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13° Dia

O perdão dos pecados é condicional?


(Resumo)
Como o 13° dia será no sábado, nesta sexta-feira vou ministrar esse dia. Muitos
irmãos me pediram especi camente para ministrar esse dia. Todavia, vou pregar o
capítulo do 12° dia em outro momento.

Em Mateus 6:5-15, essa é oração é feita por milhões de pessoas no mundo inteiro.
A maior parte não lê o conteúdo que foi escrito antes da oração. Primeiro, Deus não
gosta de vas repetições, pois é algo da alma, o que não toca o coração do Pai. A oração
tem um caráter diferente pois chama Deus de Pai. É uma oração de lhos conversando
com o Pai. Jesus nos ensina a orar para que a vontade de Deus aconteça. Sabemos que
nem sempre a vontade de Deus acontece. Perdoa as nossas dívidas que são pecados,
assim como perdoamos aos nossos devedores. Aqui a maior parte das pessoas travam.
Está ensinado claramente em pedir perdão (v. 12). Há algo aqui; tínhamos uma dívida
muito grande que foi cancelada (Cl 2:14).

Observe Que quando Jesus ensinou essa oração o Calvário não havia acontecido.
Jesus não estava ensinando a lei de Moisés, mas as pessoas para quem ensinava
seguiam a lei de Moisés. Jesus ensina uma doutrina muito nova e estranha à sua
audiência; comer de sua carne e beber do seu sangue, era um ensino que levou muitos à
desistência. Aquele ensino era algo parecido com o canibalismo.

À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.
(Jo 6:66)

Foi quando Jesus morreu na cruz que começou a nova aliança. Ninguém mataria a
Jesus se ele mesmo não permitisse. Na cruz algo sobrenatural aconteceu. Ao meio dia o
sol se escureceu e isso durou até as três horas da tarde. Aconteceu um forte terremoto.
O próprio centurião que era incrédulo e tinha participado de centenas de execuções de
cruci cação, viu que algo sobrenatural aconteceu ali, então ele declarou: “esse
verdadeiramente é o Filho de Deus”.

Depois da morte na cruz, tudo mudou. Vivemos agora do lado de ca da cruz. Hoje
realmente essa oração não é mais para nós. A nossa dívida foi totalmente quitada.
Hoje fui no banco e sem querer, ouvi uma conversa de alguém que pegou um
empréstimo. Alguém lhe perguntou: o que você deu de garantia para obter esse
empréstimo? A mesma coisa aconteceu conosco. Jesus morreu na cruz e seu sangue é a
nossa garantia. O penhor da nossa herança é o Espírito Santo, que veio sobre o sangue.
Há uma garantia que estamos salvos, estamos selados pelo Espírito Santo (Ef 4:30.

Perdoa as nossas dívidas. A lei mostra a nossa dívida que é impagável diante de
Deus. Se a lei de Moisés era dura, Jesus ampli cou muito a lei. Jesus disse: “se você
olha para uma mulher com intenção impura, já adulterou contra ela.” Jesus queria
mostrar a hipocrisia dos fariseus que eram incapazes de cumprir a lei. Mostram coisas
exteriores, mas no interior está cheio de podridão. Jesus anabolizou e deu musculatura
para a lei, mostrando o quanto é impossível praticá-la. Por exemplo, o décimo
mandamento que é a cobiça é um pecado implacável e naturalmente impossível de
controlar.
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Um pastor amigo meu foi num supermercado que nem estava à venda e começou
a derramar óleo dentro do prédio e começou a se apropriar e orar para que Deus lhe
desse aquele supermercado. Eu disse, você não pode fazer isso.

Jesus ensinou a orar assim, perdoa-me como eu tenho perdoado aos meus
devedores. Para o fariseu era uma faca na garganta dele, porque ele não é capaz de
perdoar. Quando ele começa a orar, ao chegar nesse momento em que a expressão é
“perdoa-me como tenho perdoado” aqui a coisa trava, pois ele não perdoa ninguém que
lhe deva qualquer coisa. Quem se acha lho, não sendo, ao orar como lho está sendo
um hipocrita. Deus está ouvindo, e sabe que isso se torna condenação contra o fariseu.

