Você está na página 1de 25

2


3

4 Programa Cultural
6 Concertos
8 Exposições
11 Outros Eventos

14 Programa Religioso A cidade de Braga, como cenário preferencial da vivência da Paixão de


16 Lausperene Quaresmal Jesus Cristo, oferece-nos um dos mais vastos e oportunos repositórios de
18 Preparação Quaresmal manifestações associadas à Semana Santa e à celebração pascal. Celebrações
enraizadas na comunidade desde que o Cristianismo aqui se implantou no
20 Procissões
século IV, acabou por obter um particular desenvolvimento através do papel
20 Procissão dos Passos dos seus arcebispos, ordens religiosas e corporações seculares, salientando-
22 Procissão de Nossa Senhora da “Burrinha” -se as iniciativas do Arcebispo D. Frei Agostinho de Jesus no final do século
24 Procissão do Senhor Ecce Homo XVI. A partir de 1933, com a criação da Comissão da Semana Santa, verificou-
-se um especial incremento das dinâmicas associadas.
26 Procissão do Enterro do Senhor
Não são apenas as seculares procissões dos Passos (1597) e do Senhor Ecce
28 Celebrações Homo (1513), completadas nas últimas décadas pela Procissão do Enterro do
30 Benção e Procissão dos Ramos e Missa do domingo de Ramos Senhor (1933) e pela renovada Procissão da Burrinha (1998), que perfazem
30 Missa Crismal e Benção dos Santos Óleos a imponência da quadra. As ruas vestem-se de roxo e perfumam-se de in-
censo, tal como os principais templos que continuam a centralizar o exercí-
32 Lava-Pés e Missa da Ceia do Senhor
cio de práticas seculares. Na Sé Primaz decorrem as principais celebrações
34 Ofício de Laudes e Sacramento da Reconciliação segundo o pendor de um costume litúrgico que reivindica identidade. Nos
34 Celebração da Morte do Senhor Congregados desprendem-se as espadas da imagem da Senhora das Dores,
35 Procissão Teofórica do Enterro pioneira desta devoção em Portugal e propulsora de um peculiar exercício
devocional. Em sete igrejas adora-se o sepulcro do Senhor, num desafio à
36 Ofício de Laudes e Sacramento da Reconciliação
contemplação da mais tenebrosa contingência da existência humana. E no
37 Vigília Pascal e Procissão da Ressurreição domingo estala a alegria! As campainhas ouvem-se ao longe. Os foguetes es-
38 Compasso Pascal talam no ar. As portas das casas abrem-se e exibem a abundância primaveril.
38 Missa Solene do domingo de Páscoa O Senhor ressuscitou!
Porém, dando cumprimento à Quaresma, especial tempo de preparação
40 Visita Pascal das paróquias
para a Páscoa que a Igreja propõe aos cristãos, é proposto um conjunto de
ações, de natureza eminentemente cultural ou vinculadas às práticas devo-
42 Outras informações cionais deste tempo, que complementa e antecipa a Semana Maior.
4

5

No calendário litúrgico do ano cristão, o ciclo da Páscoa celebra o mistério A popularização dos atos que compõem o progra-
central da Morte e Ressurreição de Cristo, também conhecido como Mistério ma das solenidades da Semana Santa é evidente-
Pascal ou Mistério da Redenção. Preparado pela Quaresma, tem o seu ponto mente dominado pelas procissões, os momentos
alto nos dias «maiores» da Semana Santa, com o epicentro na Vigília Pascal, mais esperados e que apresentam o mais signifi-
comemorativa da grande «Páscoa» ou «passagem» do povo hebreu, após a cativo índice de atratividade. No entanto, os atos
travessia do deserto, da escravidão no Egipto para a liberdade na Terra de Israel. eminentemente culturais afirmam-se como um su-
A celebração da Semana Santa de Braga enquadra-se neste grande arco de plemento de enorme valia para uma vivência mais
tempo, integrando no seu programa geral atos religiosos e atos culturais. plena deste especial momento da comunidade bra-
carense. Sendo a Semana Santa o mais visível traço
intangível que perpassou para o quotidiano da co-
munidade bracarense, é imperativo disponibilizar
oportunidades para a investigação, criação artística
Calendário da e fruição de âmbito cultural. Conferências, expo-
sições, concertos, concursos e encenações, entre
Quaresma / 2024 outras ações, detêm um lugar de enorme relevância
na programação, promovendo assim uma presença
mais evidente em todos os setores da sociedade.
Fevereiro
D S T Q Q S S
Março
1 2 3
4 5 6 7 8 9 10 D S T S Q Q S
11 12 E 14 15 16 17 1 2
18 19 20 21 22 23 24 3 4 5 6 7 8 9
25 26 27 28 29 10 11 12 13 14 15 16
17 18 19 20 21 22 23
24 25 26 27 28 29 30
P

Texto válido salvo erro tipográfico. O programa pode ser alterado sem aviso
prévio. Confirme sempre a informação atualizada e mais completa no sítio
oficial em www.semanasantabraga.com
6
21 março, quinta-feira 26 março, terça-feira Santa ⁄
7
21h30, Capela de N.ª Sr.ª da Guadalupe 21h30, Catedral de Braga

“Botar das Almas” “Caminhos – dor,


e outras músicas luz e esperança”
de temática religiosa Música: Sofia Sousa Rocha (1986-)
Grupo de Cantares “Mulheres Letra: Cónego João Aguiar (1950-2023)
do Minho” e Grupo Coral
15 março, sexta-feira Guadalupe e Porta Nova “Miserere”
21h30, Catedral de Braga
De João Evangelista Pereira da
A. Vivaldi (1678-1741), 22 março, sexta-feira Costa (1798-1832). Instrumentação
21h30, Igreja de São Marcos de J. Casimiro Júnior
sinfonia "Al Santo
Sepolcro" R.V. 169 “Concerto da Paixão” “Lux Aeterna”
Otto Nicolai(1810-1849), Coro da Santa Casa De Morten Lauridsen (1943-)
Missa em Ré Maior da Misericórdia de Braga
Orquestra e Coro do Distrito de Braga
Coro do Secundário do Organização: Santa Casa da Misericórdia de Braga
Organização: Comissão da Semana Santa de Braga
Patrocínio: Vila Galé Hotéis
Conservatório de Música Calouste Patrocínio: Arquidiocese de Braga, Associação
Mutualista Montepio, Grupo Bernardo da
Gulbenkian
Costa, BPI, Braga Parque, Carclasse, Costeira
Orquestra Sinfónica do CMCG 25 março, segunda-feira Santa Empreiteiros, Hotéis do Bom Jesus, MCM,
21h30, Igreja de Santa Cruz Sabseg, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa
Direção Coral: Ana Rute Rei e Vila Galé Hotéis

