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INTRODUÇÃO
A cidade de Esmirna era fiel a Roma, mas os crentes são chamados a
ser fiéis a Jesus. A cidade de Esmirna tinha a pretensão de ser a primeira, mas
Jesus diz: "Eu sou o primeiro e o último" (Ap 1.17). Somos chamados a ser fiéis
até às últimas consequências, mesmo em um contexto de hostilidade e
perseguição.
CENARIO
Era a cidade mais bela da Ásia Menor. Era considerada o ornamento, a
coroa e a flor da Ásia. Cidade comercial, onde ficava o principal porto da Ásia.
O monte Pagos era coberto de templos e bordejado de casas formosas. Era um
lugar de realeza coroado de torres. Tinha uma magnífica arquitetura, com
templos dedicados a Cibeles, Zeus, Apoio, Afrodite e Esculápio. Hoje essa é a
única cidade sobrevivente, com o nome de Izmir, na Turquia asiática, com
255.000 habitantes.
DEFINIÇÃO
A palavra "Esmirna" vem de "mirra", uma erva amarga. Portanto, o
nome da cidade é um nome bem próprio para uma igreja que estava
enfrentando perseguição. Embora Esmirna fosse uma rica cidade comercial da
Ásia menor, a igreja cristã que havia nela era pobre e perseguida.
Esmirna significa mirra, e também amargura.
No Antigo Testamento, a mirra precisava primeiro ser triturada, para
depois ser oferecida como aroma agradável sobre o altar do incenso, que era de
ouro. O sofrimento pelo martírio era uma característica da igreja em Esmirna,
pois seu fundador, Policarpo, chegou a ponto de ser queimado vivo sobre o
monte chamado pagos. Naquela altura, ofereceram-lhe a liberdade se
amaldiçoar se o senhor Jesus. Ele, porém, respondeu: "Há 86 anos sirvo ao
Senhor, e Ele só me tem feito bem. Como poderia eu, agora, amaldiçoá-Lo,
sendo Ele o meu Senhor e Salvador?".
Mais tarde, naquele mesmo monte, aproximadamente 1500 cristãos
foram executados, e algum tempo depois, mas 800 cristãos foram executados.
Essa mesma história tem-se repetido através dos séculos. Não mais por parte
dos imperadores políticos, mas religiosos. Todas as vezes que o cristianismo
avançou na Europa, imediatamente surgiu um plano diabólico, por parte das
lideranças religiosas, a fim de impedir pela força, violência e crueldade.
PARADOXO
Em vez do conhecimento das obras da Igreja de Éfeso, o Senhor Jesus
se dirige a Igreja de Esmirna dizendo: "conheço a tua tribulação, a tua pobreza
(mas tu és Rico) e a blasfêmia dos que a si mesmos se diz Claro judeus e não
são, sendo, antes, sinagoga de Satanás" Ap. 2:9.
Vejamos, então, as características desta igreja:
1). Tribulação.
2). Pobreza material.
3). Riqueza espiritual.
Interessante notar que a Igreja de Éfeso apresentou obras e foi
censurada, enquanto a Esmirna na aparentemente não apresentou obras, e não
foi censurada. Por quê?
Porque Éfeso caracterizava a quantidade e Esmirna qualidade.
Esmirna estava sendo triturada pela perseguição, e, sem querer, os seus
Perseguidores faziam-no apresentar maior qualidade de obra, ou seja, o seu
caráter e a sua fidelidade ao Senhor Jesus Cristo. O fato de ela suportar todo
tipo de tribulação aprimorava o seu testemunho do Senhor. A sua atividade se
assemelha a do Senhor Jesus, que realizou a maior cobra, deixando a ação por
conta dos inimigos (Lucas 22:53).
APLICAÇÃO
Só as tribulações que nos fazem crescer espiritualmente e forma em
nós o caráter do Senhor. A tribulação está para o Cristão assim como fogo está
para o ouro: quanto maior a tribulação, maior a purificação. As tribulações aqui
nos referimos são exclusivamente os sofrimentos que passamos por causa da fé
cristã, como injustiças; calúnias; perseguições; difamações, desprezo; falsidade
daqueles que fingem ser irmãos; zombarias; enfim, tudo aquilo que sofremos
por assumirmos a fé cristã.
