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Arquidiocese de Montes

Claros/MG

Eis o
Mistério da

Padre Diogo Mauricio (Org.)

Em nome do Pai e do
Filho e do Espírito
Santo Amém

OBSERVAÇÂO: A organização deste pequeno manual surgiu do desejo de


que todos conheçam o que celebram para que possam entender e celebrar
bem. De maneira alguma quer este pequeno manual servir as pessoas de
forma ditatorial, entretanto, que sirva para que ao lê-lo possam buscar o desejo
de um maior aprofundamento.
As ilustrações contidas neste manual foram retiradas da internet.
Um símbolo litúrgico será necessariamente simples, pois a realidade que ele
nos faz penetrar é também simples, como é o Criador. Portanto, não
desprezemos os gestos, as palavras, as vestes e o rito, por sua simplicidade,
para não corrermos o risco de desprezarmos também o mistério que esses
símbolos escondem e apontam.
Dessa forma, não cumpre o papel a que se propõem objetos que não exaltem
essa dignidade, tais como cálices de vidro comum ou patenas improvisadas,
feitas de materiais desprovidos de valor.
Para tornar o invisível, visível, a Igreja utiliza de alguns materiais, carregados
de significado e/ou incorporados ao longo do tempo à Igreja.

1- VASOS SAGRADOS

Entre os objetos requeridos para a celebração da Eucaristia, merecem respeito


particular os vasos sagrados e, entre eles, o cálice e a patena, que servem para oferecer,
consagrar e comungar o pão e o vinho.
Os vasos sagrados devem ser fabricados de metal nobre. Se forem fabricados de metal
oxidável, ou menos nobre que o ouro, normalmente devem ser dourados por dentro.
A juízo das Conferências Episcopais, e com a confirmação da Sé Apostólica, os vasos
sagrados também podem ser fabricados com outros materiais sólidos e que sejam,
segundo o modo de sentir de cada região, mais nobres, por exemplo, o marfim ou
certas madeiras muito duras, contanto que sejam adequadas para o uso sagrado. Neste
caso, dê-se preferência aos materiais que não se quebrem nem deteriorem facilmente.
Isto vale para todos os vasos destinados a receber as hóstias, como a patena, a píxide, a
caixa-cibório, a custódia e semelhantes.
(IGMR, 327 – 329)

CÁLICE: Recipiente sempre feito de material nobre, onde se consagra o vinho


durante a Missa.

PATENA: Do latim, pequeno prato. Geralmente de metal, utilizado na


consagração do pão. Também é usada na distribuição da comunhão, para
prevenir a possibilidade de queda das partículas consagradas ou partes delas.
ÂMBULA, CIBÓRIO OU PÍXIDE: é utilizada para a conservação e distribuição
das hóstias consagradas aos fiéis.

GALHETAS: dois recipientes para a colocação da água e do vinho, para a


celebração da missa.

TECA: pequeno estojo, geralmente de metal, onde se leva a Eucaristia para os


doentes.

CALDEIRA E ASPERSÓRIO: a caldeirinha é o recipiente utilizado para colocar


água benta para a aspersão. O aspersório é um pequeno bastão metálico com
o qual a água benta é aspergida.

TURÍBULO, NAVETA E INCENSO: é o objeto utilizado na incensação. Nele é


colocado o incenso, uma resina aromática, sobre a brasa. O incenso, que
simboliza a oração elevada a Deus, é depositado no turíbulo, pelo sacerdote, e
guardado na naveta, um pequeno vaso utilizado para o seu transporte.

1 – ALFAIAS

A Igreja preocupou-se com muita solicitude em que as alfaias sagradas contribuíssem


para a dignidade e beleza do culto, aceitando no decorrer do tempo, na matéria, na
forma e na ornamentação, as mudanças que o progresso técnico foi introduzindo.
(SC, 122)

Tal como para a construção das igrejas, também, no que se refere a todas as alfaias
sagradas, a Igreja admite as formas de expressão artística próprias de cada região e
aceita as adaptações que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos
diversos povos, contanto que correspondam adequadamente ao uso a que as mesmas
alfaias sagradas se destinam.
Também neste sector se deve buscar com todo o empenho aquela nobre simplicidade
que tão bem condiz com a arte verdadeira.
(IGMR, 325)

CORPORAL: tecido em forma quadrangular sobre o qual se coloca o cálice


com o vinho e a patena com o pão

PALA: cartão quadrado, revestido de pano, utilizado para cobrir a patena e o


cálice.

SANGUÍNEO: É um tecido retangular com o qual o sacerdote, depois da


comunhão, limpa o cálice e, se for preciso, a boca e os dedos.
MANUSTÉRGIO - toalha com que o sacerdote enxuga as mãos no rito do
lavabo.

VÉU DE ÂMBULA: Pano que serve para cobrir a âmbula que será depositada
na Capela do Santíssimo. É sinal de respeito com o sagrado e representa a
presença do Senhor na Eucaristia.

COMO PREPARAR O CÁLICE PARA A SANTA MISSA

Se pega o Cálice, coloca-se sobre ele o sanguineo, em seguida a patena com


a hóstia que será consagrada pelo celebrante, cobre-se com a pala e por fim o
corporal por cima

3 – DEMAIS OBJETOS

HÓSTIA - pão não fermentado (ázimo) circular. Ao pão maior


chamamos HÓSTIA MAGNA, consagrada e consumida pelo sacerdote durante
a Missa. Aos menores, consagrados e distribuídos aos fiéis,
chamamos PARTÍCULAS. Essas, uma vez guardadas no sacrário para
adoração dos fiéis, e que são consumidas na missa seguinte,
chamamos SANTA RESERVA.

OSTENSÓRIO: é o objeto que serve para expor o Santíssimo para a adoração


dos fiéis e também para dar a bênção eucarística. Nele há a parte central fixa,
chamada de custódia, que contém uma parte móvel, transparente, circular, a
luneta, onde se coloca a hóstia consagrada para adoração.

CÍRIO PASCAL: uma vela grande, acesa na Vigília Pascal, no Sábado Santo.
É utilizado nas missas durante o Tempo Pascal e também, no ano inteiro, nos
batizados. Representa, na liturgia, a luz de Cristo. Terminado o Tempo Pascal,
é conveniente que o Círio seja posto junto a Pia Batismal.

CARRILHÃO OU SINETA: Pequeno sino utilizado na Santa Missa durante a


consagração e durante a Benção do Santíssimo. Serve para anunciar a
presença do Senhor que passa ou se faz presente em nosso meio.

CASTIÇAL: É a base para uma vela ou mais. Deve fazer conjunto com as
demais peças usadas. É colocado sobre o Altar para a celebração da Missa ou
na Adoração ao Santíssimo Sacramento.
SANTOS ÓLEOS: São os óleos usados na administração dos sacramentos do
Batismo (Catecúmenos e Crisma), Crisma (Crisma), Unção do Enfermos
(Enfermos), Ordenações Sacerdotais e Episcopais (Crisma). Eles são
abençoados tradicionalmente na Quinta-feira Santa pela manhã, por ser o
último dia da Semana Santa em que o Bispo pode se reunir com seus
sacerdotes para nesta Missa abençoar os óleos e renovar as promessas
sacerdotais antes do início do Tríduo Pascal.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser
este último dia em que se celebra a Missa antes da Vigília Pascal. São
abençoados os seguintes óleos:
Óleo dos Catecúmenos - Este óleo significa a libertação do mal, a força de
Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela
água e pelo Espírito.
A cor que tradicionalmente é representado é o verde.
Óleo do Crisma – Uma mistura de óleo e bálsamo (perfume), significando
plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom
perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o
cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como
adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio
(presbíteros e bispos), para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio
da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos
sacramentos. Ao abençoá-lo o Bispo (que possui a plenitude do sacerdócio)
sopra dentro do vaso, representando assim o sopro criador, o Ruáh.
A cor que tradicionalmente é representado é o branco
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos. Este óleo
significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o
fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for
vontade de Deus. A cor que tradicionalmente é representado é o roxo.

