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Claros/MG
Eis o
Mistério da
Fé
Padre Diogo Mauricio (Org.)
†
Em nome do Pai e do
Filho e do Espírito
Santo Amém
1- VASOS SAGRADOS
1 – ALFAIAS
Tal como para a construção das igrejas, também, no que se refere a todas as alfaias
sagradas, a Igreja admite as formas de expressão artística próprias de cada região e
aceita as adaptações que melhor se harmonizem com a mentalidade e as tradições dos
diversos povos, contanto que correspondam adequadamente ao uso a que as mesmas
alfaias sagradas se destinam.
Também neste sector se deve buscar com todo o empenho aquela nobre simplicidade
que tão bem condiz com a arte verdadeira.
(IGMR, 325)
VÉU DE ÂMBULA: Pano que serve para cobrir a âmbula que será depositada
na Capela do Santíssimo. É sinal de respeito com o sagrado e representa a
presença do Senhor na Eucaristia.
3 – DEMAIS OBJETOS
CÍRIO PASCAL: uma vela grande, acesa na Vigília Pascal, no Sábado Santo.
É utilizado nas missas durante o Tempo Pascal e também, no ano inteiro, nos
batizados. Representa, na liturgia, a luz de Cristo. Terminado o Tempo Pascal,
é conveniente que o Círio seja posto junto a Pia Batismal.
CASTIÇAL: É a base para uma vela ou mais. Deve fazer conjunto com as
demais peças usadas. É colocado sobre o Altar para a celebração da Missa ou
na Adoração ao Santíssimo Sacramento.
SANTOS ÓLEOS: São os óleos usados na administração dos sacramentos do
Batismo (Catecúmenos e Crisma), Crisma (Crisma), Unção do Enfermos
(Enfermos), Ordenações Sacerdotais e Episcopais (Crisma). Eles são
abençoados tradicionalmente na Quinta-feira Santa pela manhã, por ser o
último dia da Semana Santa em que o Bispo pode se reunir com seus
sacerdotes para nesta Missa abençoar os óleos e renovar as promessas
sacerdotais antes do início do Tríduo Pascal.
O motivo de se fixar tal celebração na Quinta-feira Santa deve-se ao fato de ser
este último dia em que se celebra a Missa antes da Vigília Pascal. São
abençoados os seguintes óleos:
Óleo dos Catecúmenos - Este óleo significa a libertação do mal, a força de
Deus que penetra no catecúmeno, o liberta e prepara para o nascimento pela
água e pelo Espírito.
A cor que tradicionalmente é representado é o verde.
Óleo do Crisma – Uma mistura de óleo e bálsamo (perfume), significando
plenitude do Espírito Santo, revelando que o cristão deve irradiar "o bom
perfume de Cristo". É usado no sacramento da Confirmação (Crisma) quando o
cristão é confirmado na graça e no dom do Espírito Santo, para viver como
adulto na fé. Este óleo é usado também no sacramento do sacerdócio
(presbíteros e bispos), para ungir os "escolhidos" que irão trabalhar no anúncio
da Palavra de Deus, conduzindo o povo e santificando-o no ministério dos
sacramentos. Ao abençoá-lo o Bispo (que possui a plenitude do sacerdócio)
sopra dentro do vaso, representando assim o sopro criador, o Ruáh.
A cor que tradicionalmente é representado é o branco
Óleo dos Enfermos - É usado no sacramento dos enfermos. Este óleo
significa a força do Espírito de Deus para a provação da doença, para o
fortalecimento da pessoa para enfrentar a dor e, inclusive a morte, se for
vontade de Deus. A cor que tradicionalmente é representado é o roxo.
A dignidade da palavra de Deus requer que haja na igreja um lugar adequado para a sua
proclamação e para o qual, durante a liturgia da palavra, convirja espontaneamente a
atenção dos fiéis.Em princípio, este lugar deve ser um ambão estável e não uma simples
estante móvel. Tanto quanto a arquitetura da igreja o permita, o ambão dispõe-se de
modo que os ministros ordenados e os leitores possam facilmente ser vistos e ouvidos
pelos fiéis.
