entre sistemas TX-RX
próximos que operem na mesma freqüência.
• Na faixa de UHF e na faixa de microondas é comum utilizar polarização Circular Esquerda (Direita)
entre antenas TX e RX, de modo que, ao ocorrer efeitos de multipath (reflexão em um plano condutor
elétrico), o sinal refletido no plano inverte o sentido de polarização (devido ao efeito da “imagem
espelhada” elétrica – Capítulo II – cancelamento da componente tangencial de E na superfície plana
condutora) e, assim, alcança a antena RX com polarização Direita (Esquerda). Uma vez que o raio
refletido tem polarização não compatível com a polarização da antena RX, não ocorre interação entre raio
refletido e raio direto, e , assim, não ocorre interferência intersimbólica para sistemas digitais nem
cancelamento de sinal por oposição de fase para sistemas analógicos.
3 Padrão de Irradiação
O Padrão de Irradiação F (θ ,φ ) de uma antena é a expressão analítica que define a intensidade
normalizada do campo elétrico Eθ (θ ,φ ) resultante em cada ponto de uma superfície esférica Σ de raio
r = rΣ em cujo centro encontra-se a antena:
Eθ (θ , φ )
F (θ ,φ ) =
Eθ max (14)
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De (15), observamos que para θ = θ max F = 90° ocorre o valor máximo de Eθ (θ ,φ ) que é
π π
" j ωt − βr + 2 " j ωt − βr + 2 (16)
Eθ max = 60πI 0 e sen 90° = 60πI 0 e
rλ rλ
Substituindo (15) e (16) em (14) temos:
π
" j ωt − βr + 2
60πI 0 e sen θ
Eθ (θ ,φ ) rλ (17)
F (θ ,φ ) = = π
= sen θ
Eθ max " j ωt − βr + 2
60πI 0 e
rλ
O padrão de irradiação F (θ ,φ ) é dado em Decibéis por
P(θ , φ ) = F (θ , φ ) (19)
2
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4 Largura do Feixe
A Figura 5 mostra o diagrama de irradiação F (θ , φ )dB típico de uma Antena Parabólica (a ser estudada
em capítulo posterior).
Figura 5: Diagrama de Irradiação F (θ , φ )dB de uma Antena Parabólica operando em 1GHz. O ângulo
na abscissa do gráfico é o ângulo plano contido no plano H e é medido em relação ao eixo do refletor
parabólico. O plano H é o plano no qual varia, em conseqüência da excitação senoidal na freqüência de
1GHz, o vetor campo magnético H do campo irradiado pela antena parabólica. O Lobo Principal
contém a direção de máxima irradiação. Qualquer outro lobo que não seja o principal é denominado de
Lobo Secundário.
Na Figura 5, HPBW = 2 × 4.3° = 8.6° é o Half Power Beam Width, isto é, a Largura do Feixe
(beam width) com centro no máximo de F (θ , φ )dB , largura para a qual a potência irradiada cai à
metade (half power). Na literatura nacional o HPBW é conhecido como AMP (Ângulo de Meia
Potência).
FNBW = 2 × 10.6° = 21.2° é o First Null Beam Width, isto é, a Largura do Feixe (beam width) com
centro no máximo de F (θ , φ )dB , largura para a qual a potência irradiada cai ao seu primeiro valor
mínimo (eventualmente nulo - null). Note na Figura 5 que outros nulos ocorrem além do 1° nulo.
Exemplo 2: Determine o HPBW de um Dipolo Curto para uma distância r = rΣ situada na Região de
Campo Distante.
Solução:
1
Para a potência cair a metade é necessário que o campo elétrico E caia para do seu valor
2
máximo.
8
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1
De (17), F (θ ,φ ) = sen θ para o dipolo curto. Logo θ−3dB = arcsen = 45° é o ângulo
2
plano contido no plano E, medido1 acima e abaixo2 da direção
(θ ,φ ) = (θ max F ,φmax F ) = (90°, ∀φ ) , ângulo para o qual a potência cai à metade. Assim,
HPBW = 2θ = 90$ .
− 3dB
P(θ , φ ) = F (θ , φ ) para o
2
A Figura 6 mostra o gráfico tridimensional do Padrão de Potência
dipolo curto:
Note que se o dipolo curto for gerado por efeito da imagem elétrica de um monopolo aterrado, como
P(θ , φ ) = F (θ , φ ) é válido para 0 < θ ≤ 90° . Isto significa que
2
o mostrado na Figura 7, então
apenas a metade da superfície P(θ , φ ) = sen 2 θ acima do plano xy na Figura 6 deve ser
considerada como representativa do Padrão de Potência P (θ , φ ) do monopolo aterrado.
1
O plano E é o plano no qual varia, em conseqüência da excitação senoidal, o vetor campo elétrico E do
campo irradiado por uma antena. O plano H é o plano no qual varia, em conseqüência da excitação
senoidal, o vetor campo magnético H do campo irradiado por uma antena.
2
Ou à esquerda e à direita se a polarização for horizontal, isto é, se o dipolo estiver paralelo ao solo.
9
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ou, uma vez que r é constante, o comprimento C pode ser também dado pela soma de todos os
ângulos planos dθ que formam o círculo:
∫∫ dS = ∫ ∫ r ∫ [− cosθ ] dφ =
π
A= 2
senθ dθ dφ = r 2
0
esfera ϕ =0 θ =0 ϕ =0
φ = 2π φ = 2π
∫ [1 − (− 1)]dφ = 2r ∫ dφ = 2r [φ ]0 = 4πr 2 m 2
2π
= r2 2 2 (24)
ϕ =0 ϕ =0
ou, uma vez que r é constante, a área A pode ser também dada pela soma de todos os ângulos sólidos
dΩ que formam a esfera:
m 2
∫∫ dS = r ∫∫ dΩ = 4πr
2 2
A=
(25)
esfera [ ] Ω∈ 0 , 4π
11
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Assim como o ângulo plano total que gera um círculo é 2π [rad], da mesma forma o ângulo sólido
total que gera uma esfera é 4π 2
[rad ] ou [sr] – steradian . 3
A Figura 10 mostra um antena genérica localizada no centro de uma esfera de raio r, sendo Pa a
potência fornecida pelo transmissor ao irradiador. Assumindo que não existam perdas no irradiador
(eficiência 100%), a potência por ele irradiada também é Pa . O irradiador em questão não é isotrópico4
porque irradia de maneira não-uniforme, sendo a direção de maior irradiação
(θ max F , φ max F ) = (90°,90°) , conforme mostrado pela região de maior iluminação na Figura 10.
{ }
& W
O Vetor de Poynting Médio S (θ , φ ) = Re S (θ , φ ) 2 mostrado na Figura 10 (equações (56) a
m
(58) do Capítulo II) mede a densidade superficial da potência total que flui para fora da superfície da
esfera de raio r em um ponto p de coordenadas (θ , φ ) da mesma. Em outras palavras, S (θ , φ ) mede a
densidade da potência irradiada pela antena em um ponto p do espaço ℜ 3 distante r do irradiador.
Note que S (θ , φ ) é máximo na região de máxima iluminação na Figura 10, a qual corresponde à direção
(θ max F , φ max F ) = (90°,90°) .
Figura 10: Irradiador não isotrópico sem perdas, alimentado por uma potência Pa , e o conseqüente
W
Vetor de Poynting Médio S (θ , φ ) 2 resultante em um ponto p do espaço ℜ 3 .
m
3
A tradução do inglês para o português da unidade steradian é estereoradiano e têm origem na palavra
grega stereos, que significa “sólido”.
4
Um irradiador é isotrópico quando irradia com a mesma densidade superficial de potência para todas as
possíveis direções do espaço ℜ3 .
12
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Pelo Teorema da Conservação da Energia, na Região de Campo Distante ( r >> λ ), a soma de todos os
Vetores de Poynting S (θ , φ ) sobre a superfície esférica de área A deve obrigatoriamente ser igual à
potência Pa irradiada pela antena, de modo que, com dS definido pela Figura 9 temos:
Pa = ∫∫ S (θ , φ )⋅ d S = ∫∫ rˆ S (θ ,φ )⋅ rˆ dS = rˆ ⋅ rˆ ∫∫ S (θ , φ )dS = ∫∫ S (θ ,φ )dS
esfera esfera esfera esfera
φ = 2πθ =π φ = 2πθ =π
= ∫ ∫ S (θ ,φ ) r
2
sen θ dθ dφ = ∫ ∫ S (θ ,φ ) r
2
sen θ dθ dφ [W ] (26)
ϕ =0 θ =0 ϕ =0 θ =0
(I) E e H são sempre ortogonais entre si (ver Capítulo I) tal que em cada ponto p do espaço
ℜ 3 temos E = aˆ E E = aˆ E E 0 e j (ωt + ∠E ) e H = aˆ H H = aˆ H H 0 e j (ωt + ∠H ) , sendo â E e â H
os vetores unitários que definem as direções de referência para E e H em ℜ 3 e E 0 e H 0
são os valores instantâneos máximos de E e H em p .
(II) E e H estão contidos em um plano perpendicular à direção r̂ de irradiação (propagação).
então a potência Pa irradiada pela antena pode ser escrita especificamente como (ver Equação (56) do
Capítulo II):
{ }
&
Pa = ∫∫ (θ , φ ) ⋅ d S =
Re
esfera
S
=
1
∫∫ Re 2 E × H
* 1
⋅ d S = ∫∫ Re aˆ E E 0 e
2 esfera
{
j (ωt + ∠E )
[
× aˆ H H 0 e j (ωt + ∠H ) ] }⋅ d S =
*
esfera
=
1
∫∫ { [
Re aˆ E E 0 e j (ωt + ∠E ) × aˆ H H 0 e j (ωt + ∠H )
2 esfera
] }⋅ rˆ dS =
*
=
1
2
{ [
(aˆ E × aˆ H )⋅ rˆ ∫∫ Re E0 e j (ωt +∠E ) H 0 e j (ωt +∠H ) * dS = ]}
esfera
=
1
2
{ [ 1
]} {
rˆ ⋅ rˆ ∫∫ Re E 0 e j (ωt + ∠E ) H 0 e j (ωt + ∠H ) dS = ∫∫ Re E 0 e j (ωt + ∠E ) H 0 e j (ωt + ∠H ) dS =
*
2 esfera
*
[ ]}
esfera
1 1
= ∫∫
2 esfera
{ 2 esfera
}
Re E0 e j (ωt + ∠E ) H 0 e − j (ωt + ∠H ) dS = ∫∫ Re E 0 H 0 e j (∠E − ∠H ) dS { } (27)
Mas, no Campo Distante de qualquer irradiador temos que ∠E = ∠H , daí (27) torna-se
1 1 E0 H 0
Pa = ∫∫ S (θ , φ )⋅ d S = 2 ∫∫ Re{E H }dS = 2 ∫∫ E H
esfera esfera
0 0
esfera
0 0 dS = ∫∫
esfera 2 2
dS
(28)
∫∫ S (θ , φ )dS
Pa = (29)
esfera
13
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Comparando (29) com (28), para um ponto p do espaço ℜ 3 distante r do irradiador e situado na
Região de Campo Distante nas coordenadas (r ,θ , φ ) , temos que
E0 H 0 W (30)
S (θ , φ ) =
2 2 m
2
E0 (θ , φ ) H 0 (θ , φ ) 1 1 E (θ , φ )
S (θ , φ ) = = E0 (θ , φ )H 0 (θ , φ ) = E0 (θ , φ ) 0 =
2 2 2 2 Z0
1 E 0 (θ , φ ) W
2
= m 2 (31)
2 Z0
Ou ainda
E0 (θ , φ ) H 0 (θ , φ ) 1 1
S (θ , φ ) = = E0 (θ , φ )H 0 (θ , φ ) = H 0 (θ , φ )Z 0 E 0 (θ , φ ) =
2 2 2 2
1 2 W
= H 0 (θ , φ )Z 0 2 (32)
2 m
A Equação (33) mostra o resultado da análise dimensional de (26). Em (33) as unidades dimensionais
encontram-se entre colchetes []⋅ e as respectivas grandezas entre encontram-se entre chaves {}⋅ :
φ =2πθ =π
pela antena por unidade de ângulo sólido ou a densidade sólido-angular de potência irradiada .
Já discutimos no Capítulo II que qualquer irradiador pode ser decomposto em uma infinidade de dipolos
curtos, e, que para a Região de Campo Distante, os campos E e H gerados por um dipolo curto
variam com o inverso da distância r, conforme demonstrado pelas equações (II) e (III) da Tabela 2 do
Capítulo 2, a seguir repetidas:
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π
j ω t − βr +
I 0 "e
sen θ V
2
Eθ = m
2ε 0 cλr (35)
π
j ω t − βr +
I 0 "e
sen θ A
2
Hφ =
2 λr m (36)
Substituindo (35) em (31), temos:
2
I 0 " sen θ Z I " sen θ
2 Z 0 2 I 0 2 " 2 sen 2 θ
0 0
1 E0 (θ , φ ) 1 2ε 0 cλr λ
2 2
2
= 2λr = 4 r =
S (θ , φ ) = =
2 Z0 2 Z0 2Z 0 2Z 0
2 2 2
Z I " 2 sen 2 θ Z 0 I 0 sen 2 θ " 1 W
= 0 0 2 2 = 2 2 (37)
8λ r 8 λ r m
Substituindo (37) em (34):
2 2
Z 0 I 0 sen 2 θ " 1 2
U (θ , φ ) = S (θ , φ )r 2 = 2r =
8 λ r
2 2
Z I sen 2 θ " W
= 0 0
8 λ sr
(38)
Portanto, potência irradiada por unidade de ângulo sólido U (θ ,φ ) , isto é, a Intensidade de Radiação, é
independente da distância r na Região de Campo Distante de um irradiador.
Observe que normalizando a Intensidade de Radiação U (θ ,φ ) pelo seu valor máximo U max obtemos,
com base em (31), o Padrão de Potência P(θ ,φ ) do irradiador , isto é,
1 E0 (θ , φ )
2
U (θ , φ ) S (θ , φ )r 2 E0 (θ , φ )
2
2 Z0
= = = =
U max S max (θ max U , φ max U )r 2
1 E max (θ max U , φ max U ) E max (θ max U , φ max U )
2 2
2 Z0
E 0 (θ , φ )
2
= ( F (θ , φ ) ) = P(θ , φ )
2
= (39)
E max (θ max E , φ max E )
Em geral a superfície que representa o Padrão de Potência P (θ ,φ ) de um irradiador em ℜ nem
3
sempre é uma superfície simples como aquela mostrada na Figura 6. A Figura 11 mostra a superfície
P(θ ,φ ) típica para um irradiador com (θ max P , φ max P ) = (0°, ∀φ ) .
15
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Figura 11: Padrão de Potência P (θ ,φ ) típico de um irradiador de alta Diretividade (conceito a ser
definido logo a seguir). Observe a existência de lobos secundários além do lobo principal alinhado com o
eixo z .
O Ângulo Sólido do Feixe de irradiação Ωa representa o quanto a potência Pa irradiada por uma
antena “cabe angularmente” dentro de um cone de abertura Ωa com densidade sólido-angular de
potência irradiada constante U max , cone cujo vértice está na origem do sistema (r ,θ , φ ) e cujo eixo
alinha-se com a direção de U max .
Para entendermos este conceito, vamos partir da Equação (26), aqui repetida por comodidade de
visualização:
Pa = ∫∫ S (θ , φ )⋅ d S = ∫∫ rˆ S (θ ,φ )⋅ rˆ dS = rˆ ⋅ rˆ ∫∫ S (θ , φ )dS = ∫∫ S (θ ,φ )dS
esfera esfera esfera esfera
φ = 2πθ =π φ = 2πθ =π
= ∫ ∫ S (θ ,φ ) r sen θ dθ dφ =
2
∫ ∫ S (θ ,φ ) r
2
sen θ dθ dφ [W ] (26)
ϕ =0 θ =0 ϕ =0 θ =0
W
Substituindo a Intensidade de Radiação U (θ , φ ) = S (θ , φ )r 2 , obtido de (34), em (26) resulta:
sr
φ = 2πθ =π φ = 2πθ =π
∫ ∫ S (θ , φ ) r sen θ dθ dφ = ∫ ∫ U (θ , φ ) sen θ dθ dφ [W ]
2
Pa = (40)
ϕ =0 θ = 0 ϕ =0 θ =0
16
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Pa
em (42) tem unidade dimensional [rad ] , e, portanto, representa um ângulo sólido Ω .
2
O termo
U max
Pa
Especificamente, = Ωa representa o quanto a potência Pa irradiada pela antena “cabe
U max
angularmente” dentro de um cone de abertura Ωa com densidade sólido-angular de potência irradiada
constante U max , cone cujo vértice está na origem do sistema (r ,θ , φ ) .
Pa
Em outras palavras, expressa o ângulo sólido Ωa de abertura do cone Ψ , de vértice na
U max
origem e eixo alinhado com (θ , φ ) = (θ max U , φ max U ) , ângulo Ωa necessário para que toda a
Pa gerada pela antena transmissora seja irradiada no espaço ℜ 3 confinada dentro do
potência
cone Ψ com densidade sólido-angular de potência constante e igual a U max .
Alternativamente, de modo análogo ao cômputo de (25), efetuando (43) em termos da soma de todos os
ângulos sólidos dΩ que formam uma esfera em torno da antena temos:
Para antenas de alta diretividade com simetria aproximadamente radial do Padrão de Potência
P(θ , φ ) = F (θ , φ ) em torno do eixo que aponta na direção (θ max P , φ max P ) , como é o caso de muitas
2
Antenas Parabólicas, o Ângulo Sólido do Feixe Ω a pode ser aproximado pelo quadrado do Ângulo de
Meia Potência HPBW , conforme mostra a Figura 12:
17
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Figura 12: Aproximação do Ângulo Sólido do Feixe Ω a pelo Ângulo de Meia Potência
HPBW através de Ω a ≈ HPBW . 2
Diretividade é um índice numérico que mede a habilidade de uma antena em concentrar a potência
irradiada na direção de máxima irradiação (θ , φ ) = (θ max U , φ max U ) (ou concentrar a absorção de
potência incidente na direção (θ , φ ) = (θ max U , φ max U ) para o caso de antenas receptoras).
Especificamente, a Diretividade D de uma antena mede até que ponto uma antena é capaz de concentrar
energia dentro de um ângulo sólido. Quando menor o ângulo sólido do cone dentro do qual a antena é
capaz de concentrar a energia irradiada, maior a Diretividade D . Este conceito pode ser
matematicamente expresso por:
U max
D=
U med (45)
onde :
W
(I) U max é o valor máximo da densidade angular de potência irradiada U (θ ,φ ) que
sr
ocorre em (θ , φ ) = (θ max U , φ max U ) . Ou seja, U max é o valor máximo da Intensidade de
Radiação da antena.
(II) U med é a densidade angular de potência irradiada caso a potência Pa entregue à antena (aqui
assumida ter 100% de eficiência) fosse uniformemente irradiada em todas as possíveis direções
do espaço ℜ 3 , isto é, caso a potência Pa fosse irradiada com densidade de potência constante
através da superfície de uma esfera de área 4πr 2 em cujo centro encontra-se a antena. Ou
seja,U med é a Intensidade de Radiação resultante de um Irradiador Isotrópico alimentado
pela mesma potência Pa entregue à antena em (I), ambas situadas nas mesmas coordenadas no
espaço ℜ3 .
