TEXTO-CHAVE

Lição 1 25 a 31 de dezembro
LEIA O TEXTO BÍBLICO DESTA SEMANA: HB 10:23-39

CARTA AOS
HEBREUS E A NÓS

Ágatha Lemos/Marta Irokawa

10AZ22

A partir da tirinha, do texto-chave e do título, anote

PESQUISE
suas primeiras impressões sobre o que trata a lição: em comentários
bíblicos, livros
denominacionais
e de Ellen G. White
sobre temas
contidos neste
texto: Hb 10:23-39

6
com TEXTO
j
SERMÃO COMPLETO
á imaginou como seria ouvir a prega-
ção de Jesus ou de um dos apóstolos?
Temos trechos escritos e resumos de
alguns de seus sermões, mas eles for-
necem apenas uma ideia limitada de
como era ouvi-los. Deus preservou
nas Escrituras pelo menos um sermão
completo para nós: a Carta de Paulo
aos Hebreus.
Paulo, o autor de Hebreus, referiu-
se à sua própria obra como uma “pa-
lavra de exortação” (Hb 13:22). Essa
expressão era usada para identificar
sermões tanto da sinagoga (At 13:15)
quanto do culto cristão (1Tm 4:13).
Assim, muitos estudiosos acreditam
que Hebreus seja o mais antigo “ser-
mão cristão completo” que temos.
Essa carta foi dirigida a pessoas que
haviam aceitado Jesus, mas depois
passaram por grandes dificuldades.
Alguns foram envergonhados publi-
camente e perseguidos (Hb 10:32-34).
Outros enfrentaram problemas finan-
ceiros (Hb 13:5, 6). Muitos deles estavam
cansados e começaram a questionar
sua fé (Hb 3:12, 13). Quem não se identi-
fica com alguma dessas coisas?
Em Hebreus, o apóstolo Paulo apre-
sentou um sermão comovente, no qual
mergulhe + fundo
Leia, de Ellen G. White, Profetas e Reis, p. 164, 165.
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DOMINGO, 26 de dEzEMBRO
desafiou aqueles primeiros cristãos (e,
por extensão, a nós) a perseverar na
fé em Cristo e a fixar os olhos Naquele
que está no santuário celestial inter-
cedendo por nós.
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Acesse:
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com PREENDA
h
ENTRE MILAGRES E PERSEGUIÇÕES
ebreus 2:3 e 4 mostra que a Carta aos
Hebreus foi destinada a pessoas que
não tinham ouvido o próprio Jesus
pregar. Assim, no início da igreja cris-
tã, Deus derramou Seu Espírito sobre
os discípulos em Jerusalém para que
pudessem anunciar o evangelho em
línguas que eles desconheciam e reali-
zar milagres (At 2; 3).
Filipe realizou maravilhas seme-
lhantes em Samaria (At 8), Pedro em
Jope e Cesareia (At 9; 10) e Paulo du-
rante todo o seu ministério na Ásia
Menor e na Europa (At 13–28). Essas
ações poderosas foram evidências ex-
perienciais que confirmaram a mensa-
gem da salvação — o estabelecimento
do Reino de Deus e a salvação da con-
denação e libertação dos poderes do
mal (Hb 12:25-29).
O Espírito Santo concedeu aos pri-
meiros cristãos a convicção de que
seus pecados haviam sido perdoados.
Eles não mais temiam o juízo final e,
como resultado, suas orações eram
ousadas, confiantes, e sua experiência
religiosa era cheia de alegria (At 2:37-
47). O Espírito Santo também libertou
aqueles que estavam escravizados às
forças do mal.
Quando os cristãos confessavam a
fé em Cristo e se juntavam à igreja,
isso os distinguia do restante da so-
ciedade. Infelizmente, isso se tornou
fonte de conflitos.
É muito provável que os leitores de
Hebreus tenham sofrido perseguições
8
segunda, 27 de dEzEMBRO
verbais e físicas nas mãos de multidões
incitadas por oponentes (veja At 16:19-
22; 17:1-9), além de prisões. Os oficiais
civis tinham o poder de autorizar pu-
nições e encarceramento, muitas vezes
sem seguir as normas judiciais apro-
priadas (veja At 16:22, 23).
Ser “desprezado por causa de Cris-
