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PASTORAL DOS COROINHAS

VICARIATO JACAREPAGUÁ

Apostila para formação

NOME:
VICARIATOJACAREPAGUÁ-Cursodeformaçãoparacoroinhas

SUMÁRIO Página

1. A História de São Tarcísio 2

2. A origem dos coroinhas na história da Igreja --------------------------------------- 3

3. Princípios do coroinha 4

4. Liturgia 6

5. Ano Litúrgico 6

6. Cores Litúrgicas 14

7. Vestes Litúrgicas ou Paramentos ---------------------------------------------------- 17

8. Símbolos Litúrgicos 21

9. Espaços Celebrativos 27

10. Livros Litúrgicos 30

11. Objetos Litúrgicos 33

12. Gestos Litúrgicos 40

13. Termos Litúrgicos 44

14. Santa Missa 46

15. Missa presidida pelo Bispo 65

16. Turíbulo e naveta 66

17. Orações 70

18. Bibliografia 72

IGMR – Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário

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I. A HISTÓRIA DE SÃO TARCÍSIO


(Padroeiro dos coroinhas e acólitos)

Nascido em 245, Tarcísio foi um mártir da Igreja dos primeiros séculos, vítima da perseguição
do imperador Valeriano, em Roma, Itália. A Igreja de Roma contava, então, com cinquenta
sacerdotes, sete diáconos e mais ou menos cinquenta mil fiéis no centro da cidade imperial.
Ele era um dos integrantes dessa comunidade cristã romana, quase toda dizimada pela fúria
sangrenta daquele imperador. Tarcísio era acólito do papa Xisto II, ou seja, era coroinha na
igreja, servindo ao altar nos serviços secundários, acompanhando o santo papa na celebração
eucarística. Durante o período das perseguições, os cristãos eram presos, processados e
condenados a morrer pelo martírio. Nas prisões, eles desejavam receber o conforto final da
eucaristia. Mas era impossível entrar. Numa das tentativas, dois diáconos, Felicíssimo e
Agapito, foram identificados como cristãos e brutalmente sacrificados. O papa Xisto II queria
levar o Pão sagrado a mais um grupo de mártires que esperavam a execução, mas não sabia
como.

Foi quando Tarcísio pediu ao santo papa que o deixasse tentar, pois não entregaria as hóstias
a nenhum pagão. Ele tinha doze anos de idade. Comovido, o papa Xisto II abençoou-o e deu-
lhe uma caixinha de prata com as hóstias. Mas Tarcísio não conseguiu chegar à cadeia. No
caminho, foi identificado e, como se recusou a dizer e entregar o que portava, foi abatido e
apedrejado até morrer. Depois de morto, foi revistado e nada acharam do sacramento de
Cristo. Seu corpo foi recolhido por um soldado, simpatizante dos cristãos, que o levou às
catacumbas, onde foi sepultado.

Essas informações são as únicas existentes sobre o pequeno coroinha Tarcísio. Foi o papa
Dâmaso quem mandou colocar na sua sepultura uma inscrição com a data de sua morte:
15 de agosto (data dedicada ao dia de São Tarcísio) de 258.

Tarcísio foi, primeiramente, sepultado junto com o papa Stefano nas catacumbas de Calisto,
em Roma. No ano 767, o papa Paulo I determinou que seu corpo fosse transferido para o
Vaticano, para a basílica de São Silvestre, e colocado ao lado dos outros mártires. Mas em
1596 seu corpo foi transferido e colocado definitivamente embaixo do altar principal daquela
mesma basílica. A basílica de São Silvestre é a mais solene do Vaticano. Nela, todos os
papas iniciam e terminam seus pontificados. Sem dúvida, o lugar mais apropriado para o
comovente protetor da eucaristia: o mártir e coroinha São Tarcísio. Ele foi declarado
Padroeiro dos coroinhas ou acólitos, que servem ao altar e ajudam na celebração
eucarística.

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II. A ORIGEM DOS COROINHAS NA HISTÓRIA DA IGREJA

No início da Igreja, quando ainda eram vivos os apóstolos, as comunidades cristãs se reuniam
nas próprias casas para celebrar a Eucaristia. Mas ser cristão era proibido na época. O
imperador perseguia e até matava quem se declarasse seguidor de Jesus. Por isso que as
celebrações eram escondidas. Porém, no ano de 313, o imperador Constantino, passou a
ser cristão. Desta forma, todos podiam ser cristãos também, agora sem nenhum problema ou
perseguição e assim os apóstolos puderam publicamente realizar suas celebrações litúrgicas.
Assim começa o tempo das construções das grandes e belas igrejas que até hoje estão
espalhadas pelo mundo e que são sinais da grandeza da verdadeira Igreja de Cristo.
O tempo passou... A Missa já não era semelhante àquela que se era celebrada pelos
apóstolos, mudava-se o ritual e não o principal, que era a atualização do Mistério Pascal de
Cristo sua Paixão, Morte e Ressurreição. Nasciam então os ministérios que visavam auxiliar
o Sacerdote na celebração litúrgica. O acólito, o leitor, o diácono exercem na missa uma
função especial. Cada um tem suas responsabilidades para que a missa decorra de forma
organizada. Imaginemos uma escola que não tenha um diretor, um coordenador, um
faxineiro... Seria uma bagunça total! Assim também é na Igreja o acólito auxilia o padre no
altar, o leitor proclama a Palavra de Deus e o diácono realiza tarefas competidas ao seu
ministério como, por exemplo: proclamar o Evangelho, saudar e despedir o povo nas
celebrações, segurar o cálice na hora da doxologia (Por Cristo, com Cristo, em Cristo...) cada
um tem uma função e exerce em nome da Igreja um ministério especifico.

Os coroinhas nascem também nesse contexto. O coroinha antes da reforma litúrgica era
aquele que ficava responsável pelo coro, ou seja, eram os coroinhas que cantavam nas
funções litúrgicas das comunidades. Eles aprendiam os cantos que eram em latim com
os padres nos momentos livres. Hoje o coroinha canta, participa, auxilia o sacerdote na
celebração. É aquele que na comunidade exerce o ministério do serviço, que procura
desenvolver seu ministério com amor e alegria mostrando a todos a felicidade que brota do
verdadeiro encontro com Cristo.

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III. PRINCÍPIOS DO COROINHA

1. Ser responsável e assíduo: É uma das principais características do coroinha: deve ser
uma pessoa altamente responsável com a função que exerce; quando for escalado,
não faltar ou chegar atrasado à celebração, assim como nos encontros. Pois para servir ao
altar, não basta só estar no grupo na hora da celebração, é preciso acompanhar toda a
formação dada, ou seja, participar das reuniões, missas e demais compromissos
assumidos.
2. Ser disponível: O coroinha exerce um ministério dentro da Igreja, faz um serviço
privilegiado e grandioso de sua responsabilidade. Por isso, quando o coroinha for
escalado para alguma celebração, ele deve prontamente dizer: SIM, EU VOU! Exceto
se o coroinha tiver outro compromisso que não poderá desmarcar, neste caso estará
dispensado, mas tendo que comunicar outro para substituí-lo.
3. Ser atencioso: Acolitar significa servir; no nosso caso, servir ao altar durante as
celebrações da Missa. Desta maneira, o coroinha deve ficar atento a todas as
necessidades do celebrante e da celebração no decorrer da Missa.
4. Ter um comportamento exemplar: O coroinha, pela sua função no altar, é uma pessoa
altamente visualizada por toda a comunidade. Desta forma, automaticamente, o coroinha
vira uma espécie de modelo de criança, adolescente ou jovem, para todas as pessoas da
comunidade. Durante os atos litúrgicos, é necessário evitar conversas, risos ou
brincadeiras, deve-se ficar no presbitério e não sair dali, sem necessidade, e só sair se o
(a) coordenador (a) ou o celebrante autorizar, também é preciso ser humilde e prestar
atenção ao que lhe for ensinado pelas pessoas encarregadas da sua formação. Sendo
assim, o coroinha precisa honrar esse grande papel que está exercendo na comunidade,
comportando-se dignamente.
5. Ter cuidado com os objetos litúrgicos, as vestimentas, a postura e os gestos: O
coroinha deve ter um cuidado especial com todos os objetos litúrgicos que manuseia e
com as outras coisas da igreja e do altar. Tratar os paramentos litúrgicos com respeito,
como objetos destinados ao culto divino. As vestimentas dos coroinhas devem ser dignas,
durante os encontros, deve-se evitar vir de bermuda, minissaia, roupas curtas ou
impróprias ao ambiente da Igreja. E durante as celebrações, o coroinha deve estar sempre
limpo, cabelo penteado (isso também vale para os meninos), calçados e roupas bem
arrumadas, ou seja, esteja sempre com uniforme impecável. Assim como é necessário
respeitar a sua túnica como veste sagrada, e não correr estando vestido com a mesma. Já
a postura e os gestos também devem ser condizentes com o ministério que exerce. O
coroinha deve evitar passar a mão no cabelo, nariz, ouvido, garganta e outras partes do
corpo, pois o coroinha manuseia objetos sagrados, principalmente, os que irão conter o
Corpo e Sangue de Cristo, que será comungado pela comunidade. Com relação aos
gestos, devem-se evitar todos aqueles de natureza obscena ou que sejam desrespeitosos.

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6. Ser estudioso: O coroinha é uma pessoa diferente, que deve servir de exemplo em tudo
que faz tanto na igreja quanto fora dela. Então, dentro do ambiente escolar, o coroinha tem
que ser um bom aluno, não deve se importar com opiniões errôneas de seus colegas
quanto ao grupo que participam, mostrando sempre o orgulho em servir a Deus, e
dentro da igreja, deve sempre dedicar-se ao estudo da liturgia, buscar mais conhecimento
com assuntos pertinentes ao serviço do altar.
7. Considerar e honrar a sua família: O coroinha deve ser um modelo exemplar também
dentro da sua família, ninguém vive sadiamente sem a família. As pessoas que não têm
família possuem, na maioria das vezes, diversos problemas, e nós, mesmo tendo em casa
a nossa família, não a tratamos com a devida importância e respeito, gerando dessa forma
muitos problemas que, com o passar do tempo, pode ficar mais difícil serem
consertados. Por isso, uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece
unida por uma vida toda.
8. Respeitar todas as pessoas: O mundo em que vivemos não está restrito a nossa família,
a escola, trabalho ou a igreja. Nós, seres humanos necessitamos de gente, muita gente
mesmo, para brincar, jogar, conversar, ou seja, viver. Para isso temos que respeitar, tratar
bem, ser educado com todas as pessoas de quem gostamos, e também, de quem não
gostamos.
9. Ser um amigo verdadeiro: Uma das grandes qualidades do coroinha é passar todos os
seus conhecimentos para os coroinhas mais novos. Dentro do grupo deve existir uma
amizade verdadeira entre os componentes. Devem-se evitar fofocas, brigas, discussões ou
qualquer outra ação que venha desencadear a desunião do grupo.
10. Nunca esquecer a oração: Esta é a principal característica do coroinha. A oração é o
combustível do católico, sem ela o nosso tanque de gasolina secará, e nós pararemos no
meio do caminho. Com ela, nós conseguiremos ter o mais íntimo contato com Deus.
Devemos recorrer à oração em todos os momentos de nossa vida, para agradecer,
interceder, suplicar, ou para simplesmente conversar com Deus. Devemos cultivar o gosto
pela oração e ler um trecho da Bíblia a cada dia. Quando rezamos de maneira correta e
consciente, ao terminar, ficamos com o gostinho de quero mais. Podemos rezar em
qualquer lugar, sozinho ou acompanhado. Entretanto, a oração mais poderosa que existe
na face da Terra é a celebração da Santa Missa, onde o coroinha participa de “camarote”.
E pode ter certeza, muita gente tem vontade de ter essa localização que os coroinhas
possuem durante a Missa; por isso aproveite este grande privilégio.

Atividade

1) Para o próximo encontro, partilhar com os colegas: dentre os vários princípios dos
coroinhas, escolha dois que você tem mais facilidade de praticar, e um no qual você se
propõe a melhorar.

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IV. LITURGIA

❖ O que é Liturgia?

Liturgia é uma palavra da língua grega que quer dizer: Ação do povo, ação em favor do povo.
É a ação de um povo, reunido na fé, em comunhão com toda a Igreja, para celebrar o
Mistério Pascal – Morte e Ressurreição de Cristo, presente na Assembleia, oferecendo-se ao
Pai como culto perfeito.
A liturgia se expressa mediante as palavras e gestos. Por isso, dizemos que a Liturgia é feita
de sinais sensíveis, ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (audição, tato, olfato,
paladar, visão).
"A liturgia é o coração da Igreja"
Cardeal Arinze: Congregação para o Culto Divino

❖ O que é celebrar?

Celebrar tem vários significados: festejar em massa, solenizar, honrar, exaltar, cercar de
cuidado e de estima.

❖ Celebrações litúrgicas?

O que são celebrações litúrgicas? São encontros de Deus com o seu povo reunido. Esses
encontros se realizam mediante algumas condições que chamamos Elementos Constitutivos
da celebração litúrgica. Os principais elementos que constituem uma celebração litúrgica são
os seguintes: assembleia, ministros, proclamação da palavra de Deus, ações simbólicas,
cantos e espaço celebrativo.

V. ANO LITÚRGICO
O Ano Litúrgico é o período de doze meses divididos em tempos litúrgicos, onde se celebram
como memorial os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos. No ano litúrgico, a
cada Natal é Cristo que nasce no meio das famílias, é Cristo que sofre e morre na cruz na
Semana Santa, é Cristo que ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo
sobre a Igreja no dia de Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos
fatos ocorridos com Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se presentes e
atuantes, acontecem hoje, no aqui e no agora da vida dos cristãos.

O Ano litúrgico é, portanto, um calendário religioso que contém as datas dos acontecimentos
da história da salvação, no entanto, o ano litúrgico não coincide com o ano civil, isto é, não
começa no mesmo dia; enquanto o ano civil começa no dia 1° Janeiro, o ano litúrgico inicia-se
quatro domingos antes do Natal, respectivamente no primeiro domingo do Advento.
O ano litúrgico inicia-se com o Primeiro Domingo do Advento e termina com a festa de Cristo
Rei. Ele é dividido em dois grandes Ciclos: Ciclo do Natal e da Páscoa. Entre esses dois
ciclos, encontramos um longo período, chamado "Tempo Comum". É o tempo verde da vida
litúrgica.

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❖ Ciclo do Natal

• Tempo do Advento
A palavra advento vem do latim adventus e significa chegada, vinda. O Advento é o tempo de
espera, preparação e esperança. É um tempo em que somos convidados à purificação de vida
pela justiça e pela verdade. Estamos arrumando a nossa “casa”, isto é, o nosso coração para
recebermos a mais nobre visita: Jesus, o nosso Salvador.
O tempo do Advento tem uma duração de quatro semanas, começa quatro domingos antes
do Natal, final de novembro ou início de dezembro, e termina no dia 24/12. A cor usada é
o roxo, as flores e músicas são moderadas e não se recita o Glória. Dentro deste período, o
3° domingo é chamado de ”Domingo da Alegria ou Gaudete”, é a alegria de estarmos
próximos do Natal. Neste domingo pode-se usar a cor rosa.
Além das orações próprias desse período, costuma-se fazer a Coroa do Advento que possui
quatro velas, 3 roxas e 1 rosa, colocadas numa coroa de folhas naturais ou artificiais, que
devem ser acesas uma a uma, nos quatro domingos do Advento. A Coroa do Advento tem sua
forma circular, que representa o sinal do amor de Deus, que é eterno, sem princípio e sem fim.
As folhas verdes simbolizam então a esperança e a vida eterna. No simbolismo das quatro
velas podemos ver não o sentido quantitativo da luz, mas o crescimento de sua intensidade, à
medida que se aproxima o Natal. No início, vemos uma coroa sem luz e sem brilho, recorda-
nos a experiência de escuridão do pecado. Na medida em que se vai aproximando o Natal,
vamos ao passo das semanas do Advento, acendendo uma a uma as quatro velas,
representando assim, a chegada do nosso Senhor Jesus no meio de nós, quem dissipa toda a
escuridão, trazendo aos nossos corações a reconciliação tão esperada.
É durante o Advento, no dia 8 de dezembro, que se celebra a festa de Nossa Senhora, a
Imaculada Conceição.

• Natal
O nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo é comemorado no
dia 25 de Dezembro. A cor litúrgica utilizada é o branco.
A celebração tem seu ponto alto no dia 25/12, mas a festa do Natal
se prolonga até o dia do Batismo de Jesus, isto é, no domingo após
a Epifania de Jesus. Neste período, celebram-se ainda duas festas
muito importante: Sagrada Família e Santa Maria Mãe de Deus.
No Natal (25 de dezembro) comemora-se a vinda do Filho de Deus ao mundo, Jesus Cristo,
para a salvação dos seres humanos. Na solenidade da Epifania, lembra-se como essa
salvação foi manifestada a todos os seres humanos, representada pelos santos reis. Como a
celebração do Natal dura oito dias, costuma-se falar em “Oitava do Natal”. A festa da Sagrada
Família convida as famílias cristãs a viverem no amor e respeito, com Jesus, Maria e José e a
festa da Santa Maria Mãe de Deus (1º de janeiro, que também é o dia Mundial da Paz)
relembra a maternidade de Maria. Encerrando o tempo litúrgico do Natal, celebra-se o Batismo
de Jesus, evocando o dia em que Jesus foi batizado no rio Jordão por João Batista. A festa do
Batismo do Senhor marca o início da vida pública e missionária de Cristo. É o menino Jesus
que deve ser, portanto, o centro de toda a festa, e não a figura do papai Noel, ou a
preocupação com presentes, enfeites e outras coisas que às vezes deturpam o sentido do
Natal.
O Natal é um tempo de grande alegria para a Igreja e para todos os cristãos.

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❖ Tempo Comum (I)


O Tempo Comum abrange quase o ano inteiro. São 34 domingos, divididos em duas
partes, a primeira compreende de seis a nove domingos, iniciando-se após o Tempo do Natal
e terminando na Quaresma e a segunda parte começa após o Tempo Pascal e vai até o fim
de novembro, mais precisamente até a festa de Cristo Rei, que encerra também o Ano
Litúrgico.
Esta primeira parte do Tempo Comum começa logo após a festa do Batismo de Jesus e se
estende até a Quarta-feira de Cinzas. A cor litúrgica é o verde. Não existe uma liturgia para
o primeiro domingo do Tempo Comum, porque, neste, a igreja celebra a festa do Batismo do
Senhor. A partir do segundo domingo é que começa, oficialmente, a enumeração dos
domingos do Tempo Comum, como conhecemos.

❖ Ciclo da Páscoa

• Quaresma
É o tempo de preparação para a Páscoa, que se inicia na Quarta-feira de Cinzas e vai até a
Quinta-feira Santa, antes da Missa da Ceia do Senhor (Missa do Lava Pés). Antes da Quarta-
feira de Cinzas vem o Carnaval que são três dias de festa que antecedem a Quaresma. O
Carnaval teve sua origem na Igreja Católica e tinha como objetivo festejar (brincadeiras,
comilanças, etc.). Isso por quê? Na Idade Média eram muito severas as penitências
quaresmais, por isso as pessoas faziam festa com muita comilança de carnes (Festa da
Carne). O povo iria passar quarenta dias fazendo penitência, orando e jejuando. A abstinência
de carne é devida de ser a carne o alimento mais utilizado na época. Com o passar do tempo
outras motivações se associaram a essa festa. A Quarta-feira de Cinzas é assim chamada
para lembrar que a festa acabou mesmo, agora é sacrifício.
É um tempo de renovação espiritual, de arrependimento, de penitência, de perdão, de muita
oração e principalmente de fraternidade. Esses 40 dias devem ser um tempo forte de
meditação, oração e jejum (remédios contra o pecado). É tempo de viver um pouco de
mortificação (deixar de comer um doce, deixar as bebidas, cigarros, passeios, churrascos, a
televisão, alguma diversão, etc.) com a intenção de fortalecer o espírito para que possa vencer
as fraquezas da carne.
A Quaresma é composta de cinco semanas e termina na Quarta-feira da Semana Santa. A
cor usada é o roxo, as flores e as músicas são moderadas e não se canta o Glória e o
Aleluia, com exceção do quarto domingo que é chamado de “Domingo da Alegria ou
Laetare”, é a alegria de estarmos próximos da Páscoa. Neste domingo pode-se usar a cor
rosa.

O que é Via Sacra?


Na Quaresma, Sexta-feira Santa e em outros momentos do Ano Litúrgico costuma-se fazer a
Via Sacra. A palavra significa “Caminho Sagrado” (o caminho de Jesus até a morte de cruz).
Na qual se reza e se medita 14 episódios (estações) da Sexta-feira Santa, desde a
condenação à morte até o sepultamento de Jesus, acrescentando-se a 15ª estação - A
ressureição de Jesus, pois a morte não O venceu.

Por que se costuma cobrir as imagens na Quaresma?


Esse antigo costume (que atualmente se encontra nos documentos da Igreja) servia para
alertar os fiéis que era preciso concentrar-se no personagem central de nossa fé e razão de
toda caminhada quaresmal: Jesus Cristo.