3- MÓVEIS DO ESPAÇO CELEBRATIVO

Acima de tudo há de prestar-se a maior atenção àquilo que, na celebração eucarística,


está diretamente relacionado com o altar, como são a cruz do altar e a cruz que é levada
na procissão.
Tenha-se grande cuidado em respeitar, mesmo nos objetos de menor importância, as
exigências da arte, aliando sempre a limpeza a uma nobre simplicidade.
(IGMR, 350-351)
ALTAR: Mesa onde se realiza a Ceia Eucarística; O altar é o sinal do Cristo,
Sacerdote (Com Cristo), Altar (Em Cristo) e Cordeiro (Por Cristo).

A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua
proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra, convirja espontaneamente a
atenção dos fiéis.Em princípio, este lugar deve ser um ambão estável e não uma simples
estante móvel. Tanto quanto a arquitetura da igreja o permita, o ambão dispõe-se de
modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser vistos e ouvidos
pelos fiéis.
(IGMR, 309)

AMBÃO: Estante onde o celebrante e os leitores proclamam a palavra de


Deus. O Ambão também é chamado de Mesa da Palavra.

CREDÊNCIA: É uma mesa de apoio colocada discretamente ao lado do Altar.


Não deve ser enfeitada. Nela se colocam tudo o que for necessário à
celebração.
Conforme a arquitetura de cada igreja e de acordo com os legítimos costumes locais,
guarde-se o Santíssimo Sacramento no sacrário, num lugar de honra da igreja, insigne,
visível, devidamente ornamentado e adequado à oração. Habitualmente, o tabernáculo
deve ser único, inamovível, feito de material sólido e inviolável, não transparente, e
fechado de tal modo que evite o mais possível todo o perigo de profanação. Convém,
além disso, que antes de se destinar ao uso litúrgico, seja benzido segundo o rito que
vem no Ritual Romano.
Está mais de harmonia com a natureza do sinal que no altar em que se celebra a Missa
não esteja o sacrário onde se guarda a Santíssima Eucaristia.A juízo do Bispo diocesano
o sacrário pode colocar-se:
a) ou no presbitério, fora do altar da celebração, com a forma e a localização mais
convenientes, sem excluir algum altar antigo que já não se utilize para celebrar;
b) ou também nalguma capela adequada à adoração e oração privada dos fiéis, que
esteja organicamente unida à igreja e visível aos fiéis cristãos.
Segundo o costume tradicional, junto do sacrário deve estar continuamente acesa uma
lâmpada especial, alimentada com azeite ou cera, com que se indique e honre a presença
de Cristo.
Não se esqueça também, de modo nenhum, tudo o mais que o direito prescreve acerca
da conservação da Santíssima Eucaristia
(IGMR, 314-317)

SACRÁRIO: Também chamado de Tabernáculo. É utilizado para guardar o


Santíssimo Sacramento, para adoração e também para ser levado aos
enfermos. Deve sempre ficar em lugar fixo e seguro.

A cadeira do sacerdote celebrante deve significar a sua função de presidente da


assembleia e guia da oração. Por isso, o lugar mais indicado é ao fundo do presbitério,
de frente para o povo, a não ser que a arquitetura da igreja ou outras circunstâncias o
não permitam: por exemplo, se devido a uma distância excessiva se tornar difícil a
comunicação entre o sacerdote e a assembleia reunida, ou se o sacrário estiver situado
ao centro, atrás do altar. Deve, porém, evitar-se todo o aspecto de trono.
(IGMR, 310)
CÁTEDRA OU CADEIRA PRESIDENCIAL: É o lugar onde senta o presidente
da celebração. Na Cátedra senta-se somente o titular da Diocese ou
Arquidiocese, é a cadeira que fica na Catedral. Nas demais igrejas ela é
chamada de Sede Presidencial.

CRUCIFIXO: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que a Ceia do Senhor é
inseparável do seu Sacrifício Redentor. “Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o
Sangue da aliança, que ia ser derramado por muitos, para o perdão dos
pecados”. Quando colocada em cima do Altar, deve ser sempre acompanhada
por um conjunto de seis velas e somente quando o (Arce)Bispo titular celebra a
Missa é colocada uma sétima vela, e sempre voltada para o celebrante.

CRUZ PROCESSIONAL: Usada nas procissões, à frente de qualquer cortejo, e


deve permanecer em lugar nobre no santuário ou presbitério. Quando não há a
cruz no Altar, a cruz processional é posta junto dele. Nas procissões é ladeada
por dois tocheiros

LÂMPADA DE VIGÍLIA: lâmpada da Capela do Santíssimo é a lâmpada acesa


junto ao Sacrário e significa a Presença Real de Cristo na Eucaristia.
Corresponde de certo modo à vigilância cristã.
PIA BATISMAL: Como o próprio nome diz, é o local destinado às celebrações
de batizados. É o berço do cristão, onde morre o homem velho e renasce o
homem novo, filho de Deus.

Na ornamentação da igreja deve tender-se mais para a simplicidade do que para a


ostentação. Na escolha dos elementos decorativos, procure-se a verdade das coisas e o
que contribua para a formação dos fiéis e para a dignidade de todo o lugar sagrado.
(IGMR, 292)

FLORES: Simples, poucas e discretas, são apenas sinal de reverência e


embelezamento. Não devem abafar o Mistério celebrado ou se impor. Não se
devem ser colocadas sobre o Altar nem sobre o Sacrário.

5 - LIVROS UTILIZADOS NA MISSA

Há de procurar-se de modo particular que os livros litúrgicos, principalmente o


Evangeliário e os Lecionários, destinados à proclamação da Palavra de Deus e que por
isso gozam de veneração especial, sejam de fato, na ação litúrgica, sinais e símbolos das
coisas do alto e, por isso verdadeiramente dignos, de boa qualidade e belos.
(IGMR, 349)

Os primeiros cristãos guardavam os livros sagrados com todo o cuidado e não


permitiam que caíssem nas mãos dos infiéis. No tempo das perseguições, o
ato de entregá-los às autoridades pagãs era considerado uma fraqueza. Os
nossos livros litúrgicos, à semelhança dos demais objetos utilizados no culto
divino, devem ser ornados de tal forma que apontem para o tesouro que eles
encerram: a Palavra de Deus.
MISSAL ROMANO: É o livro próprio do sacerdote para a celebração. Contém
as orações e o ordinário da Missa

LECIONÁRIO - contém as leituras para todas as Missas. São divididos em três


volumes:
DOMINICAL: Consta de três partes, que correspondem aos três anos
litúrgicos. No Ano A, lê-se o Evangelho de São Mateus No Ano B, lê-se o
Evangelho de São Marcos e o capítulo 6 de São João. No Ano C, lê-se o
Evangelho de São Lucas.
SEMANAL: contém as leituras selecionadas para os dias da semana.
Percorrem um ciclo de dois anos: par e ímpar.
SANTORAL : contém as leituras próprias para os dias dedicados aos santos
(festas, memórias e solenidades). Encontram-se também as leituras próprias
para as missas votivas (Eucaristia, Espírito Santo etc.), do comum (Nossa
Senhora, Mártires etc.) e para diversas circunstâncias.

