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Tema: Experimentando o profundo amor de Deus: Perdão como processo de cura


Texto: Tg 5,14-16
Tipo: sermão
Local/data: 3ª IPI – 23/07/17
14 Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele,
ungindo-o com óleo em nome do Senhor;
15 e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, será
perdoado.
16 Portanto, confessai vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A
súplica de um justo é muito eficaz.

Introdução
Nesses últimos domingos falamos sobre experimentar o profundo amor de Deus por meio do perdão,
certamente uma das atitudes mais difíceis de serem colocadas em prática na nossa vida, pois,
literalmente a palavra perdão significa: cancelar ou remir, ou seja, declarar o outro inocente de sua
dívida.

Quem peca, torna-se devedor. Como todos pecaram, todos são devedores. Em Cristo alcançamos
perdão, ou seja, cancelamento da nossa dívida. Divida essa que deveria ser paga com a própria vida.

Vimos que para experimentarmos o perdão que já foi conquistado por Cristo, será preciso que
realmente nos arrependamos, pois isso faz parte do processo que nos deixa livres para andar em
santidade.
Vimos que devemos ser libertos dos sentimentos de culpa com base no perdão oferecido por Deus
em Cristo a todos aqueles que nele creem e que arrependidos, confessam e buscam a graça do
Senhor.
Vimos que assim como Deus nos perdoa, devemos perdoar uns aos outros.

Claro que é muito mais fácil falar sobre do que dar e receber perdão, porém, o perdão é essencial.
Jesus ensina que sem perdão sequer podemos ter comunhão com Deus.

Hoje vamos olhar para o perdão como parte do processo de cura de muitas de nossas enfermidades.

1ª parte: A falta de perdão pode nos adoecer


No texto que lemos Tiago associa a enfermidade à possibilidade de existência de pecados, ou seja, há
enfermidades que são consequências de pecados e, associa a cura ao perdão dos pecados. Depois ele
nos exorta a confessarmos nossos pecados e orarmos para sermos curados. Mais uma vez ele associa
perdão à cura de enfermidades. Assim, biblicamente falando, pode ser que alguma enfermidade que
tenhamos, pode estar associada a algum pecado sofrido ou cometido e ausência de perdão.
O perdão cura, liberta, restaura. Uma vida que não recebeu o perdão de Deus e que não oferece
perdão ao próximo é uma vida dura, rancorosa, infeliz, doente. Onde há perdão existe liberdade e
saúde. Onde não existe perdão há escravidão e enfermidade.

Não perdoar faz com que nos sintamos torturados. (Mateus 18:32-35).
Não perdoar provoca em nós sentimento de vingança. (Provérbios 24:29)
Não perdoar nos impede de sermos perdoados por Deus. (Mateus 6:15).
Não perdoar retarda as respostas às nossas orações. (Marcos 11:25).
Não perdoar nos leva a olhar para as falhas dos outros, mas não para as nossas. (Mateus 7:3-5).
Não perdoar nos leva a andar em trevas. I João 2:11).
Não perdoar nos impede de procurar o melhor para nossos relacionamentos. (I Tessalonicenses 5:15).

Ansiedade, angustia, depressão, pressão alta, disritmia, problemas alimentares, dores, são doenças
que, muitas vezes, porém, não exclusivamente, podem ter como causa a falta de perdão.

2ª parte: Perdão como processo de cura: recebendo perdão


3 Enquanto me calei, meus ossos se consumiam de tanto gemer o dia todo. 4 Porque tua mão pesava
sobre mim de dia e de noite; meu vigor se esgotou como no calor da seca. 5 Confessei-te meu pecado
e não encobri minha culpa. Eu disse: Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR; e tu perdoaste
a culpa do meu pecado (Sl 32,3-5)
Enquanto calei: Davi nos conta que seu silêncio foi uma recusa de reconhecer seu pecado diante de
Deus. Não houve alívio, nem de dia nem de noite, enquanto ele se recusava a confessar o seu pecado
diante do Senhor.

