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REDE COMUNA – ESBOÇO DE MENSAGENS

SÉRIE: “E Jesus, o que faria?” - O que o Mestre nos ensinou sobre amar uns aos
outros
OBJETIVO: Mostrar para as pessoas as reações de Jesus que moldaram o Reino de
Deus dentro das pessoas, e como isso afetou os relacionamentos e expandiu o Reino.
BIBLIOGRAFIA: “40 dias de amor” - Princípios de relacionamento de Jesus
(Editora Vida)

MENSAGEM 05 – Escolha a comunhão e o perdão

INTRODUÇÃO – SENTIR
Na semana passada aprendemos juntos que amar como Jesus amou é um ato sobrenatural,
que somente o Espírito Santo pode operar isso em nós – e o Espírito Santo só habita no
coração daquele que nasceu de novo.

E isso é uma beleza, um bônus tão grande! Sabe porque? Porque não somente podemos
agora amar como Jesus amou, mas como também podemos desfrutar do fruto do Espírito:
Gálatas 5:22-23 (NVI-PT) “Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei.”

Todo amor é manifestado nos relacionamentos. Não desfrutamos o amor de Deus para nos
sentirmos amados internamente e ponto final. O amor é transbordante, o amor é o que o amor
faz. Mas ele não faz para ser reconhecido, Ele faz porque é da sua natureza.

APRENDER

E como Jesus praticou esse amor? Como o Mestre nos ensinou e nos mostrou a prática do
amor? A verdade é que o amor é sacrificial, ele é perdoador, ele busca a comunhão, ele busca
aceitar – e faz tudo de maneira radical!

Por isso precisamos renovar no nosso coração o porque nós amamos uns aos outros. Essa
motivação precisa ser renovada no nosso íntimo. Muito do que chamamos de “amor” hoje em
dia esta mais para “egoísmo refinado” do que para o amor de Jesus.

 Eu te amo “porque”... você faz aquilo por mim, porque é bonita(o), porque é inteligente,
etc.
 Eu te amo “se”... se suprir minhas necessidades, se não causar problemas demais, etc.
 Eu te amo “quando”... quando tive um bom dia, quando fui bem-sucedido, quando
tenho vontade...

O amor nos moldes de Jesus não tem “porquês, se ou quando”. O amor que flui de um novo
coração é amor incondicional, o amor ágape.

1) O amor escolhe a comunhão


Para amar como Jesus amou, precisamos escolher ter comunhão.

1 João 1:7 (NVI-PT) Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns
com os outros, e o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado.

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Hebreus 10:24-25 (NVI-PT) E consideremos uns aos outros para nos incentivarmos ao amor e
às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como igreja, segundo o costume de alguns, mas
procuremos encorajar-nos uns aos outros, ainda mais quando vocês vêem que se aproxima o
Dia.

Salmos 133 (NVI-PT) Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união! É como
óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão, até a gola
das suas vestes. É como o orvalho do Hermom quando desce sobre os montes de Sião. Ali o
Senhor concede a bênção da vida para sempre.

Filipenses 2:1-5 (NVI-PT) Se por estarmos em Cristo nós temos alguma motivação, alguma
exortação de amor, alguma comunhão no Espírito, alguma profunda afeição e compaixão,
completem a minha alegria, tendo o mesmo modo de pensar, o mesmo amor, um só espírito e
uma só atitude. Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente
considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus
interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo
Jesus.

Perceba que não são poucos os textos bíblicos que nos aconselham, exortam e incentivam a
comunhão – pois foi assim que Deus criou, Ele sempre teve intimidade entre o Pai, o Filho e o
Espírito.

Podemos definir a comunhão como uma atitude de companheirismo, onde temos prazer de
passar tempo com essas pessoas. É fácil dizer que amamos as pessoas quando passamos
pouco tempo com elas. A vida na igreja, para que ela seja vivida de uma maneira onde o Reino
de Deus venha sobre nós, precisa passar pela comunhão.

Antes do Reino avançar ao nosso redor, ele precisa avançar dentro de nós. Por isso
precisamos buscar a comunhão como algo essencial a nossas vidas, como a escola que Deus
nos proporcionou para amarmos como Jesus ama.

Comunhão não é o cafezinho após o culto, ou somente o encontro da célula. Comunhão é o


interesse claro e genuíno de se relacionar – e isso envolve: se abrir, contar seus problemas,
alegrias, sonhos, lutas, aquilo que você gosta, comentar sobre tudo, e ser vulnerável.

Ter comunhão pode ser soletrado assim: CORRA RISCOS! Alguns podem rejeitar a nossa
comunhão, o nosso interesse real – mas não é por uma experiência malsucedida que devemos
abandonar esse mandamento da comunhão. Jesus não desistiu de 11 discípulos só porque
havia um que o trairia.

2) O amor escolhe perdoar

Efésios 4:32 (NVI-PT) Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se
mutuamente, assim como Deus os perdoou em Cristo.

Nesse texto, o Apóstolo Paulo, a exemplo de Cristo, nos coloca mais uma referencia: façam
como Deus fez. Mas como Paulo? Como isso é possível? Somente através da vida cheia do
Espírito Santo.