EVANGELIÁRIO: É o livro que contém o texto do evangelho para as


celebrações dominicais e para as grandes solenidades.
RITUAIS: São livros próprios usados para a administração dos sacramentos,
sejam eles, dentro ou fora da celebração da Missa
Exemplos de alguns Rituais:
do Exorcismo – têm os textos (ritual) para a administração do exorcismo, seja
ele público ou privado, assim como instruções da Santa Sé;
da Iniciação Cristã de Adultos – contêm os ritos para administração dos
Sacramentos da Iniciação Cristã para jovens e adultos (Ritos antes da
administração do Sacramento do Batismo, Primeira Eucaristia e Crisma). São
as orientações deste ritual que normatizam a preparação (curso) da antiga
Pastoral da Crisma.
da Unção do Enfermos – nele estão os textos próprios para administração da
Unção do Enfermos, dentro e fora da Missa, bem como o Viático (comunhão)
ao doente
da Penitência – contêm os textos para a preparação do Sacramento da
Confissão, seja ela auricular (padre x penitente) ou comunitária (padre x grande
grupo de fieis). Deve-se tomar cuidado com a administração das chamadas
Confissões Comunitárias, pois esse tipo de administração é somente válido em
casos particulares, por exemplo, lugares distantes onde o padre vai somente
uma ou duas vezes ao ano, ou quando existe uma epidemia com perigo de
morte à população. Fora desses casos, se houver participação nas Confissões
Comunitárias, o fiel pode comungar uma única vez e depois procurar a
confissão auricular, até porque a matéria do Sacramento da Confissão é o
pecado do penitente (CIC § 1483)
do Matrimônio – contêm o rito para administração do Sacramento do
Matrimônio, seja ele dentro ou fora da Missa
do Batismo de Crianças – nele está o rito para administração do Batismo de
crianças, dentro ou fora da Missa
de Bênçãos – Contêm os mais diversos textos e orações para se abençoar
todos os objetos de devoção, litúrgicos, prédios, alimentos e etc...
da Confirmação – Contém o rito para a administração do Sacramento da
Crisma, dentro ou fora da Missa.
Existem também outros livros que servem para auxiliar a celebração da Missa,
como o
Liturgia Eucarística - quando há concelebrações, este livro é dado aos
demais concelebrantes. Contêm todos os prefácios e orações eucarísticas
Cerimonial do Bispos - auxilia na preparação da Missa presidida pelo Bispo,
contendo toda a forma de se proceder durante a celebração

6 – PARAMENTOS

Na Igreja, Corpo de Cristo, nem todos os membros desempenham as mesmas funções.


Esta diversidade de funções na celebração da Eucaristia é significada externamente pela
diversidade das vestes sagradas, as quais, por isso, são sinal distintivo da função própria
de cada ministro. Convém, entretanto, que tais vestes contribuam também para o decoro
da ação sagrada. As vestes usadas pelos sacerdotes e diáconos assim como pelos
ministros leigos sejam oportunamente benzidas.
A veste sagrada comum a todos os ministros ordenados e instituídos, seja qual for o seu
grau, é a alva, que será cingida à cintura por um cíngulo, a não ser que, pelo seu feitio,
ela se ajuste ao corpo sem necessidade de cíngulo. Se a alva não cobrir perfeitamente o
traje comum em volta do pescoço, por-se-á o amito antes de a vestir. A alva não pode
ser substituída pela sobrepeliz, nem sequer quando esta se envergar sobre a veste talar,
quando se deve vestir a casula ou a dalmática, nem quando, segundo as normas, se usa
apenas a estola sem casula ou dalmática.
A veste própria do sacerdote celebrante, para a Missa e outras ações sagradas
diretamente ligadas com a Missa, salvo indicação em contrário, é a casula ou planeta,
que se veste sobre a alva e a estola.
A veste própria do diácono é a dalmática, que se veste sobre a alva e a estola; contudo,
por necessidade ou por menor grau da solenidade, a dalmática pode omitir-se.
Os acólitos, leitores e outros ministros leigos podem vestir a alva ou outra veste
legitimamente aprovada pela Conferência Episcopal em cada região.
O sacerdote põe a estola em volta do pescoço, deixando-a cair diante do peito. O
diácono põe a estola a tiracolo, deixando-a cair do ombro esquerdo, sobre o peito, e
prendendo-a do lado direito do corpo.
O pluvial, ou capa de asperges, é usado pelo sacerdote nas procissões e outras funções
sagradas, segundo as rubricas próprias de cada rito.
Quanto à forma das vestes sagradas, as Conferências Episcopais podem definir e propor
à Sé Apostólica as adaptações que entendam corresponder melhor às necessidades e
costumes de cada região.
Na confecção das vestes sagradas, além dos materiais tradicionalmente usados, é
permitido o uso de fibras naturais próprias de cada região, bem como de fibras
artificiais, contanto que estejam de harmonia com a dignidade da ação sagrada e da
pessoa. Nesta matéria, o juízo compete à Conferência Episcopal.
A beleza e nobreza da veste sagrada devem buscar-se e pôr-se em relevo mais pela
forma e pelo material de que é feita do que pela abundância dos acréscimos
ornamentais. Os ornamentos podem apresentar figuras, imagens ou símbolos, que
indiquem o uso sagrado das vestes, excluindo tudo o que possa destoar deste uso.
A diversidade de cores das vestes sagradas tem por finalidade exprimir externamente de
modo mais eficaz, por um lado, o caráter peculiar dos mistérios da fé que se celebram e,
por outro, o sentido progressivo da vida cristã ao longo do ano litúrgico.
(IGMR, 335-345)

Paramentos são as vestes próprias para a Celebração da Missa, dos


Sacramentos e das bênçãos. Indicam o grau ao qual o ministro, ordenado ou
não, pertence. A ordem em que elas aparecem, é a ordem ao qual são postas
sobre o corpo.

AMITO: É uma peça que circunda o pescoço e serve para esconder a veste
civil, se porventura o ministro utilizar. A explicação bíblica para o amito
encontra-se em Efésios 6,17, como o “elmo da salvação” que protege contra as
tentações demoníacas

.
ALVA ou TÚNICA: consiste na veste longa e branca utilizada por todos os
ministros sagrados, e que representa a nova veste imaculada que todo cristão
recebe mediante o batismo. É, portanto um símbolo da graça santificante, e é
considerado também um símbolo da pureza de coração necessária para o
ingresso na graça eterna da contemplação de Deus no céu.

CÍNGULO: Sobre as vestes, na altura da cintura, é colocado o cíngulo, um


cordão de lã ou outro material apropriado, que é usado como cinto. Todos os
oficiantes que portam a alva devem também portar o cíngulo. Para diáconos,
sacerdotes e bispos, o cíngulo pode ser de cores diferentes, de acordo com o
tempo litúrgico ou a memória do dia. No simbolismo das vestes litúrgicas, o
cíngulo representa a virtude do autocontrole.

ESTOLA: É somente utilizada peles ministros ordenados (diáconos, padres e


bispos). O diácono utiliza a estola sobre o ombro direito transpassando o corpo
e caindo as pontas do lado esquerdo, significando o serviço ao qual o diácono
é chamado, o exercício da caridade. O Sacerdote utiliza- a sustendo sobre os
ombros e deixando-a cair pela frente do corpo, quer significar a ovelha
transportada nos ombros do Bom Pastor. Durante as celebrações litúrgicas seu
uso é obrigatório aos ministros ordenados.

DALMÁTICA: É a veste própria do Diácono. Diferente da Casula, a veste


diaconal tem mangas. O Bispo e o Papa também podem usar a Dalmática por
baixo da casula, simbolizando o Cristo Servidor de todos
CASULA: É a veste própria para o sacerdote e última peça a ser vestida.
Significa o poder que Cristo tem como Rei do Universo e Senhor do mundo.

CAPA OU PLUVIAL – É utilizado pelo sacerdote ou pelo diácono na


celebração do Batismo, do Matrimônio, Novenas e Bênçãos.