Direção Musical: Paulo Matos “As Sete Últimas Palavras


Organização: Conservatório de Música de Cristo” de Gounod 6 abril, sábado
Calouste Gulbenkian 21h30, Igreja de S. Paulo
Apoio: Comissão da Semana Santa de Braga Coro da Universidade do Minho
e Paularte
Haendel
“As Sete Últimas Palavras – Messiah Ouverture
18 março, segunda-feira de Cristo” de Gubaidulina
21h30, Igreja de S. Victor Mozart – Alleluia
Orquestra de Cordas da
Concerto “I Bimbi Universidade do Minho Carlos Seixas
Appassionati” Maestro: Ian Mikirtoumov
– Sinfonia em Sib
Música sacra Organização: Irmandade de Santa Cruz Bach - Cantata BWV 67
– 1st Sunday after Easter
John Rutter
– Suite for Strings
Mozart – Divertimento in F
Orquestra Filarmónica de Braga

Organização: Comissão da Semana Santa de Braga


8

9

Início da Quaresma 16 março – 27 abril


Largo D. João Peculiar CIMMB (Palácio do Raio)

“Salvação” “Do Profano ao Sagrado”


Escultura contemporânea Exposição de Pintura
da autoria de Alberto Vieira
Iniciativa: Santa Casa da Misericórdia de Braga
Projeto de arte no espaço urbano
de Alberto Vieira.
Iniciativa do Município de Braga A partir de 18 de março
Sitio on-line da Procissão da Burrinha
14 fevereiro – 6 abril www.procissaodaburrinha.pt
Museu Pio XII
Exposição de Fotografia
“Cruz: caminho (coletiva) “A Procissão
de redenção, da Burrinha ao longo
esperança e amor” dos tempos”
Exposição de Pintura
da artista Débora Fontes 22 de março – 5 de abril
Espaço Galeria da JFS.Victor
Iniciativa: Museu Pio XII

“Cristo… por amor a nós”


14 março – 30 abril
Mostra de artigos religiosos
Tesouro-Museu da Sé de Braga

Peças de artesanato 27 março – 30 abril


Tesouro-Museu da Sé de Braga
Da autoria de António Ramalho
Iniciativa: Tesouro-Museu da Sé de Braga “A Semana Santa de Braga”
Trabalhos apresentados
16 de março – 4 de abril
ao Concurso Escolar
Grupo Desportivo de Santa Tecla
Iniciativa: Comissão da Semana Santa de Braga

“Luzes e Cores //
Procissão da Burrinha”
Fotografia de Flávio Freitas
10

11

24 março, domingo de Ramos Durante a Semana Santa


21h15, Igreja de São José de São Lázaro
Visitas guiadas
Vigília de Taizé
às Igrejas de S. Victor e Senhora-
Proposta do Departamento Arquidiocesano a-Branca, e à Capela de N.ª Sr.ª
da Pastoral Juvenil
Guadalupe. Ponto Encontro:
Largo Senhora-a-Branca.
27 março, quarta-feira Santa
Organização: JF S.Victor e Profitecla
Centro Histórico

Animação de rua por um Museu Pio XII (Exposição). Salão Nobre


do Museu Nogueira da Silva (Recital)
grupo de jovens farricocos
Iniciativa: Associação Project’Art PeregrinAr-Te
in via Vitae Christi
28 março, quinta-feira Santa Sai do teu lugar…
Centro Histórico
Pés ao caminho…
Grupo de farricocos Os passos que deres na cidade das
da Santa Casa da mil igrejas levar-te-ão ao Museu Pio
XII. Aí a partir de 8 quadros bíblicos
Misericórdia de Braga
da vida de Cristo, o sabor das histó-
No dia de hoje, os “farricocos” percor- rias contadas de mil formas, o movi-
rem o centro histórico, fazendo soar mento, a cor, a vida das telas, escultu-
as “matracas” (após o silenciamento ras, jóia e fotografias interagem, são
dos sinos), lembrando aos fiéis a con- marco indelével para os teus passos e
fissão e penitência e chamando para a abrem caminho em direção ao recital
procissão desta mesma noite. no Salão Nobre do Museu Nogueira
da Silva… Chega a Ti.
Iniciativa: Santa Casa da Misericórdia de Braga

28 março, quinta-feira, 10h00 a 13h00

6 abril, sábado, 14h30 a 18h00

20 abril, sábado, 14h30 a 18h00


Trasladação da imagem Procissão dos Passos Procissão “Ecce Homo” “Sete Estações de Roma” Outras igrejas
do Senhor dos Passos Domingo de Ramos, 24 março, 17h00 Quinta-feira Santa, 28 março, 21h30 Catedral de Braga, Misericórdia,
Sábado, 23 março, 21h30 Santa Cruz, Terceiros, Salvador, Posto de Turismo
Procissão de Nossa Senhora Procissão do Enterro Penha e Conceição / Mons. Airosa Av. da Liberdade, 1
Procissão dos Ramos da “Burrinha” do Senhor 4710-305 Braga
Domingo, 24 março, 11h00 Quarta-feira Santa, 27 março, 21h30 Sexta-feira Santa, 29 março, 21h30 Calvários Tel. 253 262 550
turismo@cm-braga.pt
14

15

A Semana Santa de Braga funda a sua imagem hodier-


na num conjunto de cerimoniais públicos e privados,
legados pela vigorosa tradição cristã que os tempos
entronizaram na comunidade bracarense. As suas re-
presentações mais relevantes são efetivamente as pro-
cissões, autênticas recriações do cerimonioso público
cristão, com uma capacidade mobilizadora assinalável e
cuja essência ultrapassa claramente os limites da crença
devocional e se situa hodiernamente em um patamar
turístico-cultural relevante.
Além das procissões, observa-se um conjunto de ceri-
moniais de natureza litúrgica que expressa as especifi-
cidades do Tempo da Quaresma e do Tríduo Pascal, mas
também de um rito que a tradição bracarense erigiu e
que se manifesta particularmente nestas celebrações.
A centralidade do espaço físico da Sé Primaz é inequí-
voca, como sede espácio-temporal dos acontecimentos
que envolvem e determinam as solenidades bracarenses
da Semana Santa.

