Você está na página 1de 7

A Missão Exige Renúncia de Cada Discípulo

Lc. 14.25-27, 33

Objetivo: Ensinar que para cumprir a missão dada por


Jesus quanto a evangelização, o cristão precisa assumir um
espírito e comportamento de renúncia.

Introdução: Você é uma pessoa apegada?


Guarda coisas como objetos, roupas, fotos, que nem lhe
servem mais?
Geralmente nos apegamos às pessoas ou às coisas, e nos
esquecemos muitas vezes dos valores eternos.

Contexto: A Narrativa de Viagem (Lc 9.51-19.48) engloba


a última viagem de Jesus da região norte até Jerusalém,
onde seria crucificado.
O Senhor Jesus está ministrando na vida de seus discípulos
formando neles a compreensão do valor do Reino de Deus e
o investimento que dele decorre a cada um dos seus
seguidores.

Transição: Até onde você está envolvido com a missão


delegada pelo Senhor Jesus a sua Igreja?
Quero compartilhar sobre o tema: ‘A Missão Exige
Renúncia de Cada Discípulo’.

I – A Missão Exige Renúncia do Lastro de Família.

a – A família no plano de Deus.

1. É grafado com valoroso destaque nas linhas das


Escrituras o lugar da família no plano de Deus.
2. Deus poderia ter criado uma humanidade completa
a partir do nada assim como fez com o reino animal,
vegetal e mineral.
– Criação imediata → ‘Disse Deus: Haja’
– Criação mediata → No caso da família, Deus criou
cada parte básica individualmente e com suas próprias
mãos.
a) Gn. 2.7 (NVI) ‘Então o Senhor Deus formou o
homem do pó da terra e soprou em suas narinas o
fôlego de vida, e o homem se tornou um ser vivente’.
b) Gn. 2.21-23 (NVI) ‘Então o Senhor Deus fez o
homem cair em profundo sono e, enquanto este
dormia, tirou-lhe uma das costelas fechando o
lugar com carne. Com a costela que havia tirado do
homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até
ele. Disse então o homem: Esta, sim, é osso dos
meus ossos e carne da minha carne! Ela será
chamada mulher, porque do homem foi tirada’.

3. A família é a célula principal de toda a construção


social da humanidade.

4. Embora a família seja o principal organismo social


não pode ser o conceito prioritário em nossa escala de
valores, pois esta escala se inicia com Deus.

5. O resumo da própria Lei dado por Jesus implica em:


5.1 – Lc. 10.27 ‘Respondeu-lhe ele: Amarás ao Senhor
teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todas as tuas forças e de todo o teu
entendimento, e ao teu próximo como a ti mesmo’.
5.2 – Primeiro Deus, depois o próximo e depois a ti
mesmo.
b – A família no plano do discipulado.

1. A família é o bem mais importante que se pode ter aqui


nesta caminhada social, apenas suplantado por Deus.

2. Nada pode tomar o lugar de Deus na vida do cristão,


nem mesmo a família, seja ela no coletivo, seja ela no
relacionamento pessoal.

3. É por isso que Jesus profere as palavras do verso 26,


colocando pessoas ou a família em um lugar inferior em
relação a Ele mesmo.
3.1 – Lc. 14.26 (NVI) ‘Se alguém vem a mim e ama o
seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus
irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que
a mim, não pode ser meu discípulo’.

4. A versão Almeida Revista Atualizada (ARA) usa a


tradução: aborrecer pai e mãe por causa de Jesus,
indicando em pequena nota de rodapé: amar menos.

5. Cumprir nossa missão como discípulos de Cristo


implica em algo que é maior que nossa afeição familiar.

II – A Missão Exige Renúncia do Comando da Vida.

a – Os interesses pessoais são inferiores aos interesses de


Deus.

1. O Senhor Jesus destaca que além da família ter um


plano inferior, o próprio discípulo assume um lugar
secundário diante da missão.
1.1 – Lc. 14.26b ‘Se alguém vem a mim e ama o seu
pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e
irmãs, e até sua própria vida mais do que a
mim, não pode ser meu discípulo’.

2. Um antigo provérbio romano para os soldados em


tempo de guerra, expõe este princípio de Jesus:
2.1 – ‘Não importa que eu viva, importa que eu vá’.
2.2 – Ir não significa perder a própria vida, mas sim que
o ir está acima da própria vida.

