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LIÇÃO 01

O ARREPENDIMENTO
1) DEFINIÇÃO DE ARREPENDIMENTO
Arrependimento é o reconhecimento de que somos pecadores. É a pré-
disposição de não pecarmos mais. É darmos meia-volta, abandonarmos o
caminho de pecado e passarmos a viver o caminho do Evangelho de Jesus Cristo.
Arrependimento é o reconhecimento de que falhamos, erramos, somos carentes e
necessitamos das misericórdias de Deus. É lutar para vencermos as fraquezas e
tentações da nossa carne.
É nos humilharmos aos pés do Senhor, suplicando misericórdia e perdão. É
bom notar que arrependimento e remorso são coisas diferentes. O remorso
consiste em a pessoa saber que errou, mas não quer abandonar o erro. É não
reconhecer que deveria tê-lo evitado. Ela está pronta a errar de novo e errará. Foi
o caso de Judas (Mat. 27:3-5). O remorso oprime e mata.
Já o arrependimento provém de Deus, causa-nos tristeza por havermos
pecado, (tristeza, porém, que não oprime, mas que produz conserto e perdão), dá-
nos o desejo de não pecar mais e alegria por sabermos que já estamos salvos
para sempre. O verdadeiro arrependimento opera em nós o perdão e a salvação
(2a Cor. 7:9-10).
2) A NECESSIDADE DE ARREPENDIMENTO
O arrependimento é a necessidade primeira e o ponto de partida para todos
os que quiserem ser salvos por Jesus Cristo. A Bíblia diz em Rom. 3:23:“Todos
pecaram e destituídos estão da glória de Deus”. Rom. 3:12 diz: “Todos se
extraviaram e se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um
só". Ecl. 7:20 diz: “Não há Homem justo sobre a Terra que faça o bem e nunca
peque”. Pelos textos citados aprendemos que todas as pessoas são pecadoras.
Isaias 64:6 diz que "nossas justiças são como trapo de imundícia" e Isaias
59:1-2 diz que "nossos pecados fazem divisão entre nós e o nosso Deus". Em Luc.
13:5 Jesus disse: "Se não vos arrependerdes, todos perecereis". Está, portanto,
claro que todos somos pecadores. Daí a necessidade de arrependimento, para
que sejamos perdoados e salvos. Porque sem arrependimento não há perdão e
sem perdão não há salvação (Atos 2:37-38; 3:19).
3) COMO OCORRE O ARREPENDIMENTO
A doutrina do arrependimento é tão importante que o início do ministério de
João Batista e do próprio Senhor Jesus foi marcado pela pregação incisiva da
necessidade de arrependimento (Mat. 3:1-2 e 4:17). Pelos textos de 2a Tim. 2:25
e Atos 11:18 aprendemos que é Deus que nos dá o arrependimento para a
salvação. Por Atos 2:38 e 3:19 entendemos que é necessário ler ou ouvir a
pregação do Evangelho e aceitá-lo. Caso fechemos nosso coração não o
aceitando, continuaremos perdidos e sob condenação.
Porém, aceitando Jesus Cristo como único Salvador e Senhor, assim como
o seu sacrifício, Deus opera em nós o arrependimento, o perdão e a salvação,
porquanto recebemos entendimento ao ler ou ouvir a pregação do Evangelho, e o
Espírito Santo convence-nos do pecado, da justiça e do juízo. O Espírito Santo
convence-nos do pecado, para sabermos que somos pecadores e nessa condição
estamos perdidos. O Espírito Santo convence-nos da justiça, para entendermos
que Cristo recebeu na cruz a culpa e o castigo que eram nossos. Nossos pecados
crucificaram Jesus.
A salvação é de graça e pela fé (Isaias 53:4-6; Efésios 2:8-9). Cristo é a
justiça de Deus para a nossa salvação (1a Cor. 1:30). Se alguém ainda não
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nasceu de novo e não tem certeza da salvação, creia assim, e receba hoje pela fé
o perdão e a salvação. O Espírito Santo convence-nos do juízo, para entendermos
que, se não aceitarmos pela fé o sacrifício de Jesus, com arrependimento sincero
de pecados, seremos condenados para sempre junto com Satanás e os demônios
(João 16:7-11).
4) O ARREPENDIMENTO TRANSFORMA A VIDA
O arrependimento sincero, que nos dá a salvação, nos leva a não ocultar nada
de Deus, e é precedido por três ações: confessar a Deus os pecados, abandoná-
los e voltar-se para Deus, conforme os textos pela ordem (Sal. 32:5; Prov. 28:13;
Isaias 55:7; 1a João 1:8-10; 1a Tes. 1:9). O arrependimento promove uma
transformação geral em todas as áreas da nossa vida. Estas são as áreas que
recebem maior transformação:
A) INTELECTO: No intelecto, a pessoa passa a ter um entendimento diferente
de todos os pecados que envolveram sua vida passada. Descobre então que,
pelo arrependimento, recebeu perdão, salvação e é uma nova criatura (2a Cor.
5:17; 1a Cor. 2:14-16).
B) EMOÇÕES: Nas emoções, a pessoa passa a sentir tristeza por ter pecado,
e então recebe alegria por não viver pecando mais e saber que já está salva
para sempre (Luc. (15:10; 19:5-6; Atos 2:28).
C) VONTADE: Na vontade, a pessoa é movida a viver conforme o Evangelho
de Cristo e a obedecer a toda a vontade de Deus (Rom. 12:1-2).
5) AFERINDO NOSSO ARREPENDIMENTO:
Pelas características a seguir, qualquer pessoa pode saber se já experimentou
ou não o verdadeiro arrependimento. Ocorre na pessoa arrependida
uma mudança de pensamento em relação a Deus, em relação ao seu próximo e
em relação aos seus pecados.
O arrependido condena agora o que aprovava antes. Passa a ver as coisas
através dos olhos de Deus. Passa a amar e admirar tudo o que Deus criou e, em
toda a obra da criação, descobre o poder e a glória de Deus (Sal. 19 e Sal. 8).
Antes do arrependimento, a pessoa quer fazer a sua própria vontade e dirigir
os seus próprios caminhos, porém, depois de arrepender-se, ela quer fazer a
vontade de Deus e por Ele ser dirigida. Antes de arrepender-se, procura esconder
os seus pecados e justificar a si mesma (Luc. 16:15; Mat. 23:27-28).
Depois do arrependimento, o Espírito Santo de Deus faz-lhe entender que só
pode ser justificada pelo sacrifício de Jesus Cristo. A pessoa arrependida sente
tristeza pelos pecados que antes praticava e agora detesta, reconhece quanto
Deus é bom e sofreu por seus pecados em Jesus Cristo. O arrependimento
sincero produz em cada vida esforço para abandonar o pecado e cria a disposição
de seguir a Jesus.
O arrependido abandona toda a idolatria em que antes se apoiava, crê
exclusivamente em Jesus Cristo e produz frutos dignos de arrependimento (Mat.
3:8; João 15:16; Rom. 5:1-2 e vs. 8 e 9).
6) O RESULTADO DO ARREPENDIMENTO
Ninguém merece o perdão nem a salvação, mas Deus perdoa e salva por
graça e de graça, ou seja, favor não merecido e gratuito a todos que se
arrependem e pela fé crêem em Jesus Cristo como único Salvador e Senhor. O
arrependimento gera a fé salvadora, abre-nos a porta a todas as bênçãos do
Evangelho, proporciona grande alegria entre os Anjos nos Céus (Ef.1:3; Luc.15:7-
10), derruba a barreira do pecado e concede-nos comunhão com Deus.
Obs. O crente depois de salvo ainda poderá pecar, mesmo sem querer. Deverá
logo arrepender-se, abandonar o pecado, pedir perdão a Deus e então será
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purificado pelo poder do sangue de Jesus (1a João 1:7). O arrependimento ocorre
no início para a salvação e permanece em zelo para purificação. Oresultado do
arrependimento é perdão, salvação e bênçãos abundantes de Deus. As figuras ao
lado indicam que quem estuda bastante a Bíblia recebe quebrantamento,
arrependimento e todas as bênçãos do Evangelho.
CONCLUSÃO
Arrependimento é reconhecer que somos pecadores, abandonar o caminho do
pecado e passar a viver o caminho do Evangelho de Jesus Cristo. O
arrependimento é a necessidade primeira para todos os que quiserem ser salvos
por Jesus Cristo, pois sem arrependimento não há perdão e sem perdão não há
salvação.
O arrependimento é dado por Deus quando, ouvindo o Evangelho, cremos e
aceitamos Cristo e seu sacrifício por nós. Então, o Espírito Santo convence-nos do
pecado, da justiça e do juízo, dando-nos a salvação em Cristo Jesus.
O nosso entendimento, emoções e vontade são transformados. Descobrimos
então que já estamos salvos, pelas características novas que envolvem todo o
nosso ser. O arrependimento ocorre no início para salvação e permanece em zelo
para purificação. O resultado do arrependimento é o perdão, a salvação e as
bênçãos abundantes de Deus. Leia a Bíblia. Comece pelo Novo Testamento.
Amém.

LIÇÃO 02
LIDANDO COM A LIBERTAÇÃO
“Não deis lugar ao diabo” - Efésios 4.27

Paulo ao escrever este mandamento, estava dirigindo-se aos crentes da


igreja em Éfeso.
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Esse versículo encerra sua admoestação de “Fiquem irados mas não pequem,
Não deixem que o sol se ponha sobre a ira de vocês e não deis lugar ao diabo”, aqui dar
lugar ao diabo está associado à ira ou à raiva! Nos faz lembrar de Caim, que com
raiva e inveja deixou o mal entrar em seu coração e se tornou o primeiro assassino
da história da humanidade.

Se ele os fez esta advertência tão séria, certamente porque é possível que
crentes possam dá lugar ao diabo ao ponto do mesmo dominá-los. Na mesma carta,
um pouco mais adiante, em 5.18.

“E não se embriaguem com vinho, pois isso leva à devassidão, mas deixem-se
encher do Espírito, falando entre vocês com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e
louvando com o coração ao Senhor, dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em
nome de nosso Senhor Jesus Cristo”.

Paulo nos orienta como ocupar a casa varrida e ordenada : “ ...Enchei-vos do


Espírito Santo”. Reforçando as palavras de Jesus em Mateus! O mais importante
não é o cristão ter o Espírito Santo, mas ser controlado por Ele. Se houver alguma
área de sua vida que o Espírito Santo não controle, Satanás poderá tocá-la. Portanto
é importante que se dê mais atenção às palavras do apóstolo : “... enchei-vos do
Espírito Santo”.

“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos


procurando descanso. Como não o encontra, diz: 'Voltarei para a casa de onde saí'.
Chegando, encontra a casa desocupada, varrida e em ordem. Então vai e traz
consigo outros sete espíritos piores do que ele, e, entrando, passam a viver ali. E o
estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro. Assim acontecerá a
esta geração perversa" Mateus 12:43-45

Jesus diz essas palavras depois de libertar um jovem endemoniado, cego e


mudo, que depois de liberto passou a ver e falar!

Quando o cristão recebe o perdão e libertação em Cristo, acontece o Jesus


afirma nesse texto - o espíritos imundos saem das nossas vidas e vão para os
lugares áridos. Agora, a nossa casa não pode estar desocupada, varrida e em
ordem: Uma casa desocupada, vazia e em ordem é uma casa onde não tem
ninguém, onde as pessoas não se relacionam, não dormem, não comem. Uma casa
onde existe relacionamento, onde existe trabalho, serviço, dedicação e esforço é
uma casa em movimento!!! Assim deve ser a nossa casa! Ocupada! Com marcas da
presença da pessoa mais importante desse mundo! Quero as marcas de Jesus em
minha casa! As suas pegadas na minha sala! Seu alimento na minha mesa! Se
perfume em todo o ambiente! Não é uma casa desocupada!

ENDEMONINHAMENTO OU POSSESSÃO

É a situação em que se encontra uma pessoa possuída por espíritos imundos.

Quando Deus criou o ser humano, Ele o criou dando-lhe a liberdade e o


exercício da vontade. Deus respeita a individualidade, o livre arbítrio. Ele só entra no
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coração se for convidado, porém Satanás e seus demônios entram pela invasão e
pelo cansaço. A possessão é o último estágio do domínio por parte de Satanás.

A Bíblia dá alguns exemplos de pessoas sendo possuídas ou influenciadas por


demônios. Nestes relatos podemos encontrar alguns sintomas de influência
demoníaca e também ter entendimento de como um demônio possui alguém.
Seguem-se algumas passagens bíblicas:

Mateus 12:22 (um endemoniado, cego e mudo) ;


Mateus 17:18 (menino que tem convulsões e sofre muito; pois muitas
vezes cai no fogo e outras tantas cai na água e os discípulos não puderam
curá-lo.) ;
Marcos 5:1-20 (endemoniado geraseno: ninguém conseguia dominá-lo.
andava de noite e de dia, gritando por entre os túmulos e pelos montes,
ferindo-se com pedras)
Lucas 4:33-36 (endemoniado de cafarnaum)
Lucas 22:3 (Judas Iscariotes);

Vemos nessas destas passagens que as pessoas foram dominadas pelo


diabo, e isso causou enfermidade física ou fez com que a pessoa fizesse o mal,
como Judas, ou agir como louco. Lembremos do Rei Saul, depois de se rebelar
contra o SENHOR, foi perturbado por um espírito do mal (I Samuel 16:14-15; 18:10-
11; 19:9-10), com o efeito aparente de uma depressão e crescente desejo e
disposição para matar Davi.

Uma pessoa possessa é alguém em que os muros de proteção já foram todos


destruídos. Está totalmente sob o controle de demônios que a possuem. Os
demônios possuem a mente e dominam a personalidade da pessoa expressando a
natureza demoníaca que a esta possuindo.

CAUSAS DO ENDEMONIAMENTO

Os demônios nunca invadem sem razão. Existe sempre uma razão séria. É a
permissão legal da nossa parte que possibilita esta invasão.

Quando o diabo tenta Jesus no deserto, vemos na sua fala, de forma muito
clara, de que tudo que ele rouba, invade e domina, de alguma forma recebeu
permissão para isso (chamamos isso de legalidade)

“Eu lhe darei todo este poder e a glória destes reinos, porque isso me foi
entregue, e posso dar a quem eu quiser” Lucas 4.6

Os demônios entram pela invasão e pelo cansaço mas sempre com algum
tipo de permissão.Ou seja, a prática permanente do pecado: “todo que pratica o
pecado, é escravo do pecado”, disse o Senhor Jesus Cristo.

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ANJOS, DEMÔNIOS E A VONTADE HUMANA

Existe no homem uma vontade soberana, na qual os demônios não podem


penetrar. Nem os anjos podem avançar além da vontade do homem, nem o próprio
Deus jamais violará essa vontade.
Os anjos pelejam por nós, mas não podem pelejar na área da nossa vontade.
A peleja deles é uma espécie de proteção ao nosso lado desprotegido. Eles
oferecem resistência aos demônios quando estes nos atacam fora da área da nossa
vontade. Eles não podem oferecer oposição quando os demônios vierem
contra nós, através da nossa livre vontade. Somos possuidores de uma livre e
soberana vontade.
Os demônios pelejam contra os anjos, se necessário, mas preferem não fazer
isso. Eles sabem que é mais fácil e seguro nos destruir através da nossa própria
vontade, onde os anjos não podem interferir. Eles não querem agir fora da nossa
vontade, porque teriam que pelejar pessoalmente contra os anjos.

Por isso eles desenvolveram grandes habilidades na área da decepção e do


engano.

"Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi
homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando
ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira." (João 8:44)

O principio básico da operação dos demônios é fazer com que, tanto quanto
possível algo mal se torne desejável , bom e não ameaçador. O objetivo é fazer
com que a pessoa tentada baixe a sua defesa e aceite, sem restrições , tudo o que
estiver sendo usado para seduzi-lo ao pecado.

"A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e
prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não
receberam o amor da verdade para se salvarem." (2 Tessalonicenses 2:9-10)

"Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé,
dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1Timóteo 4:1)

LEIS DIVINAS QUEBRADAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS

Deus retira a Sua proteção se Sua lei é sistematicamente quebrada: “Se,


porém, não ouvirdes a voz do Senhor teu Deus, se não cuidares em cumprir todos
os Seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, virão sobre ti todas
estas maldições, e te alcançarão” Dt. 28.15. As leis de Deus existem, não para
dificultar a vida de Seus filhos ou tirar-lhes o prazer, mas para protegê-los dos
perigos dos nossos adversários que quer nos matar e destruir.

conceito de Lei: Lei, é uma regra jurídica, de enunciado claro e conciso,


estabelecida por autoridade constituída, então a lei de Deus é definida como sendo
um conjunto de princípios e preceitos considerados a expressão da vontade divina, é
então o conjunto das revelações e dos mandamentos de Deus.
Quando descumprimos as leis dos homens somos penalizados e qualificados
como marginais. Marginais são aqueles que estão às margens da lei; estabelecem
para si um governo paralelo. Da mesma forma, quando deixamos de obedecer aos
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mandamentos de Deus, passamos a ser marginais no reino de Deus.
Estabelecemos um governo paralelo. Ao estabelecermos o governo paralelo em
nossas vidas, receberemos todas as consequências e as aplicações das sanções
referente ao crime praticado contra aquele governo; seja um governo terreno ou
celestial.

BRECHAS ATRAVÉS DAS QUAIS OS ESPÍRITOS IMUNDOS ENTRAM NA


VIDA DO HOMEM

1. Sentimentos de ódio, ira, e discórdia

Estes sentimentos devem ser controlados pelo Espírito Santo, pois devemos
perdoar o próximo e deixar toda vingança para Deus. Os demônios amam ficar nas
feridas e traumas. Para ser liberto dos demônios é preciso que as feridas estejam
curadas; isto pode ser um processo, mas certamente Deus pode curar todas as
experiências traumáticas.

Deixa a ira e abandona o furor; não te impacientes. Não te inflames, pois


assim causarás mal a ti mesmo. Salmos 37.8

Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de


toda maldade. Efésios 4:31

Cuidem para que ninguém fique afastado da graça de Deus, e que


nenhuma raiz de amargura, brotando, cause perturbação, e, por meio dela,
muitos sejam contaminados Hebreus 12.15
Os sentimentos negativos intensos de ódio, ressentimento, de
amargura, de falta de perdão, além de biblicamente serem chamados de obras
da carne, são brechas através das quais os espíritos imundos entram e se
acomodam nas vidas.

2. Reação a calamidades

Outra causada invasão dos espíritos imundos pode ser quando a pessoa
enfrenta uma intensa angustia, horror, trauma, dor, ódio, amargura, como resultado
de violência sexual, perda de um ente querido ou transtornos familiares. O espírito
de medo pode agir levando ao desejo de morte.

O meu coração estremece no peito, terrores de morte caem sobre mim.Temor


e tremor me sobrevêm, e o horror se apodera de mim. … Eu, porém, invocarei a
Deus, e o Senhor me salvará... Lance os seus cuidados sobre o Senhor
e ele o susterá; jamais permitirá que seja abalado. Salmo 55.4-6, 16, 22

3. Drogas

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A história da humanidade é testemunha de que o uso das drogas e o
demonismo andam de mãos dadas desde tempos remotos. Por isso são muito
comuns casos de pessoas que ficam endemoninhadas pelo simples fato de estarem
usando drogas, mesmo sem terem tido alguma relação com o ocultismo, nem terem
participado de prática religiosa que invoca espíritos. O simples fato de usar drogas
para expandir a mente ou torná-la sensível as outras realidades é um meio de abrir o
subconsciente para a penetração dos demônios.

4. Pecados da imoralidade (impureza)

Impureza na Bíblia é tudo que contamina a pessoa. Impureza é sujeira


espiritual. Cada pessoa precisa ser limpada da impureza porque ela causa grandes
problemas na vida espiritual. A impureza na Bíblia inclui principalmente a imoralidade
sexual.

Pois do interior do coração dos homens vêm os maus pensamentos, as imoralidades sexuais, os
roubos, os homicídios, os adultérios,22as cobiças, as maldades, o engano, a devassidão, a inveja, a calúnia, a
arrogância e a insensatez. Todos esses males vêm de dentro e tornam o homem impuro
Mateus 7.21-23

O “agasalhar” no coração pecados relacionados ao sexo – prostituição,


adultério, homossexualismo, prática da bestialidade, lesbianismo, - são imoralidades
e abrem brechas para ações demoníacas.

Segundo a Bíblia, imoralidade sexual é toda a prática sexual fora do padrão


estabelecido por Deus. O sexo foi criado por Deus para ser praticado entre um
homem e uma mulher dentro do casamento, com amor e respeito (Gênesis 2:24). Tudo
que desvia desse padrão é imoralidade sexual.

Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que


alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca
sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. I Coríntios 6.18
A relação sexual fora do padrão determinado por Deus é uma porta aberta
para o endemoninhamento. A pratica sexual antes e fora do casamento é um convite
à invasão de espíritos, pois toda imoralidade sexual fere frontalmente os
mandamentos de Deus. A impureza é uma força que escraviza o homem. São
espíritos imundos, treinados, que tem como objetivo lançar na mente e nos
sentimentos do homem todo tipo de imundícia de satanás (filmes, novelas,
comerciais, programas que bombardeiam a visão e a mente dos homens). Alguns se
tornam tão escravos da imoralidade que suas vidas diárias passam a girar em
função dela “Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para
obedecerdes às suas concupiscências” Rom 6.12

5. Homossexualismo - Rom 1.21-27

Uma das provas mais dolorosas do poder escravista dos espíritos imundos é
o homossexualismo. Satanás, através desta obra expressa toda a sua maldade para

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com o homem, expondo-o à vergonha total e levando-o ao desprezo mediante a
sociedade e o mundo espiritual.

Da mesma forma, também os homens, deixando o contato natural da


mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo
indecência, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida
punição do seu erro

6. Músicas com determinados ritmos

Certas músicas induzem os sacerdotes, filhas de santos ou quaisquer


pessoas na audiência de uma sessão de umbanda a abrirem o subconsciente para
receberem espíritos. Certas músicas, tão amadas pela juventude de hoje, tem que
ser cuidadosamente conferidas, não apenas pelas pessoas que entendem do
assunto, mas pelas que tenham o dom de discernir espíritos, pois Satanás tem
usado a musica que foi criada por Deus, não para louvar a Deus, mas para louvar a
si mesmo. Seu propósito é afastar o homem do seu criador e mais uma vez, como
caiu, tentar fazer-se igual a Deus e receber o que é de Deus.

Conclusão

A verdadeira libertação ocorre quando reconhecemos esses pecados e outros


em nós, arrependemos e confessemos a Deus.

Contra ti, só contra ti, pequei e fiz o que tu reprovas, de modo que
justa é a tua sentença e tens razão em condenar-me. Sei que sou pecador
desde que nasci; sim, desde que me concebeu minha mãe. Sei que desejas a
verdade no íntimo; e no coração me ensinas a sabedoria. Purifica-me com
hissopo, e ficarei puro; lava-me, e mais branco do que a neve serei. Faze-me
ouvir de novo júbilo e alegria, e os ossos que esmagaste exultarão. Esconde
o rosto dos meus pecados e apaga todas as minhas iniquidades.
Salmos 51:4-9

Aquele que pratica o pecado é do Diabo, porque o Diabo vem pecando


desde o princípio. Para isso o Filho de Deus se manifestou: para destruir as
obras do Diabo.
1 João 3:8

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LIÇÃO 03
CORRELAÇÃO ENTRE OBRAS DA CARNE E A POSSESSÃO
DEMONÍACA
PEQUENA ABORDAGEM SOBRE ESPÍRITO – ALMA - CORPO

É importante compreender como o ser humano é formado para podermos


viver a plena liberdade em Cristo.
"E o mesmo Deus de paz vos santifique em tudo; e todo o vosso espírito, e
alma, e corpo, sejam plenamente conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso
Senhor Jesus Cristo." (1Ts 5.23).