Quando Adão e Eva pecaram tiveram medo, por conta disso esconderam-se de Deus. O pecado não
confessado, nos faz andar pelas sombras, atrás das árvores, tentando buscar um esconderijo da
presença de Deus. O pecado não confessado faz com que evitemos conversar com Deus, para não
termos que assumir que erramos.

Davi afirma que esse comportamento tem graves consequências: dores pelo corpo, falta de vigor,
falta de ânimo de vida, ou seja, tornamo-nos doentes fisicamente, emocionalmente e
espiritualmente.

Confessei-te . . . e tu perdoaste: O salmista fala de um processo, não apenas de um ato instantâneo.


Primeiro ele reconheceu que suas dores físicas eram consequências de pecados em sua vida e,
finalmente disse: "Eu confessarei". Confissão essa recompensada com o perdão de Deus, que
segundo João, nos purifica de todo o mal (1Jo 1,9-10).

Outra coisa que Tiago fala é sobre confessarmos nossos pecados uns aos outros. Aqui temos pelo
menos duas interpretações: 1) confessar o pecado a quem foi ofendido, tal como fazemos com Deus;
2) confessar o pecado a um irmão ou grupo de irmãos que não tenham sido objeto da ofensa. A
primeira interpretação possui um grupo de seguidores mais numeroso que a segunda. Seja como for
que leiamos o texto, você consegue se imaginar fazendo isso?

Creio que não, por um motivo simples, porém triste, nós fazemos comparações entre nossos
pecados. Muitas vezes medimos uns aos outros tendo como referência a nós mesmos e nossa lista
particular de gravidades de pecados. Quando alguém confessa um pecado, os cristãos, muitas vezes,
não olham com graça e misericórdia, mas sim, com olhos de juízes. Algo como: desse pecado eu não
padeço, então você é mais pecador que eu e, vai ser castigado com o pior dos castigos: a falta de
perdão. Isso faz com que muitos relacionamentos sejam destruídos ao invés de serem curados.

Para que possamos confessar nossos pecados uns aos outros é preciso que tenhamos um coração
cheio de graça, amor e perdão. Como isso muitas vezes não acontece, muitos permanecem doentes,
pois precisam fazer de conta que são perfeitos, não colocando em prática isso que Tiago afirma ser
um remédio poderoso: confessar os pecados uns aos outros.

Quando confessamos nossos pecados Deus nos cura, nos purifica, nos sara. Podemos sair dos
esconderijos, conversar com Deus, andar livremente. As dores passam, os gemidos acabam, o ânimo
de vida é restaurado. Voltamos a viver.

Receber o perdão de Deus, não é apenas confissão de culpa. Receber o perdão de Deus é ser curado
das enfermidades que o pecado trouxe sobre nós.

Ilustração: quando tiver que pedir perdão

3ª parte: Perdão como processo de cura: oferecendo perdão


31 Toda amargura, cólera, ira, gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda
maldade. 32 Pelo contrário, sede bondosos e tende compaixão uns para com os outros, perdoando
uns aos outros, assim como Deus vos perdoou em Cristo. (Ef 4,31-32)
Perdoando-vos uns aos outros: A única maneira de sermos capacitados a perdoar é através do
perdão que nós mesmos já recebemos por amor a Cristo. Assim como o amor de Deus produz o nosso
amor, a nossa tomada de consciência do perdão de Deus produz o nosso perdão aos outros.

João diz em sua primeira carta (4,19) que amamos porque Deus nos amou primeiro. Com relação ao
perdão podemos dizer: perdoamos porque Deus nos perdoou primeiro.

Calvino diz: “Às vezes sucede que os homens são bondosos e compassivos e, no entanto, quando são
injustamente injuriados, não têm facilidade para perdoar as injurias. ” Isso é verdade, quantas são as
vezes em que conseguimos demonstrar amor, graça e misericórdia por tantas pessoas e por tantos
assuntos, mas quando somos chamados pelo Espírito de Deus a perdoar a quem nos tem ofendido,
nosso coração se fecha, de tal maneira, que nos transformamos em uma rocha. Mesmo sabendo que
o Senhor associou o receber perdão do Pai a perdoarmos uns aos outros, os corações se endurecem.
Segundo C.S. Lewis: "Todos dizem que perdoar é uma ideia agradável até terem algo para perdoar."
Somente quem tem consciência do quanto recebeu da graça e da misericórdia de Deus conseguirá
oferecer perdão. Temos que ter em mente que cada um de nós, recebeu e recebe muito da graça e
da misericórdia de Deus e, que por isso, devemos também sermos generosos quando o assunto é
perdão.