Todos os domingos, na Catedral de Braga,


são cantadas as II Vésperas, às 17h30.
16

17

Calendário
do Lausperene
Quaresmal / 2024

Fevereiro
14 e 15 Sé Primaz
O Lausperene Quaresmal da cidade de Braga, delimi-
tado pela Quarta-Feira de Cinzas e pela Quinta-Feira
16 e 17 Seminário “24 Horas
18 e 19 Misericórdia
Santa, é uma das mais peculiares manifestações da de-
voção eucarística. Anualmente replicado num itinerário
20 e 21 Penha para o Senhor”
22 e 23 Salvador
com vinte e três etapas agendadas nos principais e mais Iniciativa: Zona Pastoral da
24 e 25 Santo Adrião
emblemáticos espaços de culto da zona urbana, é uma Cidade de Braga e Este / 2024
26 e 27 Lapa
prática que já ultrapassou os três séculos de existência.
28 e 29 Maximinos 8 para 9 março
É durante o Lausperene Quaresmal – e apenas nes-
te momento do calendário – que muitas destas igrejas Igreja do Pópulo
abrem as suas artísticas tribunas ou que utilizam uma Março Na sexta e sábado que precedem
parte das suas porcelanas, damascos e ourivesarias, atin-
1e2 Asilo de S. José o IV domingo da Quaresma de
gindo um peculiar esplendor. Nasceu por iniciativa do
3e4 Terceiros e Ferreiros cada ano, tem lugar a iniciativa
Arcebispo D. Rodrigo de Moura Telles em 1710 e desde
5e6 S. João do Souto “24 horas para o Senhor”. (Papa
aí nunca mais cessou de marcar presença no quotidiano
7e8 Pópulo Francisco, Bula Misericordiae
dos bracarenses.
9 e 10 Santa Cruz vultus, de abril de 2015)
11 e 12 Cividade
13 e 14 S. Victor 20h00 / 21h00 Santo Adrião
15 e 16 Carmo 21h00 / 22h00 S. Lázaro
17 e 18 S. Marcos 22h00 / 23h00 S. Vicente
19 e 20 São Lázaro
23h00 / 24h00 S. Victor
21 e 22 Congregados
23 e 24 São Vicente 00h00 / 01h00 Gualtar e Este
(São Mamede)
25 e 26 Senhora-a-Branca
27 e 28 Instituto Mons. Airosa 01h00 / 04h00 Grupos e
Comunidades da
Zona Cidade-Este
04h00 / 05h00 Sé, S. João do Souto
e Cividade
05h00 / 06h00 Maximinos
06h00 / 07h00 Ferreiros
07h00 / 08h00 Departamento
Arquidiocesano
da Pastoral
Familiar
18

19

A Quaresma – com alusão aos quarenta dias da


travessia do deserto pelo povo de Israel – surgiu como
tempo de preparação espiritual dos catecúmenos para
o batismo que, já no século III, era costume celebrar na
Vigília Pascal. Desde o século V, foi assumida também
como tempo penitencial para os pecadores que
haveriam de ser reconciliados com Deus e com a Igreja
na Quinta-feira Santa.
18, 25 fevereiro e 3 março, Procissões dos Passos
1º, 2º, 3º domingos da Quaresma no concelho de Braga
17h30, Igreja de Santa Cruz
14 fevereiro, quarta-feira de Cinzas Sendo uma das manifestações de-
Via-Sacra vocionais mais repetidas em Portu-
8h30, Catedral de Braga 17h30, Catedral de Braga gal, a Procissão dos Passos, além da
seguido de Eucaristia às 18h00 ocorrência na cidade de Braga no
Abertura do Lausperene Missa e Imposição domingo de Ramos, regista outros
Quaresmal das Cinzas cerimoniais do mesmo género no
18, 25 fevereiro, 3 e 10 março, território bracarense.
A cidade de Braga conserva esta Início da Quaresma
antiga tradição de, no decurso da 1º, 2º, 3º e 4º domingos
Quaresma, todos os dias expor à da Quaresma 3 março,
adoração dos fiéis o Santíssimo 15h00, Pórtico do Bom Jesus do Monte 3º domingo da Quaresma
Sacramento, desde o princípio da Cabreiros e Crespos
manhã até ao fim da tarde, passan- Via-Sacra
do sucessivamente de igreja para 10 março,
seguido de Eucaristia na Basílica
igreja. É uma devoção muito an- 4º domingo da Quaresma
do Bom Jesus do Monte, às 16h30
tiga, instituída em 1710 pelo Arce- Figueiredo e Real
bispo D. Rodrigo de Moura Teles; e
muito assumida, quer pelas igrejas 17 março, 17 março,
que se esmeram na arte do adorno 5º domingo da Quaresma 5º domingo da Quaresma
floral das suas tribunas e altares, 15h00, Saída do Largo de Santa Cruz Celeirós
quer pelas muitas pessoas crentes, Procissão penitencial
de todas as idades e condições, que
ao Bom Jesus do Monte
acorrem a visitar o Senhor exposto
à adoração. seguido de Missa Campal,
às 17h00
20

21

24 março, domingo de Ramos, 17h00


Início da Procissão: Sai da Igreja de S. Paulo
Organizada pela Irmandade de Santa Cruz

A Procissão dos Passos, organizada Num passado não muito distante, a


anualmente no Domingo de Ramos procissão era antecedida por grupos
pela Irmandade de Santa Cruz, é de farricocos, vestidos de túnicas
o primeiro grande cerimonial da roxas, e hordas de penitentes que se
Semana Santa de Braga. Instituída flagelavam em público. Em memória
no ano de 1597 pelo Arcebispo D. Frei destas figuras, abre a procissão um
Agostinho de Jesus, é plausivelmente farricoco, carregando uma trompeta.
a segunda mais antiga do género em
Portugal. O objetivo desta procissão Junto à igreja de Santa Cruz
é reconstituir o caminho (os passos)
de Jesus Cristo desde o Pretório até Sermão do Encontro
ao Calvário. Por isso mesmo, ainda
No decurso deste, os ouvintes
hoje, a procissão cumpre o itinerário
assistem ao comovente encontro
dos Passos (calvários) espalhados no
de Jesus com sua Mãe Dolorosa,
centro histórico.
a “Senhora da Soledade”.
O ponto alto ocorre quando
o préstito atinge o largo Carlos
Amarante, defronte da igreja de
Santa Cruz, onde é pronunciado
o sermão do Encontro, momento
catequético-devocional introduzido
em 1946. Após esta encenação, a
procissão prossegue a sua marcha,
agora com o andor de Nossa Senhora
da Soledade incorporado.