O Homem a Imagem de Deus


Deus fez Adão e Eva para dominar sobre toda a natureza a sua volta.
[Gn.1:28] deu-lhes domínio. Eles também tinham semelhança moral com Deus, pois
não tinham pecado, eram santos e imortais. Foram dotados por Deus de raciocínio,
para escolher entre o certo e o errado. Mas quando eles pecaram, aconteceu a
morte moral ( morte de Deus em suas vidas pois sua natureza ficou pecaminosa ) e
a morte espiritual ( perderam a comunhão com Deus). O homem foi criado para ser
imortal, mas preferiu comer da árvore do conhecimento que comer da árvore da vida
por isso tornou-se mortal. “Portanto, como por um homem entrou o pecado no
mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens
por isso que todos pecaram”. (Rom 5: 12).
Intelectualmente o homem se parece com Deus, porque se não houvesse
semelhança na intelectualidade o contato com Deus seria impossível e a
comunicação jamais seria estabelecida. O homem se assemelha a Deus pelo fato de
ter natureza racional e religiosa ao mesmo tempo.
Espírito: Tem origem divina: Nm.27:16 “Que o Senhor, Deus dos espíritos
de toda carne, ponha um homem sobre a congregação”, “o pó volte a terra, de onde
veio, e o espírito volte a Deus , que o deu” Ecl 12.7. É o ponto de contato com
Deus. É através do meu espírito que tenho consciência de Deus e me relaciono com
Ele. Deus é Espírito e só podemos adorá-Lo em espírito: “Deus é Espírito, e é
necessário que os que O adoram o adorem em espírito e em verdade” João 4.24

Alma: Está ligada ao mundo espiritual através do espírito e ao mundo


material através do corpo. Através da alma tenho consciência de mim mesmo. A
alma humana possui instintos e inteligência. A alma dos animais, apenas Instintos. A
alma do homem é dom e obra de Deus: “Então o Senhor Deus formou o homem do
pó da terra e soprou em suas narinas o fôlego de vida, e o homem se tornou alma

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vivente” Gn 2.7. Por isso dizemos que é a própria vida. É tudo que um ser humano
é, sua personalidade. É o mundo dos pensamentos, sentimentos, vontade e
decisões.

Áreas da Alma
a) Mente: Intelecto, pensamentos, raciocínios, memória.
b) Vontade: Instrumento para tomar decisões. Poder para escolher.
c) Emoções: Instrumento para expressar nossos sentimentos, gostos,
simpatias, alegrias, tristezas, amor, ódio, etc.
Corpo: Casa, Tabernáculo. “Sabemos que, se for destruída a temporária habitação terrena
em que vivemos, temos da parte de Deus um edifício, uma casa eterna nos céus,
não construídas por mãos humanas” 2Co.5:1, ou seja minha forma visível. Com ele
me relaciono com o mundo exterior.( ex. Os cinco sentidos: audição, visão, olfato,
tato e paladar. ) É mediante o corpo que o homem é um ser social e religioso e por
meio do corpo será um dia julgado por seu criador. “Porque todos devemos
comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver
feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2 Cor 5.10) “Sabendo isto, que o nosso
homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para
que não sirvamos mais ao pecado”. Porém a expressão aqui “corpo do pecado” não
quer dizer que o corpo seja sede do pecado, ou que tenha sido feito com este
propósito. O corpo do cristão, porém deve ser consagrado ao Senhor e não ao
pecado. “Mas o corpo não é para a prostituição, senão para o SENHOR, e o
SENHOR para o corpo”. I Cor. 6.13. O corpo do crente é templo do Espírito Santo.
CONCEITO DE LIBERTAÇÃO
Por vivermos em um país extremamente místico, atribuímos o processo de
libertação a expulsão de demônios. Porém, libertação estar para além de expulsão
de demônios. A Bíblia dá muito mais ênfase a guerra contra a carne que contra o
diabo e seus anjos caídos. Existe apenas um texto que fala especificamente sobre
guerra espiritual, mas basta você foliar as cartas de Paulo e encontrará inúmeras
passagens sobre a guerra constante e permanente contra as obras da carne. A
verdadeira libertação está em trazer em domínio essas obras para que possamos
experimentar a vida abundante que Cristo nos prometeu. Lembre-se que o maior
impedimento para experimentar essa realidade, não é o diabo, sim as obras
infrutíferas da carne.

➢ Vamos entender essa verdade melhor.


Em Gálatas 5: 13-25 aprendemos sobre o que é andar no Espírito de Deus e
o que é andar na carne. Muitos cristãos andam na carne, fazendo as obras da carne,
prostituição, (impurezas imoralidades, insultos) lascívias ( ações indecentes,
qualquer ação relacionada na área sexual), idolatria ( adoração a ídolos, adoração
espíritos mortos, ou colocar qualquer outra coisa que se torne mais importante que
Deus, como amizades, namoro, casamento, trabalho lazer), feitiçaria ( todo o tipo de
envolvimento com seitas, ou falsas religiões, ou qualquer envolvimento com o
ocultismo como a simples leitura de um horóscopo) inimizades, porfias ( brigas,
lutas), ciúmes, iras( acessos de raiva e fúria), discórdias, dissensões( desunião e
divisão), facções (paixões partidárias), invejas, bebedices, glutonaria ( comer
demais) e outras coisas semelhantes a estas. E a Palavra de Deus diz que, quem
pratica tais atos jamais entrará nos céus ( vs21).

11
CORRELAÇÃO ENTRE OBRAS DA CARNE E OS DEMÔNIOS
“Certa vez eu estive num dos maiores laboratórios de pesquisa de doenças
tropicais do Brasil chamado Instituto Evandro Chagas e entrei na sala onde se
pesquisava sobre uma doença endêmica de nome “Esquistossomose” provocada
por um verme chamado “cistossoma” que ocorre em certos tipos de
caramujos (caracóis) muito comuns em várias partes do mundo. A sala estava cheia
de pequenos aquários com diferentes espécies de caramujos, e ao entrar um dos
pesquisadores me disse: “não toque nesses aquários, nem ponha sua mão dentro
d’água” e me explicou que os nossos poros (pequeníssimos furos que temos na
pele) funcionam como a porta de entrada para que esses microscópicos vermes
penetrem em nosso corpo. Da mesma maneira, no campo espiritual, nós temos
“portas” que uma vez abertas permitem que os demônios possam entrar na nossa
vida e uma vez dentro de nós alcançam diferentes níveis que culminam com aquilo
que conhece como ‘Estabelecimento de Fortalezas’.”
As portas que podemos abrir no campo espiritual estão diretamente ligadas
aos sentidos, assim sendo, pode ser através dos ouvidos, do olfato, do tato, da visão
e até mesmo do paladar. Observe que em nossa cabeça, todos esses sentidos
estão presentes, daí a importância de submetermos essa parte superior do nosso
corpo ao Senhorio de Cristo.
Por que Demônios Gostam de Possuir Um Corpo?
Para que eles possam se manifestar e fazer suas atividades malignas:
“Quando um espírito imundo sai de um homem, passa por lugares áridos procurando
descanso, e, não o encontrando, diz: “voltareis para a casa de onde sai’. Quando
chega, encontra a casa varrida e em ordem. Então vai e traz outros sete espíritos
piores do que ele, e entrando passam a viver ali...” ( Lucas 11.24-26).
O corpo humano dá aos demônios grande capacidade de atividade, e através
de um corpo conseguem fazer muitas coisas. Os seres humanos falam, podem
influenciar os outros, são criativos, são físicos e essas características são
interessantes para eles, e os mesmos (demônios) por sua vez são orgulhosos e
querem ser donos de alguém e serem reverenciados.
PROMESSA DIVINA
“Se o filho vos libertar verdadeiramente sereis livres”
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertara”

LIÇÃO – 04
12
OS ANJOS DO SENHOR – NOSSAS ARMAS DE APOIO
Existe ao nosso redor um mundo de espíritos, muito mais populoso, mais
poderoso e de maiores recursos que o nosso mundo visível de seres humanos.
Espíritos, bons e maus, passeiam em nosso meio. Passam de um lugar para o outro
com a rapidez de um relâmpago e com movimentos imperceptíveis. Eles habitam os
espaços ao redor de nós. Sabemos que alguns deles se interessam pelo nosso
bem-estar; outros, porém, estão empenhados em nos prejudicar.
1. OS ANJOS
I. Sua natureza
Os anjos são:
a) Criaturas, isto é, seres criados. Foram feitos do nada pelo poder soberano de
Deus. Não conhecemos a época exata de sua criação, porém sabemos que,
antes que aparecesse o homem, eles já existiam havia há muito tempo e que
a rebelião daqueles sob Satanás já se havia registrado, deixando duas
classes – os anjos bons e os anjos maus. Sendo eles criaturas, não aceitam
adoração: “Prostei-me ante os seus pés para adorá-lo. Ele, porém, me disse:
Vê, não faças isso; sou conservo teu e dos teus irmãos que mantém o
testemunho de Jesus; adora a Deus. Pois o testemunho de Jesus é o espírito
da profecia” (Ap 19.10) e ao homem por sua vez, é proibido adorá-los: “A
ninguém se faça árbitro contra vós outros, pretextando humildade e culto dos
anjos, baseando-se em visões, enfatuado, sem motivo algum em sua mente
carnal” (Cl 2.18).
b) Espíritos. Os anjos são descritos como espíritos, porque diferentemente dos
homens, não estão limitados às condições naturais e físicas. Aparecem e
desaparecem à vontade e movimentam-se com uma rapidez inconcebível
sem usar meios naturais. Apesar de serem puramente espíritos, têm o poder
de assumir a forma de corpos humanos a fim de tornar visível sua presença
aos homens: “Ao anoitecer, vieram os dois anjos a Sodoma, a cuja entrada
estava Ló assentado; este, quando os viu, levantou-se e, indo ao seu
encontro, prostrou-se, rosto em terra. E disse-lhes: Eis agora, meus senhores,
vinde para a casa do vosso servo, pernoitai nela e lavai os pés; levantar-vos-
eis de madrugada e seguireis o vosso caminho. Responderam eles: Não;
passaremos a noite na praça. Instou-lhes muito, e foram e entraram em casa
Del; deu-lhes um banquete, fez assar uns pães asmos, e eles comeram” (Gn
19.1-3).
c) Imortais, isto é, não estão sujeitos à morte. Em Lucas 20.34-36, Jesus
explica aos saduceus que os santos ressuscitados serão como os anjos, no
sentido de que não podem mais morrer.
d) Numerosos. As Escrituras nos ensinam que seu número é muito grande:
“milhares de milhares o serviam; milhões de milhões estavam diante dEle”
(Dn 7.10); “mais de doze legiões de anjos”(M 26.53); “uma grande multidão
do exercito celestial” (Lc 2.13); “aos milhares de milhares de anjos em alegre
reunião” (Hb 12.22). Por isso seu Criador e Mestre é descrito como o “Senhor
dos exércitos”.

13
e) Assexuados. Os anjos sempre são descritos como varões, porém, na
realidade, não tem sexo; não propagam sua espécie (Luc 20.34-35)
II. Sua classificação
Como “a ordem é a primeira das leis dos céus”, é de esperar que os anjos
estejam classificados segundo seu posto e atividade. Tal classificação está implícita
em 1 Pedro 3.22, em que lemos sobre “anjos, autoridades e poderes”.
a) Anjo do Senhor. O “Anjo do Senhor” é descrito de tal forma que se distingue
de qualquer outro anjo. É-lhe atribuído o poder de perdoar ou reter perdão
pecados, e o nome de Deus está nEle 23.20-23). Em Êxodo 32.34 diz-se
“Meu Anjo irá a sua frente”, em Êxodo 33.14, há esta variação: “Eu mesmo o
acompanharei (literalmente “meu rosto”), e lhe darei descanso”. Em Gn
32.30,48.16, Jacó identificou o Anjo com o próprio Deus. Não se pode evitar
a conclusão de que esse anjo misterioso não é outro senão o Filho de Deus,
o Messias, o libertador de Israel, o Salvador do mundo. Portanto, o Anjo do
Senhor é realmente um ser incriado.
b) Arcanjo. Miguel é mencionado como arcanjo, o anjo principal (Ap 12.7, Jd 9).
Ele aparece como o anjo protetor da nação israelita (Dn 12.1). Gabriel
também é mencionado de uma maneira que o posiciona em uma classe muito
elevada. Ele está na na presença de Deus (Lc 1.19) e a ele são confiadas as
mensagens mais elevadas e importantes em relação ao Reino de Deus (Dn
8.16;9.21)
c) Anjos eleitos. São provavelmente aqueles que permaneceram fieis a Deus
durante a rebelião de Satanás: “Conjuro-te, perante Deus, e Cristo Jesus, e
os anjos eleitos, que guardes esses conselhos…” (1 Tm 5.21)
d) Os anjos das nações. Daniel 10.13,20, parece ensinar que cada nação tem
seu anjo protetor, o qual se interessa pelo bem-estar dessa nação. Era tempo
de os judeus regressarem do cativeiro (Dn 9.1-2), e Daniel dedicou-se a orar
e a jejuar pela volta deles. Depois de três semanas, um anjo apareceu-lhe e
disse-lhe que a demora foi por causa do príncipe, ou anjo a Pérsia, ter-se
oposto ao retorno dos judeus. O motivo talvez tenha sido em virtude de não
desejar perder a influencia deles na Pérsia. O anjo disse-lhe que sua petição
para o regresso dos judeus não tivera apoio, a não ser o de Miguel, o príncipe
da nação hebraica (Dn 10.21). O príncipe dos gregos também não estava
inclinado a favorecer a volta dos judeus (Dn 10.20). As palavras do NT
“poderes e autoridades” podem referir-se a esses príncipes angélicos das
nações; o termo é usado tanto para os anjos bons quanto para os maus (Ef
3.10, 6.12; Cl 2.15)
e) Querubins. Parecem ser uma classe elevada de anjos relacionados com os
propósitos retributivos “ E expulsou o homem, colocou querubins ao oriente
do jardim do Éden e o refulgir de uma espada que se evolvia, para guardar o
caminho da árvore da vida”” (Gn 3.24) e redentores “Ali, virei a ti, de cima do
propiciatório , do meio dos dois querubins que estão sobre a arca do
Testemunho, falarei contigo acerca de tudo o que eu te ordenar para os filhos
de Israel” (Ex. 25.22) de Deus para o homem. Conforme a descrição, eles têm
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rosto de homem, roso de leão, rosto de boi e rosto de águia, o que sugere
que representam a perfeição dos seres criados – força de leão, inteligência de
homem, rapidez de águia e serviço de boi.
f) Serafins. São mencionados em Isaias, no capitulo 6. Pouco sabe a respeito
deles. Certo escritor crê que eles constituem a ordem mais elevada de anjos
e que a característica que os distingue é um ardente amor a Deus. A palavra
“serafins” significa literalmente “ardente”.
III. Seu caráter
a) Obedientes. Cumprem seus encargos sem questionar ou vacilar. Por isso,
devemos orar: “Seja feita a Tua vontade, assim na terra como no céu (Mt
6.10, 1 Pe. 3.22, Jd. 6)
b) Reverentes. Sua atividade mais elevada é adoração a Deus : “E,
novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo diz: E todos os anjos de
Deus O adorem” (Hb. 1.6)
c) Sábios. “Como um anjo(…) capaz de discernir entre o bem e o mal” (2 Sm.
14.17), uma expressão proverbial em Israel. A inteligência dos anjos excede a
dos homens nesta vida, porém é necessariamente finita. Os anjos não
podem discernir diretamente nossos pensamentos, e seu conhecimento
acerca dos mistérios da graça são limitados (1 Pe. 1.12)
d) Mansos. Não abriam ressentimentos pessoais nem injuriam seus opositores :
“ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra
elas juízo infamante na presença do Senhor” (2 Pe. 2.11).
e) Poderosos. São poderosos: “Bendizei ao Senhor, todos os seus anjos,
valorosos em poder, que executais as suas ordens e lhe obedeceis a Palavra”
(Sl. 103.20).
f) Santos. Como foram separados por Deus e para Deus, são “santos anjos”:
“Também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem mistura,
do cálice da Sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante dos
santos anjos e na presença do Cordeiro” (Ap 14.10)
v. Sua obra
a) Agentes de Deus. São mencionados como executores dos pronunciamentos
de Deus (Gn 3.24; Nm 22.22-27, etc).
b) Mensageiros de Deus . (Anjo significa literalmente “mensageiros”. Por meio
dos anjos Deus envia: 1) anunciações (Lc 1.1), 2) instrução Mt. 28.2-6),
advertências (Mt. 2.13), 4) encorajamento (At 27.23), 5) revelação (At 7.53).
c) Servos de Deus. “Os anjos não são, todos eles espíritos ministradores
enviados para servir aqueles que hão de herdar a salvação?” (Hb 1.14). Os
anjos são enviados para sustentar (Mt 4.11), para preservar (Mt Gn 16.7),
para resgatar (Gn 48.16), para interceder (Zc 1.12) para ministrar aos justos
depois da morte (Lc 16.22).

15
Após ler os versículos acima citados à luz das palavras de nosso Senhor em
Mateus 18.10, alguns formularam a doutrina de “anjos protetores”, a qual ensina que
cada crente tem um anjo especial designado para guardá-lo e protegê-lo durante
sua vida. Eles afirmam que as palavras em Atos 12.15 implicam que os cristãos
primitivos entenderam dessa maneira as palavras do Senhor. Não podemos ser
dogmáticos sobre o assunto; entretanto, é certo que as promessas de ajuda por
parte dos anjos são suficientemente numerosas e claras para fornecer uma fonte de
ânimo a todos os cristãos.

LIÇÃO – 05
CONHECENDO NOSSOS ADVERSÁRIOS
I - SATANÁS
Alguns afirmam que Satanás não existe, mas depois de se observar o mal
que existe no mundo, é natural perguntar: “Quem está cuidando do trabalho de
Satanás durante sua ausência, uma vez que ele não existe?”
As Escrituras nos revelam alguns fatos sobre esse ser.
1. Sua origem
Leia Isaías 14.12-15, Ezequiel 28.12-19
A concepção popular de um diabo com chifres, pés de cabra e aparência
horrível teve sua origem na mitologia pagã, e não na Bíblia. De açodo com as
Escrituras, Satanás era originalmente Lúcifer (literalmente, “o que leva luz), o mais
glorioso dos anjos. Mas ele, por orgulho, desejou ser “como o Altíssimo” e
precipitou-se na “condenação em que caiu o Diabo” (1 Tm 3.6).
2. Seu caráter

16
As qualificações do caráter de Satanás são indicadas pelos seguintes títulos e
nomes pelos quais é conhecido:
a) Satanás: Significa literalmente “adversário” e representa seus intentos
maléficos e persistentes de obstruir os propósitos de Deus
b) Diabo: Significa literalmente “caluniador”. Denomina-se Satanás desse modo
porque ele calunia tanto Deus (Gn 3.2-5), quanto o homem (Ap 12.10)
c) Destruidor. (Ap 9.11). O Diabo, cheio de ódio contra o Criador e Suas obras,
desejava estabelecer a si mesmo como o deus da destruição.
d) Serpente. “A antiga serpente chamada Diabo ou Satanás (Ap 12.9) faz-nos
lembrar aquele que, na antiguidade, usou uma serpente como seu agente
para ocasionar a queda do homem.
e) Tentador (Mt 4.3). “Tentar” significa literalmente provar ou testar, e o termo é
usado também com relação aos procedimentos de Deus (Gn 22.1). Mas,
enquanto Deus propõem à prova os homens para o próprio bem deles – para
purificar e desenvolver o caráter – Satanás tenta-o com o propósito malicioso
de destruí-los.
f) Príncipe deste mundo e deus desta era (Jo 12.31, 2 Co 4.4). “Esses títulos
sugerem sua influência sobre a sociedade organizada fora ou à parte da
influência da vontade de Deus (“o mundo”).” O mundo todo está sob o poder
do Maligno” (1 Jo 5.19) e é influenciado por ele (1 Jo 2.16).
3. Suas atividades
a) A natureza de suas atividades. Satanás perturba a obra de Deus (1Ts 2.18),
opõe-se ao Evangelho (Mt 13.19); domina, cega, engana os ímpios e cria
ciladas para eles (Lc.22.3, 1Tm 3.7), ele aflige (Jó 2.4) e tenta (1 Ts 3.5) os
santos de Deus.
Satanás é descrito como orgulhoso (1Tm 3.6), presunçoso ( (Mt 4.4-5),
poderoso
(Ef. 2.2), maligno (Jò 2.4), astuto (Gn 3.1), enganador (Ef. 6.11) e ferozmente
cruel (1 Pd 5.8).
b) A esfera de sua atividade. O Diabo não limita suas operações aos ímpios e
depravados. Muitas vezes até assiste às reuniões religiosas, o que é indicado
pela presença nas convenções dos anjos (Jó 1), como também pelo uso dos
termos “doutrinas de demônios” (1Tm 4.1) e “sinagoga de Satanás” (Ap 2.9).
Seus agentes com frequência fazem-se passar por “servos da justiça” (2 Co
11.15).
A razão que o leva a frequentar as reuniões religiosas é seu maléfico intento e
destruir a Igreja, porque ele sabe que, se o sal da terra perder o seu sabor, o
homem, com seu coração inescrupuloso, torna-se presa fácil.
c) O motivo de suas atividades. Por que satanás está tão interessado em
nossa ruína? Joseph Husslein responde a essa pergunta: “Ele odeia a
imagem de Deus em nós, Odeia até mesmo a natureza humana que
possuímos com a qual o Filho de Deus Se revestiu. Odeia a glória externa de
Deus, para a qual fomos criados e pela alcançaremos nossa felicidade eterna.
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Ele odeia a felicidade, para a qual estamos destinados, porque ele mesmo a
perdeu para sempre. Ele tem ódio de nós por mil razões, como também tem
inveja de nós” Assim disse um antigo escriba judeu:”Pela inveja do Diabo a
morte veio ao mundo; e os que o seguem estão a seu lado”.
d) As restrições de suas atividades. Ao mesmo tempo em que reconhecemos
que Satanás é forte, devemos ter cuidado para não exagerar seu poder. Para
aqueles que crêem em Cristo, ele já é um inimigo derrotado (Jo 12.31) e é
forte apenas para aqueles que cedem à tentação. Apesar e sua fúria violenta,
ele é covarde, pois Tiago disse: “Resistam ao Diabo, e ele fugirá de vocês”
(Tg 4.1). Ele tem poder; porém este é limitado. Não pode tentar (Mt 4.1),
afligir (Jó 1.16) nem tocar no crente sem permissão de Deus.