Temos que entender que há coisas que são difíceis, mas não são impossíveis de serem feitas, apenas,
dão mais trabalho e exigem mais esforço e dedicação e que, o perdão está entre essas atitudes.
Segundo Phillip Yancey: “Ser cristão é perdoar o imperdoável nos outros, pois Deus perdoou o
imperdoável em nós."

Se não oferecermos perdão uns aos outros estamos sujeitos a: 31 Toda amargura, cólera, ira,
gritaria e blasfêmia sejam eliminadas do meio de vós, bem como toda maldade.

Para Martin Lloyd-Jones: Se realmente conhecemos Cristo como nosso Salvador, os nossos corações
são quebrantados, não podem ser duros, nem podemos negar o perdão."

Quando não oferecemos perdão nos tornamos pessoas rancorosas, amargas, vingativas, que desejam
o mal. Todos esses são sentimentos que podem nos deixar doentes. Se por um lado podemos sofrer
doenças como consequência de pecados encobertos e não confessados, também podemos sofrer de
doenças como consequência da falta de oferecimento de perdão da nossa parte. Temos que
entender que o rancor é como um veneno que se toma esperando que faça efeito no outro.

Ilustração: quando tiver que perdoar

Conclusão
Um professor pediu a os alunos que levassem para a aula, batatas e um saco plástico. Durante a aula
pediu para que cada um deles separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam mágoas e,
escrevessem os nomes dos ofensores nas batatas separadas e, as colocassem dentro do saco plástico
e, alguns sacos ficaram muito pesados. A tarefa era a seguinte: durante uma semana, teriam que
levar para todos os lugares que fossem o saco com as batatas. O incômodo de carregar aquele peso, a
cada momento, mostrava-lhes o tamanho do peso espiritual diário que a mágoa ocasiona, bem como
o fato de que, ao colocar a atenção no saco de batatas, para não o esquecer em nenhum lugar, os
alunos deixavam de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles, fora que com
o tempo começou a cheirar mal, pois as batatas começaram a apodrecer.

Há pessoas que pensam mais tempo nas pessoas que as ofenderam do que nas pessoas que amam.
Levam seus desafetos para todo lugar em todo o tempo. Não conseguem se livrar deles, por um
simples motivo, não perdoam e só o perdão pode livrá-los desse fardo.
Mas, também há o fardo do perdão não recebido por não termos confessado ao Senhor nossas
falhas. Fardos esse tão pesados quanto sacos de batatas malcheirosas que só podem ser aliviados
com o perdão de Deus.

Tiago disse que se há alguém doente que se chame os presbíteros para orar com unção e, que se a
enfermidade é por conta da falta de perdão (recebido ou oferecido) que haja confissão e oração para
que Deus derrame cura.

Tema: Experimentando o profundo amor de Deus: Perdão como processo de cura


Texto: Tg 5,14-16
Local/data: 3ª IPI – 23/07/17

Texto
14 Algum de vós está doente? Chame os presbíteros da igreja, para que estes orem sobre ele, ungindo-o com óleo em
nome do Senhor;
15 e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, será perdoado.
16 Portanto, confessai vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros para serdes curados. A súplica de um justo
é muito eficaz.