Itinerário: Igreja de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do Alcaide > Campo de Santiago
> Rua do Anjo > Largo Carlos Amarante, contornando-o (pausa para o Sermão do Encontro)
> Largo de S. João do Souto > Rua D. Afonso Henriques > Rua D. Gonçalo Pereira > Rua D. Paio
Mendes > Av. S. Miguel-o-Anjo > Arco da Porta Nova > Rua D. Diogo de Sousa > Largo do Paço
> Rua do Souto > Largo do Barão de S. Martinho > Rua de S. Marcos > Igreja de Santa Cruz.
22

23

27 março, quarta-feira Santa, 21h30


Início da Procissão: Sai da Igreja de S. Victor
Organizado pela Paróquia de S. Victor e Junta de Freguesia de S. Victor

A Procissão da Senhora da “burrinha”, designada


oficialmente como cortejo bíblico “Vós sereis o meu
povo”, é organizada pela Junta de Freguesia e pela
Paróquia de São Victor. Surgindo como evocação
da procissão de Nossa Senhora das Angústias que
marcou o quotidiano da freguesia desde a segunda
metade do século XVIII e que integrava uma imagem
de Nossa Senhora montada numa burrinha, que a
tornou numa das mais populares da cidade de Braga.
Realizando-se inicialmente no primeiro domingo de
Julho, foi, após um tempo de interregno, integrada
na Semana Santa em 1960, tendo decorrido até 1973.
Retomada em 1998, deixando de lado o ideário
devocional das Dores de Maria, centrou-se na
narrativa da história da Salvação, desde Abraão
até Jesus Cristo. Um dos últimos quadros
repete a tradicional Fugida para o Egipto, com a
representação de Nossa Senhora da “burrinha”, o
quadro mais apreciado pelas pessoas que assistem.

Itinerário: Igreja de S. Victor > Largo da Senhora-a-Branca > Avenida Central (lado norte) > Largo
de S. Francisco > Rua dos Capelistas > Jardim de Santa Bárbara > Rua do Souto > Largo do Barão de
S. Martinho > Avenida Central (lado sul) > Largo da Senhora-a-Branca > Igreja de S. Victor
24

25

28 março, quinta-feira Santa, 21h30


Início da Procissão: Sai da Igreja da Misericórdia
Organizada pela Irmandade da Misericórdia

É uma das manifestações mais significativas que


compõem as solenidades bracarenses da Semana
Santa. Popularmente conhecida como a procissão
do Senhor da Cana Verde ou dos Fogaréus, evoca
o julgamento de Cristo, quando Pilatos, dirigindo-
se à multidão, proclamou: “Eis o Homem”, que em
latim se pronuncia “Ecce Homo”, daí o nome dado
à imagem que é transportada solenemente neste
préstito. A origem e fundamento desta procissão
deriva das práticas devocionais introduzidas no
nosso país pelas Misericórdias. No dia da “desobriga”
um préstito de penitentes que percorria as ruas em
orações e lamentos.
O imaginário ainda hoje é marcado pelo negrume
das trevas, numa espécie de apelo ao arrependimento
pelos males praticados ou cogitados.
Os farricocos (ou fogaréus), ainda hoje integrados na
procissão, são a personificação dos penitentes que ao
longo dos séculos integraram esta manifestação. Além
de muitas figuras alegóricas da Ceia e do julgamento
de Jesus, desde 2004 incorporam-se na procissão
alegorias das catorze obras de misericórdia, bem
como figuras históricas ligadas à fundação e à história
das Misericórdias, especialmente à de Braga. Desde
há alguns anos incorporam-se também delegações de
Misericórdias de diversos pontos do país.

Itinerário: Igreja da Misericórdia > Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-
o-Anjo >Rua D. Paio Mendes > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio
> Rua do Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S.
Martinho> Rua do Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua
da Misericórdia > Igreja da Misericórdia
26

27

29 março, sexta-feira Santa, 21h30


Início da Procissão: Sai da Catedral de Braga
Organizada pelo Cabido da Catedral, Comissão da Semana Santa de Braga,
Irmandade da Misericórdia e Irmandade de Santa Cruz

A Procissão do Enterro do Senhor é a mais


imponente e solene manifestação pública da Semana
Santa de Braga. Com origem nas práticas promovidas
pela Irmandade de Santa Cruz a partir do século
XVII, apenas se estabeleceu nas dinâmicas em 1933,
na sequência da instituição da Comissão da Semana
Santa ocorrida por ocasião do jubileu do Ano Santo da
Redenção. Organizada conjuntamente pelo Cabido da
Sé, Comissão da Semana Santa, Irmandade de Santa
Cruz e Irmandade da Misericórdia, recorda a morte e
a deposição de Jesus Cristo.
Tal como um cortejo fúnebre, a procissão conduz
uma urna com a imagem de Cristo morto, juntamente
com o andor de Nossa Senhora da Soledade. Abre a
procissão o andor “Consummatum Est”, numa versão
contemporânea introduzida em 2017. Acompanham
o percurso outras irmandades e corporações, os
capitulares da Sé e autoridades civis e militares. Em
sinal de luto, os participantes vão de cabeça coberta,
ostentando um véu de luto. As matracas dos farricocos
são silenciadas. As bandeiras e estandartes, com tarja
de luto, arrastam-se pelo chão.

Itinerário: Sé > Rua D. Gonçalo Pereira > Largo de S. Paulo > Largo de Paulo Orósio > Rua do
Alcaide > Campo de Santiago > Rua do Anjo > Rua de S. Marcos > Largo Barão de S. Martinho > Rua
do Souto > Rua Dr. Justino Cruz > Rua Eça de Queirós > Praça Municipal > Rua da Misericórdia >
Rua D. Diogo de Sousa > Arco da Porta Nova > Av. S. Miguel-o-Anjo > Rua D. Paio Mendes > Sé
28
22 março, sexta-feira ⁄
29
18h00, Basílica dos Congregados

Festa de Nossa Senhora das Dores

23 março, sábado
A noite do sábado antes de Ramos é como uma primeira Vigília, de carác-
ter penitencial, a preparar a Semana Santa, tal como, no sábado seguinte,
a Vigília Pascal será a celebração festiva do triunfo de Jesus sobre a morte.