Mateus 18:23-35 (NVI-PT) “Por isso, o Reino dos céus é como um rei que desejava acertar
contas com seus servos. Quando começou o acerto, foi trazido à sua presença um que lhe
devia uma enorme quantidade de prata. Como não tinha condições de pagar, o senhor
ordenou que ele, sua mulher, seus filhos e tudo o que ele possuía fossem vendidos para pagar

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a dívida. “O servo prostrou-se diante dele e lhe implorou: ‘Tem paciência comigo, e eu te
pagarei tudo’. O senhor daquele servo teve compaixão dele, cancelou a dívida e o deixou ir.
“Mas quando aquele servo saiu, encontrou um de seus conservos, que lhe devia cem denários.
Agarrou-o e começou a sufocá-lo, dizendo: ‘Pague-me o que me deve!’ “Então o seu conservo
caiu de joelhos e implorou-lhe: ‘Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei’. “Mas ele não quis.
Antes, saiu e mandou lançá-lo na prisão, até que pagasse a dívida. Quando os outros servos,
companheiros dele, viram o que havia acontecido, ficaram muito tristes e foram contar ao seu
senhor tudo o que havia acontecido. “Então o senhor chamou o servo e disse: ‘Servo mau,
cancelei toda a sua dívida porque você me implorou. Você não devia ter tido misericórdia do
seu conservo como eu tive de você?’ Irado, seu senhor entregou-o aos torturadores, até que
pagasse tudo o que devia. “Assim também lhes fará meu Pai celestial, se cada um de vocês
não perdoar de coração a seu irmão”.

O perdão é algo sério no Reino de Deus. E sabe porque? Pois na eternidade, a única coisa que
teremos será a adoração contínua a Deus o Pai, e o relacionamento uns com os outros – não
teremos trabalhos, não teremos preocupações, não teremos contas para pagar.

Viver hoje, na terra, durante os dias que o Senhor nos acrescenta, é uma preparação para a
vida eterna – por isso a Bíblia tem tantos ensinamentos sobre como podemos nos relacionar de
uma maneira que mostra como é no Céu, para que outros na terra possam ser impactados por
esse amor uns aos outros.

A parábola que Jesus compartilha não é injusta, nem tampouco mostra um Deus maldoso.
Jesus quando conta essa parábola para seu público de cultura judaica, está fortalecendo que
perdoar é como dever dinheiro a alguém – e para o judeu, dever dinheiro é considerado
praticamente um pecado. Jesus está dizendo: quando você não perdoa uma pessoa, seja por
qual motivo for, você está pecando da mesma maneira quando você deve dinheiro a alguém.
Isso teve um grande efeito em meio aos seus ouvintes naquele momento. O novo normal do
Reino de Deus tem o perdão como fundamento essencial.

REFLETIR

Tanto a comunhão quanto o perdão são decisões. A comunhão é mais simples de encararmos
como uma escolha, mas muitas vezes o perdão é algo mais complexo. Muitas pessoas dizem:
“eu simplesmente não consigo perdoar”. E então, para ajudar, duas perguntas podem ser
feitas:

 O que você acha que significa perdoar? Alguém ensinou a maioria das pessoas que
perdoar é esquecer – e a maioria dessas pessoas também sabe que simplesmente não
da pra esquecer. Mas a verdade é que perdoar é abrir mão: abrir mão da amargura e
do desejo de vingança. Perdoar não é confiar – há um tempo até que a confiança seja
reestabelecida, mas o perdão pode ser feito instantaneamente: “eu abro mão”.

 Quem você está tentando punir quando escolhe não perdoar? Quando enterramos
esses sentimentos de injustiça dentro de nós, acabamos magoando e machucando
pessoas que nada tem a ver com a situação, pessoas próximas de nós que nos amam.
Quando não tratamos uma ferida do passado, ela continua nos ferindo toda vez que
andamos, nos relacionamos. Muitas pessoas não se relacionam, não buscam a
comunhão e não desfrutam do Reino de amor nos relacionamentos porque tem
amarguras profundas – mas continuam dizendo para si mesmas “eu não tenho nada”.

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Marcos 11:25 (NVI-PT) E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém,
perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados.

APLICAR

O perdão e a comunhão são uma resposta positiva a graça e ao amor de Deus. É nós
dizermos: “Obrigado Deus, por você me dar um novo coração capaz de obedecer e de amar.
Eu respondo positivamente a essa oportunidade, por isso, me enche do teu Espírito Santo para
que eu possa viver, amar como Jesus”.

1 Coríntios 13:4-7 (NVI-PT) O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se
vangloria, não se orgulha. Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente,
não guarda rancor. O amor não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo
sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

O texto de 1 Coríntios 13 não é utopia, algo impossível de atingirmos. Não é uma bela poesia.
É a descrição do nosso Deus e Pai que habita dentro de nós através do Espírito Santo. É a
comunhão com o Espírito que nos faz sermos mais parecidos com Jesus.

O que você tem mais dificuldade nesses dias?


 Buscar a comunhão? Saiba que não é somente um item na agenda, você precisa
escolher estar presencialmente e espiritualmente lá. A comunhão começa com uma
reserva na agenda, mas precisa se tornar completa quando compartilhamos o nosso
coração.
 Liberar perdão? Simplesmente escolha abrir mão. E quando o pensamento vier de
novo, a memória bater forte, ore dizendo: “Pai, eu libero perdão para essa situação, eu
entrego nas suas mãos novamente, eu abro mão”. A oração é dizer as nossas
emoções como e em quem você confia.

Vamos orar.

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