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O QUE NOS POSSIBILITA E O QUE

RESULTA ENTRAR NO REINO DE DEUS?

Gl. 3.23-28

Objetivo: Apresentar a porta de entrada para o


reino de Deus em Cristo Jesus e as bênçãos
decorrentes desta entrada.

Introdução: ‘E Ele lhes exortou: “Esforçai-vos


por adentrar pela porta estreita, pois Eu vos
asseguro que muitas pessoas procurarão entrar e
não conseguirão’ (Lc. 13.24).

‘Desde os dias de João Batista até agora, o Reino


dos céus é tomado à força, e os que usam de
violência se apoderam dele’ (Mt. 11.12).

Contexto: Paulo provavelmente escreveu sua


epístola aos Gálatas enquanto viajava pela
Macedônia durante sua terceira viagem missionária,
por volta de 55–57 d.C.
Paulo escreveu aos santos na Galácia preocupado
com o fato de que eles estivessem se afastando do
Senhor ao seguirem ensinamentos de alguns que
buscavam ‘distorcer o evangelho de Cristo’ (Gl. 1.6-
7); pois havia influência dos judaizantes ensinando
aos cristãos gentios a falsa doutrina de que eles
precisavam ser circuncidados e observar os
requisitos dos rituais da lei de Moisés (Gl. 6.12; At.
15.1), e alguns santos da Galácia haviam adotado os
ensinamentos dessas pessoas (Gl. 4.10).

Transição: Há certa exigência para a entrada no


Reino de Deus e uma vez entrado há resultados
fascinantes que se disponibilizam ao cristão.
Com base neste arrazoado quero vos falar nesta
ocasião sobre ‘O Que Nos Possibilita e o Que
resulta Entrar no Reino de Deus?’.

I – A Porta de Entrada no Reino é a Fé em


Cristo Jesus.

a – O contexto.

1. O apóstolo ensina nesta seção da carta que a Lei


dada ao povo judeu foi importante, mas que
tendo vindo Cristo, não se necessita mais da
mesma.

2. A Lei foi dada por Deus com uma finalidade


precípua: demonstrar ao homem que o mesmo
era pecador e nessa condição jamais poderia
cumprir os princípios do Reino de Deus e, assim
então, no reconhecimento de sua incapacidade,
clamaria a Deus por misericórdia.
2.1 – Gl. 3.19 ‘Qual, pois, a razão de ser da lei?
Foi adicionada por causa das
transgressões, até que viesse o descendente
a quem se fez a promessa, e foi promulgada
por meio de anjos, pela mão de um
mediador’.
2.2 – Rm. 3.20 ‘Pois ninguém é aceito por
Deus por fazer o que a lei manda, porque a
lei faz com que as pessoas saibam que são
pecadoras’.
2.3 – ‘Sem Lei já era provado que o homem era
pecador, com Lei ficou pior ainda’ (George
Henderlite).

3. O apóstolo Paulo usa a figura do pedagogo


para ilustrar o papel da lei.
3.1 – Hoje o pedagogo é um mestre escola, um
educador, contudo a palavra tem sua origem
em conceitos mais remotos.
3.2 – Veja o verso 24: ‘De maneira que a lei nos
serviu de aio (παιδαγωγός) para nos
conduzir a Cristo, a fim de que fôssemos
justificados por fé’.
3.3 – A Tradução Brasileira (versão para nosso
português feita em 1917) usou o termo
‘pedagogo’ o que as versões posteriores
(ARA e ARC) traduziram por ‘aio’.

4. O que é um ‘aio’?
4.1 – No período grego o pedagogo, ‘aio’, era
geralmente um escravo guardião da criança.
4.2 – Era um auxiliar que tinha a incumbência
de mentorear a criança dos seis aos dezesseis
anos, quando então a mesma seria aceita
como adulto.
5.Paulo diz que a lei fez isso conosco. Ela nos
conduziu à fé em Cristo. Leia Gl. 3.23: ‘Mas,
antes que viesse a fé, estávamos sob a tutela da
lei e nela encerrados, para essa fé que, de
futuro, haveria de revelar-se’.

b – Só se entra no Reino mediante a fé em Cristo:

1. Jo. 3.16 ‘... para que todo o que nele crer...’.

2. Gl. 3.26 ‘... sois filhos de Deus pela fé em


Cristo...’.

3. Você já entrou para o Reino de Deus? Se


ainda não depositou a fé irrestrita em Cristo
como o único que pode te conduzir a Deus, esta
é uma oportunidade que não pode ser
desperdiçada.

II – A Entrada no Reino Impõe Novas


Roupas.

a – Ser recebido no Reino é ser batizado.

1. O apóstolo Paulo afirma que quantos creram em


Cristo nele foram batizados e automaticamente
foram revestidos dEle.

