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ORIENTAÇÕES DIOCESANAS A RESPEITO DOS CERIMONIÁRIOS,

COROINHAS E SERVAS DO ALTAR

Dirijo-me aos caros Padres e, com olhar de carinho, aos coroinhas, servas do
altar e cerimoniários, aos quais quero expressar o meu agradecimento, dizendo-lhes o
quanto consideramos importante o seu serviço em nossas comunidades.

Nestas considerações abaixo descritas, levamos em conta várias cartas dos


últimos três papas por ocasião da festa de Santo Tarcísio, patrono dos Coroinhas, Servas
do Altar e Cerimoniários. Mais ainda, peço que leiam, meditem cada uma das
mensagens dos papas, pois elas representam também o nosso pensamento.

Igualmente vale a pena levar em conta que a Coordenação Diocesana dos


Coroinhas, Servas do Altar e Cerimoniários realizou, por meio de cada equipe em nível
de Vicariato, reuniões para discernir sobre muitos aspectos desse importante serviço
eclesial, como também sobre o uso das vestes adequadas para o exercício dessa função.

A partir destas e com o parecer de cada Vicariato, foi escrita uma carta, entregue a
mim, solicitando-me orientações ou normas para os Coroinhas, Cerimoniários e Servas
do Altar. Por isso, decidimos fazer essas recomendações, solicitando que cada Paróquia,
na sintonia com seu Pároco, ajuste as próprias experiências ou realidades. Nossas
recomendações poderão enriquecer este itinerário, como um guia, por meio do qual
desejamos que seja favorecido o encontro pessoal com Jesus Cristo, o grande Liturgo do
Pai.

Deus abençoe a todos, com a proteção da Senhora Sant’Ana, nossa Padroeira e São
Tarcísio.

ORIENTAÇÕES

1) IDADE: Baseados na experiência e depois de ter avaliado diferentes aspectos,


propomos que sejam acolhidos, depois de uma adequada preparação, sob
discernimento do Pároco, as seguintes faixas etárias: Coroinhas e Servas de
Altar, a partir de 05 (cinco) anos de idade; Cerimoniários, com o discernimento
do Pároco, não sob idade específica, mas de acordo com a aptidão para
desempenhar tal serviço.

2) FORMAÇÃO: Recomendamos que sejam bem aproveitadas, com reuniões


periódicas para promover, acima de tudo, o amor a Jesus e Sua Igreja e a piedosa
espiritualidade eucarística. Que amem a Eucaristia e a Liturgia, e não sejam só
treinados, mas formados nessa perspectiva. Importante se faz também valorizar
o uso do material, isto é, da apostila preparada pela Equipe Diocesana.

3) VESTES E SEU USO: Com intuito de evitar banalização e o uso discriminatório


da batina clerical/habito talar, destituindo de seu significado original, que pode
induzir a uma espécie de clericalização dos leigos no altar, estabelecemos o que
se segue:
3.1 – Recomenda-se a observância estrita do que está determinado acerca das
vestes litúrgicas nos respectivos livros, na Instrução Geral do Missal Romano e
na Instrução Redemptionis Sacramentum;
3.2 – Declaramos que o uso da batina/veste talar seja reservado aos clérigos. Por
tradição ou a juízo do Bispo diocesano, algumas (Arqui)Dioceses têm o costume
do uso da batina pelos candidatos ao sacerdócio nas Celebrações Litúrgicas.
Vale lembrar que o uso da batina por leigos, que cantam na Capela Sistina, nas
celebrações papais, não pode ser considerado exemplo, porque, para as
celebrações pontifícias, há normas particulares e exclusivas;
3.3 – Enquanto a Conferência dos Bispos não determinar normas precisas para
as vestes litúrgicas dos ministros leigos, propomos que seja retirado todo enfeite
das vestes (bordados e rendas), conservando a simplicidade das vestimentas e
mantendo sempre um aspecto sóbrio, sem qualquer marca de hierarquia que
possa suscitar alguma distinção;
3.4 – Fica assim estabelecido que a vestimenta dos Coroinhas, Servas do Altar e
Cerimoniários seguem, a partir de então, o seguinte padrão:
a) Coroinhas: túnica vermelha (gola fechada sem colarinho branco), e
sobrepeliz branca lisa;
b) Servas do Altar: túnica branca e escapulário vermelho;
c) Cerimoniários: túnica preta (gola fechada, sem colarinho branco) e
sobrepeliz branca lisa;
d) Cerimoniárias: túnica branca e escapulário preto.

4) CERIMONIÁRIOS E O EXERCÍCIO DE SUA FUNÇÃO: os cerimoniários(as)


devem respeitar o costume de cada Paróquia, devendo ser acolhidos pelo Pároco
e bem preparados para zelar pelo decoro, simplicidade e ordem da Celebração
Litúrgica;

4.1 – Na medida do possível, que os cerimoniários (as) tenham participação e


engajamento em outras pastorais na Paróquia e tenham cuidado para não se
manterem à parte da vida pastoral da Comunidade,
4.2 – Com o discernimento do Pároco, estejam os Coroinhas, Servas do Altar e
Cerimoniários(as) abertos à resposta vocacional nos diversos chamados
específicos: vida matrimonial, vocação sacerdotal, vocação à vida consagrada e
religiosa, sendo, para isso, motivados por seus Párocos a um sério projeto de
vida.

Volta Redonda, 16 de março de 2023.

† Luiz Henrique da Silva Brito


Bispo Diocesano

Padre Alex de Carvalho Ferreira Soares


Padre Mayron José Alexandre Pereira
Assessor Eclesiástico para os Coroinhas,
Mestre de Cerimônias
Servas do Altar e Cerimoniários

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