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Comunidade Shalom : Boa madrugada, seja bem vindo!

sexta-feira, 14 de março de 2008


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Discípulos e ministros
da paz "Quem é o meu próximo?"
Comunidade de
aliança Moysés Louro de Azevedo Filho
Comunidade de vida Moderador da Comunidade Shalom
Secretários “E quem é meu próximo?” (Lc 10,29).
vocacionais Através da resposta de Jesus a essa pergunta, podemos compreender muito daquilo que o
Fale Conosco Senhor quis nos ensinar a respeito do verdadeiro amor e do verdadeiro serviço no Reino de
Deus. Nos versículos anteriores Jesus explica ao doutor da Lei o caminho para a vida
Vocação : . eterna: amar a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças e de todo o
Contemplação entendimento, e ao próximo como a si mesmo (cf. Lc 10,27). Ou seja, a primeira e
Evangelização fundamental condição de salvação é a experiência de ser amado por Deus e de amá-lo.
Quando experimentamos o quanto somos amados por Deus e o quanto Ele derrama o seu
Oração vocacional
amor em nossos corações (cf. Rm 5,5), somos capazes de amar verdadeiramente, não com
Unidade
um amor egoísta, humano, que busca a própria satisfação, mas com um amor que vem do
Celibato na vocação coração de Deus, que ama gratuitamente, sem nada esperar em troca, que é fruto da
Matrimônio na Misericórdia. É por esse amor que somos salvos e que podemos ser verdadeiros
vocação instrumentos de salvação para os outros irmãos.
Sacerdócio na vocação
Vocacional por carta É sobre isso que fala a parábola do Bom Samaritano, e nós podemos interpretá-la de duas
Formações formas. Na primeira, vendo no Bom Samaritano o próprio Jesus, que desce dos céus, vem
Vocacionais ao mundo, encontra o homem ferido e maltratado pelo pecado. Então, com seu amor cuida
Busca rápida das suas chagas, cura os seus males, dispensa a ele todos os cuidados, tendo em vista sua
cura e salvação.

ok A segunda forma seria ver no Bom Samaritano o homem, que tocado pela Misericórdia de
Deus, tendo experimentado sua mão curadora, torna-se devedor de Deus, que não quer
outra paga senão aqueles por quem deu sua própria vida. Assim como Deus fez com cada
um de nós, assim devemos fazer com os irmãos que encontramos nas estradas da vida.
Como fomos amados, curados, tratados, cuidados, assim também devemos fazer com todos
os irmãos. Esta é a fonte do verdadeiro amor, da verdadeira caridade cristã, que não
consiste em atos isolados de uma pseudo caridade, mas em uma vida transformada pelo
amor que transborda em amor.

Dessa forma podemos compreender São João quando diz: “Se alguém disser: “Amo a
Deus”, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque aquele que não ama seu irmão, a quem
vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (1Jo 4,20). Porque aquele que
verdadeiramente experimentou o amor de Deus em seu coração, não pode guardar esse
amor só para si. Amar se torna um imperativo. Porque foi amado e porque ama
verdadeiramente Aquele que o amou primeiro, deseja agradar-lhe, dar-lhe provas do seu
amor, obedecer-lhe, amando aqueles por quem Ele deu a vida, e nos ordenou dar também a
nossa. Pois esta é a prova de amor que Ele nos pede: que nos amemos uns aos outros como
Ele nos amou (cf. Jo 15,12).

Por isso podemos dizer que o cristão é o homem do amor, o homem do serviço. Ele é a
imagem de Jesus, o Servo de Iahweh, que veio ao mundo não para ser servido mas para
servir e que ensina aos seus discípulos a sua missão: servir. Só sob a condição deles
compreenderem isso e praticarem é que serão felizes (cf. Jo 13,17). Nesta passagem do
Lava-pés, Jesus nos ensina o segredo da felicidade e mostra-nos a imagem do verdadeiro
cristão, o homem com a toalha e a bacia nas mãos sempre pronto para servir aos seus
irmãos.