VÉU UMERAL: É utilizado para o sacerdote ou diácono dar a bênção com o


Santíssimo Sacramento ou portar nas procissões as relíquias de Nosso
Senhor.
INSIGNIAS EPISCOPAIS
O Bispo e o Papa, além de todos esses paramentos usam algumas coisas que
o diferenciam dos demais ministros, destacando a missão que receberam. São
elas, o anel, a cruz peitoral, o solidéu, a mitra, o báculo, para os Bispos, a
férula para o Papa, o Pálio para os Arcebispos e o Papa.

ANEL: O Bispo e o Papa usam um anel no dedo, lembrando que a Igreja da


qual eles estão à frente é a Esposa de Cristo. Na sequência, da esquerda para
a direita, um modelo de anel para Bispos, o anel tradicional dos Cardeais e o
anel Papal pertencente a S.S. Bento XVI

CRUZ PEITORAL: É utilizado pelo Papa e pelos Bispos sobre a batina. No


Brasil é concedida a licença dos Bispos usarem sobre a casula durante a
celebração da Missa.

SOLIDÉU: do italiano, só a Deus. É usado pelos Bispos, Cardeais e o Papa, na


celebração da Missa e fora dela quando estão com a veste talar (batina). O
solidéu significa a unção apostólica. É a proteção divina onde o Bispo foi
sagrado com o óleo.
MITRA: É usada pelos Bispos e pelo Papa em todas as Celebrações
Litúrgicas. Corresponde no pontifical romano ao capacete de defesa do
soldado da verdade. As duas tiras que caem na parte de trás representam o
Antigo e o Novo Testamento.

BÁCULO EPISCOPAL E FÉRULA PAPAL: O báculo é o símbolo do Cristo


Bom Pastor, que apascenta o seu rebanho. O báculo também é símbolo da
Igreja particular a qual o Bispo governa. Diferente dos Bispos, o Papa usa uma
Férula, uma espécie de báculo encimado por uma cruz. Desde o Papa Paulo
VI, os Papas têm utilizado uma férula encimado por um crucificado. Bento XVI
optou pelo retorno da Férula que se usava antes do Concílio Vaticano II.

PÁLIO: O Pálio significa a ovelha que é transportada nos ombros do Bom


Pastor. À esquerda vemos o pálio concedido aos Arcebispos e à direito o pálio
que é de uso exclusivo do Papa. Os Arcebispos são Bispos, ou na sua maioria
Cardeais que estão à frente de Arquidioceses com importância histórica e são
chamados de Metropolitas, pois sãos os Bispos das metrópoles. Usam o pálio
para se diferenciar dos demais Bispos das outras dioceses que compõem sua
província eclesiástica e mostram sua íntima ligação com o Papa.
7 - AS CORES NA LITURGIA
Dizem respeito à toalha do altar e do ambão e às vestes litúrgicas. São elas:
BRANCO: Simboliza a vitória, a paz, a alma pura, a alegria. Usa-se: na Quinta-
feira Santa, na Vigília Pascal do Sábado Santo, em todo o Tempo Pascal, no
Natal, no Tempo do Natal, nas festas dos santos (bispos, Papas, Doutores da
Igreja, Virgens) e nas festas do Senhor (exceto as da Paixão), nas festas e
memória da Bem-aventurada Virgem Maria, dos Santos Anjos, na festa de
Todos os Santos, São João Batista, São João Evangelista, Cátedra de São
Pedro e Conversão de São Paulo. É a cor predominante da ressurreição.
VERMELHO: Simboliza o fogo, o sangue, o amor divino, o martírio. É usado:
no Domingo de Ramos e da Paixão, na Sexta-Feira santa, no Domingo de
Pentecostes, nas festas dos Apóstolos, dos Santos mártires e dos
Evangelistas.
VERDE: É a cor da esperança. Usa-se no Tempo Comum.
ROXO: Simboliza a penitência. Usa-se no Tempo do Advento e da Quaresma.
Pode-se também usar nos ofícios e missas pelos mortos.
ROSA: Simboliza também a alegria. Pode ser usado no 3º Domingo do
Advento, chamado "Gaudete", e no 4º Domingo da Quaresma, chamado
"Laetare", ambos domingos da alegria.

8 - POSIÇÕES DO CORPO DURANTE A LITURGIA


Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do
povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade,
que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se
facilite a participação de todos
(IGMR, 42)

Na liturgia toda pessoa é chamada a participar. Assim, os gestos corporais são


também vivamente litúrgicos. Assim, temos:
Estar em pé: é a posição da prontidão, de quem está pronto a por em prática
os ensinamentos do Senhor.
Estar sentado: é a posição de escuta, de diálogo, de quem medita e reflete,
além de favorecer a catequese.
Estar ajoelhado: é a posição de quem se põe em oração profunda, confiante.
Fazer genuflexão: faz-se dobrando o joelho direito até o solo. Significa
adoração, pelo que é reservado ao Santíssimo Sacramento, quer exposto, quer
guardado no sacrário. Não fazem genuflexão nem inclinação profunda aqueles
que transportam os objetos que se usam nas celebrações, por exemplo, a cruz,
os castiçais, o livro dos evangelhos. Se você não pode ajoelhar, não faça
“meia” genuflexão, faça uma inclinação profunda.
Prostrar-se: significa estender-se no chão; expressa profundo sentimento de
indignidade, humildade, e também de súplica. Gesto previsto na Sexta-feira
santa, no início da celebração da Paixão. Também os que vão ser ordenados
diáconos e presbíteros se prostram.
Inclinar o corpo: é uma atitude intermediária entre estar de pé e ajoelhar-se.
Sinal de reverência e de honra que se presta às pessoas ou às imagens. Faz-
se inclinação diante da cruz, no início e no fim da celebração; ao receber a
bênção; quando, durante o ato litúrgico, há necessidade de passar diante do
tabernáculo; antes e depois da incensação, e todas as vezes em que vier
expressamente indicada nos diversos livros litúrgicos.
Erguer as mãos: é um gesto de súplica ou de oferta do coração a Deus. O
Sacerdote ergue as mãos várias vezes na celebração da Missa. No Pai-Nosso,
o erguer as mãos é um gesto puramente sacerdotal, que não deve ser repetido
pelos fieis.
Bater no peito: é expressão de dor e arrependimento dos pecados. Este gesto
ocorre na oração Confesso a Deus todo poderoso...
Silêncio: atitude indispensável nas celebrações litúrgicas. Indica respeito,
atenção, meditação, desejo de ouvir e aprofundar a palavra de Deus. Na
celebração se prevê um instante de silêncio no ato penitencial e após o convite
à oração inicial, após uma leitura ou após a homilia. Depois da comunhão,
todos são convidados a observar o silêncio sagrado.
Mãos juntas: Significa recolhimento interior, busca de Deus, fé, súplica,
confiança e entrega da vida. É atitude de profunda piedade.
Faz-se uma vênia (pequena inclinação da cabeça) nos seguintes
momentos: quando na Missa diz-se o nome de Jesus, ou refere-se a ele, por
exemplo, no Hino de Louvor, quando se diz: “Senhor Jesus Cristo, Filho
Unigênito” e “Só Vós sois o Altíssimo, Jesus Cristo”; no final da Oração de
coleta (inicial): “Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso filho...”, “Por Cristo,
nosso Senhor”, “Vós que sois Deus com o Pai...”; no Credo, durante a frase:
“que foi concebido” até “Virgem Maria”; durante as incensações; sempre que
seja necessário passar diante do sacerdote; Sempre que se entrega ou recebe
algum objeto das mãos do sacerdote; Quando o sacerdote ou outro ministro
abre e fecha a porta do sacrário; no momento da comunhão ao dizer Amém;
Para receber a bênção solene; à cruz da sacristia depois da Missa e todas as
vezes que for necessário passar na frente do Altar, seja dentro ou fora da
Missa.
OBS.: Durante a Missa, existem gestos que são puramente sacerdotais, ou
seja, somente o padre o realiza, são esses gestos que distinguem o sacerdócio
comum dos fiéis, do sacerdócio ministerial que o sacerdote assumiu. Por
exemplo, abrir os braços durante as orações de coleta, do ofertório, durante o
Pai-Nosso e na oração pós-comunhão; quando na Oração Eucarística I, ele
bate no peito e traça sobre si o sinal da cruz.

