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SUMARIO:
O cerimonial dos bispos
Você sabe o que é solidéu e mitra?
Vestes litúrgicas
Na verdade, foi a seus Apóstolos que Cristo confiou o mandato e o poder de ensinar, de
santificar e de apascentar os homens, missão esta que os bispos, como seus sucessores,
são chamados a exercer, sendo verdadeiros mestres, pontífices e pastores do povo de
Deus (Cf. Decreto Christus Dominus, 2). Leia Mais O que é um Pálio? Paramento é
entregue aos novos arcebispos da Igreja
Tal como aconteceu com os paramentos litúrgicos, de maneira natural passou do uso
profano ao uso eclesiástico, sendo, primeiramente, usada apenas pelo Papa e, a partir
do século XI, também pelos bispos. A forma inicial da mitra se assemelhava a de
uma taça, com pouca altura, assumindo, a seguir, a forma atual pontiaguda, com as duas
faixas que caem pelas costas (ínfulas).
Mitra: espécie de chapéu com duas pontas na parte superior e duas tiras do mesmo
tecido.
Durante as celebrações litúrgicas, o bispo usa a mitra “quando está sentado; quando faz
a homilia; quando faz as saudações, as alocuções e os avisos, a não ser que logo a seguir
tenha de tirar a mitra; quando abençoa solenemente o povo; quando executa gestos
sacramentais; quando vai nas procissões.
Por outro lado, o bispo não a usa “nas preces introdutórias; nas orações; na oração
universal; na Oração Eucarística; durante a leitura do Evangelho; nos hinos, quando
estes são cantados de pé; nas procissões em que se leva o Santíssimo Sacramento, ou
as relíquias da Santa Cruz do Senhor; diante do Santíssimo Sacramento exposto”
(Cerimonial dos Bispos, 60).
É importante dizer, ainda, que a mitra é usada não somente pelos bispos, mas, também,
pelos abades que a ela têm direito.
Dá-se o nome de solidéu – das palavras latinas soli Deo (só a Deus, isto é, só para
Deus é tirado da cabeça) – ao barrete de seda ou pano leve que os bispos e alguns
eclesiásticos trazem sobre a cabeça. A princípio, cobria toda a cabeça daqueles que o
usavam, sendo reduzido, na época barroca, à actual forma redonda e pequena.
A cor do solidéu expressa o lugar que aqueles que podem usá-lo ocupam na hierarquia
eclesiástica:
O Papa usa solidéu branco;
Os cardeais usam solidéu vermelho;
Os bispos usam solidéu violáceo;
Abades e clérigos usam solidéu preto.
Você sabe o que é solidéu e mitra?
Saiba mais sobre esses dois paramentos litúrgicos utilizados pelos bispos e alguns
eclesiásticos.
A formação de hoje trago-vos mais uma curiosidade sobre dois paramentos litúrgicos
utilizados pelos bispos e alguns eclesiásticos. O solidéu e a mitra são colocados na
cabeça e sinalizam posições e cargos em uma celebração. O reitor do Santuário
Sagrada Família, Pe. Rodrigo de Castro explicou detalhes sobre cada um.
“O solidéu e a mitra entram na história de Igreja no século 10º, de acordo com os
primeiros relatos. Nós entendemos que ele tem uma característica muito singular
‘tampar a tonsura’, que é a abertura que temos em cima da cabeça”, ressaltou Pe.
Rodrigo.
Segundo o reitor, o solidéu só pode ser tirado da cabeça em dois momentos da
celebração. “Na consagração e na exposição do Santíssimo Sacramento. O tempo todo
dentro da celebração litúrgica o religioso usa o solidéu”, ressaltou.
O solidéu pode ser visto em diferentes cores, depende de quem está usando.
O Papa usa branco,
Os religiosos usam de acordo com a sua roupa,
por exemplo,
Os franciscanos usam Marrom,
Os dominicanos usam branco,
Os bispos usam a cor rósea,
Os cardeais, vermelho;
Os padres usam preto”, pontuou o padre.
Já a Mitra é sempre vista na presença
das autoridades da Igreja. A origem da
palavra vem do grego, que pode
significar touca, gorro ou sinta para a
cabeça. No Antigo Testamento, ela foi
usada por pessoas como sinal de nobreza. “A mitra é um capacete. Ela é colocada sobre
o solidéu e sobre a cabeça. Quem usa mitra é quem tem o sacramento da ordem no
terceiro grau.
Os bispos são aqueles que têm o poder de governar. O bispo em seu governo está
revestido com a mitra, que é um capacete, que significa plenitude do Espírito Santo”,
explicou.
Ainda de acordo com o padre, além dos bispos, também usam a mitra os abades, as
abadessas, alguns prelados e pessoas de ordem de governo “Porém, sempre está ligado a
governo e àquela pessoa que exerce a missão de governar, pois ela tem a necessidade de
estar revestido deste capacete, que é o Espírito Santo de Deus”, concluiu Pe. Rodrigo.