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W
• U (θ , φ ) = S (θ , φ )r 2
sr
φ = 2πθ =π
• Pa = ∫ ∫ S (θ , φ ) r
2
sen θ dθ dφ [W ]
ϕ =0 θ =0
U (θ , φ )
• = P(θ , φ )
U max
a definição (45) pode ser escrita como:
U max S max (θ maxP , φ maxP )r 2 S max (θ maxP , φ maxP ) S max (θ maxP , φ maxP )
D= = = = = (46)
U med S med r 2 S med Pa
4πr 2
S (θ ,φ ) r 2 S max (θ maxP , φ maxP )
= φ = 2πθ =π max maxP maxP = φ = 2πθ =π
=
1
∫ ∫ S (θ ,φ ) r sen θ dθ dφ 4π ϕ∫=0 θ ∫=0S (θ , φ ) r sen θ dθ dφ
2 2
ϕ = 0 θ =0
4πr 2
U max U max
= φ = 2πθ =π
= φ = 2πθ =π
=
1 1
4π ∫ ∫ U (θ ,φ )sen θ dθ dφ
ϕ =0 θ =0
4π ∫ ∫U
ϕ =0 θ = 0
max P(θ , φ )sen θ dθ dφ
1
φ = 2πθ =π
1
4π ∫ ∫ P(θ , φ )sen θ dθ dφ
ϕ =0 θ =0
4π ∫ ∫ P(θ , φ )sen θ dθ dφ
ϕ =0 θ =0
4π
Ωa
Portanto a Diretividade D = 4π Ω a de uma antena é a razão entre o ângulo sólido total de uma esfera
( 4π [sr] ) pelo Ângulo Sólido do Feixe Ω a da antena.
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Nota: Antenas de alta diretividade em geral apresentam lobo principal estreito e lobos secundários
reduzidos , como é o caso da Antena Parabólica. Nesta situação a Diretividade D = 4π Ω a pode ser
determinada aproximando-se o Ângulo Sólido do Feixe Ωa pelo produto dos Ângulos de Meia
Potência HPBWθ e HPBWφ , relativos a dois planos ortogonais, cuja interseção é a direção de
máxima radiação:
Se os ângulos dos Ângulos de Meia Potência HPBWθ e HPBWφ forem dados em graus [°]
converte-se o ângulo sólido 4π [sr] para graus:
180° °
2 2
[ ]
4π [sr ] = 4π rad = 4π rad ×
2
[ ]
=
2 4 × 180 2 2
[°] = 41253 [°]2
π rad rad π
41253 [°]
2
4π
D= = (49)
Ω a HPBWθ HPBWφ
O Ganho de Potência G de uma antena com perdas cuja potência irradiada é Pa é definido como a
razão entre a máxima densidade superficial de potência irradiada S max (θ maxP , φ maxP ) pela antena e a
Pe
densidade superficial de potência irradiada S med =
caso a antena fosse um irradiador isotrópico
4πr 2
com 100% de eficiência alimentado por uma potência de entrada Pe :
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• Embora seja comum utilizar como referência o irradiador isotrópico, freqüentemente o Ganho de
Potência G é calculado em relação ao Dipolo de Meia-Onda (a ser estudado em capítulo posterior)
pelo fato de um irradiador isotrópico ser fisicamente irrealizável. Nesta situação o Ganho de Potência
G é medido em dBd .
• A Relação Frente-Costas de uma antena é definida como a razão entre o valor máximo da
W W
Intensidade Radiação U max no lobo principal e o valor de U (θ ,φ ) na direção (θ , φ )
sr sr
do maior lobo secundário situado no hemisfério posterior da antena (major backlobe). A relação
frente costas deve ser superior a 25 dB para um bom funcionamento.
Exemplo 3: Calcule a diretividade D de um dipolo curto .
Solução:
φ = 2πθ =π
D = 4π Ω a sendo Ω a = ∫ ∫ P(θ , φ )sen θ dθ dφ [rad ] .
2
ϕ =0 θ =0
E, portanto,
4π 3
D= =
8π 2
3
Ou seja, 1.5 vezes a diretividade de um irradiador isotrópico.
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6 Impedância de Entra da
A Impedância de Entrada de uma antena é a impedância Z A que a antena apresenta à linha de
transmissão que a alimenta ou à estrutura de acoplamento que a une à linha de transmissão:
Figura 14: Antena Dipolo alimentada por uma linha de transmissão de impedância característicaZ0 . A
impedância de carga Z L da linha de transmissão é a impedância Z A ”vista” nos terminais A e A′ da
antena.
Se
(I) A antena está isolada, isto é, afastada de qualquer objeto eletricamente condutor e de
tamanho físico comparável ao da antena,
(II) A antena é sem perdas, isto é, uma antena construída por condutores de alta condutividade
(cobre, por exemplo) e isoladores de material dielétrico de baixa tangente de perdas
(poliestireno, por exemplo)
então sua impedância de entrada é igual a sua impedância própria referida aos terminais A e A′ :
VA (52)
ZA = = RA + jX A
IA
onde RA é a Resistência de Radiação da antena e X A é a Reatância Própria da antena, ambas
referidas aos terminais A e A′ .
• Quando existir qualquer objeto condutor elétrico de tamanho físico comparável ao da antena próximo
a ela (uma outra antena, por exemplo), a impedância própria de entrada da antena é alterada pela
proximidade do objeto de modo a incluir as contribuições devidas a impedância mútua entre antena e
objeto. A impedância mútua resulta das correntes induzidas no objeto pela antena e vice-versa.
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• Para uma antena isolada e com perdas, uma parte da potência P A entregue à antena corresponde à
potência irradiada Pr . Outra parte de PA corresponde à potência Pp dissipada sob a forma de calor
devido as perdas ôhmicas e dielétricas existentes na antena:
2
I A (max )
PA = Pr + Pp = RA (53)
2
onde I A (max ) é valor instantâneo máximo de I A encontrado ao longo da antena. De (53) temos que
Pr Pp
RA = 2
+ 2
= Rr + Rp (54)
I A (max ) I A (max )
2 2
onde Rr é a resistência de radiação referida aos terminais A e A′ e Rp é a resistência de perdas. Mas,
a eficiência de uma antena é dada pela razão entre a potência irradiada e a potência total a ela entregue:
Pr (55)
η=
PA
Daí,
2
I A (max )
Rr
Pr Pr 2 Rr
η= = = =
PA Pr + Pp I A (max )
2 2
I A (max ) Rr + Rp (56)
Rr + Rp
2 2
Exemplo 4: Um transmissor de rádio opera na freqüência f = 3.5 MHz utilizando como antena um
monopolo vertical aterrado de comprimento L 2 = 4 m construído com um fio de cobre de bitola
−3
12AWG cuja resistência é 5 × 10 Ω m e diâmetro 2 mm . O fio de cobre é sustentado por um
mastro vertical de poliestireno cujas perdas dielétricas podem ser consideradas desprezíveis. A
resistência do aterramento é assumida ser de valor similar ao da resistência do fio do monopolo.
Determine a eficiência deste monopolo sabendo que o skin effect5 altera a resistência DC de um fio de
cobre de seção circular de acordo com
5
O skin effect ou Efeito Pelicular é a tendência de as cargas elétricas movendo-se aceleradamente no
interior de um condutor elétrico aglomerarem-se na “casca” externa do volume do condutor. O skin effect
é um fenômeno de descrição matemática complexa que foge ao escopo deste texto. Um estudo
quantitativo e formal do skin effect pode ser encontrado em S. Ramo, J.R.Whinnery & T. Van Duzer –
Campos e Ondas em Eletrônica das Comunicações – Guanabara Dois, 1981. Alegoricamente e em
palavras simples, o skin effect em um fio condutor consiste na repulsão e conseqüente dispersão das
cargas elétricas no sentido radial do fio, repulsão radial que é originada pela compressão sofrida pelas
cargas no sentido longitudinal por ação de seu movimento acelerado neste sentido. Quanto maior a
freqüência f da corrente elétrica que percorre o fio maior será a aceleração longitudinal experimentada
pelas cargas. Quanto maior for a aceleração longitudinal maior será a compressão no sentido longitudinal
aplicada sobre a nuvem de cargas. Em conseqüência, aumenta a força de repulsão radial entre as cargas na
nuvem, e, portanto, ocorre a aglomeração das cargas na “casca” externa do volume do fio.
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onde D é o diâmetro do fio em [mm] e f é a freqüência da corrente que percorre o fio em [Hz ] .
Solução:
Uma vez que o tamanho do dipolo formado pelo monopolo em conjunto com sua imagem elétrica é
L = 2 × 4m = 8m e uma vez que λ = c f = 85.7 m , estamos diante de uma antena do tipo Dipolo
Curto, porque L < 0.1λ .
A resistência DC representativa das perdas Joule é
Rp( dc ) = 2 ⋅ 4m ⋅ 5 × 10 −3 Ω m = 40 × 10 −3 Ω
De (57) temos
Pr Rr 0.86Ω
η= = = = 59.7%
PA Rr + Rp 0.86Ω + 0.58Ω
⇒ Portanto mais de 40% da potência entregue ao dipolo curto é perdida em aquecimento do fio da
antena! Observe que quanto menor o dipolo menor será sua resistência de radiação e, assim, menor
será sua eficiência.
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sobre uma superfície Σ fechada que envolva o volume V da estrutura irradiante antena. Para que o
resultado seja preciso, idealmente Σ deve estar separado de uma distância infinitesimal de V . Esta
condição é necessária para que a energia reativa, máxima próxima à estrutura irradiante de volume V
(região de Campo Próximo), possa ser “captada” pela “varredura superficial” efetuada pela integração de
S sobre Σ .
• Ocorre que para muitas formas geométricas de V , entre elas a geometria cilíndrica, a integração de
S sobre Σ não converge. O problema de ocorrência de singularidades na integração de S foi
contornado pelo Método da FEM Induzida, desenvolvido em 1922 independentemente por D.A.
Rozhanski na então União Soviética e por L. Brillouin na França. O método foi introduzido em 1933 por
J. Labus7 , e posteriormente desenvolvido por S.A. Schelkunoff8. O Método da FEM Induzida
indiretamente utiliza o princípio de que a reatância de uma antena origina-se da alta energia reativa
(ondas estacionárias ⇔ reflexão ⇔ re-irradiação) no Campo Próximo, no entanto, a reatância é
calculada a partir da energia re-irradiada por uma antena “virtual” ou “imaginária” nas proximidades da
antena real. Daí então o nome do método.
• O Método da FEM Induzida foi um dos primeiros métodos efetivos para a determinação da
componente reativa X A da impedância Z A = RA + jX A de uma antena. Estudaremos o Método da
FEM Induzida em capítulo posterior.
• Neste estudo adotaremos o Método da Perturbação da Antena Bicônica para efeito de determinação
de Z A = RA + jX A . Este método é mais preciso embora mais complexo que o Método da FEM
Induzida. Não apresentaremos a sua dedução teórica neste texto, no entanto ele encontra-se implementado
no programa Zi_CyDip.exe, disponível para download em
http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html no link Antenas - Impedância de Dipolos
Simétricos (código fonte C e script MathCad 7) - Rev. 06/03/2002 - 328Kb (.zip).
• O Método da Perturbação da Antena Bicônica não é o método mais genérico e preciso para
determinação de Z A = RA + jX A . O Método da Antena Cilíndrica, formulado por L.V. King10 e
desenvolvido por Erik Hallén11, é considerado o mais preciso dentre os métodos não-numéricos. O
7
J. Labus, Mathematical Determination of the Impedance of Aerials, Z. f. Hochfrequentztechnik u.
Elektroakustik, 41, 1933.
8
S.A. Schelkunoff, Theory of Antennas of Arbitrary Size and Shape, Proc. I.R.E., 29, 1941.
9
S.A. Schelkunoff, Advanced Antenna Theory, John Wiley & Sons, 1952.
10
L. V. King, On the Radiation Field of a Perfectly Conductive Base Insulated Cylindrical Antenna Over
a Perfectly Conducting Plane Earth, and the Calculation of Radiation Resistance and Reactance,
Transactions of Royal Society, A236, pp. 381-422, London, 1937.
11
E. Hallén, Transmitting and Receiving Qualities of Antennas, Nova Acta Upasaliensis, Séries IV,
vol.11, pp. 1-43, 1938.
25
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Método dos Momentos 12 , devido a Duncan e Hinchey , é um método numérico baseado em Elementos
Finitos, o qual não é limitado à forma geométrica de um dipolo simétrico. O Método dos Momentos
apresenta custo computacional mais elevado que seus demais predecessores, mas, com o advento dos
computadores digitais, tornou-se um dos métodos mais populares para a determinação da impedância
própria e mútua de irradiadores eletromagnéticos genéricos.
12
R.H. Duncan and F.A. Hinchey, Cylindrical Antenna Theory, J. Res. NBS, vol 64D,
September-October 1960, pp. 569-584.
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• Para qualquer linha de transmissão de comprimento " , sem perdas e com impedância característica
Z 0 , a impedância Z in em seus terminais de entrada relaciona-se com a sua impedância de carga Z L
através de 13 :
Z + jZ 0 tg (β" ) (58)
Z in = Z 0 L
Z 0 + jZ L tg (β" )
onde β = 2π λ .
• Mas, como a antena é interpretada como sendo formada a partir de uma linha de transmissão de
comprimento " com os terminais de saída abertos, então Z L → ∞ . Daí (58) torna-se
1 1
Z in = Z 0 = − jZ 0
j tan (β" ) tan (β" )
(59)
sendo a impedância Z 0 da linha de transmissão assim formada aproximada pela impedância do espaço
livre Z 0 = µ 0 ε 0 = 120π [Ω] . A Figura 16 mostra o gráfico de X A = Im{Z in } = X in em
função de L = 2" .
13
J.D.Kraus and K.R. Carver, Electromagnetics, 2nd ed., McGrawHill, 1973.
27
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⇒ Note na Figura 16 que X A se alterna entre capacitiva e indutiva função do comprimento elétrico
2" λ = L λ .
Exemplo 5: Um transmissor de rádio opera na faixa de freqüência compreendida entre f min = 24 MHz
a f max = 30 MHz , utilizando como antena um dipolo simétrico horizontal de comprimento
L = 5.6 m . O dipolo encontra-se localizado no topo de um morro cujo solo é de baixa condutividade,
de modo que a antena situa-se bem acima14 do nível do solo de alta condutividade (solo úmido) e pode ser
considerada como imersa no espaço livre. O fio de cobre utilizado na construção do dipolo é de bitola
12AWG cujo diâmetro é 2 mm .
14
Uma antena situada a uma altura h maior de que 30λ do solo condutor é denominada Antena
Elevada, e para todos os efeitos práticos pode ser considerada imersa no espaço livre. A figura abaixo
mostra Z A = RA + jX A para um dipolo simétrico horizontal de meia onda e de raio a << λ em
função de sua altura relativa h λ do solo de condutividade infinita. Note que para h > 30λ
Z A ≈ 73 + j 42.5Ω , que é a impedância de entrada obtida com o programa Zi_CyDip.exe para um
dipolo simétrico de meia onda de espessura infinitesimal imerso no espaço livre:
C:\DJGPP\Out>Zi_CyDip 1E-300 1 0.5
Cylindrical wire radius: 1e-300 [mm]
Dipole full length: 0.5 [m]
Operating wavelength: 1 [m]
Zin= 73.1481+42.5553i [ohm] (referred to the input
terminals)
28
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Solução:
c 3 × 10 8 m/s
a) f min = 24 MHz → λ max = = = 12.5 m
f min 24 MHz
Utilizando o programa Zi_CyDip.exe temos:
C:\DJGPP\Out>Zi_CyDip 2 12.5 5.6
Cylindrical wire radius: 2 [mm]
Dipole full length: 5.6 [m]
Operating wavelength: 12.5 [m]
Zin= 52.7351-90.4881i [ohm] (referred to the input terminals)
c 3 × 10 8 m/s
b) f max = 30 MHz → λ min = = = 10.0 m
f max 30 MHz
Utilizando o programa Zi_CyDip.exe temos:
C:\DJGPP\Out>Zi_CyDip 2 10.0 5.6
Cylindrical wire radius: 2 [mm]
Dipole full length: 5.6 [m]
Operating wavelength: 10 [m]
Zin= 113.257+201.588i [ohm] (referred to the input terminals)
c 3 × 10 8 m/s
fr = = = 25.877 MHz
λ r 11.5932 m
29
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• Para um linha de transmissão de comprimento " , sem perdas, com impedância característica Z 0 e
terminada por uma impedância de carga Z L a razão entre os valores máximo e mínimo da amplitude da
onda estacionária (seja de tensão V ou de corrente I ) estabelecida ao longo do comprimento " da linha,
é definida através de 15 :
ZL − Z0 (61)
Γ=
ZL + Z0
sendo Γ o Coeficiente de Reflexão.
Nota: A grande maioria dos transmissores incorporam um sistema de proteção denominado ALC
(Automatic Limiting Control), que limita a potência de entrada do amplificador de saída quando a ROE
ultrapassa um valor considerado inseguro para a operação do amplificador.
15
J.D.Kraus and K.R. Carver, Electromagnetics, 2nd ed., McGrawHill, 1973.
30
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Exemplo 6: O transmissor do Exemplo 5 possui uma potência de saída de 1KW e uma impedância
nominal de saída de 52 Ω . O transmissor é conectado à antena dipolo por um cabo coaxial RG–8/U cuja
impedância característica é Z 0 = 52 Ω e cujo comprimento é 10m.
a) Determine a potência de alimentação do dipolo para as situações de operação caracterizadas nos
itens a), b) e c) do Exemplo 5.
b) Determine a ROE no cabo coaxial para as situações de operação caracterizadas nos itens a), b) e c)
do Exemplo 5.
Solução:
O TX é um gerador de tensão V g com impedância interna Z g = 52Ω conforme mostra a figura abaixo:
O TX desenvolve uma potência Pmax = 1 KW sobre a carga constituída pela impedância de entrada
*
Z inLT da linha de transmissão RG–8/U quando Z inLT = Z g = 52Ω , isto é, Pmax = 1 KW quando
ocorre Máxima Transferência de Potência (MTP) entre o TX e o cabo coaxial.
*
Portanto, quando Z inLT = Z g = 52Ω , o valor eficaz da tensão VinLT é máximo e dado por
Z inLT
VinLT = V g
Z + Z LT
g in
*
Daí, com Z inLT = Z g = 52Ω e VinLT ef = 228.03 Vrms temos
2π
Z A + jZ 0 tg "
Z inLT = Z0 λ
2π
Z 0 + jZ A tg "
λ
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sendo Z 0 = 52Ω a impedância caraterística do cabo coaxial e " = 10m o seu comprimento.
A potência na entrada do cabo coaxial (Potência Incidente) é
2
V g ef
PInc = Re{Z inLT }I ef = Re{Z inLT }
2
Z g + Z inLT
sendo Z g = 52Ω a impedância interna do gerador e V g ef = 456.07 Vrms a sua tensão a circuito
aberto.
O Coeficiente de Reflexão é dado por (61):
Z A − Z0
Γ=
Z A + Z0
A potência entregue à antena, isto é, ao dipolo simétrico, é dada por
PAnt = PInc 1 − Γ( 2
)
A ROE é dada por (60):
1+ Γ
ROE =
1− Γ
2π
Z A + jZ 0 tg "
Z inLT = Z0 λ = 19.2 + j 43.7 Ω
2π
Z 0 + jZ A tg "
λ
2
V g ef
PInc = Re{Z inLT } = 572.34 W
Z g + Z inLT
Z A − Z0
Γ= = −0.06 + j 0.651
Z A + Z0
(
PAnt = PInc 1 − Γ
2
) = 327.6 W
1+ Γ
ROE = = 4.8
1− Γ
2π
Z A + jZ 0 tg "
Z inLT = Z0 λ = 113.3 + j 201.6 Ω
2π
Z 0 + jZ A tg "
λ
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2
V g ef
PInc = Re{Z inLT } = 346.7 W
Z g + Z inLT
Z A − Z0
Γ= = 0.747 + j 0.308
Z A + Z0
(
PAnt = PInc 1 − Γ
2
) = 120.2 W
1+ Γ
ROE = = 9.4
1− Γ
Nota: Com uma ROE de 9.4:1 muito provavelmente o amplificador final do transmissor será destruído
Vmax I max
por excesso de corrente ou tensão ( ROE = = ) , caso o ALC não limitar a potência de saída.