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• Semana Santa

➢ Domingo de Ramos
O Domingo de Ramos abre por excelência a Semana Santa. Relembramos e celebramos a
entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, poucos dias antes de sofrer a paixão, morte e
ressureição.
Neste domingo, a Eucaristia é precedida da bênção e Procissão de Ramos, meditando a qual
utilizamos o acontecimento de quando o povo simples de Jerusalém acolheu Jesus com festa,
reconhecendo Nele o Messias esperado. Os quatro evangelhos narram esse acontecimento:
Mt 21,1-11; Mc 11,1-11; Lc 19,28-38; Jo 12-16. A cor usada neste dia é o vermelho,
utilizada nos paramentos e ornamentos, é para expressar o amor.
➢ . Tríduo Pascal
Começa o Tríduo Pascal na Quinta-feira Santa, na missa vespertina, chamada “Ceia do
Senhor”, véspera da paixão e morte do Senhor (Sexta–feira Santa), tem seu centro na Vigília
Pascal do Sábado Santo e encerra-se com a missa do Domingo de Páscoa.
O Tríduo Pascal não é - saibamos - um tríduo que nos prepara para o Domingo de Páscoa,
mas um tríduo celebrativo do mistério pascal de Cristo, que culmina no domingo, “Dia do
Senhor”. Trata-se, pois, de uma única celebração, em três momentos distintos, o que ainda
não é devidamente compreendido por muitos. Santo Agostinho o chama de “Sacratíssimo
tríduo do Senhor sepultado e ressuscitado”.

- Quinta-feira Santa
Na Quinta-feira Santa, pela manhã, na Catedral celebra-se a Missa da Unidade ou do Crisma,
onde os presbíteros (padres) da Arquidiocese inteira comparecem. Os Bispos consagram nas
Catedrais, durante a missa, os Santos Óleos, que devem servir para o Batismo, Confirmação
(Crisma), Unção dos Enfermos, e também para o sacramento da Ordem.

Neste mesmo dia (geralmente a noite) celebramos a missa Vespertina da Ceia do Senhor,
também conhecida como a “Missa do Lava-Pés”, ocasião em que Ele tomou o pão e o vinho
antes de ser condenado e crucificado, abençoou-os e deu-os aos seus discípulos, dizendo:
“trata-se do meu corpo e do meu sangue”. Assim Ele instituiu o sacramento da Eucaristia,
estabelecendo com o povo uma Nova Aliança, por meio do seu sacrifício.
Esta celebração é solene, com incensação, ornamentação da Igreja e do altar. Canta- se nela
o Glória, onde toca-se todos os sinos da igreja que se calarão até a Vigília Pascal. Não
se canta o “Aleluia” e nem se recita o “Creio”. A cor litúrgica utilizada neste dia é o branco.

Foi também durante a Última Ceia que Jesus lavou os pés dos discípulos, demonstrando
humildade, serviço e amor ao próximo. Este rito do Lava-Pés (não obrigatório) é feito
dentro da missa.
Após a oração, depois da comunhão, é feita a Transladação do Santíssimo. O Santíssimo é
transladado solenemente em procissão para uma capela devidamente preparada para recebê-
Lo. E por fim é feita a desnudação do altar, que hoje é um rito prático, com a finalidade de tirar
da igreja todas as manifestações de alegria e de festa, como manifestação de um grande e
respeitoso silêncio pela Paixão e Morte de Jesus. Remove as toalhas e os demais ornamentos
e enfeites dos altares, que ficam assim desnudados até a Vigília Pascal. No antigo rito,
durante a desnudação recitava-se um trecho de um salmo. O gesto da desnudação do altar
tinha o significado simbólico da nudez com a qual Cristo foi crucificado.

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- Sexta-feira Santa
Nesse dia a Igreja relembra a Paixão e Morte de Jesus Cristo, não se celebra a Eucaristia,
como também nenhuma outra liturgia senão a solene ação litúrgica da tarde, pois foi por volta
das 15 horas que Jesus morreu. Nesta celebração solene, o rito inicial é feito em silêncio e
sem canto. Chegando ao altar, o sacerdote se prostra. Logo após, dirigindo-se à cátedra, sem
saudar a assembleia, o sacerdote reza uma oração própria, sem o “Oremos”, e se inicia a
Liturgia da Palavra. Esta ação litúrgica é constituída de três partes: Liturgia da Palavra,
Adoração da Cruz e Comunhão Eucarística, esta guardando memória da noite anterior,
com hóstias consagradas na missa solene da Ceia do Senhor. A exemplo do rito inicial,
também o rito final é simples: após a oração depois da comunhão, o sacerdote estende as
mãos sobre o povo e dá a bênção. Omite-se o rito de despedida, e todos se retiram em
silêncio. A cor litúrgica utilizada neste dia é o vermelho.

É um dia marcado pelo pesar e pelo jejum. O jejum da Sexta-feira Santa é como nos ensina a
reforma litúrgica, “jejum pascal”, e é desejável que ele se prolongue, quando possível, até o
Sábado Santo, numa identificação mais profunda com a prática dos apóstolos e dos primeiros
cristãos, pondo em prática o que o Senhor disse em Mt 9,14-16 e Lc 5,33-35, ou seja, que,
quando Ele lhes fosse tirado, os discípulos então jejuariam.

- Sábado Santo
Este é um dia de recolhimento, reflexão e muito silêncio: é o dia em que a comunidade cristã
vela junto ao sepulcro de Jesus Cristo. Na noite do Sábado Santo, renova-se a memória do
acontecimento mais importante de nossa fé cristã: a Ressurreição. Há então em todas as
igrejas uma celebração muito significativa, a mais importante de toda a liturgia, que é a Vigília
Pascal. Reunidos nas igrejas, os cristãos de todo o mundo comemoram a ressurreição de
Jesus Cristo, triunfando sobre a morte. São quatro os momentos litúrgicos da Vigília Pascal:

a) Liturgia da Luz e do Fogo: Com a igreja apagada, inicia-se a Liturgia da Luz, na porta da
igreja ou em outro local apropriado, com a bênção do fogo e a preparação do Círio Pascal,
estas com ricas palavras alusivas a títulos do Senhor e pregando os grãos de incenso no
Círio, representando assim as cinco chagas de Cristo. Após esta preparação acende-se o
Círio Pascal, que simboliza a luz de Cristo que vence as trevas da morte;
b) Liturgia da Palavra: As pessoas relembram, por meio de leituras bíblicas, os fatos
importantes realizados por Deus ao longo da História. São nove leituras propostas na Liturgia
da Palavra, sete do Antigo Testamento e duas do Novo Testamento. Encerradas as leituras do
Antigo Testamento, entoa-se solenemente o Glória, já a partir de agora com todos os sinos e
todos os instrumentos musicais, estes em silêncio, como sabemos, desde a noite da Quinta-
feira Santa. Retiram-se os panos das imagens. Acendem-se também, neste momento, as
velas do altar, tirando sua chama do Círio Pascal. Aqui a Igreja se reveste de toda a alegria
pascal.
c) Liturgia Batismal: recordando que Batismo é a nossa Páscoa, ou seja, nossa “passagem”
para a vida cristã, renovamos nessa noite as promessas feitas em nosso batismo confirmando
nossa vida em Cristo;
d) Liturgia Eucarística: celebra-se finalmente o sacrifício de Cristo, mas com grande alegria,
porque Jesus está vivo e nos salvou.

A Santa Missa do Sábado Santo não cumpre o preceito de domingo, pois estamos
celebrando o Tríduo Pascal e este encerra-se com a Santa Missa.

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• Domingo de Páscoa / Tempo Pascal


Páscoa em hebraico significa “passagem”. O Cristo ressuscitado vive e
neste dia recebemos o convite de viver a ressureição junto com Cristo e a
Igreja, desde já, na dinâmica do amor e da fraternidade.
Com o Domingo da Páscoa começa também o Tempo Pascal, que é
celebrado por cinquenta dias. São sete tais domingos, e no sétimo, no
Brasil, se celebra a Solenidade da Ascensão do Senhor, terminando com a
festa de Pentecostes. Segundo Santo Atanásio, o Tempo pascal deve ser
celebrado como “um grande Domingo”, ou seja, um domingo com duração
de cinquenta dias.
A Páscoa termina, mas nos deixa a alegria de Pentecostes, pois nos
lembra que Jesus foi para o Pai para preparar a nossa morada, mas enquanto estamos aqui
na Terra em peregrinação temos o Consolador, o Espírito Santo. É uma promessa de Jesus:
“Estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 28,20).
A cor litúrgica utilizada neste tempo é o branco.

❖ Tempo Comum (II)


Terminado o tempo Pascal, no domingo de Pentecostes, recomeça o Tempo Comum que se
estende até o final do ano litúrgico com a festa de Cristo Rei. Esta segunda parte do
Tempo Comum inicia-se com a Solenidade da Santíssima Trindade, celebramos também
nesta parte a Festa de São Pedro e São Paulo, São João Batista, mártires e muitos outros
santos e a festa da Corpus Christi.
Dando continuidade ao tempo comum, a cor litúrgica utilizada neste tempo é o verde.
O Tempo Comum, ao longo de todos seus domingos, mostra-nos a própria vida de Cristo, com
seus ensinamentos, seus milagres, suas orações e parábolas onde Jesus nos anuncia
longamente o Reino dos Céus. Com Jesus e seus exemplos, aprendemos a viver na
verdadeira vida cristã, uma vida a serviço, respeito e amor e a todas as coisas criadas por
Deus. Cada um desses domingos é um novo encontro com Jesus, que nos leva cada vez mais
para perto do Pai.
Solenidades, festas e memórias
Durante o ano, a Igreja não comemora apenas festas litúrgicas. Há muitas outras datas
celebradas para louvar o Senhor, para homenagear Maria, a Mãe de Jesus, para venerar os
santos (alguns destes, mártires), agradecendo a Deus por suas belas virtudes.
Dentre essas celebrações, as mais importantes são as solenidades, como por exemplo, a do
Sagrado Coração de Jesus, a Anunciação do Senhor, a Assunção de Maria, Todos os Santos,
São José, São Pedro e São Paulo e outras. Na "solenidade", então, três são as leituras
bíblicas, canta-se o "Glória" e faz-se a profissão de fé. Para a maioria das solenidades existe
também prefácio próprio. Há também as chamadas festas, como por exemplo, de Santo
Estevão, a dos arcanjos Miguel, Rafael e Gabriel, a Natividade de Nossa Senhora a
Conversão de São Paulo e outras. Nelas pode ser cantado o "Glória" e pode ter prefácio
próprio, dependendo de sua importância. As "festas" do Santoral são omitidas quando caem
em domingo. E, finalmente, a Igreja celebra também a memória, isto é, lembrança de alguns
santos que se distinguiram por sua vida e seu exemplo. Todos os santos do calendário
romano têm seu dia de memória. Os santos são padroeiros das pessoas, comunidades e
cidades que têm nome. A "memória" pode tornar-se "festa", ou mesmo "solenidade",
quando a celebração for própria, ou seja, quando o santo festejado for padroeiro
principal de um lugar ou cidade, titular de uma catedral, como também quando for
titular, fundador ou padroeiro principal de uma Ordem ou Congregação.

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Ano A: correspondem as leituras de São Mateus;


Ano B: as leituras de São Marcos, mais o capítulo 6° de São João;
Ano C: as leituras de São Lucas.
O Evangelho de São João é geralmente proclamado nos tempos especiais (advento,
quaresma, tempo pascal) e nas grandes festas.

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Atividades

1) Marque de acordo com o conteúdo estudado:

2) Encontre o santo(a) que celebre a sua festa no mesmo dia do seu aniversário e
escreva um pouco sobre a história dele.

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VI. CORES LITÚRGICAS


Como a liturgia é ação simbólica, também as cores nela exercem um papel de vital
importância, respeitada a cultura de nosso povo, os costumes e a tradição. As diferentes cores
litúrgicas visam manifestar externamente o caráter dos mistérios celebrados, e também a
consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do ano litúrgico. Veja abaixo as
cores litúrgicas e seus significados:

BRANCO- Simboliza a vitória, a paz, a alegria.


Usa-se: na Quinta-feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em
todo o Tempo Pascal, no Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos
(quando não mártires) e nas festas do Senhor (exceto a da Paixão), nas
festas e memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, na
festa de Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista,
Cátedra de São Pedro e Conversão de São Paulo.

VERMELHO- Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio.


Usa-se: no Domingo de Ramos, na Sexta-Feira Santa, no Domingo de
Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos
Apóstolos e dos Evangelistas, dos santos mártires.

VERDE- Simboliza a esperança, o crescimento.


Usa-se: no Tempo Comum (Quando no Tempo Comum se celebra uma
festa do Senhor ou dos santos, usa-se então a cor da festa).

ROXO- Simboliza a penitência e a serenidade.


Usa-se: no Advento e na Quaresma. Também pode ser usado nas
celebrações dos fiéis defuntos e na celebração da penitência (confissão).

ROSA- Simboliza uma breve pausa, certo alívio na preparação do


Advento e no rigor da penitência da Quaresma.
Usa-se: no 3º Domingo do Advento, chamado "Gaudete”, e no 4º Domingo
da Quaresma, chamado "Laetare", ambos os domingos da alegria.

PRETO- Simboliza o sinal de tristeza e luto.


Hoje está praticamente em desuso na liturgia.

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AZUL- O uso litúrgico da cor azul é para festas e solenidades da Santíssima


Virgem Maria. O azul não é uma das cores previstas pela IGMR (Instrução Geral
do Missal Romano), mas seu uso é largamente difundido no Brasil e em alguns
lugares.
Alguns liturgistas criticam o uso de uma cor não autorizada na liturgia. Contudo,
podem-se utilizar os seguintes argumentos na defesa de seu uso litúrgico:

1) Sabendo-se que o costume também é fonte do Direito Canônico, poder-se-ia


argumentar que o azul para festas marianas incorporou-se, às cores litúrgicas da
Igreja.

2) Se a IGMR permite que paramentos festivos de outra cor, que não a do dia,
sejam usados em ocasiões especiais (exemplo: o dourado e o prateado, ambos
não previstos na edição latina da IGMR), como explicado acima, não há razão por
que impedir o azul nas festas e solenidades de Maria Santíssima.

✓ Também a favor do azul, na época o Papa Bento XVI, fez uso de tal cor em
sua visita ao Santuário Mariano Austríaco de Mariazell, de modo a
demonstrar a tolerância com o uso desta cor nas festas marianas. Caso o
uso do azul não fosse ao menos aceito, ainda que extraoficialmente, a
autoridade máxima da Igreja estaria incorrendo em um erro litúrgico. Não se
crê, contudo, que Bento XVI, exímio liturgista, aceitasse o uso de
paramentos de tal cor caso julgasse-a inadequada para as celebrações
marianas.

Nota explicativa:
Se uma festa ou solenidade tomar o lugar da celebração do tempo litúrgico, usa-se a cor
litúrgica da festa ou solenidade. Exemplo: em 8 de dezembro, celebra-se a Solenidade da
Imaculada Conceição. Neste caso, a cor litúrgica é então o branco (ou azul), e não o roxo
do Advento. Este mesmo critério é aplicável para a celebração dos dias de semana.

Lembrete:
As cores que falamos são para a celebração da Santa Missa. No caso de celebração de
batismo, casamento e adoração ao Santíssimo Sacramento, usa-se a cor branca ou
dourada. Na celebração da penitência ou confissão, unção dos enfermos, missa de 7º e
30º dia: Usa-se a cor roxa. Mas a memória do dia tem preferência sobre as almas.

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Atividades

1) Pinte ou escreva as cores litúrgicas de acordo com o tempo litúrgico.

2) Escreva as cores litúrgicas de acordo com o conteúdo especificado.

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VII. VESTES LITÚRGICAS OU PARAMENTOS

A variedade das vestes ou paramentos litúrgicos serve para manifestar a diversidade dos
ministérios (indicações hierárquicas) exercidos na Liturgia. As vestes querem nos dar o
sentido de revestir-se de Cristo, de sua autoridade, do seu serviço.
As cores devem visar manifestar o caráter dos mistérios celebrados, conforme o desenrolar
do ano litúrgico.

CAMISA CLERICAL OU CLERGYMAN: Camisa usada por todo o Clero


com gola especial.

BATINA: Diferenciada da túnica por ser um pouco mais comprida (até


os tornozelos). Possui a cor preta para o sacerdote, branco para
monges dominicanos e cistercienses, pardo para carmelitas e
franciscanos, roxo para bispos e vermelha para cardeais. A batina deve
ter 33 botões em vertical (lembrando a idade de Cristo) tendo em
cada manga cinco botões (lembrando as cinco chagas de Cristo na
cruz).

ALVA OU TÚNICA: veste longa, de cor branca, comum aos ministros


de qualquer grau. Geralmente de linho, que simboliza a pureza de
coração com que o sacerdote deve se aproximar do altar. Sentido
espiritual: candura virginal, incorruptibilidade da doutrina, virtude da
perfeição e imagem da boa fé. Lembra a túnica de Jesus, “sem
costura de alto a baixo”, sobre o qual os soldados tiraram a sorte (Jo
21,24).

AMITO: Vem de amicire=revestir. Retângulo de pano que se coloca


antes da alva, e cobre o colo e a espádua, firmado por dois cordões.
Simboliza a proteção divina, se revestir de Cristo e de sua pureza.

ESTOLA: veste litúrgica dos ministros ordenados. Os bispos e os


presbíteros a colocam sobre os ombros de modo que caia pela
frente em forma de duas tiras, acompanhando a comprimento da
alva ou túnica. Os diáconos usam a estola a tiracolo sobre os
ombros esquerdo, prendendo-a do lado direito. Simboliza a
imortalidade da alma e é sinal do serviço e poder sacerdotal. Sua cor
varia de acordo com a Liturgia do dia.

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CASULA: veste própria do sacerdote que preside a celebração.


Vestimenta usada sobre a túnica e a estola seguindo a cor litúrgica do dia.
É diminutivo de tenda, casa; simboliza a casa ou tenda de Deus; teto de
Jesus operando com o Espírito. Simboliza o jugo suave da lei de Cristo
e da caridade, jugo que o sacerdote deve levar e ensinar aos demais a
levar.

DALMÁTICA: veste própria do Diácono. É colocada sobre a túnica e a


estola seguindo também a cor litúrgica do dia.

CÍNGULO: Cordão para ajustar a alva à cintura, derivado do cinto


romano. Simboliza as cordas e os açoites com que Jesus Cristo foi
atado e flagelado. Lembra o conselho de cingir os rins como presteza
para o trabalho, estar em alerta e cingir o ministro com os poderes dos
conselhos evangélicos.

CAPA MÁGMA: capa longa que o celebrante usa ao dar benção com o
Santíssimo Sacramento (adoração), ou ao conduzi-lo nas procissões, e
ao aspergir a assembleia.

VÉU UMERAL OU VÉU DE OMBRO: manto retangular que o


celebrante usa sobre os ombros, ao dar a bênção com o Santíssimo ou
transportar o ostensório com o Santíssimo Sacramento.

BATINA: Veste com botões na vertical e nas mangas, na cor


vermelha para os coroinhas e preta para os cerimoniários.
SOBREPELIZ: Veste branca usada sobre a batina por coroinhas e
cerimoniários.

Existem variações de modelos em algumas regiões, de acordo com a tradição do lugar.

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❖ INSÍGNIAS LITÚRGICAS

INSÍGNIAS EM COMUM: Relativa ao bispo, presbítero e diácono: a estola.

INSÍGNIAS PONTlFICAIS: São as que distinguem as pessoas eclesiásticas de caráter


episcopal:

PÁLIO: Vem de pallium, casaco retangular romano. Tira circular,


com dois pendentes sobre o dorso e sobre o peito, usada pelo
Papa e, também pelos metropolitas (Arcebispos). Representa
simbolicamente o próprio Cristo que carregou em seu ombro
uma ovelha perdida sendo imitado pelo bispo em seu
pastoreio.

ANEL EPISCOPAL: Sinal de fidelidade e perpétua aliança com a


Igreja, simbolizando a perpétua unidade entre a Igreja e o
bispo. Sua forma circular evoca a eternidade, a permanência e
fidelidade. No Ritual de Ordenação do bispo se usa a fórmula:
"Recebe o anel, sinal de fidelidade, e integridade da fé e na pureza
da vida, guarda a santa Igreja, esposa de Cristo”.

BÁCULO: Bastão em forma de cajado (báculo) usado pelo bispo


como sinal do seu ministério de Pastor (Pai e juiz), curvado na
extremidade, algumas vezes trazendo algum símbolo. Na
celebração é usado pelo bispo: na entrada, durante a proclamação
do Evangelho, na homilia e durante o Credo.
No Ritual de Ordenação é usada a fórmula: "Recebe o báculo,
sinal do teu ministério de pastor: cuida de todo o rebanho no meio
do qual o Espírito Santo te constituiu para governar a Igreja de
Deus.” O Papa usa, no lugar do báculo, a férula, que é uma
espécie de cruz ástil, sem o crucificado. Muitos católicos
desconhecem o porquê do báculo (cajado) do Bispo ter a forma
curva e o do Papa ostentar um crucifixo.
Querem saber? O báculo do bispo é curvo para indicar sua
autoridade limitada a uma área territorial e o do Papa ostenta
um crucifixo que indica a sua autoridade sobre a Igreja
universal.

