Você está na página 1de 17

Paroquia Nossa Senhor da Assunção =Metangula=

FORMAÇÃO PARA OS COROINHAS (ACÓLITOS)


ELABORADO POR: SANDE AT

SUMARIO:
 O cerimonial dos bispos
 Você sabe o que é solidéu e mitra?
 Vestes litúrgicas

Na Igreja Católica, por meio da sagrada Ordenação, os bispos são constituídos


pelo Espírito Santo como sucessores dos Apóstolos e pastores do povo de Deus,
exercendo, em comunhão com o Papa e sob a sua autoridade, a missão de perpetuar a
obra redentora de Cristo.

Na verdade, foi a seus Apóstolos que Cristo confiou o mandato e o poder de ensinar, de
santificar e de apascentar os homens, missão esta que os bispos, como seus sucessores,
são chamados a exercer, sendo verdadeiros mestres, pontífices e pastores do povo de
Deus (Cf. Decreto Christus Dominus, 2). Leia Mais O que é um Pálio? Paramento é
entregue aos novos arcebispos da Igreja

A fim de manifestar a grande dignidade do ministério episcopal, a Igreja estabeleceu


certas insígnias que os bispos devem portar, sobretudo nas celebrações litúrgicas, para
que se manifeste de maneira visível sua íntima participação no sumo sacerdócio de
Cristo e a recepção da plenitude do Sacramento da Ordem.

O Cerimonial dos Bispos – livro que apresenta e descreve todas as celebrações


litúrgicas presididas pelo Bispo ou nas quais ao menos ele está presente – apresenta
como insígnias episcopais o anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral e, ainda,
o pálio se lhe for concedido pelo direito (Cf. Cerimonial dos Bispos, 57).

No presente artigo, vamos conhecer a origem e o significado da mitra e do solidéu.


A mitra
A palavra mitra, em grego, pode significar touca, gorro ou cinta para a cabeça, à
maneira de uma tiara ou diadema. Já no Antigo Testamento ela aparece, fazendo
referência às vestes sacerdotais (Cf. Ex 29,9; 39,28-31). Embora de origem persa, foi
adotada pelos romanos, sendo usada por pessoas distintas como sinal de nobreza.

Tal como aconteceu com os paramentos litúrgicos, de maneira natural passou do uso
profano ao uso eclesiástico, sendo, primeiramente, usada apenas pelo Papa e, a partir
do século XI, também pelos bispos. A forma inicial da mitra se assemelhava a de
uma taça, com pouca altura, assumindo, a seguir, a forma atual pontiaguda, com as duas
faixas que caem pelas costas (ínfulas).

Mitra: espécie de chapéu com duas pontas na parte superior e duas tiras do mesmo
tecido.

No Rito da Ordenação de um bispo, mais precisamente na oração que acompanha


a imposição da mitra, aparece o sentido espiritual dessa insígnia, que evoca a nobreza da
missão e a santidade com que deve ser exercida:
“Recebe a mitra, e brilhe em ti o esplendor da santidade, para que, ao aparecer o
príncipe dos pastores, mereças receber a coroa imperecível da glória”.

Durante as celebrações litúrgicas, o bispo usa a mitra “quando está sentado; quando faz
a homilia; quando faz as saudações, as alocuções e os avisos, a não ser que logo a seguir
tenha de tirar a mitra; quando abençoa solenemente o povo; quando executa gestos
sacramentais; quando vai nas procissões.

Por outro lado, o bispo não a usa “nas preces introdutórias; nas orações; na oração
universal; na Oração Eucarística; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando
estes são cantados de pé; nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento, ou
as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto”
(Cerimonial dos Bispos, 60).

É importante dizer, ainda, que a mitra é usada não somente pelos bispos, mas, também,
pelos abades que a ela têm direito.
Dá-se o nome de solidéu – das palavras latinas soli Deo (só a Deus, isto é, só para
Deus é tirado da cabeça) – ao barrete de seda ou pano leve que os bispos e alguns
eclesiásticos trazem sobre a cabeça. A princípio, cobria toda a cabeça daqueles que o
usavam, sendo reduzido, na época barroca, à actual forma redonda e pequena.

Ao contrário da mitra, o uso do solidéu não está limitado às celebrações litúrgicas.


Porém, quando usado durante a Eucaristia, deve ser tirado ao início da Oração
Eucarística e recolocado após a comunhão, bem como durante o rito da adoração à
Santa Cruz, na Celebração da Paixão do Senhor.

