Introdução: As melhores notícias do mundo vieram de um
túmulo vazio. A tumba vazia de Cristo é o berço da Igreja. Se a morte tivesse triunfado sobre Jesus, estaríamos desprovidos de esperança. A ressurreição de Cristo é a pedra de esquina da nossa fé, o alicerce da nossa esperança, a garantia absoluta de que caminhamos para um glorioso amanhecer e não para um ocaso tenebroso. A morte não tem mais a última palavra. Seu aguilhão foi arrancado e porque Cristo vive, podemos crer no amanhã.
Transição: Sob o tema: ‘A Ressurreição de Cristo,
Fundamento da Nossa Esperança’, quero destacar três realidades benditas sobre a ressurreição de Cristo.
I – A Ressurreição de Cristo é Um Fato
Incontroverso.
1. Cristo ressuscitou e apareceu a Pedro, aos doze
apóstolos, a mais de quinhentas pessoas de uma só vez, a Tiago e a Paulo. 1.1 – Várias testemunhas oculares presenciaram Jesus com um corpo de glória. a) I Co. 15.3-8 ‘³Antes de tudo, vos entreguei o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, ⁴e que foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. ⁵E apareceu a Cefas e, depois, aos doze. ⁶Depois, foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora; porém alguns já dormem. ⁷Depois, foi visto por Tiago, mais tarde, por todos os apóstolos ⁸e, afinal, depois de todos, foi visto também por mim, como por um nascido fora de tempo’.
2. Sua ressurreição não foi uma surpresa, mas uma
profecia. 2.1 – Tanto o AT como o NT anunciaram a bendita realidade da ressurreição. 2.2 – Jesus a proclamou com clareza antes de ser entregue nas mãos dos pecadores. a) Lc. 9.22 ‘É necessário que o Filho do Homem sofra muitas coisas, seja rejeitado pelos anciãos, pelos principais sacerdotes e pelos escribas; seja morto e, no terceiro dia, ressuscite’. b) Mt. 20.18-19 ‘¹⁸Eis que subimos para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos principais sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte. ¹⁹E o entregarão aos gentios para ser escarnecido, açoitado e crucificado; mas, ao terceiro dia, ressurgirá’. 2.3 – A ressurreição de Cristo abalou o inferno, fez estremecer os inimigos e perturba ainda hoje os céticos.
3. Muitas foram as tentativas para negar esse fato
incontroverso. 3.1 – Há aqueles que negam que Jesus tenha de fato morrido. 3.2 – Outros dizem que os discípulos roubaram o seu corpo. 3.3 – Outros afirmam que as mulheres foram ao túmulo errado no primeiro dia da semana.
4. Mas, a ressurreição não é um embuste, mas uma
verdade absoluta e incontestável. 4.1 – Se Cristo não ressuscitou, ele seria um lunático e não o Filho de Deus. 4.2 – Se Cristo não ressuscitou estamos todos enganados. a) I Co. 15.14,17 ‘¹⁴E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; ¹⁷E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados’. 4.3 – Se Cristo não ressuscitou, os mártires que verteram seu sangue morreram por uma causa tola. a) I Co. 15.18 ‘E ainda mais: os que dormiram em Cristo pereceram’. 4.4 – Se Cristo não ressuscitou, então, nós somos os mais infelizes de todos os homens. a) I Co. 15.19 ‘Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens’.
5. A ressurreição de Cristo tem provas irrefutáveis.
II – A Ressurreição de Cristo é Uma Verdade
Transformadora.
1. A ressurreição de Cristo produziu um profundo
impacto na vida dos discípulos. 1.1 – Eles estavam trancados de medo por causa da fúria dos judeus. 1.2 – Quando a porta o túmulo foi aberta, eles foram trancados em prisões dos judeus por falta de medo. 1.3 – Então, eles se dispuseram a ser presos, açoitados e mortos por causa dessa convicção. 1.4 – O poder da ressurreição inundou o coração deles de santa convicção e eles saíram a pregar, no poder do Espírito, a mensagem do Cristo ressurreto.
2. Essa mensagem como rastilho de pólvora espalhou-se
por todo o mundo. 2.1 – Corações endurecidos foram quebrados. 2.2 – Barreiras de incredulidade foram derrubadas. 2.3 – O império das trevas foi saqueado e uma multidão de pessoas foram salvas e, transportadas para o Reino da luz. 2.4 – Ainda hoje, a mensagem da ressurreição transforma vidas, restaura famílias e nos dá razão para cantar mesmo em face da morte.
III – A Ressurreição de Cristo é Uma Esperança
Gloriosa.
1. A ressurreição de Cristo é a garantia da nossa
ressurreição. 1.1 – Ele levantou-se dos mortos como primícias de todos aqueles que um dia ouvirão de seus túmulos a voz de Deus e sairão. a) I Co. 15.20 ‘Mas, de fato, Cristo ressuscitou dentre os mortos, sendo ele as primícias dos que dormem’. 1.2 – Paulo afirma que se Cristo não ressuscitou é vã a nossa pregação e vã a nossa fé. 1.3 – Se Cristo não ressuscitou ainda permanecemos nos nossos pecados e os que dormiram em Cristo pereceram. 1.4 – Se Cristo não ressuscitou somos falsas testemunhas de Deus e nossa esperança está fadada ao fracasso total. a) I Co. 15.14-15 ‘¹⁴E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e vã, a vossa fé; ¹⁵e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que ele ressuscitou a Cristo, ao qual ele não ressuscitou, se é certo que os mortos não ressuscitam’.
2. Mas, de fato Cristo ressuscitou como o primeiro da
fila. 2.1 – No último dia, quando a trombeta de Deus ressoar e quando se ouvir a voz do arcanjo, o Senhor Jesus descerá dos céus e os mortos sairão de seus túmulos. 2.2 – Teremos, então, um corpo incorruptível, poderoso, glorioso, espiritual e celestial, semelhante ao corpo da sua glória.
3. Essa esperança não é algo vago, mas uma convicção
gloriosa. 3.1 – Nosso corpo surrado pela doença, debilitado pelo peso dos anos, timbrado por fraquezas e deficiências se revestirá de uma beleza indescritível, de uma perfeição indizível e de uma glória inefável. 3.2 – Seremos semelhantes ao que Ele é. a) I Jo. 3.2 ‘Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é’.
Conclusão:
Cristo é o Salvador enviado de Deus para nos resgatar da
condenação eterna, pois somos pecadores e culpados diante de Deus.
A ressurreição de Cristo é o selo e a garantia de que seu
sacrifício foi completo e suficiente para a nossa salvação.
(Hernandes Dias Lopes - pastor da Igreja Presbiteriana
do Brasil, escritor, membro da Academia Evangélica de Letras do Brasil e diretor executivo da Editora Luz para o Caminho).