SOLlDÉU: Pequeno gorro que cobre o topo da cabeça, exceto no


momento da oração eucarística. Cor: Roxo (Bispo), vermelho
(Cardeal) e branco (Papa). Palavra latina que significa só a Deus.

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MITRA: Chapéu com duas pontas que significam o AT e o NT


representa defesa e salvação. Também interpretado como o
bicórneo de Moisés. As duas tiras (lNFULAS) , representam o
resplendor que emana da cabeça de Moisés como o brilho da
ciência e da sabedoria do pastor. É usada pelo bispo todas as
vezes que muda de lugar na celebração, quando está sentado, ao
dar benção solene e quando é incensado.

CRUZ PEITORAL: Cruz de metal, em torno de 0,12 cm, que


lembra a dignidade sacerdotal derivada da cruz e dos deveres
para com o rebanho redimido pela cruz. Os antigos cristãos
usavam incluindo relíquias ou escritos do Evangelho, como fontes
de bênçãos. Não recebe benção alguma, não é sinal de jurisdição
e por isso não é dever obrigatório o seu uso. É mais uma devoção
tradicional, que insígnia propriamente dita.

VIMPAS: É uma pequena capa que serve para portar as


insígnias episcopais enquanto o bispo não as está usando.
Semelhante ao véu-umeral, menor e menos enfeitada, é usada
geralmente em par, ou seja, um pelo mitrífero (mitra) e outro pelo
baculífero (báculo). Suas cores variam conforme a cor litúrgica do
dia. Além do significado de respeito com as insígnias episcopais, as
vimpas possuem um lado prático que é evitar que o suor das mãos
dos servidores do altar suje ou danifique as insígnias.

Atividades

1) Coloque o nome das vestes litúrgicas como se pede.

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2) Pesquise o nome completo, a nacionalidade, a data de aniversário e de ordenação do


papa, do bispo, do pároco e do diácono.

Nome Completo Nacionalidade Aniversário Ordenação

Papa -

Bispo -

Pároco -

Diácono -

VIII. SÍMBOLOS LITÚRGICOS

Dentro da liturgia de nossa igreja temos vários símbolos de grande significado.

CORDEIRO DE DEUS: Precisamos saber o "que" o Cordeiro é e


"por que" o chamamos "Cordeiro". Para o antigo Israel, o cordeiro
identificava-se com o sacrifício, que era uma das formas mais
primitivas de adoração.
Foi na Páscoa que Deus intuiu toda família israelita a tomar um
“animal sem defeito, sem ossos quebrados, degolá-lo e passar
seu sangue na ombreira da porta". Os israelitas deveriam comer
o cordeiro naquela noite. Se o fizessem, seus primogênitos
seriam poupados. Se não o fizessem, seus primogênitos morreriam durante a noite,
juntamente com todos os primogênitos de seus rebanhos (Ex 12,1-23).

O cordeiro sacrifical morreu como expiação, em lugar do primogênito da casa foi salvo.

Era todo esse sacrifício apenas um ritual vazio? Não, embora, obviamente, o holocausto, por
si só, não fosse suficiente. Deus exigia também um sacrifício "interior". O salmista declarou
que "o sacrifício que Deus quer é um espírito contrito" (Sl 51,19). O profeta Oséias falou por
Deus e disse: “Pois é o amor que me agrada, não o sacrifício, e o conhecimento de Deus
mais que aos holocaustos" (Os 6,6). Contudo, a obrigação de oferecer sacrifícios foi
mantida. Sabemos que Jesus cumpria as leis judaicas referentes ao sacrifício. Ele celebrava
a Páscoa todos os anos em Jerusalém e é de se presumir que comesse o cordeiro
sacrificado, primeiro com a família e mais tarde com os apóstolos. Afinal de contas, "isso não
era facultativo". Consumir o cordeiro era o único jeito de o judeu fiel "renovar a aliança com
Deus”, e Jesus era um judeu fiel. Mas a importância da Páscoa na vida de Jesus foi mais
que ritual, foi "fundamental para sua missão", um momento definitivo.
Jesus é o Cordeiro.

“Isto é o meu corpo dado por vós... Esta taça é a nova aliança em meu sangue derramado
por vós" (Lc 22, 19-20).

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O sacrifício de Jesus realizou o que todo o sangue de milhões de ovelhas, touros e bodes
jamais conseguiu. "Pois é impossível que o sangue de um quarto de milhão de cordeiros
salvaria a nação de Israel, muito menos o mundo”. Para expiar as ofensas contra um Deus
que é bom, infinito e eterno, a humanidade precisava de um sacrifício perfeito: um sacrifício
tão bom, puro e infinito quanto o próprio Deus. E esse era Jesus, o único que podia "abolir o
pecado com seu próprio sacrifício" (Hb 9,26).

"Eis o Cordeiro de Deus" (Jo 1,36).

Por que a missa precisa proclamá-lo como "Cordeiro de Deus"?


Porque só um cordeiro sacrifical se encaixa no padrão divino de nossa salvação.
E com Ele entramos no santuário do céu toda vez que vamos à missa.

Agnus Dei, é uma expressão utilizada no cristianismo para se referir a Jesus Cristo,
identificado como o salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo
pecado original.

ALFA E ÔMEGA: São a primeira e a última letra do alfabeto grego


(Alfa e Ômega). São aplicadas a Cristo, principio e fim de todas as
coisas.

CRISTÓS: A cruz pascal costuma ser apresentada pelo


monograma de Cristo que consta das duas primeiras letras da
palavra Cristo em grego, chamadas chi (X) e ro (P) em letras
maiúsculas: XPI∑TO∑ (Xristós) O X (chi) tem a forma de cruz e
o P(ro=R) forma o corpo de Cristo. Com frequência este sinal
aparece nos paramentos dos padres, no ambão, na porta do
sacrário e na hóstia.

IHS: São inicias das palavras latinas Iesus Hominum Salvator, que
significa: Jesus Salvador dos Homens. Geralmente são
empregadas nas portas dos tabernáculos e nas hóstias.

TRIÂNGULO: com três ângulos iguais (equilátero) representa a


Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).

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INRI: São as inicias das palavras latinas Iesus Nazarenus Rex


Iudocorum, que significaram: Jesus Nazareno Rei dos Judeus.
O Evangelho de João nos informa que estas palavras estavam escritas
em três línguas (hebraico, latim, grego) sobre a cruz de Jesus (cf, João.
19,19).

PEIXE: No inicio do cristianismo, em tempos de perseguição, o peixe era o


sinal que os cristãos usavam para representar o Salvador. O peixe, em
grego, ichtys, está muito presente nos Evangelhos. Entre os cristãos,
primeiramente foi usado para designar os batizados, se deduziu dessa
figura o Cristo presente nas águas do Batismo.

A palavra grega para peixe é ICHTHUS e suas cinco letras formam o


anagrama grego com a frase: Iesus Christus Theou Yicus Soter, que quer
dizer: Jesus Cristo Filho de Deus Salvador.

PELICANO: Seu significado vem de que, quando não tem como


alimentar os seus filhotes, abre uma ferida no próprio peito com o
seu bico e lhes dá de comer da própria carne. Nosso Senhor Jesus
Cristo, como o pelicano, foi ferido da cabeça aos pés por amor aos
homens. Pelo Seu Precioso Sangue nós fomos salvos da morte e do
pecado.
O pelicano é por isso um dos símbolos eucarísticos mais expressivos, e é
amplamente representado na tradicional iconografia católica.

PREGOS: Os pregos foram instrumentos da crucificação de Jesus. São,


portanto, símbolos da sua Paixão. Quando aparecem em número de
três, identificam Cristo com membro da Trindade.

TRIQUETRA: É um símbolo antigo da Santíssima Trindade. Suas três


linhas iguais em forma de arco que representam a igualdade das três
pessoas. A linha contínua expressa a eternidade, e o entrelaçamento
das linhas mostra que a Trindade é indivisível.

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PÃO: Destinado à Eucaristia, o pão significa: união, alimento e


vida. Como o alimento se torna “um” com o homem, Deus quer
unir os homens em comunhão. Na Páscoa era o ázimo (sem
fermento), que para o povo judeu o pão sempre expressou a
benção de Deus. Comido sem fermento significa a pressa que o
povo tinha para sair do Egito.

“Eu sou o pão vivo descido do céu. Quem comer deste pão viverá
eternamente. O pão que eu darei é a minha carne para a vida do
mundo” (Jo 6,51).

HÓSTIA: A palavra vem do latim e significa: a vítima a ser


sacrificada (Ef 5,2; 1 Pd 2,5). Delgado disco de farinha e água.
Representa o pão ázimo da Páscoa dos judeus. Tem a hóstia
grande da medida da patena e as pequenas chamadas partículas,
as hóstias serão transformadas no Corpo do Senhor.

VINHO: Símbolo da presença do Esposo que constitui alegria e


felicidade e do Sangue de Cristo. Lembra a generosidade de
Deus. Deve ser de uva pura e natural, sem mistura de substâncias
e não deve azedar para o uso da celebração eucarística. Deve
nos lembrar de que nós temos sede de Deus.

Na ceia de Jesus ele se torna “o sangue da nova e eterna aliança”


– Lc 22,20. A antiga aliança foi selada no sangue das vitimas.
“Eis, disse Moisés, o sangue da Aliança que o Senhor fez
conosco” (Ex 24,8). Jesus é a vinha nova, cujo sangue sela a
Aliança definitiva, sinal de alegria para toda a humanidade
redimida.

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ÓLEOS: Na história dos Israelitas ou, mais precisamente, no Antigo


Testamento, eram ungidos os sacerdotes, os reis e os profetas.
Samuel unge a cabeça de Saul dizendo: “O Senhor te ungiu
príncipe sobre a tua herança” (1Sm 10,1). A unção com o óleo
significa consagração, benção e reconhecimento da parte de
Deus e especial distinção diante dos homens.
A palavra Cristo significa, pois, ungido. No caso, o Ungido por
excelência. O próprio Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o
Espírito Santo e com sua força (At. 10,38). Cristo – o ungido - unge
por sua vez os cristãos e os tornam participantes de sua santidade
e de sua salvação. O óleo impregna o corpo, o Espírito e a alma.
São três os óleos que o bispo benze na missa do Crisma: do
Crisma, dos Catecúmenos e dos Enfermos, a serem utilizados nas
celebrações do Batismo, Crisma, Unção dos Enfermos e
Ordenação.

LUZ: Brilha, em oposição às trevas, e mesmo no plano natural


é necessária à vida, como a luz do sol. Ela mostra o caminho ao
peregrino errante. A luz produz harmonia e projeta a paz. Como o
fogo, pode multiplicar-se indefinidamente. Uma pequenina chama
pode estender-se a um número infinito de chamas e destruir,
assim, a mais espessa nuvem de trevas. É o símbolo mais
expressivo do Cristo Vivo, como no Círio Pascal. A luz é, pois, a
expressão mais viva da ressurreição.
VELAS: Têm o mesmo significado do fogo e do círio pascal.
Irradiando luz iluminadora, simboliza Cristo «Luz do mundo»,
conforme ele próprio se qualificou. Por isso, nos ofícios
litúrgicos, usam-se frequentemente velas acesas, sobretudo
durante a semana santa e o tempo pascal. Mas o dia da luz é o
sábado santo, de noite, Vigília da Páscoa. Nele, antes da divina
liturgia, procede-se à bênção solene da luz: o sacerdote benze,
atrás do altar, uma vela acesa e, depois, de frente para os fiéis,
convida-os a acender dessa vela benta, suas velas.

FOGO - Ora queima, ora aquece, ora brilha, ora purifica. Está
presente na liturgia da Vigília Pascal do Sábado Santo e nas
incensações, como as brasas nos turíbulos. O fogo pode
multiplicar-se indefinidamente. Daí, sua forte expressão simbólica.
É símbolo, sobretudo da ação do Espírito Santo (Eclo 48,1; Lc 3,16;
12,49; At 2,3; 1Ts 5,19), e do próprio Deus, como fogo devorador
(Ex 24,17; Is 33,14; Hb 12,29).
Ele ilumina, purifica, consome, destrói. O fogo novo na Vigília
Pascal significa Cristo. Invocando o Espírito Santo rezamos: “Vinde
Espírito Santo, enchei os corações dos vossos fieis e acendei neles
o fogo do vosso amor”. Com sacrifícios dos holocaustos, nossas
vidas deverão ser consumidas, cada dia, pelo fogo do Amor de
Deus.

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ÁGUA: A Criação está marcada por este símbolo, já que “o


Espírito pairava sobre as águas” (Gn1,2). Recordamos o dom
precioso da vida. A água é um elemento originário da vida e por
isso também um dos símbolos primordiais da humanidade.
Apresenta-se ao homem sob diversas formas e,
consequentemente, com diversas interpretações.
A água simboliza a vida (remete-nos, sobre tudo, ao nosso
batismo, onde renascemos para uma vida nova). Pode
simbolizar também a morte (enquanto por ela morremos para o
pecado), ritos como do batismo, do lavado e do “asperges”.

CINZAS: Principalmente na celebração da Quarta-Feira de


Cinzas, são para nós sinal de penitência, de humildade e de
reconhecimento de nossa natureza mortal. Mas estas
mesmas cinzas estão intimamente ligadas ao Mistério Pascal.
Não nos esqueçamos de que elas são fruto dos ramos do
Domingo de Ramos do ano anterior, geralmente queimadas na
Quaresma, para o rito quaresmal das cinzas.

INCENSO: O uso do incenso para o culto é antiquíssimo, pré-


cristão. Trata-se de algumas resinas diversas que produzem
um perfume ao ser queimadas, emanando uma fumaça branca
que invade o ambiente. Sua fumaça simboliza, pois, a oração
dos santos, que sobe a Deus, ora como louvor, ora como
súplica (Sl 140(141)2; Ap 8,4).

Atividade

1) Complete:
• identificava-se com o sacrifício, que era uma das formas
mais primitivas de adoração.
• significa: Jesus Salvador dos Homens.

• significa: união, alimento e vida.

• com três ângulos iguais (equilátero) representa a


Santíssima Trindade (Pai, Filho e Espírito Santo).

• São a primeira e a última letra do alfabeto grego. São


aplicadas a Cristo, principio e fim de todas as coisas.

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IX. ESPAÇOS CELEBRATIVOS

ALTAR: No Antigo Testamento, temos uma porção de


exemplos de altares levantados (erigidos) para oferecer culto
a Deus. O altar geralmente estava relacionado diretamente
aos sacrifícios. A própria palavra hebraica para “altar”,
mizbeah, significava exatamente isso: “lugar onde se
sacrifica”. Mas pode ter também o sentido de monumento,
lembrando alguma extraordinária experiência sobrenatural,
uma especial e inesquecível experiência de Deus (cf. Gn
12,8; 13,18; 26,25; 33,20). Sobre o altar, e pelo altar, Deus
entrava em contato com o seu povo.
No Novo Testamento, não obstante a opção pela palavra
“mesa”, o Novo Testamento continua a usar também a palavra “altar”, seja para falar do altar
normal (cf. Mt 5,23: “Se estás diante do altar para apresentar tua oferta...”), seja sobretudo
para falar do próprio Cristo como o verdadeiro altar. Nós, cristãos, temos um culto, um
sacrifício e um altar próprio, centrados em Cristo Jesus (cf. Hb 13,10), pois “Cristo se
ofereceu uma vez para sempre” (cf. Hb 9,28) e a comunhão do novo Israel (a Igreja) com
Deus é constituída agora pela união com Cristo: Ele (Cristo) é para nós ao mesmo tempo
sacerdote, sacrifício e altar. No Apocalipse se fala também do altar que está diante do trono
de Deus, onde se oferecem os perfumes e sacrifícios dos justos (cf. Ap 6,9; 8,3).

Como explicita ainda mais o Catecismo da Igreja Católica: “O altar, em torno do qual a Igreja
está reunida na celebração da Eucaristia, representa os dois aspectos de um mesmo
mistério: o altar do sacrifício e a mesa do Senhor, e isto tanto mais porque o altar cristão é o
símbolo do próprio Cristo, presente no meio da assembleia dos fiéis, ao mesmo tempo como
vítima, oferecida por nossa reconciliação, e como alimento celeste que se dá a nós” (n.º
1383). Por isso, o altar é único, como símbolo de Cristo, nosso único sacerdote e vítima.

Inicialmente essa mesa era de madeira. Mais tarde se preferiu que fosse de pedra. Foi
uma opção certamente influenciada pela linguagem simbólica de Cristo como “rocha
espiritual” (cf. 1Cor 10,4) ou como “pedra viva... angular, principal” (cf. 1Pd 2,4.7; Ef
2,20). Hoje se recomenda que a mesa seja de pedra, mas se admite “outro material
digno, sólido e esmeradamente trabalhado” (cf. IGMR n.º 301). A partir do século lV, o
altar eucarístico foi relacionado com o sepulcro dos mártires, ou pelo menos com
suas relíquias. Hoje estas relíquias, não obrigatórias, devem ser colocadas “sob o
altar”, e não sobre ele ou dentro dele. (cf. IGMR n.º 302). Nos primeiros séculos, o altar
era erigido de tal maneira que se podia circundá-lo facilmente e, ao mesmo tempo, circular
com folga em torno dele. Da Idade Média para cá, quando se esqueceu do sentido
comunitário da celebração eucarística, o altar foi encostado na parede. Hoje, de novo se
pede que o mesmo esteja afastado da parede, a fim de ser facilmente circundado e nele se
possa celebrar de frente para o povo. E que ele “ocupe um lugar que seja, de fato, o centro
para onde espontaneamente se volte à atenção de toda a assembleia dos fiéis” (cf. IGMR n.º
299). Recomenda-se que em toda igreja haja um “altar fixo, que significa, de modo mais
claro e permanente, o Cristo, Pedra viva; nos demais lugares dedicados às sagradas
celebrações, o altar pode ser móvel. Chama-se altar fixo quando é construído de tal forma
que esteja unido ao pavimento, e não possa ser removido; móvel, quando pode ser
removido” (cf. IGMR n.º 261).

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Os altares são dedicados ou abençoados segundo o Ritual da Dedicação de Igrejas e


altares (cf. IGMR n.º 265), em cujos textos se expressa o simbolismo e a finalidade do altar.
O altar é dedicado somente a Deus, e não aos santos, pois “só a Deus é oferecido o
Sacrifício eucarístico” (cf. Cerimonial dos Bispos n.º 921).
O altar, antes de ser usado, quer a Igreja que ele seja consagrado. O altar representa o
Calvário, onde Nosso Senhor se imolou, representa a Cruz, representa o sepulcro de Nosso
Senhor. Representa o próprio Nosso Senhor, envolvido no Sudário. As cinco cruzes feitas
no altar são em memória das cinco chagas de Nosso Senhor.

AMBÃO: A Constituição “Sacrosanctum Concilium” sobre a


Liturgia, do citado Concílio, resgata para nós a consciência
antiga da presença viva de Cristo na assembleia dos cristãos,
de modo particular “pela sua palavra, pois é Ele mesmo que fala
quando se leem as Sagradas Escrituras na igreja” (SC 7).
Assim sendo, se damos tanta importância ao altar da Eucaristia,
por que não dar semelhante destaque ao espaço de onde a
Palavra é proclamada? A Instrução Geral sobre o Missal
Romano acaba, então, nos lembrando de que “a dignidade da
palavra de Deus requer na igreja um lugar condigno de onde
possa ser anunciada e para onde se volte espontaneamente à
atenção dos fiéis no momento da liturgia da Palavra” (n° 309).
Dessa forma, a palavra de Deus é tão venerável quanto o
Corpo Eucarístico de Jesus Cristo. Comungamos da mesa da
Palavra, assim como comungamos da mesa da Eucaristia.

Trata-se da mesa da Palavra, ou ambão (do grego “anabaino”, subir, porque costuma
estar em posição elevada, de onde Deus fala). Como já dissemos, Cristo é o protagonista
da ação litúrgica, também no ambão, o espaço reservado para a proclamação da palavra de
Deus. Isto significa que este espaço possui também Ele, um sentido simbólico-sacramental
de fundamental importância. Ele nos evoca a presença viva do Senhor falando para o seu
povo.
A Igreja, consciente do sentido profundo e da importância deste espaço sagrado de nossas
igrejas, nos dá então a seguinte orientação: “De modo geral, convém que esse lugar seja
uma estrutura estável e não uma simples estante móvel. O ambão seja disposto de tal
modo em relação à forma da igreja que os ministros ordenados e os leitores possam
ser vistos e ouvidos facilmente pelos fiéis”.
Diz a Instrução Geral do Missal Romano: “Do ambão são proferidas somente as leituras,
o salmo responsorial e o precônio pascal; também se podem proferir a homilia e as
intenções da oração universal ou oração dos fiéis”.
A oração dos fiéis, no fundo, é a Palavra que, uma vez caída no coração da assembleia, se
transforma num grito para Deus. É a Palavra transformada em súplica ao Senhor. Por isso se
sugere que ela seja feita também do ambão. O mais (avisos, comentários etc.) seja feito de
outro lugar. Precisamente para garantir e enfatizar a dignidade do ambão.

Enfim, ressaltando de novo a dignidade que tem a mesa da Palavra, a Igreja ainda sugere o
seguinte: “Convém que o novo ambão seja abençoado antes de ser destinado ao uso
litúrgico conforme o rito proposto no Ritual Romano”. Prevê-se, portanto, até mesmo
uma bênção especial para o ambão, antes de ser usado na Liturgia.

