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SÉRIE: “E Jesus, o que faria?” - O que o Mestre nos ensinou sobre amar uns aos
outros
OBJETIVO: Mostrar para as pessoas as reações de Jesus que moldaram o Reino de
Deus dentro das pessoas, e como isso afetou os relacionamentos e expandiu o Reino.
BIBLIOGRAFIA: “40 dias de amor” - Princípios de relacionamento de Jesus
(Editora Vida)
INTRODUÇÃO – SENTIR
Com certeza você já disse para alguém: “Eu amo você”, e quando você disse, não quis usar de
maneira leviana ou sem significado. Nós falamos que amamos alguém porque existe realmente
um vínculo, uma intenção clara da nossa mente e do nosso coração.
Agora, provavelmente você já ouviu para você “eu amo você”, mas na verdade você se
perguntou: porque ele/ela me ama? O que será que ela/ele quis dizer com isso?
E começamos a mensagem de hoje com essa pergunta: o que Jesus quis dizer com AMAR A
DEUS sobre todas as coisas? O que estava no coração de Jesus quando ele reforçou esse
mandamento?
APRENDER
Lucas 10:25-28 (NVI-PT) Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e
lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?”
26 “O que está escrito na Lei?”, respondeu Jesus. “Como você a lê?”
27 Ele respondeu: “ ‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de
todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”.
28 Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.
Jesus concorda com aquele homem, que diz que devemos amar a Deus de todo o coração (1),
alma (2), forças (3) e entendimento (4). Portanto, amar a Deus requer de nós envolvermos e
mergulharmos nesse amor nessas quatro áreas da nossa vida.
A forma que Jesus encontrou de ensinar essa verdade do amor, foi aplica-la de uma maneira
onde não somente o amor a Deus fique no intelecto, mas se transforme em uma atitude (como
ele ilustra após essa fala, a parábola do bom samaritano). Se você quer mudar a maneira como
você se relaciona com Deus, você precisa desses 4 elementos.
O coração é o lugar dos sentimentos, e portanto, amar a Deus de todo nosso coração é
deixar a formalidade de lado e falar como se falássemos com um amigo, abríssemos o
nosso coração sem medo de julgamento.
Muitas vezes nossa religiosidade impede-nos de orarmos como se conversássemos
com um amigo, com um Pai amoroso.
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Converse com Deus em voz alta e com sentimento – não precisa ser alto de “gritar”,
mas em voz audível com o sentimento que carrega sua voz, sua emoção, sua
percepção.
Orar de todo o coração é expressar sentimentos ao nosso Deus.
Amar de todo o nosso coração não pode ser somente sobre nossos pensamentos, mas
devem ser orações que vem do coração.
Uma forma de fazer isso é olhar para os Salmos de Davi, onde você vê um clamor no
inicio dos versos, mas ao término dessa oração/cântico em voz audível, Deus ministra
ao seu coração e traz alento e direção.
Fale a Deus sobre seus sentimentos (Sl 6.6); fale com Deus sobre suas fraquezas (Sl
25.16); fale com Deus sobre os atributos dele (Sl 24.8); conte a Deus os seus medos
(Sl 55.5); Derrame diante de Deus os desejos do seu coração (Sl 38.9); Admita o seu
pecado diante de Deus francamente e expresse isso com emoção (Sl 38.17-18); Diga
em voz alta o que você crê ser verdade (Sl 18.1-2).
A alma é o lugar das decisões, é o lugar que habita a nossa vontade. Não somos
movidos somente por emoções ou pensamentos, temos uma vontade que pode muitas
vezes ir contra nosso pensamento/emoção.
Amar a Deus de toda nossa alma, requer de nós reconhecermos nossa identidade e
nossas características – não querendo imitar outras pessoas na sua expressão de
adoração ao Pai. Todos nós adoramos e forma singular.
Amar de toda a alma é ter Deus como o bem mais precioso, como aquela mulher que
perdeu uma moeda e revirou toda a casa para encontra-la. O relacionamento com
Deus é o nosso bem mais precioso.
Amar a Deus de toda a nossa alma é decidir fazer o que Ele quer que nós façamos.
Logo, o amor verdadeiro que inunda até mesmo a nossa alma é dizermos não aos
nossos desejos humanos, nossa vontade carnal muitas vezes, e em obediência, nos
submetermos a Deus e a Sua Palavra.
A direção da nossa alma (nossos desejos) é estabelecida ao conversarmos com Deus.
É orar como Jesus orou no Getsêmani: “Pai seja feita a tua vontade”, e aplicar isso a
todas as áreas da nossa vida.
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Nossa força é o lugar em que os pensamentos e sentimentos interiores tocam o mundo
exterior, são nossas ações e atitudes. É a nossa reação diante de um pensamento ou
sentimento, como agimos após pensarmos e sentirmos.
