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COMPREENDENDO O PERDÃO – LUCIANO SUBIRÁ

23/09/2020

“Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti,
deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua
oferta”. (Mateus 5.23,24)

A reconciliação não é algo a ser praticado somente entre nós e Deus, mas também para com nossos irmãos.
Reconhecemos, que, à semelhança da cruz, também temos duas linhas do fluir da reconciliação: a vertical
(o homem com Deus) e a horizontal (entre os homens). O mesmo perdão que recebemos de Deus deve ser
praticado para com nossos semelhantes.

QUEM NÃO PERDOA NÃO É PERDOADO


O perdão (ou a falta dele) faz muita diferença na vida de alguém. A reconciliação horizontal determina se a
vertical que recebemos de Deus vai permanecer em nossa vida ou não. A palavra de Deus é clara quanto ao
fato de que se não perdoarmos a quem nos ofende, então Deus também não nos perdoará. Foi Jesus Cristo
quem afirmou isto no ensino da oração do Pai-nosso:

“Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará; se, porém,
não perdoardes aos homens as suas ofensas, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas”. (Mateus
6.14,15)

Deus tem nos dado seu perdão gratuitamente, sem que o merecêssemos, e espera que usemos do mesmo
espírito misericordioso para com quem nos ofende. Se fluímos com o Pai Celestial no mesmo espírito
perdoador, permanecemos na reconciliação alcançada pelo Senhor Jesus. Contudo, se nos negamos a
perdoar, interrompemos o fluxo da graça de Deus em nossa vida, e nossa reconciliação vertical é
comprometida pela ausência da horizontal. Cristo também nos advertiu com clareza sobre isto em uma de
suas parábolas (faladas num contexto que envolvia o perdão):

“Por isso o reino dos céus é semelhante a um rei, que resolveu ajustar contas com os seus servos. E
passando a fazê-lo, trouxeram-lhe um que devia dez mil talentos. Não tendo ele, porém, com que pagar,
ordenou o seu senhor que fosse vendido ele, a mulher, os filhos e tudo quanto possuía, e que a dívida fosse
paga. Então o servo, prostrando-se reverente, rogou: Sê paciente comigo e tudo te pagarei. E o senhor
daquele servo, compadecendo-se, mandou-o embora, e perdoou-lhe a dívida. Saindo, porém, aquele servo,
encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: paga-
me o que me deves. Então o seu conservo, caindo-lhe aos pés, lhe implorava: Sê paciente comigo e te
pagarei. Ele, entretanto, não quis; antes, indo-se, o lançou na prisão, até que saldasse a dívida. Vendo os
seus companheiros o que havia se passado, entristeceram-se muito, e foram relatar ao seu senhor tudo o
que acontecera. Então seu senhor, chamando-o, lhe disse: Servo malvado, perdoei-te aquela dívida toda
porque me suplicaste; não devias tu, igualmente, compadecer-te do teu conservo, como também eu me
compadeci de ti? E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que pagasse toda a dívida.
Assim também o meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão”. (Mateus
18.23-35)

O significado desta ilustração dada por Jesus Cristo é muito forte. Temos um rei e dois tipos de devedores.
Se a parábola ilustra o reino de Deus, então o rei figura o próprio Deus. O primeiro devedor tinha uma
dívida impagável, enquanto que a do segundo estava ao seu alcance. Não há como comparar a dívida de
cada um. Dez mil talentos da dívida do primeiro servo era o equivalente a cerca de 200.000 dias de
trabalho, enquanto que os cem denários que o outro servo devia era o equivalente a apenas cem dias de
trabalho. Esta diferença revela a dimensão da dívida que cada um de nós tinha para com Deus, e que, por
ser impagável, estávamos destinados à prisão e escravidão eterna. Contudo, sem que fizéssemos por
merecer, Deus em sua bondade, nos perdoou. Portanto, Ele espera que façamos o mesmo. O cristão que foi

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perdoado de seus pecados e recusa-se a perdoar um irmão – seu conservo no evangelho – terá seu perdão
revogado.

Isto é muito sério. As ofensas das pessoas contra a gente não são nada perto das nossas ofensas que o Pai
Celestial deixou de levar em conta. E a premissa bíblica é de que se pudemos ser perdoados por Ele, então
também devemos perdoar a qualquer um que nos ofenda.