(IGMR, 309)
CRUCIFIXO: Fica sobre o altar ou acima dele, lembra que a Ceia do Senhor é
inseparável do seu Sacrifício Redentor. “Na Ceia, Jesus deu aos discípulos o
Sangue da aliança, que ia ser derramado por muitos, para o perdão dos
pecados”. Quando colocada em cima do Altar, deve ser sempre acompanhada
por um conjunto de seis velas e somente quando o (Arce)Bispo titular celebra a
Missa é colocada uma sétima vela, e sempre voltada para o celebrante.
6 – PARAMENTOS
AMITO: É uma peça que circunda o pescoço e serve para esconder a veste
civil, se porventura o ministro utilizar. A explicação bíblica para o amito
encontra-se em Efésios 6,17, como o “elmo da salvação” que protege contra as
tentações demoníacas
.
ALVA ou TÚNICA: consiste na veste longa e branca utilizada por todos os
ministros sagrados, e que representa a nova veste imaculada que todo cristão
recebe mediante o batismo. É, portanto um símbolo da graça santificante, e é
considerado também um símbolo da pureza de coração necessária para o
ingresso na graça eterna da contemplação de Deus no céu.
9 - ANO LITÚRGICO
”Na liturgia age ‘o Cristo todo inteiro’ (Christus Totus), Cabeça e Corpo. Como sumo-
sacerdote, Ele celebra com o seu Corpo, que é a Igreja celeste e terrestre”
(Compêndio CIC, 233)
“A santa mãe Igreja considera seu dever celebrar, em determinados dias do ano, a
memória sagrada da obra de salvação do seu divino Esposo. Em cada semana, no dia a
que chamou domingo, celebra a da Ressurreição do Senhor, como a celebra também
uma vez no ano na Páscoa, a maior das solenidades, unida à memória da sua Paixão.
Distribui todo o mistério de Cristo pelo correr do ano, da Encarnação e Nascimento à
Ascensão, ao Pentecostes, à expectativa da feliz esperança e da vinda do Senhor.
Com esta recordação dos mistérios da Redenção, a Igreja oferece aos fiéis as riquezas
das obras e merecimentos do seu Senhor, a ponto de os tornar como que presentes a
todo o tempo, para que os fiéis, em contato com eles, se encham de graça.”
(SC 102)
Ao ordenar que repetissem os seus gestos e palavras, “até que Ele venha” (1 Cor 11,
26), Jesus não pede somente que se lembrem d'Ele e do que Ele fez. Tem em vista a
celebração litúrgica, pelos apóstolos e seus sucessores, do memorial de Cristo, da sua
vida, morte, ressurreição e da sua intercessão junto do Pai.
(CIC §1341)
O DIA LITÚRGICO EM GERAL
Todos os dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do Povo de Deus,
principalmente pelo Sacrifício Eucarístico e pelo Ofício Divino. O dia litúrgico se
estende de meia-noite a meia-noite. A celebração do Domingo e das
solenidades, porém, começa com as vésperas do dia precedente.
O DOMINGO
O centro do tempo litúrgico é o Domingo, fundamento e núcleo de todo o ano
litúrgico, que tem o seu cume na Páscoa anual, a festa das festas.
(Compêndio CIC, 241)
No primeiro dia de cada semana, chamado dia do Senhor ou domingo, a Igreja, por
tradição que remonta dos Apóstolos e tem sua origem na própria Ressurreição de
Cristo, celebra o mistério pascal Sendo o domingo o núcleo e o fundamento do ciclo
anual, em que a Igreja desenrola todo o mistério de Cristo, cede a sua celebração
somente às solenidades, às festas do Senhor inscritas no calendário geral, e, em
princípio, exclui a atribuição perpétua de outra celebração qualquer, exceto as festas da
Sagrada Família, do Batismo do Senhor, as solenidades da Santíssima Trindade e de
Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo. Os domingos do Advento, da Quaresma e
da Páscoa têm precedência sobre todas as festas do Senhor e todas as solenidades.