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PRESBITÉRIO: É um lugar sagrado pela


presença do altar, em torno do qual se reúne
toda a comunidade dos fiéis. Vale lembrar que
o presbitério está “reservado ao altar” e não
“separado da comunidade”.
O presbitério deve oportunamente ser
distinto da nave da igreja por meio de uma
sobre-elevação. Esse relevo, porém, não tem
simplesmente a finalidade de permitir às
pessoas verem a ação que se realiza no próprio presbitério e poderem escutar com atenção a
proclamação da Palavra, pois deste modo sua função seria somente passiva. Pelo contrário,
o presbitério bem evidenciado tem a ativa finalidade de envolver a assembleia no rito
sagrado. Não é somente um espaço definido no qual se deve situar o altar, o ambão, a
credência e a cadeira presidencial (cátedra); ele é o lugar no qual o mistério da salvação
torna-se presente para a vida do povo de Deus. É um lugar de ação, é um lugar de
mistério, é um lugar de vida.

CREDÊNCIA: Mesinha onde se colocam os objetos litúrgicos que serão utilizados na


celebração.

SACRÁRIO OU TABERNÁCULO: Lugar do Sagrado, para guardar as reservas eucarísticas


na Capela do Santíssimo. Recomenda-se que fique num lugar apropriado, com dignidade,
geralmente numa capela lateral ou no próprio presbitério.

BATISTÉRIO: Lugar reservado para a celebração do batismo. Atualmente em substituição ao


verdadeiro batistério, usa-se a pia batismal.

PÚLPITO: Lugar de onde se fazia a pregação (homilia). Atualmente não é mais usado.

NAVE DA IGREJA: Espaço reservado para os fiéis. A assembleia litúrgica não é uma
simples congregação de pessoas como qualquer outra. Uma vez constituída, mais que um
mero ajuntamento de pessoas, ela é uma comunhão de cristãos, dispostos a ouvir
atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia.

SACRISTIA: Sala anexa á igreja, onde se guardam as vestes e todos os objetos destinados
às celebrações. Um lugar de zelo e oração.

Atividade

1) Complete:

a) O é lugar do sagrado, onde fica guardado o Cristo Eucarístico.

b) Na coloca-se os objetos litúrgicos que serão usados na celebração.

c) O é o lugar de onde se faz as leituras. É a mesa da .

d) O é distinto da nave da igreja, tem uma sobre-elevação.

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X. LIVROS LITÚRGICOS

Para a celebração da palavra de Deus nas sinagogas no Antigo Testamento havia uma
escolha de textos bíblicos da Lei, dos Profetas, dos Salmos. As leituras eram feitas
diretamente dos livros Sagrados. Na história da Igreja também muito cedo escolheram-se
leituras bíblicas que contemplassem e recordassem os mistérios celebrados pelos cristãos.
Esses trechos bíblicos foram agrupados em lecionários, evangeliários e graduais (Livro dos
salmos para o canto). Mais tarde, por vários séculos, tudo estava reunido no mesmo livro
chamado Missal, ficando quase tudo ao encargo do padre.
Na reforma litúrgica pós-conciliar houve a preocupação de reintroduzir os lecionários, para
que as funções fossem exercidas pelos ministros próprios, descentralizando as funções.

MISSAL ROMANO: É um livro grande que contém todo o formulário


e todas as orações usadas nas celebrações da missa para todo o
ano litúrgico. Fitas marcadoras indicam as diversas partes da
celebração e pequenas orelhas nas paginas mais usadas auxiliam o
ministro a virá-las.
O Missal contém:
Rito da Missa (partes fixas):
Próprio do tempo: advento, natal, quaresma, tempo comum, etc.;
Próprio dos santos;
Vasta coleção de prefácios;
Varias orações eucarísticas;
Missas rituais: Batismo, confirmação, profissão religiosa, etc.;
Missas e orações para diversas necessidades: pelo papa, pelos bispos,
pelos governantes, pela conservação da paz e da justiça, etc.;
Missas votivas: Santíssima Trindade, Espírito Santo, Nossa Senhora,
etc.; Missas dos fieis defuntos.
No inicio, o Missal apresenta longa e preciosa introdução contendo a
Instrução Geral sobre o Missal Romano e as Normas Universais para o
Ano Litúrgico e o Calendário.

LECIONÁRIO DOMINICAL: Compreende as leituras para as missas


dos domingos e de algumas solenidades e festas. Toda missa
dominical apresenta três leituras, mais o salmo responsorial: a primeira
leitura do Antigo Testamento (salvo no tempo pascal em que se lê Atos
dos Apóstolos); a segunda leitura, da Carta dos Apóstolos ou Apocalipse;
a terceira leitura é o Evangelho. Para que haja uma leitura variada e
abundante da Sagrada Escritura, a Igreja propõe, para os domingos e
festas, um ciclo A-B-C. Ao Ano A, corresponde as leituras de São
Mateus; ao Ano B, corresponde as leituras de São Marcos e de São
João; ao Ano C correspondem a leituras de São Lucas. O Evangelho
de São João é geralmente proclamado nos tempos especiais
(advento, quaresma, tempo pascal) e nas grandes festas.

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LECIONÁRIO SEMANAL: Contém as leituras para os dias da semana


de todo o Ano Litúrgico. A primeira leitura e o salmo responsorial de cada
dia estão classificados por ano par e ano ímpar. O Evangelho é o mesmo
para os dois anos.

LECIONÁRIO SANTORAL: Contém as leituras pra solenidades e


festas dos santos. Estão aí incluídas também as leituras para o uso na
administração dos sacramentos e para diversas circunstâncias.

LECIONÁRIO DO PONTIFICAL ROMANO: Contém as leituras que


acompanham o Pontifical Romano. O Pontifical Romano é um livro que
agrupa diversos livros litúrgicos usados nas celebrações presididas
pelo bispo, por exemplo, crisma, ordenações, instituição de ministros,
etc.

EVANGELIÁRIO: É o livro que contém os evangelhos para os


domingos e festas do Ano Litúrgico, ou seja, contém trechos dos
evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas, e de João. Corresponde, assim, à
Palavra do Senhor em meio ao seu povo, Palavra que anima Seu Corpo, a
Igreja. Nem sempre esteve presente nas ações litúrgicas e apenas recente
e acanhadamente vem sendo usado, sobretudo após o Concílio Ecumênico
Vaticano II.

RITUAIS OU SACRAMENTÁRIO: Além dos dois livros apresentados


acima, existem os Rituais, que são utilizados na celebração dos
diversos Sacramentos. São eles: O Ritual do Batismo, O Ritual da
Crisma, O Ritual da Unção dos Enfermos, O Ritual da Penitência
(Sacramento da Confissão), O Ritual do Matrimônio.
Temos também o Ritual de Bênçãos, que o sacerdote usa nas diversas
bênçãos.

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CERIMONIAL DOS BISPOS E O RITUAL DE


ORDENAÇÃO: São reservados aos Bispos, e por isso
quase sempre não são encontrados nas paróquias.
Quando os Bispos fazem a Visita Pastoral ou quando
celebram as ordenações (bispos, presbíteros e
diáconos), costumam trazer consigo os referidos livros.

LITURGIA DAS HORAS: Designação dada à oração de louvor da


Igreja, que tem por objetivo estender às diversas horas do dia a
glorificação de Deus, que encontra seu ponto mais elevado da
oração eucarística. Compreende quatro volumes:

Volume I - Tempo do advento, natal e epifania;


Volume II - Tempo da quaresma, tríduo pascal e tempo pascal;
Volume III - Tempo comum (da 1ª a 17ª semana);
Volume IV - Tempo comum (da 18ª a 34ª semana).

Atividade

1) Relacione:

(1) Lecionário Dominical


(2) Missal Romano
(3) Lecionário Semanal
(4) Liturgia das Horas
(5) Rituais ou Sacramentário
(6) Lecionário Santoral

( ) Contém o Rito da Missa ( ) Contém o Ritual do Matrimônio

( ) Contém leituras das semanas ( ) Contém leituras para festas dos santos

( ) Contém orações eucarísticas ( ) Volume II - Tempo da quaresma

( ) Contém leituras dos domingos ( ) Contém prefácios

( ) Volume IV - Tempo comum ( ) Contém o Ritual da Penitência

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XI. OBJETOS LITÚRGICOS

Vasos eucarísticos - São assim chamados os vasos sagrados a conter o Corpo e o Sangue
do Senhor.

Alfaias - São todos os objetos utilizados no culto, como por exemplo, os panos litúrgicos,
as toalhas litúrgicas, etc.

CÁLICE: Juntamente com a patena são os vasos mais importantes,


onde são consagrados o pão e o vinho. O cálice tem suas raízes na
Páscoa judaica. É uma taça geralmente revestida de ouro ou prata.
Nele se deposita o vinho a ser consagrado.

SANGUÍNEO OU SANGUINHO: Pequeno pano utilizado para fazer a


purificação do cálice, das âmbulas, dos dedos e lábios após a
comunhão.

PATENA: “Prato” onde é colocada a hóstia para a consagração, e


também pode ser utilizada na hora da comunhão, para não deixar que
a hóstia ou as partículas oferecida pelos ministros ou sacerdotes ao
povo caiam no chão. Deve ser manuseada sem tocar os dedos no
interior (local da hóstia grande), somente pelas bordas.
Vem do grego "patané" = bacia.

PALA: Pano fixo sobre o papelão, servindo para cobrir o cálice


durante o santo sacrifício da missa.
A palavra origina-se do latim, de “palliare” = esconder, cobrir.
E de “pala” = cortina.

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CORPORAL: Pano quadrangular colocado sobre o altar; sobre ele é


colocado o cálice, a patena e a âmbula para a consagração.
Coloca-se também, sobre ele, o ostensório ou a teca com a hóstia
consagrada, para a adoração ao Santíssimo Sacramento.
Simboliza o Santo Sudário.
.

ORDEM DE MONTAGEM

ÂMBULA: Também chamada cibório (= tabernáculo) ou píxide (de


púxis = caixa), que serve para depositar as hóstias consagradas a
serem guardadas no tabernáculo ou para distribuí-las aos fiéis.

TECA: Pequena caixa redonda, de metal, em que se colocam as


hóstias consagradas para se levar aos viáticos (doentes). Em
geral os ministros a levam numa bolsa de couro ou de pano (bolsa de
viático), ou arrumada sobre o corporal. É usada também na
celebração eucarística para conter as partículas de comunhão ou
adoração.

OSTENSÓRIO: Chamado também de custódia é usado para expor o


Santíssimo. E para bênção com o mesmo, e para as procissões
eucarísticas. Foi introduzido no século XIV em vista da festa do Corpo
de Deus (Corpus Christi), e no século XV a ser usado para a
exposição do Santíssimo para adoração pública. Ao ser usado pelo
sacerdote, o mesmo deve estar usando capa ou véu umeral.

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LUNETA: Objeto em forma de meia-lua utilizado para fixar a


hóstia grande dentro do ostensório.

GALHETAS: Recipientes onde se coloca a água e o vinho para


serem usados na celebração eucarística.

PURIFICATÓRIO: Pequeno vaso onde se purifica os dedos antes


e depois da comunhão.

LAVABO: Composto por uma jarra e uma bacia, é onde o sacerdote


lava as mãos durante a celebração eucarística. Usado também,
especialmente, na missa da Quinta-feira Santa, no rito do “Lava-Pés”.

MANUSTÉRGIO: Pano ou toalha usada para enxugarar às mãos


ou os dedos após a purificação. Normalmente junto com o
purificatório e o lavabo.

CARRILHÃO: É usado para chamar a atenção da assembleia na


parte mais importante da missa, a consagração/transubstanciação.

• No momento da Eplicese (invocação do Espírito Santo sobre as


oferendas do pão e do vinho – IGMR 79C), com um toque contínuo
para anunciar que se inicia o momento mais importante da Santa
Missa, a transubstanciação;
• Nas elevações da hóstia e do cálice, com um toque continuo até que
o sacerdote eleve e desça tanto o cálice como a hóstia.

SINETA: Tem a mesma função do carrilhão, mas contém apenas um


sino.

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MATRACA: Tábua com um martelinho que bate dos dois lados,


usada na Quinta-feira Santa e Sexta-feira Santa substituindo as
campainhas. Cinco toques da matraca equivalem ao toque contínuo
das campainhas, e os três toques lentos aos três das campainhas.
Simboliza as marteladas que pregaram Jesus na Cruz e origina-se
de simantron, tábua em que se batia com um martelo.

CALDEIRA OU CALDEIRINHA: Recipiente onde fica a água benta


que se asperge a comunidade ou algum objeto que vai ser
abençoado.

ASPERSÓRIO: Pode ser usado junto ou separado da caldeirinha para


aspergir água benta sobre o povo ou algum objeto. Têm diversos
tamanhos e modelos.

TURÍBULO: Recipiente de metal usado para queimar o incenso.


Assim como a leveza, a pureza de uma fumaça, no caso do turíbulo
uma fumaça aromatizada pelo incenso, ela sobe aos céus, fazendo de
uma forma mais solene com que as nossas intenções e orações
cheguem ao colo de Deus. O incenso deve envolver toda uma
atmosfera sagrada de oração que, como uma nuvem perfumada, sobe
até Deus.

NAVETA: Objeto utilizado para se colocar o incenso, antes de


queimá-lo no turíbulo. Vem acompanhada de uma pequena
colherinha que o celebrante usa para colocar as pedras de incenso
dentro do turíbulo.

UMBRELA: É usado em situações onde o Santíssimo se encontra em


translado. Também em situações de comunhão ou exposição em
locais não cobertos.

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VÉU DE ÂMBULA OU CONOPEU: Pequeno tecido, branco ou


dourado, que cobre a âmbula, quando contém partículas
consagradas. É recomendado o seu uso, dado o seu forte
simbolismo. O véu vela (esconde) algo precioso, ao mesmo tempo em
que revela (mostra) possuir e trazer tal tesouro.
É também dado o nome conopeu para a cortina colocada na
frente do sacrário (tabernáculo).

ANDOR: Suporte (costuma ser de madeira) utilizado para levar as


imagens de santos nas procissões. Normalmente ornamentado
com flores.

CÍRIO PASCAL: Vela grande, que é benta solenemente na Vigília


Pascal do Sábado Santo e que permanece nas celebrações até o
Domingo de Pentecostes. Acende-se também nas celebrações do
Batismo, da Primeira Comunhão (para renovação das promessas) e
do Crisma.

CANDELABROS: Utilizado para colocar velas, com duas ou mais


ramificações, a cada uma das quais corresponde um foco de luz.
Usados em celebrações de grande solenidade.

CASTIÇAL: É individual (diferente do candelabro), uma única vela


por castiçal. Existem diferentes modelos e tamanhos.

GENUFLEXÓRIO: Peça de madeira fixa ou móvel, geralmente na


parte de trás do banco, para que os fiéis possam ajoelhar-se. Além
disso, temos os genuflexórios separados dos bancos, normalmente
individual ou duplo.

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ALMOTAQUE: Pequena almofada que é colocada sobre o tapete, para o celebrante apoiar
a cabeça por ocasião da cerimônia da Paixão ou no momento da ladainha de todos os
santos, por ocasião de ordenação diaconal, sacerdotal ou votos que os religiosos fazem;
pequena almofada que é colocada sobre o altar, para apoiar o missal.

CRUZ PROCESSIONAL: Cruz com um cabo longo (com base de sustentação), utilizada na
entrada e saída solene das missas e em procissões.

RELICÁRIO: Onde são guardadas as relíquias dos santos.

VÉU DE CÁLICE: Pano quadrado com qual se cobre o cálice (quase não se usa mais).

COLHERINHA: Usada em algumas galhetas para colocar a gota de água no vinho e é


usada também junto com a naveta para colocar o incenso no turíbulo.

COLETADOR: Cesto ou sacola para coletar o dinheiro das ofertas.

CHAVE-SACRA: Chave que abre o Sacrário (tabernáculo).

LÂMPADA-SACRÁRIO: É a lâmpada que fica no Sacrário. Significa a presença do Sagrado


e Divino, que o Cristo Eucarístico está presente. Corresponde à vigilância cristã.

Atividade

1) Teste seu conhecimento nas palavras cruzadas:

1 - O mesmo que âmbula;


2 - Recipientes que contém água e vinho para a Santa Missa;
3 - Livro usado pelo padre para celebração eucarística;
4 - Pequeno prato, geralmente de metal, que contém a hóstia durante a Santa Missa;
5 - De onde é proclamada a Palavra de Deus;
6 - Livro litúrgico que contém as leituras da Missa;
7 - Cartão quadrado, revestido de pano, utilizado para cobrir o cálice;
8 - Utensílio que serve de suporte individual para vela;
9 - Junto com o vinho, é apresentado ao altar, e se torna Corpo de Cristo;
10 - Pano que se utiliza para secar o cálice e purificar após a comunhão;
11 - Objeto no qual se consagra o vinho;
12 - O mesmo que píxide;
13 - Recipiente de metal, pelo qual se leva a eucaristia aos enfermos;
14 - Pedaço de pão não fermentado, usado na Missa para a comunhão;
15 - Pequeno pedaço de pão sem fermento que o padre consagra para comunhão dos fiéis;
16 - O mesmo que cibório;
17 - Toalha que o sacerdote utiliza para secar as mãos ao fim do ofertório;
18 - Mesa fixa ou móvel destinada a celebração eucarística;
19 - É ofertado ao altar e consagrado em Sangue de Cristo;
20 - Tecido quadrado sobre o qual se depõem o cálice com vinho e a patena com a hóstia;
21 - Mistura-se, em pequena quantidade, com o vinho para a consagração.

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XII. GESTOS LITÚRGICOS

O homem é corpo e alma. Há nele uma unidade vital. Por isso ele age com a alma e com o
corpo ao mesmo tempo. O seu olhar, as suas mãos, a sua palavra, o seu silêncio, o seu
gesto... tudo é expressão de sua vida. Esses gestos têm sentido. Eles exteriorizam o que
está em nossa alma. Tais gestos são mencionados na Bíblia Sagrada em momentos de
oração. Os reis Magos, ao verem o Menino Jesus nos braços de Maria, “ajoelharam-se e o
adoraram” (cf. Mt 2,11). São Paulo recomendou a oração com mãos levantadas. “Quero,
pois, que os homens orem em todo lugar, levantando as mãos puras, superando todo ódio e
ressentimento” (cf. 1Tm 2,8) . O próprio Jesus no Horto das Oliveiras, “prostrou-se com o
rosto em terra e orou ao Pai” (cf. Mt 26,39). Por isso a liturgia tem uma alma: a fé. Toda
expressão do culto, sem a fé, é um corpo sem alma. E Jesus condenou a religiosidade
fingida com palavras severas: “Este povo somente me honra com os lábios; seu
coração, porém, está longe de mim” (cf. Mt 15,8).

O Missal Romano nos orienta que:

A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal
de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada liturgia: exprime e
favorece os sentimentos e a atitude interior dos presentes.

CAMINHAR EM PROCISSÃO: Simboliza a peregrinação do povo de Deus para a casa


do Pai. Somos uma Igreja “peregrina”. É atitude de quem não tem moradia fixa neste
mundo: se sente peregrino e caminha na direção dos irmãos e irmãs, principalmente dos
mais empobrecidos e marginalizados. “Assim tu caminharás pela estrada dos bons e
seguirás as pegadas dos justos” (Pr 2,20).

Existem algumas procissões que se realizam fora da Igreja, por exemplo, na solenidade de
Corpus Christi e no Domingo de Ramos, na festa do padroeiro e outras pequenas procissões
que se fazem no interior da igreja: a procissão de entrada, a das ofertas e a da comunhão. A
procissão do Evangelho é muito significativa e se usa geralmente nas celebrações mais
solenes.

DE PÉ: É a posição do Cristo ressuscitado. Estar de pé simboliza prontidão para pôr


em prática os ensinamentos de Jesus. Estamos prontos para caminhar em direção a
Deus e aos irmãos. É também o símbolo da dignidade humana. Estão de pé: desde o
início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à
oração coleta, inclusive; durante o cântico do “Aleluia” que precede o Evangelho; durante a
proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o
invitatório “Orai, irmãos e irmãs...”, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa,
exceto nos momentos adiante indicados.

“Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo
e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e
palmas na mão” (Ap 7,9).

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SENTADO: É a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete. Estão


sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial;
durante a homilia e durante a preparação dos dons ao ofertório; e, se for oportuno, durante o
silêncio sagrado depois da comunhão. É a atitude não somente de quem ensina (“Jesus
subiu ao monte. Ao sentar-se... pôs-se a falar e os ensinava” – Mt 5,1-2), mas também de
quem ouve:
“Maria ficou sentada aos pés do Senhor, escutando-lhe a palavra (Lc 10,39).”

AJOELHADO: Revela um espírito de humildade e reconhecimento dos próprios


erros (penitência); expressa o ato de profunda adoração a Deus. É a posição de quem
se põe em oração profunda, confiante. “Jesus se afastou deles à distância de um tiro de
pedra, ajoelhou-se e suplicava ao Pai...” (Lc 22,41). Estão de joelhos durante a consagração,
exceto se por razões de saúde, estreiteza do lugar, grande número de presentes ou outros
motivos razoáveis a isso impedirem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a
consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a
consagração. Onde for costume que o povo permaneça de joelhos desde o fim da
aclamação do Sanctus até o fim da oração eucarística, é bom que este se mantenha.

“Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o nome que está acima de todos os
nomes, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos” (Fl
2,10).

PROSTRAR-SE: A prostração é o ato de deitar de bruços no chão, estender-se


no chão; expressa profundo sentimento de indignidade, humildade, e também de
súplica. Este gesto está previsto na Sexta-feira Santa, no inicio da Celebração da Paixão.
Também os que serão ordenados diáconos e presbíteros se prostram. Em algumas ordens
ou congregações religiosas se prevê a prostração na celebração da profissão dos votos
religiosos. Significa morrer para o mundo e nascer para Deus com uma vida nova e uma
nova missão.

“Então aqueles que estavam na barca prostraram-se diante Dele e disseram: Tu és


verdadeiramente o Filho de Deus” (Mt 14,33).

FAZER GENUFLEXÃO: É o ato de dobrar o joelho direito até o solo


(gesto de adoração a Jesus na Eucaristia). Ao entrar na igreja,
normalmente as pessoas se dirigem para diante do sacrário e aí fazem
genuflexão. Também fazemos genuflexão diante do crucifixo na Sexta-
feira Santa, em sinal de adoração (não é adoração a cruz, mas a Jesus
que nela foi pregado). Na missa o sacerdote faz três genuflexões: depois
da apresentação da hóstia, após a apresentação do cálice e antes da
comunhão (IGMR n° 274b). Caso haja no presbitério tabernáculo com o Santíssimo
Sacramento, o sacerdote, o diácono e demais ministros fazem a genuflexão quando chegam
ao altar e quando dele se retiram, não, porém, durante a celebração da missa (cf. IGMR n°
274c). Os acólitos ou coroinhas que levam a cruz processional e as velas, em vez da
genuflexão, fazem a inclinação de cabeça/simples (IGMR n° 274e).
A genuflexão também é feita por todos os fiéis diante do tabernáculo com o Santíssimo
Sacramento e, como já se falou, pelo Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão, ao
buscar as reservas eucarísticas para a comunhão. Nesta hipótese, faz-se a genuflexão
depois de abrir o tabernáculo e, no fim, antes de fechá-lo.

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VÊNIA (INCLINAÇÃO DE CABEÇA E CORPO):

Pela inclinação se manifesta reverência e honra a pessoas ou a seus símbolos.


Há duas espécies de inclinação: inclinação simples, que se faz com a cabeça; e
inclinação profunda, que se faz com o corpo.

“O povo acreditou. E, tendo ouvido que o Senhor viera visitar os filhos de Israel, e que vira
sua aflição, inclinaram-se e prostraram-se” (Ex 4,31).

A inclinação simples, isto é, da cabeça, se faz: quando se nomeiam as Três


Pessoas Divinas (Santíssima Trindade) e quando se pronuncia o nome de
Jesus, da Virgem Maria e do Santo em cuja honra se celebra a missa, o que,
porém, na prática quase não se verifica.
Fazem ainda inclinação simples, quando chegam ao altar: o cruciferário,
levando a cruz processional; os ceroferários levando as velas; como também,
depois, os fiéis que levam as ofertas (cf. IGMR n° 274e). Note-se que os demais
ministros, por nada levarem, fazem a inclinação profunda (IGMR n° 49a). Já o
diácono ou o leitor, quando leva o Evangeliário, não faz nenhum gesto,
dispensado por causa da dignidade e nobreza do Evangeliário (IGMR n° 173). Quanto ao
diácono, em qualquer circunstância, juntamente com o sacerdote ele faz a reverência ao
altar, beijando-o, no início e no fim da celebração.

A inclinação profunda, ou seja, do corpo, se faz: ao altar, em algumas


orações privadas do presidente; no Creio, às palavras “E se encarnou”; no
Cânon Romano (Oração Eucarística I), às palavras “Nós vos suplicamos”. O
diácono faz também esta inclinação quando pede a bênção ao presidente antes
de proclamar o Evangelho. Da mesma maneira, é colocada pela Instrução Geral
do Missal Romano também tal inclinação para aqueles que não podem
ajoelhar-se durante a consagração.

SILÊNCIO: É atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito,


atenção, meditação, desejo de ouvir e aprofundar na palavra de Deus. Na celebração
eucarística, prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite à oração inicial,
após as leituras e após a homilia. Depois da comunhão, todos são convidados a observar o
silêncio sagrado.

“Escutavam-me, esperavam, recolhiam em silêncio meu conselho” (Jó 29,21).

BATER NO PEITO: É expressão de dor de arrependimento dos pecados. Este gesto


ocorre no Ato Penitencial, “Confesso a Deus todo poderoso...”.

“O publicano, porém, mantendo-se à distância, não ousava sequer levantar os olhos ao céu,
mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem piedade de mim, que sou pecador!” (Lc 18,13)

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POSIÇÕES DAS MÃOS:

a) Mãos unidas: Significa recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica, confiança e
entrega da vida. É atitude de profunda piedade. As mãos juntas com dedos entrelaçados
pertencem à devoção particular.

b) Mãos elevadas ou estendidas: Expressa louvor, invocação, aquele que ora mediando
entre Deus e os homens. Elevar as mãos às alturas simboliza o divino: o celebrante ao
mesmo tempo em que eleva as preces, invoca o auxílio divino. Gesto do celebrante nas
orações presidenciais, das coletas, prefácios e orações eucarísticas.

“Eis o que vira: Onias, que foi sumo sacerdote, homem nobre e bom, modesto em seu
aspecto, de caráter ameno, distinto em sua linguagem e exercitado desde menino na prática
de todas as virtudes, com as mãos levantadas, orava por todo o povo judeu” (2 Mc 15,12).

c) Impor as mãos: Sinal de bênção e de reconciliação, de transmissão do Dom do


Espírito Santo, gesto de consagração. Esse gesto é expresso no momento da
consagração eucarística, na unção dos enfermos, nas ordenações diaconal, presbiteral e
episcopal, nas profissões religiosas.

d) Dar as mãos: Sinal de saudação fraterna, de unidade, de compromisso sagrado, de


consentimento. Na profissão perpétua, o professando a profere nas mãos de seu Superior,
assim como na ordenação presbiterial em obediência ao Bispo.

Dar as mãos no Pai-Nosso é um gesto que vem se imprimindo na liturgia, mas que não faz
parte do usual dessa oração litúrgica.

e) Sinal da cruz: O livro de Ezequiel (9,4) já descrevia os justos marcados com o sinal do
Tau (última letra do alfabeto hebraico) lembrança da cruz do redentor. Desde início do
século III, é mencionado como sinal de consagração do cristão ao Cristo. Era traçado à
maneira que fazemos sempre antes da leitura do evangelho (persignação).
O grande sinal da cruz sobre todo o corpo, acompanhado de invocação Trinitária, é do
século VII e professa a fé no poder vitorioso da Paixão do Senhor Ressuscitado. Tocando a
fronte, o peito e os ombros, declaramos que todo o nosso pensamento, vontade e
ação se desenvolvem em nome da Trindade. A faculdade de abençoar, traçando o sinal
da cruz, é reservada aos sacerdotes e ao diácono dentro da função.

Obs: Quando se tem o corpo de Jesus chama-se crucifixo; sem o corpo do Senhor chama
cruz.

f) Persignação: Forma ligada à proclamação do Evangelho. Com o sinal pedimos a Deus


que a força da mensagem de Cristo penetre em nossa mente, nossa palavra e nossa
vida. Iluminando nossa inteligência para compreendermos que possamos professar a nossa
fé e agir de acordo com ela.

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SAUDAÇÃO DA PAZ: Com ele os fiéis imploram a paz e a unidade (Rm 16,16; 1Cor 16,20)
para toda Igreja e toda família humana, expressando o amor recíproco antes de participar da
comunhão do único Pão. Suas diversas expressões: abraço, aperto de mão, beijo,
inclinação de cabeça. Gesto simbólico que representa o efeito da presença de Cristo.

ELEVAR OS OLHOS: Gesto que ocorre na primeira oração eucarística. Jesus em


momentos solenes elevava os olhos ao céu, expressando sua íntima comunhão com o Pai. O
homem é chamado a contemplar Deus face a face, e a liturgia é um antegozo dessa
contemplação.

OSCULO OU BEIJO: Sinal de reverência, de comunhão, de amor. Expressão de afeto ao


Cristo que está presente no altar, no Evangelho, na pessoa do cristão e nos símbolos
litúrgicos. Sinal de adoração entre os hebreus (Jó 31,27).

As Conferências episcopais podem substituí-lo conforme cultura, desde que o gesto


empregado exprima reconciliação e perdão.

SOPRO: Simboliza a força, a ação do Espírito Santo que vivifica todas as coisas; representa a
presença ativa de Deus, o sopro do Cristo Ressuscitado. Expressa uma consagração,
transmissão da força de Deus e de vida nova, como se percebe na bênção dos óleos na
Quinta-feira Santa.

XIII. TERMOS LITÚRGICOS

ALELUIA: Palavra de origem hebraica - Louvai o Senhor. É uma expressão de alegria que
se usa principalmente na aclamação ao Evangelho; no ofício, muitas vezes; abusadamente no
tempo pascal. Não se usa no tempo da quaresma.

AMÉM: Palavra de origem hebraica – Assim seja. Santo Agostinho diz que o nosso “amém” é
a nossa assinatura, o nosso compromisso.

ANAMNSE: De origem grega, a palavra "anamnese" significa memória, recordação.


Aqui, em obediência ao mandato do Senhor, a Igreja faz a memória da morte e ressurreição
do Senhor, tornando-a viva, atual e real, no “hoje” de nossa história e no “agora” de nossa
celebração. É a presentificação do evento salvífico do Calvário, em sentido pleno e teológico,
e não, pois, simples lembrança ou recordação.
Na memória da morte e ressurreição do Senhor, a Igreja oferece ao Pai "o pão da vida e o
cálice da salvação", e agradece a Deus por nos tornar dignos de estar celebrando e servindo
ao seu reino de amor. A assembleia, aclamando, vai dizer: "Recebei, ó Senhor, a nossa
oferta!". Note-se que na súplica, o texto é: "Santificai nossa oferenda, ó Senhor!", oferenda,
ou seja, aquilo que vai ser oferecido, indicando, pois, futuridade, com relação ao que agora
se concretiza (IGMR N° 79E).

“O desejo da Igreja é que os fiéis ofereçam não apenas a hóstia imaculada, o Cristo Senhor,
mas, com o Cristo mediador, também suas próprias vidas, isto é, o dom de si mesmos” (cf.
Rm 12,1).

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DOXOLOGIA: Fórmula de louvor, que geralmente se usa em honra da Santíssima Trindade.


Na liturgia recebe o nome de doxologia a “Glória ao Pai...”, o “Glória a Deus nas alturas” e o
“Por Cristo, com Cristo...” no final da oração eucarística. (cf. IGMR - N. 53 E 126) (cf. IGMR N°
79H E 151B).

EMBOLISMO: Oração que se faz após o Pai-Nosso, “Livrai-nos de todos os males...” e o povo
responde “Vosso é o Reino...” (cf. Didaqué VIII, 2).

EPICLESE: Oração da Missa com a qual se invoca a descida do Espírito Santo para que
ele, antes da consagração, santifique as oferendas, e após a consagração santifique e associe
a assembleia dos fiéis à vida de Cristo.

1° EPICLESE (INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO SOBRE AS OFERENDAS DO PÃO E


DO VINHO - IGMR 79C)

2ª EPICLESE (INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS COMUNGANTES - IGMR


N° 79F)

EXÉQUIAS: Ritos em favor dos fiéis defuntos/falecidos.

HOSANA: Palavra de origem hebraica – Salva-nos, por favor! Aparece após o prefácio, na
aclamação: “Santo, Santo, Santo...”.

MEMENTO: Parte da oração eucarística em que se recordam os vivos e falecidos. (cf. IGMR
N° 79G).

TRANSUBSTANCIAÇÃO: Significa mudança ou conversão da substância do pão na


substância do Corpo, e da substância do vinho na substância do Sangue de Cristo.

RUBRICA: Regras ou explicações impressas em vermelho nos livros litúrgicos, para o reto
desenrolar das ações litúrgicas.

VIÁTICO: Sacramento da comunhão ministrado aos enfermos impossibilitados de sair ou aos


moribundos.

MISSA FERIAL OU FACULTATIVA: É chamado assim, pois cai nos dias de semana, dias
facultativos (segunda-feira até o sábado pela manhã), quando não há nem festa ou
solenidade do Senhor, nem de Nossa Senhora, dos Santos ou qualquer outro preceito.
É uma Celebração Eucarística onde pode se suprir algumas partes da Missa. Por exemplo: na
Missa facultativa não há procissão de entrada solene; não se canta o Glória; não há Segunda
Leitura; pode-se facultar o abraço de paz, etc.

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XIV. SANTA MISSA (INSTRUÇÃO GERAL DO MISSAL ROMANO)

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A SANTA MISSA é uma celebração. Na celebração, temos sempre o passado, o presente e


o futuro, que em breves momentos unem-se num tempo só, a eternidade. E o valor da missa é
tornarmos presente a paixão-morte-ressurreição de Cristo através da celebração, e assim
participarmos mais ainda do mistério de salvação da humanidade.

A palavra Missa vem do Latim mission = missão, ou seja, ao término de cada celebração,
nós, através da benção final, somos enviados em missão. Para que assim possamos colocar
em prática tudo o que aprendemos nesta missa. Renovação do sacrifício de Cristo. Nela nós
lembramos a vida, ensinamentos e ações de Cristo. Além de recebermos o próprio Cristo no
Pão e no Vinho consagrado, que já não é pão e nem vinho, mas o Cristo Jesus Eucarístico.
A missa não é uma invenção da Igreja. Ela foi instituída e vivida por Cristo.
É na missa que ofertamos a Deus o que de mais precioso temos.

A Instrução Geral do Missal Romano, já no seu início, vai falar do zelo da Igreja pela
celebração da Eucaristia, afirmando: “Quando ia celebrar com seus discípulos a ceia pascal,
onde instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, o Cristo Senhor mandou preparar uma sala
ampla e mobiliada” (Lc 22,12). A Igreja sempre julgou dirigida a si esta ordem, estabelecendo
como preparar as pessoas, os lugares, os ritos e os textos, para a celebração da Santíssima
Eucaristia. (IGMR n. 1).

E a Igreja ensina que na Eucaristia são duas as mesas da salvação: a da Palavra e a do Pão
Eucarístico. Ambão e altar são, pois, lugares concretos e fontes do mesmo amor de Deus.
E o Concílio Vaticano II, em vários documentos, vai afirmar: “A Igreja sempre venerou as
divinas escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor, já que, principalmente
na Sagrada Liturgia, sem cessar toma da mesa tanto da palavra de Deus quanto do Corpo de
Cristo o pão da vida, e o distribui aos fiéis”, afirmando ainda que ela se nutre e vive da
palavra de Deus e do pão eucarístico (cf. DV n. 21; AG n. 6b.; PO n. 18a ; PC n. 6c).

❖ COISAS A PREPARAR

“O zelo pela Casa do Senhor me consome” (Sl 68,10).

O Missal Romano nos orienta que:

117. O altar deve ser coberto com uma toalha de cor branca. Sobre o altar ou perto dele,
dispõem-se, em qualquer celebração, pelo menos dois castiçais com velas acesas, ou
quatro ou seis, sobretudo no caso da Missa dominical ou festiva de preceito, e até sete, se
for o Bispo a celebrar. Igualmente, sobre o altar ou perto dele, haja uma cruz, com a
imagem de Cristo crucificado.

Os castiçais e a cruz ornada com a imagem de Cristo crucificado podem ser levados na
procissão de entrada. Também se pode colocar sobre o altar o Evangeliário, distinto do livro
das outras leituras, a não ser que ele seja levado na procissão de entrada.

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118. Preparam-se também:

a) Junto à cadeira do sacerdote: o Missal e, porventura, o livro de canto;

b) No ambão: o lecionário;

c) Na credência: o cálice, o corporal, o sanguinho e, sendo preciso, a pala; a patena e as


âmbulas se forem necessárias; o pão para a comunhão do sacerdote que preside, do
diácono, dos ministros e do povo; as galhetas com o vinho e a água, a não ser que todas
estas coisas sejam trazidas pelos fiéis na altura da apresentação dos dons; o vaso da água a
benzer, se fizer a aspersão; a bandeja (ou patena) para a comunhão dos fiéis; e ainda o que
for necessário para lavar as mãos.

É louvável cobrir o cálice com um véu, que pode ser ou da cor do dia ou de cor branca.

119. Na sacristia preparam-se as vestes sagradas (cf. IGMR n° 337-341) do sacerdote, do


diácono, e dos outros ministros, segundo as diferentes formas de celebração:

a) para o sacerdote: alva, estola e casula.

b) para o diácono: alva, estola e dalmática; esta, por necessidade ou por motivo de menor
solenidade, pode omitir-se;

c) para os outros ministros: alva ou outras vestes legitimamente aprovadas.

Todos os que vão revestidos de alva usam também o cíngulo e o amito, salvo se não forem
exigidos em virtude da forma da própria alva.

Quando a entrada se faz com procissão solene, prepara-se também: o Evangeliário; nos
domingos e festas/solenidades, o turíbulo e a naveta com incenso, se for usar; a cruz a levar
na procissão e os candelabros/castiçais com velas acesas.

COMENTÁRIO INTRODUTÓRIO Sentado

O comentário introdutório, feito pelo comentador, marca, de certa maneira, o início da Santa
Missa. No caso o comentador, pode, com poucas palavras, introduzir os fiéis no sentido da
missa, da festa ou do tempo litúrgico. No início da celebração, o comentador diria então
simplesmente: “Irmãos e irmãs, Deus nos reúne para ouvirmos a Sua palavra e celebrarmos
a Eucaristia. Iniciemos, com alegria, a nossa celebração, com o canto de entrada” (ou outro
texto semelhante).
Em algumas comunidades é precedido pelo som do sino, que indica aos fiéis presentes para
que interrompam suas orações particulares e se unam na oração oficial e comum da Igreja.

A assembleia pode ouvir o comentário sentada, uma vez que a celebração, de fato, só tem
início com o canto de abertura, quando o sacerdote e os demais ministros entram em
procissão. Nas comunidades que não utilizam folhetos litúrgicos pré-impressos, cabe ao
comentador preparar os comentários, uma vez que ele também faz parte da equipe da
celebração.

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Nota:
A recordação da vida é o espaço ideal para manifestar os fatos marcantes como aniversários,
bodas, momentos de dor e luto . Assim atualmente multiplicam-se as listas de intenções e
não se sabe mais como e em que momento anunciá-las. O lugar próprio da lembrança dos
falecidos, especialmente de 7º dia, é nas intenções da oração eucarística (momento dos
mortos). Deve-se evitar fazer uma lista de intenções antes da oração do dia (coleta), após o
”Oremos” (Guia Litúrgico-pastoral CNBB). Portanto, para o anúncio de inteiras listas de
intenções não há lugar na estrutura da Missa, o “jeito” será apresentar as intenções antes do
início da celebração, feita pelo comentador.

❖ RITOS INICIAIS (IGMR Nº 46)

CANTO DE ENTRADA (IGMR N° 47) De pé

O Canto de Entrada ou Canto de Abertura, como é menos conhecido, ainda que tenha um
sentido mais íntimo com o significado original, marca o início oficial da celebração litúrgica,
motivo pelo qual todos deverão ficar de pé.
O canto cumpre antes de tudo o papel de criar comunhão. Seu mérito é de convocar a
assembleia e, pela fusão das vozes, juntarem os corações no encontro com o Ressuscitado,
na certeza de que: ”onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio
deles” (Mt 18,20).
Enquanto este canto está sendo executado, o sacerdote e o diácono, os acólitos (coroinhas),
os ministros extraordinários, os leitores e salmista, se dirigem - pelo corredor central do
templo - para o altar, onde será oferecido o Santo Sacrifício.

ENTRADA (IGMR N° 48) De pé

Este rito, de natureza processional, constitui-se pela entrada do sacerdote e dos ministros.
Simboliza a caminhada de todo o povo de Deus para a casa do Pai. Daí sua importância
na celebração. Podem dele participar outras pessoas que, de acordo com o momento
celebrativo, seja oportuno, como nas grandes festas e solenidades e nas comemorações da
própria assembleia celebrante.

SAUDAÇÃO DO PRESIDENTE (IGMR – N° 50 e 124) De pé

Encerrado o Canto de Abertura, o sacerdote presidirá o Sinal da Cruz, invocando a


Santíssima Trindade.

Toda celebração cristã começa e termina com este sinal. A cruz, segundo o sublime
ensinamento de São Paulo, é sinal de vergonha e morte para os descrentes e pagãos, mas é,
ao mesmo tempo, sinal de vitória e orgulho para os cristãos: foi por sua morte na cruz que
Cristo nos reconciliou com o Pai e nos alcançou a Salvação; foi por sua morte na cruz que
Cristo ressuscitou dentre os mortos, vencendo a morte - salário que todo homem comum
recebe por seu pecado - e nos garantiu a esperança da ressurreição de nossos próprios
corpos. Esse “sinal” lembra o nosso Batismo, onde somos marcados com o sinal da cruz.
Ao fazermos o sinal da cruz, professamos que o nosso pensamento (cabeça), vontade
(peito) e ações (ombros) estão voltados para Deus, estando em harmonia com a
Santíssima Trindade e sob a proteção de Deus.