4. Seu destino. Desde o principio, Deus predisse e decretou derrota daquele


poder que causara a queda d homem (Gn 3.5), e o castigo da serpente, que comeria
o pó da terra, foi um vislumbre profético da degradação e derrota final dessa “antiga
serpente que é o Diabo” (Ap 20.2). A carreira de Satanás está sempre em declínio.
No principio, ele foi expulso do céu; durante a tribulação será lançado da
esfera celeste à terra (Ap 12.9); durante o Milênio, será aprisionado no abismo; e,
depois de mil anos, será lançado no lado de fogo (Ap.20.10). Dessa maneira será
totalmente derrotado.
II – ESPÍRITOS MAUS
1. Anjos Caídos
Os anjos foram criados perfeitos e sem pecado, e, como o homem, dotados
de livre-arbítrio. Sob a direção de Satanás, muitos pecaram e foram lançados para
fora do céu (Jo 8.44; 2 Pe 2.4, Jd 6). O pecado no qual eles e seu líder caíram foi o
orgulho. Alguns consideram que a ocasião da rebelião dos anjos foi a revelação da
futura encarnação do Filho de Deus e da obrigação de eles O adorarem.
Segundo as Escrituras, os anjos maus passam parte do tempo no inferno:
“Ora, se Deus não poupou anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no inferno,
os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo” (2 Pe 2.4) e parte do
mundo, especialmente nos ares que nos rodeiam : “…Nos quais andastes outrora,
segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito
que agora atua nos filhos da desobediência” (Ef 2.2). Ao seduzir os homens por
meio do pecado, exercem grande poder sobre eles: “…nos quais o deus deste
século cegou o entendimento do incrédulos, para que não resplandeça a luz do
Evangelho da glória de Cristo o qual é a imagem de Deus” (2 Co 4.4); não obstante,
esse poder, para aqueles que são fieis a Cristo, é reduzido a nada por intermédio
da redenção que Ele consumou: “Eis ai vos dei autoridade para pisardes serpentes e
escorpiões e nada vos causa dano algum”. Os anjos não são contemplados no plano
da redenção, mas o inferno foi preparado para o castigo eterno dos anjos maus:
“Então, o Rei dirá também aos que tiverem à Sua esquerda: Apartai-vos de mim,
malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mt 25.41).
2. Demônio
As Escrituras não descrêem a origem dos demônios. Essa questão parece
fazer parte do mistério que envolve a origem do mal. As Escrituras, porém, dão claro
testemunho da sua existência real e de sua operação: “Se Satanás expele a
Satanás, divido está contra si mesmo; como pois, subsistirá o seu reino? E, se eu

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expulso demônios por Belzebu, por quem os expulsa vossos filhos? Por isso, eles
mesmo serão vossos juízes” (Mt 12.26-27).
Nos Evangelhos, aparecem como os espíritos imundos ou malignos,
desprovidos de corpos, que entram em pessoas que são por isso chamadas de
endemoninhadas. Em alguns casos, mais de um demônio faz sua morada na
mesma vítima: ”Havendo Ele ressuscitado cedo no primeiro dia da semana,
apareceu primeiro a Maria Madalena, da qual expulsou sete demônios” (Mac 16.9).
Os efeitos dessa possessão evidenciam-se por meio da loucura, epilepsia e
outras enfermidades associadas principalmente com o sistema nervoso e a mente
das pessoas.
O individuo sob a influencia de um demônio não é senhor de si mesmo, pois o
espírito mau fala por seus lábios ou emudece à sua vontade, leva-o para onde quer
e geralmente o usa como instrumento, revestindo-o às vezes, de uma força
sobrenatural.
Martinho Lutero disse: ”o Diabo é imitador de Deus”. Em outras palavras, o
Inimigo está sempre tentando reproduzir as obras de Deus. E, certamente, a
possessão demoníaca é uma grotesca e diabólica falsificação da mais sublime das
experiências – a habitação do Espírito Santo no homem. Observe alguns paralelos:
1) A possessão demoníaca significa a introdução de uma nova personalidade no
ser da vítima, tornando-a, em certo sentido, uma nova criatura. Observe como
o gadareno endemoninhado falava e se portava como se fosse controlado por
outra personalidade. Aquele que é controlado por Deus tem uma
personalidade divina que habita nele (Jo 14.23).
2) As elocuções inspiradas pelos demônios são imitação satânica daquelas
inspiradas pelo Espírito Santo.
3) Já se observaram casos em que a pessoa que se rende conscientemente ao
poder do demônio recebe, muitas vezes, um dom estranho, de forma que
pode ler a sorte, ser médium etc. Nesse estado, o endemoninhado
desenvolve certas habilidades psíquicas e se dispõe a ser usado. Ele é o
escravo voluntario do demônio, treinado por ele e acostumado com ele. Essa
é uma imitação satânica dos dons do Espírito Santo.
4) Os endemoninhados com frequência manifestam uma força extraordinária e
sobre-humana – uma imitação satânica do poder do Espírito Santo.
Assim vemos que a possibilidade da possessão demoníaca argumenta a
favor da possibilidade da possessão do Espírito Santo. O Senhor Jesus veio ao
mundo para resgatar o povo do poder dos espíritos maus e sujeitá-los ao controle do
Espírito de Deus.

19
LIÇÃO - 06
BASES PARA NOSSA AUTORIDADE ESPIRITUAL
A autoridade do crente tem sido uma das verdades mais confrontadas por
satanás nestes últimos tempos. Isto porque o inimigo reconhece a preciosidade e a
importância deste assunto, que ainda a Igreja não reconheceu.
A Bíblia nos traz bases para nossa autoridade espiritual. Mas o simples fato
de sabermos a respeito não é suficiente. É o conhecimento transformado em ação
que traz resultado: “Eis ai vos dei autoridade para pisardes serpentes e escorpiões,
e sobre todo o poder do inimigo, e nada absolutamente vos causará dano” (Lc.
10:19)
Autoridade Espiritual - É a execução dos planos de Deus aqui na terra por
intermédio do poder e autoridade dada à igreja. Na confrontação com as forças
malignas nas regiões celestes, fomos colocados numa posição privilegiada (Ef. 2:2-
6) e recebemos a ordem do Senhor Jesus para confrontarmos o exército satânico,
tendo como base a Sua vitória na cruz. Devemos comandar a retirada dos demônios
para que pessoas e sociedades rendam-se a Cristo (Ef. 6:12; 2Co 2:3-4). Jesus deu-
nos autoridade para ligar e desligar aquelas coisas que já foram ligadas no céu.
Legalmente falando, o diabo perdeu seu poder para “ligar” (ou prender) as pessoas,
por isso devemos ‘designá-las’ (isto é, soltá-las) destes poderes (Lc. 13:16). Fato
interessante deu-se após os setenta relatarem para Jesus sua confrontação com os
espíritos malignos; Jesus lhes disse, “eu vi a satanás caindo do céu como um
relâmpago” (Lc. 10:18).
A posse da autoridade - Adão teve posse desta autoridade Gn. 1:27-30.
Satanás recebeu das mãos de Adão esta autoridade Gn. 3:1-7; Mt. 4:8-9.
Jesus derrotou o inimigo e reconquistou esta autoridade Cl. 2:15; Mt.28:18.
A Igreja recebeu novamente esta autoridade das mãos de Jesus Mt.18:18; Lc.
10:9.
A IGREJA É A ATUAL “POSSUIDORA” DESTA AUTORIDADE
ESPIRITUAL SOBRE A TERRA
Fonte de Autoridade - Jesus. Através da Sua ressurreição e exaltação à
destra de Deus, se tornou a fonte da nossa autoridade Mt. 28:18.
CONCEITOS ERRADOS DE AUTORIDADE

20
a. Autoridade não é um “dom” exclusivo cedido a algumas almas eleitas.
Abrange a todos que crêem – Mc.16:17.
b. Não confunda autoridade com gritaria e estardalhaço.
c. A autoridade não tem nada a ver com dons espirituais. Os dons distinguem-se
da autoridade espiritual.
d. Não confunda autoridade com intelecto, sabedoria, eloquência, etc.
e. Autoridade não tem nada a ver com sentimentos. Você não precisa sentir (na
alma) para exercer esta autoridade, mas precisa crer, pela fé, que ela é sua.
A autoridade é espiritual e não emocional.
ARMAS DO DIABO CONTRA A NOSSA AUTORIDADE
1. Omitir a verdade. O diabo fará de tudo o que estiver ao seu alcance para
impedir que o cristão venha tomar conhecimento da autoridade que temos
sobre ele. O diabo vive nas trevas e procurará nos deixar nas trevas. 2Co.4:4.
2. Roubar a verdade. Depois que você tomar posse desta verdade, ele se oporá
a você e tentará roubá-la. Haverá provocações. Alguns fracassarão. O diabo
quer que você a deixe escapar de suas mãos e diga que a autoridade do
crente não será eficaz para você. Jo.10:10.
3. Desequilibrar a verdade. Se o cristão consegue sucumbir estas duas armas,
com certeza o diabo ativará a sua terceira armadilha, desequilibrar a verdade.
M. Looyd Jones diz que o “diabo vive nos extremos”. Cuidado com o engano,
com o modismo e com o extremismo – Mc. 9:51-56.
LIMITES DA AUTORIDADE DO CRENTE
➢ Não temos autoridades sobre a vontade humana dos nossos semelhantes.
Enquanto as pessoas não quiserem ser livres, nem Jesus e nem ninguém
poderá libertá-las, pois a vontade delas entram em ação – Ap.3:20; Mt.17:14-
21.
➢ Podemos exercer autoridade sobre tudo aquilo que nos pertence e sobre tudo
aquilo que temos domínio e responsabilidade diante de Deus e perante a
sociedade. Temos autoridade sobre os demônios e podemos controla-los até
na sociedade. Temos autoridade sobre os demônios e podemos controla-los
até no que diz respeito a nossas vidas e à vida de nossos familiares, mas
nem sempre podemos controla-los na vida dos outros.
➢ Onde há pecado, a autoridade do crente é inútil e o nome de Jesus pode não
fazer efeito (At. 19:13-15). O pecado abre as portas para o diabo e legaliza a
sua ação sobre sias vítimas. Os demônios poderão até sair, mas voltarão logo
em seguida, agravando ainda mais o quadro.
➢ Não exercemos autoridade espiritual sobre a carne (natureza humana
pecaminosa), nem sobre temperamentos descontrolados nem sobre
distúrbios psicológicos (esquizofrenia, neurose, etc.). Falo isso no aspecto de
se querer amarrar pseudodemônios.

21
LIÇÃO - 07
AUTORIDADE ESPIRITUAL E OBEDIÊNCIA
Depois que Deus criou Adão, encarregou-o de algumas coisas. Entre estas
estava a ordem de não comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal.
O ponto crucial dessa recomendação foi mais do que a proibição de comer certo
fruto: antes, significava que Deus estava colocando Adão sob autoridade para que
aprendesse a obedecer. De um lado, colocou todas as coisas criadas na terra sob
autoridade de Adão para que ele as dominasse; mas, por outro lado, Deus colocou o
próprio Adão debaixo de Sua autoridade para que ele pudesse obedecer à
autoridade. Só debaixo de autoridade pode constituir uma autoridade.
De acordo com a ordem da criação divina, Deus criou Adão antes de criar
Eva. Colocou Adão em posição de autoridade e Eva sob autoridade de Adão. Ele
estabeleceu os dois: um como autoridade e outro em submissão. Tanto na velha
como na nova aliança, esta ordem de prioridade constitui a base da autoridade.
Onde quer que vamos nosso primeiro pensamento deve ser o descobrir quem são
aqueles aos quais Deus quer que nos sujeitemos. Podemos encontrar a autoridade
em qualquer lugar e aprender a obedecer à autoridade a qualquer hora.
A queda do homem deve-se á desobediência à autoridade de Deus. Em lugar
de obedecer a Adão, Eva tomou sua própria decisão ao verificar se o fruto era bom e
agradável à vista. Ela descobriu a cabeça. Ao comer o fruto não fez em sujeição,
mas de sua própria vontade. Além de transgredir a ordem de Deus também
desobedeceu a Adão. Rebelar-se contra a autoridade representativa de Deus é o
mesmo que rebelar-se contra Deus. Ao dar ouvidos a Eva e comer do fruto
proibido, Adão pecou contra a vontade direta de Deus; portanto ele também
desobedeceu à autoridade de Deus. Isto também é rebeldia.

➢ Todo Trabalho Deve ser prestado em Obediência


Eva não foi colocada só sob a autoridade de Deus, também na ordem divina,
sob a autoridade de Adão. Ela tinha de obedecer a uma autoridade dupla. E a nossa
posição hoje em dia não difere disso. Eva, vendo que o fruto era bom para comer,
comeu-se sem perguntar a quem estava obedecendo. Mas desde o princípio Deus
ordenara ao homem que obedecesse e que não fizesse a sua própria vontade. A
atitude de Eva, entretanto, não foi governada pela obediência; foi iniciativa de sua
própria vontade. Ela não se sujeitou à ordem divina, nem obedeceu à autoridade de
Deus. Pelo contrário, tomou sua própria decisão. Rebelou-se contra Deus e caiu.

22
Toda atitude que implica desobediência constituiu uma queda, e qualquer
atitude de desobediência é rebeldia.

➢ Os Cristãos Devem Obedecer à Autoridade


Não existe nenhuma autoridade que não proceda de Deus; todas as
autoridades foram instituídas por Ele. Quando procuramos encontrar a fonte de toda
autoridade, encontramo-la invariavelmente em Deus. Deus está acima de toda
autoridade, e toda autoridade está debaixo Dele. Quando entramos em contato com
a autoridade de Deus, entramos em contato com o próprio Deus. A obra de Deus se
efetua basicamente não pelo poder mas pela autoridade. Ele mantém todas as
coisas pela poderosa Palavra de Sua autoridade, exatamente como criou pela
mesma Palavra. Sua palavra de ordem é de autoridade.

➢ Primeira Lição que um Obreiro tem de aprender é Obediência á Autoridade


Estamos sob autoridade dos homens como também temos homens sob nossa
autoridade. Esta é a nossa primeira posição. A autoridade se encontra em toda
parte. Há autoridade na escola, no lar, na igreja, no trabalho. Um obreiro cristão
deveria saber quem está acima dele. Alguns não sabem quais são as autoridades
que estão acima deles, por isso não obedecem. Nossa primeira preocupação
deveria saber quem é autoridade sobre nós. Quando ficamos a quem estamos
sujeitos, naturalmente encontramos nosso lugar no corpo. Quantos cristãos hoje em
dia não têm a menor idéia do que seja submissão. É por isso que existe tanta
confusão e desordem.

➢ A Obediência Deve Ser Recuperada


A sujeição que a Bíblia ensina relaciona-se com a sujeição às autoridades
estabelecidas por Deus. A obediência é um princípio fundamental. Se esta questão
da autoridade permanecer sem solução, nada pode ser resolvido. As divisões e
desentendimentos frequentes dentro da Igreja brotam da rebeldia. A fim de
recuperar a autoridade, a obediência tem de ser primeiramente restaurada.
Muitos têm cultivado o hábito de assumir o papel de cabeça, mas nem sequer
aprenderam a obedecer. Os problemas que enfrentamos hoje devem-se ao fato de
viverem aos homens fora da autoridade de Deus.

➢ O Princípio da autoridade estabelece a Ordem de Deus


O princípio de autoridade é o mais importante agente para manter pessoa,
valores e coisas em ordem. Não existe crescimento sadio sem organização. Não
existe organização sem autoridade. De forma alguma uma posição de autoridade
pode ser ocupada levianamente. Paulo adverte para não impor precipitadamente as
mão sobre uma pessoa. Antes de estabelecer alguém em autoridade, essa pessoa
precisa ser treinada, testada e aprovada.
Sem uma cadeia de autoridade seríamos uma multidão de pessoas vivendo
desordenadamente. Esse é o princípio maligno da anarquia, que destina qualquer
sociedade á destruição. O pior sistema de governo é ainda menos pior que
governo nenhum. O Caos culmina quando pessoas se rebelam contra a
princípio da autoridade.
Não devemos confundir o princípio de autoridade com o estilo de
liderança de uma pessoa. Há uma grande diferença entre você não simpatizar
com a personalidade de um líder e você se rebelar o princípio da autoridade. O estilo
23
de liderança é da pessoa, o princípio da autoridade é divino. Se não soubermos
estabelecer essa linha fina entre a “pessoa de autoridade” e o “princípio de
autoridade” podemos, facilmente, “trocar os pés pelas mãos”, trazendo condenação
para nós mesmos.
Muitas pessoas estão espiritualmente desencaixadas e perdidas, porque em
virtude de decepções com “autoridades”, se rebelaram contra o “princípio de
autoridade”.
Acham-se feridas e combatendo contra Deus.

➢ A Quem Deus Delega Autoridade


Assim como Deus sustenta todo o universo com autoridade, também reúne
Seus filhos através da autoridade. Cada um dos filhos de Deus deve procurar
alguma autoridade para obedecer, e assim, ele ou ela se coordene devidamente
com outros. É triste dizer, entretanto, muitos têm fracassado neste ponto.
Não existe ninguém apto a ser autoridade delegada por Deus, se ele mesmo
não aprender primeiro como se sujeitar à autoridade. Devemos reconhecer que toda
a autoridade procede de Deus. Nossas opiniões, idéias e pensamentos não são
melhores do que os dos outros. Uma autoridade delegada deve estar consciente que
também está debaixo de autoridade. Aqueles que são colocados em posição de
autoridade na igreja simplesmente representam a autoridade de Deus. A medida do
conhecimento que uma pessoa tem da vontade de Deus é a medida de sua
autoridade delegada.
O que fazemos deve vir daquilo que prendemos diante de Deus, e o que
dizemos deve emanar daquilo que experimentemos com Ele.

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LIÇÃO - 08
PATERNIDADE E MATERNIDADE ESPIRITUAL
PATERNIDADE ESPIRITUAL
Um legado da paternidade espiritual para a geração seguinte mostra a
realidade da igreja atual. Vê-se a necessidade constante e desesperadora para que
pais e mães espirituais se envolvam em relacionamentos vitais com filhos espirituais.
Quer eles sejam crentes novos, cristãos há mais tempo ou pastores a necessidade é
a mesma.
Quando pais espirituais derramam o que o Senhor tem dado a eles na vida de
filhos e filhas espirituais, os relacionamentos resultantes vão produzir filhos que
respeitam e honram seus pais e estão preparados para se tornar pais espirituais
para a próxima geração.
Toda humanidade está clamando por relacionamentos autênticos, tanto na
Igreja como no mundo. Tantas vezes uma vida familiar disfuncional tem enganado
pessoas a respeito de relacionamentos verdadeiros que proporcionem segurança às
pessoas. Pessoas que compartilham suas histórias de redenção e redescoberta de
valores e de relacionamentos espirituais que as ajudam a se conectarem em um
mundo desconectado.
A intenção de Deus é levantar pais espirituais que estejam dispostos a cuidar
de filhos espirituais e ajuda-los a crescer nas vidas cristãs.
O Senhor quer restaurar a harmonia entre pais e filhos, tanto nos filhos
naturais como nos espirituais, de tal forma que os pais possam transmitir livremente
a sua herança para a próxima geração. Ele quer que pais e mães vistam o manto
para treinar filhos para que eles não fiquem mais se debatendo no maior da vida. Os
filhos precisam ter o tipo de pais em suas vidas que proporcionam o caráter de que
eles precisam, que afirmam o seu valor e confirmam que eles são um presente de
Deus. Os pais precisam colocar expectativas nos corações dos filhos para que eles
acreditem em si mesmos.
Quando os velhos e os novos trabalham juntos, um legado espiritual
poderoso e contínuo vai se multiplicar e perdurar. Transmitir a paternidade espiritual
preenche o vazio e preenche as lacunas de relacionamentos quebrados entre velhos
e jovens.
O apóstolo Paulo exortou a igreja de Cristo a não negligenciar investimentos
espirituais duradouros na vida de outras pessoas como pais espirituais. “Embora
possam ter dez mil tutores em Cristo, vocês não tem muitos pais, pois em Cristo
Jesus eu mesmo os gerei por meio do Evangelho” (ICo 4:15).
A palavra grega para tutor ou instrutor nesse versículo refere-se a alguém que
é responsável pela supervisão de crianças até que alcancem a maturidade. Parece
que Paulo estava mostrando à igreja de Corinto que eles tinham muitas “babás” ou
professores de escola primária em sua vida espiritual, mas ele era o único que
estava servindo como exemplo de “pai” espiritual.
Eles se orgulhavam daquilo que conheciam, mas eram imaturos como crentes
porque sentiam a falta de verdadeiros pais para dar-lhes identidade, treinamento e
cuidado apropriado. Isso criou um dilema. Eles não tinham pais espirituais que
estivessem dispostos a passar uma herança para seus filhos espirituais.
É muito difícil crescer por conta própria, da mesma maneira que bebês não
podem desenvolver se forem deixados sozinhos.

25
Foi a falta de liderança madura na igreja de Corinto que retardou o
crescimento espiritual dos crentes. Despreparados para crescer espiritualmente eles
tinham dificuldades em achar sua identidade. Eles não sabiam quem eles eram no
Senhor.
Quando os crentes carecem de pais e mães espirituais que lhes sirvam como
modelo da paternidade de Deus, eles muitas vezes ficam perdidos, sentindo-se
espiritualmente sozinhos e sem identidade. Visto que eles não tinham sua identidade
em Cristo, os coríntios procuram encontra-la em líder favorito: “Eu sou de Paulo” e
outro: “Eu sou de Apolo...” (ICo 3:4).
Devido à deficiência de verdadeiros pais espirituais que pudessem servir
como exemplo de paternidade, a igreja de Corinto tinha se tornado um sistema que
produzia programas e mestres, mas não filhos e filhas.
O PLANO DE DEUS PARA A PATERNIDADE
Qual é o exemplo de Deus para o seu povo? Ele deseja que esse povo seja a
Sua “família”. A família é a ideia de Deus porque Ele a ordenou e a projetou: “E lhes
serei pai, e vocês serão meus filhos e minhas filhas, diz o Senhor Todo-Poderoso”
(IICo ....). Deus é o Pai de uma grande família que inclui todos aqueles que
considera, Jesus Cristo seu Senhor.
A oração afetuosa do apóstolo Paulo pelos amados efésios expressa isso
assim: “Por essa razão, ajoelho-me diante do Pai, do qual recebe o nome toda
família nos céus e na terra” (Ef.3:14-15). Deus é o Pai de quem deriva toda a
paternidade, seu significado e inspiração. Precisamos entender a sua paternidade –
seu amor, seu perdão e sua aceitação – se queremos entender relacionamentos
familiares saudáveis.
Infelizmente, a geração de hoje tem deturpado a ideia de paternidade porque
os pais muitas vezes têm abusado da sua autoridade ou têm sido ausentes,
causando uma lacuna de confiança e segurança. Com modelos não saudáveis no
mundo, o povo de Deus, a Igreja de Jesus Cristo, deve servir como exemplo em
relação ao plano de Deus para a família.
A Igreja precisa começar a entender o seu papel influenciador na área da
paternidade.
Mulheres mais maduras vão colocar mulheres mais jovens debaixo de suas
asas e transmitir amor, cuidado e sabedoria. Famílias fortes vão se importar com
famílias em que um dos pais está ausente, levando força e combatendo o
sentimento assombroso da solidão.
Não podemos mais viver independentes uns dos outros. Deus quer restaurar
a paternidade e a maternidade no seu Reino, e isso tem o seu começo com a sua
promessa de ser Pai para nós.

➢ Um pai espiritual é semelhante a um pai natural


A função dos pais em uma família é prover força, estabilidade e equilíbrio
para a família. Um pai natural deve ser protetor, conselheiro e guia para seus filhos.
Filhos naturais precisam crescer em segurança no amor e orientação do seu pai. Se
eles não têm um modelo saudável de pai, esses filhos não vão alcançar seu destino.