o
to” (Hb 11:26; veja 1Pe 4:14-16) significa-
va identificar-se com Ele e suportar a
vergonha e o abuso que essa associa-
ção implicava. A animosidade pública
contra os cristãos era o resultado de
seus compromissos religiosos distin-
tos. As pessoas podem ficar ofendidas
por práticas religiosas que não enten-
dem ou por indivíduos cujo estilo de
vida e moral podem fazer com que se
sintam culpadas ou envergonhadas.
No primeiro século d.C., Tácito, sena-
dor e historiador romano, considerou
os cristãos culpados de “ódio contra
a humanidade” (Anais, 15.44.1). Qual-
quer que seja a razão exata dessa
acusação, embora certamente falsa, o
fato é que muitos dos primeiros cris-
tãos estavam sofrendo por sua fé.
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PENSE
• Quanto do sofrimento que
enfrentamos é por causa de Cristo e
quanto dele é causado pelas nossas
próprias escolhas?
com ENTE
o
SUPERANDO ADVERSIDADES
s leitores de Hebreus foram bem-suce-
didos em manter a fé e o compromisso
com Cristo, apesar de toda a rejeição
e perseguição. Eles saíram vitoriosos,
mas também ficaram cansados.
Hebreus nos diz que ataques ver-
bais e provavelmente outros tipos de
ataques contra a honra continuaram
(Hb 13:13). Alguns cristãos ainda esta-
vam na prisão (v. 3), algo que pode ter
esgotado a igreja financeira e psico-
logicamente. Eles estavam cansados
(Hb 12:12, 13) e facilmente podiam ficar
desanimados (v. 3).
É comum entre pessoas e comuni-
dades que, logo depois da emoção das
vitórias, as defesas psicológicas sejam
aliviadas, e esses indivíduos se tornem
mais vulneráveis ao contra-ataque
dos inimigos. A força que uma pessoa
ou comunidade mobiliza para enfren-
tar uma ameaça iminente é mais difícil
de surgir pela segunda vez.
Diante dessa situação, o que pode-
mos aprender de Hebreus para o nosso
próprio benefício?
A história do trato de Deus com
Elias depois da experiência no monte
Carmelo é fascinante, porque mostra
o terno cuidado e a sabedoria com que
o Senhor ministra àqueles que estão
sofrendo e que lutam para recuperar
a fé. Deus fez várias coisas por Elias.
Olhando para trás, quando você falhou na vida cristã, o que
você poderia ter feito de forma diferente?
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terça, 28 de dEzEMBRO
Primeiro, cuidou de suas necessida-
des físicas. Providenciou comida e o
deixou descansar. Então, na caverna,
gentilmente o repreendeu: “O que
você está fazendo aqui, Elias?” (1Rs
19:9, 13). E o ajudou a obter uma com-
preensão mais profunda de como Ele
trabalha e cumpre Seus propósitos.
Em Hebreus, podemos encontrar
várias instruções. Um aspecto que o
autor enfatizou foi cuidar das neces-
sidades físicas dos irmãos na fé. Ele
orientou dizendo que os cristãos de-
vem praticar a hospitalidade e visitar
os presos, o que significa satisfazer
as necessidades deles. O apóstolo
exortou os leitores a ser generosos,
lembrando que Deus nunca os aban-
donará (Hb 13:1-6).
Paulo também os repreendeu e en-
corajou. Ele os advertiu a não se des-
viarem (Hb 2:1) e não ter um “coração
mau e descrente” (Hb 3:12), e os en-
corajou a crescer na compreensão da
fé (Hb 5:11–6:3). O apóstolo também
comentou sobre a importância da fre-
quência às reuniões da igreja (Hb
10:25). Em resumo, orientou que os
leitores se unissem, animassem uns
aos outros e estimulassem o amor e as
boas obras; mas também exaltou Je-
sus e Seu ministério no santuário ce-
lestial em favor deles (Hb 8:1, 2; 12:1-4).
Sammy
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com PARE Q U A R TA , 2 9 d e d E z E M B R O