Para amar a Deus com todas as nossas forças nós precisamos ter confiança total de
que Deus pode fazer tudo (Jo 14.12); precisamos estar convictos de que nada do que
fazemos irá perdurar sem Jesus Cristo (Jo 15.5); Precisamos confiar que somente
Deus transforma nossa fraqueza em força (2Co 12.9-10).
Amar a Deus com todas as nossas forças é reconhecer que tudo o que temos vem do
Senhor, que Ele é a nossa fonte de alegria e força (Ne 8.10)
REFLETIR
E tudo isso é maravilhoso! É intelectualmente aceitável e pode ser manifestado, sim, na nossa
vida íntima com Deus. Mas Jesus, ao responder ao mestre na lei no texto que lemos no inicio,
conclui todo o raciocínio com “E ame ao teu próximo como a ti mesmo”. Jesus dá o mesmo
peso ao amar a Deus e amar ao próximo, e então conta a parábola do bom samaritano.
Lucas 10:29-37 (NVI-PT) Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: “E quem é o meu
próximo?” Em resposta, disse Jesus: “Um homem descia de Jerusalém para Jericó, quando
caiu nas mãos de assaltantes. Estes lhe tiraram as roupas, espancaram-no e se foram,
deixando-o quase morto. Aconteceu estar descendo pela mesma estrada um sacerdote.
Quando viu o homem, passou pelo outro lado. E assim também um levita; quando chegou ao
lugar e o viu, passou pelo outro lado. Mas um samaritano, estando de viagem, chegou onde se
encontrava o homem e, quando o viu, teve piedade dele. Aproximou-se, enfaixou-lhe as
feridas, derramando nelas vinho e óleo. Depois colocou-o sobre o seu próprio animal, levou-o
para uma hospedaria e cuidou dele. No dia seguinte, deu dois denários ao hospedeiro e lhe
disse: ‘Cuide dele. Quando eu voltar lhe pagarei todas as despesas que você tiver’. “Qual
destes três você acha que foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?”
“Aquele que teve misericórdia dele”, respondeu o perito na lei. Jesus lhe disse: “Vá e faça o
mesmo”.
Jesus mostra que o amor a Deus é manifesto em atitudes de amor ao próximo. Nós podemos
praticar o amor com as pessoas que estamos em contato agora.
Entenda, não são duas histórias diferentes, não são dois conceitos diferentes, são apenas um.
O verdadeiro amor a Deus e o verdadeiro amor às pessoas são uma coisa só.
Nós não podemos limitar a extensão do nosso amor. Muitas coisas podem ser
extraídas da parábola do bom samaritano, mas a mais impactante é que é aquele
mestre da lei que estava no inicio se justificando querendo dicas para a “vida eterna”,
após ouvir a parábola, simplesmente parece esquecer da multidão e responder a
Jesus: o homem mais próximo daquele homem que caiu nas mãos do assaltante foi o
que teve misericórdia. Nesse momento, aquele mestre da lei cai em si, e uma
profunda reflexão se iniciou dentro dele.
A conclusão de Jesus é: você sabe tudo o que deve fazer da lei, e isso é ótimo! Mas
ela está incompleta se ela não exercer misericórdia e amor para com as pessoas do
nosso relacionamento, do nosso dia a dia.
APLICAR
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Amamos a Deus sim, de toda nossa alma (desejos), de todo nosso coração
(sentimentos), de todo nosso entendimento e de toda nossa força – mas tudo isso
precisa desencadear numa ação de amor ao nosso próximo. Porque no juízo, nossos
atos de amor farão a diferença.
Mateus 25:34-40 (NVI-PT) “Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: ‘Venham,
benditos de meu Pai! Recebam como herança o Reino que lhes foi preparado desde a
criação do mundo. Pois eu tive fome, e vocês me deram de comer; tive sede, e vocês
me deram de beber; fui estrangeiro, e vocês me acolheram; necessitei de roupas, e
vocês me vestiram; estive enfermo, e vocês cuidaram de mim; estive preso, e vocês
me visitaram’. “Então os justos lhe responderão: ‘Senhor, quando te vimos com fome
e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber? Quando te vimos como
estrangeiro e te acolhemos, ou necessitado de roupas e te vestimos? Quando te
vimos enfermo ou preso e fomos te visitar?’ “O Rei responderá: ‘Digo-lhes a verdade:
O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram’.
Quando Jesus foi questionado sobre como amar a Deus, ele expandiu ainda mais o
significado, tornando o conceito intelectual em uma ação concreta.
Sonde seu coração nesse momento, reflita. Onde estamos nós? Onde está você
nesse momento da sua vida cristã? Não é só assistencialismo que precisamos ter,
precisamos amar a Deus nas 4 esferas, de forma constante e intencional; mas
também não é só de adoração e serviço na igreja que demonstramos amor, mas sim
olhando para nosso próximo mais próximo.
Qual é a sua necessidade de transformação? Qual área da sua vida você precisa
desse toque de Deus para que o Espírito Santo te transforme?
Vamos orar.