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INSTITUTO SUPERIOR DE TRANSPORTES E COMUNICAÇÕES

(ISUTC)

Disciplina: Física

Curso: ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA

FORÇA ELECTROSTÁTICA PARA UMA DISTRIBUIÇÃO CONTÍNUA DE CARGAS-LEI DE

COULOMB

NOME DOS AUTORES:

Célio Manuel Jorge Mantinosse;

Mansur Aibo Assane;

Mirla Saiete de Marrule;

Yúrika Márlise João Ventura.

Docente: Prof. Dr. Adriano Rafael Sacate

Maputo

2020
NOME COMPLETO DOS AUTORES:
Célio Manuel Jorge Mantinosse;

Mansur Aibo Assane;

Mirla Saiete de Marrule;

Yúrika Márlise João Ventura.

FORÇA ELECTROSTÁTICA PARA UMA DISTRIBUIÇÃO

CONTÍNUA DE CARGAS-LEI DE COULOMB

Trabalho de Física apresentado ao INSTITUTO


SUPERIOR DE TRANSPORTES E
COMUNICAÇÕES -ISUTC, como requisito para a
avaliação do trabalho em grupo.

Docente: Prof. Dr. Adriano Rafael Sacate.

Maputo
2020
ISUTC

2020
GRUPO NÚMERO 1
Índice
1. Introdução..........................................................................................................................................5
2.Carga elétrica......................................................................................................................................6
2.1. Quantização da carga elétrica.........................................................................................................6
2.2. Força electrostática.........................................................................................................................7
2.3. Os fenómenos que levaram à descoberta da lei de Coulomb:.........................................................9
2.4. Lei de Coulomb...........................................................................................................................9
2.5. Princípio de superposição.............................................................................................................14
3. Conclusão........................................................................................................................................15
4.Referências Bibliográficas................................................................................................................16
1. Introdução
O presente trabalho è sobre a força electrostática para uma distribuição contínua de cargas-
lei de coulomb, tem como objectivo geral e específico nomeadamente:

1.1. Objectivo geral:

Este trabalho tem como objectivo geral, dar a conhecer a força electrostática para uma
distribuição contínua de cargas.

1.2. Objectivo específico:

Este trabalho tem como objectivo específico, dar a conhecer sobre as cargas eléctricas, sua
quantização, força electrostática, assim como a lei de coulomb.
2.Carga elétrica

A carga eléctrica é uma grandeza física que determina a intensidade das interacções
electromagnéticas, da mesma forma que a massa determina a intensidade das forças
gravitacionais.

Carga eléctrica é uma propriedade inerente às partículas constituintes da matéria.


Convencionalmente, temos:

 próton - carga elétrica positiva;


 elétron - carga elétrica negativa
 Nêutron - desprovido de carga elétrica.

Existem dois tipos de cargas eléctricas: positivas e negativas.

A carga eléctrica está associada as partículas atómicas protons e elétrons, que são as menores
partículas que apresentam cargas positivas e negativas.

As cargas eléctricas do mesmo sina se repelem, as do sinal contrário se atraem.

A intensidade das interações elétricas de uma partícula depende da carga elétrica, que pode
ser positiva ou negativa se atraem. Um corpo com quantidades iguais dos dois tipos de carga
é eletricamente neutro; um corpo com um excesso de cargas positivas ou negativas está
eletricamente carregado.

Materiais condutores são materiais nos quais muitas partículas eletricamente


carregadas (electrões, no caso dos metais) se movem com facilidade. Nos materiais não
condutores, também conhecidos como isolantes, as cargas não podem se mover.

2.1. Quantização da carga elétrica

O próton e o elétron têm cargas eléctricas de mesma intensidade, mas de sinais contrários. A
carga elétrica do elétron (ou do próton) constitui a quantidade fundamental de carga elétrica,
ou seja, a menor quantidade de carga elétrica que pode existir, também denominada carga
elementar.

Q=n .e (1)
Onde:

Q → é a carga do corpo em Coulombs;

n → é o número de eletrões em falta ou em excesso;

e → representa a carga fundamental que vale 1,6.10−16 C .

Apesar da carga elétrica ser quantizada, podemos falar em distribuição contínua de cargas
porque o número de cargas em um corpo é muito grande [ CITATION Wag10 \l 1033 ].
Neste caso iremos aplicar a lei de Coulomb elementos infinitesimais da distribuição,
integrando sobre todos eles depois, utilizando assim o princípio de Superposição que também
pode ser chamada de interferência em alguns casos; princípio de superposição é o fenómeno
que ocorre quando duas ou mais ondas se encontram , gerando uma onda resultante igual à
soma algébrica das perturbação de cada onda[ CITATION Sof08 \l 2070 ].