3. Ser discípulo é ser um missionário e isso significa


aborrecer a sua própria vida por causa de Jesus.
2.1 – Li ou ouvi alhures: ‘Ou você é um missionário ou
você é um campo missionário’.

4. Um soldado é um missionário e quando em trabalho


sua vida é considerada secundária pelo bem da pátria ou
da missão que ele representa.

5. O Senhor Jesus indica que o discípulo deve tomar a


sua cruz e segui-Lo. Isso implica em assumir o risco da
morte e da renúncia total a favor da missão.
5.1 – Lc. 14.27 (NVI) ‘E aquele que não carrega sua
cruz e não me segue não pode ser meu discípulo’.

6. Não é fácil tomar a cruz. Tem ocasiões que a tensão


entre tomar ou não tomar a cruz é tão intensa e você
recusa tomar a cruz.

b – O preço para ser discípulo é rendição total.

1. O Senhor Jesus apresenta aqui duas breves analogias


sobre o preço do discipulado.
1.1 – Antes de construir, calcule o preço.
a) Talvez seja uma torre de vigia para sua vinha, a
fim de proteger-se contra saqueadores etc., e
quisesse ter um lugar - talvez um lugar adicional
- para armazenagem e ainda que servisse de
residência temporária.
b) O Senhor Jesus argumenta que antes de começar
a edificar a estrutura, esse homem deveria
calcular os custos; pois se não o fizer, ele virá a
ser um alvo de chacota, um objeto de ridículo.
c) Semelhantemente, antes de alguém decidir ser
um seguidor de Cristo, precisa compreender que
ser um cristão não é ‘um mar de rosas’.
1.2 – Antes de ir à guerra, calcule o preço.
a) Esse rei não está na mesma posição do
construtor da parábola precedente; pois aquele
homem era livre para agir ou não agir, para
construir ou não construir.
b) O rei, entretanto, está sendo atacado; pois
alguém está vindo contra ele com vinte mil
soldados, enquanto ele só tem dez mil, e ele tem
de tomar uma decisão.
c) As probabilidades eram de dois para um!
d) É a figura do pecador, mais fraco que Deus, e
perderá a guerra; então precisa pedir condições
de paz.
e) Jesus está dizendo que o discipulado envolve
sacrifício e dificuldades.
1.3 – Ser um discípulo de Jesus exige um preço.

2. Se o cristão quer de fato cumprir sua missão,


certamente experimentará a tensão de renunciar a si
mesmo pelo bem do reino de Deus.

3. É maior que seguir nosso próprio caminho.


4. ‘Quando a sua vontade cruza com a vontade de
Deus e você escolhe a vontade de Deus contra a sua
vontade, isso é tomar a cruz’ (Luiz Palau - adaptado).

III – A Missão Exige Renúncia do Amor às


Possessões.

a – Nada pode concorrer com a missão do Reino.

1. Pode-se ver tanto pelas Escrituras Sagradas quanto pela


experiência que a tendência de se apegar às coisas é
comum ao ser humano.

2. As coisas materiais são boas e são instrumentos de


Deus para nosso bem estar, contudo não podemos viver
como se tais bens fossem bens permanentes.
2.1 – II Co. 6.10b ‘entristecidos, mas sempre nos
alegrando; pobres, mas enriquecendo a muitos; nada
tendo, mas possuindo tudo’.

3. Na qualidade de bens transitórios que são não


podem ocupar lugar de alta importância em nossa escala
de valores.

4. Assim, você pode possuir muitos bens, mas estes


nunca podem ocupar em sua vida lugar maior que a
missão dada pelo Senhor Jesus.

b – A missão é maior que qualquer coisa para o discípulo.

1. Nada pode subtrair o lugar da missão na vida do


discípulo.
2. O Senhor Jesus é enfático em sua conclusão
afirmando que o Reino de Deus e sua missão é maior
que o amor às possessões.

3. Lc. 14.33 ‘Da mesma forma, qualquer de vocês que


não renunciar a tudo o que possui não pode ser meu
discípulo’.

4. A missão do discípulo é a de propagar o Ser


maravilhoso de Deus e seu plano de salvação que alcança
e transforma o pecador em filho amado.

Conclusão:

O sábio Salomão já preconizava sobre o privilégio de se


conduzir pessoas ao caminho da justiça: Pr. 11.30 O fruto
da retidão é árvore de vida, e aquele que conquista almas é
sábio.

Quem ganha almas é sábio.

Cumpra a sua missão.

Evangelize.

Você também pode gostar