9 - ANO LITÚRGICO
”Na liturgia age ‘o Cristo todo inteiro’ (Christus Totus), Cabeça e Corpo. Como sumo-
sacerdote, Ele celebra com o seu Corpo, que é a Igreja celeste e terrestre”
(Compêndio CIC, 233)

“A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a
memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a
que chamou domingo, celebra a da Ressurreição do Senhor, como a celebra também
uma vez no ano na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão.
Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Encarnação e Nascimento à
Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor.
Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas
das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a
todo o tempo, para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça.”
(SC 102)

Ao ordenar que repetissem os seus gestos e palavras, “até que Ele venha” (1 Cor 11,
26), Jesus não pede somente que se lembrem d'Ele e do que Ele fez. Tem em vista a
celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de Cristo, da sua
vida, morte, ressurreição e da sua intercessão junto do Pai.
(CIC §1341)
O DIA LITÚRGICO EM GERAL
Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus,
principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino. O dia litúrgico se
estende de meia-noite a meia-noite. A celebração do Domingo e das
solenidades, porém, começa com as vésperas do dia precedente.

O DOMINGO
O centro do tempo litúrgico é o Domingo, fundamento e núcleo de todo o ano
litúrgico, que tem o seu cume na Páscoa anual, a festa das festas.
(Compêndio CIC, 241)

No primeiro dia de cada semana, chamado dia do Senhor ou domingo, a Igreja, por
tradição que remonta dos Apóstolos e tem sua origem na própria Ressurreição de
Cristo, celebra o mistério pascal Sendo o domingo o núcleo e o fundamento do ciclo
anual, em que a Igreja desenrola todo o mistério de Cristo, cede a sua celebração
somente às solenidades, às festas do Senhor inscritas no calendário geral, e, em
princípio, exclui a atribuição perpétua de outra celebração qualquer, exceto as festas da
Sagrada Família, do Batismo do Senhor, as solenidades da Santíssima Trindade e de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Os domingos do Advento, da Quaresma e
da Páscoa têm precedência sobre todas as festas do Senhor e todas as solenidades.
(Cerimonial dos Bispos, 228)

AS SOLENIDADES, FESTAS E MEMÓRIAS


Nas solenidades, o sacerdote é obrigado a conformar-se com o calendário da igreja em
que celebra.
Nos domingos, nos dias feriais do Advento, do Natal, da Quaresma e do Tempo
Pascal, nas festas e memórias obrigatórias:
a) se a Missa é celebrada com participação do povo, o sacerdote deve seguir o
calendário da igreja em que celebra;
b) se a Missa é celebrada sem participação do povo, o sacerdote pode escolher ou o
calendário da igreja em que celebra ou o seu calendário próprio.
Nas memórias facultativas:
a) Nos dias feriais do Advento de 17 a 24 de Dezembro, na Oitava do Natal e nos dias
feriais da Quaresma, excetuando a quarta-feira de Cinzas e a Semana Santa, diz-se a
Missa do dia litúrgico ocorrente; todavia, se nesses dias ocorre no calendário geral uma
memória, pode tomar-se a oração coleta dessa memória, exceto na Quarta-Feira de
Cinzas e Semana Santa. Nos dias feriais do Tempo Pascal podem celebrar-se
integralmente as memórias dos Santos.
b) Nos dias feriais do Advento antes do dia 17 de Dezembro, nos dias feriais do Natal,
do dia 2 de Janeiro em diante, e nos dias feriais do Tempo Pascal, pode escolher-se ou
a Missa da féria ou a Missa do Santo ou de um dos Santos de que se faz memória, ou
ainda a Missa de um Santo mencionado nesse dia no Martirológio.
c) Nos dias feriais do Tempo Comum, pode escolher-se ou a Missa da féria, ou a Missa
de uma memória facultativa ocorrente, ou a Missa de um Santo mencionado nesse dia
no Martirológio, ou ainda uma das Missas para várias necessidades ou uma Missa
votiva.
Sempre que celebre a Missa com participação do povo, o sacerdote procurará não
deixar frequentemente e sem motivo suficiente as leituras indicadas para cada dia no
Lecionário Ferial: a vontade da Igreja é apresentar aos fiéis, mais abundantemente, a
mesa da palavra de Deus.
Pela mesma razão, deve ser moderado no uso das Missas de defuntos, tanto mais que
toda e qualquer Missa é oferecida pelos vivos e pelos defuntos, e em todas as Orações
Eucarísticas se faz memória dos defuntos.
Quando ocorre uma memória facultativa da bem-aventurada Virgem Maria ou dum
Santo, particularmente venerada pelos fiéis, satisfaça-se a legítima piedade dos fiéis.
Quando há possibilidade de escolha entre uma memória do calendário geral e outra do
calendário diocesano ou religioso, em igualdade de circunstâncias, de acordo com a
tradição deve dar-se preferência à memória do calendário particular.
(IGMR 353 - 355)

As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa
no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades são também
enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser usada na véspera
quando houver Missa vespertina
(NALC, 11)

As Festas celebram-se nos limites do dia natural; por isso, não têm Primeiras Vésperas,
a não ser que se trate de Festas do Senhor que ocorrem nos domingos do Tempo
Comum e do tempo do Natal, cujo Ofício substituem
(NALC, 13)

A memória é uma recordação de um ou vários santos ou santas em dia de semana. Sua


celebração se harmoniza com a celebração do dia de semana corrente, segundo as
normas expostas na Instrução Geral sobre o Missal Romano e a Liturgia das Horas
(NALC, 14)

ADVENTO
O Tempo do Advento possui dupla característica. Sendo um Tempo de
preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira
vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um Tempo em que, por
meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda
vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do
Advento se apresenta como um Tempo de piedosa e alegre expectativa. Inicia-
se no domingo seguinte ao 34° domingo do Tempo Comum (Solenidade de
Cristo Rei) e termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). É
composto por quatro domingos. O terceiro domingo é chamado de “Gaudete”
por causa da Antífona de Entrada desta Missa: “Gaudete in Domino”, isto é,
“Alegrai-vos no Senhor”, extraída da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl
4,4s)

NATAL
A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do mistério
da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras
manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal. O Tempo do Natal vai das
Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao
Domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive. O Domingo que ocorre entre os
dias 2 e 6 de Janeiro é o 2º Domingo depois do Natal. A Epifania do Senhor é
celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que seja transferida para o Domingo
entre os dias 2 e 8 de janeiro, nos lugares onde não for considerada dia santo
de guarda (caso do Brasil). No Domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se a
festa do Batismo do Senhor.

COMUM
Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual de
trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial do
mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos Domingos. Este período é chamado Tempo
Comum. O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue ao Domingo
depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma
inclusive; recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e
termina antes das primeiras Vésperas do I Domingo do Advento.

