Ryokan Taigu
Poemas
E
Poemas em Estilo Chinês
PRIMAVERA
8) Na Montanha de Yahiko
Podemos ver Flores e crianças desabrocharem.
(Em Japonês, cachaça (sake) quer dizer tanto vinho branco quanto flores a desabrochar)
VERÃO
1) À distância
Sapos croacham nos campos de arroz das montanhas,
O que vem a ser a única canção desta tarde.
5) Incapaz de dormir,
Ouço a voz de um veadinho
Que sobe de um grotão da montanha.
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9) As nuvens se foram,
Um sabiá canta no arbusto.
Porque não vieste?
OUTONO
INVERNO
Ryokan
Poemas chineses.
11) Voltando à minha cabaninha depois de ter enchido minha tigela de arroz,
Agora somente o calmo fulgor do crepúsculo.
Cercado de cimos de montanhas e de folhas esparsamente colocadas;
Na floresta um corvo de inverno sobrevoa.
GOGO-AN
1) A comprida noite do inverno! A comprida noite do inverno parece ser sem fim;
Quando raiará o dia?
Não há chama na lâmpada nem carvão na lareira;
Deitado na cama, ouvido o som da chuva gelada.
Para um velho, os sonhos vêm facilmente;
Eu deixo que meus pensamentos fluam.
O quarto está vazio e tanto a cachaça quanto o óleo acabaram—
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Bate na bananeira.
Agora é quando quero compartilhar meus sentimentos—
Mas ninguém há por perto para tal.
CUCO
MENDIGAÇÃO
GUERRA DE CAPIM
NOITE DE VERÃO
DESCANSANDO EM MATSUNO-O
ALVORADA
Minha cabaninha, localizada em uma aldeia distante, nada mais que quatro paredes nuas.
De certa feita era um monge mendicante, caminhando daqui para ali,
nunca ficando muito tempo em um só lugar.
Me lembrando do primeiro dia de minha peregrinação, anos atrás—
Como eu estava animado então!
Hotei (Pu-tai) era um famoso sábio Chinês que tinha uma barriga enorme e viajava pelo
país afora carregando um saco gigantesco cheio de bombons e presentes.
Flores de pessegueiro cobrem ambos os lados das margens do rio como um nevoeiro.
Na primavera, o rio azul profundo parece ser uma corrente do Céu.
Passando daqui para ali, contemplando as flores do pêssego enquanto vou seguindo o
curso do rio—
O que é isto? A casa de um velho conhecido!
A UM AMIGO
NOITE DE INVERNO
Escondida em uma densa floresta, minha cabaninha está muito além do rio da aldeia.
Mil picos, dez mil córregos de montanha, e contudo não há sinal de alma viva.
Uma noite comprida de inverno — lentamente uma lenha vai queimando na lareira.
Nada pode ser ouvido exceto o som de neve batendo na janela.
O LADRÃO