Objetivo: Ensinar que para cumprir a missão dada por
Jesus quanto a evangelização, o cristão precisa assumir um espírito e comportamento de renúncia.
Introdução: Você é uma pessoa apegada?
Guarda coisas como objetos, roupas, fotos, que nem lhe servem mais? Geralmente nos apegamos às pessoas ou às coisas, e nos esquecemos muitas vezes dos valores eternos.
Contexto: A Narrativa de Viagem (Lc 9.51-19.48) engloba
a última viagem de Jesus da região norte até Jerusalém, onde seria crucificado. O Senhor Jesus está ministrando na vida de seus discípulos formando neles a compreensão do valor do Reino de Deus e o investimento que dele decorre a cada um dos seus seguidores.
Transição: Até onde você está envolvido com a missão
delegada pelo Senhor Jesus a sua Igreja? Quero compartilhar sobre o tema: ‘A Missão Exige Renúncia de Cada Discípulo’.
I – A Missão Exige Renúncia do Lastro de Família.
a – A família no plano de Deus.
1. É grafado com valoroso destaque nas linhas das
Escrituras o lugar da família no plano de Deus. 2. Deus poderia ter criado uma humanidade completa a partir do nada assim como fez com o reino animal, vegetal e mineral. – Criação imediata → ‘Disse Deus: Haja’ – Criação mediata → No caso da família, Deus criou cada parte básica individualmente e com suas próprias mãos. a) Gn. 2.7 (NVI) ‘Então o Senhor Deus formou o homem do pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente’. b) Gn. 2.21-23 (NVI) ‘Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada’.
3. A família é a célula principal de toda a construção
social da humanidade.
4. Embora a família seja o principal organismo social
não pode ser o conceito prioritário em nossa escala de valores, pois esta escala se inicia com Deus.
5. O resumo da própria Lei dado por Jesus implica em:
5.1 – Lc. 10.27 ‘Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’. 5.2 – Primeiro Deus, depois o próximo e depois a ti mesmo. b – A família no plano do discipulado.
1. A família é o bem mais importante que se pode ter aqui
nesta caminhada social, apenas suplantado por Deus.
2. Nada pode tomar o lugar de Deus na vida do cristão,
nem mesmo a família, seja ela no coletivo, seja ela no relacionamento pessoal.
3. É por isso que Jesus profere as palavras do verso 26,
colocando pessoas ou a família em um lugar inferior em relação a Ele mesmo. 3.1 – Lc. 14.26 (NVI) ‘Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo’.
4. A versão Almeida Revista Atualizada (ARA) usa a
tradução: aborrecer pai e mãe por causa de Jesus, indicando em pequena nota de rodapé: amar menos.
5. Cumprir nossa missão como discípulos de Cristo
implica em algo que é maior que nossa afeição familiar.
II – A Missão Exige Renúncia do Comando da Vida.
a – Os interesses pessoais são inferiores aos interesses de
Deus.
1. O Senhor Jesus destaca que além da família ter um
plano inferior, o próprio discípulo assume um lugar secundário diante da missão. 1.1 – Lc. 14.26b ‘Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo’.
2. Um antigo provérbio romano para os soldados em
tempo de guerra, expõe este princípio de Jesus: 2.1 – ‘Não importa que eu viva, importa que eu vá’. 2.2 – Ir não significa perder a própria vida, mas sim que o ir está acima da própria vida.
3. Ser discípulo é ser um missionário e isso significa
aborrecer a sua própria vida por causa de Jesus. 2.1 – Li ou ouvi alhures: ‘Ou você é um missionário ou você é um campo missionário’.
4. Um soldado é um missionário e quando em trabalho
sua vida é considerada secundária pelo bem da pátria ou da missão que ele representa.
5. O Senhor Jesus indica que o discípulo deve tomar a
sua cruz e segui-Lo. Isso implica em assumir o risco da morte e da renúncia total a favor da missão. 5.1 – Lc. 14.27 (NVI) ‘E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo’.
6. Não é fácil tomar a cruz. Tem ocasiões que a tensão
entre tomar ou não tomar a cruz é tão intensa e você recusa tomar a cruz.
b – O preço para ser discípulo é rendição total.
1. O Senhor Jesus apresenta aqui duas breves analogias
sobre o preço do discipulado. 1.1 – Antes de construir, calcule o preço. a) Talvez seja uma torre de vigia para sua vinha, a fim de proteger-se contra saqueadores etc., e quisesse ter um lugar - talvez um lugar adicional - para armazenagem e ainda que servisse de residência temporária. b) O Senhor Jesus argumenta que antes de começar a edificar a estrutura, esse homem deveria calcular os custos; pois se não o fizer, ele virá a ser um alvo de chacota, um objeto de ridículo. c) Semelhantemente, antes de alguém decidir ser um seguidor de Cristo, precisa compreender que ser um cristão não é ‘um mar de rosas’. 1.2 – Antes de ir à guerra, calcule o preço. a) Esse rei não está na mesma posição do construtor da parábola precedente; pois aquele homem era livre para agir ou não agir, para construir ou não construir. b) O rei, entretanto, está sendo atacado; pois alguém está vindo contra ele com vinte mil soldados, enquanto ele só tem dez mil, e ele tem de tomar uma decisão. c) As probabilidades eram de dois para um! d) É a figura do pecador, mais fraco que Deus, e perderá a guerra; então precisa pedir condições de paz. e) Jesus está dizendo que o discipulado envolve sacrifício e dificuldades. 1.3 – Ser um discípulo de Jesus exige um preço.
2. Se o cristão quer de fato cumprir sua missão,
certamente experimentará a tensão de renunciar a si mesmo pelo bem do reino de Deus.
3. É maior que seguir nosso próprio caminho.
4. ‘Quando a sua vontade cruza com a vontade de Deus e você escolhe a vontade de Deus contra a sua vontade, isso é tomar a cruz’ (Luiz Palau - adaptado).
III – A Missão Exige Renúncia do Amor às
Possessões.
a – Nada pode concorrer com a missão do Reino.
1. Pode-se ver tanto pelas Escrituras Sagradas quanto pela
experiência que a tendência de se apegar às coisas é comum ao ser humano.
2. As coisas materiais são boas e são instrumentos de
Deus para nosso bem estar, contudo não podemos viver como se tais bens fossem bens permanentes. 2.1 – II Co. 6.10b ‘entristecidos, mas sempre nos alegrando; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada tendo, mas possuindo tudo’.
3. Na qualidade de bens transitórios que são não
podem ocupar lugar de alta importância em nossa escala de valores.
4. Assim, você pode possuir muitos bens, mas estes
nunca podem ocupar em sua vida lugar maior que a missão dada pelo Senhor Jesus.
b – A missão é maior que qualquer coisa para o discípulo.
1. Nada pode subtrair o lugar da missão na vida do
discípulo. 2. O Senhor Jesus é enfático em sua conclusão afirmando que o Reino de Deus e sua missão é maior que o amor às possessões.
3. Lc. 14.33 ‘Da mesma forma, qualquer de vocês que
não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu discípulo’.
4. A missão do discípulo é a de propagar o Ser
maravilhoso de Deus e seu plano de salvação que alcança e transforma o pecador em filho amado.
Conclusão:
O sábio Salomão já preconizava sobre o privilégio de se
conduzir pessoas ao caminho da justiça: Pr. 11.30 O fruto da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é sábio.