(Cerimonial dos Bispos, 228)
As solenidades são constituídas pelos dias mais importantes, cuja celebração começa
no dia precedente com as Primeiras Vésperas. Algumas solenidades são também
enriquecidas com uma Missa própria para a Vigília, que deve ser usada na véspera
quando houver Missa vespertina
(NALC, 11)
As Festas celebram-se nos limites do dia natural; por isso, não têm Primeiras Vésperas,
a não ser que se trate de Festas do Senhor que ocorrem nos domingos do Tempo
Comum e do tempo do Natal, cujo Ofício substituem
(NALC, 13)
ADVENTO
O Tempo do Advento possui dupla característica. Sendo um Tempo de
preparação para as solenidades do Natal, em que se comemora a primeira
vinda do Filho de Deus entre os homens, é também um Tempo em que, por
meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda
vinda do Cristo no fim dos Tempos. Por este duplo motivo, o Tempo do
Advento se apresenta como um Tempo de piedosa e alegre expectativa. Inicia-
se no domingo seguinte ao 34° domingo do Tempo Comum (Solenidade de
Cristo Rei) e termina no dia 24 de dezembro (vésperas do Natal do Senhor). É
composto por quatro domingos. O terceiro domingo é chamado de “Gaudete”
por causa da Antífona de Entrada desta Missa: “Gaudete in Domino”, isto é,
“Alegrai-vos no Senhor”, extraída da Carta de São Paulo aos Filipenses (Fl
4,4s)
NATAL
A Igreja nada considera mais venerável, após a celebração anual do mistério
da Páscoa, do que comemorar o Natal do Senhor e suas primeiras
manifestações, o que se realiza no Tempo do Natal. O Tempo do Natal vai das
Primeiras Vésperas do Natal do Senhor ao Domingo depois da Epifania ou ao
Domingo depois do dia 6 de janeiro inclusive. O Domingo que ocorre entre os
dias 2 e 6 de Janeiro é o 2º Domingo depois do Natal. A Epifania do Senhor é
celebrada no dia 6 de janeiro, a não ser que seja transferida para o Domingo
entre os dias 2 e 8 de janeiro, nos lugares onde não for considerada dia santo
de guarda (caso do Brasil). No Domingo depois do dia 6 de janeiro celebra-se a
festa do Batismo do Senhor.
COMUM
Além dos Tempos que têm característica própria, restam no ciclo anual de
trinta e quatro semanas nas quais não se celebra nenhum aspecto especial do
mistério do Cristo; comemora-se nelas o próprio mistério de Cristo em sua
plenitude, principalmente aos Domingos. Este período é chamado Tempo
Comum. O Tempo Comum começa na Segunda-feira que segue ao Domingo
depois do dia 6 de janeiro e se estende até a terça-feira antes da quaresma
inclusive; recomeça na segunda-feira depois do Domingo de Pentecostes e
termina antes das primeiras Vésperas do I Domingo do Advento.
QUARESMA
O Tempo da Quaresma vai de Quarta-feira de Cinzas até a Missa na Ceia do
Senhor exclusive. Do início da Quaresma até a Vigília pascal não se diz o
Aleluia. Na Quarta-feira de abertura da Quaresma, que é por toda a parte dia
de jejum, faz-se a imposição das cinzas. Os domingos deste tempo são cinco,
o quarto domingo é chamado de Laetare por causa da primeira palavra da
antífona de entrada desta Missa “Laetare, Jerusalem”. “Alegra-te, Jerusalém!”
(Si 66, 10-11) O 6º Domingo, com qual se inicia a Semana Santa, é chamado
“Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor”. A Semana Santa visa recordar a
Paixão de Cristo, desde sua entrada messiânica em Jerusalém. Pela manhã da
Quinta-feira da Semana Santa, o Bispo, presidindo a Missa concelebrada com
seu presbitério, benze os santos óleos e consagra o crisma.
O TRÍDUO PASCAL
O Tríduo Pascal é o centro de todo o Ano Litúrgico, pois nele celebramos a
Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.
Ao cair da tarde da Quinta Feira Santa, celebramos a Missa da Ceia do
Senhor, onde fazemos memória do dia em que Jesus instituiu a Eucaristia e o
Sacerdócio Católico. Neste dia, recomenda-se que após a Missa, o Santíssimo
Sacramento seja adorado pelos fieis, com solenidade até meia-noite, após a
meia noite seja feito sem nenhuma solenidade, porém com a sobriedade que a
sexta feira santa recomenda.
Na Sexta Feira Santa, celebramos o dia da Paixão do Senhor. E dia de jejum e
abstinência de carne. Nesse dia em lugar nenhum no mundo se celebra a
Missa.
