Desafios para celebrar e vivenciar a fé que professamos
Ao participarmos de celebrações eucarísticas, facilmente encontramos celebrações sem
muita preparação, feita às pressas e com pouca participação; deficiências nas equipes de liturgia; celebrações centradas no presidente (padre) e este sem criatividade, sem entusiasmo, sem vibração, ou então aquele quer dar espetáculo, “brilhar”. Mas também encontramos celebrações bonitas, vibrantes, participadas, animadas, encarnadas na vida da comunidade, riqueza na simbologia, bem preparadas, presidentes (padres) comunicativos, criativos, animados e que transmitem entusiasmo e vida para a comunidade celebrante. Por que esta diferença? Um dos “segredos” está na formação e na preparação. Tudo o que preparamos bem sai melhor. O outro “segredo” é entender o que significa celebrar, ou melhor, participar da mesa eucarística. Quando temos clareza das exigências da Eucaristia, naturalmente nos envolvemos mais, nos comprometemos mais e celebramos melhor. Vejamos algumas exigências que podem ajudar a celebrar e a viver melhor a Eucaristia1. a) Configuração a Cristo – as palavras que Jesus ensinou são para serem vividas e seu testemunho seguido. Só tem sentido comê-lo se Ele é parte integrante na nossa vida. Celebrarmos melhor se temos uma intimidade maior com Ele. b) Vida fraterna – a Eucaristia é encontro de irmãos(ãs) que celebram a vida. Daí que, para a celebração ser verdadeira, é preciso haver experiências fraternas e objetivos buscados comunitariamente. c) Atitude de sacrifício – como Jesus deu sua vida por nós, também nós devemos nos doarmos mutuamente para viver no seu amor, pois o amor consiste em dar a vida pelo irmão(ã) (1Jo 3,16). d) Cultivo da gratuidade – A Eucaristia celebra a bondade e a gratidão de Deus. E como tudo é dom e graça de Deus, nós devemos viver estas manifestações e colocar a nossa vida num espírito de gratuidade. Somente assim faz sentido celebrar a Eucaristia. e) Conversão progressiva e engajamento radical na construção do bem – participar da Eucaristia nos possibilita uma vida configurada com a de Cristo. Ela exige de nós mudança constante. Exige a defesa da justiça e do bem, isto é, não acovardar diante das injustiças e do mal, mas ajudar a combater e a superar. Exige participar das reformas sociais e políticas. Exige lutar pela vida. Para não empobrecer ou até anular o sentido e o valor da Eucaristia, precisamos nos comprometer com a vida dos outros, nos interessar por seus problemas, principalmente os mais necessitados. Precisamos celebrar aquilo que vivemos, mas, também, viver aquilo que celebramos. Precisamos aproximar, cada vez mais, fé e vida, fé e luta. Quando colocamos a vida na Eucaristia ela se torna o alimento que nos dá forças para lutarmos por justiça, por saúde, por pão, por terra, por trabalho, por escola, por lazer, enfim, por uma sociedade mais justa e mais fraterna. Comungar é comprometer-se com a vida do irmão(ã). Receber Jesus na Eucaristia é ir ao encontro do necessitado(a). Comungar é lutar por dignidade humana e paz (CF/2000), é lutar por vida sim (CF/2001). Comungar é lutar por uma sociedade justa e igualitária.
1 Estas exigências encontram-se no livro do Pe. Antonio VALENTINI NETO. Os sinais sacramentais da fé, p.85- 86.
A Profecia de Daniel 7:7-8 Está Sendo Cumprida Nas Notícias Do Dia-a-Dia - A Formação Dos Dez Reinos (Blocos Econômicos) Está Agora Se Tornando Aparente