Você está na página 1de 5

Formação sobre amor e misericórdia:

Nossa formação hoje tem haver com o que Deus é, são duas palavras: Amor e Misericórdia

Misericórdia:

Pude entender, que a misericórdia é o elo de ligação de nós pecadores com a graça de
Deus. Ou seja é a expressão do amor de Deus por nós pecadores, onde este amor
transcende as nossas faltas, capacita-nos pela nossa justificação, pela purificação de todos
nossos pecados, assim estaremos em perfeita comunhão com Deus, já que só o pecado é
quem nos afasta de DELE.

Jesus convida os pecadores à mesa do Reino: “Não vim chamar os justos, mas pecadores”
(Mc 2,17). Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas
mostrando-lhes com palavras e atos, a misericórdia sem limites do Pai por ele e a imensa
“alegria no céu por um único pecador que se arrepende” (Lc 15, 7). “A prova suprema
deste amor será o sacrifício de sua própria vida em remissão do pecados” (Mt 26,28) (CIC
545).

Alguém sabe me dizer o que é o pecado?


Pecado é tudo aquilo que de certa forma desagrada a Deus, e que o ofende.

Esta misericórdia é expressa de diversas formas no Evangelho, já que o Evangelho é a


revelação em Jesus Cristo da misericórdia de Deus para com os pecadores. O anjo anuncia
a José: “Tu o chamarás com o nome de Jesus, pois ele salvará seu povo de seus pecados
(Mt 1,21). O mesmo se dá com a Eucaristia, sacramento de redenção: “Isto é o meu
sangue, o sangue da aliança, que é derramado por muitos, para remissão dos pecados (Mt
26,28) (CIC 1846).

“Deus nos criou sem nós, mas não quis salvar-nos sem nós” Acolher sua misericórdia
exige de nossa parte a confissão de nossas faltas. “Se dissermos: “Não temos pecado”,
enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos nossos
pecados, Ele, que é fiel e justo, perdoará nossos pecados e nos purificará de toda injustiça”
(1Jo 1,8-9) (CIC 1847).

E todos nós sabemos que para realizarmos uma boa confissão precisamos primeiramente
nos arrepender de nossos pecados, já que o arrependimento nos leva a conversão, a vida,
como Pedro que se arrependeu após ter negado Jesus, diferente do remorso que conduz a
morte, como aconteceu com Judas Iscariotes que se matou.

Uma das passagens mais belas de misericórdia de toda bíblia para mim é a passagem do
filho pródigo (Lc 15,11-32), pois narra com exatidão como Deus se comporta quando nos
arrependemos e decidimos voltar para casa do Pai. E Deus que é infinitamente
misericordioso, nos espera de braços abertos, não nos perguntando por onde andamos, o
que fizemos, mas somente nos ama.

O que Deus quer de nós, é que tenhamos a coragem de dar o passo e voltar, para que
possamos estar novamente em seus braços misericordiosos, e por Deus agir no tempo
presente, não podemos deixar para amanhã, já que para nós o amanhã ainda não existe, o
ontem já ficou no passado, por isso só nos resta o hoje.

E assim, devemos vive-lo com intensidade como fazia os Santos, pois não sabemos nem o
dia e nem a hora em que virá o Senhor, mas sabemos que ele está muito próximo. Por isso
mais do que nunca este é o tempo favorável, o tempo em que Deus está derramando
profundamente sua misericórdia em nossas vidas, já que depois, quando o Senhor vier, ou
nós irmos até ele, este tempo acabará, então entraremos no tempo da justiça, onde nossos
atos sejam bons, como as obras de misericórdia, sejam maus como nossos pecados, serão
levados em consideração diante do Justo Juiz que decidirá o nosso destino eterno, ou junto
dele na glória dos Céus, ou para longe dele, no fogo do inferno. Abramo-nos a misericórdia
de Deus.

Diferença entre misericórdia e perdão:


Bom, lá no início eu havia comentado de como Deus nos perdoa, mas alguém sabe qual a
diferença entre misericórdia e perdão?
……………………………………………………………
A misericórdia não é simplesmente dizer palavras de comiseração e perdão. É,
efetivamente, a prática de fazer o bem ao semelhante, a partir de quem mais precisa. A
Misericórdia e o perdão se unem na expressão do amor. Mas são vinculados também à
atitude de quem quer recebê-los, colocando-se aberto à mudança de vida, para ser mais fiel
a quem concedeu essas virtudes baseadas em sua bondade. A melhor atitude nossa diante
de Deus, que quer ser misericordioso e nos perdoar, é a de revermos nossa vida para não
continuarmos a ser ingratos com Deus, permanecendo no erro e no pecado. É a
manifestação de confiança: “Perdão, Senhor! Não quero mais pecar”!
O Sacramento do perdão é a melhor graça que Jesus nos deixou. Divina Misericórdia é uma
forma de compaixão da parte de Deus, um ato de graça baseado na confiança ou no
perdão.q

Amor:

“O homem não pode viver sem o amor. Ele permanece para si mesmo um ser
incompreensível e a sua vida é destituída de sentido se não lhe for revelado o amor, se ele
não se encontra com o amor, se o não experimenta e se não o torna algo seu próprio. (RH,
10)”. São João Paulo II

Acredito que todos estamos “carecas de saber” que o mundo perdeu o verdadeiro sentido
da palavra AMOR, e ainda não conseguiu reencontrá-lo. Embora você já possa ter refletido
a respeito, ou mesmo, ter lido vários textos sobre isso; penso que seja pertinente
meditarmos ainda mais uma vez sobre: O que é o amor?