Vmin I min
2π
Z A + jZ 0 tg "
Z inLT = Z0 λ = 48.5 + j12.2 Ω
2π
Z 0 + jZ A tg "
λ
2
V g ef
PInc = Re{Z inLT } = 984.3 W
Z g + Z inLT
Z A − Z0
Γ= = −0.019 + j 0.124
Z A + Z0
(
PAnt = PInc 1 − Γ
2
) = 968.8 W
1+ Γ
ROE = = 1.29
1− Γ
⇒ Portanto a maior potência entregue ao dipolo simétrico ocorre para f = 25.877 MHz ( item c)
do Exemplo 5 ) quando o dipolo torna-se ressonante e a sua resistência de entrada é relativamente
próxima da impedância característica Z 0 = 52Ω do cabo coaxial.
⇒ Em outras palavras, para maximizar a potência irradiada por uma antena a condição de Máxima
*
Transferência de Potência Z g = Z L deve ser obedecida em cada terminação ao longo do trajeto que
vai da saída do transmissor até os terminais de entrada da antena.
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8 Abertura Efetiva
• Assim como uma antena transmissora irradia energia eletromagnética, de forma dual, uma antena
receptora capta energia eletromagnética. A Área de Recepção Máxima ou Abertura Efetiva Máxima
de uma antena receptora define uma área equivalente ou abertura equivalente através da qual a antena
extrai a máxima energia possível de uma onda eletromagnética que sobre ela incida:
Figura 17: (a) Onda eletromagnética incidindo sobre a antena receptora RX em sua direção de maior
ganho ( θ = 90° ). Note que a polarização da antena RX é compatível com a polarização da onda
eletromagnética incidente. (b) V é o valor eficaz (rms) da tensão induzida ao longo da antena RX e que
aparece em seus terminais A − A′ a circuito aberto como conseqüência da onda eletromagnética
incidente. Z A = RA + jX A é a impedância “vista” nos terminais da antena RX. Z L = R L + jX L é a
impedância “vista” nos terminais de entrada do receptor conectado à antena RX.
34
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V
I=
Z A + ZL (62)
• Define-se como Abertura Efetiva ou Área de Recepção ARX a razão entre a potência fornecida à
carga (isto é, ao receptor conectado na antena RX) e a densidade de potência média16 S i [ W m 2 ] na
frente de onda que incide sobre a antena RX:
ARX =
RL I 2
Si
m2 [ ] (63)
ARX =
RL I 2
=
RL V 2
[m ]
2
Si [
S i (R A + RL ) + (X A + X L )
2 2
] (64)
ARX(max) =
V 2 RA
=
V2
[m ]
2
S i (R A + R A ) (65)
2
4S i R A
16
Média temporal no período T = 1 f do gerador senoidal constituído pelo transmissor conectado à
antena TX. Já foi discutido no Capítulo II que a média temporal é originada do Vetor de Poynting
{}
& W
Médio S = Re S 2 porque expressa a densidade superficial de potência média
m
T
1
S = ∫ E (t )× H (t ) dt da onda eletromagnética irradiada pela antena, medida em [W m 2 ] ,
T
0
análoga ao conceito de Potência Útil no contexto de Teoria de Circuitos Elétricos.
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ARX(max) =
V2
4 S i (Rr + Rp )
m2[ ] (66)
Nota: Observe que se a antena possui resistência de perda Rp igual a sua resistência de radiação Rr , a
área de recepção se reduz à metade com relação à mesma antena sem perdas.
⇒ Se a antena RX não apresenta nem perdas ôhmicas nem perdas dielétricas, então a sua eficiência é
100% e Rp ≈ 0 . Nesta situação (66) é re-escrita como
ARX(max) =
V2
4 S i Rr
[m ]2
(67)
⇒ Para a grande maioria das Antenas de Abertura a Área de Recepção Máxima da antena é da
mesma ordem de grandeza da área física da antena. Para refletores parabólicos, por exemplo, ela se situa
entre 50 a 65% da área física dos mesmos.
• A Figura 18 mostra a tensão V eficaz (rms) que aparece nos terminais de um dipolo imerso em um
campo elétrico E variando senoidalmente no tempo, originado de uma onda eletromagnética incidente:
Figura 18: Tensão V que surge nos terminais A − A′ a circuito aberto como conseqüência da onda
eletromagnética incidente.
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onde Le é o Comprimento Efetivo ou Altura Efetiva do dipolo e Erms é o valor eficaz (rms) do campo
elétrico E paralelo ao dipolo na onda incidente.
• Mas de (31) temos que o Vetor de Poynting Médio na superfície formada pela frente de onda que
incide sobre a antena RX é
2
E0
2 2
1 E0 2 E W
Si = = = rms 2 (69)
2 Z0 Z0 Z0 m
E rms
4 Rr (70)
Z0
ARX(max) =
V2
2
= 2
Z L
= 0 e
4 Rr
[m ]
2
(71)
E rms E rms
4 Rr 4 Rr
Z0 Z0
ou
ARX(max) Rr
Le = 2 [m] (72)
Z0
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Exemplo 7: O Determine a Abertura Efetiva e a Altura Efetiva para um dipolo curto sem perdas e para
um dipolo curto com perdas.
Solução:
λ
Substituindo Rr em (67), e com o auxílio de (69), obtemos a Abertura Efetiva de um dipolo curto sem
perdas:
V2 (E rms Le ) 2
3 2
λ = 0.119λ2 m 2 [ ]
ARX(max) = = = (73)
4 S i Rr E 2
L
2
8π
4 rms 80π 2 e
120π λ
Substituindo Rr em (66), e com o auxílio de (69), obtemos a Abertura Efetiva de um dipolo curto com
perdas:
V2 (E rms Le )2 30π Le
2
[m ]
2
ARX(max) = = =
4 S i (Rr + Rp ) E 2 2
L
2 (74)
80π 2 e + Rp
L
4 rms 80π e + Rp
2
λ
120π λ
onde Rp é a resistência de perdas da antena.
De (72) e (73) obtemos a Altura Efetiva de um dipolo curto sem perdas:
3 2
ARX(max) Rr λ Rr
π 3 Rr 5 (75)
Le = 2 =2 8 =2 λ = λ Rr [m]
Z0 Z0 8π 120π 20π
De (72) e (74) obtemos a Altura Efetiva de um dipolo curto com perdas:
2
30π Le
2
Rr (76)
L 2
80π e + Rp
Le = 2
ARX(max) Rr
=2 λ [m]
Z0 120π
5
Le = λ Rr − Rp [m] (77)
20π
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• Consideremos a situação da Figura 17(a) na qual a antena transmissora TX irradia uma onda
eletromagnética que é captada pela antena receptora RX distante r da antena TX.
PTX W
S0 =
4πr 2 m 2 (78)
• Discutimos no Capítulo I que o irradiador isotrópico não existe. Portanto a antena TX apresenta uma
diretividade DTX > 1 que origina uma densidade de potência média S TX [ W m 2 ] na frente de onda
incidente sobre a antena RX, densidade de potência média que é dada por (46) com Pa = PTX [ W ] e
S max (θ maxP , φ maxP ) = S TX [ W m 2 ] :
U max S max (θ maxP , φ maxP )r 2 S max (θ maxP , φ maxP ) S max (θ maxP , φ maxP )
DTX = = = = = (79)
U med S med r 2 S med Pa
4πr 2
S S
= TX = TX
PTX S0
4πr 2
ou seja
PTX W
S TX = S 0 DTX = DTX 2
4πr 2
m (80)
onde S TX [ W m 2 ] é a densidade de potência média na frente de onda que incide sobre a antena RX,
DTX é a diretividade da antena transmissora e PTX é potência irradiada pela antena transmissora.
• A potência máxima P [ W ] extraída pela antena RX da frente de onda com que sobre ela incide
RX
17
Média temporal no período T = 1 f do gerador senoidal constituído pelo transmissor conectado à
antena TX.
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PRX
DTX ARX(max) = 4πr 2
PTX (82)
• Se a antena da direita na Figura 17(a) fosse usada como antena transmissora e antena da esquerda
fosse usada como antena receptora a Equação (82) ainda seria válida nesta nova situação desde que se
tenha o cuidado de trocar os índices da Diretividade e da Abertura Efetiva Máxima18, isto é:
PRX
DRX ATX(max) = 4πr 2
PTX (83)
ARX(max)
ATX(max)ISO = (85)
DRX
⇒ A Equação (85) estabelece que a Abertura Efetiva Máxima de um irradiador isotrópico utilizado
como transmissor é igual à razão entre a Abertura Efetiva Máxima e Diretividade de qualquer outra
antena utilizada como receptor.
• Suponhamos que a antena receptora seja um dipolo curto. Vimos no Exemplo 3 que a diretividade de
3
um dipolo curto é DRX = . Do Exemplo 7 Equação (73) temos que a Abertura Efetiva Máxima de um
2
dipolo curto é ARX(max) =
8
3 2
π
[ ]
λ = 0.119λ2 m 2 . Substituindo estes valores em (85) temos:
3
λ 2
ARX(max) λ2
= 8π
(86)
ATX(max)ISO = =
DRX 3 4π
2
• Substituindo (86) em (85) obtemos a Abertura Efetiva Máxima de uma antena em função de sua
Diretividade:
λ2 λ2
ARX(max) = DRX =D
4π 4π (87)
18
PTX e PRX não trocam de índices porque seus índices {.}TX e {.}RX referem-se a potências geradas
respectivamente no local do transmissor e no local do receptor.
40
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9 Largura de banda
Denomina-se Largura de Banda de uma antena a faixa de freqüências na qual ela opera satisfazendo
determinado parâmetro de performance.
Os parâmetros de performance mais comuns que variam com a freqüência e que são utilizados para
definir a Largura de Banda são:
• Ganho
• Largura de Feixe
• Polarização
A Largura de Banda (LB) pode ser especificada:
(I) Sob forma percentual: Utilizado quando a largura de banda é bem menor que a freqüência
central. Por exemplo: Uma antena opera com ROE máxima de 1.3 entre 195 Mhz e 205 Mhz,
sendo este o valor de ROE máximo a partir do qual o ALC do transmissor entra em ação. Logo,
205 − 195
LB = = 0.05 = 5%
200
(II) Pelo posicionamento de freqüências (freqüência superior e inferior): Utilizado quando a
freqüência superior for maior ou igual ao dobro da freqüência inferior. Por exemplo: Uma
antena Log-Periódica mantém um ganho de 10 ± 1 dB entre 6 e 30 Mhz , caindo rapidamente
fora desta faixa. Logo, LB = 30 = 5 → LB = 5 : 1 .
6
10 Exercícios de Revisão
D = 4π Ω a sendo
φ = 2πθ =π
E, portanto,
D = 4π Ω a = 1
41
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Rr 1.7Ω
G = ηD = D =
1.5 = 1.12
R +R 1.7Ω + 0.58Ω
r p
42
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Determine:
a) O módulo do campo magnético em p.
b) A tensão a circuito aberto que surge nos terminais de uma antena receptora localizada em p
sabendo-se que seu ganho é 3 dBi , que sua eficiência é 100% e que sua resistência de radiação é
50Ω .
c) A potência que está sendo irradiada pela antena transmissora sabendo-se que sua diretividade é
+20dB com relação ao radiador isotrópico e que sua eficiência é 100%.
Solução:
a) De (32):
1 2 2S 2 × 6 × 10 −12 W m 2 μA
S = H Z0 → H = = = 0.178
2 Z0 120π Ω m
b)
GdBi 3
G = 10 10 = 1010 ≈ 2
300 × 10 6 m s
λ=c f = = 3m
100 × 10 6 Hz
λ2
De (51) temos G = ηD e de (87) temos ARX(max) = D . Daí
4π
λ2 G (3 m ) 2
2
λ2
ARX(max) = D= = = 1.43 m 2
4π 4π η 4π 1.0
De (65) temos
V = 2 ARX(max) S i Rr [Vrms]
c) De (46) temos
S max (θ maxP , φ maxP ) S max (θ maxP , φ maxP ) 4πr 2 S max (θ maxP , φ maxP )
D= = → Pa =
S med Pa D
4πr 2
Mas G = ηD , daí
4πr 2η S max (θ maxP , φ maxP )
Pa =
G
43
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GdB 20
G = 10 10 = 10 10 = 100
r = 10 × 10 3 m
4πr 2η S max (θ maxP , φ maxP ) 4πr 2 × 1.0 × 6 × 10 −12 W m 2
Pa = = = 0.075 × 10 −3 W
G 100
4) Determine a expressão da Intensidade de Radiação de um dipolo curto.
Solução:
De (34):
W
U (θ , φ ) = S (θ , φ )r 2
sr
De (31):
1 E0 (θ , φ ) W
2
S (θ , φ ) = m2
2 Z0
E da Equação (II) da Tabela II do Capítulo II temos para Campo Distante:
π
j ω t − βr +
I 0 "e
sen θ V
2
Eθ = m
2ε 0 cλr
Portanto
I 0 " sen θ V
E 0 (θ , φ ) =
2ε 0 cλr m
Daí
2
I 0 " sen θ 2
r
1 E
2
(θ , φ ) 2 ε cλr
U (θ , φ ) = S (θ , φ )r 2 = 0
r2 0 =
2 Z0 µ0
2
ε0
I 0 " 2 sen 2 θ
2
4ε 0 c 2 λ2 I 0 " 2 sen 2 θ
2 2
= = =
µ0 µ0 2 2 2
2 8 ε 0 c λ
ε0 ε 0
I 0 " 2 sen 2 θ I " 2 sen 2 θ I " 2 sen 2 θ
2 2 2
= = 0 = 0 =
µ0 2 2 2 1 2 2 2 8ε 0 cλ2
8 ε 0 c λ
8 ε 0 c λ
ε 0 ε 0 c
120π I 0 " 2 sen 2 θ
2
W
= 15π I 0 (" λ ) sen 2 θ
2 2
=
8λ 2
sr
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Capítulo IV
Antenas Lineares
1 Introdução
Nesta seção estudaremos o processo de irradiação de um Dipolo Linear1 de comprimento L da ordem de
grandeza do comprimento de onda λ de operação, conforme mostra a Figura 1.
• Especificamente, focalizaremos nosso estudo no Dipolo Fino , cujo diâmetro é infinitesimal com
2
relação a λ . Embora as antenas desta classe sejam apenas uma idealização com relação a uma antena
linear prática, esta classe permite ser descrita por um equacionamento teórico simplificado. Ainda assim,
dentro de uma ampla faixa, os resultados obtidos estão em muito boa conformidade com os resultados
experimentais obtidos em campo.
1
O termo linear deve ser compreendido aqui no sentido de filamentar, isto é, a antena possui estrutura
irradiante condutora na forma de um fio.
2
Um dipolo é considerado um dipolo fino (thin dipole) quando seu diâmetro d obedece à condição
d << λ onde λ é o comprimento de onda de operação do dipolo. Na prática, a condição d << λ é
quantificada por d < λ 100 .
1
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• Assim, esta seção tece inferências buscando responder a seguinte questão: Qual é a forma funcional
da distribuição espacial da corrente I ( x, y, z ) no volume de um dipolo cilíndrico cujo diâmetro d é
infinitesimal , quando o dipolo é excitado por um gerador de tensão senoidal?
• A Segunda Equação de Maxwell em Rotacional, Equação (3) do Capítulo II, postula que:
A (1)
∇× H = J 2
m
onde, da Seção 3 do Capítulo I,
∂H z ∂H y ∂H ∂H z ∂H y ∂H x (2)
∇ × H = xˆ − + yˆ x − + zˆ −
∂y ∂z ∂z ∂x ∂x ∂y
• Mas, conforme vimos no Capítulo II, qualquer antena pode ser decomposta em uma infinidade de
Irradiadores Elementares (dipolos de comprimento infinitesimal).
⇒ Portanto vamos supor que o dipolo mostrado na Figura 2 é formado por infinitos irradiadores
elementares dispostos em série.
2
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• Vimos no Capítulo I que o Campo Magnético H (x, y, z ) e o Campo Elétrico E(x, y, z ) podem ser
interpretados respectivamente como representativos da vorticidade (velocidade angular) e do movimento
linear (velocidade linear) do fluído Éter3 em um ponto p ( x, y , z ) do espaço ℜ .
3
⇒ Um dipolo formado por infinitos irradiadores elementares dispostos em série terá, portanto, uma
distribuição espacial de campos conforme mostra a Figura 3.
3
A referida interpretação é apenas e unicamente uma alegoria com objetivo didático. Assim como
podemos modelar a suspensão mecânica de um automóvel através de um circuito RLC , sem haver
especificamente um circuito RLC fisicamente implementado na suspensão do automóvel, da mesma
maneira, podemos modelar o processo de irradiação eletromagnética através de movimentos lineares e
circulares (vorticidade) em um fluído hipotético chamado Éter.
3
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• Redesenhando a Figura 2 em ℜ 3
temos:
⇒ Da Figura 4 inferimos que H z = 0 , porque não existe vorticidade em nenhum plano de giro
perpendicular a z. Daí (2) torna-se:
∂H y ∂H ∂H y ∂H x (3)
∇ × H = xˆ + yˆ x + zˆ −
∂z ∂z ∂x ∂y
∂H y ∂H x (4)
∇ × H = zˆ −
∂x ∂y
⇒ Portanto, a corrente I = s J z no dipolo possui valor não nulo somente na direção ẑ , não
havendo corrente fluindo nas direções x̂ e ŷ .
4
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⇒ Visto que a tensão aplicada aos terminais do dipolo é uma tensão senoidal
V = V (t ) = Vmax cos(2πft ) , então, em conseqüência, é originada uma corrente no dipolo cuja variação
no tempo é dada por I = I (t ) = I max cos(2πft + ϕ ) , sendo ϕ o ângulo de fase no tempo entre V e
I.
• Vimos no Capítulo I que a perturbação gerada no fluído Éter por uma corrente variando no tempo de
2π
acordo com I = I (t ) = I max cos(2πft + ϕ ) = I max cos(
t + ϕ ) é uma onda de forma senoidal a
T
qual apresenta uma distância λ = cT entre seus valores máximos no espaço ℜ , sendo
3
c = 1 µε = 3 × 10 8 m/s .
• Por outro lado, pelos mesmos argumentos já discutidos no Capítulo I, uma perturbação senoidal no
3
Éter induz em um condutor elétrico uma corrente cuja distribuição no espaço ℜ acompanha a forma de
onda da perturbação.
⇒ Assim, a distribuição de corrente em uma antena é uma onda de forma senoidal a qual também
apresenta uma distância λ = cT entre seus valores máximos no espaço ℜ . Isto significa que a onda
3
senoidal de corrente varia muito pouco ao longo de uma distância que é pequena em relação ao
comprimento de onda λ .
⇒ Uma vez que as Equações de Maxwell são equações diferenciais lineares, e uma vez que a corrente
I no dipolo é uma conseqüência da tensão V aplicada, então a relação entre e V (t ) , I (t ) e I ( z )
pode ser dada por uma equação diferencial linear da forma
∂ ∂2 ∂ ∂2
α 0 I (t ) + α1 I (t ) + α 2 2 I (t ) + L + β 0 I (z ) + β1 I ( z ) + β 2 2 I ( z ) + L = V (t )
∂t ∂t ∂z ∂z (6)
5
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Figura 5: Variação espacial da corrente I = I ( z ) (em azul) para um dipolo simétrico fino de
comprimento L alimentado no centro por uma linha de transmissão bifilar balanceada. I 0 é o valor
instantâneo máximo da corrente. Note que a corrente nas extremidades do dipolo tem que ser
necessariamente4 nula, isto é, I ( z = ± L 2 ) = 0 .
⇒ Ainda, visto que I (z ) é uma onda de forma senoidal que apresenta uma distância λ = cT entre
seus valores máximos, então a corrente deve ser obrigatoriamente nula também em todas as posições z
múltiplas de λ 2 a partir das extremidades do dipolo.
4
A corrente é necessariamente nula para z > L 2 porque não existe condutor elétrico além das
extremidades do dipolo que permita a circulação de corrente.