No último dia do Tríduo Pascal, celebramos a Soleníssima Vigília Pascal, a
“Mãe de todas as Vigílias”, onde percorremos toda a história da salvação para
compreendermos a ressurreição do Senhor. Nesta Missa são celebrados os
Sacramentos da Iniciação Cristã a jovens e adultos.
TEMPO PASCAL
O Tempo Pascal têm inicio com o Domingo de Páscoa na Ressurreição do
Senhor. Este domingo estende-se por oito dias, na chamada oitava de Páscoa,
onde celebramos todos os dias como um único dia. O tempo pascal estende-se
por mais cinquenta dias, até Pentecostes.
10 - A SANTA MISSA
Como presidente, o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade
reunida, mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e
piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do
Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são
ditas em silêncio (“secreto”).
(IGMR, 33)
O nosso Salvador instituiu na última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício
eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até
Ele voltar, o Sacrifício da cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua
morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade,
banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o
penhor da glória futura.
(SC, 47)
A eucaristia é memorial no sentido que torna presente e atual o sacrifício que Cristo
ofereceu ao Pai, uma vez por todas, na cruz, em favor da humanidade. O caráter
sacrificial da Eucaristia manifesta-se nas próprias palavras da instituição: ‘Isto é o meu
corpo, que vai ser entregue por vós» e «este cálice é a nova aliança no meu sangue, que
vai ser derramado por vós’ (Lc 22,19-20). O sacrifício da cruz e o sacrifício da Eucaristia
são um único sacrifício. Idênticos são a vítima e Aquele que oferece, diverso é só o modo
de oferecer-se: cruento na cruz, incruento na Eucaristia
(Compêndio CIC, 280)
“O Pai, por Cristo e no Espírito, santifica a Igreja e, por ela, o mundo; mundo e Igreja
por sua vez, por Cristo e no Espírito, dão glória ao Pai.”
(Documento de Puebla, 917)
AS PARTES DA MISSA
RITOS INICIAIS – DEUS NOS REÚNE
“...chamou os que ele quis, e eles foram para perto dele.” (Mc 3,13)
Ritos iniciais: Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato
penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o
carácter de exórdio, introdução e preparação.
É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para
ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia. Em
algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os
ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.
Entrada: Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros,
inicia-se o cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração,
favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da
festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos
ministros. O cântico de entrada é executado alternadamente pela schola e pelo povo, ou
por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembleia em conjunto, ou
somente pela schola. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no
Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada ou
ao caráter do dia ou do tempo, cujo texto tenha a aprovação da Conferência
Episcopal.Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por
todos os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote,
que também pode adaptá-la à maneira de monição inicial.
Saudação do altar e da assembleia: Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e
os ministros saúdam o altar com inclinação profunda. Em sinal de veneração, o
sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz
e o altar. Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, e toda a
assembleia fazem sobre si próprios o sinal da cruz; em seguida, pela saudação, faz sentir
à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo
manifesta-se o mistério da Igreja reunida. Depois da saudação do povo, o sacerdote, ou
o diácono, ou outro ministro, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na
Missa do dia.
Ato penitencial: Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma
breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão
geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da
eficácia do sacramento da penitência.
Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial
pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo.
Kyrie eleison: Depois do ato penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de nós
(Kyrie eléison), a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de
um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é
normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou um
cantor. Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui,
porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou
das circunstâncias. Quando o Kýrie é cantado como parte do ato penitencial, cada
aclamação é precedida de um «tropo».
Glória in excelsis: O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja,
congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido
substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno,
por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo
alternando com a schola, ou só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em
conjunto ou por dois coros alternadamente. Canta-se ou recita-se nos domingos fora do
Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares
celebrações mais solenes.
Oração coleta: Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente
com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que
se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções.
Então o sacerdote diz a oração que se chama ‘coleta’, pela qual se exprime o carácter da
celebração. Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração dirige-se habitualmente a Deus
Pai, por Cristo, no Espírito Santo, e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais
longa, deste modo:
* Com a aprovação da Sé Apostólica, nos países de língua portuguesa as orações
concluem todas do mesmo modo:
– se é dirigida ao Pai: Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco
na unidade do Espírito Santo;
– se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Ele que é Deus convosco na
unidade do Espírito Santo;
– se é dirigido ao Filho: Vós que sois Deus com o Pai na unidade do Espírito Santo
O povo associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação Amém.