21h30, Igreja de Santa Cruz Estes têm a seguinte identificação


e localização:
Trasladação do Senhor
dos Passos 1ª Estação

Jesus toma a Sua cruz


Procissão em que se faz a Trasla- Largo de S. Paulo
dação da Imagem do Senhor dos
Passos, da Igreja de Santa Cruz para 2ª Estação

a Igreja de S. Paulo (onde serão can- Jesus encontra Sua Mãe


tados o Miserere e outros motetes), Largo de Santiago
percorrendo a Rua do Anjo, Largo
3ª Estação
de Santiago, e Largo de S. Paulo.
Jesus cai por terra
Rua de S. Paulo
22h00, Sai da Igreja de S. Paulo
4ª Estação

Via Sacra A Verónica limpa


o rosto de Jesus
Recolhida a procissão, segue-se a
Rua D. Paio Mendes
Via-Sacra, com o povo cantando os
«Martírios» e percorrendo, pela sua 5ª Estação

ordem, as seguintes «estações» ou A caminho do Calvário


«calvários», em que estão represen- Casa do Igo (Campo das Carvalheiras)
tados oito dos «passos» de Cristo no
6ª Estação
seu caminho para o Calvário.
Jesus consola as mulheres
de Jerusalém
Arco da Porta Nova

7ª Estação

Segunda queda
Largo do Paço
8ª Estação

Jesus é pregado na cruz


Casa dos Coimbras
30
24 março, domingo de Ramos ⁄
31
O domingo de Ramos é o pórtico de entrada na Semana Santa.

Neste dia a Igreja comemora a entrada de Jesus em Jerusalém, para con-


sumar o seu mistério pascal. É uma entrada que prefigura e preludia a sua
entrada, pela Ressurreição gloriosa, na Jerusalém Celeste. Jesus, porém, quis
chegar ao triunfo passando pela Paixão e Morte. Por isso se lê, na Missa de
Ramos, o evangelho da Paixão. Os fiéis são convidados a olhar para Jesus,
o qual «sofreu por nós, deixando-nos o exemplo, para que sigamos os seus
passos» (1 Pd 2, 21).

11h00, Igreja de S. Paulo 11h30, Catedral de Braga

Bênção e Procissão Missa do domingo


dos Ramos de Ramos
Nesta igreja, o Arcebispo procede Na Catedral, o Arcebispo inicia
à solene bênção dos ramos. Em a Solene Eucaristia com a bênção
seguida, desfila a Procissão dos dos ramos.
Ramos em direção à Catedral, per-
As leituras desta Missa, sobretudo
correndo a Rua D. Gonçalo Pereira.
a narração da Paixão segundo S. Ma-
Qual o seu significado? Cinco dias
teus, colocam diante da assembleia
antes da morte, Jesus, manso e
o quadro dos acontecimentos dolo-
humilde, montado num jumenti-
rosos de Jesus que irão ser come-
nho, desceu do Monte das Oliveiras
morados ao longo da Semana Santa.
em direção a Jerusalém. O povo
Convidados a seguir os seus passos,
saiu-lhe ao encontro, atapetando
os cristãos sabem que «se sofremos
o caminho com os seus mantos e
com Ele, também com Ele seremos
com ramos de árvores. As crianças
e todo o povo aplaudiam-no com glorificados» (Rm 8, 17).
entusiasmo: «Hossana ao Filho de
David! Bendito o que vem em nome 21h00, Basílica dos Congregados
do Senhor! Hossana nas alturas!».
“As 7 Últimas Palavras
de Cristo na Cruz”
O CAB (Centro Académico
de Braga) faz as Meditações.
Quarteto Varezin executa
a Oratória de Haydn.
Organização: Irmandade de Nossa Senhora
das Dores e de Santa Ana dos Congregados
32
28 março, quinta-feira Santa ⁄
33
Neste dia a Igreja lembra o início da Paixão do seu Senhor, comemorando Fazei isto em memória de Mim’» as sete igrejas de peregrinação da
especialmente os seguintes acontecimentos: instituição do sacerdócio; ins- (Lc 22, 19-20). cidade de Roma, que os fiéis devem
tituição da Eucaristia; agonia de Jesus e seu julgamento. Neste dia, embora visitar sempre que é proclamado
discretamente, se faz também memória da antiga tradição das «endoen- No momento próprio, o Presiden-
Ano Santo.
ças» (indulgência ou perdão concedidos aos pecadores públicos). te da celebração faz a homilia apro-
priada, com especial incidência na Hodiernamente este costume
lição do lava-pés e no «mandamen- mantém-se. As sete igrejas são
10h00, Catedral de Braga to novo» deixado por Jesus como “marcadas” com uma cruz da pai-
testamento espiritual para os seus xão junto da sua porta de entrada.
Missa Crismal e Bênção discípulos (Sermão do Mandato).
dos Santos Óleos «Dou-vos um mandamento novo:
Durante a tarde de Quinta-Feira
Santa, os fiéis são convidados a
que vos ameis uns aos outros. […] É
Comemorando a instituição do ‘Compreendestes o que vos fiz? visitarem sete igrejas da cidade de
nisso que todos reconhecerão que
sacerdócio, o Arcebispo Primaz Vós chamais-me Mestre e Senhor Braga: Catedral de Braga, Miseri-
sois meus discípulos: se vos amar-
faz-se acompanhar de todo o clero e dizeis bem porque Eu o sou. Ora, córdia, Santa Cruz, Terceiros, Sal-
des uns aos outros como Eu vos
da Arquidiocese e com este, como se Eu, sendo Mestre e Senhor, vos vador, Penha e Conceição.
amei a vós» (Jo 13, 34-35).
presbitério participante do seu lavei os pés, também vós deveis la-
pleno sacerdócio, concelebra a Eu- var os pés uns aos outros. Dei-vos o Ao mesmo tempo, um grupo de
Terminada a missa, a assembleia
caristia. Durante a celebração, con- exemplo, para que, assim como Eu farricocos, percorre o centro da
canta a hora de Vésperas, enquan-
sagra os Santos Óleos, que serão le- fiz, vós façais também’» (Jo 13, 1-15). cidade, com as suas ruidosas ma-
to que o Cristo vivo presente na
vados pelos presbíteros para as suas tracas. Na sua origem pagã, eram
Hóstia consagrada é conduzido em
paróquias a fim de servirem para um grupo de mascarados que per-
procissão pelas naves da Catedral
ungir os batizandos e os doentes. Terminado este rito, segue-se a corria as ruas, anunciando a pas-
para um lugar de adoração (a repre-
sagem dos condenados e relatando
sentar o Horto das Oliveiras), onde
Missa da Ceia do Senhor os seus crimes. Já «cristianizados»,
16h00, Catedral de Braga permanecerá até ser dali retirado,
em tempos antigos, conforme a
É uma celebração dominada pelo também processionalmente, no
Lava-Pés sentimento do amor de Cristo que, dia seguinte, para o sepulcro. Os
mentalidade de então, percorriam
as ruas chamando os pecadores
na véspera da sua Paixão, enquan- fiéis são convidados a velarem com
A anteceder a Missa da Ceia do Se- públicos à sua reintegração na
to comia a Ceia com os discípulos, Ele, na hora da sua Paixão. Em si-
nhor, o Arcebispo que preside lava Igreja, depois de arrependidos e
instituiu o Sacrifício-Sacramento nal de luto, o altar é desnudado.
os pés a doze pessoas que represen- perdoados. Era a forma do tempo,
da Eucaristia, como memorial da
tam os doze Apóstolos. de entender a misericórdia para
sua Morte e Ressurreição a cele-
Durante a tarde com os pecadores, aos quais tinha
Assim se comemora o que fez brar, tornando-o sempre atual, no
sido aplicada a indulgência (ou
Jesus e se atualiza a sua eloquente decurso dos tempos: «Durante a Visita às Sete Igrejas «endoença»). Atualmente, atri-
lição: «Antes da festa da Páscoa, ceia, tomou o pão dizendo: – ‘To-
A visita às sete igrejas é uma bui-se-lhe um significado substi-
sabendo Jesus que chegara a hora mai e comei. Isto é o meu corpo,
tradição ancestral associada à vi- tutivo e residual, de chamamento
de passar deste mundo para o Pai, entregue por vós.’ Do mesmo
vência da Quinta-Feira Santa na dos Irmãos da Misericórdia para a
tendo amado os seus que estavam modo, tomou o cálice e, dando
cidade de Braga. Esta prática devo- procissão da noite. O uso das ruido-
no mundo, levou até ao extremo graças, deu-o aos discípulos di-
cional está vinculada à realização sas «matracas» para este efeito foi
este seu amor. […] Levantou-se da zendo: – ‘Tomai e bebei todos.
da Procissão das Endoenças que as instituído em anos remotos para
mesa, depôs as vestes e tomando Este é o cálice do meu sangue, o
Misericórdias organizavam. O ima- substituir o toque dos sinos, que
uma toalha pô-la à cinta. Depois sangue da nova e eterna Aliança,
ginário que preside a esta prática nos dias maiores da Semana Santa
de lhes lavar os pés […], disse-lhes: que será derramado por vós e por
estará certamente relacionada com ficavam silenciosos.
todos para remissão dos pecados.
34
29 março, sexta-feira Santa ⁄
35
10h00, Catedral de Braga 1ª Parte