➢ A Maldição de Pais Irresponsáveis


Os casamentos estão falhando, os pais estão ausentes e os filhos são as
vítimas na área emocional, financeira, física e espiritual. Pais que negligenciam seus
filhos são “pais caloteiros”. Não é um termo muito lisonjeiro, mas quando você pensa
na vulnerabilidade dos filhos sem um pai presente, esse é o retrato correto. A

26
unidade da família tem sido destruída à força, deixando os filhos desprotegidos e
perdidos.
Uma convicção popular de alguns anos atrás era que situações externas
como crime nas ruas, más escolas ou estresse econômico eram os culpados pela
crise da vida em família. Os críticos atuais questionam essa convicção. “A ausência
do pai é a tendência, é a tendência mais destrutiva da nossa geração”.
Os líderes da Igreja muitas vezes têm estado tão ocupados com os seus
programas e comitês que não têm tido tempo para treinar filhos espirituais para se
tornarem futuros pais espirituais.

➢ A Promessa de Conectar Pais e Filhos


O Senhor quer restaurar relacionamentos entre o joem e o velho para
que um legado espiritual poderoso possa persistir e proliferar.
Nós queremos que eles saibam que não importa quão terrível o mundo for,
eles podem encontrar conforto e refúgio em um Deus que se relaciona
profundamente com a família.
Existem inúmeros exemplos e modelos de paternidade espiritual nas
Escrituras. Jesus serviu como modelo de pai espiritual para os seus doze discípulos.
Paulo discipulou Timóteo. Elias tornou-se pai espiritual de Eliseu. Moisés treinou
Josué para ocupar o seu lugar e levar os filhos de Israel para a terra prometida.
Esse tipo de relacionamento, em que se destaca o mentoreamento de uma pessoa
por outra, produziu um rico legado para as gerações futuras. Nós precisamos desse
tipo de conexão.
Os pais espirituais devem ser modelos do comportamento e das atitudes de
Cristo, e os seus filhos certamente os seguirão.

➢ As Conexões Familiares no Antigo e Novo Testamento


No Antigo Testamento o povo de Deus consistia em doze tribos e uma
multidão de clãs e famílias, conhecidas corporativamente como os filhos de Israel.
Por meio dessa conexão familiar, Deus mostrou a importância da herança de
genealogia que é passada de pai para filho. O recebimento dessa herança dependia
do fluir da benção de geração para geração.
No Novo Testamento o Senhor continuou a enxergar a sua igreja como um
povo composto de crentes em famílias espirituais.

➢ Relacionamentos é a Chave
Relacionamentos era a chave para o reino de Deus na igreja primitiva. Os
grupos de comunhão nas casas formavam famílias espirituais. Por meio de
encontros de grupos pequenos, os membros eram nutridos, equipados para servir e
recebiam seus dons espirituais para edificar-se mutuamente e tornar-se semelhante
a Cristo.
Nós devemos permanecer juntos por meio desses relacionamentos
ordenados por Deus. Os relacionamentos são a argamassa que mantém as pedras
unidas. Sem esses relacionamentos, logo vamos desmoronar e ficar amontoados
como entulho no chão.

➢ Libere Pais e Mães Espirituais no Senhor


Se não mudamos o nosso foco, a Igreja vai continuar transbordando de
“órfãos emocionais e espirituais” de acordo com o livro The Father heart Of God (O
Coração Paterno de Deus) de Fly McClung: Tantas pessoas são órfãs, não somente
27
de pais físicos, mas de qualquer tipo saudável de herança espiritual ou emocional. A
Igreja também está repleta de órfãos espirituais. Alguns aceitaram Jesus Cristo, mas
não foram alimentados na sua família; outros ainda não se tornaram parte de uma
família espiritual por sua própria culpa ou a de alguém. Essas pessoas precisam
desesperadamente de cuidado pastoral. Elas precisam de ensino da Palavra de
Deus, de serem aconselhadas com princípios bíblicos saudáveis e de ser
encorajadas e exortadas por alguém mais maduro na fé. Elas precisam de um pai ou
uma mãe espiritual que possam ajuda-las a crescer no Senhor.
Os outros precisam ser reeducados em relação à paternidade – isto é, prover
o tipo de exemplo que somente uma figura paterna ou materna sábia e estável pode
prover. Se faltou a paternidade adequada durante os anos de desenvolvimento,
tanto física quanto espiritual ou ambas, essa pessoa precisa de alguém que sirva
como exemplo para ela.
Ser pai ou mãe no Senhor não está limitado àqueles que são pastores ou
líderes espirituais. Também existe uma necessidade crucial de outras pessoas que
se importam e são espiritualmente maduras, para agir como “pais” ou “mães” de
outros crentes.
Por meio de sua presença, esses pais e mães ministram àqueles que estão
ao seu redor, em virtude da sua maturidade e intimidade com Deus. Nós precisamos
liberar esses “pais” e “mães” na igreja para serem quem eles são. Ao se tornarem
disponíveis, terem tempo para as pessoas e abrirem sua casa, suas vidas podem
ser instrumentos de cura e de amor.
O amor do apóstolo João não era apenas por homens fortes que
conhecessem a Palavra de Deus e que soubessem como vencer o maligno, mas por
pais que realmente conhecessem a Deus e que colocassem à disposição para servir
como pais para a Igreja. Se os homens se tornassem pais fortes de acordo com o
padrão bíblico – em casa, na Igreja e na sociedade – a maioria dos nossos
problemas sociais desapareceria e reino de satanás seria severamente restringido.
A paternidade é o fundamento sobre o qual Deus escolheu construir a
estrutura da sociedade.
Mas o que acontece quando bebês espirituais não crescem? Quando homens
e mulheres adultos ainda têm emoções infantis, as irritações de um bebê e o
comportamento de um adolescente são os mesmos. Os psicólogos chamam isso d
“desenvolvimento reprimido”. Eles simplesmente pararam de crescer
emocionalmente e estão emperrados em um estágio imaturo da vida. Essa
dimensão de infantilidade rapidamente perde a sua atração se não passar o tempo.
Um adulto infantil não é atraente. O mesmo ocorre com um crente que não cresceu
espiritualmente.
Em outras palavras, não só os crentes novos são bebê na Igreja de hoje.
Cristãos mais antigos que não amadurecem espiritualmente são “adultos em idade”,
mas “bebês quanto ao crescimento espiritual”. Eles podem ter 20, 30, 40 ou 50 anos
de idade, talvez sejam crentes há anos, mas nunca amadurecem espiritualmente.
Eles vivem estilos de vida centralizados em si mesmos, reclamando, amolando e
“esperneando” quando as coisas não acontecem do jeito que eles querem. Alguns
não aceitam o fato de que Deus os ama por aquilo que são. Outros se revolvem em
auto piedade quando falham. Ainda outros podem viver debaixo de uma imensa
nuvem de culpa e condenação.
SEMELHANÇA ENTRE UM PAI NATURAL E UM PAI ESPIRITUAL
A paternidade espiritual precisa ser ensinada do mesmo modo que a
paternidade natural é transmitida. De acordo com o Dr. David Cannistraci, “existem
pelo menos 5 semelhanças entre um pai espiritual e um pai natural que ajudam a

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abrir os nossos olhos para a função de um pai espiritual do Novo Testamento”. Se
nós compreendermos essas funções, elas nos ajudarão a preparar a caminho para a
paternidade espiritual e a reconhecê-las à medida que elas aparecerem:
1. Pais demostram amor. O relacionamento de amor entre um pai e seu filho o
ambiente ideal para treinar e desenvolver o caráter e a vida do filho.
2. Pais treinam e disciplinam. Os pais exercem um papel fundamental em
conduzir e orientar firmemente seus filhos em atividade e atitudes que vão
prepara-los para uma vida bem-sucedida.
3. Pais garantem provisão. Outra tarefa primaria do pai é garantir para seus
filhos “Prover” significa sustentar e suprir.
4. Pais reproduzem. No sentido mais básico, pais naturais são homens que
têm contribuído fisicamente para criar uma nova vida [...]. Pais espirituais dão
vida espiritual a novos filhos na fé ao tornar-se os vasos por meio dos quais
esses filhos nascem de novo.
5. Pais abençoam e partilham. Muitos pais sabem como amar, sustentar e
treinar seus filhos, mas muitos não têm a habilidade que os grandes pais
apostólicos da Igreja primitiva tinham, ou seja, de partilhar ou transmitir
bênçãos espirituais. O apóstolo Paulo descreve a Deus Pai nos abençoando
como seus filhos com todas as bênçãos espirituais por meio do nosso
relacionamento com Cristo. (Ef. 1;3).
MATERNIDADE ESPIRITUAL
A tendência para o cuidado nas mulheres se evidencia mais claramente na
sua capacidade de amar, que muitas vezes ultrapassa o dos homens. Provérbios
10:1 diz: “O filho sábio dá alegria ao pai; o filho tolo dá tristeza a mãe”. Uma mãe
normalmente sente uma dor mais profunda porque seu amor é mais meigo e terno.
É claro que você não precisa ser mãe biológica para manifestar ternura e
compaixão. Qualquer mulher cristã que entende o coração paterno de Deus e Seu
amor duradouro vai desenvolver a característica maternal de cuidado.

➢ O Coração Materno de Deus


Como sabemos que Deus tem um coração materno cuidadoso e cheio de
ternura? Basta examinar o significado de Seu nome. Um dos nomes hebraicos para
Deus é El Shaddai. El vem da raiz que significa poder e força. Shad em hebraico
pode significar peito ou colo. Essa palavra inclui a noção de ternura e o desejo de
cuidar de nós e tornar-nos frutíferos.
A Bíblia nos apresenta repetidas vezes a figura de um Deus que apresenta
aspectos de um coração materno: “Haverá mãe que possa esquecer seu bebê que
ainda e não ter compaixão do filho que gerou? Embora ela possa esquecê-lo, eu não
me esquecerei de você! Veja, eu gravei você nas palmas das minhas mãos”
(Is.49:15-16ª). O amor profundo e constante de Deus por nós é maior do que o laço
mais íntimo entre um bebê e a sua mãe. O Senhor diz em Is. 66:13. “Assim como
uma mãe consola seu filho, também eu os consolarei”.
As Escrituras apresentam outra figura do coração materno de Deus,
cuidadoso meigo, em Mt. 23:37, em Cristo mostra a sua compaixão por aqueles que
a rejeitaram: “Jerusalém, Jerusalém, você que mata os profetas e apedreja os que
lhe são enviados! Quantas vezes eu quis reunir os seus filhos como a galinha reúne
os seus pintinhos debaixo das suas asas, mas vocês não quiseram”.

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A Palavra de Deus apresenta uma ordem e um modelo claro às mulheres em
relação à maternidade espiritual. Paulo exortou Tito a respeito do que ele deveria
ensinar, e nesse contexto ele exortou as mulheres mais velhas a treinar e ensinar as
mulheres mais jovens: “Semelhantemente, ensine as mulheres mais velhas a serem
reverentes na sua maneira de viver, a não serem caluniadores nem escravizadas a
muito vinho, mas serem capazes de ensinar o que é bom. Assim, poderão orientar
as mulheres mais jovens a amarem seus maridos e seus filhos, a serem prudentes e
puras, a estarem ocupadas em casa, e a serem bondosas e sujeitas a seus maridos,
a fim de que a Palavra de Deus não seja difamada” (Tt. 2:5).
Mulheres espiritualmente maduras se doam de maneira desinteressada. Elas
se submetem à vontade de Deus e à sua liderança.

➢ O Que Atrapalha a Maternidade Espiritual


Lembre-se que o caráter de Cristo é que qualifica uma mulher a ser mãe
espiritual. Mães espirituais em potencial devem ser mulheres que temem a Deus.
Isso significa que elas precisam estar mais interessadas naquilo que Deus pensa
delas do que as outras pessoas pensam. Uma autoimagem baixa vai atrapalhar o
exercício da maternidade espiritual. Mas quando o temor a Deus domina uma
mulher, ela quer saber o que Deus pensa dela. Ela sabe que Cristo a aceita por
causa do Seu sangue e que o Seu amor é incondicional.

LIÇÃO - 09
COMO VENCER O MEDO
“Porque não recebeste o espírito de escravidão, para outra vez estardes com
medo, mas recebeste o Espírito de adoção de filhos, pelo qual podemos clamar: Pai,
meu Pai. O Espírito de Deus, se une com o nosso espírito, para afirmar que somos
filhos de Deus” Rm 8.15-16.
O medo tem sido a causa de muitas doenças psicossomáticas e de levar
muitas pessoas a ruína, em sua vida familiar, profissional e sentimental. Grandes
problemas se levantam diante daqueles que são atingidos pelo medo. Se não
houver a cura, ela se transforma em fobia, encaminhando a pessoa para a mais
grave loucura.
Muitos usam como tratamento, medicamentos antidepressivos, tranquilizantes
e outras drogas que agem na mente e amenizam o mal estar.
Podemos detectar agindo na vida das pessoas, vários tipos de medo, os
quais tiveram origem em problemas que traumatizaram, deixaram marcas profundas
na alma, no centro das emoções, e as pessoas convivem com ela.
Há medo de animais, medo de altura, medo do futuro, medo das pessoas,
medo da morte, medo da solidão, medo da velhice, medo do futuro, medo da
escuridão, medo do ridículo, medo de sentir rejeitado, medo de lugares fechados,
medo de desagradar, medo de ofender, medo da desaprovação, medo de ser
criticado, medo de ser dominado… medo e mais medo, uma infinidade, para todos
os gostos e tipos de pessoa.
O medo não existia no ser humano quando Deus o criou. Foi um sentimento
que surgiu quando o homem pecou. Vemos em Genesis 3.10 “E ele respondeu:
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ouvi Teus passos no jardim e fiquei com medo, porque estava nu; por isso me
escondi”, a primeira declaração do medo. Até aquele momento ele não sentia medo
e não sabia o que era medo, não fazia parte de sua vida ou de sua alma. No
momento que Adão pecou, sua alma foi infectada, recebeu o vírus do medo, foi
atingido emocionalmente, houve uma cisão no relacionamento e o medo passou a
existir, e nem os animais ficaram isento de sentir medo, pois foi estendido para todos
os animais da terra “Todos os animais da terra terão medo de vocês…” Genesis 9.2.
➢ O medo é maléfico até para o corpo físico. A ciência médica diz que o medo gera
energia que provoca profundas alterações fisiológicas no corpo. O coração bate
mais forte, a pressão sanguínea aumenta, aumenta a quantidade de açúcar no
sangue, a digestão se paralisa. Essa energia pode ser destrutiva, pois precisa
ser descarregada. A lei da física diz que a energia não desaparece, continua se
acumulando, aumentando a sua carga até alcançar tais proporções que causam
um efeito destrutivo. Se analisarmos que o medo produz energia, e senão for
eliminado ele se transformará em fobia, medo exagerado, o qual se encaminha
para a paranoia e por si só a loucura.
➢ Por que sentimos medo sendo cristãos? Porque o tratamento da alma, a cura
definitiva, é um processo que precisa ser realizado por Deus, e somente
acontece quando Ele é Senhor de nossa vida. Exige um esforço individual e
dependente de Deus para desenvolver um espírito de confiança em Jesus Cristo
e em Sua Palavra gerado através da intima comunhão com Espírito Santo.
➢ É necessário vencer o medo porque se ele não paralisa, ele atrasa a vida de
quem o possui. Quantas pessoas por causa desse sentimento não alcançaram o
que Deus determinou, não realizaram sonhos, não alcançaram objetivos.
➢ O medo foi a primeira experiência negativa dos nossos primeiros pais – Gn 3.6-
10 – ele é uma das razões de nos escondermos de Deus, dos outros e de nós
mesmos. E ele é também a grande razão de nos impedirmos de viver
experiências com Deus Juízes 7.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE O MEDO?
“Que Deus não nos deu espírito de medo, de poder…”
“O Senhor é a minha luz e a minha salvação; de quem terei medo? O Senhor
é a fortaleza da minha vida, a quem temerei?”
➢ Lembre-se que o medo não é só resultado de trauma experiências, pode ser
também um espírito maligno.
COMO VENCER O MEDO
➢ Pela Palavra de Deus.

➢ Através da oração constante.

➢ Desenvolva um espírito de confiança e fé na Pessoa do Senhor Jesus Cristo.

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➢ Quais são os medos que te dominam; que te travam; que já te impediram e
continuam impedindo você de enxergar o futuro? Coloque-os agora mesmo
diante do Senhor Jesus. Confesse a existência deles dentro de você. Permita
que Deus entre com Sua luz nos lugares escuros e vulneráveis de sua alma. Sua
cura pode acontecer agora mesmo. Jesus está aqui.

LIÇÃO – 10
REJEIÇÃO: COMO LIDAR COM ELA
“A pedra que os construtores rejeitaram veio a ser a mais importante e todas”
Sl.118.22.
A rejeição está presente na vida de 99,99% das pessoas. Alguém já disse
que: “sob a perspectiva dos desafios da vida, o que mais nos derrota não são as
dificuldades externas ou enfrentamos, mas as barreias internas que impõem um
quadro crônico de fuga e desistência, alicerçado numa plataforma de rejeição”.
Grande parte das respostas que damos das escolhas que fazemos e das
condutas que assumimos tem origem num sentimento de rejeição não tratado.
Alguém já disse que “rejeição é uma mochila velha e pesada que o Diabo
coloca sobre nós” e muitas pessoas têm carregado essa mochila velha e pesada
durante toda sua vida quando as mesmas não procuram a cura dessa ferida para se
verem livres dessa mochila.
A rejeição é a experiência mais comum. Todos já fomos rejeitados alguma
vez.
Como se instala a rejeição em nós? A porta de entrada para a rejeição é
sempre uma necessidade básica não atendida: amor, aceitação, compreensão,
atenção. Sempre que uma dessas necessidades é plenamente atendida, a seguinte
é reclamada. E sempre que uma deixa de ser atendida, conclusão nossa, somos
tomados pelo sentimento de rejeição.
Por exemplo:
➢ Quando o amor nos é negado, carências profundas vão surgir que darão origem
as ferida;

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➢ A compreensão nos dá uma sensação de bem-estar. Mas se a rejeição chega,
meu mundo interior é desmoronado. Isso vai causar verdadeiros aleijões na
minha alma.
Precisamos responder de maneira correta, bíblica a rejeição porque nenhum
de nós jamais terá suas necessidades plenamente satisfeitas, pois vivemos num
mundo marcado por imperfeições.
A rejeição é cruel, ela não anda sozinha, ela anda de mãos dadas com a
revolta e os seus amiguinhos são:
a) Solidão: para que não toque na ferida de novo, vou me isolar. Este não é o
melhor caminho. As muralhas que colocamos ao nosso redor para nos
proteger das flechas e setas me impedem também de eu receber os beijos e
abraços fraternos.
b) Insegurança: quantas oportunidades perdemos por causa da insegurança.
Não acreditamos no nosso potencial, na nossa capacidade, na força interna
que graciosamente Deus deu a cada um de nós.
c) Medo: nos paralisa e anda juntinho com a insegurança.
d) Prisão ao passado. Quantos de nós vivemos o ontem. Na traição do ontem,
na acusação do ontem. Deixando de viver as delicias do presente.
e) Amargura: Quando estamos amargurados destilamos veneno.
f) Complexo de inferioridade: como você tem se revelado? O complexo de
inferioridade é você se vê encaixado dentro da medida que o outro faz de
você. E na maioria das vezes essa medida é totalmente injusta. A medida de
Deus que é a verdadeira. Você é a imagem Dele isso deveria bastar.
g) Tristeza. Uma coisa é você estar triste com uma situação outra coisa é você
ser triste. A tristeza enfraquece. Busque a alegria de Deus, ela não é um
sentimento e sim um fruto. “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito
abatido esmaga até os ossos”.
h) Falta de perdão. O perdão é uma ação continua (“Até quantas vezes devo
perdoar o meu irmão? Até sete?”) O único remédio para curar qualquer dor é
o perdão.
i) Bloqueio na mente. Sua mente não recebe nada porque ela está presa nas
raízes da rejeição. Mas Paulo escreve aos Romanos: “E não vos conformeis
com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para
que experimentei qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus” Rm
12.2
j) Ciúme e inveja – ciúme do que é meu e inveja do que é seu. O livro de
Provérbios nos ensina “Cruel é o furor, e impetuosa, a ira, mas quem pode
resistir à inveja?” Pv 27.4 – conseguimos abrigar esses sentimento dentro de
nós porque não temos consciência da nossa identidade.
O QUE A REJEIÇÃO COM A REVOLTA FAZ? O QUE O REJEITADO COM
REVOLTA CARREGA?

33
a) Elas carregam dentro de si rebeldia. 1 Samuel nos ensina que “Porque a
rebelião é como o pecado de feitiçaria e a obstinação é como a idolatria…”
15.23; ela domina uma classe de pessoas desfavorecidas. Ex. meninas de
programas, viciados em drogas, bandidos, assassinos. Geralmente são todos
soberbos.
b) Compram compulsivamente. Compram por estar triste ou alegre. Não tem
domínio.
c) Agressividade
d) Competição
e) Sofisticação. Carro, celular, roupa caros

➢ Como responder a rejeição? A maneira mais correta de lidar com a rejeição é


não importar com que as pessoas fizeram conosco, mas o que vamos fazer com
o que fizeram com a gente. Esta é a maneira mais saudável de lidar com a
rejeição: a maneira de Jesus. Ele, nosso modelo de vida, lidou com a rejeição
das pessoas sem adoecer por isso. Observe: Nem o Filho de Deus foi
plenamente aceito. Isso deve merecer a nossa consideração. A questão em
relação à vida de Jesus não estava relacionada ao que faziam com Ele, mas o
que Ele fazia com o que faziam com Ele, isto é, à maneira como respondia à
rejeição. Jesus poderia responder a rejeição, rejeitando aqueles que O rejeitaram
ou mesmo Se auto-rejeitando, interiorizando em Seu coração o sentimento de
“coitadinho”, “pobre de mim”. Se Ele optasse por esse caminho, ninguém teria
porque acusá-Lo de nada. Mas Ele respondeu a rejeição suportando em amor,
não revidando, não ofendendo, mas entregando a ofensa a quem realmente
poderia julgá-la e é o menos fazemos: “O qual não cometeu pecado, nem dolo
algum se achou em Sua boca; pois Ele, quando ultrajado, não revidava com
ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-Se à Aquele que
julga retamente…” 1 Pedro 2.22-23; “Finalmente, sede de igual ânimo,
compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando o
mal com o mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrario, bendizendo…” 1 Pedro
3.8-9b.

TRÊS ATITUDES PARA VENCER A REJEIÇÃO


1. Não recorra a mecanismos psicológicos de defesa como meio de lidar com a
rejeição. Especialmente: a negação do problema (afundar a bola dentro da
água), a racionalização ( que é justificar o problema) e que fatalmente nos leva a
desenvolver comportamentos correspondentes àqueles que nos feriram (“Se
fizeram isso comigo, também tenho o direito de fazer com os outros”), a projeção
(ou transferência do sentimento de rejeição) para outros e a fuga, essa
incapacidade de voltar, encarar os fatos e resolver o que tem de ser resolvido,
segundo os princípios de Deus.
2. Busque ajuda e a companhia de pessoas saudáveis que sinceramente se
importam com você. Quando estamos feridos na alma somos fortemente
34
tentados a procurar outros feridos para ficarmos “lambendo” as feridas. Um
doente não ajuda outro; só amplia a enfermidade.
3. Decida não mais viver em função das rejeições. Só há uma maneira saudável de
fazer isso: levá-las a Cristo e renunciá-las através de uma disposição inegociável
de perdoar a todos os que lhe rejeitaram. Alguém disse que “perdão é mente
sem memória; é deixar que o outro nasça em nossa história como se não tivesse
história alguma”. Experimente perdoar.