1ª parte: A falta de perdão pode nos adoecer


No texto que lemos Tiago associa a enfermidade à possibilidade de existência de pecados, ou seja, há enfermidades que
são consequências de pecados e, associa a cura ao perdão dos pecados. Depois ele nos exorta a confessarmos nossos
pecados e orarmos para sermos curados. Mais uma vez ele associa perdão à cura de enfermidades. Assim, biblicamente
falando, pode ser que alguma enfermidade que tenhamos, pode estar associada a algum pecado sofrido ou cometido e
ausência de perdão.
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O perdão cura, liberta, restaura. Uma vida que não recebeu o perdão de Deus e que não oferece perdão ao próximo é
uma vida dura, rancorosa, infeliz, doente. Onde há perdão existe liberdade e saúde. Onde não existe perdão há
escravidão e enfermidade.
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Ansiedade, angustia, depressão, pressão alta, disritmia, problemas alimentares, dores, são doenças que, muitas vezes,
porém, não exclusivamente, podem ter como causa a falta de perdão.
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2ª parte: Perdão como processo de cura: recebendo perdão


3 Enquanto me calei, meus ossos se consumiam de tanto gemer o dia todo. 4 Porque tua mão pesava sobre mim de dia e
de noite; meu vigor se esgotou como no calor da seca. 5 Confessei-te meu pecado e não encobri minha culpa. Eu disse:
Confessarei as minhas transgressões ao SENHOR; e tu perdoaste a culpa do meu pecado (Sl 32,3-5)

Quando Adão e Eva pecaram tiveram medo, por conta disso esconderam-se de Deus. O pecado não confessado, nos faz
andar pelas sombras, atrás das árvores, tentando buscar um esconderijo da presença de Deus. O pecado não
confessado faz com que evitemos conversar com Deus, para não termos que assumir que erramos.
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Outra coisa que Tiago fala é sobre confessarmos nossos pecados uns aos outros. Aqui temos pelo menos duas
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irmão ou grupo de irmãos que não tenham sido objeto da ofensa. A primeira interpretação possui um grupo de
seguidores mais numeroso que a segunda. Seja como for que leiamos o texto, você consegue se imaginar fazendo isso?
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Para que possamos confessar nossos pecados uns aos outros é preciso que tenhamos um coração cheio de graça, amor
e perdão. Como isso muitas vezes não acontece, muitos permanecem doentes, pois precisam fazer de conta que são
perfeitos, não colocando em prática isso que Tiago afirma ser um remédio poderoso: confessar os pecados uns aos
outros.
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3ª parte: Perdão como processo de cura: oferecendo perdão


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contrário, sede bondosos e tende compaixão uns para com os outros, perdoando uns aos outros, assim como Deus vos
perdoou em Cristo. (Ef 4,31-32)

Calvino diz: “Às vezes sucede que os homens são bondosos e compassivos e, no entanto, quando são injustamente
injuriados, não têm facilidade para perdoar as injurias. ” Isso é verdade, quantas são as vezes em que conseguimos
demonstrar amor, graça e misericórdia por tantas pessoas e por tantos assuntos, mas quando somos chamados pelo
Espírito de Deus a perdoar a quem nos tem ofendido, nosso coração se fecha, de tal maneira, que nos transformamos
em uma rocha. Mesmo sabendo que o Senhor associou o receber perdão do Pai a perdoarmos uns aos outros, os
corações se endurecem. Segundo C.S. Lewis: "Todos dizem que perdoar é uma ideia agradável até terem algo para
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Segundo Phillip Yancey: “Ser cristão é perdoar o imperdoável nos outros, pois Deus perdoou o imperdoável em nós."
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Quando não oferecemos perdão nos tornamos pessoas rancorosas, amargas, vingativas, que desejam o mal. Todos
esses são sentimentos que podem nos deixar doentes. Se por um lado podemos sofrer doenças como consequência de
pecados encobertos e não confessados, também podemos sofrer de doenças como consequência da falta de
oferecimento de perdão da nossa parte. Temos que entender que o rancor é como um veneno que se toma esperando
que faça efeito no outro.
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Conclusão
Há pessoas que pensam mais tempo nas pessoas que as ofenderam do que nas pessoas que amam. Levam seus
desafetos para todo lugar em todo o tempo. Não conseguem se livrar deles, por um simples motivo, não perdoam e só o
perdão pode livrá-los desse fardo.
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Mas, também há o fardo do perdão não recebido por não termos confessado ao Senhor nossas falhas. Fardos esse tão
pesados quanto sacos de batatas malcheirosas que só podem ser aliviados com o perdão de Deus.
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