Ofício de Laudes, Liturgia da Palavra


Leituras alusivas ao sacrifício de
com alocução do Presidente alu-
Cristo, intercaladas com cântico
dindo às Sete Palavras de Jesus
de salmos, e narração da Paixão de
na Cruz. Terminadas as Laudes, os
Jesus segundo S. João. O Bispo que
Capitulares presentes acolhem os
preside profere a homilia, tradicio-
penitentes que desejarem receber
nalmente conhecida como Sermão
o Sacramento da Reconciliação
do Enterro.
(confissão).

2ª Parte
15h00, em 12 locais da Cidade
Oração Universal
Lançamento de morteiros,
Sequência de orações pelas neces-
assinalando o momento sidades da Igreja e do mundo.
da morte de Jesus
Convidam a um minuto de silêncio 3ª Parte

em Sua memória. Adoração da Cruz


Depois de conduzida, encoberta, ao
15h00, Catedral de Braga Bispo Presidente, este proporciona
Celebração da Morte ao povo a progressiva descoberta
do seu mistério – «Eis o madeiro
do Senhor da Cruz!» –, ao mesmo tempo que
À mesma hora em que Cristo ex- o convida à sua adoração: – «Vinde,
E depois, a:
pirou, os cristãos celebram o mis- adoremos!». E todo o povo desfila,
tério da sua Morte redentora. Não então, aproximando-se para beijar Procissão Teofórica do Enterro
há Missa, como seu memorial, mas e adorar o que foi o preço da sua
redenção. A Procissão Teofórica do Enterro é um cerimonial integrado na celebra-
comemoração direta, integrando a
ção que memora a morte de Cristo, que se realiza na tarde da Sexta-Feira
sequência dos atos seguintes:
Santa na Catedral de Braga. Nesta impressionante procissão, o Santíssi-
4ª Parte mo Sacramento, encerrado num esquife coberto de um manto preto, é
Comunhão Eucarística levado pelas naves da Catedral — daí o nome de procissão teofórica (que
transporta Deus) — sendo posteriormente deposto numa capela lateral
Comungando o Corpo de Cristo,
onde é exposto à veneração. Este cerimonial, que se insere numa tradi-
os fiéis lembram as palavras de
ção medieval associada aos chamados ritos da depositio (deposição), terá
S. Paulo: «Sempre que comerdes
sido introduzido na Catedral de Braga no século XVI, dado que apenas é
deste pão […] anunciais a morte do
referenciado na versão do Rito Bracarense de 1558.
Senhor, até que Ele venha» (1 Cor
11, 26). Os acompanhantes do préstito cobrem o rosto em sinal de luto. Dois
meninos ou duas senhoras, alternando com responsórios do coro, can-
tam em latim e em tom de comovido lamento: «Heu! Heu! Domine! Heu!
Segue-se o canto de Vésperas. Heu! Salvator noster!» (Ai! Ai! Meu Senhor! Ai! Ai! Salvador nosso!).
36