O padrão depois da ressurreição se tornou assim, “eu perdoo como também eu fui
perdoado” (Ef 4:32). Tem gente que não gostamos e achamos difícil suportar, mas é
nosso irmão e o suportamos em qualquer circunstância (Cl 3:13-14). Já não é mais “Pai
me perdoa como eu tenho perdoado”, mas é, “eu fui muito perdoado, por isso eu perdoo
na mesma medida, porque acima de tudo está o amor, que é o vínculo da perfeição.”

Em Mateus 18:23-28 tem uma parábola auto explicativa. Mas tem um detalhe
nessa parábola que preciso explicar. A parábola fala a respeito de servo devia dez mil
talentos de ouro, o que soma o valor de 273 bilhões de reais. Uma dívida impagável.
Essa dívida se refere ao nosso pecado, que jamais poderíamos pagar. O servo implorou e
pediu clemência e disse que pagaria tudo. O servo tinha uma ideia completamente
errada da realidade, isso é presunção. O rei teve uma atitude de graça e misericórdia e
perdoou completamente aquele servo. Nos tínhamos uma dívida muito maior. Mas um
dia nos ajoelhamos e confessamos e fomos totalmente perdoados.

Esse servo saiu da condenação da dívida impagável e indo para casa, encontrou
um conservo que lhe devia apenas cem denários. Ele sufocou e cobrou do conservo de
maneira implacável. O conservo não tendo como pagar, foi encerrado na prisão. O rei
mandou chamar o servo perdoado de volta e o repreendeu e indignando-se por causa da
falta de compaixão, revogou a dívida e desta vez o obrigou a pagar.

Aqui surge uma pergunta: por que ele mesmo sendo perdoado, não quis perdoar
ao seu conservo? O evangelho não diz. Mas é possível avaliar o que aconteceu. Talvez
ele encontrou a esposa e disse: “amor o rei me perdoou porque eu mereço, sou gente
boa e a nal até tenho boas obras”. Agora, esse conservo não é merecedor como eu, por
isso o coloquei na cadeia.

A justiça própria é o centro de todos os pecados e temos que vigiar o nosso


coração. Quando você orar esteja vigilante e lembre que você nunca mereceu nada,
todavia, Deus sendo rico em misericórdia e graça perdoou a imensa dívida de pecado
que te condenava eternamente.

O grande sinal que você nasceu de novo, é a disposição de perdoar. Não estou
dizendo que você não ca ressentido, impossível não car. Mas é normal um crente,
mesmo profundamente magoado, no nal perdoar o seu ofensor. Sou totalmente contra
maridos que traem sua mulher, mas ela ca indignada comigo, quando digo que ela tem
que ter disposição de perdoar. Ela ca furiosa e diz: esse miserável me faz sofrer e ainda
tenho que perdoa-lo. O problema é que ela se esquece o quanto ela mesma foi
perdoada. Ela não enxerga que não há nada de bom nela e que nela não habita bem
nenhum. Sem você perceber Deus te perdoou completamente de uma dívida que te
condenação eterna no lago de fogo.
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Entenda que perdão não signi ca passar a gostar das pessoas. O jeito das
pessoas é bem diverso ao que você gosta. Amar é fazer o bem mesmo que você ache
que a pessoa não merece nada. Mas gostar é querer tirar férias com a pessoa. Perdoar
não signi ca que você tem que gostar.

Nem sempre o perdão é instantâneo. Quando você conecta o ferro na tomada, o


ferro esquenta. Para que ele esfrie você tem que desconecta-lo. O ferro não vai esfriar
rapidamente. Quando você ca lembrando e meditando na injustiça sofrida, é como um
ferro ligado na tomada, vai esquentar o ressentimento até virar ódio. Então pare de
cavucar a ferida da calúnia sofrida.

Alguém falou horrores de minha esposa e de minha lha. Eu perdoo, mas não sou
obrigado a conviver. Fui traído horrivelmente e caluniado pelos traidores. Todo dia digo
diante de Deus, não tenho inimigos de carne e sangue. Então eu entrego essa questão
diante de Deus e declaro que são perodoados e que não me devem nada. Eu sou um
lho verdadeiro e sou capaz de perdoar aos que me ofenderam, sem avaliar o medir o
tamanho da ofensa.

Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou. (Ef 4:32)
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