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ANTÍFONA DE ENTRADA De pé

São breves palavras que o sacerdote ou o diácono fazem para introduzir os fiéis na missa do
dia. Ainda que muitas celebrações não a levem em conta, passando despercebida, a
antífona de entrada não deve ser omitida, pois possui particular beleza e sentido.

ATO PENITENCIAL OU KYRIE ELEISON (IGMR N° 51, 52 E 125) De pé

O ato penitencial é um convite para cada um olhar dentro de si mesmo diante do olhar
de Deus. Reconhecer e confessar os seus pecados, e não os dos outros. Os membros
da assembleia manifestam o desejo de conversão a Deus e de reconciliação com seus
irmãos e irmãs. A função litúrgica do ato penitencial na missa é para que, com ele,
participemos da celebração com o coração puro, renovado, pois vamos celebrar os
santos mistérios de nossa fé. Ele expressa não só a nossa condição penitencial, mas,
sobretudo a misericórdia do Pai, na gratuidade de seu perdão, que buscamos com fé,
aproximando-nos do trono de Deus e de Sua graça (Cf. Hb 4,16).

Originariamente Kyrie eleison, significa “Senhor, vós sois piedade, vós sois misericórdia”, e
não tanto “Senhor, tende piedade...” como súplica de perdão. É ele um canto em que os fiéis
aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, colocado liturgicamente após o ato
penitencial (cf. IGMR n. 52a), sendo então uma aclamação de louvor, uma transição entre o
ato penitencial propriamente dito e o Glória.

Terminado o ato penitencial, o sacerdote concede a absolvição, de forma espontânea ou


utilizando a fórmula:

“Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à
vida eterna.”
E assembleia conclui com um “Amém!”

GLÓRIA (GRANDE DOXOLOGIA) - (IGMR – N° 53 E 126) De pé

O glória é um hino antigo. Nele a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a
Deus Pai e ao Cordeiro imolado e glorificado. O "Glória" é hino à Santíssima Trindade que
segue ao ato penitencial para expressar o nosso agradecimento e felicidade pelo perdão de
Deus. Chama-se também "grande doxologia", para distinguir-se da doxologia menor que todos
conhecem: “Glória ao Pai...”

Como sinal de alegria, pode-se cantá-lo também aos domingos e nas outras solenidades e
festas, com exceção, porém, dos domingos do Advento e da Quaresma. Faz parte da
celebração da Quinta-Feira Santa e da Vigília Pascal do Sábado Santo como ponto alto de
tais celebrações. Não se diz em dias de semana porque, se for cantado ou recitado em dias
comuns, perderia seu sentido de festa ou solenidade.

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ORAÇÃO “COLETA” (IGMR – N° 54 e 127) De pé

Encerrando os ritos iniciais com o “Oremos”, seguido de breve silêncio, o presidente


reza então em nosso nome a Oração do dia, chamada "Coleta". Vem do verbo latino
“colligare”, que quer dizer reunir, recolher, coletar. É daí que vem também o sentido da
Oração “Coleta” porque visa reunir em uma única oração todas as orações da comunidade.
Neste momento se deposita aos pés do altar todas as intenções da Santa Missa.
É a primeira das três orações ditas “presidenciais” reservadas a quem preside que reza em
nome da comunidade.

Concluindo a oração coleta, toda a comunidade aclama com um firme "Amém". O "Amém" da
assembleia é a ratificação, ou seja, a confirmação que a oração é também sua. E dá-se início
ao Rito da Palavra.
Após o “Amém” da oração da coleta, a comunidade senta-se. Mas primeiro deve esperar o
presidente da celebração dirigir-se à sua cadeira. Só depois que ele estiver sentado é que a
assembleia pode sentar-se.

Nota:

Quanto aos ritos iniciais, estes, em algumas celebrações, de acordo com as normas
litúrgicas, podem ser celebrados de modo específico (IGMR n. 46c). É o caso, por exemplo,
do Domingo de Ramos e da Paixão, em que, depois da procissão ou entrada solene, omitem-
se o sinal-da-cruz, a saudação e o ato penitencial, prosseguindo a missa já com a Oração do
dia.

❖ LITURGIA DA PALAVRA (IGMR N° 55 a 71 e 128 a 138)

Iniciamos esta parte sentados.

Os cristãos – como povo de Deus do Antigo Testamento – são o povo da escuta: “Escuta
Israel... teu Deus vai falar”. Está posta a primeira mesa, a mesa da palavra.

Diz a Instrução Geral: “A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da
Sagrada Escritura e pelos cantos que ocorrem entre elas, sendo desenvolvida e concluída
pela homilia, a profissão de fé e a oração universal ou dos fiéis.”

Devemos enfatizar a importância do ministério do leitor, pois é através dele que a Palavra de
Deus chega, inicialmente, à assembléia. O leitor se torna então um arauto da Palavra. Diz a
Constituição Conciliar Sacrosanctum Concilium sobre a sagrada liturgia: “Os que
servem ao altar, os leitores, comentadores e elementos do grupo coral desempenham
também um autêntico ministério litúrgico. Exerçam, pois, o seu múnus com piedade autêntica
e do modo que convêm a tão grande ministério e que o povo de Deus tem o direito de exigir”
(cf. SC nº29).

É, pois, necessário imbuí-los de espírito litúrgico, cada um a seu modo, e formá-los para
executarem perfeita e ordenadamente a parte que lhes compete.

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Normalmente são feitas três leituras extraídas da Bíblia: em geral um texto do Antigo
Testamento, um texto epistolar do Novo Testamento e um texto do Evangelho de Jesus
Cristo, respectivamente. Isto, porém, não significa que será sempre assim; às vezes a 1ª
leitura cede espaço para um outro texto do Novo Testamento, como o Apocalipse, e a 2ª
leitura, para um texto extraído dos Atos dos Apóstolos; é raro acontecer, mas acontece. Fixo
mesmo, apenas o Evangelho, que será extraído do livro de Mateus, Marcos, Lucas ou João.

Em algumas celebrações, durante a semana temos apenas duas leituras, chegando a três
leituras nos domingos e solenidades e noutras chegamos a ter até onze leituras como na
vigília pascal.

Nota:

A Igreja orienta que as leituras sejam feitas diretamente do livro de leituras (chamado
de lecionário). Isso por causa de dignidade da palavra de Deus. O folheto é uma espécie
de descartável. Hoje se usa e amanhã é jogado fora, vai para o lixo. A palavra não é
"descartável". É eterna. É Cristo, convém que ela seja proclamada diretamente do livro.
Recomenda-se também que, ao ouvir a palavra (seja nas leituras e no canto do salmo, como,
sobretudo na proclamação do Evangelho), o povo não fique acompanhando pelo folheto.
A palavra é para ser ouvida! Deus fala com você...

Não ler os títulos orientativos, tais como: "Primeira leitura", "Segunda leitura", "Salmo
responsorial", "Evangelho" ou a frase a vermelho que precede a Leitura (Ex: Liturgia da
Palavra, Liturgia Eucarística) ou o nome do folheto (Ex. A missa). Isso não é Palavra de
Deus... São apenas títulos para não se perder (como os que temos na Bíblia). Quando estes
títulos são lidos, quebra-se o ritmo e a harmonia da escuta da Palavra.
Ler só o título bíblico (Ex: Leitura do Livro do Profeta Jeremias).

O ambão, de onde se proclamam as leituras, o salmo e o Evangelho (IGMR n° 58 e 309),


deve ficar no presbitério, de preferência do lado direito. Deve distinguir-se, em bom gosto
e decoro, da estante do comentador, esta deve ficar em lugar apropriado, mas fora do
presbitério, dada a sua função distinta na liturgia (IGMR n° 105b). O lugar do órgão e de
outros instrumentos, assim como do grupo de cantores, dado o seu ministério a serviço da
assembléia, deve também ficar em lugar apropriado, não, porém no presbitério(IGMR – n° 312
e 313).

COMENTÁRIO À PRIMEIRA LEITURA (opcional) Sentado

O comentário à primeira leitura tem como objetivo fazer uma breve introdução ao texto bíblico
que será lido a seguir pelo leitor. Chama a atenção para algum ponto que será abordado na
leitura.

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1ª LEITURA (IGMR – N° 57 E 128) Sentado

Como já dissemos, a primeira leitura costuma a ser extraída do Antigo Testamento. Isto é
feito para demonstrar que já o Antigo Testamento previa a vinda de Jesus e que Ele mesmo o
cumpriu (cf. Mt 5,17).
A primeira leitura, na liturgia da palavra, é escolhida em função do Evangelho e vai com
ele ter íntima ligação temática. É a prefiguração bíblica do fato do que o Evangelho vai
anunciar e realizar. Já no Tempo Pascal, quando a liturgia está toda voltada para a vitória
pascal do Senhor, a primeira leitura vai ser tomada do Atos dos Apóstolos, descrevendo então
a rica espiritualidade da Igreja nascente.

O leitor, então, começa a ler o texto e, ao concluir, diz: "Palavra do Senhor" no singular e a
comunidade responde com fé: "Graças a Deus!”.

SALMO RESPONSORIAL (IGMR N° 61 E 129) Sentado

Após a primeira leitura, com um pequeno intervalo, canta-se ou recita-se o salmo


responsorial. Aqui a assembleia é chamada a uma resposta à palavra de Deus ouvida. Trata-
se de um diálogo: Deus fala, em comunicação descendente, e a Igreja responde, em
comunicação ascendente.

Mas responder à palavra divina só é possível com outra palavra sagrada. Daí ser aqui um
salmo. O salmo responsorial é, portanto um prolongamento da primeira leitura, em sentido
lírico-meditativo. Do ambão, o salmista, usando o Lecionário, canta ou recita o refrão, seguido
da repetição pela assembleia, continuando depois o salmista com o canto das estrofes,
intercalando entre elas a resposta do povo. Esta é a maneira tradicional, também judaica, de
cantar ou recitar os salmos.

2ª LEITURA (IGMR N° 57 E 130) Sentado

A segunda leitura, na liturgia da palavra, é sempre um texto do Novo Testamento (das


epístolas ou do Apocalipse). Não traz uma ligação temática com o Evangelho, como a
primeira leitura. Traz, porém, uma identificação no aspecto vivencial, prático, uma vez que já
descreve, de maneira pastoral, a experiência na vida concreta das comunidades, ou então
desperta para essa experiência.
Esta leitura tem, portanto, como objetivo, demonstrar o vivo ensinamento dos Apóstolos
dirigido às comunidades cristãs.

A segunda leitura deve ser encerrada de modo idêntico ao da primeira leitura, com o leitor
exclamando: "Palavra do Senhor!" e a comunidade respondendo com: "Graças a Deus!".

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO (IGMR N° 62, 131 E 132)

CANTO DE ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO De pé

O cantor convida a assembleia a se por de pé, para aclamar as palavras de Jesus, cantando a
aclamação ao Evangelho. O canto de aclamação tem como característica distintiva a palavra
"Aleluia", um termo hebraico que significa "louvai o Senhor".

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Percebe-se, assim, que o canto de aclamação, da mesma forma que o hino de louvor, não
pode ser cantado sem alegria, sem vida. Seria como se não confiássemos Naquele que dá a
vida e que vem até nós para pregar a palavra da Salvação.
Comprovando este nosso ponto de vista está o fato de que durante o tempo da Quaresma e
do Advento, tempos de preparação para a alegria maior, também a palavra "Aleluia" não
aparece no Canto de Aclamação ao Evangelho. Na liturgia quaresmal, canta-se uma
aclamação simples, sem aleluia, e na Ceia do Senhor da Quinta-Feira Santa canta-se o "novo
mandamento". O tempo em que mais deve redundar o “Aleluia” na Igreja é o Tempo Pascal,
com início de pura exultação já na Vigília Pascal do Sábado Santo quando se canta o tríplice
Aleluia após as leituras bíblicas e antes do Evangelho.

COMENTÁRIO AO EVANGELHO (opcional) De pé

Assim como os anteriores, este comentário chama à atenção para algum ensinamento de
Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO (IGMR N° 134, 276 E 277) De pé

A proclamação do Evangelho é o ponto alto da Liturgia da Palavra. Marcamos com uma


cruz (persignação) a testa (mente), a boca (palavras) e o peito (sentimentos), para expressar
o desejo de que a Palavra nos guie em tudo o que pensamos, dizemos e fazemos.

O texto do Evangelho é sempre retirado dos livros de Mateus, Marcos, Lucas e João, e
jamais pode ser omitido.

Ao encerrar a leitura do Evangelho, o sacerdote ou diácono profere a expressão: "Palavra da


Salvação!" e toda a comunidade glorifica ao Senhor, dizendo: "Glória a vós, Senhor!". Neste
momento, o sacerdote ou diácono, em sinal de veneração à palavra de Deus, beija o
evangeliário ou o lecionário (rezando em silêncio: "Pelas palavras do santo Evangelho sejam
perdoados os nossos pecados") e todo o povo pode voltar a se sentar.

No caso do evangeliário, após a proclamação, é colocado num lugar apropriado, não mais,
porém, sobre o altar. Já na celebração da palavra, com ausência do diácono, a proclamação
do evangelho pode ser feita pelo leigo que a preside.

HOMILIA (IGMR – N° 65, 66 E 136) Sentado

A homilia nos recorda o Sermão da Montanha, quando Jesus subiu o Monte das Oliveiras
para ensinar todo o povo reunido. Observe-se que o altar e o ambão já se encontram, em
relação aos bancos onde estão os fiéis, em ponto mais alto, aludindo claramente a esse
episódio.

Da mesma forma como Jesus ensinava com autoridade, após sua ascensão, a Igreja recebeu
a incumbência de pregar a todos os povos e ensinar-lhes a observar tudo aquilo que Cristo
pregou.
A homilia é o momento em que o sacerdote ou o diácono, como homens de Deus, traz para o
presente aquela palavra pregada por Cristo há mais de dois mil anos.

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Neste momento, devemos dar ouvidos aos ensinamentos do sacerdote, ou do diácono, que
são os mesmos ensinamentos de Cristo, pois foi o próprio Cristo que disse: "Quem vos ouve,
a mim ouve. Quem vos rejeita, a mim rejeita" (Lc 10,16). Logo, toda a comunidade deve
prestar atenção às palavras do sacerdote, ou do diácono. É o momento em que descobrimos
o que a palavra tem a nos dizer.

A homilia é obrigatória aos domingos e nas solenidades da Igreja. Nos demais dias, ela
também é recomendável, mas não obrigatória.

PROFISSÃO DE FÉ (IGMR N° 67 E 137) De pé

Encerrada a homilia, todos ficam de pé para recitar ou cantar o Credo, nada mais é do que
um resumo da fé católica, que nos distingue das demais religiões. A profissão de fé do povo
de Deus deve ser sempre límpida, viva, confiante e humilde. Deve ser uma resposta de fé e
de compromisso, tanto individual quanto comunitário, na vivência da palavra de Deus,
ouvida e explanada na liturgia da palavra (IGMR – n° 67).

Expressando uma única e mesma verdade de fé, durante a missa costuma-se recitar o
Símbolo dos Apóstolos, oriundo do séc. I, ou o Símbolo Niceno-Constantinopolitano, do séc.
IV. Chama-se assim por ter surgido após os concílios de Nicéia (ano 325) e Constantinopla
(ano 381). O primeiro é mais curto, mais simples; o segundo, redigido para eliminar certas
heresias a respeito da divindade de Cristo, é mais longo, mais completo.
Na prática, usa-se o segundo nas grandes solenidades da Igreja.

O “Creio” é cantado ou recitado pelo sacerdote, com o povo (IGMR n° 68b e 137). Toda a
assembléia, de pé, deve participar desse momento litúrgico.

PRECES DA COMUNIDADE OU ORAÇÃO UNIVERSAL (IGMR N° 69 a 71 e 138) De pé

Na oração universal, ou oração dos fiéis, como ensina a Instrução Geral do Missal Romano,
“exercendo a sua função sacerdotal”, o povo eleva preces a Deus pelas necessidades da
Igreja, pelos governantes, pelos que sofrem, por todos os seres humanos e pela
salvação do mundo inteiro.
Acrescentem-se também nelas as necessidades concretas da comunidade celebrante,
sem estender muito o número das preces. De sua cadeira, o sacerdote presidente, com
breve exortação, introduz a oração universal e, depois, a conclui (cf. IGMR nº 71 e 138).
Cada prece deve terminar com a expressão: "Rezemos ao Senhor!", para que a comunidade
possa responder com: "Senhor, escutai a nossa prece!" ou "Ouvi-nos, Senhor!".

“Pedi e vos será dado. Buscai e achareis. Batei e vos será aberto. Porque todo aquele que
pede, recebe. Quem busca, acha. A quem bate, abrir-se-á. Quem dentre vós dará uma pedra
a seu filho, se este lhe pedir pão? E, se lhe pedir um peixe, dar-lhe-á uma serpente? Se vós,
pois, que sois maus, sabeis dar boas coisas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai celeste
dará boas coisas aos que lhe pedirem.” ( Cf. Mt 7,7-11)

Quando o sacerdote conclui a oração da comunidade, dizendo, por exemplo: "Atendei-nos, ó


Deus, em vosso amor de Pai, pois vos pedimos em nome de Jesus Cristo, vosso Filho e
Senhor nosso.", a assembleia encerra com um: "Amém!".

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❖ LITURGIA EUCARÍSTICA (IGMR – N. 72 A 79 E 139 A 151)

PROCISSÃO DO OFERTÓRIO (IGMR N° 73, 73, 75 E 76) Sentado

Em rito processional, os dons são levados ao altar. A procissão em que se levam os


dons é acompanhada do cântico do ofertório, que se prolonga pelo menos até que os
dons tenham sido depostos sobre o altar. O rito do ofertório pode ser sempre
acompanhado de canto. (cf. IGMR – n° 74).

- COLETA DO OFERTÓRIO

Estamos habituados a chamar esse momento de “ofertório”, mas trata-se simplesmente de


“apresentação das ofertas”, esta parte da Missa é apenas uma apresentação dos dons que
serão ofertados junto com o Cristo durante a consagração. O nome "ofertório" para este
momento é, portanto impróprio, por não expressar a verdadeira realidade da liturgia.
O verdadeiro ofertório, como veremos mais adiante, só se faz depois da consagração.
Nas sinagogas hebraicas, após a celebração da Palavra de Deus, as pessoas costumavam
deixar alguma oferta para auxiliar as pessoas pobres. E de fato, este momento do ofertório só
tem sentido se reflete nossa atitude interior de dispormos os nossos dons em favor do
próximo. Aqui, o que importa não é a quantidade, mas sim o nosso desejo de assim como
Cristo, nos darmos pelo próximo. Representa o nosso desejo de aos poucos, deixarmos de
celebrar a eucaristia para nos tornarmos eucaristia.

O Concílio Vaticano II falou de maneira convincente a respeito da oferta do laicato: “(...) todas
as obras, preces e iniciativas apostólicas, vida conjugal e familiar, trabalho cotidiano,
descanso do corpo e da alma... tornam-se hóstias espirituais agradáveis a Deus, por Jesus
Cristo” (cf. 1Pd 2,5). “Assim também os leigos, como adoradores agindo santamente em toda
parte, consagram a Deus o próprio mundo” (Lúmen Gentium 34).

Neste momento, trazem-se os dons em forma de procissão. As principais ofertas são o pão e
vinho. Essa caminhada, levando para o altar as ofertas, significa que o pão e o vinho estão
saindo das mãos do homem que trabalha. As demais ofertas representam igualmente a
vida do povo, a coleta do dinheiro é o fruto da generosidade e do trabalho dos fiéis. Deus não
precisa de esmola porque Ele não é mendigo e sim o Senhor da vida. A nossa oferta é um
sinal de gratidão e contribui na conservação e manutenção da casa de Deus.

Lembremo-nos de que somente o pão e o vinho são colocados sobre o altar.


Os outros dons trazidos, se houver, são colocados aos pés do altar ou então em algum
recipiente para isso preparado. Na procissão dos dons, devem atuar membros da assembléia,
previamente convidados, conforme a tradição da Igreja (cf. IGMR – n° 73c e 140), e não
ministros do altar.

CONVITE A ORAÇÃO De pé

Em seguida, encerrado o ofertório, o sacerdote convida a assembléia a se unir numa só


oração para que Deus aceite o sacrifício que está sendo oferecido. De pé, os fiéis expressam
o desejo de que Deus aceite o sacrifício pelas mãos de quem preside.
"Orai irmãos e irmãs...", a oração que todos respondem: "Receba Senhor por tuas mãos esse
sacrifício...".

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ORAÇÃO SOBRE AS OFERTAS (IGMR N° 77) De pé

É a segunda oração presidencial da missa. Em nome da assembléia que celebra, o


presidente pede a Deus que aceite as ofertas do povo. A comunidade consente com o
“Amém!”.