37
Integra quatro partes e conclui 4ª Parte
com a Procissão da Ressurreição.
Liturgia Eucarística
1ª Parte
Celebração festiva da primeira Mis-
Liturgia da Luz sa da Páscoa.
Com Cristo ressuscitado, a Luz bri- No final da Missa, o Santíssimo Sa-
lhou nas trevas. O círio pascal, que cramento, que estivera encerrado
O simboliza, é benzido, conduzido na urna com um manto negro, é
em procissão e colocado diante da colocado na custódia e trazido para
assembleia. Os participantes são o altar-mor. Organiza-se a Procis-
convidados a terem nas mãos velas são da Ressurreição, própria do
acesas, imitando aqueles servos Rito Bracarense, pelas naves da Ca-
de que fala o Evangelho (Lc 12, 35- tedral. De novo no altar-mor, Cristo
37), os quais esperam, vigilantes, o vivo na Hóstia branca abençoa to-
seu Senhor que os fará sentar à sua dos os fiéis, que dele se despedem
mesa. Esta parte termina com o can- ouvindo e cantando o Regina Coeli,
to do Precónio (Pregão), anunciando laetare (Rainha dos Céus, alegrai-
solenemente a vitória de Cristo. -vos), em modo de parabéns àquela
30 março, sábado Santo que de Senhora das Dores se trans-
2ª Parte
formou em Senhora da Alegria.
10h00, Catedral de Braga de vigília do povo hebreu no Egip-
Liturgia da Palavra
to, aguardando a hora da libertação 21h30, Basílica dos Congregados
Ofício de Laudes, (Ex 12), nela celebram os cristãos a Narram-se os gestos maravilhosos
sua própria redenção pelo mistério de Deus na história da salvação, Vigília Pascal e Coroação
Com alocução do Presidente.
Terminadas as Laudes os Capi- da Ressurreição de Cristo. Por ela desde a Criação do mundo até ao da Imagem de Nossa
tulares presentes acolhem os pe- se realiza a grande Páscoa ou Pas- grande gesto da «Nova Criação» Senhora das Dores
sagem da morte para a vida ou do pela ressurreição de Cristo, início e
nitentes que desejarem receber o Prática integrada na secular de-
estado de perdição para o estado de primícias de um mundo novo.
Sacramento da Reconciliação voção de Nossa Senhora das Dores
(confissão). salvação. É a vitória final de Deus, As leituras são intercaladas por acla- nesta Basílica. Decorre na noite do
Durante o dia, visita ao Santo em Cristo, sobre o pecado, o mal e a mações, a última das quais é o canto sábado Santo, mais propriamente
Sepulcro (na capela de Nª Sra. do própria morte. No plano espiritual, do Aleluia pascal. Ao cântico de Gló- no final da celebração da Vigília
Sameiro, Catedral de Braga) onde os cristãos apropriam-se da graça ria, a Catedral escurecida torna-se, Pascal, momento em que a imagem
permanece a Sagrada Eucaristia. desta passagem pelo Batismo. Por de repente, uma explosão de luz. de Nossa Senhora é coroada, sen-
isso, a liturgia batismal tem aqui
do-lhe retiradas as sete espadas em
um lugar de destaque.
3ª Parte alusão à alegria da ressurreição.
21h00, Catedral de Braga A Vigília Pascal – chamada por Liturgia Batismal
Vigília Pascal e Procissão Santo Agostinho «a mãe de todas
Invocam-se os santos, com o canto
as Vigílias» – é uma soleníssima ce-
da Ressurreição da Ladainha. Benze-se a água do Ba-
lebração, muito rica de simbolismo
Para a Vigília Pascal convergem global e de símbolos particulares: tismo, que é levada em procissão. As-
todas as celebrações da Semana as trevas, a luz, a água, o círio pas- perge-se o povo. Renovam-se as pro-
Santa e mesmo de todo o Ano Li- cal, a cor alegre dos paramentos, a messas do Batismo. Se há batizandos,
túrgico. Lembrando a grande noite explosão de som e luz. é-lhes ministrado este Sacramento.
38

39

31 março, domingo de Páscoa


O dia da Páscoa da Ressurreição é Depois de, como os primeiros discí-
vivido no norte de Portugal, e par- pulos, anunciarem aos irmãos que o
ticularmente em Braga, inspirado Senhor ressuscitou verdadeiramente
numa multisecular tradição, que lhe e vive para sempre, o dia termina re-
confere um sentido festivo e cele- unindo todos os grupos visitadores
brativo ímpar. Desde os primórdios, em solene e festiva procissão.
a Igreja promoveu a Bênção das Ca-
sas, em dias diferenciados segundo
cada época e cada região, mas pri-
vilegiando o tempo pascal, numa 11h30, Catedral de Braga
referência à primeira Páscoa, e à Missa Solene
providência de Deus assinalada nas
do domingo de Páscoa
soleiras do Egipto.
Mais tarde, em plena Idade Média,
Todo o domingo é um dia pas-
esta forma ritual de bênção torna-se
cal, porque simboliza e evoca, no
mais solene. A dimensão geográfica
ritmo cristão das semanas, o pri-
das paróquias e a suficiência de clé-
meiro dia do mundo novo inaugu-
rigos, permitia colocar a visitação e a
rado com a Ressurreição de Cristo.
bênção de todos os lares no próprio
O domingo de Páscoa é, nesse
dia de Páscoa. Tomou, por isso, o
sentido, o paradigma de todos os
nome de Visita ou Compasso Pascal.
domingos. Por isso proclama a
Em nossos dias, e pela estreita re-
Liturgia: – «Este é o dia que o Se-
lação do único mistério da Paixão,
nhor fez! Exultemos e cantemos
Morte e Ressurreição de Jesus, ce-
de alegria!» Por isso também, nele,
lebrado ao longo do Tríduo Pascal,
a Igreja celebra com especial sole-
o grupo visitador é presidido pelo
nidade a Eucaristia, memorial que
pároco (ou alguém por si delegado) e
recorda aquele mistério.
constituído por alguns membros da
comunidade paroquial. Conservan-
do o rito de bênção das casas, inclui
também um momento de oração co-
munitária e familiar, e termina com
o ósculo da Santa Cruz, ou outro si-
nal de adoração.
40

41

Indica-se em seguida o programa das paróquias do centro da cidade.