É verdade que muitas vezes somos levados as circunstâncias tão difícil
tão humilhantes, que chegamos ao cúmulo de pensar que o Senhor nos
abandonou. Mas é justamente o contrário: quanto maior a tribulação, mais
próximos dEle nos encontramos. Por outro lado, também sabemos que nada
neste mundo passa desapercebido aos seus olhos. Então, a pergunta é: porque
Ele não nos livra do cálice de sofrimento e dor?
A PRISÃO DE ESMIRNA
Em quarto lugar, prisão. Alguns crentes de Esmirna estavam
enfrentando a prisão. A prisão era a antessala do túmulo. Os romanos não
cuidavam de seus prisioneiros. Normalmente os prisioneiros morriam de fome,
de pestilências ou de lepra. Vistas de uma perspectiva mais elevada, as detenções
tinham uma outra finalidade: "para que sejais provados". Os crentes estavam
prestes a ser levados à banca de testes. Deus estava testando a fidelidade dos
crentes. Mas Deus é fiel e não permite que sejamos tentados além de nossas
forças. Ele supervisiona o nosso teste.
Com isso conseguiremos perseverança, experiência e, finalmente,
Esperança. O Espírito Santo, por intermédio do Apóstolo Pedro, acrescenta:
“Em que vós grandemente vos alegrais, ainda que agora importa,
sendo necessário, que estejais por um pouco contristados com várias
tentações, Para que a prova da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro
que perece e é provado pelo fogo, se ache em louvor, e honra, e glória, na
revelação de Jesus Cristo; Ao qual, não o havendo visto, amais; no qual, não
o vendo agora, mas crendo, vos alegrais com gozo inefável e glorioso;
Alcançando o fim da vossa fé, a salvação das vossas almas” (1 Pedro 1:6-9).
A nossa tribulação prova o valor da nossa fé, o qual, uma vez
confirmado, ver redundar em louvor, Glória e Honra na revelação do Senhor.
E o objetivo final da nossa fé é a salvação eterna da nossa alma. Ao contrário
da igreja de Laodicéia, que era rica (Apocalipse 3:17), vemos a pobreza da de
Esmirna: "Conheço a tua tribulação, a tua pobreza (mas tu és Rico) e a blasfêmia
dos que a si mesmos se declaram os judeus e não são, sendo, antes, sinagoga de
Satanás" (Apocalipse 2:9).
Esta pobreza identifica condição econômica dos seus membros, o que
nos faz crer que esses cristãos estavam dispostos a renúncia dos bens materiais,
em função de uma vida cristã simples, destituída de qualquer ganância pessoal.
De fato, a sede pela posse de bens materiais tem sido um verdadeiro laço
diabólico para os cristões desavisados, pois se agarraram as riquezas materiais,
por isso, tem sempre a pobreza espiritual como consequência.
É o caso da Igreja de Laodicéia, por exemplo. A sua riqueza tomou o
lugar do Senhor Jesus. Muitos cristãos talvez digam que isso nunca vai acontecer
com eles. Mas de repente pode já ter acontecido! O simples fato de uma pessoa
estar ansiosa ou preocupada com aquisição de algum bem material já é uma
grande barreira no seu relacionamento com Deus.
Sim, pois poderá ela receber o batismo com o Espírito Santo estão
ansiosas ou preocupada com qualquer coisa deste mundo? É claro que não!
Sendo assim, alguém poderá pensar que a riqueza não é uma coisa boa
para o Cristão? A ideia não é esta, mas sim que a riqueza, principalmente, ou
qualquer outra coisa, não pode interferir no relacionamento íntimo com Deus
e esfriar o primeiro amor.