QUARESMA
O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do
Senhor exclusive. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o
Aleluia. Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia
de jejum, faz-se a imposição das cinzas. Os domingos deste tempo são cinco,
o quarto domingo é chamado de Laetare por causa da primeira palavra da
antífona de entrada desta Missa “Laetare, Jerusalem”. “Alegra-te, Jerusalém!”
(Si 66, 10-11) O 6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado
“Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. A Semana Santa visa recordar a
Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Pela manhã da
Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa concelebrada com
seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma.

O TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal é o centro de todo o Ano Litúrgico, pois nele celebramos a
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Ao cair da tarde da Quinta Feira Santa, celebramos a Missa da Ceia do
Senhor, onde fazemos memória do dia em que Jesus instituiu a Eucaristia e o
Sacerdócio Católico. Neste dia, recomenda-se que após a Missa, o Santíssimo
Sacramento seja adorado pelos fieis, com solenidade até meia-noite, após a
meia noite seja feito sem nenhuma solenidade, porém com a sobriedade que a
sexta feira santa recomenda.
Na Sexta Feira Santa, celebramos o dia da Paixão do Senhor. E dia de jejum e
abstinência de carne. Nesse dia em lugar nenhum no mundo se celebra a
Missa.
No último dia do Tríduo Pascal, celebramos a Soleníssima Vigília Pascal, a
“Mãe de todas as Vigílias”, onde percorremos toda a história da salvação para
compreendermos a ressurreição do Senhor. Nesta Missa são celebrados os
Sacramentos da Iniciação Cristã a jovens e adultos.

TEMPO PASCAL
O Tempo Pascal têm inicio com o Domingo de Páscoa na Ressurreição do
Senhor. Este domingo estende-se por oito dias, na chamada oitava de Páscoa,
onde celebramos todos os dias como um único dia. O tempo pascal estende-se
por mais cinquenta dias, até Pentecostes.
10 - A SANTA MISSA
Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade
reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e
piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do
Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são
ditas em silêncio (“secreto”).
(IGMR, 33)

O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício
eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até
Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua
morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade,
banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o
penhor da glória futura.
(SC, 47)

A eucaristia é memorial no sentido que torna presente e atual o sacrifício que Cristo
ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O caráter
sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o meu
corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice é a nova aliança no meu sangue, que
vai ser derramado por vós’ (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia
são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo
de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia
(Compêndio CIC, 280)

“O Pai, por Cristo e no Espírito, santifica a Igreja e, por ela, o mundo; mundo e Igreja
por sua vez, por Cristo e no Espírito, dão glória ao Pai.”
(Documento de Puebla, 917)

AS PARTES DA MISSA
RITOS INICIAIS – DEUS NOS REÚNE
“...chamou os que ele quis, e eles foram para perto dele.” (Mc 3,13)

Todos se reúnem. Os cristãos acorrem a um mesmo lugar para a assembleia eucarística.


A sua cabeça está o próprio Cristo, que é o ator principal da Eucaristia. Ele é o Sumo-
Sacerdote da Nova Aliança. É Ele próprio que preside invisivelmente a toda a
celebração eucarística. E é em representação d'Ele (agindo ‘in persona Christi
capitis – na pessoa de Cristo-Cabeça’), que o bispo ou o presbítero preside à assembleia,
toma a palavra depois das leituras, recebe as oferendas e diz a oração
eucarística. Todos têm a sua parte ativa na celebração, cada qual a seu modo: os leitores,
os que trazem as oferendas, os que distribuem a comunhão e todo o povo cujo Amém
manifesta a participação.
(CIC § 1348)

Ritos iniciais: Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato
penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o
carácter de exórdio, introdução e preparação.
É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em
algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os
ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.
Entrada: Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros,
inicia-se o cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração,
favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da
festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos
ministros. O cântico de entrada é executado alternadamente pela schola e pelo povo, ou
por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou
somente pela schola. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no
Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada ou
ao caráter do dia ou do tempo, cujo texto tenha a aprovação da Conferência
Episcopal.Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por
todos os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote,
que também pode adaptá-la à maneira de monição inicial.
Saudação do altar e da assembleia: Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e
os ministros saúdam o altar com inclinação profunda. Em sinal de veneração, o
sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz
e o altar. Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, e toda a
assembleia fazem sobre si próprios o sinal da cruz; em seguida, pela saudação, faz sentir
à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo
manifesta-se o mistério da Igreja reunida. Depois da saudação do povo, o sacerdote, ou
o diácono, ou outro ministro, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na
Missa do dia.
Ato penitencial: Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma
breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão
geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da
eficácia do sacramento da penitência.
Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial
pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.
Kyrie eleison: Depois do ato penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de nós
(Kyrie eléison), a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de
um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é
normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou um
cantor. Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui,
porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou
das circunstâncias. Quando o Kýrie é cantado como parte do ato penitencial, cada
aclamação é precedida de um «tropo».
Glória in excelsis: O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja,
congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido
substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno,
por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo
alternando com a schola, ou só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em
conjunto ou por dois coros alternadamente. Canta-se ou recita-se nos domingos fora do
Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares
celebrações mais solenes.
Oração coleta: Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente
com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que
se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções.
Então o sacerdote diz a oração que se chama ‘coleta’, pela qual se exprime o carácter da
celebração. Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração dirige-se habitualmente a Deus
Pai, por Cristo, no Espírito Santo, e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais
longa, deste modo:
* Com a aprovação da Sé Apostólica, nos países de língua portuguesa as orações
concluem todas do mesmo modo:
– se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo;
– se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo;
– se é dirigido ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo
O povo associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação Amém.
Na Missa diz-se sempre uma só oração coleta.
(IGMR 46 - 54)

LITURGIA DA PALAVRA – DEUS NOS FALA


“Jesus, em particular, explicou esta parábola” (Mc 4,10)

A liturgia da Palavra comporta ‘os escritos dos Profetas’, quer dizer, o Antigo
Testamento, e «as Memórias dos Apóstolos» ou seja, as suas epístolas e os evangelhos.
Depois da homilia, que é uma exortação a acolher esta Palavra como o que ela é na
realidade, Palavra de Deus, e a pô-la em prática, vêm as intercessões por todos os
homens, segundo a palavra do Apóstolo: “Recomendo, antes de tudo, que se façam
preces, orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos reis e por todos
os que exercem autoridade”
(1Tm 2, 1-2).
(CIC § 1349)