ORAÇÃO EUCARÍSTICA (IGMR N° 78, 79 e 139 a 151) De pé

É na oração eucarística em que atingimos o ponto alto da celebração. Nela, através de Cristo
que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa
salvação.

No Brasil, temos 14 orações eucarísticas. Cada oração eucarística tem suas características.

- PREFÁCIO (IGMR N° 148) De pé

É a abertura da oração eucarística. O prefácio é uma ação de graças ao Pai por Jesus Cristo,
e inicia-se com um diálogo entre o presidente e a assembleia.
Há muitos prefácios: para os tempos litúrgicos, solenidades, festas, etc. Está, portanto em
sintonia com o mistério do tempo litúrgico ou da festa e se inicia com um forte sentido de
unidade, no fervor dos corações, preparado pelo diálogo inicial. O Prefácio termina
explodindo-se num canto bíblico, o “Santo”, como veremos a seguir.

SANTO (IS 6,3; EZ 3,12; AP 4,8;SL 118(117),26; MT 21,9) (IGMR N° 79B E 148) De pé

Cantamos o cântico que os anjos e santos proclamam diante do trono celeste (cf. Ap
4,8; Is 6,2-3). É a primeira grande aclamação da assembleia a Deus Pai em Jesus Cristo. O
Santo é uma aclamação de todo o povo de Deus, que associa textos bíblicos, como acima
citados, num louvor realmente universal.

- PÓS-SANCTUS

É a continuação do louvor e da ação de graças do canto anterior, presente de modo vivo nas
orações eucarísticas, principalmente na IV oração eucarística, antes da invocação do Espírito
Santo sobre os dons do pão e do vinho. Retoma a confissão de fé do “Santo” (“Na verdade, ó
Pai, vós sois santo...”) e prepara literariamente o momento seguinte, a epíclese.

1° EPICLESE (INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO SOBRE AS OFERENDAS DO PÃO E

DO VINHO – IGMR N° 79C) De pé

Temos duas invocações do Espírito Santo na oração eucarística. Uma antes da consagração
em relação ao corpo eucarístico de Cristo e outra depois da consagração em relação ao
corpo místico de Cristo, a Igreja.

Este pedido do envio do Espírito Santo, dirigido ao Pai, tem o nome de epíclese, que
traduzido do grego, significa: chamado do alto, ou chamado sobre, no caso as ofertas.

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Neste momento da oração eucarística, o sacerdote, dando graças, isto é, fazendo confissão
da santidade do Pai, como foi proclamado no Santo, pede a Ele, em nome da Igreja, a
santificação de nossas oferendas, mediante o envio sobre elas do Espírito Santo, a fim de
que se tornem o Corpo e o Sangue do Senhor. Esse pedido de santificação está
fundamentado na própria verdade da santidade divina, que também a assembleia ratifica,
suplicando no mesmo tom do presidente: "Santificai nossa oferenda, ó Senhor!”.

“...a fim de que se tornem para nós o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, vosso Filho
e Senhor nosso...”

Através do Espírito Santo, Cristo realizou sua ação quando presente na história e a realiza
nos tempos atuais. A Igreja nasce do Espírito Santo, que transforma o pão e o vinho no
Corpo e Sangue de Jesus. A Igreja tem sua força na Eucaristia.

Esta primeira epiclese ou invocação está ordenada à segunda, quando então se pedirá
pela transformação dos comungantes no corpo místico de Cristo, a Igreja.

NARRAÇÃO DA EUCARÍSTICA - CONSAGRAÇÃO (IGMR N° 79D) Ajoelhado

É o momento em que o Espírito e a Palavra transformam os elementos do pão e do vinho no


corpo e sangue, alma e divindade de Jesus Cristo. O sacerdote recita então a narração da
instituição eucarística, culminando com a ação consecratória, isto é, a consagração, na
transubstanciação dos dons., elemento fundante para o pedido da
transubstanciação. Agindo, pois, "in persona Christi", ou seja, na pessoa de Cristo, o
sacerdote vai pronunciar as mesmas palavras de Cristo, melhor dizendo, Cristo vai
pronunciar, ele mesmo, através do sacerdote:

"Tomai todos, e comei: isto é o meu Corpo...", e "Tomai todos, e bebei: este é o cálice do meu
Sangue...”.

É reprovável o hábito de permanecer-se de cabeça baixa durante esse momento.


Reprovável ainda é qualquer tipo de manifestação quando o sacerdote ergue a hóstia,
pois este é um momento sublime e de profunda adoração. Nesse momento o mistério do
amor do Pai é renovado em nós. Cristo dá-se por nós ao Pai trazendo graças para nossos
corações. Daí ser esse um momento de profundo silêncio.

ACLAMAÇÃO MEMORIAL (IGMR N° 151) De pé

Depois da narração eucarística, o sacerdote proclama “Eis o mistério da fé”, e a assembleia


vai responder com uma aclamação memorial, servindo-se de uma das três aclamações
conhecidas:
"Anunciamos Senhor...", "Todas as vezes que comemos deste pão..." e "Salvador do mundo,
salvai-nos...”, elas têm forte sentido escatológico (estudo relacionado ao Apocalipse) ao
pedirem a vinda do Senhor.

Nota:

Seria desejável que, após a consagração, toda a assembleia ficasse de pé para a


aclamação após o “Eis o mistério da fé”, como referido acima, mas o que vemos, com
raríssimas exceções, é que os fiéis ainda permanecem ajoelhados, aclamando então de
maneira imprópria, ou simplesmente não aclamando.

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ANAMNESE (MEMORIAL) - OFERTÓRIO (IGMR N° 79E-F) De pé

De origem grega, a palavra "anamnese" significa memória, recordação. Aqui, em


obediência ao mandato do Senhor, a Igreja faz a memória da morte e ressurreição do
Senhor, tornando-a viva, atual e real, no “hoje” de nossa história e no “agora” de nossa
celebração. É a presentificação do evento salvífico do Calvário, em sentido pleno e
teológico, e não, pois, simples lembrança ou recordação.

Na memória da morte e ressurreição do Senhor, a Igreja oferece ao Pai "o pão da vida e o
cálice da salvação", e agradece a Deus por nos tornar dignos de estar celebrando e servindo
ao seu reino de amor. A assembleia, aclamando, vai dizer: "Recebei, ó Senhor, a nossa
oferta!". Note-se que na súplica, o texto é: "Santificai nossa oferenda, ó Senhor!",
oferenda, ou seja, aquilo que vai ser oferecido, indicando, pois, futuridade, com relação
ao que agora se concretiza.

2ª EPICLESE (INVOCAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO SOBRE OS COMUNGANTES - IGMR

N° 79F) De pé

Na oração eucarística, aqui vamos ter nova invocação do Espírito Santo, nova epiclese,
agora suplicando que "participando do Corpo e do Sangue do Senhor sejamos reunidos pelo
Espírito Santo num só corpo", ou outro texto equivalente, conforme a oração tomada.
Na verdade, se os dons são transformados no Corpo e no Sangue de Cristo, na chamada
transubstanciação das oblatas, é para que nós, recebendo-os em comunhão sacramental,
sejamos também transubstanciados no corpo escatológico, eclesial, o Corpo Místico de
Cristo, que é a Igreja.

INTERCESSÕES (IGREJA - MEMENTO: VIVOS E FALECIDOS - IGMR N° 79G) De pé

Enfim, a liturgia vai suplicar pela Igreja, tanto a celeste como terrestre, a fim de que cresça na
fé e na caridade, nomeando o papa, o bispo diocesano, como também orando pelos
presbíteros, todo o clero e por todos os fiéis, vivos e falecidos. É muito importante que o
nome dos falecidos seja incluído nesse momento, dado o seu sentido eclesial e bíblico.

DOXOLOGIA FINAL (IGMR N° 79H E 151B) De pé

Doxologia significa literalmente “palavra de glória”. É formada por dois termos gregos:
doxa, que significa glória, e logos, que significa palavra. A doxologia é, portanto, uma
fórmula de louvor e glorificação para honrar a Deus. O sacerdote ergue a hóstia e o cálice, a
que agora se refere como Cristo e mostrando-os à assembleia, proclama: "Por Cristo, com
Cristo, em Cristo, a vós Deus Pai todo-poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e
toda glória, agora e para sempre”.
É momento onde o sacerdote oferece a Deus Pai o Santo Sacrifício de Nosso Senhor. Agora,
por Cristo, com Cristo e em Cristo, todos na medida em que se oferecem ao Pai por Cristo,
tornam-se agradáveis a Deus.

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O GRANDE "AMÉM" (IGMR N° 79H E 151B) De pé

Estamos agora diante do "Amém" mais importante de toda a celebração da missa. É a


ratificação pela assembleia de toda a Oração Eucarística ou anáfora rezada pelo
sacerdote em nome da Igreja. É um "Amém", pois, profundamente bíblico e teológico. Não
nos esqueçamos de que Cristo é o "Amém" de Deus, isto é, o "Sim" de todo o projeto
salvífico do Pai (cf. Ap 3,14).

RITO DA COMUNHÃO (IGMR, N° 80 a 89) De pé

Quanto à comunhão eucarística, convém observar o que diz a Instrução Geral do Missal
Romano: “Sendo a celebração eucarística a ceia pascal do Senhor, convém que, segundo a
ordem do Senhor, o seu Corpo e Sangue sejam recebidos como alimento espiritual pelos fiéis
devidamente preparados” (n° 80).

PAI NOSSO (IGMR N° 81) De pé

Tendo colocado o cálice e a patena sobre o altar, depois do grande "Amém", o sacerdote faz
então o convite para a recitação do "Pai Nosso". São vários os formulários propostos, e
dentro do espírito de tais formulários, pode o presidente escolher o que julgar mais próprio,
mais atual e mais expressivo.
A oração do povo de Deus, oração dominical, como deve ser entendida o Pai Nosso. Diz a
Instrução Geral do Missal Romano: “Na oração do Senhor pede-se o pão de cada dia, que
lembra para os cristãos antes de tudo o pão eucarístico, e pede-se a purificação dos
pecados, a fim de que as coisas santas sejam verdadeiramente dadas aos santos”.

EMBOLISMO (IGMR N° 81B) De pé

Após a oração dominical, o Pai Nosso, o sacerdote reza ainda, em sua continuação
(embolismo), pedindo pela paz, pela libertação dos pecados e por todos os perigos: “Livrai-
nos de todos os males...”. A assembléia, participando, responde com a aclamação do item
seguinte: “Vosso é o reino, o poder e a glória para sempre”, como continuação do Pai Nosso
já observada no início da Igreja (cf. Didaqué VIII,2).

RITO DA PAZ (IGMR N° 82) De pé

Nesse instante da liturgia, o sacerdote suplica ao Senhor pela paz e pela unidade da Igreja,
respondendo a assembléia com o "Amém". É o "Amém" omitido no final do Pai Nosso,
pois este foi como que continuado no Embolismo. A oração enfatiza o dom da paz,
concedida aos apóstolos, e a fé da Igreja.

ABRAÇO DA PAZ (IGMR N° 82BC) De pé

Este gesto deve ser visto aqui como fruto copioso da oração da fraternidade, o Pai Nosso. O
abraço da paz, em nossas liturgias, deve trazer profunda identificação com o "ósculo santo"
da Igreja primitiva, símbolo então profundo da fraternidade cristã (cf. Rm 16,16; 1Cor 16,20;
2Cor 13,12; 1Ts 5,26).

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Nota:

Como se trata de gesto simbólico, devemos cumprimentar somente aquelas pessoas


que estão próximas de nós (cf. IGMR n. 82c), evitando o deslocamento na igreja, o que
muitas vezes prejudica a harmonia da celebração. A sobriedade é também aqui
recomendada, pois exageros não combinam com a simplicidade da liturgia.

CORDEIRO DE DEUS (RITO DA FRAÇÃO DO PÃO) (IGMR N° 83) De pé

Na última ceia, por ocasião da instituição da Eucaristia, Cristo partiu o pão e o deu a seus
discípulos. Este gesto do Senhor é carregado de sentido. Significa que os fiéis,
participando pela comunhão no único pão da vida, que é Cristo, morto e ressuscitado,
formam um só corpo (cf. IGMR n° 83; 1Cor 10,17).

O sacerdote parte o pão e coloca uma parte da hóstia no cálice, rezando em silêncio: “Esta
união do Corpo e do Sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos
sirva para vida eterna!” Faz-se este gesto para significar a unidade do Corpo e Sangue do
Senhor na obra da salvação, ou seja, do Corpo vivente e glorioso de Cristo Jesus (cf. IGMR
n° 83b). Este rito se chama imisção. A união dos dois elementos separados pelo memorial
da morte de Jesus Cristo é feita para simbolizar a sua ressurreição.
Na liturgia, o gesto da fração do pão, rito que é reservado ao sacerdote e (cf. IGMR n° 83),
vem acompanhado do canto do "Cordeiro de Deus", que é um canto litânico, isto é, em forma
de ladainha. Enquanto o sacerdote parte o pão e coloca uma pequena parte no cálice, a
assembléia entoa, geralmente por três vezes, o "Agnus Dei" ou "Cordeiro de Deus",
suplicando a misericórdia e, na última vez, pedindo a paz.

CONVITE À COMUNHÃO (ANTÍFONA) (AP 19,9) (IGMR N° 84B) De pé

Após o rito da fração do pão, o sacerdote, preparando-se para a comunhão, reza em silêncio
a oração prescrita. Faz em seguida à genuflexão e, em seguida, proclama: “Felizes os
convidados para a Ceia do Senhor”, lembrando as palavras do Apocalipse: “Felizes os
convidados para o Banquete das núpcias do Cordeiro”, ou outro convite apropriado.

APRESENTAÇÃO: "EIS O CORDEIRO DE DEUS...” (JO 1,36; IGMR N° 43)

Neste rito, elevando um pouco a hóstia e mostrando-a à assembléia, o sacerdote diz: "Eis o
Cordeiro de Deus, eis Aquele que tira o pecado do mundo”, que é uma reminiscência bíblica
da apresentação de Cristo por São João Batista, no início da vida pública de Jesus (Jo 1,36).

RESPOSTA DA ASSEMBLEIA (MT 8,8; LC 7,6-7)

Ao texto bíblico da apresentação da hóstia como o “Cordeiro de Deus”, a assembléia


responde com outro texto bíblico, que nos lembra a fé do centurião, cujo servo Cristo curou.
Nota-se aqui, reafirmando o que se disse acima, como é importante a Sagrada Escritura
na liturgia.

Como se vê adiante, o sacerdote, rezando antes uma oração em silêncio, comunga, para, em
seguida, distribuir também a comunhão aos fiéis.

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COMUNHÃO EUCARÍSTICA (IGMR N° 80)

Em rito processional, distribui-se então a comunhão aos fiéis, aqui lembrando o maná no
deserto, mas maná vivo, não como aquele do Antigo Testamento, que causava surpresa e
admiração (cf. Ex 16,15), mas ineficaz para a salvação (cf. Jo 6,49).
Recebemos Aquele que: louvamos no Glória e proclamamos no Credo, Aquele que é a nova
aliança, Aquele que tira o pecado do mundo...

A caminhada rumo ao altar, para receber o Corpo e o Sangue do Senhor, tem expressiva
força simbólica: leva-nos à fonte da vida e aponta-nos a casa do Pai, enquanto fortalece
a nossa caminhada terrestre.
Durante esse momento a assembléia dirige-se à mesa eucarística. A comunhão poderá ser
ministrada nas duas espécies – corpo e sangue – bem como somente em uma. O ministro da
comunhão, ao apresentar a hóstia, diz: “o Corpo de Cristo”, quem comunga antes de receber
a hóstia, responde: “Amém”, confirmando sua fé em Cristo presente na Eucaristia e
confirmando que, em Cristo, recebe a todos em sua vida e se compromete a doar-se a seus
irmãos.
No caso como dizia de a comunhão ser ministrada em uma espécie, pode ser recebida na
mão ou na boca.

O modo mais expressivo para receber a comunhão na mão é estender a mão esquerda, bem
aberta, sobre a direita, fazendo como que “um trono”, para em seguida, com a mão direita,
tomar o Pão e comungar ali mesmo, antes de voltar para o seu lugar. Não se “pega” o Pão
oferecido com os dedos, como se fossem uma pinça, mas espera-se que o ministro deposite
o Pão, dignamente na palma aberta da mão. Não se pega: acolhe-se.
No caso da comunhão em duas espécies, normalmente o sacerdote faz a intinção da hóstia
no cálice, dizendo: ”O Corpo e o Sangue de Cristo” levando à boca do comungante.

No momento da comunhão, aqueles que por um motivo ou outro não comungam, por não se
encontrarem devidamente preparados (estado de graça santificante) é importante que façam
desse momento também um momento de encontro com o Cristo, no que chamamos de
Comunhão Espiritual.

MOMENTO DE LOUVOR - INTERIORIZAÇÃO (IGMR N° 88 E 164)

Terminada a distribuição da comunhão, o sacerdote e os fiéis, conforme a oportunidade,


oram alguns momentos em silêncio. Se quiser, também pode ser cantado por toda a
assembleia um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino, como canto de ação de graças.

ORAÇÃO APÓS A COMUNHÃO (IGMR N° 89 E 165) De pé

É a última das orações presidenciais da missa, encerra todo o rito de comunhão.


Na oração depois da comunhão, o sacerdote implora os frutos do mistério celebrado, e o
povo, pela aclamação do "Amém", faz também sua a oração do presidente.
Esta oração, na sua estrutura, é bem semelhante à oração coleta (Oremos), e a oração
sobre as ofertas, mas tem um sentido bem diferente. Ela refere-se ao mistério celebrado,
pede que se atualizem os frutos do mistério celebrado, a fim de que todos possam realizar a
sua vocação e missão, consagrando a Deus toda a vida, o trabalho, o serviço, a vida
conjugal, familiar e social, a fim de que possamos nos transformar em hóstia espiritual a ser
oferecida a Deus.
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❖ RITOS FINAIS (IGMR N° 90 E 166 A 169)

AVISOS Sentado

Os avisos da paróquia ou da comunidade podem ser feitos neste momento, antes da


bênção final. Assim, este momento da missa é muito importante para a comunidade, pois
aponta as atividades que se darão nos próximos dias, é o chamado para que os presentes à
missa venham participar, viver na comunidade, em comum unidade.

O sacerdote pode ainda com breves palavras dizer uma mensagem final, portanto, exaltar o
cristão a viver de forma digna, de acordo com o Evangelho do Senhor. Precisa ser clara e
objetiva, para que cada fiel possa, de maneira fácil, guardar em seu coração aquilo que foi
proclamado durante a missa e, relembrando durante toda a semana, consiga de fato seguir a
palavra de Deus. Normalmente é deixado ao comentarista como vivência.

BÊNÇÃO FINAL De pé

Toda a comunidade deve se colocar de pé para receber a Bênção Final. O sacerdote, então,
abrirá seus braços e saudará todo o povo. Também é facultado ao diácono dar a bênção
sobre o povo.
Então o sacerdote abençoará todo o povo, fazendo uso, conforme dia ou ocasião, de uma
oração sobre o povo, bênção solene, ou bênção simples.

Ao traçar o sinal da cruz, todos os presentes devem inclinar a cabeça. Inclinação de cabeça.

Dada a Bênção Final, o diácono despede o povo dizendo: “Glorificai ao Senhor com vossas
vidas. Ide em paz, permaneçam em paz e que o Senhor vos acompanhe”.
Lembra-se aqui, neste momento, que a Missa só termina após a despedida.
Ninguém deve-se retirar-se antes do sacerdote.

CANTO FINAL

O canto final representa o louvor e a alegria da assembléia por todos os dons e graças dados
por Deus durante a Santa Missa,
Saiamos da Santa Missa a fim de viver o mistério, o sacrifício que acabamos de celebrar.

- O que fazer após a Santa Missa?

Terminada a Santa Missa, o coroinha deverá auxiliar o sacerdote ou ministros a retirar os


paramentos litúrgicos, e só então auxiliar em cuidar de apagar as velas, guardar os livros e
vasos sagrados, sempre com muito respeito diante do altar.
Ao deixar o templo ao retirar-se do templo, o coroinha, como qualquer fiel, deve ir à Capela do
Santíssimo, como fez ao chegar, para despedir do Senhor Sacramentado com um pequeno
gesto de adoração. Deve-se evitar conversar e correr no templo, como se, por não haver
função, o local tivesse perdido sua sacralidade.