➢ Momento de oração: Leva a Deus em oração suas feridas; reconheça a


existência de todas elas e entregue-as a Cristo. Deixe aos pés do Nosso Senhor
essa mochila pesada como pedra e tome hoje mesmo o fardo do Senhor que é
leve e suave. Sozinho é impossível fazê-lo, mas Jesus está ao seu lado para te
ajudar dessa tarefa tão importante. Abra seu coração pra que o Espírito Santo
faça algo novo em sua vida.

LIÇÃO – 11
CONCEITO DE FORTALEZAS ESPIRITUAIS E SOFISMAS
“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em
Deus, para destruir fortalezas, anulado sofismas e toda altivez que se levante contra
o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” 2
Cor 10.4-5
Este texto é um dos mais utilizados quando se fala da luta do cristão, e com
razão, porque Paulo está apresentando a estratégia de guerra para o confronto
espiritual – “porque, embora andando na carne não militamos segundo a carne” – diz
ele, e a luta é feita com armas espirituais. As “armas” desta batalha é a Palavra de
Deus, a Espada do Espírito.
Por que, apesar de termos herdado a vida que vem do Espírito Santo, não
temos a mente de Cristo? Porque não nos dispomos a destruir o que chamamos de
“fortalezas espirituais” ou “fortalezas da mente”, que nos mantém cativos a padrões
de pecado e iniquidade.
O QUE E UMA FORTALEZA?
Biblicamente, uma fortaleza era uma habitação fortificada e usada como um
meio de proteção contra o inimigo (encontramos Davi escondido de Saul em
fortalezas no deserto – (1 Sam 23.14-19). Eram estruturas físicas, geralmente
cavernas no alto das montanhas onde era muito difícil um ataque.
O QUE É UMA FORTALEZA ESPIRITUAL
1. Com essa imagem em mente, os escritores inspirados da Bíblia adaptaram
a palavra “fortaleza” para definir as realidades espirituais que são poderosamente
protegidas. São pensamentos pecaminosos que dominam a vida do cristão em
determinada área, sem, no entanto estar “possuído” por demônios. Exemplos de
fortalezas espirituais: incredulidade, medo, orgulho, amargura, complexos
(inferioridade e superioridade), religiosidade, legalismo, rituais, mentira, rancor etc.

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2. São padrões enraizados em nossa mente e que se opõem ao verdadeiro
conhecimento de Deus levando-nos a ter uma compreensão distorcida tanto de
Deus quanto de nós mesmos. Nossa batalha é na mente Pv 23.7. Precisamos
renová-la pela Palavra de Deus, aceitar e acreditar em suas verdades.

➢ Dentro desta ordem de ideias, uma parte fundamental do nosso processo de


renovação da mente é identificar as mentiras, os falsos conceitos que
dizemos para nós mesmos em nosso dialogo intimo, identificar, portanto as
fortalezas da mente, renunciá-las e substituí-las pelas verdades da Palavra
de Deus, aplicando-as em nossas vidas com novas atitudes baseadas nos
conceitos verdadeiros, uma vez que “modifiquem-se os fatos em que o
homem crê, e assim serão modificados seus sentimentos e condutas”.
➢ Por exemplo, uma pessoa que se auto deprecia (complexo de inferioridade)
tende a ter sentimentos de incapacidade, sentimentos de menos valia em
relação a si mesmo, solidão, tristeza profunda, magoa-se com facilidade,
interpreta as criticas como uma rejeição a si mesmo; tais sentimentos negativos
não serão curados a menos que a pessoa, além de restaurar seus
relacionamentos partidos com liberação do perdão, disponha-se a identificar os
falsos conceitos que recebeu como “verdade” em seu coração e que geraram
auto depreciação. Tais sentimentos devem ser rejeitados e substituídos pela
verdade da Palavra de Deus com atitudes corretas, uma vez que somente
quando aplicamos a verdade em fé, em operação com o poder experiência é que
verdadeiramente poderemos ser transformados pelo Espírito Santo .
SOFISMAS
É uma “verdade” que não é verdade e pode ser definida como uma
mentira com aparência de verdade, mas continua sendo mentira. Os sofismas
alteram a essência da mensagem do Evangelho e “implantam” no conhecimento
humano uma mentira, que de tanto ser repetida é aceita como verdade. Enquanto as
fortalezas precisam ser destruídas, os sofismas têm de ser anulados. E uma mentira
só é anulada com a verdade. Exemplo disso é a teoria da evolução, uma mentira
ensinada e repetida nas escolas como uma grande verdade, mas é uma mentira.

➢ Argumento falso, formulado para induzir outra pessoa ao erro.

✓ A voz do povo é a voz de Deus.

✓ Deus não se importa comigo tem mais o que fazer.

✓ Eu não consigo me livrar disso.

✓ Deus escreve certo por linhas tortas.

✓ Eu sou assim mesmo.

✓ Todos os caminhos levam a Deus.

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✓ Pau que nasce torto morre torto.

✓ Briga de marido e mulher ninguém mete a colher.

➢ É justamente com os sofismas que o inimigo contamina a mente das pessoas,


comunicando mentiras que tem o poder de deixar a mente das pessoas presas
cativas aos padrões de iniquidade e pecado. Os sofismas são aquelas mentiras
que recebemos como “verdade”, aquelas mentiras forjadas com a intenção de
enganar e só conseguem seu intento porque tem a aparência de verdade; se os
sofismas não tivessem aparência de verdade, não teriam o poder de enganar e
uma mente atolada de sofismas se orientará por eles, produzindo
comportamentos e emoções desviadas das verdades, iníquas, pecaminosas.

➢ Um resultado do engano dos sofismas é uma mente presa aos padrões da


iniquidade, ao orgulho, à altivez, à justiça própria, a falta de perdão e aos
sentimentos negativos que retiram da alma a alegria de viver.
Exemplos:
1. Uma pessoa que sente rejeitada poderá pensar: “Eu sou rejeitado, não
valho nada, não sirvo para nada”
2. Uma pessoa viciada em álcool, drogas, sexo poderá dizer para si mesmo:
“eu não posso, não consigo viver sem isso”
3. Uma pessoa que não tem uma boa autoestima e procura seu senso de
valor em outra pessoa poderá dizer: “eu não consigo viver sem fulano”, alimentando
um ciclo de dependência emocional e de falta de domínio próprio.
4. Uma pessoa que fracassou várias vezes poderá dizer: “eu sou um
fracasso, nada do que eu faço dá certo” e viver atormentado pelo medo de fracassar
e, frequentemente não obterá êxito nas coisas que fizer e terá medo de tentar coisas
novas porque se sente incapaz de concretizá-lo.
5. Uma pessoa que foi traída em um relacionamento significativo poderá nutrir
em sua mente: “não posso, não consigo confiar em ninguém, todos são iguais e
igualmente me trairão e me usarão” realimentando a amargura e a incredulidade em
reação aos relacionamentos, entre outros.
➢ O que se tem de comum em relação aos falsos conceitos acima descrito? Eles
mantêm a pessoa em cárcere emocional, travando a sua mente e servindo de
base para o seus relacionamentos, os quais com certeza não serão saudáveis,
não só em relação aos outros como também em relação a si mesmo. Não é a toa
que já se falou: o estoque do diabo no mercado é um mundo de meias verdades
e meias mentiras onde a meia mentira mascara-se como a completa verdade.
➢ Diante do exposto, um dos passos fundamentais do nosso crescimento espiritual
é justamente derrubar estas mentiras substituindo-as pelas verdades contidas na
Palavra de Deus a nosso respeito. Não podemos construir algo novo em nossas
vidas com os velhos alicerces e as paredes feitas com os tijolos e o reboco do
inferno e, se não destruirmos, certamente eles nos destruirão ou, então,

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manterão a nossa vida em um patamar muito aquém daquilo que Deus deseja
para nós, que é uma vida abundante.

COMO DESTRUIR AS FORTALEZAS E SOFISMAS


1. Leitura e prática da Palavra de Deus. Satanás ataca com mentira, tentado
distorcer a verdade. A Palavra expõe a mentira: “Pois a Palavra de Deus é
viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra
até o ponto de dividir alma e espírito, juntas e medula, e julga os
pensamentos e intenções do coração” Hb 4.12
2. A oração constante, sincera, confiante e dependente do Espírito Santo: “Da
mesma forma o Espírito nos ajuda em nossa fraqueza, pois não sabemos
como orar, mas o próprio Espírito intercede por nós com gemidos
inexprimíveis. E Aquele que sonda os corações conhece a intenção do
Espírito, porque o Espírito intercede pelos santos de acordo com a vontade
de Deus” (Rm. 8.26-27)
3. O jejum é uma das armas para aproximar-se do Senhor, afastar-se do mundo
e matar os desejos da carne. “Pois se vocês viverem de acordo com a carne,
morrerão; mas se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão”.
4. Levando todo pensamento cativo a Cristo “… levamos cativo todo
pensamento, para torná-lo obediente à Cristo”(2 Cor 10.5b). Isto é obediência.
Se existe algum pensamento que é contrario a Palavra de Cristo deve ser
rejeitado e trocado pela vontade de Deus.
5. Vencendo o mal com o bem. “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o
mal com o bem” Rm 12.21. A melhor forma de vencer o mal é encher-se do
bem.
Como filho de Deus levante-se agora mesmo contra as fortalezas e
sofismas que foram construídas em sua mente impedindo você de viver a
abundante vida de Deus. Quais são as mentiras que até agora você acreditou
nelas? Vença-as pela Verdade da Palavra.

38
LIÇÃO 12

IDENTIFICANDO O ORGULHO
“Todavia, dá maior graça. Portanto, diz: Deus resiste aos soberbos; dá,
porém, graça aos humildes. Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele
fugirá de vós” (Tg 4.6-7).
Este texto fala sobre um necessário processo de sujeição a Deus que
precede o confronto espiritual com hostes demoníacas. “Sujeitai-vos a Deus” é o que
assevera Tiago. Sempre que humildemente suportamos esse processo de
quebrantamento, submetendo-nos a Deus e crucificamos as estruturas de orgulho,
estamos aptos a resistir vitoriosamente ao diabo. É importante saber que as
tribulações, lutas e sofrimentos quebram nossas estruturas de orgulho. Se
soubermos compreende-las elas são verdadeiros “martelos de ouro” para destruir as
estruturas de orgulho que existem dentro de nós. Lembrando também que o orgulho
parece ter mil vidas, quando você pensa que o aniquilou, ele reaparece novamente
tão forte quanto antes. Por isso é necessário uma vida constante de sujeição a
Deus.
O orgulho é quando o homem quer ser igual a Deus. Orgulho é crer que do
seu jeito é melhor; orgulho e a independência de Deus são irmãos gêmeos.
Independência é algo que todos estamos sujeitos. A soberba é a mãe de todos os
pecados – Isaias 14.13-14. Esse verso mostra a origem do pecado. Veja também 1
Tm 3.6. Todo soberbo faz Deus lembrar a rebelião do diabo e todo soberbo revela o
mesmo caráter do diabo.
1. Antes de Deus resistir ao diabo, Ele resisti ao soberbo.
O maior problema de Deus não é o diabo, são os soberbos. Muitas vezes
estamos lutando e guerreando contra situações malignas que nos assolam sem
nenhum resultado. Portanto, antes de resistir ao diabo, a Bíblia deixa claro que Ele
vai resistir aos soberbos. O grande desafio de Deus é o coração endurecido do
homem. Deus certamente irá confrontar a nossa soberba, a nossa independência, a
nossa justiça própria e todo julgamento frívolo que vem do orgulho ferido.
2. Deus dá graça aos humildes.
Depois de resistir aos soberbos, Deus honra aos humildes. Graça e orgulho
não se misturam. O favor de Deus e a abundancia do Seu Reino estão ligados com
um coração purificado da arrogância e orgulho. Estados crônicos de desgraça
pessoal e familiar estão respaldados por esquemas de orgulho.
3. Sujeitai-vos, pois, a Deus.
É o processo no qual nosso orgulho é confrontado. É necessário topar esse
desafio de Deus, suportando as duras provas de que visam desarticular esquemas
malignos e estruturas de orgulho que muitas vezes existem imperceptivelmente em

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nossa vida. Uma das maiores façanhas do espírito de orgulho é seu poder de
invisibilidade e engano.

4. Resisti ao diabo e ele fugira de vós


O processo de sujeitarmos a Deus constrói uma plataforma de autoridade,
através da qual resistimos ao diabo e ele não terá alternativa, senão fugir. À medida
que suportamos a humilhação, sujeitando-nos à correção divina, o diabo não tem
mais onde se apoiar e se esconder. Torna-se um alvo claro, desarmado e fácil.
Fortalezas mentais e esquemas de maldição são desmoronados através de uma
fulminante e genuína libertação.
ORGULHO FERIDO
A raiz de 90% dos nossos maiores problemas e conflitos é uma coisa só:
ORGULHO. O pior do orgulho é que ele é como mau hálito. Quem tem, não sabe
que tem. Isso torna mais difícil compreender certas provas ás quais Deus submete-
nos.
INFESTAÇÃO DEMONÍACA NA FAMÍLIA: “…minha filha está
horrivelmente endemoninhada” Mt 15.21-28
Este texto nos fala de uma mulher que tinha uma filha miseravelmente
endemoninhada. Esta filha também pode significar áreas extremamente
significativas de nossa vida que estão aprisionadas em quadros crônicos de derrota
e destruição. É um caso clássico de batalha espiritual. Jesus exerce um
discernimento surpreendente. Ele conseguiu provocar na vida dessa mulher uma
atitude que produziu por si mesma a libertação pela qual ela clamava. O caminho
para algumas libertações envolve passar por provas duríssimas. Ao sermos
provados e tratados por Deus, a libertação acontece. A questão aqui não é vencer
os demônios, mas sermos vencidos por Deus. Sujeitando a Deus.
“Humilhai-vos perante o Senhor, e Ele vos exaltará” (Tg 4.10)
Vamos analisar o doloroso processo e libertação ao qual essa mulher foi
submetida. O que realmente significa isso que Tiago disse – “sujeitai-vos a Deus”?
Como reagir diante de situações humilhantes? O que Deus esta querendo nos falar
através dessas situações? O que fazer quando Deus começa a agir de maneira
terrivelmente estranha conosco? Na atitude dessa mulher estão as respostas.
O DISCERNIMENTO DE JESUS – A CHAVE DA LIBERTAÇÃO
SILENCIO E DESPREZO: “E eis que uma mulher Cananéia, oriunda
daquelas cercanias, clamava, dizendo: Senhor, Filho de Davi, tem compaixão
de mim, que minha filha esta horrivelmente endemoninhada. Contudo Ele não
lhe respondeu palavra”. (Mt 15.22)
Aquela mulher veio gritando por socorro e simplesmente Jesus a ignorou! Ele
não lhe respondeu palavra! Ele a desprezou num momento de angustia e
perplexidade. Quando o silêncio de Deus confronta o nosso desespero, Deus Se
cala. Aquela sensação de vazio e dor atravessa nosso coração. A única resposta
que temos diante do nosso clamor é a solidão. Você ora, faz campanha, chora,
consagra-se mais e nada acontece!
O sentimento é claro: Deus virando as suas costas e se distanciando no
mesmo passo que o abandono se aproxima. Nossos sentimentos se afloram e se
tornam vulneráveis. O espírito de orgulho imediatamente se achega e dói, ou
melhor, fala: “Ele não ama você; Ele não se importa com você. Deus Se esqueceu

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de você! Ele te abandonou na hora que você mais precisava dEle”. O pior é que isso
parece fazer sentido! Não acreditar numa mentira como essa num momento como
esse é só para pessoas humildes e perseverantes.
1. DISCRIMINAÇÃO: “Respondeu-lhes Ele: “não fui enviado senão às ovelhas
perdidas da casa de Israel” Mt 15.24
Quando os discípulos tentam amenizar o constrangimento inicial da situação,
vem uma resposta ainda mais agressiva. Jesus impetra outro golpe fortíssimo contra
a insistência daquela mulher. Ele a discrimina racialmente. Ele omite em relação a
ela por causa da nacionalidade. Ele a inferioriza em relação aos judeus, provocando
especificamente o seu orgulho, que precisava ser vencido. Todo preconceito
revela uma idolatria em relação a nossa reputação. Isso precisa ser tratado. Ao
tratar preconceituosamente aquela mulher, Jesus estava confrontando o complexo
de superioridade que os gregos tinham em relação ao resto do mundo.
2. OFENSA: Vem então a terceira resposta de Jesus: “Ele, porém,
respondeu: não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-los aos cachorrinhos, ao
que ela disse: sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que
caem da mesa dos seus donos”. Mt 15.26
Jesus estava agora tocando na dignidade humana daquela mulher! Jesus
desceu o “nível”, ofendendo-a publicamente. Foi uma coisa muito forte. Não havia
como provocar mais a carnalidade de uma pessoa de “alta estirpe”. Aquela mulher
foi ignorada, discriminada e, agora, ofendida pelo próprio Jesus. Os traumas em
relação à sua família estavam sendo provocados, mas ela superou a prova da
rejeição familiar também.
Surpreendentemente, ela respondeu: “os cachorrinhos comem das migalhas
“. Ela se humilhou tanto que naquele momento, todo o seu orgulho deu seu ultimo
suspiro de vida! Aquilo foi como uma bomba no inferno. Palavras insuportáveis para
qualquer demônio. Ela deixou bem claro que Jesus não era apenas seu Salvador,
mas o seu Dono, seu Senhor!
3. EXALTAÇÃO: Então respondeu Jesus, e disse: “Ò mulher, grande é a tua
fé, seja-te feito como queres. E desde àquela hora sua filha ficou sã” Mt
15.28
Através da humilhação, uma prova de fogo. Todas as cadeias demoníacas
romperam-se, toda maldição se foi. E tem tudo a ver com a capacidade de
humilhação. Onde existe humildade, existe fé; onde existe orgulho, muitas fortalezas
demoníacas serão levantadas.
- DISCERNINDO A PROVA DA HUMILDADE
Este é o tipo de sujeição que Deus espera de nós antes que combatamos os
demônios. A verdade é que frequentemente Deus está nos submetendo à prova
como essa.
- O PRINCIPIO DA INTERCESSÃO
Aqui também percebemos uma poderosa ligação entre a humilhação e a
oração respondida. Uma grande fé brota do solo de uma grande humilhação. Aqui
nasce o verdadeiro espírito de intercessão. Como fazemos nossas orações subirem,
serem exaltada? A humilhação é a resposta. Deus é perito em exaltar atitudes
realmente humildes. Tiago confirma: “Humilhai-vos, pois, debaixo da potente
mão de Deus, para que ao seu tempo vos exalte” 1 Pedro 5.6.
Aquela mulher suportou a prova. Ela não se sentiu humilhada por Jesus, não
se ressentiu, não tinha orgulho para ser ferido ; antes entendeu que precisava

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humilhar-se ainda mais. Colocou-se na brecha. Tinha consciência da miséria que
vivia. Não mediu esforços para se humilhar e foi exaltada.
Em 2 Crônicas 7.14 nos fala o Senhor que a humilhação precisa ser o carro-
chefe do processo que faz nossas orações ser ouvidas, nossos pecados perdoados
e nossa nação curada. A maior marca de um avivamento é a oração feita com
humilhação, confissão de pecados e intimo quebrantamento. O avivamento e a cura
começam com a humilhação.
Temos dois aspectos de uma luta interna:
➢ De um lado estão nossos ressentimentos, justiça própria, desilusão e tantas
outras feridas do orgulho.

➢ Do outro, existe uma poderosa perspectiva de humilhação. O que está pesando


mais? Até quando resistir ao tratamento de Deus?

O principio da nossa libertação começa com a humildade como já foi citado


anteriormente. Permite que o Espírito de Deus penetre no mais profundo do seu ser,
vasculhe os lugares secretos de sua alma e traga a luz o orgulho, que tem impedido
você de alcançar lugares altos em Deus. Derrame seu coração agora mesmo e
confesse diante de Deus esse pecado. Permita que a Palavra de Deus e o Santo
Espírito curem sua alma e te liberte dessa escravidão. Ajoelhe agora mesmo e
deixe que a luz do Evangelho encontre seu coração.

LIÇÃO – 13
RAÍZES DA AMARGURA
“… nem haja alguma raiz de amargura que, brotando vos perturbe, e, por
meio dela, muitos sejam contaminados”.
Há pessoas que têm guardado magoas em seus corações por mais de vinte
anos e estas mágoas criaram raízes profundas, ao longo desse tempo, assumindo
parte ou totalidade do caráter e comportamento dessas pessoas. Rejeições e trauma
são experiências dolorosas que criam o ambiente fértil para que raízes de amargura
sejam geradas, com profundidade, nos corações das pessoas.

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Exemplo: um filho adulto guarda mágoa do pai desde a infância por causa de
uma palavra dita impensadamente diante de seus amigos ou o caso de uma esposa
que não perdoa o marido por algo que ele fez de errado na lua de mel. Estes são
exemplos de raízes de amargura ou ressentimentos que se estabeleceram e se
desenvolveram com o tempo porque nenhuma providencia foi tomada no sentido de
cortar o mal pela raiz.
O que é ressentimento
➢ É sentir de novo todas as emoções ruins provocadas por mágoa guardada no
coração e enraizada pelo tempo. É sentir profundamente, estar magoado,
ofendido, ferido, afligido, triste, desgostoso, angustiado.
➢ Ressentir é trazer à tona momentos ruins dolorosos, inacabados, uma sensação
de amargura, raiva ou vingança. É ficar contemplando cenas de um passado
doloroso, através de imagens mentais; reviver com as mesmas emoções fatos
que nos causaram mágoas. E todas as vezes que recordamos desses
momentos potencializamos a dor.
➢ Esses sentimentos ruins tendem a ficar escondidos no coração de tal maneira
que as pessoas não percebem de imediato (raízes estão escondidas debaixo da
terra, escondidas). Todos acham que está tudo bem, mas um dia os frutos
amargos são produzidos e ninguém mais deseja estar próximo de uma pessoa
com raízes de amargura.
❖ A mágoa plantada no coração é como um veneno que você toma e
espera que o outro morra (mas quem está se envenenando é você!). Há
pessoas que vivem no veneno.
➢ Uma historia para lembrar e ensinar: Amós e Andy. Andy estava muito chateado
porque um colega sempre que via-o dava-lhe um tapa no peito como forma de
saudação. Aquilo deixava Andy furioso. Um dia ele teve a ideia de vingança e
colocou uma bomba no peito, por baixo da roupa para destruir a mão do colega
no momento em que repetisse aquela brincadeira desagradável. O problema é
que Andy esqueceu que não só a mão do colega seria destruída, mas também o
seu próprio coração e vida.
➢ Ressentimentos causam isolamento e quebra de relacionamentos.
(PV 18.19) “o irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade
forte”. Construímos muros emocionais ao nosso redor quando somos feridos por
alguém. Ficamos fechados no intuito de guardar nossos corações e preveni-lo de
futuras feridas.