Liturgia da palavra: A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras


da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão
a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras,
comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e
salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está
presente no meio dos fiéis. O povo faz sua esta palavra divina com o silêncio e com os
cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas
preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo
inteiro.
Silêncio: A liturgia da palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a meditação.
Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de pressa que impeça o
recolhimento. Haja nela também breves momentos de silêncio, adaptados à assembleia
reunida, nos quais, com a ajuda do Espírito Santo, a Palavra de Deus possa ser
interiorizada e se prepare a resposta pela oração. Pode ser oportuno observar estes
momentos de silêncio depois da primeira e da segunda leitura e, por fim, após a homilia.
Leituras bíblicas: Nas leituras põe-se aos fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se-
lhes os tesouros da Bíblia. Convém, por isso, observar uma disposição das leituras
bíblicas que ilustre a unidade de ambos os Testamentos e da história da salvação; não é
lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a palavra de Deus, por
outros textos não bíblicos. Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-
se sempre do ambão. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é
presidencial, mas sim ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor,
mas o Evangelho é anunciado pelo diácono ou por outro sacerdote. Se, porém, não
estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o Evangelho o próprio sacerdote
celebrante; e se também faltar outro leitor idóneo o sacerdote celebrante proclame
igualmente as outras leituras. Depois de cada leitura, aquele que a lê profere a
aclamação; ao responder-lhe, o povo reunido presta homenagem à palavra de Deus,
recebida com fé e espírito agradecido.
A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da palavra. Deve ser-lhe
atribuída a maior veneração. Assim o mostra a própria Liturgia, distinguindo esta leitura
das outras com honras especiais, quer por parte do ministro encarregado de a anunciar e
pela bênção e oração com que se prepara para o fazer, quer por parte dos fiéis que, com
as suas aclamações, reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles quem
lhes fala, e, por isso, escutam a leitura de pé; quer ainda pelos sinais de veneração ao
próprio Evangeliário.
Salmo responsorial: A primeira leitura é seguida do salmo responsorial, que é parte
integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância litúrgica e
pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de Deus.
O salmo responsorial corresponde a cada leitura e habitualmente toma-se do
Leccionário.
Convém que o salmo responsorial seja cantado, pelo menos no que se refere à resposta
do povo. O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou de outro sítio conveniente, recita
os versículos do salmo; toda a assembleia escuta sentada, ou, de preferência, nele
participa do modo costumado com o refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo
seguido, sem refrão. Todavia, para facilitar ao povo a resposta da salmodia (refrão), fez-
se, para os diferentes tempos e as várias categorias de Santos, uma seleção de
responsórios e salmos, que podem ser utilizados, em vez do texto correspondente à
leitura, quando o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do modo
mais indicado para favorecer a meditação da palavra de Deus. Em vez do salmo que
vem indicado no Lecionário, também se pode cantar ou o responsório gradual tirado do
Gradual Romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual simples, na forma
indicada nestes livros.
Aclamação antes da leitura do Evangelho: Depois da leitura, que precede
imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas
rubricas, conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um
ato com valor por si próprio, pelo qual a assembleia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor,
que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantada por
todos de pé, iniciada pela schola ou por um cantor, e pode-se repetir, se for conveniente;
mas o versículo é cantado pela schola ou pelo cantor.
a) O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma. Os versículos tomam-se do
Lecionário ou do Gradual;
b) Na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do Evangelho que vem
no Leccionário. Também se pode cantar outro salmo ou trato, como se indica no
Gradual.
No caso de haver uma só leitura antes do Evangelho:
a) nos tempos em que se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo aleluiático, ou o
salmo e o Aleluia com o seu versículo;
b) no tempo em que não se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo e o versículo antes
do Evangelho ou apenas o salmo.
c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, se não são cantados, podem omitir-se.
A sequência, que exceto nos dias da Páscoa e do Pentecostes é facultativa, canta-se
antes do Aleluia.
Homilia: A homilia é parte da liturgia e muito recomendada: é um elemento necessário
para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das leituras da
Sagrada Escritura ou de algum texto do Ordinário ou do Próprio da Missa do dia, tendo
sempre em conta o mistério que se celebra, bem como as necessidades peculiares dos
ouvintes.
Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante ou por um sacerdote
concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um
diácono, mas nunca por um leigo. Em casos especiais e por justa causa, a homilia
também pode ser feita, por um Bispo ou presbítero que se encontra na celebração mas
sem poder concelebrar.
Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas
com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Além disso, é
recomendada, particularmente nos dias feriais do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, e
também noutras festas e ocasiões em que é maior a afluência do povo à Igreja. Depois
da homilia, observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio.
Profissão de fé: O símbolo, ou profissão de fé, tem como finalidade permitir que todo o
povo reunido, responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da sagrada Escritura e
exposta na homilia, e que, proclamando a regra da fé, segundo a fórmula aprovada para
o uso litúrgico, recorde e professe os grandes mistérios da fé, antes de começarem a ser
celebrados na Eucaristia. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote
juntamente com o povo, nos domingos e nas solenidades. Pode também dizer-se em
celebrações especiais mais solenes.
Se é cantado, é começado pelo sacerdote ou, se for o caso, por um cantor, ou pela
schola; cantam-no todos em conjunto ou o povo alternando com a schola.Se não é
cantado, deve ser recitado conjuntamente por todos ou por dois coros alternadamente.
Oração universal: Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum
modo à palavra de Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacerdócio
baptismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos. Convém que em todas as
Missas com participação do povo se faça esta oração, na qual se pede pela santa Igreja,
pelos governantes, pelos que se encontram em necessidade, por todos os homens em
geral e pela salvação do mundo inteiro.
Normalmente a ordem das intenções é a seguinte:
a) pelas necessidades da Igreja;
b) pelas autoridades civis e pela salvação do mundo;
c) por aqueles que sofrem dificuldades;
d) pela comunidade local.
Em celebrações especiais – por exemplo, Confirmação, Matrimónio, Exéquias – a
ordem das intenções pode acomodar-se às circunstâncias.
Compete ao sacerdote celebrante dirigir da sede esta prece. Ele próprio a introduz com
uma breve monição, na qual convida os fiéis a orar, e a conclui com uma oração. As
intenções que se propõem, formuladas de forma sóbria, com sábia liberdade e em
poucas palavras, devem exprimir a súplica de toda a comunidade.
Habitualmente são enunciadas do ambão ou de outro lugar conveniente, por um
diácono, por um cantor, por um leitor, ou por um fiel leigo. O povo, de pé, faz suas estas
súplicas, ou com uma invocação comum proferida depois de cada intenção, ou orando
em silêncio.
(IGMR, 55 - 71)
LITURGIA EUCARISTIA – DEUS NOS CHAMA À MESA
“Disse Jesus: Fazei-os assentar”
(Jo 6,10)

A apresentação das oferendas (ofertório): traz-se então para o altar, por vezes
processionalmente, o pão e o vinho que vão ser oferecidos pelo sacerdote em nome de
Cristo no sacrifício eucarístico, no qual se tornarão o seu corpo e o seu sangue. É
precisamente o mesmo gesto que Cristo fez na última ceia, “tomando o pão e o cálice”.
“Só a Igreja oferece esta oblação pura ao Criador, oferecendo-Lhe em ação de graças o
que provém da sua criação”. A apresentação das oferendas no altar assume o gesto de
Melquisedec e põe os dons do Criador nas mãos de Cristo. É Ele que, no seu sacrifício,
leva à perfeição todas as tentativas humanas de oferecer sacrifícios. Desde o princípio,
com o pão e o vinho para a Eucaristia, os cristãos trazem as suas ofertas para a partilha
com os necessitados. Este costume, sempre atual, da coleta inspira-se no exemplo de
Cristo, que Se fez pobre para nos enriquecer: “Os que são ricos e querem, dão, cada
um conforme o que a si mesmo se impôs; o que se recolhe é entregue àquele que
preside e ele, por seu turno, presta assistência aos órfãos, às viúvas, àqueles que a
doença ou qualquer outra causa priva de recursos, aos prisioneiros, aos imigrantes,
numa palavra, a todos os que sofrem necessidade”.
A anáfora *: Com a oração eucarística, oração de ação de graças e de consagração,
chegamos ao coração e cume da celebração.
No prefácio, a Igreja dá graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, por todas as suas
obras: pela criação, redenção e santificação. Toda a comunidade une, então, as suas
vozes àquele louvor incessante que a Igreja celeste – os anjos e todos os santos –
cantam ao Deus três vezes Santo.
Na epíclese *, pede ao Pai que envie o seu Espírito Santo (ou o poder da sua bênção)
sobre o pão e o vinho, para que se tornem, pelo seu poder, o corpo e o sangue de Jesus
Cristo, e para que os que participam na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito.
(Algumas tradições litúrgicas colocam a epíclese depois da anamnese);
Na narração da instituição, a força das palavras e da ação de Cristo e o poder do
Espírito Santo tomam sacramentalmente presentes, sob as espécies do pão e do vinho,
o corpo e o sangue do mesmo Cristo, o seu sacrifício oferecido na cruz de uma vez por
todas.
Na anamnese * que se segue, a Igreja faz memória da paixão, ressurreição e regresso
glorioso de Cristo Jesus: e apresenta ao Pai a oferenda do seu Filho, que nos reconcilia
com Ele. Nas intercessões, a Igreja manifesta que a Eucaristia é celebrada em
comunhão com toda a Igreja do céu e da terra, dos vivos e dos defuntos, e na
comunhão com os pastores da Igreja: o Papa, o bispo da diocese, o seu presbitério e os
seus diáconos, e todos os bispos do mundo inteiro com as suas Igrejas.
(CIC § 1350 - 1354)