Uma carga pode estar distribuída de duas formas discreta e continua. Neste trabalho nos
iremos abordar a distribuição contínua das cargas que pode ser linear, superficial ou
volumétrica.

Na electroestática cada forma de distribuição tem a sua forma de ser calculada:

 Distribuição contínua volumétrica:


( r⃗ −⃗
r 0) 3
F =k q 0∫ ρ ( r⃗ )
⃗ 3
d r (2)
|⃗r −⃗r 0|

 Distribuição contínua linear:


F =k q 0∫ σ ( r⃗ ¿)¿ ¿ ¿
⃗ (3)

 Distribuição continua superficial:


( ⃗r −⃗
r0 )
F =k q 0∫ λ (⃗r )
⃗ 3 (4)
|r⃗ −⃗r 0|

2.2. Força electrostática 


Além das famosas três leis da Mecânica, Newton mostrou que a força que mantém a Terra
orbitando em torno do Sol, da Lua orbitando em torno da Terra, da maça caindo próxima à
superfície da Terra, todas ela tem uma mesma origem: a força gravitacional. Segundo a lei de
gravitação universal de Newton, duas massas punctiformes, e, separadas por uma distância,
sofrem uma atracção mútua, dada por:

m1 . m2
F g=−G
⃗ r^ (5)
r2

A força electrostática é o fenómeno que resulta de cargas eléctricas estacionárias. É


estudado na disciplina científica conhecida como electrostática por pesquisadores que
analisam a interacção electromagnética.

A força electrostática entre elétrons e prótons é uma das forças mais fortes do universo, ainda
mais poderosa do que a gravidade. Um átomo de hidrogénio, que contém apenas um elétron e
um próton, tem a força fundamental da gravidade mantendo-o em conjunto. No entanto, cada
partícula subatómica também pode desenvolver força electrostática, o que se torna ainda mais
forte.

À medida que duas superfícies entram em contacto, ocorre troca de carga, resultando no
desenvolvimento de forças electrostáticas. Quando a resistência está presente em um desses
materiais, as cargas electrostáticas são mais evidentes para o observador. O material resistivo
retém a carga electrostática por um longo período de tempo até que as cargas se neutralizem,
como com um choque estático.

Força electrostática é a força de interacção electrostática entre duas cargas eléctricas através
da atracção e da repulsão.

A força eléctrica é inversamente proporcional ao quadrado da distância, como a força


gravitacional. Essa força é muito elevada, não notamos seus efeitos porque normalmente os
corpos estão neutros electricamente ou com cargas muito pequenas.

A intensidade dessa força é dada pela fórmula:

Q1 . Q2
F=k (6)
R2

Onde:

K= constante electrostática, no vácuo o seu valor é 9.10 9 N . m2 /C 2;

Q = cargas eléctricas C;
R = distância entre as cargas m;

ε 0 ¿ 8,854.10−12 F/m.

A constante electrostática é influenciada pelo meio onde as cargas eléctricas se encontram,


assim a constante electrostática influência o valor da força,

A força elétrica é uma grandeza vectorial com as seguintes características:

 A direcção das forças é paralela à linha que une as cargas eléctricas em questão;
 Sentido depende da natureza das cargas; se forem de sinais contrários, atraem-se; se os
sinais forem iguais, repelem-se;
 a lei de Coulomb obedece à terceira lei de Newton, ou seja, são forças de mesma direcção
e intensidade.

2.3. Os fenómenos que levaram à descoberta da lei de Coulomb:

De acordo com Alves Dos Alnjos (2011) primeiros registros dos quais se tem notícia,
relacionados com fenómenos eléctricos, foram feitos pelos gregos. O filósofo e matemático
Thales de Mileto (séc. VI a.C.) observou que um pedaço de âmbar (pedra amarelada) após
atritado com a pele de um animal, adquiria a propriedade de atrair corpos leves como pedaços
de palha e sementes de grama. Cerca de 2000 anos mais tarde o médico inglês W. Gilbert
(1544 1603) fez observações sistemáticas de alguns fenómenos eléctricos. Sua sistematização
baseou-se nas seguintes observações: vários outros corpos ao serem atritados se
comportavam como o âmbar e a atracão exercida por eles se manifestava sobre qualquer
outro corpo. Foi Gilbert quem introduziu o termo “electrizado”, “electrização” e
“electricidade”, nomes derivados da palavra grega para âmbar, elétron.

2.4. Lei de Coulomb

Charles Augustin de Coulomb (1736-1806) estudou a força de interação entre partículas


carregadas em 1784. Ele usou uma balança de torção semelhante à usada 13 anos mais
tarde por Cavendish para estudar força de interação gravitacional, que é muito mais
fraca do que a elétrica.