6
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• No Capítulo II vimos que uma das expressões analíticas do Campo Distante E θ de um dipolo curto
de comprimento infinitesimal é
π
l j ωt − βr + 2 V
Eθ = 60πI 0 e sen θ m (8)
rλ
e que sua relação com o Campo Distante H φ do mesmo dipolo curto é
Eθ A
Hφ = m
Z0 (9)
π
dz j ωt − βs + 2
dEθ = 60π I ( z ) e sen θ (10)
sλ
ou, integrando ambos os lados de (10):
π L2
60π j ωt + 1
Eθ = ∫ dEθ = sen θ e 2
∫ I ( z )e − jβs dz (11)
λ −L 2
s
Nota: Observe que, apesar de s → r para Campo Distante, não consideramos s = r especificamente
− jβs
no fator e de (12) porque pequenas diferenças de fase são importantes na composição vetorial do
campo distante E em p ( x, y , z ) .
7
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π L2
60π j ωt + 1
Eθ = ∫ dEθ = sen θ e 2
∫ I ( z )e − jβ (r − z cos θ ) dz (13)
λ −L 2
r
0 jβz cosθ L
I 0 60π
π ∫ e sen β
2
+ z
dz +
2 − L 2
j ω t − βr +
Eθ = sen θ e
L 2
rλ L
∫ e
jβz cosθ
sen β − z dz (16)
0 2
Mas,
e az
∫ e sen(c + bz )dz =
az
[a sen (c + bz ) − b cos(c + bz )]
a 2 + b2 (17)
βL
onde a = jβz cos θ , b = β (ou b = − β na segunda integral de (16)) e c = .
2
• Efetuando as duas integrais de (16) com base em (17), multiplicando por sen θ e simplificando
obtemos a expressão analítica para o Campo Distante de um Dipolo Linear Simétrico:
8
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βL cos θ βL
cos − cos
2
π
I 0 60π j ω t − βr +
2 2
Eθ = e 2
rλ β sen θ
2π 2π
L cos θ L
cos λ − cos λ
2 2
π
I 0 60π j ω t − β r +
2 2
Eθ = e 2π
rλ sen θ
λ
L πL
π cos π cos θ − cos
I 0 60 j ωt − βr + 2 λ λ V
Eθ = e
r sen θ m (18)
L πL
cos π cos θ − cos
λ λ (19)
sen θ
F (θ , φ ) = F (θ ) =
L πL
cos π cos θ − cos
max λ λ
sen θ
π
HPBW = 2 − θ hp [rad ]
2 (20)
• A partir dos resultados obtidos na Seção 3, esta seção apresenta os seguintes gráficos:
5
Ver Seção 3 do Capítulo III.
9
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• Os gráficos apresentados referem-se a um dipolo horizontal linear simétrico (ver Figura 6) imerso no
espaço livre cujo valor instantâneo máximo de corrente é I 0 = 1.0 A e com comprimento L de valores:
• As seguintes equações foram utilizadas para a construção dos gráficos aqui mostrados:
• Os diagramas de irradiação cartesiano de F (θ ) e polar de F (θ ) são obtidos de (19).
• I ( z) é obtido de (7).
Figura 6: Dipolo horizontal linear simétrico de comprimento L alimentado no centro por uma linha de
transmissão bifilar balanceada.
10
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11
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Figura 10: Diagrama de irradiação F (θ ) cartesiano do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 0.5λ .
F (θ hp ) = 1 2 → θ hp = 50.9 o (linha azul). HPBW = 2(90 − θ hp ) = 78.1o .
Figura 11: Diagrama de irradiação F (θ ) polar do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 0.5λ .
12
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Figura 13: Diagrama de irradiação F (θ ) cartesiano do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.0λ .
F (θ hp ) = 1 2 → θ hp = 66.1o (linha azul). HPBW = 2(90 − θ hp ) = 47.8 o .
Figura 14: Diagrama de irradiação F (θ ) polar do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.0λ .
13
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Figura 16: Diagrama de irradiação F (θ ) cartesiano do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.1λ .
F (θ hp ) = 1 2 → θ hp = 69.2 o (linha azul). HPBW = 2(90 − θ hp ) = 41.5 o .
Figura 17: Diagrama de irradiação F (θ ) polar do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.1λ .
14
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Figura 19: Diagrama de irradiação F (θ ) cartesiano do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.5λ .
F (θ hp ) = 1 2 → θ hp = 24.4 o (linha azul). HPBW = 2(90 − θ hp ) = 131.2 o .
Figura 20: Diagrama de irradiação F (θ ) polar do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 1.5λ .
15
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Figura 22: Diagrama de irradiação F (θ ) cartesiano do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 2.0λ .
F (θ hp ) = 1 2 → θ hp = 43.2 o (linha azul). HPBW = 2(90 − θ hp ) = 93.6 o .
Figura 23: Diagrama de irradiação F (θ ) polar do dipolo mostrado na Figura 6 para L = 2.0λ .
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• Vimos no Capítulo II que a integral de superfície do Vetor de Poynting Médio S = Re{Sr} mW
2
sobre qualquer superfície fechada ∑ que englobe uma antena resulta na potência total que flui para fora
da superfície ∑ , isto é, a potência P [ W ] total irradiada pela antena:
P = ∫∫ S ⋅ d Σ =
1
∫∫
2 Σ
*
{
Re E × H ⋅ d Σ [ W ] } (21)
Σ
• Vimos também que a superfície fechada ∑ mais simples e conveniente que podemos utilizar para o
cômputo de (21) é uma esfera em cujo centro encontra-se o irradiador.
• Vimos ainda que a potência total irradiada P por um dipolo é dada por (assumindo não haver perdas
ôhmicas ou dielétricas):
(
P = Rr I 0 2 )
2
[W] (22)
⇒ Pelo Teorema da Conservação da Energia , a potência total que atravessa uma superfície fechada
∑ na região de Campo Distante de um irradiador obrigatoriamente deve igualar a potência total
irradiada, de modo que (21) é identicamente igual a (22) , pelo que obtemos
∫∫ Re{E × H }⋅ d Σ
*
(23)
Rr = Σ
2
[Ω ]
I0
• Como estamos interessados em determinar a resistência de radiação Rr com base na potência total
irradiada, o procedimento é simplificado se utilizarmos como superfície fechada de integração ∑
uma esfera de raio r com o dipolo no centro, tal que r >> λ de modo a poder utilizar os resultados
obtidos em (18) para Campo Distante:
∫∫ Re{E × H }⋅ d Σ ∫∫ Re{E × H }⋅ d S
* *
(24)
Esfera
Rr = Σ
2
= 2
[Ω ]
I0 I0
onde dS é o elemento de área de uma esfera.
17
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Esfera Esfera
Rr = 2
= 2
=
I0 I0
(θˆ × φˆ)⋅ rˆ ∫∫ Re{E H }dS θ φ
*
rˆ ⋅ rˆ ∫∫ Re{Eθ H φ }dS
*
Esfera Esfera
= 2
= 2
=
I0 I0
φ = 2π θ =π
{
∫∫ Re Eθ H φ dS
*
} ∫ θ ∫ Re{Eθ H φ }r
* 2
sen θ dθ dφ
Esfera φ =0 =0
= 2
= 2
=
I0 I0
φ = 2π θ =π
Eθ * 2
∫ ∫ Re Eθ
Z 0
r sen θ dθ dφ
=
φ =0 θ =0 =
2
I0
φ = 2π θ =π Eθ 2
∫ ∫ Z 0 r sen θ dθ dφ
2
Re
φ =0 θ =0
= 2
=
I0
φ = 2π θ =π 2
Eθ
φ
∫ θ∫
=0 =0
Z0
r 2 sen θ dθ dφ
= 2
=
I0
φ = 2π θ =π φ = 2π θ =π
∫ θ∫ ∫ θ ∫ Eθ
2 2
r2 Eθ sen θ dθ dφ r2 sen θ dθ dφ
φ =0 =0 φ =0 =0
= = (25)
120πI 0
2 2
Z0I0
18
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φ = 2π θ =π
∫∫ Re{E × H }⋅ d S ∫ θ ∫ Eθ
2
sen θ dθ dφ
* 2
r
Esfera φ =0 =0
Rr = = =
120πI 0
2 2
I0
2
L πL
φ = 2π θ =π cos π cos θ − cos
I 60 λ λ sen θ dθ dφ
r2 ∫ ∫ 0
r sen θ
φ =0 θ =0
= =
120πI 0
2
2
L πL
2 φ = 2π θ =π cos π cos θ − cos
I 60
r2 0 ∫ ∫ λ λ sen θ dθ dφ
r φ =0 θ =0 sen θ
(27)
=
120πI 0
2
ou
2
L πL
2 θ =π cos π cos θ − cos φ = 2π
I 60
r2 0 ∫ λ λ
r θ =0 sen θ
sen θ dθ ∫ dφ
φ =0
Rr = =
120πI 0
2
2
L πL
2 2 θ =π cos π cos θ − cos
I 60 λ λ
2πr 2 0 2
r ∫
θ =0
sen θ
sen θ dθ
= =
120πI 0
2
2
L πL
θ =π
cos π cos θ − cos
λ λ
= 60 ∫ dθ (28)
θ =0 sen θ
2
L πL
u =1 cos λ πu − cos λ
Rr = 60 ∫ du
u = −1
1− u 2
(29)
19
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u =1
(cos(ku ) − cos(k ))2 du
Rr = 60 ∫
u = −1
1− u2 (30)
Mas
1 1 1 1 1
= = +
1− u 2
(1 + u )(1 − u ) 2 1 + u 1 − u (31)
⇒ Isto significa que Rr somente será igual à resistência de entrada Ri “vista” nos terminais do
dipolo se a posição onde se encontram seus terminais coincidirem com a posição z em que ocorre o
máximo de corrente I 0 (ver Figura 6).
⇒ Para o dipolo alimentado no centro ( z i = 0 ) mostrado na Figura 6, e a partir da equação (7), temos
que para L ≥ λ 2 :
πL I 1
I ( zi ) = I ( z = 0 ) = I 0 sen → 0 =
λ I ( zi ) πL (33)
sen
λ
onde I ( z i ) é o valor instantâneo máximo da corrente na posição zi onde se encontram os terminais de
alimentação do dipolo.
20
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⇒ I0
Ou seja, de (33) e (34) temos que R i =
I ( z ) R r para L ≥ λ 2 , e, portanto
i
Rr λ
,L ≥
2 βL 2 (35)
sen
Ri = 2
λ
Rr ,L ≤
2
sendo β = 2π λ .
⇒ Embora os métodos sejam diferentes, a resistência de entrada R i obtida de (35) tende ao valor da
resistência de entrada obtida com o programa Zi_CyDip.exe, utilizado no Capítulo III. Lembre que o
programa Zi_CyDip.exe é baseado no Método da Perturbação da Antena Bicônica de Schelkunoff,
conforme discutido no Capítulo III , e, portanto, leva em consideração o diâmetro do dipolo.
Figura 25: Resistência de radiação Rr de um dipolo obtida de (32) para 0.1 < L λ < 1 .0 .
21
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Figura 26: Resistência de radiação Rr de um dipolo obtida de (32) para 1.0 < L λ < 10.0 .
Figura 27: Resistência de entrada Ri de um dipolo obtida de (35) para 0.1 < L λ < 1. 0 .
22
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Figura 28: Resistência de entrada Ri de um dipolo obtida de (35) para 1.0 < L λ < 10.0 .
23
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• Vimos no Capítulo II que a energia reativa de um irradiador, responsável pela sua reatância de
entrada, é originada na região de Campo Próximo por ondas estacionárias resultantes de reflexão de
ondas nesta região.
• Resolvendo a equação resultante da condição de contorno gerada pelo artifício acima descrito,
determinamos a impedância mútua Z12 = Z 21 = Z m entre os dipolos, e, ao fazermos d → 0 , obtemos
Z i = Ri + jX i = Z m . Em outras palavras, a impedância de entrada do dipolo real tende para a
impedância mútua entre os dipolos real e virtual quando a distância entre eles tende a zero.
6
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997
24
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• No contexto do Método da FEM Induzida, a impedância mútua entre dois dipolos paralelos de
mesmo tamanho total L , distanciados entre si de uma distância d e localizados face a face (ver Figura
29) é dada por 7 Z m = Rm + jX m , onde:
L
2 2 2
L L
sin β . sin β .
2 2
z d z d
L . sin β . z d
2 2
60 . L 2 2
Rm sin β . z . 2 . cos β . dz
L
2 2 2 2 2 2 2 (36)
sin β . L 2 L 2 z d
2 z d z d
2 2
0
L
2 2 2
L L
cos β . cos β .
2 2
z d z d
L . cos β . z d
2 2
60 . L 2 2
Xm sin β . z . 2 . cos β . dz
2 2 2 (37)
sin β .L L
2
2 L
2
2
2
z d
2
2 z d z d
2 2
0
sendo β = 2π λ .
Figura 30: Impedância mútua Z m = Rm + jX m entre dois dipolos de meia onda ( L = λ 2 ) dispostos
conforme a Figura 29.
7
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997
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• Um método mais preciso para a determinação da impedância mútua entre dois dipolos simétricos é
aquele baseado no Método da Perturbação da Antena Bicônica de Schelkunoff , já discutido no
Capítulo III. Embora mais preciso, este método é mais complexo que o Método da FEM Induzida porque
leva em consideração o diâmetro do fio cilíndrico. Este método encontra-se implementado no programa
Zm_CyPDS.exe, disponível para download em http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html também
no link Antenas - Impedância de Dipolos Simétricos (código fonte C e script MathCad 7) - Rev.
06/03/2002 - 328Kb (.zip). O programa Zm_CyPDS.exe determina a impedância mútua entre dipolos
simétricos paralelos situados de maneira tal que seus centros são alinhados conforme a Figura 29.
⇒ Note da Figura 30 que se d → 0 então a impedância mútua entre os dipolos de meia onda tendem
para a impedância de entrada de um
único dipolo, i.e, se d → 0 então
Z m = Rm + jX m → Z i = Ri + jX i = 73 + j 42.5Ω , já obtida com o programa Zi_CyDip.exe no
Capítulo III.
⇒ Note da Figura 31 que se d → 0 então a resistência mútua entre os dipolos curtos tendem para a
resistência de radiação Rr = 80π
2
(Le λ ) ≈ 2Ω , Le = L 2 , L = λ 10 de um único dipolo curto.
⇒ No entanto, em conseqüência do efeito pelicular (skin effect), ocorre uma maior concentração de
cargas na superfície externa do cilindro condutor que forma a estrutura irradiante do dipolo. Portanto, a
distância d entre os dipolos virtual e real que faz Z m → Z i não é exatamente d = 0 , porque a
distribuição de cargas não é uniforme na seção reta do cilindro.
26
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⇒ Determinou-se experimentalmente que a distância d entre os dipolos virtual e real que faz
Z m → Z i é d = a 2 , onde a é o raio do cilindro.
⇒ Mas, visto que a potência reativa também é conservada ao longo do dipolo, temos que
2 2
I ( zi ) X i = I 0 X r , onde zi = 0 é a posição dos terminais do dipolo. Daí, com o auxílio de (33), (34)
e (35) temos que:
βL λ
X sen 2 ,L ≥
i 2 2 (38)
Xr =
λ
Xi ,L ≤
2
L
⌠2 2 2
cos β ⋅ L − z + ( a ⋅ 2) 2 cos β ⋅ L + z + ( a ⋅ 2) 2 2
L cos β ⋅ z + a ⋅ 2) d z
2 (
Xr
60 ⋅C L 2
⋅ sin β ⋅ − z ⋅
+
2
− 2 ⋅cos β ⋅ ⋅
2 2 2 (39)
z + ( a ⋅ 2)
2 2 2 2
L
sin β ⋅ L − z + ( a ⋅ 2) 2 L + z + ( a ⋅ 2) 2
2 2 2
⌡0
2 βL
sen , L ≥ λ 2
sendo C = 2 e β = 2π λ .
1.0 ,L ≤ λ 2
27
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Figura 32: Reatância de radiação X r do Campo Próximo para um dipolo simétrico de tamanho L e fio
condutor de raio a .
Figura 33: Reatância de entrada X i para um dipolo simétrico de tamanho L e fio condutor de raio a .
⇒ Note da Figura 33 que quanto maior for o raio a do fio condutor de um dipolo de meia onda com
relação ao comprimento de onda λ , maior será a redução necessária com relação ao comprimento de
referência λ 2 para que o dipolo fique em ressonância ( X i = 0 ).
28
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A Figura 34 mostra a decomposição de um dipolo dobrado de meia onda em dois dipolos lineares
simétricos.
Figura 34: (a) Decomposição de um dipolo dobrado de meia onda em (b) dois dipolos lineares
simétricos . A distância d é tal que d λ < 0.01 .
⇒ Visto que o dipolo dobrado é alimentado no centro, e como o comprimento entre “B” e “C” é
λ 2 , a corrente nestes pontos é zero, apesar da continuidade física do condutor para além deste tamanho.
⇒ Portanto, para efeito de análise, desconectando “B” e “C”, temos dois dipolos de meia onda muito
próximos um do outro ( d λ < 0.01 ).
V
= Z 11 I 1 + Z 12 I 2
2 (40)
8
Assuma que o tamanho do dipolo é feito ligeiramente menor do que λ 2 de modo a torná-lo
ressonante, isto é, de modo a anular a componente reativa de sua impedância de radiação.
29
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V = 2 I 1 (Z 11 + Z 11 ) = 4 I 1 Z 11 (41)
V (42)
= Z i = 4Z 11 ≈ 300 Ω
I1
• O Método de Hallén não assume uma distribuição de corrente senoidal, como o faz o Método da FEM
Induzida. A incógnita na Equação Integral de Hallén é a própria distribuição de corrente no
cilindro, tendo como condição de contorno a continuidade do campo E z tangencial na fronteira entre o
exterior do cilindro e o interior do mesmo.
9
L. V. King, On the Radiation Field of a Perfectly Conductive Base Insulated Cylindrical Antenna Over a
Perfectly Conducting Plane Earth, and the Calculation of Radiation Resistance and Reactance,
Transactions of Royal Society, A236, pp. 381-422, London, 1937.
10
E. Hallén, Transmitting and Receiving Qualities of Antennas, Nova Acta Upasaliensis, Séries IV,
vol.11, pp. 1-43, 1938.
30
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• Portanto a solução da Equação Integral de Hallén implicitamente leva em consideração a tendência das
cargas aceleradas concentrarem-se na casca exterior do cilindro (skin effect), porque não assume a priori
nenhuma distribuição de corrente. Daí a conseqüente melhor conformidade do método com resultados
experimentais para razões l a tão pequenas quanto l a = 60 .
31
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Figura 36: Curvas da resistência de entrada Ri de uma antena cilíndrica conforme a Figura 35, resultante
da solução da Equação Integral de Hallén.
32
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Figura 37: Curvas da reatância de entrada X i de uma antena cilíndrica conforme a Figura 35, resultante
da solução da Equação Integral de Hallén.
⇒ Observe das Figuras 36 e 37 que quanto menor é l a (tanto menor é la tanto mais “gordo”
é o dipolo) menor a variação de Z i com o comprimento de onda de operação λ , e, em conseqüência,
menor a variação de Z i com f = c λ. Portanto, antenas “gordas” têm uma maior banda de
passagem sob o ponto de vista da ROE do que antenas “magras”.
33
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• Diagrama da Radiação
• Diretividade
• Abertura
• Impedância da Antena
são invariantes quando alternamos a utilização da antena como transmissora ou receptora e vice-versa.
♦ Sejam duas antenas idênticas, Antena 1 e Antena 2 , em um meio linear, passivo e isotrópico.
♦ Seja um gerador de tensão senoidal Vg (t ) aplicado nos terminais da Antena 1 tal que a corrente I1
resultante induz uma tensão V21 nos terminais (abertos) da Antena 2 .
♦ Seja o mesmo gerador Vg (t ) aplicado nos terminais da Antena 2 tal que a corrente I 2 resultante
induz uma tensão V12 nos terminais (abertos) da Antena 1 .
Figura 38: Reciprocidade entre duas antenas idênticas em um meio linear, passivo e isotrópico (meio
linear, passivo e isotrópico → O fluxo de potência independe do sentido e da intensidade da potência
aplicada ao meio).