A FALTA DE PERDÃO É UMA PRISÃO


Quem não perdoa, está preso. Lemos em Mateus 18.34: “E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos
verdugos, até que pagasse toda a dívida”. A palavra verdugo significa “torturador”. Além de preso, aquele
homem seria torturado como forma de punição. A prática do ministério nos revela que o que Jesus falou
em figura nesta parábola é uma realidade espiritual na vida de quem não perdoa. Os demônios amarram a
vida daqueles que retém o perdão. Suas torturas aplicadas são as mais diversas: angústia e depressão,
enfermidades, debilidade física, etc.

Muita gente tem sofrido com a falta de perdão. Outro dia ouvi alguém dizendo que o ressentimento é o
mesmo que você tomar diariamente um pouco de veneno, esperando que quem te magoou venha a
morrer. A falta de perdão produz dano maior em quem está ferido do que naquele que feriu. Por isso
sempre digo a quem precisa perdoar: – “Já não basta o primeiro sofrimento, porque acrescentar um outro
maior (a mágoa)”?

Alguns acham que o perdão é um benefício para o ofensor. Porém, eu digo que o benefício maior não é o
que foi dado ao ofensor, mas sim o que o perdão produz na vítima, naquele que está ferido. Sem perdão
não há cura. A doença interior só se complica, e a saúde espiritual, emocional e física da pessoa ressentida é
seriamente afetada. Em outra porção das Escrituras (onde o contexto dos versículos anteriores é o perdão),
vemos o Senhor Jesus nos advertindo do mesmo perigo:

“Entra em acordo sem demora com teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o
adversário não te entregue ao juiz, o juiz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão. Em verdade te digo
que não sairás dali, enquanto não pagares o último centavo”. (Mateus 5.25,26)

Não sei exatamente como é está prisão, mas sei que Cristo não estava brincando quando falou dela. A falta
de perdão me prende e pode prender a vida de mais alguém. Isto é um fato comprovado. Tenho
presenciado gente que esteve presa por tantos anos, e ao decidir perdoar foi imediatamente livre. Isto
também pode acontecer com você, basta decidir perdoar.

SEGUINDO O EXEMPLO DIVINO


Como deve ser o perdão? A pessoa tem que pedir o perdão ou merecê-lo para poder ser perdoada? Não.
Devemos perdoar como Deus nos perdoou:

“Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também
Deus em Cristo vos perdoou”. (Efésios 4.32)

O texto bíblico diz que nosso perdão e reconciliação horizontal deve seguir o exemplo da que Deus em Jesus
praticou para conosco. Então, basta perguntar: – “Fizemos por merecer o perdão de Deus? Não. Então
nosso ofensor também não precisa fazer por merecer”.

O perdão é um ato de misericórdia, de compaixão. Nada tem a ver com merecimento. O apóstolo Paulo
falou aos efésios que o perdão é fruto de um coração compassivo e benigno. O perdão flui da benignidade
do nosso coração, e não por haver ou não benignidade no ofensor.

Jesus disse que se eu souber que alguém tem algo contra mim, devo procurá-lo para tentar a reconciliação.
Mesmo se tal pessoa não me procurar ou nem mesmo quiser falar comigo, tenho que ter a iniciativa, tenho

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que tentar. Deus ofereceu perdão gratuito a todos, independentemente de qualquer comportamento, e Ele
é nosso exemplo!

NÃO HÁ LIMITE DE VEZES PARA PERDOAR


Certa ocasião, o apóstolo Pedro quis saber o limite de vezes que existe para perdoar alguém. E foi
surpreendido pela resposta que Cristo lhe deu:

“Então Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim,
que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete vezes, mas até setenta
vezes sete”. (Mateus 18.21,22)

O Senhor declarou que mesmo se alguém repetir sua ofensa contra mim por quatrocentos e noventa vezes,
ainda deve ser perdoado. Na verdade, os comentaristas bíblicos em geral entendem que Jesus não estava
se prendendo a números, mas tentando remover o limite imposto na mente dos discípulos para perdoar.

Fico pensando o que seria de nós sem a misericórdia de Deus. Quantas vezes Deus já nos perdoou? Quantas
mais Ele vai nos perdoar? Se devemos perdoar como também Deus em Cristo nos perdoou, então fica claro
que não há limite de vezes para perdoar!