Figura 1. Balança de torção do tipo usado por

Coulomb para medir força elétrica

Para cargas puntiformes, ou seja, para corpos carregados separados por uma distância r
muito maior do que os respectivos tamanhos, Coulomb verificou que a força elétrica entre

1
eles é proporcional a 1/r 2.Ou seja quando a distância r dobra, a força se reduz a do seu
4
valor inicial; quando a distância se reduz a metade, a força se torna quatro vezes maior do que
o seu valor inicial.
De acordo com Young & Freedman (2009):
A força elétrica entre dois corpos também depende da carga do corpo, que será designada
por q ou Q . Para pesquisar essa dependência, Coulomb dividiu uma carga em duas partes
iguais, colocando um pequeno condutor esférico carregado em contacto com outro
condutor esférico idêntico descarregado; por simetria, as cargas são igualmente divididas
entre duas esferas. (Observe o papel essencial desempenhado pela lei da conservação da
carga nesse procedimento). Dessa maneira, ele poderia obter uma carga igual à metade da
carga inicial, um quarto da carga inicial e assim por diante. Ele verificou que a força
elétrica entre as duas cargas e, portanto, proporcional ao produto q 1 q 2 das duas cargas
[CITATION You09 \l 2070 ].

Dessa maneira, Coulomb estabeleceu uma relação hoje conhecida como Lei de Coulomb:

O módulo da força elétrica entre duas cargas puntiformes é diretamente


proporcional ao produto das cargas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância entre elas.

Figura 2. Atracção e repulsão de cargas eléctricas

Em termos matemáticos, dizemos que, quando duas cargas q 1e q 2 estão separadas por uma
distância r, o módulo F da força que qualquer uma descarga exerce sobre a outra pode ser
expresso pela relação:
|q 1 q 2|
F=k 2
(7)
r

Onde k é uma constante de proporcionalidade cujo valor numérico depende do sistema de


unidades usado. As barras verticais que indicam o valor absoluto são usadas na Equação (7)
porque as cargas q 1e q 2 podem tomar quaisquer cargas positiva quanto como negativa,
enquanto que o módulo F é sempre positivo.

A direcção da força que qualquer uma das cargas exerce sobre a outra é sempre ao
longo da linha recta que passa pelas cargas. Quando as cargas q 1e q 2 possuem o mesmo sinal,
ambos positivos ou negativos, as forças são repulsivas; quando as cargas q 1e q 2 possuem
sinais contrários, as forças são atrativas como mostra a figura a seguir.

Figura 3. Interações entre cargas puntiformes.

Se prestarmos muito bem atenção podemos perceber que as duas forças obedecem à terceira
lei de Newton: elas sempre possuem o mesmo módulo e sentidos contrários, mesmo quando
as cargas não são iguais.

A proporcionalidade da força elétrica com 1/r 2 foi verificada com uma grande precisão. Não
há motivo para suspeitar que o factor expoente não seja exatamente igual a 2. Portanto, a
equação (7) tem uma estrutura igual a lei da gravitação. . Porem, a interação elétrica é um
fenómeno diferente da interação gravitacional.

De acordo com Young & Freedman (2009), a interação elétrica depende das cargas
elétricas e pode ser atrativa ou repulsiva, enquanto a interação gravitacional depende da
massa se só pode ser atrativa (Porque não existe nada com massa negativa).
2.4.1. Constantes elétricas fundamentais

Nas nossas aulas sobre eletricidade e electromagnetismos temos usado exclusivamente


unidades no sistema internacional (SI). Muitas dessas unidades elétricas do SI abrangem
unidades que nós já estamos familiarizadas com as mesmas, tais como o volt, o ampere, o
ohm e o watt. A unidade SI de carga elétrica é igual a um coulomb (1C). Usando unidades do
SI, a constante k na equação (7) é:

k =8.987551787 ×109 N . m2 /C 2 ≅ 8.988× 109 N . m 2 /C 2

1
Usando unidades do SI, geralmente escrevemos a constante k da equação (7) como ,
4 π ε0
onde ε 0 (épsilon zero) é outra constante. Assim passamos a escrever a lei de coulomb na
forma

1 |q 1 q2|
F= (8)
4 π ε0 r2

(lei de Coulomb: força entre duas cargas puntiformes)

As constantes na Equação (8) são dadas aproximadamente por:

−12 C2 2
ε 0=8.854 × 10 .m
N

1
=k=8.988 ×10 9 N . m 2 /C 2
4 π ε0

Nos exercícios e exemplos, geralmente usaremos o valor arredondado

1
=9.0× 109 N . m 2 /C 2
4 π ε0

Exemplo de aplicação:
Duas cargas puntiformes, q 1=+25 nC e q 2=−75 nC , estão separadas por uma distância igual
a 3.0 cm (figura 4). Determine o módulo, a direcção e o sentido (a) da força elétrica que q 1
exerce sobre q 2; e (b) da força elétrica que q 2 exerce sobre q 1.