➢ Como medida de ataque, usamos o silencio vingativo, ficamos isolados do


convívio de determinadas pessoas, barrando a aproximação e todos que nos
magoaram, negando-lhes o acesso a nossa vida até que nos paguem tudo o que
nos devem.

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➢ Ressentimentos e mágoas estão diretamente associados com outros problemas
comportamentais: rejeição, vergonha, sentimento de indignidade,
autocompaixão, insegurança, contenda, dissensão, ira, ódio e vingança. Todos
esses sentimentos negativos provocam doenças: úlceras, palpitações,
taquicardia, pressão alta, infarto, insônia, artrite, dores de cabeça, doenças de
pele, etc.
➢ O ressentimento é uma cadeia que lhe prende às emoções negativas, impedindo
seu crescimento na fé e espiritualidade. É também uma cadeia que lhe prende ao
passado impedindo-lhe de ser e ver o que Deus deseja para você hoje.
➢ A Bíblia nos dá um exemplo sobre ressentimento na vida de um homem que
durante toda a sua existência foi exemplo de uma pessoa emocionalmente
equilibrada, mas que um dia se deixou abater por mágoas. O rei Davi quando
estava velho, já para morrer, deu algumas ordens a seu filho e sucessor Salomão
e também mencionou sobre Joabe, pedindo a seu filho que se vingasse por ele e
não deixasse Joabe morrer em paz. 1 Rs 2.1-6
➢ O grande problema do ressentimento é a falta de perdão. A falta de perdão
bloqueia as benções de Deus sobre nossa vida. Veja que não se trata de Deus
não querer abençoar, mas de que a falta do perdão impede de que as benções
cheguem até nós.
Isaías 59.1-2 “Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não
possa salvar; nem surdo Seu ouvido, para não poder ouvir. Mas as vossas
iniquidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados
encobrem o Seu rosto de vós, para que não vos ouça”.
➢ Se perdoarmos somos perdoados, se não perdoarmos não somos perdoados.
Mt 6.14-15 “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também
vosso Pai Celeste vos perdoará; se, porém, não perdoardes aos homens as suas
ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”.
➢ Se retermos o perdão satanás alcança vantagem sobre nós. A falta de perdão
nos mantém em escravidão – se não perdoarmos seremos entregues aos
espíritos atormentadores.
2 Coríntios 2.10-11 “A quem perdoais alguma coisa, também perdoou;
porque, de fato, o que tenho perdoado (se alguma coisa tenho perdoado), por
causa de vós o fiz na presença de Cristo; para que satanás não alcance
vantagem sobre nós, pois não ignoramos os desígnios”.
➢ É importante que cada um saiba que não podemos evitar totalmente um trauma,
suas consequências imediatas, tais como magoa ou ira. Mas, somos nós que
escolhemos viver ou não o resto da vida com esses ressentimentos e
magoas.
CONFISSÃO E ARREPENDIMENTO
Há muitas pessoas em nosso meio que precisam muito mais de
arrependimento e confissão de pecados do que tratamento psicológico. Suas vidas
estão superlotadas de lixo. São portadoras de enfermidades físicas e diversos
44
problemas emocionais porque guardam sentimentos maldosos para com outras
pessoas. Podem ser totalmente curadas quando estiverem dispostas a confessar
seus pecados e ministrar o perdão.
Salmo 32.3 “Quando eu guardei silencio, secaram os meus ossos…”
1 Jo 1.9 “Se confessarmos nosso pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar
os pecados, e nos purificar de toda injustiça”.
Ef 4.26 “Não se ponha o sol sobre a vossa ira” – a regra geral é que não
podemos dormir com magoas no coração. As mágoas não podem ficar dentro de
nós até o dia seguinte. Temos que resolver o problema antes de dormir, liberando
perdão a quem ofendeu.
❖ Você deverá tentar descobrir, com uma autoanálise, a existência de
mágoas ocultas, necessidades insatisfeitas, emoções reprimidas que
muitas vezes lhe impedem de alcançar vida social equilibrada. Saiba
que não acontecerá a cura enquanto as lembranças penosas não forem
localizadas e tratadas com oração e confissão.
➢ A importância da confissão – no Jornal Lexington Herald-Leader (EUA) de
23/09/84, já trazia um artigo afirmando que a confissão, sem levar em conta o
que possa fazer para a alma, faz bem para o corpo. Estudos mostram de modo
convincente que as pessoas que confiam a outras seus sentimentos e segredos
perturbados ou algum evento traumático, em lugar de suportarem sozinhas os
problemas, são menos vulneráveis às moléstias.
➢ Dr. James Pennebaker, da Escola de Medicina Johns Hopkins, em The Journal
of Abnormal Psichology, diz que há benefícios para a saúde quando nossos
segredos mais penosos são compartilhados com os outros. Ele diz ainda que o
ato de confiar em alguém protege o corpo contra tensões internas prejudiciais
que são o castigo por levarmos um fardo emocional, como, por exemplo, um
remorso reprimido – “confessai vossos pecados uns aos outros para serdes
curados”.
➢ Não carregue mais o fardo da amargura em seu coração. Permita que o Espírito
Santo de Deus cave e encontre as raízes da amargura de sua alma e hoje
mesmo Ele possa arrancá-las e você encontrar a paz para seu coração.
Confesse a Deus as situações que te causaram amargura e pela fé deixa-as
crucificadas na cruz do Nosso Senhor Jesus Cristo.

LIÇÃO – 14
EXPERIMENTANDO O PERDÃO
“Porque se perdoardes aos homens s suas ofensas, também o vosso Pai
celeste vos perdoará; se, porém não perdoardes aos homens as suas ofensas,
tampouco vosso pai vos perdoará” Mt 6.14-15; “suportando-vos uns aos outros , e
perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra o outro, assim como
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Cristo vos perdoou, assim fazei vos também” (Cl 3.13); “Antes sede uns para com os
outros benignos, misericordiosos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus vos perdoou em Cristo” (Ef 4.32)
O QUE É O PERDÃO?

➢ Absorver, remir, liberação ou cancelamento de uma obrigação.

1. Perdão é ação. É dar amor quando se espera ódio. É dar compreensão quando
espera raiva, vingança. É recusar buscar sua própria vontade. Para que haja esta
reação é preciso tempo, é preciso que o Espírito Santo faça uma obra de
restauração no coração e nos preencha das graças de nosso maravilhoso Deus.
2. Perdoar é substituir. “Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós;
para que nEle fossemos feitos justiça de Deus” 2 Cor 5.21. Jesus substituiu
literalmente toda nossa transgressão para que fôssemos feito justiça de Deus e
não nossa.
3. Perdão não é sentimento, é decisão – A Palavra de Deus não diz para nós
perdoarmos, quando sentimos vontade; pelo contrario, ela nos ordena a perdoar
como forma de decisão e não por sentimentos. Trata-se de uma obediência ao
mandamento do Senhor. Saiba que enquanto não perdoarmos, nossas emoções
estarão presas, por isso temos que tomar a decisão de perdoar, para que haja a
libertação de nossas emoções.
➢ Antes de tomarmos a decisão de perdoar, estamos debaixo do poder de
escravidão do pecado. Após tomarmos a decisão de perdoar teremos a
comunhão com o Senhor restaurada e a graça fluirá suficientemente para nos
libertar de toda raiz de amargura (rejeição, ressentimento, ira, contenda,
dissensão, mágoas e vingança). Quando o perdão for consumado, nossas
emoções serão gradativamente libertas e as sensações de alívio e paz serão
restabelecidas em nosso ser.
➢ Temos que perdoar como Deus perdoa. Deus não traz de volta um pecado que
foi perdoado. – Isaías 43.25 diz “Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas
transgressões por amor de mim e dos teus pecados não me lembro” – essa
história “perdoo, mas não esqueço” não é perdão. Não devemos ficar lembrando-
se do que já se perdoou. Não fique revivendo a cena ruim. Não esteja ruminando
o sentimento de mágoa ou qualquer outro sentimento de um fato preso ao
passado. Libere perdão e continue a vida.
Lm 3.21 “Disto me recordarei na minha mente; aquilo que me dá esperança”.
Cl 3.13 “Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém
tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou assim
também perdoai vos”.
➢ Saiba que o perdão é o machado que Deus coloca à disposição de todo homem
para cortar as raízes de qualquer sentimento danoso a nossa fé.
➢ Perdoar é imitar o Senhor Jesus, rasgar o escrito de dívida contra nosso próximo.
Perdoar é deixar que Deus ame a outra pessoa através de nossa vida. Somente

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o amor cobre multidão de pecados (1 Pe 4.8) e o amor não se ressente do mal (1
Cor 13.5).

O QUE NÃO É O PERDÃO


1. Perdoar não é esquecer. “A mente humana é capaz de registrar 800
recordações por segundo durante 75 anos sem falhar. Por isso é necessário
fazer-se distinção entre esquecimento emocional e mental. Lembrar da ofensa
de tal modo que ela continue a afetar o relacionamento emocional não é perdoar:
“Pois, para com as suas iniqüidades, usarei de misericórdia e de seus pecados
jamais me lembrarei” (Hb 8.12)
2. Perdoar não é sentimento: “Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos
uns aos outros, se alguém tiver queixa contra o outro; assim como Cristo vos
perdoou, assim fazei vós também” (Cl 3.13).
“Perdão é um ato de fé baseado na ordem de Deus”
3. Perdoar não é voltar ao passado:
➢ Sempre que voltamos a pensar no que aconteceu, continuamos alimentando um
ressentimento, uma amargura. Trazer de volta o passado é uma força destrutiva
por que:
➢ Não há nada que e possa fazer para mudar algo que já aconteceu.

➢ Guardar a culpa tira nossa energia de viver: “Bem aventurado o homem a quem
o Senhor não imputa maldade, e em cujo espírito na há engano” Sl 32.2
“Enquanto eu guardei silêncio, envelheceram os meus ossos pelo meu
bramido em todo dia”. Sl 32.3
Porque de dia e de noite Tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou
em sequidão de estio. Sl 32.4
Confessei-Te o meu pecado e minha maldade não encobri. Dizia eu:
confessarei ao Senhor as minhas transgressões; e Tu perdoaste a maldade do meu
pecado. Sl 32.5
➢ Não desligar do passado e prosseguir tentando fingir que nada aconteceu, é falta
de entendimento sobre o perdão de Deus em nossas vidas. Há pessoas que
estão sendo destruídas pelo passado.
4. Perdão sem exigências

➢ Perdão não é exigir mudanças, por parte da outra pessoa, antes do nosso
perdão. Jesus perdoou mesmo sabendo de antemão que seria humilhado e
ferido por nós: “E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma
maneira lhes fazei vós, também”. Lucas 6.31
❖ Quando exigimos mudanças na vida de outra pessoa, nos colocamos
no papel de juiz.

CONCLUSÃO:
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➢ Deus quer que você perdoe quem o feriu.

➢ Deus não permitirá que isso o destrua, bem como seu potencial, seus dons, suas
habilidades e sua vida; isto se você responder positivamente e obedientemente
ao ato de perdoar.
➢ O Senhor é capaz de usar algo muito triste do nosso passado para a gloria Dele.
Ele é capaz de transformar tudo que ocorreu, de maneira que redunde em bem
para nossa vida, para o outro e para qualquer pessoa envolvida.
➢ As consequências de não perdoar serão desastrosas.

➢ Abra seu coração para Deus e fala para ele o nome das pessoas que te
ofenderam e o motivo que de alguma maneira feriram seu coração e impediu a
alegria abundante reinar em sua vida. Jesus está aqui para levar embora a sua
dor e deixar você definitivamente livre.

LIÇÃO 15
FALTA DE PERDÃO E RAIZ DE AMARGURA
“Segui a paz com todos e santificação sem a qual ninguém verá o Senhor,
tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz
de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem”. (He.12:14-
15).
A princípio, não existe nada de comprometedor em sermos feridos. Qualquer
pessoa pode ser ferida. O próprio Jesus foi ferido. “Ele veio para os que eram seus,
e os seus não O receberam” (Jo1:11). Jesus foi duramente rejeitado por aqueles que

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intencionalmente amavam. A grande questão é como reagimos. Como você reage é
o que faz toda a diferença na sua vida e no mundo.
Precisamos aprender a lidar com as cargas de rejeição e injustiça que já
sofremos, estamos sofrendo e ainda sofreremos. Não importa o que fizeram
conosco. Importa o que estamos fazendo com aquilo que fizeram conosco.
Princípios Importantes Acerca do Perdão
➢ Perdão não é um sentimento; é uma escolha. Você jamais vai “sentir de
perdoar” uma pessoa que te abusou, humilhou, enganou, traiu etc. Você vai
“sentir” é de “esmaga-la.
A tendência imediata é buscar alguma forma de vingança. Para perdoar, é
necessário morrer para os próprios sentimentos e ressentimentos. Precisamos negar
a nós mesmos. É só na cruz que podemos dizer: “Pai, perdoa-os porque não sabem
o que fazem”.
➢ Perdão não é uma sugestão; é um mandamento. Jesus estabeleceu o
perdão como uma lei inegociável. Quando Pedro O questiona sobre até
quando perdoar, Jesus deixar claro que o perdão precisa ser um modo de
viver, ou seja, devemos perdoar não só sete vezes, mas setenta vezes sete,
por dia. Essa é a matemática do Reino de Deus.
➢ Perdão é unilateral, independente da atitude da outra pessoa. Não importa
se ela se arrependeu ou não, se ela reconheceu o seu erro ou não, se ela nos
pediu perdão ou não. Precisamos perdoar porque só assim podemos garantir
nossa própria saúde emocional e proteção espiritual. Caso contrário, a raiz de
amargura vai trazer sérias perturbações.
➢ Perdão não é você esquecer, mas é você não usar mais isso como
argumento contra a pessoa, mesmo lembrando o que ocorreu. Precisamos
entender o processo da cicatrização da ferida. Ou seja, uma pessoa curada
não é uma pessoa que esqueceu o que sofreu, mas é aquela que pode se
lembrar confortavelmente.
➢ Perdoar alguém não significa fingir que você não está ferido. Precisamos
ser honestos conosco mesmos e com Deus, reconhecendo que a ferida
existe. Se não ignoramos a ajuda que Deus pode nos dá, vamos impedir que
essa ferida se desenvolva e venha a produzir a amargura.
➢ Perdão evidência o princípio ativo da graça e da misericórdia de Deus.
Graça é oferecer ou receber o bem que não merece. Misericórdia é não
oferecer ou receber o mal merece. O perdão anda na contramão do
merecimento. É um novo conceito de justiça, instituído pelo sacrifício de
Jesus.
PERDÃO X AMIZADE
Essa é uma questão que deixa muitas pessoas em conflito. Perdoar significa,
obrigatoriamente, que tenho que ser amigo daquela pessoa? Perdoar é
incondicional; amizade e intimidade se fundamentam na credibilidade. Existem
requisitos que vão determinar se podemos, ou não, nos expor a uma amizade
legítima.
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Não podemos escolher a quem perdoar e a quem não perdoar, mas podemos
e devemos escolher quem será e quem não será um amigo. Porém, o fato de não
escolhermos alguém como amigo não significa rejeitarmos uma convivência com
essa pessoa, ou tê-la como inimiga.
FASES DO PERDÃO
É fundamental entendermos o processo do perdão. Essa compreensão pode ser
algo decisivo na batalha interior que uma pessoa ferida tem que enfrentar.
1. Indiferença. A indiferença pode ser a principal característica de uma pessoa
ferida. Na prática, o externo oposto do amor não é o ódio; é a indiferença. A
rejeição prolongada pode produzir um sofrimento tão agudo que mata os
sentimentos e aniquila qualquer tipo de conspiração pelo agressor. Depois de
lutar com a rejeição, a tendência é se tornar indiferente. Ou seja, como
podemos matar literalmente a pessoa, escolhemos matá-la dentro de nós, no
nosso coração.
2. Raiva. Ao perceber que não temos outra alternativa senão perdoar, a
tendência é a indiferença se transformar em raiva. Isso é sinal que a ferida
está sendo espremida. A raiva, por incrível que pareça, é menos pior que a
indiferença. A pessoa já está reagindo e saindo do coma emocional.
3. Conflito. Mediante a convicção do Espírito Santo, a raiva vai perdendo força
e a pessoa já consegue lidar com seus sentimentos. A pessoa percebe que
pode enfrentar aquilo tudo, mas, ao mesmo tempo, parece não querer. Um
sentimento forte de que o ofensor não merece ser perdoado vem a tona.
Porém, não é mais uma luta desigual. A pessoa além de saber que precisa
perdoar, começa a perceber que pode perdoar. Racionalmente, está apta a
considerar que essa é a melhor opção a fazer.
4. Frustação. Nesse estágio, a pessoa está totalmente convencida de que tem
que perdoar e de pode perdoar, apesar de não gostar da ideia. Vem um certo
sentimento de tristeza e frustração. Porém, ao mesmo tempo em que se
sente impotente diante de tudo que sofreu, é fortalecida por uma convicção
de que está fazendo a coisa certa.
5. Aceitação. A pessoa se conforma com a ideia colocando sua obediência
acima dos seus sentimentos. A vida emocional volta ao equilíbrio, submetida
ao governo do espírito.
6. Paz. Após sustentar com firmeza a postura de perdoar começa a desfrutar da
paz interior que há tempo perdera. Esse é indubitável sinal da vitória sobre a
amargura.
7. Memória cicatrizada. Consequentemente, sente-se totalmente consolada
pelo Espírito Santo. Confortavelmente, pode se lembrar das injustiças
sofridas.
8. Bom humor. O sintoma de uma memória curada é o bom humor em relação
ao que se experimentou.
CONSEQUÊNCIA DA FALTA DE PERDÃO
➢ Envenenamento
A falta de perdão produz ferida. Essa ferida, quando alimentada, produz
amargura. A amargura é uma toxina espiritual tão venenosa quanto infecciosa.
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Não perdoar é você tomar o veneno e querer que a outra pessoa morra.
Obviamente, é você mesmo que está morrendo. Toda atitude de vingança não
deixa de ser também um suicídio espiritual.
➢ Relacionamento Aprisionado
O perdão é um princípio decisivo que determina uma condição de
liberdade ou aprisionamento espiritual. Quanto mais nos amarguramos contra a
pessoa, mais nos unimos a iniquamente a ela. Ou seja, a amargura não nos
separa da pessoa; aproxima-nos malignamente dela.
➢ Não Seremos Perdoados
Se não somos capazes de perdoar uma pessoa aqui na terra, será que
poderíamos conviver com ela no céu? “Porque, se perdoardes aos homens as
suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós, se, porém, não
perdoardes aos homens tampouco vosso Pai perdoará vossas ofensas”
(Mt.6:14,15).
➢ Condenação
“Não julgueis, para que não sejais julgados. Porque com o juízo com que
julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão”. Quando
não perdoamos tornamo-nos vulneráveis para praticar o mesmo mal que
sofremos. Nossos principais erros têm a mesma natureza dos erros que não
perdoamos. Essa Lei foi bem evidenciada pelo apóstolo Paulo: “Tu que julgas,
praticas o mesmo?”.
➢ Falta de Perdão – Depressão – Câncer
A ciência tem identificado as células cancerígenas como “células
angustiadas”, ou seja, são partes do organismo que sofreram tão fortemente o
impacto do tormento espiritual que aflige a pessoa, que passaram a se reproduzir
anormalmente. Alguns tipos de câncer podem ser nada mais, na menos que a
somatização da amargura.
IDENTIFICANDO UMA PESSOA AMARGURA
a) Falta de interesse pelos outros.
b) Não é transparente.
c) A pessoa amargurada é hipersensível.
d) Tendência a possessividade.
e) Acepção de pessoa.
f) Tem medo de conhecer novas pessoas.
g) Tem que ser sempre atendida nas suas exigências imediatas.
h) Mostra pouca, ou nenhuma gratidão para com os outros.
i) Guarda mágoa por longo tempo e acha extremamente difícil perdoar.
j) Frequentemente tem atitudes obstinadas e de rebelião aberta.
k) Experimenta extremos de humos.
l) Dada às maledicências.

51
LIÇÃO – 16
ROMPENDO LIGAÇÕES ENTRE ALMAS
Introdução
➢ Muitas pessoas casadas com dificuldade na intimidade sexual (continuam presas
ao antigo parceiro sem conquistar uma realização presente)
➢ Pessoas que sonham constantemente com outras que tiveram algum tipo de
relacionamento no passado (amizade, inimizade, autoridade, namoro, etc).
➢ Prisão com parceiros sexuais do passado

➢ Prisão com relação ao ente querido que já morreu.

➢ Fortes laços emocionais com animais de estimação.


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➢ Fortes laços emocionais com parentes controladores.

➢ Fortes laços emocionais com lideres manipuladores.

