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Circuitos elétricos

Eletricidade - Fenómenos que têm origem na carga elétrica que aparece na natureza sob duas
manifestações: positiva e negativa.
Esta carga está armazenada nos corpos ao nosso redor, mas a perceção dela não ocorre
facilmente.

Força elétrica entre duas cargas com o mesmo sinal é repulsiva.


Força elétrica entre duas cargas com sinais opostos é atrativa.

Cargas elétricas se encontram paradas, chama-se eletricidade estática, mas se estiverem em


contínuo movimento chama-se corrente elétrica.
Para que se estabeleça corrente elétrica é necessário a existência de um circuito através do qual
estas cargas se possam movimentar.

Os componentes de um circuito elétrico podem ser agrupados de acordo com a sua função:

 Fontes de energia: Fornecem a energia necessária ao funcionamento do circuito;


 Recetores de energia: Recebem a energia proveniente das fontes e utilizam-na para
funcionarem (recetores passivos) ou para a transformar em outras formas de energia
(recetores ativos).
 Condutores: Estabelecem a ligação entre as fontes de energia e os recetores.

Corrente contínua (DC)

As cargas elétricas movimentam-se sempre no mesmo sentido. Tem denominação de sentido


convencional da corrente elétrica, que acompanha o sentido do campo elétrico.
Circuitos em Serie

As duas lâmpadas (recetores) estão instaladas em série, sendo ligadas uma a seguir à outra.
Existe, portanto, um só caminho para a corrente elétrica.
Nos circuitos em série, como só há um caminho para a corrente elétrica, verifica-se que:
 O interruptor, qualquer que seja a sua localização, comanda todas as lâmpadas;
 Quando se retira uma das lâmpadas, ou se uma delas funde, todas se apagam;
 Quando se aumenta o número de lâmpadas, a luminosidade de cada uma diminui.

Circuitos em Paralelo

Cada lâmpada (recetor) é instalada numa ramificação diferente, existindo, assim, mais do que
um caminho para a corrente elétrica.
Aos pontos onde a corrente elétrica se divide pelas ramificações e onde a corrente se junta de
novo dá-se o nome de nós.
Nos circuitos em paralelo, como há vários caminhos para a corrente elétrica, verifica-se que:
 O interruptor instalado no circuito principal comanda todas as lâmpadas, mas, instalado
numa das ramificações, comanda apenas uma lâmpada
 Quando se retira uma das lâmpadas, ou quando uma delas funde, as que estão noutras
ramificações permanecem acesas
 Quando se aumenta o número de lâmpadas, a luminosidade de cada uma mantém-se.

Diferença de potencial/Tensão

As reações químicas que ocorrem no interior das pilhas e baterias provocam a existência de um
potencial maior no pólo + e de um potencial menor no pólo –.
Cargas elétricas positivas movem-se no sentido do potencial menor enquanto cargas elétricas
negativas movem-se no sentido do potencial maior.
A esta movimentação chamamos de d.d.p. e enquanto esta ocorre a a fonte fornece energia
elétrica ao circuito.
Para medir a d.d.p. de um determinado componente o voltímetro deve ser instalado em
paralelo relativamente a esse componente.

Variação da d.d.p. em circuitos em série e em paralelo

Circuitos em Serie:
𝑈 = 𝑈1 + 𝑈2
Circuitos em Paralelo:
𝑈 = 𝑈1 = 𝑈2

Intensidade da Corrente

Mede a quantidade de cargas elétricas que passa numa secção reta do circuito por segundo.
Para medir a intensidade da corrente que passa num determinado componente o amperímetro
deve ser instalado em série relativamente a esse componente.

Variação da intensidade de corrente elétrica em circuitos em série e em paralelo

Em serie:
𝐼 = 𝐼1 = 𝐼2
Em paralelo:
𝐼 = 𝐼1 + 𝐼2
Lei de Ohm

Há materiais que oferecem maior resistência (oposição) à passagem da corrente elétrica do que
outros.
Os metais são dos melhores condutores da corrente elétrica, pois a sua resistência à passagem
da corrente elétrica é pequena.
O vidro, o plástico, a madeira e a borracha são dos piores condutores da corrente elétrica, pois
a sua resistência à passagem da corrente elétrica é elevada.
Esta resistência elétrica é representada simbolicamente por R e a unidade do SI em que se
exprime e o Ohm (Ω).
A resistência de um condutor mede-se com ohmímetros, que são ligados em série.

 Quando a resistência elétrica de um circuito é maior (+), a intensidade de corrente é


menor (-).
 Quando a resistência elétrica de um circuito é maior (+), a diferença de potencial é maior
(+).
𝑈 =𝑅×𝐼

Esta expressão não depende da natureza do condutor: é válida para todos os condutores. Para
um dispositivo condutor que obedeça à lei de Ohm, a diferença de potencial aplicada é
proporcional à corrente elétrica
No entanto, alguns materiais, como os semicondutores, a resistência elétrica não é constante.
Estes materiais são denominados condutores não óhmicos. Fatores que influenciam a
resistência de um condutor:
𝑙
𝑅=𝜌×
𝑆
R – Resistência (Ω)
l – Comprimento (m)
S – Secção ou espessura (𝑚2 )
ρ – Resistividade (Ωm)

A grandeza ρ chama-se resistividade elétrica e é característica do material e da temperatura. A


resistividade é inversamente proporcional à condutividade elétrica:
1
𝜌=
𝜎
σ – Condutividade elétrica (Ωm−1 )

Múltiplos
Quilo K 103
Mega M 106
Giga G 109

Submúltiplos
Mili m 10−3
Micro µ 10−6
Nano n 10−9

Grandeza Simbolo Unidade SI Instrumento de medida


Tensão/Diferença de potencial U Volt Voltimetro
Intensidade de corrente I Ampere Amperimetro
Resistência R Ohm Ohmimetro

Efeitos da corrente elétrica

Existem vários:

 Efeito luminoso
 Efeito térmico
 Efeito magnético
 Efeito químico.

Quando utilizamos um aparelho para produzir um ou mais destes efeitos, existem consumes
energéticos, que dependem da potência elétrica de um aparelho.
A sua unidade no SI é o watt (símbolo W). Um watt é a potência de um aparelho que transfere
a energia de um joule por segundo.
É a energia transferida pelo aparelho num segundo:

𝐸
𝑃=
∆𝑡
P – Potência elétrica (Kw)
E – Energia (J ou Kw.h)
∆𝑡 – Tempo (h)

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