VESTES LITURGICAS
Batina
A batina ou sotaina é uma roupa eclesiástica, própria dos clérigos (diáconos,
presbíteros - padre e bispos). Tradicionalmente, possui 33 botões de alto a baixo,
representando a idade de Cristo, cinco botões em cada punho, representando as
cinco chagas de Cristo.
À cintura pode ser usada uma faixa, que tem duplo significado:
1º a castidade (antigamente se acreditava que a libido sexual estava directamente
relacionada aos rins, então rins cingidos significava castidade);
2º a Igreja peregrina na terra (quando Israel fazia grandes peregrinações usava-se
um cíngulo para cingir os rins de modo que ao caminhar não ficasse dolorido,
assim rins cingidos significa peregrinação). A cor da faixa vária segundo o grau
na hierarquia católica: preta para seminaristas, diáconos e padres; violácea para
padres com título de Monsenhor, bispos e arcebispos; vermelha para cardeal e
branca para o Papa.
Amito
Paramento usado no pescoço para cobrir a veste civil ou a batina antes de pôr a alva.
A princípio o amito foi exclusivamente romano; apenas passado muito depois de sua
introdução em Roma que este paramento migrou para fora da península itálica. Com
essa disseminação, ele sofreu uma modificação em sua forma de uso: passou a ser usado
por baixo da alva.
Fanon
Em conservação do antigo uso do amito como paramento papal surgiu o fanon. Este,
uma espécie de amito redondo e ornado com listras vermelhas, é usado sobre a casula e
sob o pálio, exclusivamente pelo papa. Encontra-se em desuso, todavia não foi abolido.
As insígnias episcopais
“Os Bispos, constituídos pelo Espírito Santo, sucedem aos Apóstolos como pastores das
almas, e, juntamente com o Sumo Pontífice e sob a sua autoridade, foram enviados a
perpetuar a obra de Cristo, pastor eterno. Na verdade, Cristo deu aos Apóstolos e aos
seus sucessores o mandato e o poder de ensinar todas as gentes, de santificar os homens
na verdade e de os apascentar. Por isso, foram os Bispos constituídos, pelo Espírito
Santo que lhes foi dado, verdadeiros e autênticos mestres, pontífices e pastores”
(Christus Dominus, n. 2) Com efeito, o tríplice múnus dos bispos (sacerdotal, profético
e régio), que na verdade é participação na missão do próprio Cristo, é exercido
“principalmente na celebração da Sagrada Liturgia” (Cerimonial dos Bispos, n. 11).
Neste sentido, a Constituição Sacrosanctum Concilium recorda a importância que deve
ser dada à Liturgia Episcopal:“O Bispo deve ser considerado como o sumo-sacerdote do
seu rebanho, de quem deriva e depende, de algum modo, a vida de seus fiéis em Cristo.
Por isso, todos devem dar a maior importância à vida litúrgica da diocese que gravita
em redor do Bispo, sobretudo na igreja catedral, convencidos de que a principal
manifestação da Igreja se faz numa participação perfeita e ativa de todo o Povo santo de
Deus na mesma celebração litúrgica, especialmente na mesma Eucaristia, numa única
oração, ao redor do único altar a que preside o Bispo rodeado pelo presbitério e pelos
ministros” (Sacrosanctum Concilium, n. 41) A fim de manifestar esta dignidade própria
do ministério episcopal, a Igreja estabeleceu certas insígnias que o Bispo deve portar
nas celebrações litúrgicas, a fim de manifestar externamente a sua função de Sumo
Sacerdote, investido da plenitude do sacramento da Ordem. O Cerimonial dos Bispos
descreve como insígnias episcopais: “o anel, o báculo pastoral, a mitra, a cruz peitoral, e
ainda o pálio se lhe for concedido pelo direito” (Cerimonial dos Bispos, n. 57).
Báculo
Insígnia Episcopal que representa o cajado que o Bispo, pastor diocesano, usa para
conduzir suas ovelhas. O báculo é usado apenas no território de jurisdição do bispo ou
fora dele com consentimento do ordinário do lugar. O bispo usa o báculo, com a curva
voltada para frente, “na procissão, para ouvir a leitura do Evangelho e fazer a homilia,
para receber os votos, as promessas ou a profissão de fé; e finalmente para abençoar as
pessoas, salvo se tiver de fazer a imposição das mãos.” (CB 59)
O simbolismo do báculo é expresso de maneira muito clara na oração que acompanha
sua entrega na Ordenação Episcopal:
“Recebe o báculo, símbolo do serviço pastoral, e cuida de todo o rebanho, no qual o
Espírito Santo te constituiu Bispo a fim de apascentares a Igreja de Deus”
(Pontifical Romano, Rito da Ordenação de um Bispo, p. 79).