➢ Todos os sintomas caracterizam fortes vínculos emocionais, os quais chamamos


de ligações de alma.
O QUE É UMA LIGAÇÃO ENTRE ALMAS?
Uma ligação entre almas se forma quando duas ou mais pessoas se unem.
Existem ligações boas e más, algumas são santas e outras iníquas. Deus aprova as
ligações puras e santificadas entra almas, as quais se desenvolveram no
casamento, entre esposo e esposa, nos relacionamentos entre pais e filhos, entre
amigos dentro de uma experiência de companheirismo e entre cristãos que estão
unidos por ligaduras como membros do Corpo de Cristo.
Uma ligação entre almas formada nos relacionamentos fundamentados nos
princípios de Deus traz benções, porém os relacionamentos formados com base na
iniqüidade são demoníacos e trarão as mais destruidoras conseqüências. As
ligações entre almas aprovadas por Deus representam a união de pessoas pelo
amor ágape. As ligações de alma formadas nos relacionamentos iníquos são laços
espirituais invisíveis entre as almas com o propósito de controlar, manipular, dominar
e escravizar. Estas ataduras podem ser formadas através de pecados sexuais como
fornicação, adultério, homossexualismo, lesbianismo, bestialidade (sexo com
animais), parentes controladores, lideres religiosos com personalidade dominadora.
O reino de satanás é o reino de Deus invertido (de cabeça para baixo). Para
cada coisa que Deus criou, satanás criou outra de forma invertida.
Deus criou uma ligação abençoada entre almas, baseada no relacionamento
o qual chamamos de casamento. As ligações demoníacas entre almas são
perversões daquilo que é bom, puro e santo. As ligações de alma abençoadas por
Deus são fundamentadas no amor, ao passo que as ligações demoníacas
fundamentam-se na luxuria.
Devemos lembrar que satanás está limitado a seus direitos legais. Ele opera
dentro dos limites já estabelecidos, porém quando lhe é dado oportunidade, ele
perverterá o que é puro e santo. Os demônios podem ser transferidos facilmente de
uma pessoa a outra através destas ligações de alma, por isso é essencial a
identificação e o rompimento destas ligações malignas.
Uma pessoa pode controlar ou manipular a outra através das ligações de
alma porque a mente, à vontade e as emoções das duas pessoas estão abertas
uma a outra.
LIGAÇÃO ENTRE ALMAS ABENÇOADAS POR DEUS:
A) Ligações de alma no casamento: a primeira menção de uma ligação de
alma na Bíblia é encontrada em Gn 2.21-24 “Então o Senhor Deus fez cair um sono
pesado sobre o homem, e este adormeceu; tomou-lhe, então, uma das costelas, e
fechou a carne em seu lugar; e da costela que o Senhor Deus lhe tomara, formou a
mulher e a trouxe a homem. Então disse o homem: esta é agora osso dos meus
ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi
tomada. Portanto, deixará o homem a seu pai e sua mãe e unir-se-á a sua mulher, e
serão uma só carne”.
O propósito de Deus no casamento é que o homem e a mulher se unam e os
dois sejam uma só carne. Dentro de casamento, a união sexual é a expressão do
amor aprovado por Deus. A Bíblia declara que no casamento Deus une o marido e
sua esposa e que o divorcio é uma ruptura de algo que Deus ajuntou.
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❖ O divorcio separa violentamente a ligação entre almas que foi
estabelecido por Deus, por esta razão há tanta tristeza, dor e trauma
entre uma situação de divorcio.
B) Ligações formadas pela fornicação e adultério: “Ou não sabeis que o
que se une a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque, como foi dito, os dois
serão uma só carne” (1 Co 6.16).
Por meio das relações sexuais fora do casamento ligações entre almas de
forma demoníaca são formadas. Os quais praticam atos sexuais fora do casamento
chegam a ser “uma só carne” com outros. Esta é uma relação que Deus designou
somente para marido e a esposa.
Por meio do adultério, uma ligação de alma maligna é criada com base na
luxuria e impureza e esta ligação traz destruição no casamento, que é uma união
santa, baseada no amor e confiança mutua. Quando o amor e a confiança são
traídos pelo adultério é muito difícil restaurar os laços da união matrimonial.
Em Gn 34.1-3 podemos verificar que a fornicação e a imoralidade sexual
formam ligações de alma: Diná, filha de Léia, que esta tivera de Jacó, saiu para ver
as filhas da terra. Viu-a Siquém, filho de Hamor o heveu, príncipe da terra; e
tomando-a, deitou-se com ela e humilhou-a. “Assim se apegou a sua alma a Diná,
filha de Jacó, e, amando a donzela, falou-lhe afetuosamente”.
Encontramos outro exemplo em Salomão: “Ora, o rei Salomão amou muitas
mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas amonitas, edomitas,
sidônias, e hetéias, das nações de que o Senhor dissera aos filhos de Israel: não
ireis para elas, nem elas virão para vós, doutra maneira perverterão o vosso coração
para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão, levado pelo amor.”(1
Reis 11.1-2). Estes laços perverteram a vida de Salomão, levando-o a não
perseverar em seguir ao Senhor, ao contrario começou a seguir outros deuses.
Devemos ainda considerar as palavras de Pv 5.20-22 “E por que, filho meu,
andarias atraído pela mulher licenciosa, e abraçarias o seio da adultera?Porque os
caminhos do homem estão diante dos olhos do Senhor, o qual (Deus) observa
todas as suas veredas. Quanto ao ímpio, as suas próprias iniqüidades (pecados
sexuais) o prenderão, e pelas cordas do seu pecado será detido (escravizado,
enlaçado, ligado)”.
Ligações entre almas ocasionadas pelas atividades sexuais ilícitas trazem
conseqüências destruidoras quando não são reconhecidas e rompidas através do
poder do Nome de Jesus.
Dinâmica da fornicação, adultério e imoralidade
1. Torna-se um com o parceiro
2. Divide-se a alma
3. Cria-se a dependência emocional
4. Cria-se a ligação de alma
5. Perde-se o respeito próprio
6. Fragmenta-se a personalidade
C) Ligações com más amizades: “Não vos enganeis. As más companhias
corrompem os bons costumes” (1 Co 15.33)
As pessoas são facilmente influenciadas pelas amizades, por isso há a
necessidade de se escolher uma boa classe de amizades.
As ligações com as companhias enredam tanto a pessoa ao ponto da mesma
acabar sendo presa nas garras da maldade. “Espinhos e laços há no caminho do

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perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe deles. Não faças amizade
com o iracundo; nem Andes com o homem colérico, para que não aprendas as suas
veredas, e tomes um laço para tua alma”.
Sintomas que evidenciam uma dependência emocional.
1. Ciúmes freqüentes (exclusividades, possessão).
2. Dependência emocional da outra.
3. Aborrece irracionalmente.
4. Preocupa demasiado com o outro.
5. Não tem planos de curto e longo prazo sem incluir a outra pessoa.
6. Não vê as faltas do outro de maneira realista.
D) Ligações formadas pelo homossexualismo e lesbianismo: as ligações
perversas não somente limitam-se às que são formadas com pessoas de sexo
oposto, mas também são formadas por pessoas do mesmo sexo. Os homossexuais
e as lésbicas tratam de mascarar o prejuízo contra o seu pecado chamando-se de
“amantes”, “companheiros”, porém Deus declara que a sua motivação é a luxuria. O
homossexualismo e o lesbianismo formam laços de alma entre homem e homem e
entre mulher e mulher.
E) Ligações de alma entre pessoas falecidas
Quando falece um membro da família ou um amigo intimo, as ligações e com
estas pessoas devem dissolver-se. O período de tristeza que vem depois da
morte de um ser querido, é meramente para reajustar-se e também durante
este tempo deve-se terminar as ligações com essa pessoa. O modelo bíblico
para o luto consiste somente de alguns poucos dias. Um luto prolongado indica a
continuação da ligação de alma e isto abre portas para os espíritos de tristeza,
aflição, solidão e muitos outros.
Muitas pessoas que estão vivendo debaixo de muita tristeza chegando até a
depressão, pensamentos de morte ocasionada por espíritos malignos devido ao não
rompimento da ligação de alma com alguém falecido na família.
INFLUENCIA ESPIRITUAL NAS LIGAÇÕES ENTRE ALMAS
Por meio das ligações se estabelece um canal espiritual. Por exemplo, em um
casamento sadio, o Espírito Santo opera entre esposo e esposa. As bênçãos de
Deus são comuns entre os dois porque são “um”. O mesmo principio opera nas
ligações de alma demoníacas. Os espíritos malignos em uma pessoa expõem a
outra para a entrada de espíritos semelhantes ao ocorrer uma união pecaminosa
entre eles pela qual se tornou “um” (transferência de demônios).
Sintomas das ligações de almas iníquas
➢ Obsessiva preocupação com outras pessoas (que geralmente negligenciam as
coisas do Senhor).

➢ Tendências de ser dominado e controlado em um relacionamento.

➢ Tendências de ser passivo e apático em um relacionamento (facilidade de ser


controlado).

➢ Dificuldade para perdoar sinceramente de coração.

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➢ Voz de outra pessoa repercutindo constantemente na mente como se fosse um
gravador.

➢ Demonstração de ira, censura e acusações em um relacionamento.

➢ Receio de ser real ou falar verdadeiramente com os outros (Intimidação e medo


das pessoas).
ROMPENDO AS LIGAÇÕES DEMONÍACAS ENTRE ALMAS
Quando as ligações malignas de alma são identificadas, o que deve ser feito
para revogar seu poder?
1. É necessário o arrependimento diante de Deus, porque os mandamentos
de Deus têm sido violados. O pecado ainda que cometido na ignorância requer
perdão, por isso deve ser confessado diante do Senhor. Peça a Deus agora mesmo
que o perdoe por cada ligação perversa que você haja criado.
2. Confesse diante de Deus, que satanás já não tem mais direito legal em sua
vida. Declare em Nome do Senhor Jesus Cristo, que toda ligação de alma
demoníaca que você identificou é rompida e desfeita agora mesmo.
3. Ordene a todos os espíritos imundos relacionados com estas ligações que
saiam em Nome de Jesus Cristo, o Filho de Deus.

ORAÇÃO DE DESLIGAMENTO DE ALMA


Em Nome de Jesus, eu estou diante de Deus Pai, e eu peço perdão ao
Senhor, por todos os atos sexuais cometido fora do casamento, peço perdão pelo
pecado de adultério, pelo pecado de fornicação, de lesbianismo, de
homossexualismo, eu quero romper agora, no mundo espiritual, todos os laços de
alma, que foram formados entre mim, e as pessoas, com as quais eu me envolvi,
toda dependência emocional, com essas pessoas, seja quebrada agora, em Nome
de Jesus, eu me desvinculo agora, em corpo, alma, e espírito, das seguintes
pessoas (mencione agora os nomes baixinho das pessoas que você se envolveu
sexualmente de forma ilícita, isso é muito importante, no mundo espiritual esses
laços serão rompidos agora me Nome do Senhor)
Repita comigo: Eu desfaço todo encantamento que foi gerado por esses
vínculos em Nome de Jesus, peço agora que o Senhor me limpe, me purifique de
toda contaminação que houve; eu peço o Senhor que me libere agora, de toda
transferência espiritual que houve sobre o meu organismo, e sobre a minha alma, eu
declaro agora, que a minha alma, esta sendo reintegrada, a minha personalidade
que estava esfacelada está sendo restaurada em Nome de Jesus e espiritualmente
agora, eu devolvo a todas essas pessoas aquilo que sendo delas e que permaneceu
em mim e da mesma forma, espiritualmente, eu tomo novamente para mim, tudo
aquilo que sendo meu, e que tenha permanecido nelas, todo estigma maligno, está
sendo quebrado agora, e eu dou a palavra de ordem agora, a todos os demônios
que agem na área da lascívia, da imoralidade, da impureza, da perversão sexual,
eu dou a palavra de ordem, as pombas giras, a yehmanjá e todos os outros
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demônios, eles não tem direito de me atormentar, e de explorar minha vida, que eles
sejam levados para o lugar em que o Senhor Jesus determinar, e eu declaro agora
que a minha vida sexual está totalmente lavada no sangue do Cordeiro, eu declaro
que sou filho de Deus, perdoado por Jesus Cristo, lavado no Seu sangue, meu
nome está escrito no livro da vida e a partir de agora não existe nenhuma
condenação para mim, pois eu estou em Cristo Jesus, purificado e tenho a vida
eterna, por isso agora eu quero declarar que eu vou continuar a resistir e a expulsar
os espíritos com que me envolvi por tanto tempo, confirmando agora e afirmando a
oração que estou fazendo para minha libertação, mais uma vez peço perdão ao
Senhor pelos pecados que cometi, na área sexual, das perversões, prostituições,
adultério, homossexualismo, lesbianismo, renuncio e expulso os espíritos
sensualidade, impureza, lascívia, perversão, prostituição, infidelidade, morte, culpa,
medo, condenação, acusação, violência frustração, depressão, melancolia,
humilhação, inferioridade, eu quero que saia da minha vida e os envio para o lugar
que o Senhor Jesus determinar, e que nunca mais volte, não tenho mais nada com
eles.

✓ E quero firmar um propósito agora, diante de Deus, de procurar viver a disciplina


do NÃO, eu declaro não a pornografia, não aos filmes eróticos, não as
conversas torpes, não as companhias indevidas.

✓ E quero desenvolver na minha vida a disciplina do sim, lendo a Bíblia, jejuando,


orando participando das reuniões da minha igreja, cultivando conversas limpas,
edificantes em Nome de Jesus Cristo e eu vou procurar a partir de hoje viver o
espírito oposto a toda forma de promiscuidade. Eu vou viver em santidade,
castidade fidelidade e em integridade de caráter em Nome de Jesus Cristo
amém.

✓ Eu peço perdão ao Senhor agora, pelo pecado de bestialismo pelo fato de ter me
envolvido com animais, peço perdão por esse pecado, por essa forma de
abominação, que a Bíblia chama de confusão. Eu anulo agora na mina alma, na
minha identidade toda transferência que houve de demônios atrás dessas
ligações em Nome de Jesus. E eu declaro agora que eles não tem direito sobre
mim, de agir em minha vida em Nome de Jesus Cristo. Declaro que estou limpo,
purificado, dessa contaminação em Nome de Jesus Cristo. Eu quero romper na
minha vida agora também, qualquer forma de espírito de feitiçaria, de controle,
de manipulação, qualquer forma de espírito pervertido, patriarcal, matriarcal eu
rompo agora em Nome de Jesus. Eu reconheço que tenho que honrar meus pais
e eu quero fazer isso em Nome de Jesus, mas não aceito perversões nesses
tipos de relacionamentos em Nome de Jesus.

✓ Eu cancelo agora também Cristo toda a contaminação, toda influencia, toda


transferência que veio para mim, pelo fato de me envolver com pessoas que
estavam fora da graça de Deus em Nome de Jesus Cristo. Eu rompo agora com
essas ligações e cancelo toda influencia que veio sobre minha vida. Eu cancelo
agora toda ligação de alma com pessoas falecidas as quais eu não enterrei, eu

57
que talvez me enterrei com elas, cancelo no mundo espiritual agora, essas
ligações em Nome do Senhor Jesus Cristo.

✓ Eu quero quebrar agora todos os laços de adultério de alma (idolatria) em minha


vida. Que esses laços sejam dissolvidos em Nome de Jesus para a gloria de
Deus e eu coloco a minha vida agora nas mãos do Senhor para ser um canal de
benção, um canal de edificação, um canal de ajuda, um canal da graça, um canal
de unção para aqueles meus irmãos da Igreja do Senhor Jesus e eu peço ao
Senhor que me ajude a discernir aquelas ligações que são abençoadas pelo
Senhor, nessas ligações eu quero caminhar e peço ao Senhor que ajude a
discernir aquelas ligações que são iníquas e que o Senhor me dê ousadia,
coragem, autoridade para romper os laços com essas ligações iníquas em Nome
de Jesus Cristo para a gloria do Senhor. AMEM‼!

LIÇÃO 17
CAMPO DE BATALHA DA MENTE
“Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá
do alto, onde Cristo vive assentado à direta de Deus. Pense nas coisas lá do alto,
não nas que são aqui da terra” (Cl 3:1e2).
Leitura: 1Co 2:16; Cl.3: 1-2; Ef. 6:10-18; Rm 12: 1-2
Pensamento chave: O Senhor Jesus Cristo deseja renovar nossa mente e ser
Senhor de nossos pensamentos. É intenção de Deus que cada pensamento seja
levado cativo à vontade de Cristo.
BATALHA NA MENTE
Muitos cristãos têm a idéia errônea de que assim que receberam a Jesus
como Senhor e Salvador, a batalha está encerrada. Na realidade, a batalha só
acaba de começar. Como pode ser visto na vida terrestre de Jesus, costuma ser
depois do batismo que satanás intensifica seus ataques. A batalha é travada na
mentem e uma das tentações de satanás é o pecado da recordação: ele tenta nos
atrair de volta para os caminhos antigos e proibidos. Nosso Senhor Jesus Cristo, em
contraste, quer que esqueçamos o que está atrás e nos transformemos “pela
renovação da nossa mente” (Rm 2:2). O verbo traduzido como “transformar” vem do
mesmo verbo usado em Marcos 9:2, quando Jesus foi “transfigurado”. Que ideal
extraordinário o Senhor Jesus Cristo tem para cada um de Seus filhos redimidos. Ele
deseja renovar nossa mente para que a glória do Senhor brilhe por nós.
O PODER DO PENSAMENTO
Qual é a relação entre o que pensamos e o que fazemos? Êx. 20:17; 1Co
2:16; Mt. 5:8; 1Co 28:9.
É evidente que a Bíblia tem muito a dizer sobre nossas ações e palavras, o
que é compreensível, porque nossas ações e palavras podem ter feitos poderosos
sobre nós mesmos e sobre os outros.

58
Mas a Bíblia também deixa claro que o Senhor Se importa com os nossos
pensamentos. Por quê? Se não vamos agir da forma como pensamos, qual é o
problema? Por que Deus vai se importar com o que pensamos? Quem ouviu falar de
alguém que feriu outra pessoa com um pensamento? Quem foi ofendido pelos
pensamentos de outra pessoa? Os pensamentos são coisas privativas, pessoais,
que, afinal, se não os expressamos nem agirmos de acordo com eles, não ferem
ninguém.
Por que você acha que é importante o que pensamos, mesmo que não
pratiquemos conforme os pensamentos? Ou você acha possível não agir de
acordo com os pensamentos? Ou mesmo que não pratiquemos o que pensamos,
por que é importante o que pensamos: Gn. 6:5; Pv. 4:23; Mt. 5:27-30.
Os pensamentos são a base de todas as palavras e ações. Assim, tudo o que
pensamos é importante. Cada má ação cometida, cada má palavra proferida, cada
pecado, começou primeiro como pensamento – Quem pode saber que pensamentos
permanecerão apenas como pensamentos, nada mais que isso, e quais produzirão
frutos amargos? Nunca podemos saber com certeza, e por isso é melhor controlar
os pensamentos, antes que se transformem em lago doloroso e prejudicial a nós
mesmos e aos outros.
Pense nesta ideia horrível: imagine que de repente seus pensamentos fossem
projetados em uma tela pra todos verem! O que estará lá? O que isso lhe diz sobre o
que está na sua mente e que mudanças precisam ser feitas?
Medite no testemunho de Paulo em 2Co10:3-5. Leia estes versos em
versões diferentes (se possível), e responda às seguintes questões:
➢ Em que tipo de batalha Paulo diz que estamos empenhados.

➢ O que significa participar de uma batalha espiritual? Que diferenças existem


de uma batalha física?
➢ Quais são algumas das armas carnais que os cristãos não usam? Jo 18:36

➢ Quais são as armas que precisamos usar? Ef. 6:10-18.

➢ O que significa “ALTIVEZ” que se levanta contra o conhecimento de Deus?


A palavra “FORTALEZA” em 2Co 10:4, significa forte militar ou castelo. Paulo
indubitavelmente estava pensando na fortaleza interna de nosso coração, o “castelo”
da nossa mente, o hábito do pecado e do “eu” que determinam o nosso caráter. A
batalha é da verdade contra o erro, do conhecimento de Deus contra a ignorância e
a superstição, é uma luta da verdadeira adoração contra as formas de idolatria. Por
fim, é um grande conflito entre Cristo e satanás pelo controle da raça humana. Tudo
isso acontece na mente humana, no coração; e só pelo poder de Deus que opera
em nossa vida podemos livrar-nos do inimigo.
Pensar nas coisas lá do alto (Col.3:1e2)
Mesmo depois de receber Jesus como Salvador e Senhor ainda são possíveis
sermos distraídos por uma multidão de atrações terrestres. Podemos facilmente ficar
preocupados com coisas de importância secundária e esquecer que somos
chamados para fixar a mente nas coisas de cima, não nas da terra. Afinal, vivemos
fisicamente na terra; estamos constantemente cercados pelas coisas da terra. E,
realmente, em si mesmas, muitas coisas da terra não são más (Gn.1:31). A chave é
saber a diferença entre o que é bom e o que é mau na terra.
Que razão Paulo dá para fixar nossa mente nas coisas do alto?
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Vamos olhar um pouco mais perto o que Paulo diz aqui. Pelo fato de que
fomos “ressuscitados com Cristo” Cl.2:12; veja também Rm.6:4, e agora temos nova
vida nEle, nossos pensamentos devem estar nas coisas celestiais, coisas do alto,
comparadas com as “Coisas da terra” – o tipo de coisas em que pensávamos antes
de encontrarmos a Jesus. Mas agora, sendo que Jesus Cristo morreu por nós (Rm.
5:6), pagou a penalidade dos nossos pecados (Is. 53:6), nos cobriu com Sua justiça
perfeita e está intercedendo por nós no céu, devemos agora demorar-nos Nele e na
grande redenção que Ele nos preparou (Cl. 3:1-2).
Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador está sentado á destra do trono de
Deus. Devemos sempre nos lembrar de concentrar a atenção em nosso Grande
Sumo Sacerdote, que subiu aos céus e vive para sempre a fim de fazer intercessão
por nós.
O que significa renovar a mente? Em que aspectos a mente precisa ser
renovada? Rm. 12:1-2
Um dos preciosos dons que todos recebemos do Criador é o da imaginação.
Infelizmente nossa imaginação é corrompida por pensamentos e desejos
pecaminosos. Precisamos que a nossa imaginação seja santificada. Pela
importância que a Bíblia dá aos pensamentos, devemos saber que existe um poder
de cima que nos ajuda a obter o controle dos pensamentos e da imaginação.
Como acontece essa renovação da mente? Rm 12:1-2 e Tt. 3:5
Estas duas passagens bíblicas contêm as únicas referências ao substantivo
grego traduzido como “renovador” ou “renovação”. A transformação radical da mente
prometida em Rm.12:2 só pode se efetuada pelo poder do Espírito Santo, que
trabalha nos cristãos que renderam a Ele.
Deus trabalhará em nossa imaginação, mas só até o ponto que Lhe
permitimos. As vezes essa submissão ´pode requerer um esforço diligente de nossa
parte. Como todos seguramente já sabem, é muito fácil a mente perder-se e entrar
em temas proibidos, terrenos, coisas carnais que são de baixo e não do alto. Talvez
seja em parte por isso que Paulo também diz que devemos “orar sempre” (2 Ts.
1:11), porque nada pode erguer nossos pensamentos como oração.
Como você usa a imaginação? Ela ajuda ou atrapalha na sua caminhada
espiritual? O que você pode fazer a fim de ser mais receptiva a “renovação” da
nossa mente prometido por Deus?
Deus se importa com nossos pensamentos; e também nos prometeu forças
para mudar os pensamentos. Mas qualquer que seja o poder prometido de cima,
Deus não vai mudar nossos pensamentos por milagres. Não fazemos simplesmente
uma oração “Senhor, muda meus pensamentos”, e imediatamente recebemos
coração e mente puros. Embora isso fosse muito bom, não é assim que funciona.
Temos um papel definido em cooperar com o Senhor.
E grande parte, as coisas que pomos em nossa mente afetam as coisas em
que pensamos. Quanto mais você ler sobre Jesus, quanto mais você se demorar
nas coisas santas, mais os seus pensamentos se concentrarão em Jesus e nas
coisas santas; quanto mais você ler sobre coisas terrestres e profanas, mais os seus
pensamentos serão sobre coisas profanas e terrestres. É simples assim.