A cor do solidéu expressa o lugar que aqueles que podem usá-lo ocupam na hierarquia
eclesiástica:
 O Papa usa solidéu branco;
 Os cardeais usam solidéu vermelho;
 Os bispos usam solidéu violáceo;
 Abades e clérigos usam solidéu preto.
Você sabe o que é solidéu e mitra?

Saiba mais sobre esses dois paramentos litúrgicos utilizados pelos bispos e alguns
eclesiásticos.

A formação de hoje trago-vos mais uma curiosidade sobre dois paramentos litúrgicos
utilizados pelos bispos e alguns eclesiásticos. O solidéu e a mitra são colocados na
cabeça e sinalizam posições e cargos em uma celebração. O reitor do Santuário
Sagrada Família, Pe. Rodrigo de Castro explicou detalhes sobre cada um.
“O solidéu e a mitra entram na história de Igreja no século 10º, de acordo com os
primeiros relatos. Nós entendemos que ele tem uma característica muito singular
‘tampar a tonsura’, que é a abertura que temos em cima da cabeça”, ressaltou Pe.
Rodrigo.
Segundo o reitor, o solidéu só pode ser tirado da cabeça em dois momentos da
celebração. “Na consagração e na exposição do Santíssimo Sacramento. O tempo todo
dentro da celebração litúrgica o religioso usa o solidéu”, ressaltou.

O solidéu pode ser visto em diferentes cores, depende de quem está usando.
 O Papa usa branco,
 Os religiosos usam de acordo com a sua roupa,
por exemplo,
 Os franciscanos usam Marrom,
 Os dominicanos usam branco,
 Os bispos usam a cor rósea,
 Os cardeais, vermelho;
 Os padres usam preto”, pontuou o padre.
Já a Mitra é sempre vista na presença
das autoridades da Igreja. A origem da
palavra vem do grego, que pode
significar touca, gorro ou sinta para a
cabeça. No Antigo Testamento, ela foi
usada por pessoas como sinal de nobreza. “A mitra é um capacete. Ela é colocada sobre
o solidéu e sobre a cabeça. Quem usa mitra é quem tem o sacramento da ordem no
terceiro grau.
Os bispos são aqueles que têm o poder de governar. O bispo em seu governo está
revestido com a mitra, que é um capacete, que significa plenitude do Espírito Santo”,
explicou.
Ainda de acordo com o padre, além dos bispos, também usam a mitra os abades, as
abadessas, alguns prelados e pessoas de ordem de governo “Porém, sempre está ligado a
governo e àquela pessoa que exerce a missão de governar, pois ela tem a necessidade de
estar revestido deste capacete, que é o Espírito Santo de Deus”, concluiu Pe. Rodrigo.

VESTES LITURGICAS

Batina
A batina ou sotaina é uma roupa eclesiástica, própria dos clérigos (diáconos,
presbíteros - padre e bispos). Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo,
representando a idade de Cristo, cinco botões em cada punho, representando as
cinco chagas de Cristo.

À cintura pode ser usada uma faixa, que tem duplo significado:
 1º a castidade (antigamente se acreditava que a libido sexual estava directamente
relacionada aos rins, então rins cingidos significava castidade);
 2º a Igreja peregrina na terra (quando Israel fazia grandes peregrinações usava-se
um cíngulo para cingir os rins de modo que ao caminhar não ficasse dolorido,
assim rins cingidos significa peregrinação). A cor da faixa vária segundo o grau
na hierarquia católica: preta para seminaristas, diáconos e padres; violácea para
padres com título de Monsenhor, bispos e arcebispos; vermelha para cardeal e
branca para o Papa.

A batina é toda preta, com colarinho branco:


O preto representa a morte para o mundo, e o branco, a pureza.Bispos usam batina
preta, com filetes vermelhos e faixa violácea. Já os cardeais usam batina preta, com
filetes e faixa vermelhos. O Papa veste batina inteiramente branca. A batina dos
monsenhores possui filetes violáceos. Em regiões de clima quente, é permitido que se
use batinas de cores mais claras, como cinza, creme ou branco. Os filetes e a faixa
devem ser correspondentes ao grau hierárquico do clérigo, pois só o Papa pode usar
batina inteiramente branca. O uso da batina por clérigos católicos tem início com a
preservação da parte destes das vestes talares dos antigos romanos. A cor preta
padronizou-se a partir do seu uso pela Companhia de Jesus. O Código do Direito
Canónico no cânone 284 estipula: "Os clérigos usem trajo eclesiástico conveniente,
segundo as normas estabelecidas pela Conferência episcopal, e segundo os legítimos
costumes dos lugares". A obrigatoriedade do uso de um traje eclesiástico, portanto
diverso do usado pelos leigos, é ainda reforçada pelo Directório para o Ministério e a
Vida dos Presbíteros da Congregação para o Clero. Este traje eclesiástico pode ter as
seguintes formas: o hábito religioso do clero subordinado a uma ordem religiosa ou
sociedade de vida apostólica, pela batina de estilo romano ou pela camisa de estilo
clerical.
Costuma-se ainda usar a peregrineta, espécies de mini-mantos envoltos ao pescoço, na
mesma cor da batina e com a borla filetada.Usa-se também juntamente com a batina
o Solidéu - um pequeno recorte ovado de seda, ou o Saturno (capelo) - chapéu de padre,
ou ainda o barrete, tudo nas cores específicas do grau correspondente. Nas liturgias em
que o clérigo não concelebra, usa-se a veste coral e neste caso muda-se a cor da batina
para alguns. A batina com sobrepeliz é também uma das vestes próprias para o
ministério litúrgico dos Acólitos.
Clergyman
Parte da batina usada próxima ao pescoço, possui algumas variações, constando sempre
de uma fita branca que fica mais ou menos à mostra.

Amito
Paramento usado no pescoço para cobrir a veste civil ou a batina antes de pôr a alva.
A princípio o amito foi exclusivamente romano; apenas passado muito depois de sua
introdução em Roma que este paramento migrou para fora da península itálica. Com
essa disseminação, ele sofreu uma modificação em sua forma de uso: passou a ser usado
por baixo da alva.

O amito consta, atualmente, de um pequeno paramento de tecido branco, geralmente


quadrado ou retangular. Pode ser decorado com uma pequena cruz, ou com outro
ornamento, entretanto não deve ser muito pomposo. Possui ainda tiras para ser preso ao
corpo. Essas tiras podem ser brancas ou, na liturgia pontifical, vermelhas.
Todos os que usam alva usam também o amito. Na
forma extraordinária só faz uso do amito clérigos superiores ou pertencentes à ordem
do subdiaconato. Na forma ordinária, até mesmo leigos que acolitam o podem usar se
portarem alva. Entretanto, é mais coerente com a tradição que os ministros leigos usem
batina e sobrepeliz; e a alva com cingulo e amito se reserve aos clérigos.

Veste-se da seguinte forma:


quando se usa a batina, ele vai por dentro do colarinho, para que fique bem preso; dá
uma volta no corpo com as tiras e amarra-se no peito.

Existem dois tipos de uso do amito:


 Uso com Alva:
 Uso mais comum do amito, presente em ambas as formas do rito romano. Usa-se
amito sobre o hábito talar (ou veste civil) e sobre ele põe-se a alva. Sobre ela
cada ministro veste os paramentos de acordo com a função na celebração. Em se
tratando do bispo ele pode vestir o amito sobre batina e roquete, não porém
sobre batina e sobrepeliz.

Uso sem alva:


Exclusivo da forma extraordinária do rito romano, o uso do amito sem alva se dá com
os diáconos assistentes e presbítero assistente. Os diáconos assistentes usam hábito
talar, sobrepeliz, amito e dalmática. O presbítero assistente veste-se como os diáconos
assistentes, trocando apenas a dalmática pelo pluvial.
Uso do Amito sobre a cabeça
Os Franciscanos, Dominicanos e até algumas famílias Beneditinas usam, ao celebrar, o
amito sobre a cabeça. Esse uso é permitido aos integrantes destas Ordens em ambas as
formas do rito romano e nas solenidades especialmente.

Fanon
Em conservação do antigo uso do amito como paramento papal surgiu o fanon. Este,
uma espécie de amito redondo e ornado com listras vermelhas, é usado sobre a casula e
sob o pálio, exclusivamente pelo papa. Encontra-se em desuso, todavia não foi abolido.

Ao vestir o amito diz-se:

"Impone, Domine, capiti meo galeam salutis, ad expugnandos diabolicos incursus."


"Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes
de Satanás."
Esta relação do amito com o elmo surgiu no uso monástico de usar o amito sobre a
cabeça. Em continuação à pureza que a alva evoca, o amito tem seu significado
relacionado à superação das tentações, mais precisamente conseguir esquivar-se das
tentações que impedem o sacerdote de ser puro.

As insígnias episcopais
“Os Bispos, constituídos pelo Espírito Santo, sucedem aos Apóstolos como pastores das
almas, e, juntamente com o Sumo Pontífice e sob a sua autoridade, foram enviados a
perpetuar a obra de Cristo, pastor eterno. Na verdade, Cristo deu aos Apóstolos e aos
seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as gentes, de santificar os homens
na verdade e de os apascentar. Por isso, foram os Bispos constituídos, pelo Espírito
Santo que lhes foi dado, verdadeiros e autênticos mestres, pontífices e pastores”
(Christus Dominus, n. 2) Com efeito, o tríplice múnus dos bispos (sacerdotal, profético
e régio), que na verdade é participação na missão do próprio Cristo, é exercido
“principalmente na celebração da Sagrada Liturgia” (Cerimonial dos Bispos, n. 11).
Neste sentido, a Constituição Sacrosanctum Concilium recorda a importância que deve
ser dada à Liturgia Episcopal:“O Bispo deve ser considerado como o sumo-sacerdote do
seu rebanho, de quem deriva e depende, de algum modo, a vida de seus fiéis em Cristo.
Por isso, todos devem dar a maior importância à vida litúrgica da diocese que gravita
em redor do Bispo, sobretudo na igreja catedral, convencidos de que a principal
manifestação da Igreja se faz numa participação perfeita e ativa de todo o Povo santo de
Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na mesma Eucaristia, numa única
oração, ao redor do único altar a que preside o Bispo rodeado pelo presbitério e pelos
ministros” (Sacrosanctum Concilium, n. 41) A fim de manifestar esta dignidade própria
do ministério episcopal, a Igreja estabeleceu certas insígnias que o Bispo deve portar
nas celebrações litúrgicas, a fim de manifestar externamente a sua função de Sumo
Sacerdote, investido da plenitude do sacramento da Ordem. O Cerimonial dos Bispos
descreve como insígnias episcopais: “o anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral, e
ainda o pálio se lhe for concedido pelo direito” (Cerimonial dos Bispos, n. 57).

Báculo

Insígnia Episcopal que representa o cajado que o Bispo, pastor diocesano, usa para
conduzir suas ovelhas. O báculo é usado apenas no território de jurisdição do bispo ou
fora dele com consentimento do ordinário do lugar. O bispo usa o báculo, com a curva
voltada para frente, “na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia,
para receber os votos, as promessas ou a profissão de fé; e finalmente para abençoar as
pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.” (CB 59)
O simbolismo do báculo é expresso de maneira muito clara na oração que acompanha
sua entrega na Ordenação Episcopal:
“Recebe o báculo, símbolo do serviço pastoral, e cuida de todo o rebanho, no qual o
Espírito Santo te constituiu Bispo a fim de apascentares a Igreja de Deus”
(Pontifical Romano, Rito da Ordenação de um Bispo, p. 79).

O Papa São João Paulo II relaciona o báculo à missão do Bispo de zelar pela
santidade do rebanho: “É o sinal da autoridade que compete ao Bispo no cumprimento
do dever de cuidar do rebanho. Também este sinal se insere na perspectiva da solicitude
pela santidade do Povo de Deus” (Levantai-vos! Vamos!, p. 57).

Uma antiga tradição afirma que a função do pastor é tríplice: “congregar os que
dispersam, sustentar os que fraquejam e incentivar os que se atrasam”. Isto é expresso
nas três partes que compõem o báculo: a parte superior, com a ponta curva, recorda o
dever de congregar; a haste central, o dever de sustentar; e a parte inferior, que
anteriormente terminava em uma ponta aguçada, o dever de incentivar.

O uso do báculo como insígnia episcopal começa a consolidar-se no século VII, na


Espanha e na Gália, difundindo-se pouco depois para toda a Igreja. Porém, pode-se
presumir que seu uso esporádico seja mais antigo.

Na Liturgia romana, o uso do báculo é atualmente definido de modo geral no n. 59 do


Cerimonial dos Bispos. Primeiramente, pela própria natureza desta insígnia, afirma-se
que seu uso é restrito ao Bispo diocesano dentro de seu próprio território. Outro Bispo
só pode fazer uso do báculo com a permissão do Ordinário do local.