Epíclese: invocação do Espírito Santo


Anáfora: Cânon da Missa. As intercessões, pelos vivos, pelos mortos, pelo
Papa, pelo Bispo diocesano e pelo clero
Anamnese: narração da Última Ceia, das palavras da consagração

Liturgia eucarística: Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal,


por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o
mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se
torna continuamente presente o sacrifício da cruz.
Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-o aos
seus discípulos, dizendo: ‘Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o cálice do
meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim’. Foi a partir destas palavras e gestos de
Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Efetivamente:
1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os
mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos.
2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as
oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.
3) Pela fracção do pão e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só
pão, o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das
mãos do próprio Cristo.
Preparação dos dons: A iniciar a liturgia eucarística, levam-se para o altar os dons,
que se vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.
Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a
liturgia eucarística; nele se dispõem o corporal, o purificador (ou sanguíneo), o Missal
e o cálice, salvo se este for preparado na credência.
Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o vinho sejam
apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo diácono em lugar
conveniente, são depois levados para o altar. Embora, hoje em dia, os fiéis já não
tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia noutros tempos, no entanto o rito
desta apresentação conserva ainda valor e significado espiritual.
Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados
aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro
da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.
A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do ofertório, que se
prolonga pelo menos até que os dons tenham sido depostos sobre o altar. As normas
para a execução deste cântico são idênticas às que foram dadas para o cântico de
entrada. O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto.
O pão e o vinho são depostos sobre o altar pelo sacerdote, acompanhados das fórmulas
prescritas. O sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e o
próprio altar. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se
elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus. Depois o sacerdote, por causa do
sagrado ministério, e o povo, em razão da dignidade baptismal, podem ser incensados
pelo diácono ou por outro ministro.
A seguir, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar: com este rito se exprime o desejo
de uma purificação interior.
Oração sobre as oblatas: Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos
concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração
sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a
Oração eucarística.
Na Missa diz-se uma só oração sobre as oblatas, que termina com a conclusão breve
(cf. n. 54)
Oração eucarística: Inicia-se então o momento central e culminante de toda a
celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de ação de graças e de
consagração. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na
oração e na ação de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a
comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta
oração é que toda a assembleia dos fiéis se una a Cristo na proclamação das maravilhas
de Deus e na oblação do sacrifício.
Como elementos principais da Oração eucarística podem enumerar-se os seguintes:
a) Ação de graças (expressa de modo particular no Prefácio): em nome de todo o povo
santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou
por algum dos seus aspectos particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico.
b) Aclamação: toda a assembleia, em união com os coros celestes, canta o Sanctus
(Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração eucarística, é proferida por todo o
povo juntamente com o sacerdote.
c) Epíclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o poder do
Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se
convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e para que a hóstia imaculada, que vai ser
recebida na Comunhão, opere a salvação daqueles que dela vão participar.
d) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo,
realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu o
seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e os deu a comer e a beber aos
Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou o mandato de perpetuar este mistério.
e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos
Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo
particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus.
f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e
nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A
Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a
oferecer-se também a si mesmos e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de
dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo
em todos.
g) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com
toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de
todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção e
salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo.
h) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela
aclamação Amém do povo.
(IGMR, 72 - 79)

RITO DA COMUNHÃO – DEUS NOS ALIMENTA


“Aconteceu que, estando sentado conjuntamente à mesa, Ele tomou o pão,
abençoou-o, partiu-o e serviu-lho” (Lc 24,30)

Na comunhão, precedida da Oração do Senhor e da fracção do pão, os fiéis recebem “o


pão do céu” e “o cálice da salvação”, o corpo e o sangue de Cristo, que Se entregou
“para a vida do mundo” (Jo 6, 51).
Porque este pão e este vinho foram, segundo a expressão antiga, “eucaristizados”,
“chamamos a este alimento Eucaristia; e ninguém pode tomar parte nela se não
acreditar na verdade do que entre nós se ensina se não recebeu o banho para a remissão
dos pecados e o novo nascimento e se não viver segundo os preceitos de Cristo”
(CIC § 1355)

Rito da Comunhão: A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por


isso, que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do
Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade da fração e
dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para a
Comunhão.
Oração dominical: Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os
cristãos evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos
pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam dadas aos santos”. O
sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele.
Então o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O
embolismo é o desenvolvimento da última petição da oração dominical; nele se pede
para toda a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal. O convite, a oração, o
embolismo e a doxologia conclusiva dita pelo povo, devem ser cantados ou recitados
em voz alta.
Rito da paz: Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si
própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão
eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento. Quanto ao próprio
sinal com que se dá a paz, as Conferências Episcopais determinarão como se há de
fazer, tendo em conta a mentalidade e os costumes dos povos. Mas é conveniente que
cada um dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.
Fração do pão: O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado por
Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação
eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela
Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do
mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a
devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve
atribuir uma importância excessiva. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.
Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um
cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que
todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-
se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se
com as palavras: Daí-nos a paz.
Comunhão: O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de
Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando em silêncio.
Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e
convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis, faz um ato de
humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas.
É muito para desejar que os fiéis, tal como o sacerdote é obrigado a fazer, recebam o
Corpo do Senhor com hóstias consagradas na própria Missa e, nos casos previstos,
participem do cálice (cf. n. 283), para que a Comunhão se manifeste, de forma mais
clara, nos próprios sinais, como participação no sacrifício que está a ser celebrado.
Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que
deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes,
manifestar a alegria do coração e realçar melhor o caráter ‘comunitário’ da procissão
daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico prolonga-se enquanto se ministra aos
fiéis o Sacramento.
Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico da Comunhão deve terminar a
tempo.
Procure-se que também os cantores possam comungar comodamente.
Como cântico da Comunhão pode utilizar-se ou a antífona indicada no Gradual
Romano, com ou sem o salmo
correspondente, ou a antífona do Gradual simples com o respectivo salmo, ou outro
cântico apropriado aprovado pela Conferência Episcopal. Pode ser cantado ou só pela
schola, ou pela schola ou por um cantor juntamente com o povo.
Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis,
ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter
comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis.
Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote e os fiéis, conforme a
oportunidade, oram alguns momentos em silêncio. Se se quiser, também pode ser
cantado por toda a assembleia um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino.
Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o
sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério
celebrado.
(IGMR, 80-89)

Embolismo: Oração que segue ao Pai-Nosso: “Livrai-nos de todos os males, ó


Pai, e dai-nos hoje a vossa paz. Ajudados pela vossa misericórdia, sejamos
sempre livres do pecado e protegidos de todos os perigos, enquanto, vivendo a
esperança, aguardamos a vinda de Cristo salvador.”

RITOS FINAIS – DEUS NOS ENVIA


“Levantaram-se na mesma hora e voltaram a Jerusalém. Aí acharam reunidos
os onze e os que com eles estavam” (Lc 24,33)

D) Rito de conclusão
O rito de conclusão consta de:
a) Notícias breves, se forem necessárias;
b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é
enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais
solene de bênção.
b) Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote;
c) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao
altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.
(IGMR, 90)


Ao Cristo que é, que era e que
sempre será,
louvor e glória, pelos séculos dos
séculos. Amém

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