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1- INTRODUÇÃO
Perdoar é uma ordem de Deus para que o nosso coração esteja verdadeiramente livre para o
amor, livre para Deus. A felicidade do cristão está em amar. E a ação de amar, exige de nós,
imediatamente, outra atitude concreta: PERDOAR. Um coração cheio de amor está sempre
disposto a perdoar. O amor cristão, longe de ser coisa humana, é algo sobrenatural, um poder
invencível, algo que não se consegue resistir, é o amor do próprio Deus derramado em nossos
corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. A marca do cristão é o amor. Trata-se de um
amor que se doa por inteiro ao outro, um amor perene (Que brota sem cessar), amor gratuito
(que não espera retorno) e efetivo (concreto constante, incondicional), amor que tudo supera,
que procura compreender além daquilo que se apresenta, que tudo perdoa. É esse o padrão de
amor a que somos chamados por Jesus.
2- DESENVOLVIMENTO
“Então Pedro se aproximou ele disse: Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão,
quando ele pecar contra mim? Até sete vezes? Respondeu Jesus: Não te digo até sete
vezes, mas até setenta vezes sete” (mt. 18, 21-22)
“Antes, sede uns com os outros bondosos e compassivos. Perdoai-vos uns aos outros,
como também Deus vos perdoou em Cristo (Ef. 4,32)
“Suportai-vos uns aos outros e perdoai-vos mutuamente, toda vez que tiverdes queixa
contra outrem. Como o Senhor vos perdoou, assim perdoai também vós” (Col. 3,13).
No Catecismo da Igreja Católica nos ensina que durante a vida pública de Jesus ele não só
perdoou os pecados, mas também manifestou o efeito desse perdão: Reintegrou os pecadores
perdoados na comunidade do povo de Deus, da qual o pecado os havia afastado ou até
excluído. Um sinal evidente é o fato de Jesus admitir os pecadores á sua mesa e, mais ainda, de
ele mesmo sentar-se á mesa deles, gesto que exprime de modo estupendo ao mesmo tempo o
perdão de Deus e o regresso ao seio do povo de Deus.
Uma das passagens do Evangelho que mais nos levam a refletir sobre o perdão é ”E Jesus dizia:
Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem (Lc. 23-24).
Jesus exclamou isso do alto da cruz, ou seja, no ápice de sua dor moral e física de seu
sofrimento. Em meio a tanta humilhação a todo o descaso, desprezo, desamor, ás palavras
duras, ao deboche, á traição, á agressão, ainda aí o amor atuante falou mais alto em forma de
perdão. A atitude de Jesus foi nos comunicar o perdão. E que poder conteve esta atitude! O
perdão de Jesus fez os infernos tremerem, aquilo que era maldição foi substituído por bênção
recaindo sobre toda a humanidade, aquele gesto confundiu Satanás. Assim como Jesus somos
chamados a fazer-mos essa atitude poderosa pelo perdão a todos aqueles que nos ofender, por
pior ou maior que seja a ofensa. Deus sempre perdoa nossas faltas e pecados e pede que
façamos o mesmo ao próximo. Diante do exemplo que Jesus nos deixou, podemos afirmar que
perdoar é sempre possível, com a ajuda dele.
Deus nos quer felizes, mas quando estamos com falta de perdão, sentimo-nos abatidos, tristes,
feridos, magoados, muitas vezes incapazes até mesmo de orar. Para sair desta situação, para
sermos curados libertos, precisamos tomar decisão de perdoar com a ajuda de Jesus a todos
os irmãos que nos ofenderam, maltrataram, magoaram, agrediram, desrespeitaram, etc.
Perdoar é uma decisão livre tomada por uma pessoa. Por pior que seja a ofensa, por mais
dolorosa que seja a ferida causada, por mais incompreensível que seja a atitude de ofensor,
podemos e devemos decidir perdoa-lo. Assim como eu decido me vingar de uma pessoa, posso
decidir perdoa-la. Verdadeiramente, este é o desafio, mas quem o supera – com Jesus – bebe
de fonte inesgotável de paz, alegria, bem-estar, liberdade no espírito.