60
LIÇÃO – 18
PORNOGRAFIA: ENTENDO ESSA ESCRAVIDÃO
O QUE É PORNOGRAFIA?
Alguém já disse que é mais fácil reconhecer a pornografia do que defini-la. De
forma geral, podemos dizer que a pornografia é a representação da nudez e do
comportamento sexual humano com o objetivo de produzir excitamento sexual. Esta
representação é feita através de imagens animadas (filmes, vídeos, computador),
fotografias, desenhos, textos escritos ou falados.
A pornografia explora o sexo, tratando os seres humanos como coisas e, em
particular, as mulheres como objetos sexuais. É um ato de perversão sexual gerado
na alma de uma pessoa. Constitui-se pecado contra Deus e contra o próprio corpo
que é templo do Espírito Santo, pois através desse ato são gerados vários
outros pecados de ordem sexual.
É certo que não encontramos na Bíblia um termo relativo a essa prática,
porque dentro das leis judaicas era proibida a concepção de qualquer tipo de
imagens e o sexo era tido com algo muito particular. Porém, encontramos na Bíblia
várias bases para afirmar o fato de a pornografia ser pecado: “Não porei coisa
injusta diante dos meus olhos…” (Sl 101.3), “São os olhos a lâmpada do corpo. Se
os teus olhos forem bons, todo o teu corpo será luminoso, se porem, os teus olhos
forem maus, todo o teu corpo estará em trevas. Portanto, caso a luz que em ti há
sejam trevas, que grande trevas serão!” (Mt 6.22-23).
❖ A pornografia é a base para vários outros pecados, pois ela gera pecados
de imaginações que afetam o comportamento do ser humano.
O problema da pornografia é que ela corrói a mente humana, fazendo-a
apresentar altos níveis de poluição. A pessoa que vive com algum problema na
pornografia passa a ter a sua vontade dominada pois, o lixo excessivo da mente
provocado por atos repetitivos conscientes tem o poder de dominar a vontade, logo
a pessoa torna-se escravo do seu vicio, gerando as compulsões e obsessões.
O domínio da mente é o primeiro passo para que a pessoa torna-se uma
viciada, pois, todo viciado tem a sua mente cativa pelo lixo produzido pelo ato
pecaminoso. A mente torna-se um deposito para todo tipo de pensamento pervertido
e a vontade não consegue “resistir” a esse mal.
É importante, porém, fazer uma distinção entre erotismo e pornografia. Existe
um erotismo saudável que consiste na exploração da sexualidade dentro do
casamento: “Bebe a água da tua própria cisterna e das correntes do teu poço.
Derramar-se-iam por fora as tuas fontes, e, pelas praças, os ribeiros de águas?
Sejam para ti somente e não para os estranhos contigo. Seja bendito o teu
manancial e alegra-te com a mulher de tua mocidade, corça de amores e gazela
graciosa. Saciem-te os seus seios em todo tempo; e embriaga-te sempre com as
tuas caricias” (Pv 5.15-20), “Beija-me com os beijos de tua boca; porque melhor é o
teu amor que o vinho” (Ct 1.2), “…Mel e leite acham debaixo da tua língua, e a
fragrância dos teus vestidos é como a do Líbano” (Ct 4.11).
A pornografia é diferente, pois visa o excitamento sexual através da
exibição de imagens de sexo, nudez e órgãos sexuais sem fazer qualquer distinção
moral ou levar em conta adultério, prostituição, lesbianismo, além de formas
pervertidas de relações.
61
Os fatores que contribuíram para o crescimento vertiginoso da pornografia foi
a liberação sexual iniciada nos anos 60, trazendo libertinagem e permissividade, a
crescente exposição da mulher, desde o surgimento do biquíni, o advento da pílula
anticoncepcional, o movimento feminista, a ênfase das novas democracias em
liberdade de expressão e o surgimento da Internet do vídeo cassete.
COMO EVITAR E LIBERTAR-SE DA PORNOGRAFIA?
Não precisamos de argumentos sociais, médicos e psicológicos para justificar
a necessidade de evitarmos e nos libertamos da pornografia como precisamos disso
para nos vê livres da AIDS, destruição da família, vicio, desvio financeiro, etc.
Acreditamos que as razões bíblicas nos são suficientes para dizermos não, mesmo
que tenhamos de lutar contra a nossa própria vontade e nosso próprio coração:
“Aquele que quer vir após mim, a si mesmo se negue…” são as palavras de Cristo
para a nossa reflexão.
Uma vez que entendemos que a nossa natureza pecaminosa nos impulsiona
para o mal, temos que buscar meios pelos quais possamos não sucumbir às muitas
tentações que nos sobrevirão, cientes de que “não nos vem tentação que não seja
humana, mas Deus é fiel e não permitirá que sejamos tentados além das nossas
forças; pelo contrario, juntamente com a tentação nos proverá também o livramento,
de sorte que podemos suportar” (Hb 10.13). E ainda “naquilo que Ele mesmo
(Cristo) sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados”
(Hb 2.18).
Tais promessas são de Deus são como lenitivo para a alma. Mesmo que o
salário do pecado seja a morte, “o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo
Jesus, nosso Senhor” (Rm 3.16). Confiados nessas verdades fiquemos fortalecidos
para lutar contra as nossas concupiscências e fazer a vontade de Deus, pois “Ele é
poderoso para nos guardar de tropeços e para nos apresentar com exultação,
imaculados, diante da Sua glória” (Jd 24).
LIBERTANDO-SE DA PORNOGRAFIA
1. Cuidado com o legalismo. Paulo escrevendo aos Colossenses diz que as
doutrinas dos homens como: “não manuseies isso não toques naquilo… não terão
valor nenhum contra a sensualidade” (Cl 2.21-23). A mera letra não nos fará fugir da
tentação, se não for acompanhada de uma disposição muito forte do nosso coração
de abandonarmos o prazer que a pornografia porventura nos proporcione.
2. Evitar lugares que inspirem sensualidade. Uma vez livre do legalismo, cada
homem ou mulher deve conhecer suas limitações e jamais provar seus limites.
3. Escolher bem as amizades. Evitar aqueles amigos que tentam nos desviar,
não fazendo Caso da Palavra de Deus.
4. Aconselhar-se com pessoas sabias e crentes, e não com os ímpios.
5. Elevar nossos pensamentos a Deus. Meditar dia a dia na Sua Palavra.
6. Desenvolver nosso devocional diário e encher nossos pensamentos com
coisas edificantes.
7. Uma mudança de hábitos. É necessário fugirmos da tentação, antes que
ela bata à nossa porta: dormir cedo, evitando assim os programas televisivos
noturnos, que, via de regra, possui conteúdo sexual; ficar na internet apenas o
tempo necessário. Não ficar muito tempo sozinho diante do computador, ocupar o
tempo livre (isso não inclui nossa devocional) com atividades esportivas e
edificantes; evitar envolver-se em qualquer tipo de conversação torpe.
8. Muito importante é evitar radicalmente o acesso a revistas, vídeos,
programas televisivos e sites pornográficos.

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9. Admita que, quando se entrega à pornografia, você está praticando
imoralidade sexual. Lembre-se de que Jesus Falou sobre cometer adultério no
coração (Mt 5.27-28).
10. Compreenda a natureza grave do pecado. Jesus disse que seria melhor
ser cego e entrar no reino dos céus do que ter olhos perfeitos que o fazem pecar e ir
para o inferno (Mt 5.29).
11. A pessoa que professa a fé cristã e ao mesmo tempo faz uso de material
pornográfico evidentemente não está tendo temor de Deus (Pv 16.6). Cultive o temor
a Deus lendo Pv 2.1-5.
12.Não dê lugar aos desejos da carne (Rm 13.14, 1 Pd 2.11). Bloqueie todo o
acesso possível a qualquer material pornográfico – seja internet, seja em revistas,
na TV, filmes. Não ponha mais lenha na fogueira.

Poderíamos colocar aqui muitas outras formas para ajudar cada um fugir da
pornografia, mas o mais importante de tudo, muito além de se colocar regras e
estabelecer limites, é deixar muito claro que a raiz do problema não é nenhum
desses fatores externos, mas o próprio coração do homem que é depravado e
descomprometido com Deus, de todas as coisas.
O antídoto é a fé confiante no poder do Evangelho de Cristo que pode e muda
o nosso caráter, imprimindo em nós uma nova natureza, regenerada e capaz, pela
graça de Deus, de dizer não ao pecado.

➢ Dobre seu joelho agora mesmo e confessa a Deus a impureza que entrou no seu
coração contaminando sua mente e te separando da vida santa de Deus que se
deu através dos seus olhos. Jesus disse que os nossos olhos são a lâmpada do
nosso corpo. Peça a Deus perdão por não ter usado de maneira correta essa
preciosa lâmpada que Ele nos deu. Ore e decida ao chegar em casa jogar fora,
interromper , tirar de sua vida toda forma de pornografia. Faça uma aliança de
pureza com Deus e seu coração agora mesmo. Jesus está aqui.

LIÇÃO – 19
A IMPORTÂNCIA DA INTERCESSÃO NA BATALHA ESPIRITUAL
A oração é a arma mais poderosa contra o reino das trevas e o meio pelo
qual os céus se abrem para nós. Podemos ainda dizer que a oração é o elo ou
expressão do relacionamento de intimidade que temos com Deus. Os homens vão a
Jesus através da oração e esta é o meio pelo qual podemos entender o plano de
Deus para nossa vida.
A) O que significa a oração de intercessão:
Interceder é colocar-se no lugar do outro e pleitear a sua causa, como se fora
sua própria. É estar entre Deus e os homens, a favor destes, tomando seu lugar e
sentindo sua necessidade de tal maneira que luta em oração até a vitória na vida
daquele por quem intercede. Há muitas definições que nós poderíamos dar sobre
intercessão. A mais simples está na Bíblia: “orai uns pelos outros” (Tg 5.16).
A Bíblia está cheia de exemplos: Abraão suplicou por Ló e este foi liberto da
destruição de Sodoma e Gomorra; Moisés por Israel apóstata e foi ouvido; Samuel
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orou constantemente pela nação; Daniel orou pela libertação do seu povo do
cativeiro; Davi suplicou pelo povo; Cristo rogou por Seus discípulos e fez especial
intercessão por Pedro; Paulo é exemplo de constante intercessão.
Toda a Igreja é chamada ao fascinante ministério da intercessão. O
intercessor é o que vai à Deus não por causa de si mesmo, mas por causa dos
outros. Ele se coloca numa posição de sacerdote, entre Deus e o homem, para
pleitear a sua causa.
Intercessão é dar à luz no reino do espírito às promessas e propósito de
Deus. É uma oração para que à vontade de Deus seja feita na vida de outros; é
descobrir o que está no coração de Deus e orar para que isso se manifeste.
Deus tem levantado hoje um verdadeiro exército de intercessores. Ele quer trazer a
Terra o maior derramamento do Espírito já testemunhado. Pra tanto, Seu Espírito
traz ao Corpo de Cristo um peso de intercessão, pois a oração intercessória é a
ferramenta usada para manifestar na vida dos homens Seus poderosos feitos.
Interceder é ver a necessidade da intervenção de Deus nas mais diversas
situações. É captar a mente de Cristo, de modo a ver as circunstancias como Cristo
as vê, e unir-se a Ele em suplica para que Deus se mova de tal maneira que Sua
vontade e propósito Divinos sejam cumpridos nas vidas dos homens e das nações.
B) Interceder é combater
O primeiro aspecto da intercessão é de combate. Podemos perguntar: Por
que combate na intercessão? Temos que lutar com Deus? Saiba que não é Deus
Quem retém as bênçãos do Seu povo. Muita gente pensa que Ele é o nosso
problema e tenta arranjar fórmulas para coagir Deus e fazer a sua vontade.
Absolutamente não! Ele não é nosso problema, é a Fonte da nossa benção. O
ladrão é quem procura segurar a benção no caminho.
Suponhamos que eu tenha dado uma Bíblia para o Antonio e o José a tenha
segurado, impedindo que ela chegue ao seu verdadeiro destino. Onde está a Bíblia?
Já a despachei para o Antônio. Se ela ainda não chegou nas suas mãos, aonde irá
procurá-la? Contra quem irá lutar? Contra mim ou quem reteve a Bíblia? É claro que
é contra o José. Deus já despachou do céu tudo quanto é necessário para uma vida
de vitoria. Ele nos deu Seu maior tesouro – Cristo Jesus. Ele já pagou o preço para
que eu tenha a vitoria, paz, saúde, prosperidade. É a mesma atitude que chamamos
de combate ou batalha espiritual e eis ai porque chamamos o intercessor de
guerreiro de oração.
C) O intercessor se coloca face a face com Deus e face a face com Satanás
Quanto mais nós intercedemos, mais haverá guerra! Mais glória a Deus
também é derramada, porque quanto mais combatemos mais nos transformamos
em guerreiros firmes, que não tem medo da batalha. Quando vem a guerra, estamos
de prontidão, arregaçamos as mangas e vamos à luta. Por quê? Porque já sabemos
que Satanás está derrotado. Essa é uma luta cuja vitoria já foi ganha na Cruz do
Calvário há dois mil anos atrás. E como Morris Cerullo gosta de dizer: “Tudo o que
eu tenho que aprender é como vencer um inimigo que já está derrotado”.
Satanás não tem nenhuma autoridade tem sobre nós, nenhuma. Só aquela
que lhe dermos. Mas se nós nada lhe dermos, ele nada terá. Ele não tem armas
legitimas para lutar contra nos; porém nós as temos. Temos armas poderosas em
Deus para enfrentá-lo e vencê-lo. Ele tem uma boca grande, fala muito alto e faz a
guerra com um pacote de mentira, procurando trazê-las aos nossos ouvidos, a fim
de enfraquecer o nosso espírito de combate. Todavia, se nós conhecemos as
maquinações teremos a seguinte atitude: Não lhe daremos ouvidos, não nos
rebaixaremos para ouvi-lo. Não nos impressionaremos com o rugir do inimigo. Ele

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faz muito barulho, ruge como leão, mas não é leão. Jesus é o Leão da Tribo de
Judá, e ele procura imitá-Lo, mas só faz barulho, só ruge. É como na história do
peregrino: quando ele chega para entrar no castelo, feliz depois de vencido tantos
obstáculos, encontra um leão na porta de entrada. Logo, porém, descobre que está
amarrado, não faz nada, só mete medo, intimida com sua presença e seu rugir. Não
tenha medo do falso leão, pois está sob o controle do Altíssimo, em Nome de Jesus
Cristo.
D) O cristão como intercessor
“Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de suplicas, orações e
intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens” (1 Tm 2.1) “…e orai
(também) uns pelos outros, para serdes curados e restaurados (um vigor espiritual
de mente e coração). A fervorosa (sincera, continua) oração do justo torna um
tremendo poder disponível (dinâmico em sua operação)” (Tg 5.16 – Amp)
Todo cristão é chamado a exercer o sacerdócio. Sacerdote é o que se coloca
diante de Deus no lugar do homem, levando suas necessidades à presença
d’Aquele que somente pode intervir miraculosamente na vida da raça humana, 1
Pedro 2.9 declara: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que
vos chamou das trevas para Sua maravilhosa luz”
Ocupar a função sacerdotal implica necessariamente em ministrar a Deus a
favor dos homens. É verdade que todos têm acesso a Deus, através de Cristo
Jesus, porém é também verdade que a Bíblia nos exorta a orar uns pelos outros e
fazer suplicas e intercessões por todos os homens. É um imperativo, um chamado,
um dever, um privilegio. Por causa de tudo quanto já estudamos, é premente a
necessidade de intercessores.
Você poderá dizer: Mas Deus já não proveu Jesus, como nosso intercessor?
Isso não basta? Não, isso não basta. A terra é ainda dos filhos dos homens e é nela
que as batalhas se travam. Em Cristo temos uma aliança com Deus, mas ainda é
através dos homens que tudo se realizar na terra. O que acontece com Cristo, como
o Intercessor provido pelo Pai, é que tem autoridade de nos representar diante de
Deus e, pelo Seu Espírito, tanto mudou nossa natureza, nos regenerou, elevando-
nos à posição de filhos de Deus, como vive em nós. Isso nos garante uma presença
sobrenatural para nos guiar num viver de acordo com Seus propósitos. Por causa do
Espírito Santo em nós, que nos revela todas as coisas, podemos agora falar e orar
em perfeita linha com a vontade do Pai. Mas coloque isso em seu coração.
Eu e você somos a boca através da qual o Espírito Santo vai orar na terra o
que Jesus ora no Céu. Através de nós, Ele intercederá com “gemidos inexprimíveis”.
E) A intercessão é Prioridade
A intercessão deve ser uma das prioridades da vida do cristão. Todo crente é
chamado a interceder. Há pessoas que têm um ministério de intercessão, com uma
unção especial para tanto, mas cada crente tem uma vocação de Deus para
interceder. É um imperativo. Quem não o faz, não exerce seu sacerdócio. Paulo é
enfático ao dizer: “Antes de tudo, pois, que se use a pratica de suplicas, orações e
intercessões, ações de graça, em favor de todos os homens”(Tm 2.1)
Fazer intercessões e suplicas por todos, deve ser uma pratica em nossa vida.
Deus nada fez na terra, a não ser por meio da intercessão.
Cada oração nossa realiza alguma coisa no reino do espírito. Um dia que
passamos sem interceder, é um dia em que perdemos a oportunidade de criar
alguma coisa no mundo espiritual, com conseqüência no mundo espiritual, sendo
que esta oportunidade não voltará mais. Muitas crises surgem em nossas vidas por

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falta de oração. Muitas vezes nos traz uma direção, uma luz ou impressão, mas não
queremos nos devotar à intercessão e, então, sofremos, desastres acontecem na
vida de outros, almas vão para o inferno e angustias que poderiam ter sido evitadas
pela oração, dilaceram muitas almas.
Somos chamados a interceder. Não responder a esse chamado do Trono é
estar em pecado. O profeta Samuel, diante do pedido do povo para que clamasse a
seu favor, para que não morressem por causa dos seus próprios pecados, fez uma
tremenda declaração que deveria ser um desafio para nós também:
“E quanto a mim, longe esteja de pecar contra o Senhor, deixando de orar por
vós; eu vos ensinarei o caminho bom e direito” (1 Sm 12.23).

Coloque agora mesmo sua vida diante de Deus e ofereça a Ele como um
instrumento, um intercessor diante dEle em favor do mundo, família e Igreja. Peça a
Ele que seja derramado sobre seu coração uma unção de intercessão e batalha
espiritual.

LIÇÃO – 20
COMO DESENVOLVER UMA EQUIPE MINISTERIAL
Algumas sugestões para ajudar os lideres na formação e desenvolvimento de
seus membros e auxiliares, para realizarem em conjunto “a obra do ministério”.
1. E MELHOR COMEÇAR PEQUENA
1.1. De acordo com a necessidade.
1.2. De acordo com o tamanho (numero de ovelhas).
1.3. De acordo com a qualificação.
COMO SELECIONAR OS MEMBROS Fp 2.12-13
2. RELACIONAMENTO
É como um casamento: não há retorno. Conhecer caráter, visão; saber se
algo está sendo gerado no Espírito entre os dois.
Fp 2.1-4 “Portanto, se há alguma exortação em Cristo, se alguma consolação
de amor, se alguma comunhão do Espírito, se alguns entranháveis afetos e
compaixão, completai o meu gozo, para que tenhais o mesmo modo de pensar,
tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo, pensando a mesma coisa; nada façais por
contenda ou por vangloria, mas com humildade cada um considere os outros
superiores a si mesmo, não olhe cada um somente para o que é seu, mas cada qual
também para o que é dos outros”.
Precisamos nos conhecer, se vamos trabalhar juntos. A última coisa a ser
dada a alguém é a posição de autoridade. 1Tm 3.10 “E também estes sejam
primeiro provados…” primeiro devem ser provados.
É importante dar tempo para aqueles que pretendemos usar nos ministérios,
Jesus e os doze foram exemplos. Ele passou a maior parte do tempo com seus
discípulos. O que fazer?
2.1 Orar juntos
Jesus comeu e bebeu com os discípulos para conhecê-los. Ele usava a hora
das refeições para manter intimidade com eles, ministrar-lhes de acordo com as
suas necessidades. Assim se descobre as inclinações, desafios e momento
espiritual. Jo 1.35-39
2.2 Recrear juntos
Procurar maneiras de cultivar o relacionamento. Jo 15.15 – Jesus fala sobre
isso neste verso bíblico. Chama-os de amigos. A relação era de amigos. É
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importante que os líderes da equipe estejam juntos nas decisões para que não
desanimem. A comunicação é de suma importância na equipe.
2.3 Como resolver as diferença: Elas devem ser testadas antes de entrar na
equipe. Ef 4.1-6 e Pv 9.9 . É importante conhecer a maneira como os dois reagem
quando confrontados nas diferenças Fp 2.3 e Rm 12.3-5
Versículos sobre relacionamentos: Dt 5.16-21, Mt 18.15-17,21-35,Gl 6.1-
0,Pv 3.27-35,Rm 14.13-23,15.1-6,Cl3.12-17, 1 Jo 4.7-12

ESCOLHA E QUALIFICAÇÃO DOS MEMBROS:


Ex 18.21, Jo 3.3, 2 Co 5.17, 2 Pd 1.4
1.Temente a Deus: homens comprometidos com Senhor, aqueles que em
tudo buscam a Deus, nas decisões importantes esperam nEle.
Qualificações:
a)Ter passado pelo novo nascimento
b)Batalhar pela santificação
c)Produzir frutos dignos como filhos da luz
1.1. Caráter – (qualidade moral). Deve ter caráter piedoso, deve ser
aprovado. Fidelidade – 1 Co 4.2, Pv 25.19 . Ajudantes infiéis e não libertos causam
dor.
1.2. Humildade – Sem humildade não haverá submissão mutua. Não há lugar
para arrogantes ou presunçosos na obra de Deus. 1 Ped 5.5,6, Ef 5.21
1.3. Ensinável – quanto mais eu aprendo, menos eu sei, pois reconheço que
mais tenho que me esforçar para aprender Sl 27.11, 86.11 e Pv 15.31-33
1.4. Flexível – capacidade de receber correção Pv10.17, 2 Tm 4.2. Não
devemos ter na equipe alguém que não quer ser repreendido. Se o membro da
equipe não pode ser corrigido não pode melhorar. Tg 1.22 Prática da Palavra.
Precisamos de correção.
1.5. Amor pelas pessoas – o verdadeiro ministério deve fluir do amor de
Deus para o fraterno Rm 12.9-10, 1 Ped 2.17
1.6. Coração de servo – é fazer outras pessoas serem bem sucedidas Mc
10.43-45, Fp 2.25-30

1.7. Disposição- Prontos para servir em qualquer momento 1 Ts 2.1-12


1.8. Diligencia – Não são preguiçosos 2 Tas 3.6-10
1.9. Lealdade – o ministro nunca divide a sua igreja, quem faz isto é sempre
ouro membro da equipe. Pv 20.28 o alvo da divisão proposto por satanás é a equipe
de liderança. Os liderados devem seguir a visão do pastor e cooperar com ele em
sua realização.
1.10. Graça – Capacitação divina. Deus é o poder energizante que fará todas
as mudanças necessárias em seu interior; e capacitará a cumprir o seu chamado
Rm 12.3
2. QUALIFICAÇÕES PARA EQUIPE
Estude estas passagens: os capítulos de 1 Cor 12,13,14
2.1. Conduta – A conduta deve ser irrepreensível. Se não possuem, não vão
motivar a seguir o Senhor. Ef 4.1, 1 Tm 3.1-13
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2.2. Credo - As doutrinas básicas devem encontrar unanimidade de fé . 1 Co
1.10, 3.10-15,15.1-4

3. TREINANDO OS MEMBROS - ÁREAS


Treinamos através de nosso companheirismo. Aprendem através de nosso
exemplo. Eles devem olhar enquanto fazemos, depois eles fazem e nós olhamos, e
então poderão começar a fazer sozinhos. Mt 10.37-43

➢ ESTUDAR CUIDADOSAMENTE – Mt 5, Mt 6, Mt 7

4. DESENVOLVENDO QUALIDADES DE LIDERANÇA E HABILIDADES


MINISTERIAIS
4.1. Envolvimento no planejamento de liderança.
4.2. Precisamos perceber como planejamos as coisas. Participar do
processo do pensamento das decisões que tomamos.
4.3. Envolvimento com as pessoas – como partes do treinamento deveram
envolver-nos com pessoas.
4.4. Avaliação – lideres em treinamento precisam de avaliação. Deve ser
feito com amor e bondade.
UNÇÃO SOBRE O LÍDER
Isaias 11.1-5 – “Repousará sobre Ele o Espírito do Senhor, o Espírito de
sabedoria e de entendimento, o Espírito de conselho e de fortaleza, o Espírito de
conhecimento e de temor. Deleitar-se-á no temor do Senhor; não julgará segundo a
vista dos seus olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos; mas
julgará com justiça os pobres e decidirá com equidade a favor da terra; ferirá a terra
com a vara de Sua boca e com o sopro dos Seus lábios matará o perverso. A justiça
será o cinto dos Seus lombos, e a fidelidade o cinto dos Seus rins”

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