Em uma concelebração, o único Bispo a usar o báculo é o celebrante principal, mesmo


que este não seja o Ordinário local. O único caso do uso de mais de um báculo na
mesma celebração é a Ordenação Episcopal, na qual portam o báculo o Sagrante
principal e o novo Bispo.
Nas celebrações litúrgicas (e jamais fora delas) o báculo é usado nos seguintes
momentos:
 Nas procissões (exceto se o Bispo deve levar alguma coisa; vela,
ramo...);
 Durante a proclamação do Evangelho;
 Para fazer a homilia, se desejar;
 Para receber votos, promessas e a profissão de fé;
 Para abençoar (exceto quando tiver de impor as mãos).

Bispo com báculo durante o Evangelho

A única celebração na qual se proíbe o uso do báculo é a Celebração da Paixão do


Senhor, na Sexta-feira Santa.
O bispo sempre leva o báculo com a curva voltada para frente, símbolo de seu múnus de
pastor daquele rebanho. Por tradição, aqueles que sustentam o báculo o mantêm com a
curva voltada para si, recordando que são ovelhas do rebanho.

Bispo com o báculo em procissão


Os abades podem, igualmente por tradição, levar o báculo com uma tira de pano
pendente, chamada de sudarium. Este gesto serve para indicar que, ainda que possuam o
direito às insígnias episcopais, não são bispos.
O báculo é a única insígnia episcopal que não se põe junto o corpo do Bispo falecido
nas exéquias. Isto para indicar que, com a morte, cessa o múnus de pastor, do qual agora
o Bispo é chamado a prestar contas a Deus.
O Papa usa, no lugar do báculo, a férula que é uma espécie de cruz ástil, sem o
crucificado. O báculo (do latim baculus, cajado) é um cajado de metal com a ponta
curva que o Bispo leva nas celebrações litúrgicas como símbolo de sua missão de
pastor.

Férula
Objeto semelhante ao báculo. O Sumo Pontífice usa uma em forma de cruz como
insígnia. Alguns vigários usavam férula com um globo, simbolizando jurisdição.

Mitra
Insígnia Episcopal, usada à cabeça possui a forma de dois pentágonos unidos, munida
de duas faixas na parte de trás: as ínfulas.

A mitra é um tipo de cobertura de cabeça fendida, consistindo de duas peças rígidas, de


formato aproximadamente pentagonal, terminadas em ponta, por isso, às vezes
chamadas corno ou cúspides, costuradas pelos lados e unidas por cima por um tecido,
podendo ser dobradas conjuntamente. As duas cúspides superiores são livres e na parte
inferior forma-se um espaço que permite vesti-la na cabeça.
Há duas faixas franjadas na parte posterior, chamadas ínfulas, que descem até as
espáduas. Na teoria, a mitra sempre é supostamente branca.

A mitra, segundo o cerimonial dos bispos, é usada:


 Quando está sentado;
 Quando faz a homilia;
 Quando faz as saudações, as alocuções e os avisos;
 Quando abençoa solenemente o povo;
 Quando executa gestos sacramentais;
 Quando vai nas procissões.
O Bispo não usa a mitra:
 Nas preces introdutórias;
 Nas orações;
 Na Oração Universal;
 Na Oração Eucarística;
 Durante a leitura do Evangelho;
 Nos hinos, quando estes são cantados de pé;
 Nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento ou as relíquias
da Santa Cruz do Senhor;
 Diante do Santíssimo Sacramento exposto.

 O Bispo pode não usar a mitra quando tiver que tirá-la em seguida, ou quando
deslocar-se em uma distância pequena e logo na sequência tenha que tirá-la.

Tradicionalmente, o Papa, conforme a circunstância, serve-se de três tipos de


mitra:
 A Gloriosa: ornada de pedras preciosas e de um círculo de ouro que lhe
forma a base. (Nesta categoria está inclusa a mitra com a tripla faixa
dourada.)
 A Preciosa: ricamente decorada, mas sem o círculo da base.
 A Argêntea: de lhama de prata, correspondente à mitra simples dos
bispos.

No caso do Papa a mitra pode ter o formato de uma coroa tripla, sendo, neste caso,
chamada de tiara papal ou triregnum. O uso da tiara papal foi abandonado, mas não
abolido, pelo Papa Paulo VI, que adotou a mitra comum, com a intenção de enfatizar
mais o caráter pastoral do que temporal da autoridade pontifícia.
Cruz Peitoral

Insígnia Episcopal que consta de um crucifixo usado com um cordão ou em corrente


simples.