O DIABO É QUEM LEVA VANTAGEM


Já falamos que há uma prisão espiritual ocasionada por reter o perdão. E que demônios se aproveitam
desta situação. Agora queremos examinar um outro texto bíblico que nos mostra nitidamente que a falta
de perdão dá vantagem ao diabo:

“A quem perdoais alguma cousa, também eu perdôo; porque de fato o que tenho perdoado, se alguma
cousa tenho perdoado, por causa de vós o fiz na presença de Cristo, para que Satanás não alcance
vantagem sobre nós, pois não lhe ignoramos os desígnios”. (2 Coríntios 2.10,11)

O apóstolo Paulo revela que se deixamos de perdoar, quem vai se aproveitar da situação é Satanás, o
adversário de nossas almas. Disse ainda, que não ignorava as maquinações do maligno. Em outras palavras,
ele estava dizendo que justamente por saber como o diabo age na falta de perdão, é que não podia deixar
de perdoar.

Precisamos entender que Deus não será engrandecido na falta de perdão. Que o ofendido não lucra nada
por não perdoar. Que até mesmo o ofensor pode estar espiritualmente preso. O único que lucra com isso é
o diabo, pois passa a ter autoridade na vida de quem decide alimentar a ferida do ressentimento.

A Bíblia nos ensina que não devemos dar lugar ao diabo (Ef 4.27). Que ele anda em nosso derredor rugindo
como leão, buscando a quem possa tragar (1 Pe 5.8), e que devemos resisti-lo (Tg 4.7). Mas quando nos
recusamos a perdoar, estamos deliberadamente quebrando todos estes mandamentos.

CONSELHOS PRÁTICOS
Para aqueles que reconhecem que não há saída a não ser perdoar, mas que, por outro lado, não é algo tão
fácil de se fazer, quero oferecer alguns conselhos práticos que serão de grande valia.

Primeiro, o perdão não é um sentimento, é uma decisão e também uma atitude de fé. Já dissemos que o
perdão não é por merecimento, logo, não tenho motivação alguma em minhas emoções a perdoar. Não me
alegro por ter sido lesado, mas libero aquele que me lesou por uma decisão racional. Portanto, o perdão
não flui espontaneamente, deve ser gerado no coração por levar em consideração aquilo que Deus fez por
mim e sua ordem de perdoar. As conseqüências da falta de perdão também devem ser lembradas, para dar
mais munição à razão do que à emoção.

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É preciso fé para perdoar. Certa ocasião quando Jesus ensinava seus discípulos a perdoarem, foi
interrompido por um pedido peculiar:

“Acautelai-vos. Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; se ele se arrepender, perdoa-lhe. Se por sete
vezes no dia pecar contra ti, e sete vezes vier ter contigo, dizendo: Estou arrependido, perdoa-lhe. Então
disseram os apóstolos ao Senhor: Aumenta-nos a fé”. (Lucas 17.3-5)

Naquele instante os discípulos reconheceram que para praticar este nível de perdão iriam precisar de mais
fé. E Jesus parece ter concordado, pois nos versículos seguintes lhes ensinou que a fé é como semente,
quanto mais se exercita (planta) mais ela cresce (se colhe).

É necessário crer que Deus é justo e que Ele não nos pede mais do que aquilo que podemos dar. Se Deus
nos pediu que perdoássemos, Ele vai nos socorrer dispensando sua graça no momento em que tivermos
uma atitude de perdão.

Muitas vezes o perdão precisa ser renovado. Depois de declarar alguém perdoado, o diabo, que não quer
perder seu domínio, vai tentar renovar a ferida. Em Provérbios 17.9 as Escrituras Sagradas nos falam sobre
encobrir a questão ou renová-la. É preciso tomar uma decisão de esquecer o que houve, e renovar somente
o perdão. Cada vez que a dor tentar voltar, declare novamente seu perdão. Ore abençoando seu ofensor.
Lute contra a mágoa!