A vida de Deus em nós depende também da nossa doação e serviço aos homens por amor a
Cristo. Quando a nossa oração é feita em Espírito e em Verdade leva-nos ao compromisso
profundo com Deus, e nele, com todos os homens. A oração e o serviço revelam a essência
de Deus: o Amor. Pelo Amor de Deus que está no nosso coração e por meio da oração,
vamos tendo a graça de, pelo serviço, ir descobrindo a Face de Deus em todos aqueles a
quem Ele nos enviar. Assim não correremos o risco de, no Juízo Final, termos perdido a
chance de reconhecê-lo em todos os homens, principalmente naqueles que, marcados pelo
pecado, trazem sua imagem tão desfigurada e em cujo rosto só pela oração descobriremos
o Rosto de Deus.

O AMOR DE CRISTO NOS RELACIONAMENTOS

Podemos dizer que, tendo-nos dado experimentar o seu amor, o Senhor confia a nós
aqueles que conosco convivem na família, no trabalho, nas amizades e nas adversidades,
para que com nossas atitudes, orações, ações e reações possamos lhes dar o alimento
necessário, o amor de Deus. É no dia-a-dia, na maneira de nos relacionarmos que o Senhor
vai fazendo uma obra de amor através de nós. O Senhor deseja que através do nosso
perdão, as pessoas possam experimentar o seu perdão. Nós poderemos ser o Evangelho
vivo para as pessoas, para que através do nosso testemunho, elas encontrem Deus vivo nas
suas vidas. E quanto mais difícil amá-las, maior é o chamado de Deus, pois o Senhor não
nos chamou para amar apenas os fáceis e amáveis, mas principalmente os difíceis, aqueles
com quem temos problemas e que constantemente precisamos do esforço e da graça para
amar. Nesses é que estaremos vivendo plenamente o Evangelho, que nos pede para amar os
inimigos, pois os amigos até os pagãos amam (cf. Mt 5,46). O Senhor deseja que sejamos
sinais vivos do seu amor, que sejamos ministros da sua paciência, da sua generosidade, da
sua amabilidade e dos outros frutos do Espírito, principalmente com quem temos maiores
dificuldades, pois então a graça de Cristo os amará em nós. Isso é o milagre da caridade.

OBRAS DE MISERICÓRDIA

“Tive fome e me deste de comer, tive sede e me deste de beber. Era forasteiro e me
acolheste. Estive nu e me vestiste, doente e me visitaste, preso e vieste ver-me...Cada vez
que fizeste uma destas coisas a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim fizeste”
(Mt 25,35).

Estas palavras de Jesus são fortes e definem mais uma dimensão do amor e serviço dos
cristãos. O Senhor nos convida a reconhecê-lo nos desprezados, nos marginalizados, nos
sofredores e necessitados.

Podemos corresponder a esse chamado de Jesus comunitariamente, despertando e


desenvolvendo ministérios que atinjam com o poder do Espírito Santo os que sofrem. Não
um ministério que seja “alívio de consciência”, mas um ministério eficaz, cheio do amor e
do poder de Deus, que transforme, cure e edifique as pessoas em Cristo Jesus. Temos visto
o surgimento de muitos ministérios assim, mas a messe é grande, precisamos que
desabrochem ainda mais. Alguns exemplos de ministérios de misericórdia: Cura física -
que vai ao encontro do enfermo não só com o consolo, mas com o poder curador de Jesus
que converte e transforma as vidas. Cura interior e libertação - que restitui a paz, a
harmonia, a alegria e a felicidade aos feridos de coração, aos aflitos e oprimidos.
Evangelização de presidiários, evangelização e cura de drogados, evangelização e
promoção de menores abandonados, serviço aos mais pobres - não numa perspectiva
assistencialista, mas apoiados no Evangelho e no poder do Espírito, levá-los ao
conhecimento de Deus e de sua dignidade de filhos de Deus, e a um autêntico crescimento
espiritual e social em Cristo Jesus.

