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A Cruz Que Eu Não Carreguei

Jo. 19.1-22

Objetivo: Conduzir o ouvinte ao reconhecimento de que a


cruz do Senhor era a sua cruz. Jesus foi trocado conosco.

Introdução: Todos falamos que temos uma cruz para


carregar nesta vida.
Talvez não uma, mas muitas cruzes:
• Seja a dificuldade com a sobrevivência num país cujo
salário não te dá poder de compra.
• Seja os problemas naturais pertinentes a vida em
família.
• Seja a luta na educação dos filhos.
• Seja a convivência com aquela doença que está te
exaurindo.
Há por certo muitas cruzes que carregamos...

Contexto: Barrabás era um criminoso, e tinha tudo para ser


julgado e condenado pela lei romana, e, numa tarde de sol
causticante, sair arrastando sua cruz pelas ruas de sua
cidade, sendo cuspido e apedrejado pela população, como
um renegado desprezível.
No entanto, foi trocado. Deram sua cruz para outro levar.

Transição: Quero vos falar nesta ocasião sobre ‘A Cruz


Que Eu Não Carreguei’.
I – Eu Não Carreguei a Cruz de Condenação.

a – O homem é condenado por seus pecados.

1. Algo que é patente na existência humana é a


deformidade da natureza e do caráter desse ser humano.

2. É impossível não reconhecermos que o ser humano é


doente, é corrompido e caminha para uma situação de
ruína.
2.1 – Todos os seguimentos da existência humana
sofrem com o mal.
2.2 – Na teologia reformada isto se denomina de
Depravação Total.

3. A esse mal, a Bíblia denomina de pecado, dando sua


origem, sua força corruptora, seus efeitos e
consequências na vida humana, o fim a que o mesmo
leva o ser humano e a rejeição e condenação de Deus ao
homem por esse estado.

b – A condenação do pecador é uma questão de justiça.

1. Anselmo de Canterbury, em seu livro ‘Cur Deus Homo?’,


afirma que o ‘o homem pecador deve a Deus, por causa
do pecado, o que não pode pagar, e a menos que pague
não pode ser salvo’.

2. A justiça divina exige punição aos infratores. Se a


justiça humana assim o requer, muito mais a justiça de
Deus que é perfeita.
3. O homem não conseguiria sofrer a condenação
reclamada pela justiça divina, que é a morte (morte no
sentido espiritual e eterno).

4. Por isso Deus, desde o início de sua revelação e


relação com o homem, ensina o princípio da
substituição.

5. Cristo é condenado e punido substituindo o homem.

6. Assim, no dizer do apóstolo Paulo, Deus é Justo e o


Justificador (Rm. 4).

7.Cristo satisfaz a justiça de Deus, quando esta aponta o


fato de que o pecador como um infrator deve ser
condenado e punido.

c – A cruz de Cristo alcança nossa justificação.

1. Quando um homem qualquer é condenado como


criminoso, a justiça exige o cumprimento de uma pena.

2.Depois de cumprir a pena requerida por lei, o tal não


pode mais sofrer com a alcunha de criminoso.

3.A dívida para com a justiça foi paga. Esse homem está
justificado de seus erros.

4. Jamais poderia o homem quitar sua dívida. Jamais


poderia se tornar justo diante de Deus.

5. O que Cristo faz por nós é pagar nossa penalidade. O


apóstolo Paulo nos ensina que Cristo foi tido como
culpado em nosso lugar.
5.1 – II Co. 5.21 ‘Aquele que não conheceu pecado,
Deus o fez pecado por nós; para que nele fôssemos
feitos justiça de Deus’.
5.2 – Diagrama:
Aquele que não conheceu pecado
└→ Jesus Cristo.

Deus o fez pecado por nós


└→ Jesus Cristo.

para que nele fôssemos


└→ Jesus Cristo.

feitos justiça de Deus.


└→ (como) Jesus Cristo.

5.3 – Rm. 5.1 ‘Justificados, pois, mediante a fé, temos


paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo’

6. A cruz que eu não carreguei era a condenação pelo


próprio pecado.

Conclusão: Concluo com a poesia de Myrtes Mathias, ‘Este


Lugar é Meu’:

Que fazes aí, Jesus, no alto da colina?


Esta coroa a te ferir a fronte?
O sangue a misturar-se com o suor?
Que fazes aí, Senhor, neste lugar que é meu?
Teu lugar é no céu: comandando os mundos, dominando os
elementos, recebendo adoração.
Que fazes aí, na solidão, apenas dois ladrões por
companhia?
Este lugar é meu, Senhor.
Fui eu que deixei de atender as ordens de teu Pai, que
enganei meu irmão, que desprezei os caídos à beira do
caminho.
Fui eu que te deixei sozinho na hora do julgamento, que
encruzei os braços e encolhi as mãos.
Fui eu que invejei, tratei com indiferença, não soube
perdoar.
Entendes, agora, por que aí é meu lugar?
Fui eu que tive pensamentos maus, desejei o que não me
pertencia, levei teu nome à zombaria, seduzido por
promessas, ou com medo de ameaças.
Tu és puro e santo, amigo e bom.
Não é justo que permaneças aí.
Tu nunca falhaste.
Este é o lugar dos que erraram.
Este lugar é meu, Jesus, desce daí!
Para glória tua, e minha salvação, troca esta cruz horrível,
que aceitaste, pelo trono que te ofereço em meu coração.

(Convite a receber a Jesus como Salvador).

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