Na Missa diz-se sempre uma só oração coleta.
(IGMR 46 - 54)
A liturgia da Palavra comporta ‘os escritos dos Profetas’, quer dizer, o Antigo
Testamento, e «as Memórias dos Apóstolos» ou seja, as suas epístolas e os evangelhos.
Depois da homilia, que é uma exortação a acolher esta Palavra como o que ela é na
realidade, Palavra de Deus, e a pô-la em prática, vêm as intercessões por todos os
homens, segundo a palavra do Apóstolo: “Recomendo, antes de tudo, que se façam
preces, orações, súplicas e ações de graças, por todos os homens, pelos reis e por todos
os que exercem autoridade”
(1Tm 2, 1-2).
(CIC § 1349)
A apresentação das oferendas (ofertório): traz-se então para o altar, por vezes
processionalmente, o pão e o vinho que vão ser oferecidos pelo sacerdote em nome de
Cristo no sacrifício eucarístico, no qual se tornarão o seu corpo e o seu sangue. É
precisamente o mesmo gesto que Cristo fez na última ceia, “tomando o pão e o cálice”.
“Só a Igreja oferece esta oblação pura ao Criador, oferecendo-Lhe em ação de graças o
que provém da sua criação”. A apresentação das oferendas no altar assume o gesto de
Melquisedec e põe os dons do Criador nas mãos de Cristo. É Ele que, no seu sacrifício,
leva à perfeição todas as tentativas humanas de oferecer sacrifícios. Desde o princípio,
com o pão e o vinho para a Eucaristia, os cristãos trazem as suas ofertas para a partilha
com os necessitados. Este costume, sempre atual, da coleta inspira-se no exemplo de
Cristo, que Se fez pobre para nos enriquecer: “Os que são ricos e querem, dão, cada
um conforme o que a si mesmo se impôs; o que se recolhe é entregue àquele que
preside e ele, por seu turno, presta assistência aos órfãos, às viúvas, àqueles que a
doença ou qualquer outra causa priva de recursos, aos prisioneiros, aos imigrantes,
numa palavra, a todos os que sofrem necessidade”.
A anáfora *: Com a oração eucarística, oração de ação de graças e de consagração,
chegamos ao coração e cume da celebração.
No prefácio, a Igreja dá graças ao Pai, por Cristo, no Espírito Santo, por todas as suas
obras: pela criação, redenção e santificação. Toda a comunidade une, então, as suas
vozes àquele louvor incessante que a Igreja celeste – os anjos e todos os santos –
cantam ao Deus três vezes Santo.
Na epíclese *, pede ao Pai que envie o seu Espírito Santo (ou o poder da sua bênção)
sobre o pão e o vinho, para que se tornem, pelo seu poder, o corpo e o sangue de Jesus
Cristo, e para que os que participam na Eucaristia sejam um só corpo e um só espírito.
(Algumas tradições litúrgicas colocam a epíclese depois da anamnese);
Na narração da instituição, a força das palavras e da ação de Cristo e o poder do
Espírito Santo tomam sacramentalmente presentes, sob as espécies do pão e do vinho,
o corpo e o sangue do mesmo Cristo, o seu sacrifício oferecido na cruz de uma vez por
todas.
Na anamnese * que se segue, a Igreja faz memória da paixão, ressurreição e regresso
glorioso de Cristo Jesus: e apresenta ao Pai a oferenda do seu Filho, que nos reconcilia
com Ele. Nas intercessões, a Igreja manifesta que a Eucaristia é celebrada em
comunhão com toda a Igreja do céu e da terra, dos vivos e dos defuntos, e na
comunhão com os pastores da Igreja: o Papa, o bispo da diocese, o seu presbitério e os
seus diáconos, e todos os bispos do mundo inteiro com as suas Igrejas.
(CIC § 1350 - 1354)
D) Rito de conclusão
O rito de conclusão consta de:
a) Notícias breves, se forem necessárias;
b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é
enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais
solene de bênção.
b) Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote;
c) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao
altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.
(IGMR, 90)
†
Ao Cristo que é, que era e que
sempre será,
louvor e glória, pelos séculos dos
séculos. Amém