É importante ver os ofensores como vítimas. Isto é algo especial que vejo em Jesus na cruz:

“Contudo Jesus dizia: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem”. (Lucas 23.34)

Em vez de olhar para eles como quem merece punição e castigo, Jesus enxerga que eles também eram
vítimas. Aqueles homens estavam em cegueira e ignorância espiritual, debaixo de influência maligna, sem
nenhum discernimento de quem estavam de fato matando. Eram vítimas de todo um sistema que os
afastou de Deus e da revelação das Escrituras. E ao reconhecer que ele é que eram vítimas, em vez de
alimentar dó de si mesmo (como nós faríamos), Jesus teve compaixão deles. Acredito que este é um
princípio para o perdão fluir livremente. Assim como Jesus o fez, deixando exemplo, Estevão, o primeiro
mártir do Cristianismo, também o fez:

“Então, ajoelhando-se, clamou em alta voz: Senhor, não lhes imputes este pecado”. (Atos 7.60)

Quando você começa a enxergar as misérias da vida espiritual de seu ofensor (ao menos a que manifestou
no momento de te ferir), e canaliza o amor de Deus por ele, como você também necessita do amor divino
ao se achegar arrependido em busca de perdão, a coisa fica mais fácil.
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Jesus, como conta a bíblia, já deixou bem claro qual é o poder da oração (quando ensinou a todos nós o
“Pai nosso” e o poder do perdão redimindo todos nós no seu sacrifício. Se está sentindo dificuldade para
perdoar entenda como isso pode mudar sua vida.

O pai nosso pode ser entendido como a oração do perdão. Dentro da bíblia de estudo é uma oração
poderosa e libertadora.

1. Viva no presente!
Ressentimento é o sentimento mais comum àqueles com dificuldade de perdoar e que sempre ficam
remoendo o passado. Isso te faz reviver na sua cabeça o assado várias vezes por dia causando sempre um
mal-estar constante.

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A longo prazo pode ser tão danoso podendo te transformar numa pessoa amargurada de difícil convívio, ou
até causar depressão. Com o perdão esse sentimento necessariamente se torna algo mais construtivo. Em
vez de ficar pensando na dor começa a pensar em fazer algo positivo da própria vida. Baixar Gratis: Quatro
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2. Para perdoar, entenda o que sente


É importante que você seja sincero consigo mesmo. Faça uma oração forte e nela reflita sinceramente o que
sente sobre a pessoa que precisa ser perdoada. É inveja, culpa, ciúme, raiva ou até ódio? Não importa. O
primeiro passo para o perdendo é a compreensão de como se sente sobre o fato.

Nessa etapa poderá até pedir ajuda. Pode ser um amigo, familiar, padre, pastor, alguém de confiança, mas
não tem problema estar no quarto só você e Deus.

3. Benefícios
Agora que você foi bastante sincero quanto ao como se sente então é hora de ver o que você ganha por
perdoar. Como você se sentirá depois de se livrar desses sentimentos ruins? O que te impede de perdoar?
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Quanto mais significativos forem as razões pelas quais irá perdoar, melhor você se sentirá quanto ao
perdão. Livrando-se de sentimentos destrutivos o que virá no lugar são sentimentos construtivos que
somente farão bem para você.

4. Usufruir dos benefícios


Pratique o perdão e então perceba como seu dia ficará mais leve. Você se sentindo uma pessoa melhor irá
imediatamente se refletir em como você percebe os outros, em como você percebe a vida.

Nesse momento as oportunidades serão mais visíveis e lidar com as pessoas será mais fácil, mas entenda
também que ser alguém que perdoa não é tornar-se dócil. Agora você terá energia para enfrentar de
maneira melhor os problemas e mudar a sua situação
7 razões bíblicas para perdoar seu cônjuge
Quando um dos cônjuges não cumpre a sua parte no relacionamento não é fácil perdoar. Seja qual for o
motivo para darmos o perdão, mesmo sendo difícil, Deus nos ajudará a termos essa atitude.
Já notou como pode ser difícil perdoar quando o cônjuge se esquece daquele dia especial, faz toda a família
chegar atrasada nos eventos ou negligencia suas responsabilidades básicas no relacionamento? Existem
também aqueles casais que lutam para perdoar um adultério, os vícios ou os problemas financeiros.

Quando um dos cônjuges não cumpre a sua parte no relacionamento não é fácil perdoar. Seja qual for o
motivo para darmos o perdão, mesmo sendo difícil, Deus nos ajudará a termos essa atitude.

