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Introdução
Jesus virá outra vez! Sim: OUTRA vez! Sua 1ª vinda deve ser compreendida como a
Inauguração Escatológica.
A Bíblia fala do tempo como Chronos (54 vezes no NT): espaço de tempo; tempo cronológico;
como em Atos 1:21-22 – É necessário, pois, que, dos homens que nos acompanharam todo o tempo
(chronos) que o Senhor Jesus andou entre nós, começando no batismo de João, até ao dia em que
dentre nós foi levado às alturas, um destes se torne testemunha conosco da sua ressurreição.
E também do tempo como Kairós (85 vezes no NT): tempo especial, apropriado; tempo crítico
(oportunidade/perigo), como em Marcos 1:14-15 – Depois de João ser preso, foi Jesus para a
Galiléia pregando e dizendo: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo; arrependei-vos
e crede no evangelho.
Intrigante, porém, é a expressão de Paulo no texto em questão (Gl 4): “Plenitude do Tempo”
(to pleroma tou chronou), que significa “clímax; auge – Tempo definitivo”! Nas palavras de H.
Schlier (Biblista): “o momento em que o chronos está completo, em que o tempo atingiu sua plena
medida, isto é, chegou ao seu fim”. Não se trata de um kairós, mas da plenitude do chronos.
O sinal da Plenitude do Tempo está na declaração histórica “Deus enviou seu Filho”.
Os sinais do Filho:
A plenitude do tempo é, então, a inauguração de uma nova era. O tempo cronológico cede
lugar a uma espécie de Contagem Regressiva, como em Atos 1:10-11 – E, estando eles com os
olhos fitos no céu, enquanto Jesus subia, eis que dois varões vestidos de branco se puseram ao lado
deles e lhes disseram: Varões galileus, por que estais olhando para as alturas? Esse Jesus que
dentre vós foi assunto ao céu virá do modo como o vistes subir.
O tempo chamado HOJE deve ser compreendido como intervalo entre a Plenitude e a
Consumação. O tempo chamado HOJE é “Era Escatológica” (eschaton: final).
Conclusão
Introdução
Jesus virá outra vez! Mas até AGORA não veio! Seus primeiros discípulos já morreram e
tantos mais em toda história da Igreja Cristã (2000 anos). A morte deve ser compreendida como
Antecipação Escatológica.
A própria relação de Paulo com a Expectativa da 2ª Vinda pode ser didaticamente dividida em 3
momentos distintos:
A vida eterna inaugurada pelo Espírito em nós é o convite ao Conhecimento de Deus. Este
conhecimento de Deus torna-se um aprofundamento da confiança na Vida Eterna.
Blaise Pascal: “Só existem duas espécies de pessoas a quem se possa chamar de
razoáveis: ou os que servem a Deus de todo o coração porque o conhecem, ou os que o
procuram de todo coração porque não o conhecem.”
Conclusão
É preciso reconhecer o triunfo da vida sobre a morte na ressurreição de Jesus Cristo. A nossa
morte não anula o cumprimento das promessas de sua vinda, mas é assumida como antecipação
escatológica da experiência da ressurreição. O Espírito, enfim, apresenta-se como aquele que nos
prepara para a vida e para a morte em Cristo Jesus, Senhor da Vida.
Introdução
Jesus virá outra vez! De UMA vez por TODAS! A 2ª vinda é certa e deve ser compreendida
como a Consumação Escatológica.
A principal dificuldade e o principal fator gerador de Conflito neste tema é que trata-se de
Evento FUTURO! Segue como na fábula de Freud [atribuída por ele a Vitor Hugo] sobre o Rei que
sabia identificar bruxas: “basta coze-las e experimentar seu caldo; pelo gosto podem ser
identificadas”. Em outras palavras, como provar equívocos?
c) Aparecimento do Anticristo
2 Ts 2:3-4 – Ninguém vos engane: isto não acontecerá sem que primeiro venha a apostasia e
seja revelado o homem da iniqüidade, o filho da perdição, que se opõe contra tudo que se
chama Deus ou é objeto de culto, a ponto de assentar-se no santuário de Deus, como se
fosse o próprio Deus.
Os sinais da vinda de Cristo são, portanto, o que podemos chamar de sinais continuamente
presentes. Em outras palavras: A segunda vinda de Cristo já não exige precedentes. Está legitimada!
Os sofrimentos da era presente são um meio de identificação com Cristo. Os sofrimentos são,
também, instrumento de intensificação da expectativa escatológica.
Moltmann: “A vida sem paixão torna-se uma pobreza. A vida sem disposição para o
sofrimento torna-se mesquinha.”
Bonhoeffer: “Nos dias atuais importa, antes de tudo mais, que mostremos fidelidade diária e
firme. Se nesta hora nos tornarmos indolentes ou levianos, como estaremos perante nossos
irmãos presos? Como nos apresentaríamos perante o filho de Deus que por nossa causa
sofreu até a morte? Agora é necessário perseverarmos.”
Conclusão