Figura 4. Qual é a força elétrica que q 1 exerce sobre q 2,

e qual é a força elétrica que q 2 exerce sobre q 1?

As forças gravitacionais são desprezíveis.

Resolução

Primeiro precisamos perceber que o problema solicita as forças elétricas que duas cargas
exercem entre si, por isso necessitamos usar a lei de Coulomb.

Nesta situação percebemos que para calcular usamos a equação (8) para calcular o módulo da
força que a partícula exerce sobre a outra. Usamos a terceira lei de Newton para relacionar as
forças que as partículas exercem uma para a outra.

(a) Convertendo as cargas para coulombs e as distâncias para metros termos tudo no SI,
obtemos o módulo da força que q 1 exerce sobre q 2.

1 |q 1 q 2|
F 1em 2=
4 π ε0 r 2

¿¿
¿ 0.019 N

Nota-se que as duas cargas possuem sinais opostos, a força é de atração, ou seja, a força que
actua sobre q 2 está sobre a recta une as duas cargas e possui um sentido orientado para q 1,
como indica a figura 4.

(b) Lembre-se de que a terceira lei de Newton se aplica à força elétrica. Embora as duas
cargas possuam módulos diferentes, o módulo da força elétrica que q 2exerce sobre q 1
é igual ao módulo da força que q 1 exerce sobre q 2.
F 2em 1=0.019 N

A terceira lei de Newton também afirma que o sentido da força que q 2 exerce sobre q 1 é o
contrário ao sentido da força que q 1 exerce sobre q 2, como indica a figura 4.

Nota: Percebe-se que a força que q 2 exerce sobre q 1 é orientada para q 2, como era de se
esperar, porque cargas de sinais contrários se atraem.

2.5. Princípio de superposição

A lei de Coulomb, conforme foi enunciada, descreve apenas a interação entre duas cargas
punctiformes. Quando duas cargas exercem forças sobre uma terceira carga, a experiência
mostra qua força total exercida sobre a terceira carga é dada pela soma vetorial das forças que
as duas cargas exercem individualmente. Essa importante propriedade, denominado princípio
de superposição das forças, pode ser aplicada para um número qualquer de cargas [CITATION
You09 \l 2070 ]. Usando esse princípio, podemos aplicar a lei de Coulomb para qualquer
conjunto de cargas.

Teoricamente a lei de Coulomb só poderia ser usada para cargas puntiformes no


vácuo. Quando existe matéria no espaço entre as cargas, a força resultante sobre cada carga
se altera porque ocorre o fenómeno da indução de cargas elétricas nas moléculas do material
do meio considerado.

Em suma, na prática, podemos usar a lei de Coulomb sem nenhuma alteração das cargas para
cargas puntiformes no ar [CITATION You09 \l 2070 ]. Para a pressão atmosférica normal, a
presença do ar altera o valor da força elétrica no vácuo em apenas uma parte em 2000.

A força com a qual duas cargas interagem não é modificada pela presença de uma terceira.
Em outras palavras, se uma carga está em presença de outras cargas eléctricas, a força
resultante sobre ela é a soma vectorial das forças exercidas por cada uma das cargas em
separado
Figura 5. Princípio de superposição
3. Conclusão

Neste trabalho tratamos assuntos ligado sobre a força electrostática para uma distribuição
contínua de cargas-lei de coulomb e concluímos que para o seu estudo è necessário conhecer
alguns conceitos sobre a quantização das cargas eléctricas, assim como as leis de coulomb.

Os objectivos antes propostos foram alcançados. E que este trabalho foi muito importante
para o aprofundamento desse tema, uma vez que permitiu compreender melhor as leis de
Coulomb, além de ter permitido desenvolver competências de investigação, selecção e
organização da informação.
4.Referências Bibliográficas
Wagner Corradi. (2010). FUNDAMENTOS DE FÍSICA III. Belo Horizonte: Editora UFMG.

Alves Dos Alnjos, T. (2011). Mundo Educação. Obtido de Mundo Educação:


https://mundoeducacao.uol.com.br

Sofisica. (2008). Obtido de Sofisica:


https://www.sofisica.com.br/conteudos/Ondulatoria/Ondas/superposicao.php

Young, H. D., & Freedman, R. A. (2009). Física III Electromagnetismo. Em H. D. Young, Física III
Electromagnetismo (12.ª ed., pp. 7-16). São Paulo: Pearson.

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