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que
podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (I Coríntios 10:13)

Se está com dificuldade para perdoar seu cônjuge e seguir em frente, as razões a seguir podem ajudá-lo a
dar o perdão.

1. Escolha perdoar
Perdoar o cônjuge é uma escolha nossa, não seremos forçados a fazê-lo, porém dar o dom do perdão
permite-nos vencer sentimentos de raiva, amargura ou vingança, curar feridas espirituais e trazer a paz e o
amor que só Deus pode nos conceder. Também não significa que não existe consequência para a
transgressão e o mal cometido. Contudo, temos que perdoar porque nós também ansiamos com toda a
força da alma pela misericórdia — pelo perdão dos erros e pecados que cometemos. Então “perdoe como o
Senhor nos perdoou.” (Colossenses 3:13)

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2. Ore pela cura do seu sofrimento
Embora você pense que está só nesta luta, não está. Deus não nos deixará nem nos abandonará com nossos
sofrimentos e problemas. Busque-o em oração, abra seu coração e deposite sua carga aos pés do Salvador.
“Ele cura os quebrantados de coração e liga-lhes as feridas” (Salmo 147: 3), causadas pelo cônjuge a seu
tempo, quando colocamos a nossa total confiança e dependência Nele.

3. Reconheça que você tem falhas também


Devemos reconhecer que somos imperfeitos. “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de
Deus.” (Romanos 3:23). Talvez não pecamos da mesma maneira que o nosso cônjuge, mas pecamos em
algum momento de nossa vida. Ao perdoar o cônjuge devemos resistir à tentação de comparar nossos
pecados aos dele. Jesus sofreu por todos os pecados que nos impedem de ter um relacionamento íntimo
com Deus. Por isso peça ajuda ao Senhor para lhe mostrar o que você precisa melhorar no casamento e
para perdoar da mesma forma que você busca o perdão.

4. Resista à tentação de lembrar continuamente os erros


“Perdoo, mas não esqueço” é o que a maioria de nós faz quando diz que perdoa. Não vamos esquecer o
ocorrido, os erros também nos ajudam a não os cometer mais. Porém, se perdoamos o cônjuge não
devemos ficar lembrando constantemente o que ele fez, isso não vai melhorar as coisas. “Não vos lembreis
das cousas passadas, nem considereis as antigas.” (Isaías 43:18). Devemos assim agir e eliminar os
sentimentos de vingança e punição do nosso coração à medida que nosso relacionamento com Deus e com
o cônjuge amadurece.

5. Compreenda o seu papel no casamento


Não é porque os cônjuges têm problemas e cometem erros que devem esquecer do seu papel no
casamento e não fazer mais nada. Mesmo que o relacionamento precise de perdão e de mudança, o marido
e a mulher precisam continuar a se amar, se respeitar, ser fiel e fazer a sua parte no casamento. “Assim
também vós cada um em particular ame a sua própria mulher como a si mesmo, e a mulher reverencie o
marido.” (Efésios 5:33). Ao fazer nossa parte será mais fácil dar e receber o perdão.

6. Expresse seu amor em ações e não apenas palavras


Amor é um sentimento que deve ser expresso através de nossas atitudes e não apenas por palavras. “Meus
filhinhos não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade. ” (I João 3: 18). À medida que
perdoamos, que temos paciência com os erros do cônjuge, que somos gentis e cuidamos do casamento e da
família, mostramos o amor verdadeiro.

7. Perdoe, perdoe, e perdoe novamente


Quando Pedro perguntou a Jesus, “Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim e eu lhe
perdoarei? Até sete?”, Jesus lhe respondeu, “Não te digo até sete, mas, até setenta vezes sete.” (Mateus
18: 21-22). Teremos que perdoar muitas e muitas vezes, então, repita os itens 1 ao 6 sempre. Jesus nos dará
a força e o desejo em nosso coração para perdoar toda vez que se fizer necessário.

Perdoar não é fácil para nós, como não foi para Jesus perdoar os pecados de todos os filhos de Deus. Mas
por causa de seu grande amor e misericórdia, Ele o fez. Nós também podemos segui-lo ao perdoar o nosso
cônjuge e ao confiar em Deus para curar a nossa fragilidade.

Examine seu coração e ofereça o perdão para aqueles em sua vida que precisam da sua compreensão, amor
e compaixão.

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