Individualmente, o Senhor nos chama também a acolher e amar os que sofrem e que
aparecem no nosso caminho. Muitos cruzam conosco como verdadeira obra de Deus para
através de nós receber consolo, alívio e resposta a seu tormento, à sua dor e necessidade, e
como cristãos nós devemos estar atentos para servi-los e reconhecer neles a Face de Jesus.

Procurando viver a justiça, a fraternidade, dando testemunho da verdade e da caridade de


Cristo, também servimos aos que sofrem, em especial aos mais pobres.

CRISTIFICANDO A SOCIEDADE

Cremos que o grande derramamento que o Espírito realiza na face da terra tem dupla
finalidade: a renovação da Igreja e a transformação do mundo. Esta obra de cristificação da
sociedade é a uma obra que só pessoas e comunidades cheias do poder do Espírito podem
realizar.

O Senhor tem feito surgir comunidades novas, obras novas que através do seu modelo de
vida e da sua ação no mundo estão sendo semente do mundo novo que Deus pretende
construir. Essas novas comunidades trazem dentro de si carismas novos, carismas sociais,
que não são simples iniciativas humanas, mas trazem dentro de si a unção do Espírito para
penetrar no meio das estruturas do mundo e transformá-las pelo poder de corações
transformados, nos quais o Espírito age. Vemos iniciativas de evangelização no campo da
cultura - arte, música, dança, teatro, literatura, esportes, etc; no mundo do trabalho -
empresários, políticos, operários, etc; no mundo da educação e da saúde - escolas,
pedagogos, professores, médicos, enfermeiros, etc. Invadimos assim os centros de
construções e decisões do mundo, com pessoas e propostas evangelizadoras sendo eficazes
instrumentos de transformação.

De uma maneira toda especial o Senhor tem suscitado um grande trabalho nos meios de
comunicação, com emissoras de rádio, revistas, emissoras e programas de televisão, discos,
trazendo uma nova mentalidade com nova linguagem, atingindo a muitos e
correspondendo aos apelos do Papa João Paulo II, que pede uma Nova Evangelização,
nova em seus meios, métodos e ardor. Colaboramos pessoalmente através de uma profunda
mudança de mentalidade, em que nossa vocação e missão individuais não sejam vistas
como algo que nos é dado para proveito nosso e da nossa família somente, mas como
ministérios a serviço do Senhor para restabelecer no homem a imagem e semelhança de
Deus pela qual morreu Jesus.

Assim, não seremos professores, mas ministros do ensino, como Jesus o foi. Não seremos
médicos, mas ministros da saúde, curando “contritos de coração”, como Jesus o fez. Não
seremos pais e mães simplesmente, mas exerceremos o ministério da paternidade que
emana do próprio Pai, seremos ministros da paternidade. Em cada ramo onde o homem
seja necessitado de outro homem, haverá ministros dispostos a restabelecer esta imagem e
semelhança, a reconciliação que Jesus veio trazer entre a humanidade e o Pai. E havendo
ministros, haverá ministérios conscientes de sua missão e vocação, inseridos no contexto
mais amplo da História da Salvação e de nossa responsabilidade de co-criadores e
reconstrutores do Reino de Deus.

Buscar a face de Deus no irmão, eis um caminho pouco explorado pelos leigos. Eis um dos
maiores desafios para atendermos à obra de renovação do mundo que o Espírito deseja
realizar no meio de nós. Estamos dando os primeiros passos, mas o Senhor vai conosco e
Ele, que enxerga adiante e conhece a vontade do Pai, conduzirá firmemente os homens de
boa vontade que desejam entregar suas vidas na construção da paz!

Artigo extraído da Shalom Maná


Atualizado em: 07/07/2006 Imprimir Topo
14:34:34

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