O Papa São João Paulo II relaciona o báculo à missão do Bispo de zelar pela
santidade do rebanho: “É o sinal da autoridade que compete ao Bispo no cumprimento
do dever de cuidar do rebanho. Também este sinal se insere na perspectiva da solicitude
pela santidade do Povo de Deus” (Levantai-vos! Vamos!, p. 57).
Uma antiga tradição afirma que a função do pastor é tríplice: “congregar os que
dispersam, sustentar os que fraquejam e incentivar os que se atrasam”. Isto é expresso
nas três partes que compõem o báculo: a parte superior, com a ponta curva, recorda o
dever de congregar; a haste central, o dever de sustentar; e a parte inferior, que
anteriormente terminava em uma ponta aguçada, o dever de incentivar.
Férula
Objeto semelhante ao báculo. O Sumo Pontífice usa uma em forma de cruz como
insígnia. Alguns vigários usavam férula com um globo, simbolizando jurisdição.
Mitra
Insígnia Episcopal, usada à cabeça possui a forma de dois pentágonos unidos, munida
de duas faixas na parte de trás: as ínfulas.
O Bispo pode não usar a mitra quando tiver que tirá-la em seguida, ou quando
deslocar-se em uma distância pequena e logo na sequência tenha que tirá-la.
No caso do Papa a mitra pode ter o formato de uma coroa tripla, sendo, neste caso,
chamada de tiara papal ou triregnum. O uso da tiara papal foi abandonado, mas não
abolido, pelo Papa Paulo VI, que adotou a mitra comum, com a intenção de enfatizar
mais o caráter pastoral do que temporal da autoridade pontifícia.
Cruz Peitoral
A cruz peitoral é usada sobre todas as vestes, exceto a casula, pluvial e a dalmática.
(CB 61) Todavia, por especial concessão, o bispo pode usar a cruz sobre a casula. O
cordão que sustenta a cruz, em ocasiões litúrgicas (com vestes corais ou paramentos) é
verde-dourado (CB 63) para os bispos e arcebispos, vermelho-dourado para os cardeais
(CB 1205 c) e dourado para o Papa.
Em ocasiões não liturgicas, a cruz peitoral é usada em cordão dourado simples (CB
1204), embora não seja proibido os bispos usarem o cordão simples durante as ações
litúrgicas (exeto nas vestes corais, onde o cordão verde-ouro é obrigatório). Os
arcebispos podem usar a cruz de dupla haste.
O Anel Episcopal
]Em todos os tempos e em praticamente todos os povos, o anel personificou o símbolo
de autoridade, de dignidade e de preeminência: ele é para a mão o que é a coroa para a
cabeça. De igual modo, o anel episcopal contém estas características, uma vez que ele
reflete a eminente autoridade, a dignidade e a preeminência do prelado que o porta.
Ademais, também é ele um símbolo da aliança espiritual que une o Bispo com sua
Igreja; com efeito, ele o leva na mão direita (no dedo anular) pois é com esta que
abençoa suas ovelhas. Como penhor de lealdade e como símbolo de seu desponsório
com a Santa Igreja – de sua fidelidade à Esposa de Cristo – utiliza um anel. Desde
tempos remotos a Igreja fez esta correlação. Santo Optato de Mileva (século IV), sobre
o anel episcopal, já escrevia que seu uso pelo Bispo servia para que se reconhecesse que
ele era esposo da Igreja.
Dentre os Bispos há um que se sobre passa, por sua missão e comunicação com o
Espírito Santo: o Bispo de Roma, o Papa. A tão excelente prelada cabe um anel todo
especial: o chamado “anel do Pescador”, que, por sua vez, também representa a Missão
do Sumo Pontífice, ou seja, missão de ser pescador de homens, e salvá-los da morte,
com a rede do Evangelho. É o que nos ensinou Bento XVI, na homilia na qual ele
mesmo recebeu o anel do pescador: “A rede do Evangelho tira-nos para fora das águas
da morte e conduz-nos ao esplendor da luz de Deus, na verdadeira vida. É precisamente
assim na missão de pescador de homens”.
Pálio
Insígnia Episcopal usada ao redor do pescoço pelos metropolitas como símbolo de
poder e jurisdição.
Palavra-chave: São Tarcísio, considerado o "Patrono dos Acólitos". Ele foi apedrejado
pelos pagãos, enquanto levava sobre o peito a Eucaristia para os cristãos presos.
Sigamos os exemplos de Jesus e de seus Santos sendo fiéis à Eucaristia, amando e
servindo a Jesus Sacramentado e à Santa Madre Igreja. Cristo disse: "se perseverardes
até o fim sereis salvos".
A Paz de Cristo!