A cruz peitoral é usada sobre todas as vestes, exceto a casula, pluvial e a dalmática.
(CB 61) Todavia, por especial concessão, o bispo pode usar a cruz sobre a casula. O
cordão que sustenta a cruz, em ocasiões litúrgicas (com vestes corais ou paramentos) é
verde-dourado (CB 63) para os bispos e arcebispos, vermelho-dourado para os cardeais
(CB 1205 c) e dourado para o Papa.

Em ocasiões não liturgicas, a cruz peitoral é usada em cordão dourado simples (CB
1204), embora não seja proibido os bispos usarem o cordão simples durante as ações
litúrgicas (exeto nas vestes corais, onde o cordão verde-ouro é obrigatório). Os
arcebispos podem usar a cruz de dupla haste.

O Anel Episcopal
]Em todos os tempos e em praticamente todos os povos, o anel personificou o símbolo
de autoridade, de dignidade e de preeminência: ele é para a mão o que é a coroa para a
cabeça. De igual modo, o anel episcopal contém estas características, uma vez que ele
reflete a eminente autoridade, a dignidade e a preeminência do prelado que o porta.
Ademais, também é ele um símbolo da aliança espiritual que une o Bispo com sua
Igreja; com efeito, ele o leva na mão direita (no dedo anular) pois é com esta que
abençoa suas ovelhas. Como penhor de lealdade e como símbolo de seu desponsório
com a Santa Igreja – de sua fidelidade à Esposa de Cristo – utiliza um anel. Desde
tempos remotos a Igreja fez esta correlação. Santo Optato de Mileva (século IV), sobre
o anel episcopal, já escrevia que seu uso pelo Bispo servia para que se reconhecesse que
ele era esposo da Igreja.

Dentre os Bispos há um que se sobre passa, por sua missão e comunicação com o
Espírito Santo: o Bispo de Roma, o Papa. A tão excelente prelada cabe um anel todo
especial: o chamado “anel do Pescador”, que, por sua vez, também representa a Missão
do Sumo Pontífice, ou seja, missão de ser pescador de homens, e salvá-los da morte,
com a rede do Evangelho. É o que nos ensinou Bento XVI, na homilia na qual ele
mesmo recebeu o anel do pescador: “A rede do Evangelho tira-nos para fora das águas
da morte e conduz-nos ao esplendor da luz de Deus, na verdadeira vida. É precisamente
assim na missão de pescador de homens”.

Pálio
Insígnia Episcopal usada ao redor do pescoço pelos metropolitas como símbolo de
poder e jurisdição.

O pálio, no rito romano ordinário, é


usado pelos arcebispos somente sobre a casula, não sobre o pluvial ou outro paramento,
tampouco sobre as vestes corais. O arcebispo o usa apenas dentro do seu território de
jurisdição, o que engloba a arquidiocese e as dioceses sufragâneas; na missa em que o
recebe e nas demais celebrações pontifícias em que concelebre.
Na primeira foto, acima, temos o Papa usando seu pálio com cruzes vermelhas (as dos
arcebispos são negras) e os cravos. Na outra foto o papa concedendo o pálio a um
arcebispo.
Como podemos observar, as insígnias episcopais carregam grande significado teológico,
além de possuírem regras próprias de uso, grande parte delas definidas no Caereminiale
Episcoporum (Cerimonial dos Bispos). É, pois, lamentável que tais regras sejam
descumpridas, pondo a perder todo o bem pastoral que proporciona o uso correto de tão
preciosos símbolos, que destacam a ação pastoral do bispo como Sumo-Sacerdote da
Igreja de Deus. De igual maneira, belas inígnias usadas de maneira correta, tornam a
liturgia mais bela e mais evangelizadora. Os bispos podem ainda usar dalmática, cáligas
e luvas pontificais, o que será tratado em postagem própria.

Palavra-chave: São Tarcísio, considerado o "Patrono dos Acólitos". Ele foi apedrejado
pelos pagãos, enquanto levava sobre o peito a Eucaristia para os cristãos presos.
Sigamos os exemplos de Jesus e de seus Santos sendo fiéis à Eucaristia, amando e
servindo a Jesus Sacramentado e à Santa Madre Igreja. Cristo disse: "se perseverardes
até o fim sereis salvos".
A Paz de Cristo!

Você também pode gostar