Observação: Em geral, no entanto, a distribuição de corrente em uma antena transmissora não é a mesma
distribuição de corrente para a mesma antena utilizada como receptora.
• Sob o ponto de vista da Teoria de Circuitos, podemos demonstrar a reciprocidade considerando que
qualquer circuito de 4 terminais pode ser reduzido a uma seção T equivalente. Daí, podemos representar
as antenas da Figura 38 pelo seguinte quadripolo:
34
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Figura 39: Circuito T equivalente para as antenas da Figura 38, onde Z11 é a impedância própria
da Antena 1 , Z 22 é a impedância própria da Antena 2 e Z m é a impedância mútua entra as duas
antenas. Z 21 = Z12 = Z m é válido porque o meio é assumido ser linear, passivo e isotrópico.
Vg (t )
• Ao aplicarmos uma tensão V ab = Vg (t ) nos terminais ab resulta uma corrente I1 =
Z11 + Z m
entrando pelo terminal a , a qual gera uma tensão Vcd = V21 = I1Z m com os terminais c e d abertos.
Vg (t )
• Ao aplicarmos uma tensão Vcd = Vg (t ) nos terminais cd resulta uma corrente I 2 =
Z 22 + Z m
entrando pelo terminal c , a qual gera uma tensão Vab = V12 = I 2 Z m com os terminais c e d abertos.
Vg (t )
⇒ Mas, visto que as antenas são idênticas, então Z 22 = Z11 = Z A . Daí I1 = I 2 =
Z A + Zm
, e,
• Até agora só consideramos antenas horizontais no espaço livre. Entretanto dependendo da altura h da
antena em relação ao solo, o comportamento da antena poderá ser grandemente modificados. Na prática
as antenas horizontais estão sobre ou a uns poucos comprimentos de onda do solo.
• Seja um dipolo horizontal simétrico de tamanho L situado a uma altura h do solo, aqui assumido
como sendo um condutor perfeito, conforme a Figura 40:
35
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Figura 40: Dipolo horizontal de tamanho L situado a uma altura h do solo e sua imagem resultante.
⇒ Para qualquer meio condutor perfeito, a componente tangencial do campo elétrico é nula na
fronteira com um meio dielétrico (ar). Portanto o campo elétrico tangencial ao solo é zero.
⇒ O fato de o campo elétrico tangencial ao solo ser zero pode ser interpretado como se nâo houvesse a
fronteira condutor-dielétrico entre o solo e o ar, mas o anulamento do campo elétrico tangencial é
garantido pela existência de um dipolo “virtual” ou “imagem espelhada” do dipolo (Dipolo 2 na
Figura 40) alimentado por um gerador “virtual” Vcd = −Vg (t ) tal que Vcd = −Vab .
⇒ A tensão V ab nos terminais do Dipolo 1 da Figura 40 pode ser expressa pela superposição de uma
tensão própria com uma tensão induzida pelo Dipolo 2 , isto é:
Vab = I1Z i + I 2 Z m (43)
onde Z i é a impedância de entrada do Dipolo 1 caso ele estivesse no espaço livre (longe do solo) , Z m é
a impedância mútua entre o Dipolo 1 e o Dipolo 2 e I 2 é a corrente no Dipolo 2.
ou
Vab (45)
Z ab = Rab + jX ab = = Zi − Z m
I1
36
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⇒ Note da Figura 41 que para antenas a uma altura do solo entre 0 e 0.2λ , há uma redução
substancial na resistência de entrada Rab , o que tende a baixar a eficiência da antena.
37
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⇒ Note da Figura 41 que X ab varia com h , indicando que a fase da corrente em relação à tensão do
gerador é função h . Isto implica em que a distribuição de corrente nos dois dipolos também é função de
h . Portanto, a composição fasorial do Campo Distante gerado por cada dipolo infinitesimal que constitui
ambos dipolos também é dependente de h .
⇒Vimos que a Equação (18) define o Campo Distante de qualquer antena linear de tamanho L
situada no espaço livre:
L πL
π cos λ π cos θ − cos λ (18)
I 0 60 j ω t − βr +
V
Eθ = e 2
m
r sen θ
⇒ Portanto, com base na Figura 42, os campos E 1θ e E2θ gerados respectivamente pelos dipolos
real A1 e imagem A2 no ponto distante p (r , θ , φ ) , são dados por:
38
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L πL
I 0 60
π
j ωt − βr1 + cos λ π cos θ − cos λ
E1θ = e 2 =
r sen θ
L πL
I 0 60
π
j ωt − β ( r − h cos φ )+ cos λ π cos θ − cos λ
= e 2 =
r sen θ
L πL
I 0 60 j ( βh cos φ )
π
j ω t − βr + cos λ π cos θ − cos λ V
= e e 2
m
r sen θ (46)
L πL
− I 0 60
π
j ωt − βr2 + cos λ π cos θ − cos λ
E 2θ = e 2 =
r sen θ
L πL
− I 0 60
π
j ωt − β ( r + h cos φ )+ cos λ π cos θ − cos λ
= e 2 =
r sen θ
L πL
− I 0 60 − j ( βh cos φ )
π cos λ π cos θ − cos λ
j ω t − βr +
V
= e e 2
m (47)
r sen θ
onde β = 2π λ .
L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
(
Eθ = E1θ + E 2θ = I 0 e j ( βh cos φ ) − e − j ( βh cos φ ) )
sen θ
e
2
r
(48)
ou
39
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L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
(
Eθ = I 0 e j ( βh cos φ ) − e − j ( βh cos φ ) )
sen
θ
e
r
2
=
L πL
(e j ( βh cos φ )
−e − j ( βh cos φ )
) cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
= jI 0 2
=
e
2j sen θ r
L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
= jI 0 sen (βh cos φ )
e
2
=
sen θ r
L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60
V
= I 0 sen (βh cos φ )
e
j (ωt − βr +π )
m
sen θ r
(49)
⇒ Mas, vimos no Capítulo III, que o Padrão de Irradiação F (θ ,φ ) de uma antena é a expressão
analítica que define a intensidade normalizada do campo elétrico Eθ (θ ,φ ) resultante em cada ponto de
uma superfície esférica Σ de raio r = rΣ em cujo centro encontra-se a antena:
Eθ (θ , φ )
F (θ , φ ) =
Eθ max (50)
40
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41
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42
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• Vimos no Capítulo III que a Diretividade de uma antena é dada por D = 4π Ω a sendo
φ = 2πθ =π
Ωa = ∫ ∫ P(θ , φ )sen θ dθ dφ [rad 2 ] o Ângulo Sólido do Feixe e P(θ , φ ) é o Padrão de
ϕ θ
=0 =0
Potência da antena.
De (19), para um dipolo de tamanho L o Padrão de Irradiação é dado por:
L πL
cos π cos θ − cos
F (θ , φ ) = λ λ , ∀φ (52)
sen θ
Logo o Padrão de Potência é
2
L πL
cos π cos θ − cos (53)
P(θ , φ ) = λ λ , ∀φ
sen θ
daí
2
L πL
φ = 2πθ =π φ = 2πθ =π cos π cos θ − cos
Ω a = ∫ ∫ Pn (θ , φ )sen θ dθ dφ = ∫ ∫ λ λ sen θ dθ dφ
sen θ
ϕ =0 θ =0 ϕ =0 θ =0
(54)
43
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Capítulo V
Arrays
1 Introdução
No contexto de Séries de Fourier1, podemos gerar qualquer forma de onda f (t ) em um período T
somando um número suficiente de funções cosenos, cada uma delas com amplitude Ak e fase ψk
específicas, tendo cada coseno uma freqüência f = k T , k = 1,2, L :
∞
2πk
f (t ) = a 0 + ∑ An cos t +ψ k
k =1
T (1)
específicas, sendo cada irradiador localizado em posições distintas dos demais no espaço ℜ .
3
j∠I k
excitado por uma corrente I k = I k e , k = 0,1,L K − 1 , objetiva somar os campos individuais de
cada irradiador de modo a maximizar o campo elétrico Eθ em um ponto de interesse p (r ,θ , φ )
localizado na região de Campo Distante, minimizando Eθ em todas as demais direções (θ ,φ ) .
O problema de maximizar o campo irradiado em uma direção desejada foi por muito tempo resolvido
através do uso de superfícies eletricamente refletoras, as quais tendem a atuar como espelhos ópticos
focalizando o feixe. Uma antena parabólica é um exemplo típico deste tipo de abordagem do problema.
No entanto, com a evolução da Teoria de Sistemas Adaptativos – em especial Redes Neurais Artificiais –
e com o aumento da capacidade computacional e redução de custo dos microprocessadores, têm havido
uma mudança na abordagem deste problema em favor dos arrays. A grande vantagem dos arrays sobre as
antenas refletoras é que o diagrama de irradiação F (θ , φ ) de um array pode ser totalmente determinado
pela amplitude I k e fase ∠I k das correntes de cada irradiador que o compõe. Antenas refletoras, por
outro lado, têm o seu diagrama de irradiação basicamente dependente da geometria da superfície refletora
o que pode elevar os custos de fabricação a níveis absurdos para determinados diagramas de irradiação
desejados.
O problema básico a ser resolvido no projeto de um array de K irradiadores é: Dado F (θ , φ ) desejado
e a localização no espaço ℜ
3
dos K irradiadores, quais são os valores de I k = I k e j∠I k ,
k = 0,1,L K − 1 , que resultam em uma boa aproximação de F (θ , φ ) ?
Existem vários métodos clássicos que resultam em um maior ou menor erro de aproximação do
F (θ , φ ) desejado. Um array clássico é aquele definido a partir do método Dolph-Tschebyscheff2.
1
Vide Charles M. Close, Circuitos Lineares, Livros Técnicos e Científcos Editora, 1975.
2
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997.
1
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Nenhum método clássico, no entanto, é tão flexível quanto aqueles baseados em beamformers3 , cujo
princípio de funcionamento origina-se na Teoria de Sistemas Adaptativos.
Neste estudo focalizaremos na análise de arrays, especificamente em arrays formados por dipolos
lineares. Note, no entanto, que um array pode ser constituído por qualquer tipo de irradiador.
Começaremos nossa análise com o array mais simples possível, o array de apenas dois irradiadores,
conforme mostrado na Figura 1:
Figura 1: Array de dois irradiadores do tipo dipolo linear (em vermelho), cada um deles percorrido
j∠I 0 j∠I 1
respectivamente pelas correntes I 0 = I 0 e e I1 = I1 e . I 0 e I1 são os valores máximos das
correntes nos respectivos irradiadores. O centro do irradiador I 0 encontra-se localizado nas coordenadas
(0,0,0) . O irradiadorI1 , com centro localizado em q (x′, y′, z′) , encontra-se afastado de uma distância
d do plano ψ que passa na origem (0,0,0 ) e que é perpendicular ao raio r . Projetando q (x′, y′, z′)
perpendicularmente sobre o plano ψ obtemos o ponto u ( x, y , z ) ∈ψ , o qual encontra-se afastado de
uma distância s da origem (0,0,0 ) .
3
Vide Simon Haykin, Adaptive Filter Theory, 3rd ed., Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey,
1996.
4
Ver Equação (18) do Capítulo IV.
2
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L πL
I 0 60
π
j ω t − βr + cos λ π cos θ − cos λ V (2)
Eθ , 0 = e 2
m
r sen θ
Considerando que r >> s , o que faz o raio r tender a ser paralelo ao segmento uq na Figura 1, e
considerando que r >> d , então o irradiador I1 gera um campo elétrico Eθ ,1 em p (r ,θ , φ ) dado por:
L πL
I1 60
π
j ωt − β ( r − d )+ cos λ π cos θ − cos λ
Eθ ,1 = e 2 =
(r − d ) sen θ
L πL
I1e jβ d
60
π
j ωt − βr + cos λ π cos θ − cos λ V
= e 2
m
r sen θ (3)
L πL
π cos λ π cos θ − cos λ
(I ) 60r e V
j ω t − βr +
Eθ = + I1e jβd 2
0 m
sen θ
(4)
Necessitamos, agora, expressar a distância d do ponto q ( x′, y′, z′) ao plano ψ em função da direção
(θ ,φ ) do ponto p(r ,θ ,φ ) .
Suponhamos que p (r ,θ , φ ) esteja na ponta do vetor V , suposição que não altera a direção (θ ,φ )
original de V , conforme mostra a Figura 2:
3
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sen θ cos φ
V = sen θ sen φ
cosθ (5)
vez que U ∈ψ então U é ortogonal (perpendicular) a V . Mas o produto escalar entre dois vetores
ortogonais sempre resulta zero, isto é:
U T⋅ V = 0 (6)
Daí
sen θ cos φ
U T⋅ V = [x y z ] sen θ sen φ = 0
cosθ (7)
ou
x sen θ cos φ + y sen θ sen φ + z cosθ = 0 (8)
A Equação (8) é a equação do plano ψ mostrado nas figuras 1 e 2. Todo ponto do espaço ℜ cujas
3
coordenadas ( x, y, z ) satisfazem (8) é um ponto pertencente a ψ . Para estes pontos o termo à esquerda
de (8) resulta 0 , significando que a distância do ponto ao plano ψ é nula porque o ponto pertence ao
plano. Em outras palavras, o termo à esquerda de (8) mede a distância de qualquer ponto q ( x′, y′, z′) do
espaço ℜ ao plano ψ na direção
3
(θ , φ ) . Portanto, com referência à Figura 2:
4
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Note que ψ divide o espaço ℜ em duas regiões. Se q ( x′, y′, z′) encontra-se na região do espaço ℜ
3 3
oposta à direção de V , então (9) resulta em d < 0 , caso contrário resulta em d > 0 .
L πL
π cos π cos θ − cos
60 λ λ =
( )
j ω t − βr +
Eθ = I 0 + I1e jβd e 2
r sen θ
L πL
π cos π cos θ − cos
( )
= I 0 + I1e jβ ( x′ sen θ cos φ + y′ sen θ sen φ + z′ cosθ )
60
e
j ω t − β r +
2
λ λ V
r sen θ m
(10)
Podemos fazer uma primeira generalização em (10) considerando que o irradiador I 0 pode não estar na
origem (0,0,0 ) , denominada Centro de Fase do array. Nesta situação, se o irradiador I 0 estiver
localizado nas coordenadas ( x0 , y 0 , z 0 ) e se o irradiador I 1 estiver localizado nas coordenadas
(x1 , y1 , z1 ) então (10) torna-se:
L πL
cos π cos θ − cos
I 0 e jβ ( x0 sen θ cos φ + y0 sen θ sen φ + z0 cosθ ) + 60 j ωt − βr + π2 λ λ V
Eθ = jβ ( x sen θ cos φ + y sen θ sen φ + z cos θ ) e
I e 1 sen θ
1 r m
1 1
(11)
Podemos generalizar ainda mais (11) considerando que o array pode não estar limitado a apenas 2
j∠I k
irradiadores, mas sim K irradiadores cada um deles percorrido por uma corrente I k = I k e e
situado nas coordenadas ( x k , y k , z k ) , sendo k = 0,1,L K − 1 :
ou
L πL
π cos λ π cos θ − cos λ V
( ) 60r e
K −1 j ω t − βr +
Eθ = ∑ I k e jβ ( xk sen θ cos φ + yk sen θ sen φ + zk cos θ ) 2
k =0 sen θ m
(13)
ou ainda
5
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L πL
cos π cos θ − cos
( x k sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
2π 2π π
λ λ 60 e j ωt − λ r + 2 V
K −1 j
Eθ = ∑ I k e λ
m
k =0 sen θ r
(14)
Eθ
F (θ , φ ) = Eθ norm = (15)
max Eθ
Assim, de (14) e (15) temos que
L πL
2π cos π cos θ − cos
λ λ
K −1
( x k sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
j
∑ Ike λ
sen θ
k =0
F (θ ,φ ) =
L πL
cos π cos θ − cos
K −1 j
2π
( x k sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
λ λ
max ∑ I k e λ
k =0 sen θ (16)
2 Arrays Unidimensionais
O array unidimensional mais simples é aquele formado por dois irradiadores, conforme mostra a Figura 3
Figura 3: Array unidimensional com centro de fase na origem formado por dois dipolos de tamanho L
alinhados com o eixo x e separados entre si de uma distância d . O Dipolo 0 encontra-se localizado nas
coordenadas (− d 2 ,0,0 ) e o Dipolo 1 encontra-se localizado nas coordenadas (d 2 ,0,0 ) .
6
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L πL
cos π cos θ − cos
1 j
2π
( x k sen θ cos φ )
λ λ
∑I e k
λ
sen θ
k =0
F (θ ,φ ) = =
L πL
cos π cos θ − cos
1 j
2π
( x k sen θ cos φ )
λ λ
max ∑ I k e λ
k =0 sen θ
L πL
2π − d 2π d cos
λ π cos θ − cos
I e
j
λ 2
sen θ cos φ
+ I1e
j sen θ cos φ
λ 2 λ
0
sen θ
=
L πL
j 2λπ −2d sen θ cos φ 2π d cos
π cos θ − cos
j
λ 2
sen θ cos φ
λ λ
max I 0e
+ I1e
sen θ (17)
É comum na prática um dos irradiadores que compõe o array localizar-se no centro de fase em
(0,0,0) , conforme mostra a Figura 4:
Figura 4: Array unidimensional formado por dois dipolos de tamanho L alinhados com o eixo x e
separados entre si de uma distância d , sendo um deles situado no centro de fase. O Dipolo 0 encontra-se
localizado nas coordenadas (0,0,0 ) e o Dipolo 1 encontra-se localizado nas coordenadas (d ,0,0 ) .
7
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L πL
cos π cos θ − cos
j ( d sen θ cos φ )
2π
I 0 + I 1e λ λ λ
sen θ
F (θ , φ ) =
L πL
2π cos π cos θ − cos
j ( d sen θ cos φ )
max I 0 + I 1e λ λ λ
sen θ
(18)
Figura 5: Array unidimensional formado por K dipolos de tamanho L alinhados com o eixo x e
separados entre si de uma distância d . O Dipolo 0 encontra-se localizado nas coordenadas (0,0,0 ) , isto
é, no centro de fase. Qualquer dipolo k deste array encontra-se localizado nas coordenadas (kd ,0,0 ) ,
k = 0,1, L , K − 1 .
Na situação da Figura 5 a Equação (16) torna-se:
L πL
cos π cos θ − cos
K −1 j
2π
( kd sen θ cos φ )
λ λ
∑I k e λ
sen θ
k =0
F (θ , φ ) =
L πL
2π cos π cos θ − cos
λ λ
K −1 j ( kd sen θ cos φ )
max ∑ I k e λ
k =0 sen θ
(19)
8
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9
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
⇒ Este array é freqüentemente utilizado em radiodifusão, uma vez que o diagrama de irradiação
cardióide limita a área de cobertura da estação à metade anterior do hemisfério, evitando interferência na
área de cobertura de outras estações. Observe na Figura 6 que, apesar da maior parte da potência ser
irradiada na metade anterior do hemisfério, o diagrama cardióide apresenta backlobes não desprezíveis
na metade posterior do hemisfério em torno das direções φ = 60° e φ = −60° = 330° . Isto pode ser
problemático em radiodifusão porque, em geral, é interesse de uma estação atender uma comunidade
específica na direção da qual posiciona-se o máximo do array. A existência de backlobes significa
potência de irradiação desperdiçada em direções nas quais não há interesse de se efetuar cobertura. No
contexto de radiodifusão AM (500KHz a 1600KHz), os irradiadores I 0 e I 1 são monopolos verticais
aterrados de tamanho λ 4.