No ministério terreno do Senhor Jesus, temos dois grandes exemplos:
o jovem rico e Zaqueu. Para o primeiro, o senhor disse: " se queres ser perfeito,
vai, vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem
e segue-me. Tendo, porém, o jovem ouvido esta palavra, retirou-se triste, por
ser dono de muitas propriedades" (Mateus 19:21,22). As suas muitas
propriedades impediram aquele jovem de ser perfeito, ter um tesouro nos céus
e seguir ao Senhor Jesus.
Mas com Zaqueu foi totalmente diferente. Quando o senhor Jesus
estava na sua casa, ele, que era o chefe dos coletores de impostos, e, portanto,
um homem muito rico, levantou-se disse: "Senhor, resolvo dar aos pobres a
metade dos meus bens; e, sinal alguma coisa tenho defraudado alguém, Restitui
quatro vezes mais. Então, Jesus lhe disse: hoje, houve salvação nesta casa, pois
que também Este é filho de Abraão." (Lucas 19:8,9)
Verificamos, assim, que a riqueza do jovem rico ele serviu como um
laço no coração, impedindo a sua entrada na vida eterna. Já riqueza de Zaqueu
não impediu de abraçar a fé no Senhor Jesus, porque o seu coração não estava
amarrado a ela. Aí daquele que tem o seu coração preso as coisas deste mundo!
A igreja de Laodicéia se encontrava em profunda pobreza espiritual, pois estava
amarrado a riqueza material.
A Igreja de Esmirna tomou sobre si, voluntariamente, a tribulação e a
renúncia, por que amava o Senhor Jesus acima de tudo. Por isso mesmo ela é
uma das igrejas que o senhor não teve de repreender; pelo contrário, ele a
fortaleceu e estimulou, tendo em vista as situações difíceis pelas quais ela ainda
teria de passar: " Não Temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o Diabo Está
para lançar em prisão alguns dentre vós, para ser dispostos a prova, e tereis
tribulação de dez dias. Ser fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida"
(Apocalipse 2:10).
CONCLUSÃO:
Hoje, Jesus espera de seu povo fidelidade na vida, no testemunho, na
família, nos negócios, na fé. Não venda seu Senhor por dinheiro, como Judas.
Não troque seu Senhor, por um prato de lentilhas, como Esaú. Não venda sua
consciência por uma barra de ouro, como Acã. Seja fiel a Jesus, ainda que isso
lhe custe seu namoro, seu emprego, seu sucesso, seu casamento, sua vida. Jesus
diz que aqueles que são perseguidos por causa da justiça são bem-aventurados
(Mt 5.10-12).
O servo não é maior do que seu senhor. O mundo perseguiu a Jesus e
também nos perseguirá. A Bíblia diz que todo aquele que quiser viver
piedosamente em Cristo será perseguido (2Tm 3.12). Paulo diz: "Pois, por amor
de Deus, vos foi concedido não somente crer nele, também sofrer por ele" (Fp
1.29).
Jesus conclui sua mensagem à igreja de Esmirna, dizendo: "Quem tem
ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas" (Ap 2.11). Cada igreja tem
necessidade de um sopro especial do Espírito de Deus. A palavra para a igreja
de Esmirna era: considerem-se candidatos à vida. Sob tribulação, pobreza e
difamação, continuem fiéis. Não olhem para o sofrimento, mas para a
recompensa. Só mais um pouco, e ouviremos nosso Senhor nos chamando de
volta para casa: "Vinde, benditos de meu Pai. Possuí por herança o reino que
vos está preparado desde a fundação do mundo" (Mt 25.34), aqui não tem mais
morte, nem pranto, nem luto, nem dor!
A promessa de Jesus é clara: "O vencedor de modo algum sofrerá a
segunda morte" (Ap 2.11). Podemos enfrentar a morte e até o martírio, mas
escaparemos do inferno, que é a segunda morte, e entraremos no céu, que é a
coroa da vida. Precisamos ser fiéis até a morte, mas a segunda morte não poderá
nos atingir. Podemos perder nossa vida, mas a coroa da vida nos será dada.