u
MOMENTO HIPERTEXTO
ma coisa que a vida cristã nos ensina
é que cada escolha realmente repre-
senta algum tipo de renúncia. Defini-
tivamente, não é possível ter tudo o
que se deseja e muito menos servir a
dois senhores.
O que ocorre é que muitas vezes a
gente não atenta para o fato de que
seguir a Jesus é uma faca de dois gu-
mes: por um lado, uma alegria e paz
indescritíveis; por outro, o exercício
do desapego a tudo aquilo que nos de-
grada (conflitos internos) enquanto se
administra as adversidades (conflitos
externos) escolhidas ou não.
Satanás não dá trégua. Ele não se
cansa de nos tentar. Contudo, se for
para sofrer, que soframos pelas perse-
guições impostas pelo mal e não por-
que agimos de modo errado.
O sofrimento do justo, assim como
os sofrimentos imerecidos do grande
Justo — Jesus — se transforma em
bênçãos sob a tutela de Deus. É por
isso que ainda conseguimos louvar
enquanto passamos por provações,
porque sabemos que nas mãos de
Deus nada é desperdício.
Compare sua maneira de interpretar
o sofrimento com os textos a seguir:
U
1Pe 4:14-16; Hb 13:1-9, 13; 1Rs 19:1-18;
Hb 3:12-14; Nm 13; 14; 24; 25.
Qual é a relação das passagens
com o texto-chave (Hb 10:23-29) da
lição desta semana?
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Como você fortalece sua mente,
suas emoções e vida espiritual quan-
do está passando por uma provação?
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REDESEMÂNTICA
Rede semântica é como um mapa Exemplo de rede semântica:
mental composto por palavras e conceitos
relacionados entre si e formados a partir
de um elemento-chave. Veja o exemplo
e faça o seu.

Em classe, observe como as redes são tão

dor pena
diferentes quanto o número de pessoas
presentes. E esse é o lance: cada rede
representa aquilo que faz sentido para SOFRIMENTO
cada pessoa.
tristeza consequência
machucado

10
com PARTILHE
U
JESUS NÃO DEMORA
m elemento muito importante, enfa-
tizado pelo apóstolo, acrescenta ur-
gência à exortação: os leitores estão
vivendo nos “últimos dias” (Hb 1:2), e
as promessas de Deus estão para se
cumprir (Hb 10:36-38). É interessante,
como veremos, que em toda a carta
Paulo compara sua audiência com a
geração de Moisés, que estava bem
diante da fronteira de Canaã, pronta
para entrar na Terra Prometida. Ele
lembra: “Porque, ainda dentro de pou-
co tempo, Aquele que vem virá e não
irá demorar” (Hb 10:37). E então en-
coraja: “Nós, porém, não somos dos
que retrocedem para a perdição, mas
somos da fé, para a preservação da
alma” (v. 39). Essa última exortação
lembra aos leitores — e a nós — sobre
os perigos que o povo de Deus ge-
ralmente experimenta, ao longo da
história, antes do cumprimento das
promessas de Deus.
O livro de Números fala exatamente
sobre isso. O registro bíblico diz que
em duas ocasiões diferentes, pouco
antes de entrar na Terra Prometida,
Israel sofreu derrotas notáveis. A pri-
meira vez, registrada em Números 13
e 14, nos fala sobre as dúvidas que
vários líderes espalharam pela comu-
nidade e fizeram com que a fé dos
israelitas desanimasse. Como resulta-
do, a comunidade decidiu nomear um
novo líder e retornar ao Egito, bem no
momento em que estavam prestes a
entrar em Canaã.
11
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q u i n ta , 3 0 d e d E z E M B R O
Na segunda vez, os israelitas se en-
volveram com imoralidade e idolatria
em Baal-Peor (Nm 24; 25). Muito em-
bora Balaão não tenha sido capaz de
amaldiçoar os israelitas, Satanás usou
tentações sexuais para conduzir Israel
à falsa adoração e ao pecado e, conse-
quentemente, trazer o desagrado de
Deus sobre eles.
O apóstolo avisou os leitores de
Hebreus contra todos esses perigos.
Primeiro, ele os exortou a apegar-se
à confissão de fé e a manter os olhos
fixos em Jesus (Hb 4:14; 10:23; 12:1-4).
Em segundo lugar, advertiu-os contra
a imoralidade e a cobiça (Hb 13:4-6).
Finalmente, ele os exortou a conside-
rar atentamente e a obedecer seus
líderes (v. 7, 17).
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PENSE
• Considerando o ensino bíblico
sobre o estado dos mortos — depois
que fechamos os olhos na morte,
a próxima coisa que veremos é a
segunda vinda de Jesus —, por que
podemos dizer que todas as pessoas
viveram nos “últimos dias”?
TESTEMUNHE!
Vá à página de anotações
(no fim do trimestre) e saiba como!
Sammy
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 com SENSO S E X TA , 3 1 d e d e z e m b r o

