Objetivo: Conduzir o ouvinte ao reconhecimento de que a
cruz do Senhor era a sua cruz. Jesus foi trocado conosco.
Introdução: Todos falamos que temos uma cruz para
carregar nesta vida. Talvez não uma, mas muitas cruzes: • Seja a dificuldade com a sobrevivência num país cujo salário não te dá poder de compra. • Seja os problemas naturais pertinentes a vida em família. • Seja a luta na educação dos filhos. • Seja a convivência com aquela doença que está te exaurindo. Há por certo muitas cruzes que carregamos...
Contexto: Barrabás era um criminoso, e tinha tudo para ser
julgado e condenado pela lei romana, e, numa tarde de sol causticante, sair arrastando sua cruz pelas ruas de sua cidade, sendo cuspido e apedrejado pela população, como um renegado desprezível. No entanto, foi trocado. Deram sua cruz para outro levar.
Transição: Quero vos falar nesta ocasião sobre ‘A Cruz
Que Eu Não Carreguei’. I – Eu Não Carreguei a Cruz de Condenação.
a – O homem é condenado por seus pecados.
1. Algo que é patente na existência humana é a
deformidade da natureza e do caráter desse ser humano.
2. É impossível não reconhecermos que o ser humano é
doente, é corrompido e caminha para uma situação de ruína. 2.1 – Todos os seguimentos da existência humana sofrem com o mal. 2.2 – Na teologia reformada isto se denomina de Depravação Total.
3. A esse mal, a Bíblia denomina de pecado, dando sua
origem, sua força corruptora, seus efeitos e consequências na vida humana, o fim a que o mesmo leva o ser humano e a rejeição e condenação de Deus ao homem por esse estado.
b – A condenação do pecador é uma questão de justiça.
1. Anselmo de Canterbury, em seu livro ‘Cur Deus Homo?’,
afirma que o ‘o homem pecador deve a Deus, por causa do pecado, o que não pode pagar, e a menos que pague não pode ser salvo’.
2. A justiça divina exige punição aos infratores. Se a
justiça humana assim o requer, muito mais a justiça de Deus que é perfeita. 3. O homem não conseguiria sofrer a condenação reclamada pela justiça divina, que é a morte (morte no sentido espiritual e eterno).
4. Por isso Deus, desde o início de sua revelação e
relação com o homem, ensina o princípio da substituição.
5. Cristo é condenado e punido substituindo o homem.
6. Assim, no dizer do apóstolo Paulo, Deus é Justo e o
Justificador (Rm. 4).
7.Cristo satisfaz a justiça de Deus, quando esta aponta o
fato de que o pecador como um infrator deve ser condenado e punido.
c – A cruz de Cristo alcança nossa justificação.
1. Quando um homem qualquer é condenado como
criminoso, a justiça exige o cumprimento de uma pena.
2.Depois de cumprir a pena requerida por lei, o tal não
pode mais sofrer com a alcunha de criminoso.
3.A dívida para com a justiça foi paga. Esse homem está justificado de seus erros.
4. Jamais poderia o homem quitar sua dívida. Jamais
poderia se tornar justo diante de Deus.
5. O que Cristo faz por nós é pagar nossa penalidade. O
apóstolo Paulo nos ensina que Cristo foi tido como culpado em nosso lugar. 5.1 – II Co. 5.21 ‘Aquele que não conheceu pecado, Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus’. 5.2 – Diagrama: Aquele que não conheceu pecado └→ Jesus Cristo.
Deus o fez pecado por nós
└→ Jesus Cristo.
para que nele fôssemos
└→ Jesus Cristo.
feitos justiça de Deus.
└→ (como) Jesus Cristo.
5.3 – Rm. 5.1 ‘Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo’
6. A cruz que eu não carreguei era a condenação pelo
próprio pecado.
Conclusão: Concluo com a poesia de Myrtes Mathias, ‘Este
Lugar é Meu’:
Que fazes aí, Jesus, no alto da colina?
Esta coroa a te ferir a fronte? O sangue a misturar-se com o suor? Que fazes aí, Senhor, neste lugar que é meu? Teu lugar é no céu: comandando os mundos, dominando os elementos, recebendo adoração. Que fazes aí, na solidão, apenas dois ladrões por companhia? Este lugar é meu, Senhor. Fui eu que deixei de atender as ordens de teu Pai, que enganei meu irmão, que desprezei os caídos à beira do caminho. Fui eu que te deixei sozinho na hora do julgamento, que encruzei os braços e encolhi as mãos. Fui eu que invejei, tratei com indiferença, não soube perdoar. Entendes, agora, por que aí é meu lugar? Fui eu que tive pensamentos maus, desejei o que não me pertencia, levei teu nome à zombaria, seduzido por promessas, ou com medo de ameaças. Tu és puro e santo, amigo e bom. Não é justo que permaneças aí. Tu nunca falhaste. Este é o lugar dos que erraram. Este lugar é meu, Jesus, desce daí! Para glória tua, e minha salvação, troca esta cruz horrível, que aceitaste, pelo trono que te ofereço em meu coração.