A palavra AMOR, do latim, amor mesmo, era utilizada para designar o sentimento de
“gostar de algo ou alguém”, sentir afeição, desejo ou preocupação. Inclusive, alguns
estudiosos referem que na raiz do verbo que designa amor, em latim, está impressa a ideia
de plantar, semear. Hoje, podemos encontrar no “Aurélio”, pelo menos, umas 10 definições
para esta palavrinha de apenas 4 letras. O dicionário define amor como:embuscadaperfeio
“Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente
afeição ou atração; Grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa; Sentimento intenso
de atração entre duas pessoas; Ligação afetiva com outrem, incluindo geralmente também
uma ligação de cariz sexual; Ser que é amado; Disposição dos afetos para querer ou fazer
o bem a algo ou alguém; Entusiasmo ou grande interesse por algo; Coisa que é objeto
desse entusiasmo ou interesse; Qualidade do que é suave ou delicado; Pessoa considerada
simpática, agradável ou a quem se quer agradar; Coisa cuja aparência é considerada
positiva ou agradável”.

Podemos até concordar com algumas definições, outras não… mas a questão não é esta.
Se perguntasse a você, se alguma delas corresponderia ao AMOR de verdade. O que me
responderia?

É bem provável, que não consigamos responder a esta pergunta com perfeição.

Deus que é todo amor (Cf. 1 Jo 4, 16b), para nos ensinar o verdadeiro significado desta
palavra, quis nos enviar seu próprio filho, Jesus Cristo, para morrer inocentemente numa
cruz, e nos salvar de nossos crimes, nossas culpas, nossas injustiças, nossas indiferenças,
nossas misérias. O Filho do AMOR, morreu por AMOR, para nos ensinar o que é AMAR.
Certa vez, o Papa Bento XVI disse que: “A fonte da alegria cristã é esta consciência de ser
amado por Deus, […] com amor apaixonado e fiel, um amor que é maior que a nossa
infidelidade e os nossos pecados, um amor que perdoa”. Que alegria. Somos amados. Esta
é a nossa fé!

Ao contrário do que muitos hoje pensam, que amor são belas cartas, emocionantes
discursos, presentes caríssimos, declarações exóticas, um “mar de rosas e borboletas
azuis”, ou ainda, o tão esperado “E serão felizes para sempre”… Jesus, radicalmente, veio
nos ensinar que o amor é algo bem diferente. O amor é mais do que isso; o amor é ação,
atitude, vivência, testemunho, que o amor é verdade. Diz a sabedoria popular que as
palavras emocionam, mas os testemunhos, arrastam, convencem. Essa é a mais pura
verdade. O amor é assim. É uma força transformadora, que tem o poder de converter dor
em riso, prantos em alegria, morte em vida, trevas em luz. Foi por isso que Jesus morreu na
Cruz, para mostrar que só o amor tem o poder de mudar as nossas vidas. É preciso
acreditar no poder do amor.

São Paulo, em 1 Coríntios 13, no qual explica sobre a diversidade de dons e virtudes, vem
nos alertar que de todos eles o mais excelente é o amor. “Por ora subsistem a fé, a
esperança e a caridade – as três. Porém, a maior delas é a caridade”. (1 Cor 13,13).

Já parou para pensar por que o amor é maior que dom de línguas, de profecia, de cura?
Pois o amor é mais poderoso deles. É o amor que transforma o mundo!

No entanto, o amor exige um preço. Quem está disposto a amar, está disposto a sofrer.
Este é o preço do verdadeiro amor. É como diz o ditado “Quem ama a rosa, suporta os
espinhos”. Foi o que Jesus fez, nos ensinou e é o que devemos fazer com todos aqueles a
quem dizemos amar. Em um dos momentos de sua vida, Jesus disse a André e Filipe:
“Se o grão de trigo, caído na terra, não morrer; fica só; se morrer, produz muito fruto. Quem
ama sua vida, perdê-la-á; mas quem odeia sua vida neste mundo, conservá-la-á para a vida
eterna. Se alguém quer me servir, siga-me; e onde eu estiver ali estará o meu servo. Se
alguém me serve, meu Pai o honrará.” Jo 12, 24- 26. É o que hoje o Divino Mestre diz a
mim e a você. Coragem! Não desanime!