n
RECEITA PARA O REFÚGIO
“ a experiência de todos há momentos de profundo
desapontamento e extremo desencorajamento —
DISCUTA
EM CLASSE
dias em que só predomina a tristeza, e é difícil crer • Como é possível
que Deus seja ainda o bondoso Protetor de Seus ser “diferente”
filhos na Terra; dias em que a angústia mortifica a por causa de nosso
compromisso
alma, de maneira que a morte parece melhor do que
cristão e, ainda
a vida. É então que muitos perdem sua confiança em assim, não ser
Deus e são levados à escravidão da dúvida, ao ca- acusado de se
tiveiro da incredulidade. Se nessas ocasiões pudés- isolar da sociedade
e desprezar os
semos discernir com intuição espiritual o significado
outros?
das providências de Deus, veríamos anjos procuran-
• Que cuidado
do salvar-nos de nós mesmos, esforçando-se para
devemos ter ao
apoiar nossos pés num alicerce mais firme que os repreender uma
montes eternos; e nova fé, nova vida jorrariam para pessoa que está
dentro do ser. [...] desanimada?

“Esperança e coragem são essenciais ao perfeito • De que forma nossa

serviço para Deus. Esses são frutos da fé. O desâni- experiência hoje,
dois mil anos depois,
mo é pecaminoso e irracional. Deus pode e deseja
é semelhante à dos
conceder a Seus servos ‘mais abundantemente’ (Hb primeiros cristãos,
6:17, ARC) a força de que necessitam para enfrentar e o que podemos
a tentação e a prova. Os planos dos inimigos de Sua aprender com essas
semelhanças?
obra podem parecer bem preparados e firmemen-
te estabelecidos, mas Deus pode derrubar os mais
fortes deles. E Ele faz isso em Seu devido tempo e
maneira, quando vê que a fé de Seus servos foi sufi-
cientemente provada.
“Para o desanimado há um remédio seguro: fé,
oração e trabalho. Fé e atividade darão segurança e
resenha!
satisfação que irão aumentar dia após dia. Você está
sendo tentado por sentimentos de ansiedade ou
completo desânimo? Nos dias mais escuros, quando Feche sua semana de
estudo com um resumo
as aparências parecem mais desanimadoras, não
em vídeo da lição.
tema. Tenha fé em Deus. Ele conhece suas necessi-
dades. Ele possui todo o poder. Seu infinito amor e Acesse:
compaixão não têm fim. Não receie que Ele deixe de
cumprir Sua promessa. Ele é a eterna verdade. Ja-
mais mudará a aliança que fez com os que O amam.