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XV. MISSA PRESIDIDA PELO BISPO (CERIMONIAL DOS BISPOS CAP. I)

❖ Tendo chegado o Bispo na sacristia, é louvável que os coroinhas peçam sua bênção
(beijando o anel) e se apresentem dizendo o seu nome e sua função na celebração;

❖ Os escalados para a mitra e báculo (baculífero e mitrífero) devem se apresentar ao


Bispo e lhe pedir estas insígnias para prepará-las para a Santa Missa;

❖ Ajudam o Bispo a se revestir (cf. CB n° 126);

Segue todas as rúbricas de Missa solene (função de turíbulo, cerimoniário, coroinhas


do altar, tudo no seu devido momento):

• Procissão de entrada (cf. CB n° 128);

• Ao chegar frente ao altar o Bispo entrega o báculo e a mitra, e faz a inclinação


profunda ao altar, ao mesmo tempo em que os concelebrantes. Depois sobe ao
presbitério e beija o altar (cf. CB n° 131);

• Após a oração da coleta, logo que se sentar recebe a mitra (cf. CB n° 136);

• Na aclamação ao Evangelho, depois de impor incenso, retira a mitra (cf. CB n° 140);

• Quando se ouvir “Proclamação do Evangelho...” (persignação) o Bispo recebe o báculo


(cf. CB n° 141);

• Após o Evangelho, o Bispo de preferência de báculo e mitra profere a homilia (cf. CB


n° 142);

• Ao final da homilia ele retira a mitra e entrega o báculo, e canta ou recita o Credo (cf.
CB n° 143);

• Terminada a oração universal ou oração dos fiéis, o Bispo recebe a mitra e senta-se
(cf. CB n° 145);

• Para a apresentação das ofertas retira a Mitra (cf. CB n° 146);

• No prefácio, retira-se o solidéu (cf. CB n° 153);

• Após a comunhão recebe o solidéu (cf. CB n° 166);

• Antes do “O Senhor esteja convosco” da bênção final, recebe a mitra (cf. CB n° 169);

• Antes da bênção final, recebe o báculo (cf. CB n° 169);

• Retira-se em procissão para a sacristia (cf. CB n° 170).

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XVI. TURÍBULO E NAVETA

Significado: O Incenso e a Mirra. A expressão incenso designa em geral uma substância


com aspecto de resina aromática, empregada desde a antiguidade era queimado como
perfume para aromatizar ambientes, afastar insetos. A mirra foi sendo utilizada em incensos
para dar um leve aroma de terra ou como aditivo para o vinho. Foi utilizado também em rituais
religiosos com sentido de purificação e proteção.

Aos poucos, no contexto de uma religiosidade mais espiritual, o incenso tornou-se símbolo da
oração que se eleva a Deus. No Judaísmo o incenso era símbolo da adoração e do sacrifício.
O incenso constitui um símbolo de adoração e de veneração a Deus (cf. Sl 140, 2; Ap 8,3).
Por causa do uso do incenso nas religiões pagãs, os cristãos dos primeiros séculos
mostraram-se contrários ao seu uso litúrgico. Por volta do século IV, começou a ser utilizar o
incenso nas tumbas e altares dos mártires. Com o passar do tempo à benção do incenso
colocado em turíbulos transformou-se num sacramental. No Sacrosanctum Concilium, o
incenso mantém ainda o seu lugar. Pelo fato de ser facultativo, ou seja, utilizado geralmente
em missas solenes, não perde sua importância. Ele terá sempre sentido de oração e sacrifício.
Na Celebração Eucarística ele poderá ser usado para incensar o altar, a cruz, o livro dos
Evangelhos, as oferendas, o celebrante, a assembleia e o próprio Cristo sacramentalmente
presente na hora da Consagração. Todos esses elementos, inclusive as pessoas, são sinais
da presença de Deus no meio da assembleia. O Incenso pode ser usado também nas
Bênçãos do Santíssimo, nas exéquias e em outras bênçãos de objetos e lugares sagrados.
A incensação em forma de cruz quer simbolizar o Sacrifício da Cruz e a incensação das
oferendas em forma circular, a total pertença das oferendas a Deus, retirando-as do uso
profano. Quando são incensados pessoas e objetos, quer se expressar a respeito a eles
devida. Sua linguagem atinge vários sentidos ao mesmo tempo:

• Visão: significa a oração que se eleva aos céus.


• Olfato: esse constitui um meio de comunicação. São Paulo pede que os cristãos sejam
o bom odor de Cristo.
• Audição: pelo som ritmado do turíbulo.

Podemos perceber então que a Liturgia tem que atingir o homem como um todo, não apenas
a sua inteligência, seu intelecto, mas todos os seus sentidos para que esse possa estar em
sua totalidade voltado para Deus em oração. Por isso devemos valorizar a linguagem sagrada
como um todo.

- Turíbulo e a Naveta: O turíbulo era na sua origem uma caçoila (espécie de panela de
argila ou metal) com brasas acesas, para acender os círios com que se abria o cortejo
do imperador romano. Os papas adotaram esse costume e o turíbulo apareceu não só no
cortejo do papa e do Santo Evangelho, mas também ao redor do altar, algumas vezes no
chão, outras em suspenso. No século IX, aparecem as incensações do altar, do clero, e dos
ministros, incensações estas que se multiplicaram nos séculos seguintes. Junto a ele
encontramos a inseparável naveta, caixinha de metal em forma de pequena nave, onde
se guarda o incenso.

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❖ UTILIZAÇÃO

- Como segurar o turíbulo: Segure a argola da coroa do turíbulo com o dedo mínimo e a
argola da corrente com o dedo polegar. Esta é a posição que deve manter normalmente
durante a celebração ou enquanto acompanha a procissão.

- Como apresentar o turíbulo para por incenso: Mantenha o turíbulo seguro pela mão
esquerda, pegue as correntes bem embaixo e erga o turíbulo (aberto) até uma altura cômoda
ao presidente da celebração. O naveteiro, com a naveta aberta, apresenta o incenso ao
sacerdote. Quando o sacerdote terminar de por o incenso, o turiferário, discretamente fecha o
turíbulo e com a mão direita segure a parte superior do turíbulo, entregando ao sacerdote.

- Como incensar: Quem incensa segura com a mão esquerda a parte superior das correntes
que sustentam o turíbulo, e com a direita segura as mesmas correntes todas juntas perto do
turíbulo, de modo a poder comodamente lança-lo e puxa-lo para si. Tenha o cuidado de
lançá-lo com suavidade e decoro, sem mover o corpo ou a cabeça, enquanto
movimenta o turíbulo para frente ou para trás. A mão esquerda que segura a parte superior
das correntes deve ficar firme encostada ao peito.

- Momentos de incensar (IGMR N° 276 E 277):

a) durante a procissão de entrada;


b) no princípio da Missa, para incensar a cruz e o altar;
c) na procissão e proclamação do Evangelho;
d) depois de colocados o pão e o cálice sobre o altar, para incensar as oblatas, a cruz, o altar,
o sacerdote e o povo;
e) à ostensão da hóstia e do cálice, depois da consagração.

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A turificação ou a incensação exprime reverência e oração, como vem significado na Sagrada


Escritura (cf. Salmo 140, 2; Ap 8,3). Pode usar-se o incenso em qualquer forma de celebração
da Missa.

- Quanto ao uso do turíbulo devemos distinguir dois elementos: os ductos e os ictos:

Ductos - (golpes) é o movimento de elevar o turíbulo (fechado) na altura do rosto e


dirige-se horizontalmente para a pessoa ou objeto a incensar.

Ictos - (lances) é o movimento de oscilação em direção à mesma pessoa ou objeto que deve
ser feito em menor intensidade que o primeiro. Pode ser realizado uma ou duas vezes
conforme o caso.

Temos duas variedades de ducto, o simples de um icto e o duplo de dois ictos.


Depois de cada ducto, simples ou duplo, traz-se de novo, num só movimento, a mão direita
até perto do rosto e desce-se até à altura do peito, à posição inicial.

O sacerdote, ao pôr o incenso no turíbulo, benze-o com um sinal da cruz, sem dizer nada.

Antes e depois da incensação, faz-se uma inclinação profunda para a pessoa ou coisa
incensada, exceto ao altar e às oblatas para o sacrifício da Missa.

Incensam-se com três ductos do turíbulo: o Santíssimo Sacramento, as relíquias da santa


Cruz e as imagens do Senhor expostas à veneração pública, as oblatas para o sacrifício da
Missa, a cruz do altar, o Evangeliário, o círio pascal, o sacerdote e o povo.

Com dois ductos incensam-se: as relíquias e imagens dos Santos expostas à veneração
pública, e só no início da celebração, depois da incensação do altar.

A incensação do altar faz-se com simples ictos do seguinte modo:

a) se o altar está separado da parede, o sacerdote incensa-o em toda a volta;


b) se o altar não está separado da parede, o sacerdote incensa-o primeiro do lado direito e
depois do lado esquerdo.

Se a cruz está sobre o altar ou junto dele, é incensada antes da incensação do altar; aliás, é
incensada quando o sacerdote passa diante dela.
O sacerdote incensa as oblatas com três ductos do turíbulo, antes de incensar a cruz e o altar,
ou fazendo, com o turíbulo, o sinal da cruz sobre as oblatas.

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O turíbulo sempre deve ser estar acompanhado da naveta:

- Antes de iniciar a procissão de entrada, o turiferário oferece o turíbulo ao presidente da


celebração para colocar incenso;
- Na procissão de entrada, vai à frente de toda procissão, ao chegar ao presbitério se
posicionar do lado esquerdo do altar;
- Logo que o presidente da celebração beija o altar, o turiferário oferece o turíbulo para que o
celebrante incense o altar. Após colocar o incenso o turiferário entrega o turíbulo o celebrante;
- Retira-se para perto do naveteiro;
- Terminada a incensação do altar, recebe o turíbulo do celebrante e retira-se.

- Na aclamação do Evangelho, de joelhos na frente do presidente da celebração, oferece o


turíbulo ao Celebrante;
- No Evangelho, depois da “Proclamação do Evangelho...” oferece ao leitor do Evangelho
(diácono ou o celebrante ou concelebrante);
- Enquanto se proclamação Evangelho, fica-se balançando o turíbulo bem devagar;
- Ao terminar o Evangelho, retira-se.

- No ofertório, depois das ofertas de pão e vinho, oferece-o ao presidente da celebração para
que incense as ofertas do altar. Após colocar o incenso o turiferário entrega o turíbulo para
celebrante;
- Retira-se para perto do naveteiro;
- Depois desta incensação, o turiferário ou o diácono incensa o presidente da celebração com
Três lances duplos, igualmente os outros concelebrantes e, em seguida o povo seguindo a
seguinte sequência: primeiro ao meio, depois à esquerda e por fim à direita de quem incensa;
- Ao termina retira-se.

- Na Oração Eucarística, juntamente com o naveteiro, ira para frente do altar antes da
Transubstanciação e se colocará incenso;
- Após a consagração do pão e vinho, incensa o Corpo e Sangue de Cristo dando três lances
duplos;
- Ao terminar retira-se.

- Caso não tenha a procissão de saída solene, guarda-se o turíbulo e a naveta.

Nunca se esqueçam, o turíbulo deve ser utilizado com suavidade.


E o turiferário e o naveteiro têm que se apresentar com elegância e postura.

Atividade

1) Qual tema/capítulo você mais gostou de ter estudado? Justifique.

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XVII. ORAÇÕES
SINAL DA CRUZ: “Pelo sinal da santa cruz, livrai-nos Deus, Nosso Senhor, dos nossos
inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém”.

PAI-NOSSO: “Pai que estais nos céus, santificado seja o vosso nome, venha o vosso Reino,
seja feita a vossa vontade assim na terra como nos céus. O pão nosso de cada dia nos daí
hoje, perdoai as nossas ofensas assim na terra como nós perdoamos a quem nos tem
ofendido, e não os deixeis cai em tentação, mas livrai-nos de todo mal. Amém”.

AVE-MARIA: “Ave Maria, cheia de graça o Senhor é convosco, bendita sois vós entre as
mulheres, bendito fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós
pecadores, agora e na nossa morte. Amém”.

GLÓRIA AO PAI: “Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.Como era no princípio, agora e
sempre. Amém”.

SALVE-RAINHA: “Salve Rainha, Mãe de Misericórdia vida, doçura e esperança nossa,


salve! A vós bradamos, os degredados filhos de Eva.A vós suspiramos, gemendo e
chorando neste vale de lágrimas. Eia, pois, advogada nossa esses vossos olhos
misericordiosos a nós volvei, e depois desse desterro, mostrai-nos Jesus, bendito fruto do
vosso ventre ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria. Rogai por nós Santa Mãe
de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo. Amém”.

SANTO ANJO DA GUARDA: “Santo anjo do Senhor, meu zeloso guardador, se a ti me


confiou à piedade divina, sempre me rege, me guarde, me governe e me ilumine. Amém”.

ORAÇÃO DO DIVINO ESPÍRITO SANTO: “Vinde, Espírito Santo enchei os corações de


vossos fiéis e acendei neles o fogo do vosso amor. Enviai Senhor, o vosso Espírito e tudo
será criado E renovareis a face da terra.
Oremos: Ó Deus, que iluminais os corações dos vossos fiéis com as luzes do Espírito
Santo, concedei-nos que, no mesmo Espírito, saibamos o que é reto e gozemos sempre de
suas consolações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo. Amém”.

ORAÇÃO DE SÃO TARCÍSIO: “Ó glorioso São Tarcísio, que agora no céu estais gozando
o prêmio do vosso amor verdadeiro a Deus, de fidelidade e proteção constante à Santa
Eucaristia. Abençoai nossas famílias e os devotos, que buscam em ti o amor e a coragem
de lutar por Jesus Cristo. Quero, neste dia, seguir sua bravura, sentindo em meu coração a
Santa Eucaristia, seguindo a Jesus Cristo, amando e respeitando o serviço de sua Igreja, o
Magistério de nossa Fé. Livrai-me da maldade e de tudo o que pode me separar de Deus,
do próximo e da salvação eterna. Concedei-me a graça que desejo alcançar (Pedido).
Graças e louvores se dê a cada momento, ao Digníssimo Santíssimo Sacramento”.

ORAÇÃO DOS COROINHAS: “Senhor Jesus Cristo, que me chamastes ao ministério de


coroinha, dá-me coragem para atender o seu chamado. Abençoa meu serviço dentro da
comunidade quero exercê-lo com respeito e alegria, testemunhando a todos o teu amor.
Abençoa também minha família, meus amigos e minha vocação. Maria, mãe de Jesus e
nossa mãe preserva-me de todas as distrações nesta oferta a teu filho sobre o altar. Santo
anjo da guarda, protege-me. São Tarcísio, padroeiro dos coroinhas, rogai por nós. Amém”.

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ORAÇÃO ANTES DE SERVIR:

Celebrante: “A nossa proteção está no nome do Senhor”.


Todos: “Que fez o céu e a terra”.

“Oremos: Eis que subirei daqui a pouco ao altar de Deus, o Deus, que alegra a minha
juventude, ao santo serviço me aproximo, desejo cumpri-lo bem e com toda dignidade.
Peço-te Senhor Jesus, a graça da concentração. Que meus pensamentos estejam perto de
Ti. Que meus olhos estejam direcionados ao altar e que meu coração esteja entregue a Ti.
Amém”.

ORAÇÃO APÓS SERVIR:

Celebrante: “Bendigamos ao Senhor”.


Todos: “Demos graças a Deus”.

“Oremos: Ó Deus, sua bondade me convidou para exercer seu serviço. Faça que eu
santificado pela participação dos vossos santos mistérios, ande no caminho da salvação, por
esse dia e por toda a minha vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo vosso Filho na unidade do
Espírito Santo. Amém”.

Chegamos então ao final desta apostila de formação para coroinhas.


Servir na liturgia é sem dúvida servir ao próprio Deus.
E cada um de nós fomos escolhidos por Ele para esse serviço ao altar de Cristo.

Algumas regras práticas necessárias que todo coroinha deve procurar observar:

- Ao entrar na igreja, faça uma genuflexão para Jesus Eucarístico que está no sacrário: é um
ato de respeito e fé na sua presença;
- Antes de entrar na sacristia, pare e reze um pouco diante do Santíssimo;
- Dentro da igreja, caminhe com respeito, sem correr, principalmente com a veste litúrgica;
- Na sacristia, fale baixo e mantenha o comportamento, pois é também um lugar sagrado e faz
parte da igreja;
- Vista-se sempre decentemente, sem exageros;
- Antes de fazer seu serviço junto ao altar, lave bem as mãos;
- Ao terminar as celebrações, guarde sempre sua veste litúrgica no lugar apropriado, sempre
com organização, procurando não amassá-la; e se estiver suja, leve para lavar e passar;

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XVIII. BIBLIOGRAFIA

Instrução Geral do Missal Romano e Introdução ao Lecionário CNBB.


Guia Litúrgico-Pastoral. CNBB.
Catecismo da Igreja Católica. Ed. Loyola.
Cerimonial dos Bispos. Tradução da CNBB.
Frei Alberto Beckhauser. A Liturgia da Missa. Ed Vozes
Frei Alberto Beckhauser. Celebrar a vida Cristã. Ed Vozes.
Frei Alberto Beckhauser. Os fundamentos da Sagrada Liturgia. Ed Vozes
Frei Alberto Beckhauser. Celebrar Bem. Ed Vozes
Frei Alberto Beckhauser. Comunicação Litúrgica. Ed Vozes
Frei Alberto Beckhauser. Vida Pascal Cristã e seus Símbolos. Ed Vozes
Frei Alberto Beckhauser. Símbolos Litúrgicos. Ed Vozes
Aparecida Matilde Alves. São Tarcísio – Missionário e mártir da Eucaristia. Ed. Paulinas
Frei Alberto Beckhauser. Viver o Ano Litúrgico. Ed.Vozes
Pe. Luis Miguel Duarte. Formação para Coroinhas 1. Ed. Paulus.
Pe. Luis Miguel Duarte. Formação para Coroinhas 2. Ed. Paulus.
Prof. Felipe Aquino. Para Entender e Celebrar a Liturgia. Ed. Cléofas.
José Aldazábal. Gestos e Símbolos. Ed. Loyola.
Pe. Welington Cardoso Brandão. Missa uma ação emocional. Ed Paulus
Paulo Monteiro Ramalho. Catecismo da Santa Missa. Ed. Formatto.
Pe. Joãozinho. Curso de Liturgia. Ed. Loyola.
Antonio Donghi. Gestos e Palavras na Liturgia. Ed.Loyola
Pe. Luiz Miguel Duarte. Missa Entenda e Participe. Ed. Paulus
Pe. José Bortolini. A Missa Explicada parte por Parte. Ed.Paulus.
Pe. José Bortolini. Advento e Natal. Ed.Paulus.
Pe. José Bortolini. Quaresma, Páscoa e Pentecostes. Ed.Paulus.
Natália Maccari. Os Símbolos da Páscoa.
Wellington Roberto Alves. Acolitato. Ed.ComDeus.
Pe. José Freitas Campos. Liturgia Serviço do povo e para o povo de Deus.
Valeriano Santos Costa. Celebrar a Eucaristia
Daniel Luís Blauth. Curso para Acólitos. Ed. Vozes.
Cuthbert Johnson, Stephen Johnson. O Espaço Litúrgico da Celebração. Ed.Loyola.
Enio José Rigo. Formação Litúrgica. Ed. Paulinas.
Enio José Rigo. Ministérios na Liturgia. Ed. Paulinas
Enio José Rigo. Celebração da Missa. Ed. Paulinas
Regina Celi de Albuquerque Machado. O Espaço da Celebração. Ed. Paulinas.
Ione Buyst. Celebrar com Símbolos. Ed. Paulinas.
Ione Buyst. Símbolos na Liturgia. Ed. Paulinas.
J. Aldazábal. A Mesa da Palavra l. Ed.Paulinas.
Pedro Farnés. A Mesa da Palavra ll. Ed.Paulinas.
PAULO VI. Constituição Sacrosanctum Concilium. São Paulo: Paulus, 1997.
Sinais, Palavras e Gestos na Liturgia. Ed. Paulinas.

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Lawrence E. Mick. Para Entender os Sacramentos. Ed. Loyola.


Pe. Luiz Cechinato. A Missa por Parte. Ed. Vozes.
Edgard Trucco. Ministros da Palavra. Ed. Santuário.
Pe. Luiz Miguuel Duarte. Conheça mais para Celebrar Melhor. Ed.Paulus
Pe. Siro Brunello. Servindo ao Senhor com Alegria. Ed. Paulinas
Scott Hahn. O Banquete do Cordeiro. Ed. Loyola.
Ronaldo Wrobel. Nossas Festas. Ed. Francis.
Caemine Di Sante. Liturgia Judaica. Ed. Paulus.
Congregação para o Culto Divino. A Liturgia Romana e a Inculturação. Ed. Paulinas
Documento 43 da CNBB. Animação da Vida Litúrgica no Brasil.
Constituição Dogmática sobre a Revelação Divina. Dei Verbum. Ed. Paulinas.
Carta Apostólica de Bento XVI sob a forma de Motu próprio Summorum Pontificum. Ed.
Paulinas
Congregação para o Culto Divino. Istrução Redemptionis Sacramentum. Ed Paulinas
Congregação para o Culto Divino. Diretório sobre Piedade Popular e liturgia. Ed Paulinas.
Compêndio do Vaticano II.Ed. Vozes
Exortação Apostólica Pós Sinodal Sacramentum Caritas do Sumo Pontífice Bento XVI. Ed.
Paulinas.
Código de Direito Canônico. Ed Loyola..
Sagrada Congregação dos Ritos. Instrução sobre o Culto do Mistério Eucarístico.
Bíblia - Ave Maria
Apostila de Liturgia. Paróquia Imaculado Coração
Apostila de formação Litúrgica. Paróquia São Francisco de Assis.
Apostila de formação para coroinhas. Paróquia Santa Luzia.

Sites:
www.movimentoliturgico.com.br
www.paginaoriente.com
www.salvemaliturgia.com
www.catequisar.com.br
www.joaodearaujo.com.br

“A nós o trabalho, a Jesus o sucesso!”

Santa Teresinha do Menino Jesus

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