Amor e misericórdia:

Jesus antes de morrer fundou sua igreja como está escrito no evangelho.

Só que ao longo do séculos as pessoas que formaram a igreja frequentemente distorceram


os ensinamentos de Jesus e mudaram a sua face pois eles tinham medo e pavor de Deus.
E mais uma vez Deus quis vir a humanidade mas dessa vez através de uma mulher, Santa
Faustina Kowalska (Maria Faustina Kowalska) para propagar o Seu amor e misericórdia. E
um fato interessante, Jesus pediu a ela para que fizesse a imagem de Jesus misericordioso,
aquela onde tem aquela frase, Jesus eu confio em vós, da divina misericórdia. Ela ao longo
de sua vida teve aparições de Jesus, nas quais ele vinha a ela pedir que ela escrevesse em
um diário o que Ele queria que o mundo soubesse (ela é a dona do famoso diário de Santa
Faustina) e em fim, ela fez a vontade de Deus, com Amor, para que o mundo entendesse o
que é misericórdia de Deus e também a confiar nela (na sua misericórdia) o mundo pode ter
mudado, e mudar ainda, mas que saibam que Deus nunca mudou e continua nos amando e
mostrando sua misericórdia.

Que Deus é o melhor de todos os Pais

"Meu Coração está repleto de grande misericórdia para com as almas, e especialmente
para com os pobres pecadores. Oh! se pudessem compreender que Eu sou para eles o
melhor Pai, que por eles jorrou do Meu Coração o Sangue e a Água como de uma fonte
transbordante de misericórdia". (Diário, 367)

Dinâmica:

Agora peço para que vocês pensem comigo, imagine você e Deus, com o Senhor acima de
você. Imagine você, na sua pequenez e humildade, diante da majestade divina de Jesus.
Agora imagine Jesus carregando a sua Cruz, pesadíssima e ao redor, uma multidão, e os
guardas o levando. Jesus carrega sua Cruz sozinho, mas vejamos ele não está sozinho,
naqueles olhares de indiferença, há um olhar de compaixão, com seus olhos marejados de
lágrimas e com um nó na garganta aparece Maria, e então no meio daquele tumulto Jesus
tropeça e cai, Ele cai e por cima dele cai a sua Cruz pesada, esta cena toca Nossa
Senhora, faz com que ela se recorde, da cena de infância onde Jesus tropeça e cai por
terra. Imagine esta mãe zelosa, atenta ao seu filho, que vai de braços estendidos, correndo
em direção do menino Jesus, imagine, que este mesmo impulso, que faz com que Maria
corra em socorro do seu Filho, ela corra e como na infância ela vai consolar o seu Filho com
três doces palavras: eu estou aqui. Jesus olha para sua mãe e olhando no fundo dos olhos,
falando com dificuldade, ele diz: veja mãe eis que faço novas todas as coisas. Ele olha para
ela, ela olha para Ele, e como quem dá uma força um ao outro, Ele segue seu caminho, em
direção ao calvário. Agora com esta cena já fundada, veja quem são estes dois realmente,
Jesus não é um homem qualquer, Ele é o próprio Deus, o criador do universo, que com só
uma palavra poderia acabar com toda aquela gente que o crucificou, Jesus é o Deus de
amor, é o Deus de bondade, e quem é nossa senhora? Maria, mãe de Deus, puríssima sem
pecado, imaculada, o coração humano que mais amou Jesus, pq Jesus não era somente
seu filho, era seu Deus e Senhor, o que sentiram esses dois corações neste momento? O
coração sagrado de Jesus, de um Deus q se fez homem, e o coração imaculado de Maria.
São Luiz Gonzaga que não era imaculado, era capaz de desmaiar com algo que ofendesse
a Deus, e o que não sentiu Nossa senhora, cheia de graça, ao ouvir toda aquela crueldade,
dirigida a Jesus, o rei dos reis o senhor dos senhores, o coração de Jesus, a paixão
dolorosa? No coração de Maria, ela sentiu compaixão. Nossa senhora cuidou deste filho,
que o gerou, que o cuidou,que o alimentou, e esse filho que além de gerado por ela, é o
próprio Deus, que a criou imaculada, a compaixão de nossa senhora foi uma dor de amor
muito maior que a dor de todos os mártires, por isso ela é chamada de rainha dos mártires.
E quem sou eu, diante desses dois corações, quem sou eu nesta cena? Sou como São
João que olha para os dois corações, que ao olhar eles se compadece, ou sou como a
multidão ao redor, que assiste com curiosidade, quem sou eu nesta cena? Bom, agora cabe
a vocês responderem mas não vou pedir que compartilhem. Só queria ter feito vocês
pensarem e verem como devem agir sabendo do amor de Cristo e a misericórdia de Deus.

Você também pode gostar