12
 E concederá a Seus servos fiéis tudo
o que suas necessidades requerem. O
apóstolo Paulo testemunhou: ‘Então
Ele me disse: A Minha graça é o que
basta para você, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza. [...] Por isso,
sinto prazer nas fraquezas, nos insul-
tos, nas privações, nas perseguições,
nas angústias, por amor de Cristo.
Porque, quando sou fraco, então é que
sou forte’ (2Co 12:9, 10).
“Será que Deus abandonou Elias em
seu momento de provação? Oh, não!
Ele não amava menos Seu servo quan-
do Elias se sentiu abandonado por Deus
e pelas pessoas do que quando, em
resposta à oração, desceu fogo do céu
e iluminou o topo do monte. E agora,
tendo Elias adormecido, um suave to-
que e uma delicada voz o despertaram.
PROPAGANA
14,8 X10cm
PRETO & ciano
Meta para 2022:
ser bênção na vida de alguém
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P3 43618 – ComTexto Bíblico – 1º trim 2022
7/10/2021 15:29
Ele se levantou dominado pelo medo,
como quem vai fugir, temendo que
o inimigo o tivesse descoberto. Mas
o rosto compassivo que se inclinava
sobre ele não era a de um inimigo,
mas de um amigo. Deus tinha en-
viado um anjo do Céu com alimento
para Seu servo. ‘Levante-se e coma’,
disse o anjo. ‘Elias olhou e viu, perto
da sua cabeça, um pão assado sobre
pedras em brasa e um jarro de água’
(1Rs 19:5, 6).
“Depois de servir-se do alimento
preparado para ele, Elias deitou-se
novamente e adormeceu. Pela segun-
da vez veio o anjo. Tocando o exaus-
to homem, disse com terna piedade:
‘Levante-se e coma, porque a viagem
será longa.’ (Ellen G. White, Profetas e
Reis, p. 162-166).
MKT CPB
Sammy
Designer Editor(a) C. Q. R. F.
 COM UNIDADE
N as aparentes cavernas
do fracasso
“Eu é que sei que pensamentos
tenho a respeito de vocês, diz o
Senhor. São pensamentos de paz e
não de mal, para dar-lhes um futuro
e uma esperança.” Jeremias 29:11
Não é nada difícil perder o foco. Já se
pegou de olhos fechados, com o propósi-
to de orar, e de repente sua mente vagou
para outro lugar? Pois você não é a pri-
meira nem será a última pessoa a passar
por essa situação.
Adam Aron, neurocientista da Universi-
dade da Califórnia, realizou uma pesquisa
que torna mais fácil entender como nosso
órgão pensante consegue nos pregar esse
tipo de peça. Aron e sua equipe descobri-
ram que a estrutura cerebral conhecida
como núcleo subtalâmico, responsável
por interromper ou parar movimentos em
nosso corpo, também tem a capacidade de
interromper processos cognitivos. Ao que
tudo indica, esse é um mecanismo de defe-
sa usado por nós, seres humanos, quando
nos sentimos ameaçados. Dessa manei-
ra, ao esvaziar a mente, podemos ativar
a chamada “resposta de luta ou fuga”. O
problema é que esse mecanismo acontece
diversas vezes por dia, e por que não dizer
ao longo da vida.
Problemas são geralmente causadores
da nossa perda de foco nas promessas
de Deus. Por causa disso, repito para mim
mesmo, várias vezes, algumas frases, mas a
minha preferida é esta: “Deus trama acima
14
da trama dos homens.” Creio que foi algo
assim que fez com que Davi não matasse
Saul na caverna de En-Gedi nem mesmo
se conformasse com sua atitude diante do
Rei (1Sm 24:5, 6); “sua consciência, porém,
começou a perturbá-lo por ter cortado a
borda do manto de Saul. Por isso, disse
a seus homens: Que o Senhor me livre de
fazer tal coisa a meu senhor, o ungido do
Senhor, e atacar aquele que o Senhor un-
giu como rei”. Quando perseguido conti-
nuou confiando na promessa de Deus de
que ele seria o rei de Israel (1Sm 16).
DIÁLOGO ABERTO
1. Que situações já fizeram você duvi-
dar das promessas de Deus?
2. Você conseguiu superar, ou ainda
luta com isso?
3. Se você superou, como conseguiu?
John C. Maxwell disse certa vez: “Se
você fosse capaz de dar um pontapé na
pessoa responsável por seu fracasso, fi-
caria sem poder sentar durante várias
semanas.” Sei que não é fácil lidar com os
problemas, mas se mantiver o foco e tomar
a decisão correta, verá Deus agindo de for-
mas extraordinárias, pois é nas aparentes
cavernas do fracasso que Ele realiza os
maiores milagres.
Richard Ogalha — Diretor do Ministério
Jovem da União Centro-Oeste Brasileira
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