31 março, 1 abril,
domingo de Páscoa segunda-feira de Páscoa

Santo Adrião Sé / São João Souto São Vicente Sé / São João Souto
8h00 / Cividade 9h00 / Cividade
Início da Visita Pascal com a Euca- 8h30 A Visita Pascal inicia às 9h00. Da 9h00
ristia às 8h00 da manhã. Termina a Eucaristia com participação de Igreja Paroquial partem 24 grupos Saída da Catedral de Braga de 4 gru-
Visita Pascal pelas 13h00. Às 18h00 todos os grupos de Visita Pascal. de anúncio de Cristo Ressuscitado pos de Visita Pascal acompanha-
procissão desde a capela de Santo Às 9h30: saída de todos os grupos por todas as ruas e casas da dos por Banda de Música. Às 9h30
Adrião, integrando os 22 grupos da pelo centro Histórico e Urbaniza- Paróquia, terminando pelas 13h30. Eucaristia na Capela de Nosso Se-
visita pascal, até à Igreja Paroquial ção das Parretas. nhor das Ânsias, seguida de Visita
Às 18h30 inicia a Procissão das
onde é celebrada a Eucaristia de Pascal na Urbanização da Quinta
Cruzes, desde o Largo dos Penedos
Encerramento do Compasso. 11h00
até à Igreja de São Vicente, onde é das Hortas.
Visita Pascal à Câmara Municipal celebrada Eucaristia às 19h00. 20h00
São Lázaro de Braga
8h00 Subida da Rua da Boavista (Có-
11h30 São Victor nega), em cortejo, dos 4 grupos de
Há celebração da Eucaristia às 9h00 Visita, seguidos pelo povo, rumo
Eucaristia na Catedral presidida
8h00 e 17h30. O Compasso Pas- à Catedral, onde há um tempo de
por Sua Ex.cia Rev.ma o Senhor A Visita Pascal inicia às 9h00 com
cal, composto por 26 grupos, visita adoração e Bênção do Santíssimo.
Arcebispo saída dos Compassos Pascais, desde
as famílias com início às 9h00 e
a Igreja Paroquial e da Capela das
conclusão às 13h00. 18h00
Religiosas do Sagrado Coração de
Eucaristia na Sé Catedral Maria (num total de 27 grupos). Es-
Maximinos tes grupos recolhem às 12h30, para
8h00 a celebração da Eucaristia, na Igre-
Na paróquia de Maximinos, a Visi- ja de São Victor. Da parte de tarde,
ta Pascal faz-se de manhã. Come- pelas 15h00, partem mais 14 grupos
ça com a Eucaristia às 8h00. Pelas (e ainda outros 6 para fazer a Visita
9h00, saída do compasso pascal Pascal no Hospital de Braga).
que se prolonga até às 13h00. Por volta das 19h00 reúnem-se
Eucaristia pelas 19h00. na Rua Elísio de Moura (junto da
Farmácia Pimentel), de onde se di-
rigem, em solene procissão, para a
Igreja Paroquial, concluindo com a
celebração da Eucaristia.
42

43

Centro histórico da cidade CIMMB – Palácio do Raio A oferta hoteleira de Braga é extensa e variada. Nesse sentido, a Comissão
da Semana Santa selecionou e recomenda a estadia nas seguintes unidades
Santuários do Bom Jesus Termas romanas da Cividade
de alojamento:
do Monte, Nossa Senhora
Fonte do Ídolo
do Sameiro e Falperra
Monumento romano Casa dos Lagos Hotel Ibis Budget Braga Centro
Catedral de Braga
www.casadoslagosbomjesus.com www.accorhotels.com
e o seu Tesouro-Museu Mosteiro de S. Martinho
Na quinta e na sexta-feira Santa
de Tibães
está aberto até às 22h
Hotel Bracara Augusta Hotel João Paulo II
Casa dos Crivos www.bracaraaugusta.com www.hoteisbomjesus.pt
Museu Pio XII e Coleção Medina
Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva
Museu Regional de
Arqueologia D. Diogo de Sousa Hotel do Lago Hotel Meliã Braga/Hotel & SPA
Biblioteca Pública de Braga
www.hoteisbomjesus.pt www.melia.com
Museu dos Biscainhos Visita às exposições constantes
no programa deste ano Hotel do Parque Hotel Mercure Braga Centro
Museu da Imagem
www.hoteldoparquebraga.com www.mercure.com
Museu Nogueira da Silva

Hotel do Templo Hotel Residencial Dora


www.hoteisbomjesus.pt www.hotelresidencialdora.com

Hotel Dom Vilas Hotel Senhora-a-Branca


www.hoteldomvilas.com www.hotelsrabranca.pt

Hotel Dona Sofia Hotel Villa Garden


www.hoteldonasofia.com www.villagarden.pt

Hotel Elevador Porta Nova Collection House


www.hoteisbomjesus.pt www.portanovach.pt

Hotel Ibis Braga Centro Vila Galé Collection Braga


www.ibis.com www.vilagale.com
44

45

Arciprestado de Braga Santa Casa da Misericórdia Ficha Técnica Media Partners


Arquidiocese de Braga de Braga

Braga Parque Tesouro-Museu da Sé de Braga Propriedade


TUB – Transportes Urbanos Comissão da Quaresma
Cabido da Sé de Braga
de Braga, EM e Solenidades da Semana Santa
Câmara Municipal de Braga de Braga
Casa dos Crivos
Coordenação
Comissão Organizadora As celebrações têm ainda
a colaboração de: Cón. Avelino Marques Amorim
da Procissão da Burrinha
Abel Rocha
Confraria do Bom Jesus do Monte Coro da Escola Arquidiocesana
Fotografia
Conservatório de Música de Música Litúrgica - São Frutuoso Textos
Calouste Gulbenkian com a direção de André Carvalho e Cón. Jorge Peixoto Coutinho
José Carlos Miranda (na generalida- Rui Ferreira Hugo Delgado
Corpo Nacional de Escutas (CNE)
de dos atos na Catedral)
Irmandade de Nossa Senhora Fotografias
Grupo coral e instrumental de Antó-
das Dores e de Santa Ana dos WAPA Photo / Hugo Delgado
nio Vilas Boas (Trasladação Parceiro de Comunicação
Congregados
do Senhor dos Passos e Procissão Design gráfico
Irmandade de Santa Cruz dos Passos, incluindo o Sermão
Pi Creative Studio
Junta de Freguesia de S. Victor do Encontro)
Museu Pio XII Coro da Sé de Braga, com direção Impressão

Paróquia de S. Victor de Nuno Oliveira (Vigília Pascal e Gráfica Diário do Minho Lançamento de Morteiros
Missa do domingo de Páscoa)
Pi Creative Studio Tiragem
As procissões são animadas musi-
Polícia de Segurança Pública 3.000
calmente pela Banda Musical de Ca-
Polícia Municipal de Braga breiros (Braga) e pela Banda Musical
Posto de Turismo de Braga de Calvos (Póvoa de Lanhoso).

Semana Santa
2024
DIAS 27*, 28 E 29 DE MARÇO
DAS 19:30 ÀS 00:30
1€
ESTÁDIO
IDA E VOLTA
Tempo médio de espera
5 MINUTOS
Ida
Volta

Nas noites das procissões, dias 27, 28 e 29 de


março, deixe o seu carro gratuitamente num dos
três interfaces e viaje com os TUB por apenas 1€
(ida e volta)
Avenida
Central
Praça
Conde de
Agrolongo

Ida

Interfaces na Avenida Robert Smith (Minho Center), Volta

E.Leclerc e junto a Estádio Municipal de Braga. MINHO CENTER

Tempo de espera médio de 5 minutos entre as Ida

19h30 e a 00h30. Volta

* No dia 27 de março o interface Robert Smith tem como E.LECLERC

início e términus a Rua do Raio


46
Organização Promotores ⁄
47

Patrocínios

Programa completo
disponível online em

Você também pode gostar