10
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11
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
1
1 1
1 2 1
1 3 3 1
1 4 6 4 1
1 5 10 10 5 1
1 6 15 20 15 6 1
12
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13
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
⇒ Arrays Binomiais caracterizam-se por ausência de lobos secundários mas ao custo da desvantagem
de uma menor diretividade (maior HPBW). A diretividade deste array é dada por (ver Capítulo III):
Eθ norm
=1 2 → θ hp ≈ 51o , HPBWθ = 2(90 o − θ hp ) ≈ 78 o
2 2
41253o 41253o
D≈ = o = 21.16
HPBWθ × HPBWφ 78 × 25 o
⇒ Note que este array tem maior irradiação na direção transversal. Por isto, denomina-se este tipo de
array de Array Transversal (Broadside Array). Por outro lado, arrays que apresentam maior irradiação
na direção longitudinal (direção do eixo ao longo do qual os dipolos são posicionados) denomina-se
Array Longitudinal (Endfire Array).
14
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15
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
A diretividade deste array é dada por:
Eθ norm
=1 2 → θ hp ≈ 51o , HPBWθ = 2(90 o − θ hp ) ≈ 78 o
2 2
41253o 41253o
D≈ = o o = 105.8
HPBWθ × HPBWφ 78 × 5
16
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17
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
A diretividade deste array é dada por:
Eθ norm
=1 2 → θ hp ≈ 51o , HPBWθ = 2(90 o − θ hp ) ≈ 78 o
2 2
41253o 41253o
D≈ = o = 15.555
HPBWθ × HPBWφ 78 × 34 o
18
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d (20)
δ = −360 cos α
λ
Por exemplo, suponhamos que queiramos direcionar para φ = α = 60° o máximo do diagrama de
irradiação Eθ norm
= F (θ , φ ) do Array Broadside de K = 20 Dipolos com Correntes Idênticas
d λ
analisado na Seção 2.4. De (20) temos δ = −360 cos α = −360 cos 60° = −90° . Daí, a
λ 2λ
especificação das correntes resulta em:
T
IMag (1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 )
T
IPhase ( 0 δ 2 . δ 3 . δ 4 . δ 5 . δ 6 . δ 7 . δ 8 . δ 9 . δ 10. δ 11. δ 12. δ 13. δ 14. δ 15. δ 16. δ 17. δ 18. δ 19. δ )
5
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997
19
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θ = {18 o , 36 o , 54 o , 72 o , 90 o }.
3 Arrays Tridimensionais
3
Para o caso de um array com K irradiadores situados em coordenadas genéricas no espaço ℜ , o
j∠I k
problema de determinar as correntes I k = I k e , k = 0,1,L K − 1 , que resultem no diagrama de
irradiação F (θ , φ ) desejado torna-se um problema de considerável complexidade.
21
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3.1 Beamformers
Vimos que o campo Eθ de um array de K dipolos sendo o k-ésimo dipolo percorrido por uma corrente
I k = I k e j∠I k e situado nas coordenadas (xk , y k , z k ) do espaço ℜ 3 , k = 0,1,L K − 1 , é dado pela
Equação (14), abaixo re-escrita por comodidade:
L πL
2π cos π cos θ − cos 2π π
K −1j ( xk sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ ) λ λ 60 j ωt − λ r + 2 V
Eθ = ∑ I k e λ
e m
k =0 sen θ r
(14)
2π π
60 j ωt − λ r + 2
Normalizando (14) pelo termo e obtemos:
r
L πL
2π cos π cos θ − cos
λ λ
K −1 ( xk sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
F (θ , φ ) = ∑ I k e λ
j
k =0 sen θ
(21)
Suponhamos que existam M sensores fictícios do campo Eθ situados sobre uma superfície esférica em
cujo centro encontra-se o array . O raio da esfera é tal que sua superfície encontra-se localizada na região
de Campo Distante do array .
L πL
2π cos π cos θm − cos
λ λ
K −1 ( x k sen θ m cos φ m + y k sen θ m sen φ + z k cos θ m )
Fm = ∑ I k e
j
λ
k =0 sen θ m
(22)
Seja
Seja
6
Vide Simon Haykin, Adaptive Filter Theory, 3rd ed., Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey,
1996.
7
Vide Simon Haykin, Neural Networks, 2nd ed., Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey, 1999.
22
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L πL
cos π cos θm − cos
χm = λ λ
sen θ m (24)
a intensidade relativa do campo Eθ resultante de um único dipolo do array que é captado pelo m-ésimo
sensor.
De (22), (23) e (24) temos:
K −1 2π
j d (m , k )
∑ Ike
k =0
λ
χ m = Fm (25)
Escrevendo (25) para todos os M sensores, isto é, para m = 0,1, L M − 1 , obtemos o sistema de
equações:
2π 2π 2π
j d (0 , 0 ) j d ( 0 ,1) j d ( 0 , K −1)
I 0e λ
χ0 + I1e λ
χ0 + L + I K −1e λ
χ0 = F0
2π 2π 2π
j d (1, 0 ) j d (1,1) j d (1, K −1)
I 0e λ
χ1 + I1e λ
χ1 + L + I K −1e λ
χ1 = F1
M M
2π 2π 2π
j d ( M −1, 0 ) j d ( M −1,1) j d ( M −1, K −1) (26)
I 0e λ
χ M −1 + I1e λ
χ M −1 + L + I K −1e λ
χ M −1 = FM −1
j 2π d (m ,0 ) 2π
d ( m ,1)
2π
d ( m , K −1)
Φ m = [Φ 0 Φ1 L Φ K −1 ] = χ m e λ
j j
e λ L e λ (28)
a equação (27) pode ser escrita como
Φ0 I 0 F0
Φ I F
1 1 = 1
M M M (29)
Φ M −1 I K −1 FM −1
⇒ Cada vetor Φ m em (29) expressa a relação entre o valor resultante do diagrama de irradiação
Fm = F (θ m ,φm ) na direção (θ m , φ m ) do m-ésimo sensor como conseqüência do conjunto de correntes
I = [I 0 I1 L I K −1 ] no array. O grafo de fluxo de sinal que descreve o processo representado
T
23
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Figura 18: Grafo de fluxo de sinal que descreve o processo representado por (29).
A Figura 19 mostra o grafo de fluxo de sinal do processo de ajuste do vetor I através do algoritmo LMS
e a Tabela 1 apresenta as etapas operacionais deste processo.
Figura 19: Grafo de fluxo de sinal do processo de ajuste do vetor I através do algoritmo LMS.
8
Vide Simon Haykin, Adaptive Filter Theory, 3rd ed., Prentice Hall, Upper Saddle River, New Jersey,
1996
24
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Etapa Procedimento
1 Inicializar o vetor K dimensional I :
I = 0 + j0
onde I é o vetor das correntes nos dipolos do array, j =
− 1 e K é o número de dipolos.
2 Determinar o conjunto de vetores Φ m para m = 0,1,L, M − 1 através da Equação (28), sendo
M o número de sensores.
3 Zerar indexador de sensor:
m=0
4 Determinar o valor do diagrama de irradiação Fm = F (θ m ,φ m ) na direção (θ m , φ m ) do m-ésimo
sensor:
Fm = Φ m ⋅ I
5 Calcular o erro na direção (θ m , φ m ) do m-ésimo sensor a partir do valor desejado Dm para o
diagrama de irradiação nesta direção:
em = Dm − Fm
6 Atualizar o vetor I :
I m = I m + η em Φ m
*
Se e < ε , com ε arbitrário e positivo, então encerrar o processo, caso contrário ir para a Etapa 3.
2
Vamos analisar aqui a situação em que temos um painel de 4 dipolos de meia onda distantes λ 4 do
plano refletor α , conforme mostra a Figura 20.
9
A dedução das equações que regem a operação do algoritmo LMS com um conjunto de treino formado
por dados complexos pode ser encontrada na Seção 6.2.1 do Capítulo 6 da apostila de Comunicações
Digitais, disponível para download em http://www.ee.pucrs.br/~decastro/download.html .
25
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20 tal que seja gerado um nulo ou pelo menos uma redução de ganho no AOA do usuário B e um
máximo no AOA do usuário A .
O array mostrado na Figura 20 pode ser decomposto em 4 dipolos reais e 4 dipolos virtuais conforme
mostrado na Figura 21:
26
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Figura 21: Decomposição do array mostrado na Figura 20 em dipolos reais e virtuais. São mostradas as
coordenadas de cada dipolo (em verde) e as respectivas designações para as correntes.
nos dipolos:
0.624 23.405
1 96.718
0.624 156.595
1 83.282
I = arg( I ) = deg
0.624 156.595 (30)
1 83.282
0.624 23.405
1 96.718
27
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Figura 22: Diagrama de irradiação F (θ , φ ) resultante do array mostrado na Figura 20 para o vetor de
[
correntes I = I 0 I1 L I 7 ] especificado em (30). Note que o algoritmo LMS colocou um nulo no
T
28
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Figura 23: Antena Yagi-Uda de 4 elementos. O Refletor sempre é o elemento de maior tamanho,
seguido pelo Excitador e, a seguir, pelos Diretores. O Excitador separa o Refletor do conjunto de
Diretores. O sentido de maior irradiação de uma Yagi é no sentido Refletor → Excitador (uma Yagi é um
endfire array).
⇒ Apesar do elevado número de variáveis interdependentes em uma antena Yagi, o que não raro
sugere o uso de auxílio computacional para seu projeto teórico, algumas regras e resultados básicos
emergiram ao longo dos anos como conseqüência da experimentação prática com antenas Yagis. Em
qualquer caso, é prudente que o ajuste final de uma Yagi seja efetuado em campo.
♦ Seja f a freqüência de operação em MHz de uma antena Yagi. São válidas as seguintes
observações/recomendações:
29
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• O espaçamento entre os elementos de uma Yagi devem situar-se na faixa 0.1λ a 0.2λ .
• Para cada elemento diretor acrescentado obtém-se um ganho adicional de aproximadamente 1.2 dB.
• Somente os 3 diretores mais próximos do excitador afetam a impedância de entrada de uma Yagi.
Figura 24: Antena Yagi com 3 elementos. O campo Eθ no ponto p é gerado pelas correntes I r , I e e
I d , as quais são referidas à posição z correspondente ao valor máximo da corrente no respectivo
elemento. A impedância vista nos terminais de cada elemento (para o caso do Diretor e Refletor,
imaginar ambos abertos e com terminais no centro) é determinada pelas correntes i r , i e e i d que
atravessam a seção transversal no centro do respectivo elemento. O array de 3 elementos é
alimentado por um gerador senoidal de freqüência f = ω 2π gerando ondas eletromagnéticas no ponto
p com comprimento de onda λ = c f , c = 3 × 108 m/s .
30
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−1
Z ee Z er Z ed i e v i e Z ee Z er Z ed v
Z
re Z rr Z rd i r = 0 ⇒ i r = Z re
Z rr Z rd 0
(31)
Z de Z dr Z dd i d 0 i d Z de Z dr Z dd 0
Z ee Z er Z ed
sendo Z re Z rr Z rd a matriz10 que define as impedâncias mútuas entre excitador, refletor e
Z de Z dr Z dd
diretor.
Efetuando a inversão da matriz impedância mútua em (31) e simplificando obtemos as correntes nos
dipolos em função da tensão v aplicada ao excitador:
i e Z rr Z dd − Z rd Z dr
i = v Z Z − Z Z
r ∆ rd de re dd
i d Z re Z dr − Z rr Z de (32)
onde ∆ = Z ee Z rr Z dd − Z ee Z rd Z dr − Z re Z er Z dd + Z re Z ed Z dr + Z de Z er Z rd − Z de Z ed Z rr .
• As impedâncias mútuas entre excitador, refletor e diretor podem ser determinadas pelo programa
Zm_EchDip.exe, disponível para download em http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html no link
Antenas - Impedância de Dipolos Simétricos (código fonte C e script MathCad 2000) - Rev.
07/09/2003 - 322Kb (.zip). O programa Zm_EchDip.exe é a forma mais geral do Método da FEM
Induzida estudado no Capítulo IV, permitindo o cálculo da impedância mútua entre dipolos simétricos
paralelos situados em quaisquer coordenadas relativas entre si.
• Devido à maior precisão e devido ao fato de os dipolos da Yagi serem paralelos e situados de
maneira tal que seus centros estão alinhados, utilizaremos o programa Zm_CyPDS.exe, disponível para
download em http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html também no link Antenas - Impedância
de Dipolos Simétricos (código fonte C e script MathCad 2000) - Rev. 07/09/2003 - 322Kb (.zip). O
programa Zm_CyPDS.exe determina a impedância mútua entre dipolos com base no Método da
Perturbação da Antena Bicônica de Schelkunoff , que é mais preciso que o Método da FEM Induzida
porque leva em consideração o diâmetro do condutor cilíndrico utilizado na construção do excitador,
refletor e diretor da Yagi.
• Para determinar a impedância mútua de um dipolo com ele próprio, isto é, para determinar a
impedância própria de um elemento da Yagi utilizaremos o programa Zi_CyDip.exe, disponível para
download em http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html no link Antenas - Impedância de
Dipolos Simétricos (código fonte C e script MathCad 2000) - Rev. 07/09/2003 - 322Kb (.zip).
10
A matriz de impedâncias mútuas entre os elementos de um array genérico sempre é uma matriz de
tamanho K × K , sendo K o número de elementos que compõe o array.
31
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Exemplo 1:
Seja uma antena transmissora Yagi e uma antena receptora Dipolo Simétrico, conforme a Figura 25
abaixo.
Figura 25: Antena transmissora Yagi e antena receptora Dipolo Simétrico, operando em um ambiente
que se aproxima das condições de propagação no espaço livre. Ambas as antenas possuem perdas
ôhmicas e dielétricas desprezíveis e estão contidas no mesmo plano (plano da página), distando entre si
r = 10 Km , sendo α = 30 o . A Yagi opera sob uma ROE de 1: 1 nos terminais de entrada e é
alimentada por um transmissor cuja freqüência é f = 30 MHz e cuja potência de saída é 1 Kw . A
impedância de entrada Z o do receptor conectado ao Dipolo é tal que o mesmo opera sob máxima
transferência de potência. As dimensões geométricas das antenas são: l r = 5.08 m , l e = 4.826 m ,
l d = 4.623 m , s re = 2.40 m , s ed = 1.00 m , l o = 5.00 m e a = 50 mm .
Determine:
c) O valor eficaz (RMS) da tensão v o nos terminais de saída do Dipolo gerado em conseqüência da
irradiação da Yagi.
11
No exemplo em questão os planos E e H são geometricamente gerados pelo movimento da reta
definida pelo raio r no conjunto de direções θ e φ abaixo especificadas:
32
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Solução:
a) f = 30 MHz → λ = c f = 10 m .
Da Equação (32) temos:
v (33)
ie = (Z rr Z dd − Z rd Z dr )
∆
v (34)
i r = (Z rd Z de − Z re Z dd )
∆
v (35)
i d = (Z re Z dr − Z rr Z de )
∆
onde ∆ = Z ee Z rr Z dd − Z ee Z rd Z dr − Z re Z er Z dd + Z re Z ed Z dr + Z de Z er Z rd − Z de Z ed Z rr .
A Tabela 2 a seguir mostra os resultados obtidos com o programa Zm_CyPDS.exe para a determinação
das impedâncias mútuas entre os elementos da Yagi e os resultados obtidos com o programa
Zi_CyDip.exe para a determinação das impedâncias próprias destes elementos.
USE: Zm_CyPDS Length1[m] Length2[m] Radius1[mm] Radius2[mm] Spac[m] Lambda[m]
33
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34
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2P
ie = = 22.408 A
Re{Z e }
Daí, a tensão v nos terminais da Yagi é
v = Z e i e = 89.253 + j 329.225 V
E de (33), (34) e (35):
j∠i e j0 (36)
ie = ie e = 22.408e A
(37)
j∠i r j151.42o
ir = ir e = −3.681 + j 2.005 = 4.192e A
(38)
j∠i d − j166.24o
id = id e = −22.543 − j 5.521 = 23.209e A
Mas os campos gerados por qualquer elemento irradiante são referidos à corrente máxima no elemento.
Daí, para poder determinar o campo distante gerado pelo array de 3 elementos que constitui a Yagi
mostrada nas Figuras 24 e 25 é necessário converter o valor dos módulos de i e , i r e i d no centro dos
dipolos para aquele encontrado na posição z correspondente aos valores máximos de corrente I e max ,
I r max , I d max no respectivo elemento. Usando a Equação (33) do Capítulo IV (vide nota de rodapé 12
πl (40)
I r max = i r sen r = 4.193 A
λ
I d max = i d = 23.209 A (41)
Portanto, com referência à Figura 24 e às equações (36) à (41), as correntes na posição z em que ocorrem
seu valores máximos é dada por
12
A Equação (33) do Capítulo IV é
I ( zi ) λ
πL , L ≥ 2
I 0 = sen λ
λ
I ( zi ) ,L ≤
2
35
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j∠i e j0 (42)
I e = I e max e = 22.408e A
(43)
j∠i r j151.42 o
I r = I r max e = 4.193e A
(44)
j∠i d − j166.24 o
I d = I d max e = 23.209e A
O campo Eθ de um array de K dipolos de tamanho L , sendo o k-ésimo dipolo percorrido por uma
e situado nas coordenadas ( x k , y k , z k ) do espaço ℜ , k = 0,1,L K − 1 , é
j∠I k 3
corrente I k = I k e
dado pela Equação (14), abaixo re-escrita por comodidade:
L πL
2π cos π cos θ − cos 2π π
K −1 j ( xk sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ ) λ λ 60 j ωt − λ r + 2 V
Eθ = ∑ I k e λ
e m
k =0 sen θ r
(14)
Mas os elementos do array que formam uma Yagi possuem tamanhos L distintos, de modo que para
(14) ser válida no exemplo em questão esta deve ser generalizada para
Lk πL
2π cos π cos θ − cos k 2π π
λ λ
K −1 ( xk sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
j
Eθ = ∑ I k e λ 60 e j ωt − λ r + 2 V
m
sen θ r
k =0
(45)
Lk πL
2π cos π cos θ − cos k
λ λ
K −1 ( xk sen θ cos φ + y k sen θ sen φ + z k cos θ )
j
Eθ = ∑ I k e λ 60 V
sen θ r m
k =0
(46)
Excitador: ( x 0 , y 0 , z 0 ) = (0,0,0 )
Refletor: ( x1 , y1 , z1 ) = (− s re ,0,0 )
Diretor: ( x 2 , y 2 , z 2 ) = (s ed ,0,0 )
Para este array de K = 3 dipolos nestas coordenadas a Equação (46) simplifica-se para:
36
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Lk πL
2π cos π cos θ − cos k (47)
( xk sen θ cos φ ) λ λ 60 V
2 j
Eθ = ∑ I k e λ
sen θ r m
k =0
le πl e
cos λ π cos θ − cos λ
j0 +
I ee sen θ
lr πl
cos π cos θ − cos r
60 − j λ ( sre sen θ cos φ ) λ + V
2π
Eθ = λ
Ire
r sen θ m
(48)
ld πl
2π cos π cos θ − cos d
j
I d e λ ed
( s sen θ cos φ ) λ λ
sen θ
De (48), com r = 10 × 10 m ,
3
θ = 90 o − α = 60 o , φ = 0 obtém –se Eθ = 0.064 V/m .
3
Daí, o módulo do Vetor de Poynting a r = 10 × 10 m da Yagi e na direção do Dipolo Simétrico
2
Eθ
2
receptor resulta em S =
= 5.354 × 10 −6 W/m 2 .
120π [Ω]
c) A tensão v o nos terminais de saída de uma antena receptora é função de sua Abertura Efetiva. Vimos
no Capítulo V que a Abertura Efetiva de um Dipolo de Meia Onda é ARX(max) = 0.130λ .
2
13
A Equação (67) do Capítulo III é
ARX(max) =
V2
4SRr
[m ]2
37
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Portanto Rin = 76.9 Ω . É necessário agora converter a Resistência de Entrada Rin para a Resistência
de Radiação Rr , utilizando para tanto a Equação (35) do Capítulo IV com l = l o = 5.00 m ,
λ = 10 m e Rin = 76.9 Ω :
πl (50)
Rr = Rin sen 2 = 76.9 Ω
λ
Substituindo S = 5.354 × 10 −6 W/m 2 , Rr = 76.9 Ω e λ = 10 m em (49) obtemos
V = 2λ 0.130 SRr = 0.146 Vrms à circuito aberto nos terminais do dipolo da Figura 25.