2. Gl. 3.27 ‘... porque todos quantos fostes


batizados em Cristo de Cristo vos revestistes’.
3. Aquilo que nos leva a ficar revestidos de
Cristo é o ‘batismo espiritual’ ou ‘batismo com o
Espírito Santo’ que é obra da terceira pessoa da
Trindade, o Espírito Santo.
3.1 – Tt. 3.4-7 ‘Quando, porém, se manifestou
a benignidade de Deus, nosso Salvador, e o
seu amor para com todos, não por obras de
justiça praticadas por nós, mas segundo sua
misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar
regenerador e renovador do Espírito Santo,
que ele derramou sobre nós ricamente, por
meio de Jesus Cristo, nosso Salvador, a fim
de que, justificados por graça, nos tornemos
seus herdeiros, segundo a esperança da vida
eterna’.
3.2 – Ser batizado no Espírito Santo não é uma
segunda experiência, ou uma ‘segunda
bênção’ como querem alguns irmãos de linha
pentecostal, mas é o lavar regenerador que
acontece na conversão de cada um que
deposita sua fé em Jesus.
3.3 – Gl. 3.27 Os termos verbais: ‘... fostes
batizados’ e ... ‘vos revestistes’ estão no grego
num tempo verbal chamado aoristo (pretérito
perfeito) e apontam para uma ação pontilear
designando que tal fato aconteceu de uma vez
por todas.
4. Assim como o filho pródigo da parábola,
ganhou roupas novas, assim também temos
novas roupas para estar na casa do Pai.

5.Aquele que creu em Cristo, foi batizado no


Espírito Santo e foi revestido de Cristo, e isto de
modo cabal e definitivo.

b – Só entra no Reino pessoas batizadas e revestidas


de Cristo.

1. Se alguém não está batizado ou não está


revestido de Cristo não tem parte no Reino de
Deus.

2. Preste muita atenção:


 O batismo em água é a porta da Igreja local
como organização, mas não é o caminho para
alguém estar em Cristo, e sim o ‘batismo
espiritual’, portanto se alguém não tem esse
batismo não entrou ainda para o Reino de Deus.
 Em Mt. 22.1-14 o Senhor Jesus conta uma
parábola que demonstra a necessidade
irremediável de se estar devidamente vestido
para entrar no Reino do céu:
‘O reino dos céus é semelhante a um rei que
celebrou as bodas de seu filho. Então, enviou os
seus servos a chamar os convidados para as
bodas; mas estes não quiseram vir. Enviou
ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos
convidados: Eis que já preparei o meu
banquete; os meus bois e cevados já foram
abatidos, e tudo está pronto; vinde para as
bodas. Eles, porém, não se importaram e se
foram, um para o seu campo, outro para o seu
negócio; e os outros, agarrando os servos, os
maltrataram e mataram. O rei ficou irado e,
enviando as suas tropas, exterminou aqueles
assassinos e lhes incendiou a cidade. Então,
disse aos seus servos: Está pronta a festa, mas
os convidados não eram dignos. Ide, pois, para
as encruzilhadas dos caminhos e convidai para
as bodas a quantos encontrardes. E, saindo
aqueles servos pelas estradas, reuniram todos
os que encontraram, maus e bons; e a sala do
banquete ficou repleta de convidados.
Entrando, porém, o rei para ver os que estavam
à mesa, notou ali um homem que não trazia
veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como
entraste aqui sem veste nupcial? E ele
emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes:
Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora,
nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes.
Porque muitos são chamados, mas poucos,
escolhidos’.

3. Ser revestido de Cristo fala de vida nova, de


novos procedimentos, de novo caráter.

c – Você já foi revestido de Cristo?

1. Sua vida mudou?


2. As pessoas a sua volta percebem que você é
diferente?

III – A Entrada no Reino Derruba Barreiras.

a – Mudar de Reino implica em mudar de cultura.

1. A absorção de novos valores e novos


procedimentos são decorrências naturais para
quem passou a viver em um novo país.

2. Ao nos tornarmos cristãos nossa cultura


passada deve ser renunciada e dar espaço a nova
cultura do Reino de Deus.

3. É importante que nos livremos da bagagem


cultural do passado que não se encaixa com a
cultura do reino.

b – O mundo romano foi sacudido com os valores do


Evangelho.

1. No seio do cristianismo primitivo, os


estrangeiros, as mulheres, os homens, os
escravos, os senhores, etc., eram todos
considerados como iguais, ou pelo esse era o
ideal.
2. Essa conquista do Evangelho veio
transformando o mundo ocidental, embora
certas desigualdades como a abolição da
escravatura tenham demorado séculos para
alcançar espaço entre os povos e, outras
desigualdades ainda perduram, e até mesmo
dentro da Igreja cristã.

c – Precisamos sacudir o mundo de nossos dias.

1. A declaração de igualdade em Cristo de que


desfrutam os crentes, expressa uma das notáveis
características distintivas da fé cristã, ainda que,
por toda a história da Igreja, esse princípio
jamais tenha sido realmente observado e
praticado.

2. A Igreja, em toda a história, sempre pecou


contra sua unidade. Urge que Igreja busque
resgatar esse princípio, pelo menos numa
aproximação com o que foi a Igreja Primitiva.

3. Respeitando as devidas proporções sociais,


dentre o povo de Deus não pode haver acepções
e desníveis nos relacionamentos.

4. O cristão de classe mais alta deve conviver


com igualdade de relacionamento com o simples
gari dentro da vivência da Igreja
5.Em Cristo não há desníveis: Todos estamos no
mesmo nível de pecadores remidos sem
quaisquer méritos, adotados como filhos e
aproximados como servos humildes, a serviço do
grande Rei.

6. Gl. 3.28 ‘Dessarte, não pode haver judeu


nem grego; nem escravo nem liberto; nem
homem nem mulher; porque todos vós sois um
em Cristo Jesus’.

Conclusão:

Como testemunhas de Jesus Cristo precisamos


envidar todos os esforços da alma para apresentar o
Evangelho de modo a impactar o mundo como nos
dias primitivos.
Somos chamados a viver essa possibilidade do reino
de Deus na terra.
Consagre-se ao Senhor e deixe que a nova vida de
Jesus se manifeste em sua experiência diária.

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