Mas como a impedância de entrada Z o do receptor conectado ao Dipolo é tal que o mesmo opera sob
*
máxima transferência de potência, então Z o = Z in e, em conseqüência, a tensão v o nos terminais de
saída do Dipolo é v o = V 2 = 0.073 Vrms .
3
d) Os contornos do Eθ a uma distância r = 10 × 10 m são obtidos de (48) e são mostrados nas
Figuras 26 e 27:
38
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V 3
Figura 26: Contorno Eθ em no plano E a uma distância r = 10 × 10 m da Yagi.
m
39
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V 3
Figura 27: Contorno Eθ em no plano H a uma distância r = 10 × 10 m da Yagi.
m
e) A relação frente-costas é obtida de (48) como a razão entre Eθ obtido em um ponto situado em
(r ,θ = 90°, φ = 0°) e Eθ obtido em um ponto situado em (r ,θ = 90°, φ = 180°) , sendo r uma
distância que localiza ambos os pontos na região de Campo Distante.
3
Especificamente, para r = 10 × 10 m (campo distante), obtemos
40
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A impedância de entrada de uma Yagi é, em geral, muito diferente de Z 0 = 50Ω 14 para que seja obtida
uma ROE menor que 1.3:1. Em função disto, é comum utilizar um acoplador entre a Yagi e o cabo
coaxial, acoplador que é denominado Gamma Match.
A sistemática de projeto de um Gamma Match encontra-se disponível para download em
http://diana.ee.pucrs.br/~decastro/download.html no link Antenas - Acoplamento ao cabo coaxial
utlizando Gamma Match (script MathCad 7) - Rev. 28/05/2002 - 20Kb (.zip).
Um dos exemplos resolvidos neste script é o projeto do Gamma Match que acopla um cabo coaxial de
Z 0 = 50Ω à Yagi-Uda analisada no Exemplo 1 deste Capítulo. A Figura 28 a seguir mostra o Gamma
Match resultante.
Figura 28: Gamma Match instalado no elemento excitador da antena Yagi-Uda do Exemplo 1.
14
Por exemplo, Z e = 3.98 + j14.6 Ω na Yagi do Exemplo 1, valor que é bastante diferente de
Z 0 = 50 + j 0Ω .
41
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Capítulo VI
Antenas Refletoras
1 Introdução
A presença de uma superfície perfeitamente condutora nas vizinhanças de um irradiador age como um
refletor para a onda eletromagnética irradiada, alterando radicalmente seu diagrama de irradiação.
⇒ Um irradiador + refletor pode ser interpretado como se a superfície condutora do refletor gerasse
um irradiador virtual (irradiador imagem) com correntes simétricas à do irradiador principal, sendo
ambos igualmente distanciados da superfície refletora (porque esta interpretação também satisfaz a
condição Etangencial = 0 na fronteira ar-refletor)
⇒ Daí, basta tratar o(s) irradiador(es) e sua(s) imagem(s) sob o conceito de array, conceito já
estudado no Capítulo V. A Figura 1 mostra antenas refletoras comuns.
Figura 1: Antenas refletoras comuns. (a) Antena linear com refletor de área infinita. (b) Antena linear
com refletor de área finita. (c) Antena linear com refletor degenerado em um elemento linear fino. (d)
Refletor de canto com elemento excitado (ativo). (e) Refletor de canto passivo (sem elemento excitado).
(f) Refletor parabólico e elemento excitado.
1
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• Um refletor plano pode ser considerado de área infinita quando suas dimensões lineares são maiores
do que 40 s onde s é a distância do irradiador ao plano refletor (ver Figura 1(a) ).
• Consideremos a Figura 1 (a), e admitamos que o irradiador principal (em vermelho) é um dipolo de
tamanho L = λ 2 alimentado por uma corrente I1 .
⇒ Em conseqüência, o irradiador imagem (em azul) será um dipolo de tamanho L alimentado por
uma corrente I 2 = − I1 = I1e jπ .
2
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L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π (1)
E1θ = I max e j (βs sen θ cos φ )
e
2
sen θ r
L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π (2)
E 2θ = I max e j (π − βs sen θ cos φ )
e
2
sen θ r
onde β = 2π λ .
( )
Eθ = E1θ + E 2θ = I max e j (βs sen θ cos φ ) + e j (π − βs sen θ cos φ ) K
(3)
onde
L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
K = 2 (3a)
e
sen θ r
3
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4
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• Se a mesma potência P é aplicada ao dipolo excitador de meia-onda, mas com o refletor removido,
temos que:
2 2 2 2
I I I I 2P
P = max Re{Z i } = max Re{Z i } = max Ri = max ⋅ 73Ω → I max = (7)
2 2 2 2 73
2P
Eθ′ = I max K = K
73 (8)
⇒ Portanto a razão entre o campo E θ dado por (6) e gerado em p(r , θ , φ ) pelo array e o campo
Eθ′ dado por (8) e gerado em p(r ,θ = 90°, φ ) pelo dipolo excitador de meia-onda sem o refletor
define o ganho G do refletor:
2P
73 − Rm
[ ]
e j (βs sen θ cos φ ) + e j (π − βs sen θ cos φ ) K
Eθ (9)
G= = =
Eθ′ 2P
K
73
=
73
(73 − Rm )
[e (
j βs sen θ cos φ )
]
+ e j (π − βs sen θ cos φ ) =
73
(73 − Rm )
[e (
j βs sen θ cos φ )
]
− e − j (− βs sen θ cos φ ) =
= 2j
73 (
e j (βs sen θ cos φ ) − e − j (− βs sen θ cos φ ) ) 73
sen (βs sen θ cos φ )
=2
(73 − Rm ) 2j (73 − Rm )
⇒ Se o dipolo de meia onda excitador A1 possui perdas não desprezíveis (perdas ôhmicas nos
condutores aumentadas ou não pelo efeito pelicular e/ou perdas dielétricas nos isoladores), a impedância
entrada Z i = Ri + jX i própria do dipolo A1 deve incluir uma resistência de perdas R p adicionada à
resistência de radiação de 73Ω . Nesta situação, (9) é re-escrita na forma:
73 + R p
G=2 sen (βs sen θ cos φ )
(73 + R p − Rm )
(10)
5
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⇒ Com base na Equação (10), a Figura 5 a seguir mostra o ganho G na direção de maior irradiação
( θ = 90° e φ = 0! ) de um dipolo de tamanho L = λ 2 em função da distância s ao plano refletor e
em função da resistência de perdas R p . Para a determinação de Rm para cada valor de s foi utilizada a
Equação (36) do Capítulo IV com d = 2 s .
Figura 5: Ganho G sobre o dipolo de meia onda no espaço livre na direção de maior irradiação
( θ = 90° e φ = 0! ) de um dipolo de meia onda com refletor infinito em função da distância s ao
plano refletor e em função da resistência de perdas R p .
⇒ Observe na Figura 5 que para s = 0.5λ e s = 1.0λ o ganho é nulo na direção θ = 90° e
φ = 0 . Isto ocorre porque para estes valores de s o campo elétrico da imagem incide sobre o excitador
!
com uma fase e amplitude tal que anula o campo elétrico resultante nesta direção.
6
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Figura 6: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo φ
de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = λ 16 e R p = 0 .
7
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Figura 7: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo φ
de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = λ 8 e Rp = 0 .
8
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Figura 8: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo φ
de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = λ 4 e Rp = 0 .
9
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Figura 9: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo φ
de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = λ 2 e Rp = 0 .
10
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Figura 10: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo
φ de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = λ e R p = 0 .
11
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Figura 11: Ganho G para θ = 90° sobre o dipolo de meia onda no espaço livre em função do ângulo
φ de um dipolo de meia onda com refletor infinito para s = 2λ e R p = 0 .
3 Refletores de Canto
• Um Refletor de Canto consiste em dois planos condutores que se interceptam formando um ângulo
α , conforme mostra a Figura 12.
12
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Figura 13: Array formado pelo excitador A1 + imagens p/ um Refletor de Canto c/ α = 90! . Todas as
são de valor igual a I max . As fases δ k são tais que δ 1 = δ 4 = 0 e
!
amplitudes I k max
δ 2 = δ 3 = 180! . Com estas considerações garante-se que a condição Etangencial = 0 seja satisfeita na
fronteira ar-refletor.
• O campo total E
4
Eθ = E1θ + E 2θ + E 4θ + E 3θ =
( )
= I max e j (βs sen θ cos φ ) − e j (βs sen θ sen φ ) + e − j (βs sen θ cos φ ) − e − j (βs sen θ sen φ ) K (11)
onde
13
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L πL
cos λ π cos θ − cos λ 60 j ωt − βr + π
K =
e
2 (12)
sen θ r
• De (11) temos:
( )
Eθ = KI max e j (βs sen θ cos φ ) − e j (βs sen θ sen φ ) + e − j (βs sen θ cos φ ) − e − j (βs sen θ sen φ ) =
e j (βs sen θ cos φ ) + e − j (βs sen θ cos φ ) e j (βs sen θ sen φ ) + e − j (βs sen θ sen φ ) (13)
= 2 KI max − =
2 2
= 2 KI max ( cos (βs sen θ cos φ ) − cos (βs sen θ sen φ ))
• Se a mesma potência P é aplicada ao dipolo excitador de meia-onda, mas com o refletor de canto
removido, temos que:
14
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2 2 2
I I I
P = max Re{Z i } = max Re{Z i } = max Ri =
2 2 2
I max
2
2P (17)
= ⋅ 73Ω → I max =
2 73
2P
Eθ′ = I max K = K
73 (18)
⇒ Portanto a razão entre o campo E θ dado por (16) e gerado em p(r , θ , φ ) pelo array e o campo
Eθ′ dado por (18) e gerado em p(r ,θ = 90°, φ ) pelo dipolo excitador de meia-onda sem o refletor
define o ganho G do refletor de canto:
2P
2K ( cos(βs sen θ cos φ ) − cos(βs sen θ sen φ ))
Eθ (73 + R14 − 2 R12 )
G= =
Eθ′ 2P (19)
K
73
ou
2P
( cos(βs sen θ cos φ ) − cos(βs sen θ sen φ ))
(73 + R14 − 2 R12 )
G =2 =
2P
73
2P
( cos(βs sen θ cos φ ) − cos(βs sen θ sen φ ))
(73 + R14 − 2 R12 )
=2 = (20)
2P
73
73
=2 ( cos(βs sen θ cos φ ) − cos(βs sen θ sen φ ))
(73 + R14 − 2 R12 )
⇒ Se o dipolo de meia onda excitador A1 possui perdas não desprezíveis, a impedância entrada
Z i = Ri + jX i própria do dipolo A1 deve incluir uma resistência de perdas R p adicionada à
resistência de radiação de 73Ω . Nesta situação, (20) é re-escrita na forma:
15
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73 + R p
G =2 ( cos(βs sen θ cos φ ) − cos(βs sen θ sen φ ))
(73 + R p + R14 − 2 R12 ) (21)
⇒ Com base na Equação (21), a Figura 14 a seguir mostra o ganho G na direção de maior irradiação
( θ = 90° e φ = 0! ) de um dipolo de tamanho L = λ 2 em função da distância s ao vértice do
refletor de canto e em função da resistência de perdas R p . R14 é obtido da Equação (36) do Capítulo IV
Figura 14: Ganho G sobre o dipolo de meia onda no espaço livre na direção de maior irradiação
( θ = 90° e φ = 0! ) de um dipolo de meia onda com refletor de canto infinito em função da distância s
ao vértice do refletor e em função da resistência de perdas R p .
⇒ As Figuras 15 a 17 a seguir mostram o ganho G (com relação ao dipolo de meia onda no espaço
livre) para θ = 90° em função do ângulo φ . Cada figura mostra G (θ = 90°, φ ) para diversas
distâncias s entre excitador e vértice do refletor de canto.
16
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Figura 15: Ganho G (θ = 90°, φ ) de um dipolo de meia onda com refletor de canto infinito para
s = 0.5λ e R p = 0 .
17
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Figura 16: Ganho G (θ = 90°, φ ) de um dipolo de meia onda com refletor de canto infinito para
s = 1 .0 λ e R p = 0 .
18
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Figura 17: Ganho G (θ = 90°, φ ) de um dipolo de meia onda com refletor de canto infinito para
s = 1.5λ e R p = 0 .
⇒ A análise feita na seção anterior para Refletores de Canto Infinitos provê uma boa aproximação
para as características do diagrama de ganho de refletores de canto reais com lados finitos desde que os
lados finitos não sejam pequenos demais.
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⇒ Se desprezarmos a difração nas bordas, podemos encontrar um valor finito apropriado para o
comprimento dos lados. Uma zona essencial do refletor de canto é aquela próxima do ponto no qual a
onda irradiada pelo excitador é refletida paralela ao eixo. Este ponto é denominado Ponto A na Figura
18 a seguir:
Figura 18: Ponto A , situado a uma distância 1.41s do vértice C. O Ponto A é o ponto no qual a onda
irradiada pelo excitador é refletida paralela ao eixo
⇒ Estas ondas que são perdidas devido ao refletor não ser infinito, são ondas que fazem um ângulo φ
relativamente grande em relação ao eixo da antena. Portanto, a ausência de superfície refletora após o
ponto B pouco altera o lobo principal do diagrama de irradiação, o qual alinha-se com o eixo.
⇒ O efeito sobre a impedância de entrada destas ondas perdidas também é pouco significativo, visto
que a maior parte de potência se concentra no lobo principal.
⇒ O efeito mais notável com os lados finitos é que o diagrama medido na prática é algo mais largo do
que aquele que calculado para os lados infinitos. Com os lados finitos, os nulos que delimitam o feixe não
ocorrem a um ângulo φ = 45! , mas a um ângulo maior. Se isto não for obstáculo, um comprimento
L = 2 s é um valor mínimo prático para o tamanho do refletor.
⇒ Para reduzir a resistência aerodinâmica ao vento, é comum substituir a chapa condutora por uma
grade de fios ou condutores paralelos, como pode ser visto na Figura 19 a seguir.
20
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Figura 19: A chapa condutora do refletor é substituída por uma grade de fios ou condutores paralelos
para diminuir a resistência aerodinâmica da antena. Usualmente, G ≤ 0.1λ e H ≥ 0.6λ . Se H ≤ 0.3λ
a radiação para trás da antena é tão grande como para a frente (o refletor vira um elemento diretor).
4 Antenas Parabólicas
Figura 20: Disco parabólico refletindo a irradiação eletromagnética de um irradiador isotrópico puntual
localizado no foco F .
21
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⇒ O objetivo de um refletor parabólico é fazer com que as distâncias desde a fonte até a frente da
onda plana via trajetórias 1 e 2 na Figura 20(a) sejam iguais, de modo que a fase das frentes de ondas
sejam iguais, e, assim, somem-se construtivamente. Em termos geométricos esta situação é expressa por :
ou
2L (23)
R=
(1 + cosθ )
que é a equação de uma parábola com foco em F.
⇒ A partir da Figura 20(b), a curva parabólica pode ser definida como se segue: A distância PF de
qualquer ponto P sobre a curva parabólica até um ponto fixo F , denominado foco, é igual à distância
PQ perpendicular a uma linha fixa denominada diretriz.
⇒ A “imagem” do foco é a diretriz e o campo refletido ao longo da linha AA’ aparece como uma
onda plana que se origina na diretriz.
⇒ O plano BB’ no qual o refletor é cortado é chamado de plano de abertura e define o diâmetro D
do refletor parabólico.
⇒ Generalizando, um parabolóide de revolução converte uma onda esférica de uma fonte isotrópica
no foco numa onda plana uniforme no plano de abertura, conforme mostra a Figura 21:
Figura 21: Refletor parabólico obtido a partir de um parabolóide de revolução (prato parabólico –
parabolic dish ).
22
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⇒ No entanto, se a distância L for tal que L = n4λ com n = 1,3,5, " a radiação direta na direção
axial partindo da fonte estará na mesma fase e tenderá reforçar a região central da onda refletida.
⇒ Os inconvenientes da radiação direta da fonte (diagrama primário) podem ser eliminados por meio
de uma fonte direcional - a antena primária (primary feeder):
Figura 22: Diagramas direcionais obtidos com vários tipos de antenas primárias. (a) dipolo de λ/2 com
refletor (b) Antena corneta (horn) (c) Corneta deslocada para evitar mismatching (ROE maior que 1.3:1).
⇒ A presença de uma antena primária na trajetória da onda refletida (Figura22 (a) e (b) ) tem duas
desvantagens:
• Ondas refletidas na parábola que reincidem sobre a antena primária causam mismatching de
impedância na antena primária devido à onda estacionária que se estabelece entre a parábola e a
antena primária. Uma possível solução é utilizar uma antena primária helicoidal com polarização
circular: a onda que reincide na antena primária originada da reflexão na parábola terá polarização
circular contrária à original, não interagindo com a hélice.
• A antena primária age como uma obstrução, bloqueando a região central da abertura.
⇒ Para evitar estes problemas, a antena primária é deslocada (offset dish), conforme mostram as
Figura 22(c) e 23 . Obviamente, nesta situação, a área de abertura do parabolóide não é totalmente
utilizada.
23
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Figura 23: Offset Dish com lobo principal apontando para um satélite geoestacionário. Note que o eixo
geométrico da parábola não aponta para o satélite.
onde E0 = Eθ θ =0!
e Eθ é a intensidade do campo elétrico da onda que emerge da superfície
parabólica propagando-se paralelamente ao eixo e partindo de um ponto na superfície refletora situado
sobre um círculo de raio ρ = R sen θ centrado no eixo, conforme mostrado na Figura 24:
1
Vide J.D. Kraus, Antennas, McGraw Hill, 1950.
24
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πDf 2
GdBi = 10 log η (25)
c
onde c = 3 × 108 m / s e η = 0.55 é a eficiência da grande maioria das antenas parabólicas práticas.
Exemplo 1: Um refletor parabólico com 10m de diâmetro opera na freqüência de 1 GHz . Determine
seu ganho em relação a um irradiador isotrópico.
Solução:
⇒ A Figura 25 a seguir mostra a razão f D que deve ser adotada na construção do refletor
parabólico em função do padrão de iluminação gerado pelo feeder primário para que obtenha-se um
taper resultante de 10 dB . A razão f D é a razão entre a distância focal f (distância de F ao vértice
na Figura 20(b) ) e o diâmetro D do refletor.
2
Vide Balanis, Antenna Theory, 2nd ed., John Wiley & Sons, 1997.
3
taper: efeito da redução da densidade de potência eletromagnética (Vetor de Poynting) nas bordas do
refletor parabólico com relação ao seu eixo devido a potência variar de modo inverso com o quadrado da
distância do foco.
4
spillover: transbordamento de potência para fora da abertura do refletor na tentativa de reduzir o taper
através do modelamento do diagrama de irradiação do feeder primário visando aumentar o módulo do
Vetor de Poynting nas bordas.
25
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Figura 25: Padrões de iluminação para um taper resultante de 10 dB em função da razão f D . Uma
vez definido o feeder primário (dipolo, horn, hélice, etc...) compara-se o diagrama de irradiação do
irradiador primário com os padrões de iluminação mostrados. Aquele padrão de iluminação que mais se
assemelhar com o diagrama de irradiação do feeder primárioo escolhido define a razão f D que deve ser
utilizada na construção do disco parabólico.
⇒ Em geral projeta-se uma antena parabólica a partir do ganho desejado. Uma primeira idéia das
dimensões geométricas do refletor parabólico a ser projetado pode ser obtida através do seguinte
procedimento:
26
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Capítulo VII
Outros Tipos de Antenas
1 Introdução
Sem pretender esgotar o assunto, o Capítulo VII descreve as principais características e o princípio de
funcionamento de outros tipos de antenas não analisadas em capítulos anteriores, mas que, todavia, são
encontradas na prática de antenas.
Dado o não pequeno número de variantes específicas, apenas alguns tipos mais comuns e clássicos serão
aqui apresentados. Seria inviável descrever mesmo que brevemente, dentro dos objetivos a que se propõe
este estudo como um todo, a operação de todas aqueles tipos específicos de antenas que mereceriam uma
análise mais aprofundada.
Os autores reconhecem que o termo "mereceriam" aqui empregado é algo subjetivo. Aliás, o leitor pode
ter certeza que existe, por parte dos autores, uma componente de respeito histórico na caracterização deste
termo quanto a algumas antenas do rol de antenas que citamos a seguir. Dentre as antenas que
mereceriam atenção citamos a antena bicônica, a discone, o dipolo sleeve, as antenas long wire (V,
rômbica e Beverage), antenas do tipo loop, antenas dielétricas (polyrods), lentes dielétricas, lentes de
placas metálicas, antenas microstrip, antenas fractais, refletores parabólicos Cassegrain1, refletores
parabólicos Gregorianos2 e antenas slot.
No entanto, a grande maioria das antenas que infelizmente não serão abordadas neste estudo pode ser
analisada sob o ponto de vista da técnica de arrays vista no Capítulo V em combinação com o conceito de
imagem elétrica visto no Capítulo VI e/ou em combinação com o conceito de Guias de Ondas e Linhas de
Transmissão3. Desta maneira, com algum trabalho adicional de inferência, o leitor poderá ter uma idéia
do funcionamento de qualquer antena encontrada na prática.
Passamos, então, a descrever as principais características e o princípio de funcionamento de alguns tipos
clássicos de antenas não analisadas em capítulos anteriores.
1
O refletor parabólico Cassegrain clássico é caracterizado por ter seu feeder primário localizado no
vértice do disco irradiando na direção do eixo da parábola. Em sua frente é colocado um sub-refletor de
curvatura hiperbólica convexa, de modo a re-irradiar a energia na direção do refletor parabólico principal.
Este arranjo construtivo minimiza o mismatching sobre o feeder primário (ROE) e maximiza a
banda-passante da antena.
2
O refletor parabólico Gregoriano é similar ao Cassegrain, com a diferença de que o sub-refletor
apresenta curvatura elíptica côncava. Para uma mesma banda-passante e mesmo diâmetro D do refletor
principal, um refletor Gregoriano apresenta a vantagem de requerer uma menor distância focal no refletor
principal do que para o refletor Cassegrain. Uma menor distância focal reduz as dimensões do refletor
como um todo.
3
Guias de Ondas e Linhas de Transmissão já foram estudadas na disciplina Ondas e Linhas.
1
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2 A Antena Hélice
• Uma antena hélice, ou antena helicoidal, é constituída por uma hélice condutora (uma “mola”) e de um
plano refletor (ground plane − plano de terra4), conforme mostra a Figura 1:
4
Um plano de terra é qualquer estrutura condutora que objetive emular um plano refletor infinito para
efeito de operação de uma antena. Por exemplo, em VHF a resistividade do solo é muito alta para que se
possa obter uma baixa resistência de aterramento necessária ao bom funcionamento de um monopolo
vertical aterrado (alinhado com o eixo z ) de tamanho λ 4 . A solução é utilizar um plano de terra
λ 4 a um ângulo de θ = 105° com o
construído com 4 ou mais radiais condutoras de tamanho
monopolo e com espaçamento angular idêntico em torno do mesmo. O ângulo θ = 105° faz a
105
θ =π
180
∫ sen θdθ
3
θ =0
resistência de entrada do monopolo vertical resultar em 73Ω θ =π
≈ 50Ω (ver Seção 4.5.2
∫ sen θdθ
3
θ =0
do Capítulo II) o que permite a alimentação por um cabo coaxial de impedância característica 50Ω .
2
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• O gerador de tensão senoidal que alimenta a antena impõe uma perturbação senoidalmente variante
no tempo à corrente na hélice, a qual percorre a hélice no sentido plano de terra → extremidade
posterior da hélice.
5
Um dipolo de meia onda, estudado no Capítulo IV, não opera em ROP mas sim em Regime de Ondas
Estacionárias. Esta caracterização decorre do fato de a corrente refletir-se nas extremidades do dipolo
gerando uma onda estacionária com primeiros nulos em cada um dos extremos.
3
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• A medida que a corrente variante no tempo percorre a hélice, energia eletromagnética é irradiada. A
cada espira de tamanho L = λ que é percorrida pela corrente, uma certa quantidade de energia
eletromagnética é fornecida ao meio de propagação no qual a hélice encontra-se.
⇒ Uma vez que uma perturbação na corrente precisa percorrer cada espira para avançar
longitudinalmente ao longo do eixo da hélice, então a onda eletromagnética resultante desta perturbação
que se propaga na direção axial apresenta uma velocidade de fase6 v menor que a velocidade c de
propagação da luz7. Por isto , antenas helicoidais são também enquadradas na classe de antenas de ondas
lentas.
6
A velocidade de fase de uma onda é a velocidade com que uma frente de onda da onda em questão se
propaga no espaço ℜ3 .
7
Uma analogia mecânica aproximada pode ser estabelecida se imaginarmos o movimento de um ponto
p situado na rosca de um parafuso de raio r girando alinhado com o eixo z a uma velocidade angular
ω = dθ dt [rad s] constante. O ponto p move-se circularmente com uma velocidade linear
v = rω [m s ] no plano perpendicular ao eixo z , mas sua velocidade axial na direção do eixo z é
muito menor que v .
8
Uma banda passante de 1.7:1 é bem maior que a de um dipolo de meia onda e muito maior que a de uma
Yagi.
4
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Figura 3: Padrão de irradiação do campo elétricoE para uma hélice com n = 6 espiras e α = 14$ em
função da freqüência de operação f . Linhas sólidas: Componente horizontal de E . Linhas tracejadas:
Componente vertical de E . Observe que entre 290 < f < 500 MHz o padrão de irradiação do campo
permanece praticamente inalterado.
Figura 4: ROE para uma hélice com n = 6 espiras e α = 14$ em função da freqüência de operação f .
• A Figura 5 mostra uma hélice no modo axial ( L = λ ) e suas duas primeiras espiras (púrpura e azul).
É mostrado como cada elemento de corrente ao longo da hélice pode ser interpretado por um dipolo
infinitesimal (em vermelho).
5
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Figura 5: Hélice no modo axial com L = λ interpretada como um array de dipolos infinitesimais (em
vermelho) dispostos ao longo de cada espira.
Uma antena hélice apresenta polarização circular no modo axial. A justificativa para este comportamento
é como segue:
(I) Na Figura 5, a distância percorrida por uma perturbação na corrente ao longo de uma espira na
hélice é L = λ . Por exemplo, a distância percorrida de A até B por uma perturbação na corrente
ao longo da espira azul na hélice da Figura 5 é L = λ .
(II) Logo, de (I), a diferença de fase entre as correntes dos dipolos infinitesimais nos pontos A e B é
360° .
(III) Da Figura 5, a direção do vetor que define o sentido de cada elemento de corrente na hélice varia
360° (um círculo completo) no espaço ℜ a cada trajeto percorrido de tamanho L = λ ao longo
3
de uma espira. Por exemplo, os dipolos infinitesimais nos pontos A e B apresentam mesma
orientação no espaço ℜ .
3
(IV) De (II) e da Figura 5 infere-se que dipolos infinitesimais (elementos de corrente) distantes entre si
de λ 4 ao longo da hélice possuem correntes defasadas de 90° elétricos, como é o caso dos
dipolos situados nos pontos B e C .
(V) De (III) e da Figura 5, uma vez que os dipolos infinitesimais alinham-se com a direção dos
elementos de corrente na hélice, então dipolos infinitesimais distantes entre si de λ 4 na hélice
apresentam polarizações lineares e ortogonais entre si.
(VI) Portanto, uma hélice no modo axial é um array de pares de dipolos infinitesimais com polarização
ortogonal entre cada dipolo do par e com correntes de excitação de cada dipolo defasadas de 90°
elétricos.
(VII) Cada par de dipolos infinitesimais com polarizações ortogonais e correntes defasadas de 90°
elétricos gera um vetor campo elétrico cujas componentes em quadratura variam no tempo de
acordo com cos(ωt ) e cos(ωt − 90°) = sen (ωt ) .
(VIII) Portanto, o vetor campo elétrico resultante de cada par de dipolos gira em um plano
perpendicular ao eixo da Hélice e esta condição define a polarização circular (ver Capítulo III).
O campo elétrico em um ponto p na região de Campo Distante é a soma das contribuições de cada
par de dipolos do array.
6
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⇒ As a recomendações gerais para o projeto de uma antena helicoidal no modo axial são:
Tabela 1: Parâmetros de Projeto (vide Figura 1)
D = 0.32λ
S = 0.22λ
G ≥ 0.8λ
d ≈ 0.02λ
g = S 2 = 0.12λ
⇒ O ângulo de meia potência resultante do array definido por uma hélice no modo axial é dado por:
52 $
HPBW = (1)
πD nS
λ λ
⇒ O ângulo δ 0 entre os primeiros nulos é dado por δ 0 = 2.21 × HPBW .
• Vimos que a não-dependência da freqüência de uma das dimensões geométricas (dimensão angular) da
antena helicoidal faz com que a banda-passante com relação à diretividade, ganho e ROE (impedância de
entrada) se mantenha constante sobre uma faixa de freqüência de quase uma oitava.
⇒ Uma antena definida apenas em termos de dimensões angulares é aquela que, se aplicado um fator
de escala à forma geométrica de sua estrutura condutora, esta é transformada em uma estrutura igual à
original10.
9
V. H. Rumsey, Frequency Independent Antennas, 1957 IRE National Convention Record, pt.1, pp.
114-118.
10
Mais recentemente, este postulado conduziu ao conceito de Antenas Fractais.
7
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⇒ Uma antena assim definida satisfaz a condição angular , isto é, assim como um ângulo é definido
por duas retas que se interceptam independentemente do tamanho das retas, de mesma forma a antena
mantém a continuidade e proporcionalidade de suas formas geométricas que influenciam no processo de
irradiação, independentemente de seu tamanho.
Figura 6: Dipolo equiangular: O ângulo ψ entre o raio vetor e a espiral é uma constante.
11
Na prática, vários comprimentos de onda aproximam o tamanho infinito, muito embora, não ocorra o
Regime de Ondas Progressivas porque, neste caso, o campo se atenua apenas com o inverso da distância
do vértice.
12
R.H. DuHamel e D.E. Isbell, Broadband Logarithmically Periodic Antenna Structures, 1957 IRE
National Convention Record, pt.1, pp. 119-128.
8
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Figura 7: (a) Características de uma antena log-periódica. A antena é formada por uma chapa plana de
metal contida no plano da página. Cada metade da estrutura metálica forma um dos braços do dipolo.
Cada braço é constituído por uma seção triangular de suporte com recortes formando “dentes”. Note que
as dimensões Rn e rn = τ Rn obedecem a lei de formação log-periódica com período ln τ , sendo
τ = (Rn+1 Rn ) uma constante. Note também que a distância entre as extremidades externas de cada par
(disjunto) de dentes bem como a estrutura triangular de suporte são definidas apenas por ângulos
(obedecendo o postulado de Rumsey). O ângulo α delimita as extremidades dos "dentes" e o ângulo
β delimita a estrutura central de suporte. (b) Comportamento log-periódico das dimensões em função de
ln r . (c) Comportamento log-periódico da impedância de entrada (que é uma das propriedades
eletromagnéticas) em função de ln f .
9
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• Suponhamos que seja conhecida a relação analítica Γ(r,θ ,φ ) = 0 que define os pontos que formam
as linhas do contorno geométrico da estrutura metálica na Figura 7(a), sendo a origem do sistema de
coordenadas (r ,θ , φ ) localizada onde situa-se o gerador senoidal.
⇒ Façamos φ = 0° 13
Γ(r ,θ , φ ) = 0 , isto é, Γ(r ,θ ,0 ) = 0 de modo que possamos isolar θ e
em
expressá-lo em função de r . Se plotarmos θ × ln(r ) então o gráfico resultante apresenta período
ln (1 τ ) , caracterizando o comportamento log-periódico das dimensões, conforme mostra a Figura 7(b).
⇒ Supondo que a antena da Figura 7(a) se estenda ao infinito, e mantenha as proporções geométricas
até dimensões infinitesimais no ponto alimentado pelo gerador senoidal, então a estrutura metálica
torna-se eletromagneticamente equivalente a si mesma toda vez que o gerador senoidal altera sua
freqüência f de f = f 0 para f = τf 0 , τ > 1 .
⇒ Portanto, uma vez que o comprimento de onda λ também foi alterado de pelo mesmo fator τ (no
τ ), então o padrão de irradiação e a impedância de entrada Z IN (ROE) têm que ser os
caso, dividido por
mesmos para f = f 0 e f = τf 0 , conforme mostra a Figura 7(c).
⇒ Devido à assimetria nos tamanhos dos braços do dipolo da Figura 7(a), assimetria que é
conseqüência da lei de formação rn = τ Rn para a posição dos "dentes" no braço inferior, o período
da impedância na Figura 7(c) resulta (1 2 )ln (1 τ ) ao invés de ln (1 τ ) . Observe, no entanto, que se
τ ≈ 1.0 então rn ≈ Rn .
⇒ O padrão de irradiação da antena da Figura 7(a) é bidirecional, isto é, o feixe se propaga com
mesma distribuição de intensidade para dentro e para fora do plano da página. A polarização é horizontal.
O período do padrão de irradiação é ln (1 τ ) .
⇒ Mesmo quando a antena da Figura 7(a) não se estende ao infinito, todas as observações acima
continuam válidas. Isto ocorre porque observou-se experimentalmente que a distribuição de corrente
atinge um máximo na região onde encontra-se um dente de tamanho relativo λ 4 , caindo rapidamente a
medida que a distância deste máximo aumenta.
13
A atribuição φ = 0° decore do fato de a chapa metálica encontrar-se no plano da página.
10
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Figura 8: Vários tipos de estruturas log-periódicas. Para todas as estruturas mostradas o ângulo α
define as extremidades dos dentes e o ângulo β define a estrutura central de suporte. Todas as estruturas
apresentam padrão de irradiação e impedância de entrada semelhantes. A radiação é originada por
correntes fluindo nas vizinhanças do dente de tamanho relativo λ 4 . Em conseqüência, a polarização é
transversal à linha central de cada braço do dipolo. Em (a), a direção de maior irradiação é o eixo Y. Em
(b) a direção de maior irradiação é no sentido da seta formada pelo vértice.
Figura 9: Antena log-periódica formada por um array de dipolos. Note que esta antena é derivada da
Figura 7(a) fazendo-se a largura da extremidade de cada dente e o ângulo β tender para zero e
simultaneamente fechando um braço do dipolo sobre o outro. A disjunção de fase entre cada dente é
obtida pela transposição do alimentador de cada dipolo.
11
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Figura 10: Antena log-periódica formada por um array de dois elementos, cada um deles formado pelo
array de dipolos da Figura 9. A direção de maior irradiação é no sentido da seta formada pelo vértice. φ
é a direção a um ponto p na região de Campo Distante.
s n +1 l n +1
τ= =
sn ln (5)
12
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Figura 11: Log-Periódica com 11 elementos (dipolos). A fase das correntes e a fase do campo é indicada
pelas flechas.
14
R.L. Carrel, Analysis and Design of the Log-Periodic Dipole Antenna, PhD Dissertation, Elec. Eng.
Dept., University of Illinois, 1961.
13
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Figura 12: Parâmetros geométricos de projeto para uma log-periódica com n elementos (dipolos).
• Suponhamos que deseja-se projetar uma antena log-periódica formada por dipolos para uso entre
20 e 60 MHz . A antena deve ter um ganho de 10 dB e uma impedância de entrada de 75Ω . A
antena deve ser construída com tubos de 1 12 polegadas de diâmetro.
14
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• 1−τ
α = arctan
4σ
(6)
7.7(1 − τ )
•
2
Bar = 1.1 + (7)
tan α
onde Bar é denominado de banda passante da região ativa. De (7), com τ = 0.917 e α = 6.8 $
obtemos Bar = 1.54 .
• Ba = B × Bar
(8)
De (8) com B = f max f min = 60Mhz / 20Mhz = 3 obtemos Ba = 4.56 sendo Ba denominado
banda ajustada.
• L=
λmax
1 −
1
4 tan α Ba
(9)
onde L é a distância entre o maior elemento da antena e o menor elemento e λmax é o comprimento de
onda da menor freqüência no limite inferior da banda Ba dado por
3 × 108 (Ba + 1)
λmax = (10)
(B + 1) f min
De (10) com B = 3 , Ba = 4.56 e f min = 20Mhz obtemos λmax = 20.85 m . De (9) com
α = 6.8 , Ba = 4.56 e λmax = 20.85 m obtemos L = 34 m .
$
ln (B ) (11)
N = 1 +
•
a
1
ln τ
onde N é o número de dipolos e
⋅ é o operador que retorna a parte inteira do argumento. De (11) com
Ba = 4.56 e τ = 0.917 obtemos N = 18 .
λ max
• l1 =
2
(12)
sendo l1 o tamanho do maior dipolo. De (12) com λmax = 20.85 m obtemos l1 = 10.43 m .
15
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• h
Z a = 120 ln − 2.25
a
(13)
σ
• σ' =
τ
(14)
• Z0 =
1 R0 2
R0 + R0 + 8σ Z a
8 σ Za
'
'
( ) 2
(15)
onde Z 0 é a impedância característica da linha paralela alimentadora dos dipolos (elementos), cujo
espaçamento entre os dois condutores de diâmetro D é s , conforme mostra a Figura 14. R0 é a
resistência de entrada desejada nos terminais de alimentação da log-periódica.
16
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• Z
s = D cosh 0
120
(16)
onde s é o espaçamento entre os condutores de diâmetro D da linha paralela alimentadora dos dipolos
conforme mostra a Figura 14 . De (16) com D = 3.81 cm e Z 0 = 88.2Ω obtemos s = 4.9 cm .
Figura 15: Configuração das linhas do campo E (linha sólida) e do campo H (linha tracejada) no
interior de um GO retangular propagando os modos (a) TE 10 e (c) TE 20 . O comprimento de onda de
corte é λ c = 2b n onde b é a largura do GO retangular medida no eixo z , sendo n = 1 para o modo
TE 10 e n = 2 para o modo TE 20 . Em (b) é mostrado a vista de topo do campo no GO de (a) e em (d)
é mostrado a vista de topo do campo no GO de (c).
17
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Antenas Cap. VII
por F.C.C. De Castro e P.R.G. Franco
Figura 16: Amplitude das componentes do campo eletromagnético no interior do GO da Figura 15 para
os modos (a) TE 10 e (b) TE 20 . A energia eletromagnética no interior do GO propaga-se em forma de
ondas que se movimentam para fora do plano da página.
adequado entre o meio de propagação representado pelo GO e o meio de propagação representado pelo
espaço ℜ3 .
⇒ Uma possível solução é terminar o GO por um plano de terra, conforme mostrado na Figura 17 (b),
de modo a converter as correntes de deslocamento geradas por E y no interior do GO em correntes de
condução no plano de terra. Estas correntes de condução circulando na área efetiva do plano de terra
formam um array planar de dipolos infinitesimais que irradiam no espaço ℜ 3 para longe do plano de
terra.
Figura 17: Acoplamento GO − espaço ℜ 3 através de (a) antena corneta e (b) plano de terra.
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através de uma alteração gradual na geometria do GO no sentido de abranger gradualmente a maior área
possível do espaço ℜ de modo a maximizar a área efetiva de irradiação eletromagnética. A variação
3
gradual na abertura do GO minimiza os efeitos de reflexão gerados por uma descontinuidade abrupta.
⇒ O dispositivo acima referido é precisamente uma antena horn, conforme mostrado na Figura 17 (a) e
na Figura 18.
Figura 18: Antena corneta alimentada por um guia de onda retangular propagando o modo TE 10 . Um
exemplo de especificações geométricas típicas: h = 10λ , l = 62.5λ e w = 13.7 λ .
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