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UMA IGREJA SIMPLES!

Tema: Uma igreja simples ama!

Se tirássemos um tempo para pensar sobre a igreja e o papel que tem em


nossas vidas, quase todos nós teríamos experiências boas e ruins para
compartilhar. É nesse ambiente que ao mesmo tempo que podemos ser totalmente
curados e termos um vida de comunhão com Deus e com os irmãos, também
estamos sujeitos a desapontamentos quando vivida de forma equivocada.
Ao olharmos para o evangelho e destacarmos a vida de Jesus ao passar por
essa terra, percebemos o quão simples e objetivo foi para apresentar o verdadeiro
sentido de uma igreja. Sendo esta não necessariamente feita por pessoas perfeitas,
mas sim por pessoas que compreendem seu estado de miséria e pecado, estando
dispostas a se submeterem em se aproximar de Deus para viverem em um
unidade.
Pensando assim, vemos o mestre deixando seus principais ensinamentos
baseados em dois grandes mandamentos, que não se referenciavam a si próprio,
mas sempre colocando o amor a Deus em primeiro lugar como uma devoção a ser
vivida e o amor ao próximo como demonstração desse amor por nós. Demonstrou
de modo simples, que a nossa vida como igreja é mais leve quando vivida dessa
forma.

“Respondeu Jesus: "Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu


coração, de toda a sua alma e de todo o seu entendimento.”
Mateus 22:37 (NVI)

A primeira característica de vivermos de modo simples como igreja é que o


nosso maior desejo e objetivo de vida deve ser: Amar a Deus de todo o nosso
coração, toda a alma e todo o entendimento. Pois, quando obedecemos a esse
mandamento nossa vida é pautada em agradá-lo em todos os momentos de modo
voluntário e verdadeiro, por ser feito por amor.
Além disso, a intensidade de como levamos a igreja por amor a Deus,
demonstra o quanto carregamos a simplicidade do evangelho. Visto que, quanto
mais amamos a Deus e vivemos os seus ensinamentos, mais iremos querer / fazer
as coisas para as pessoas em nosso redor. Por amarmos a Deus com toda a nossa
a intensidade, mais será simples querermos que todos ao nosso redor vivam da
mesma forma. Ao amarmos a Deus, consequentemente, iremos compartilhar esse
amor com as pessoas que tivermos contato. Um exemplo disso, vemos na história
do bom samaritano, em Lucas 10.25-37:

Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à


prova e lhe perguntou: "Mestre, o que preciso fazer para
herdar a vida eterna? [...] "Qual destes três você acha que foi
o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes? "
"Aquele que teve misericórdia dele", respondeu o perito na lei.
Jesus lhe disse: "Vá e faça o mesmo".
Lucas 10:25-37 (NVI)

Nessa passagem, temos um perito da Lei indagando a Jesus sobre como


conseguir a vida eterna. O interessante que esse perito, com toda certeza, sabia
todos e tentava colocar em prática os preceitos da lei de Moises. Então, no seu
entendimento, Jesus iria apenas dizer tudo o que ele já fazia, imaginado que por
tanto fazer para Deus já tivesse alcançado o “prêmio” da vida eterna.
No entanto, Jesus sendo muito inteligente, inverte a pergunta para ele
sabendo a sua resposta com os dois principais mandamentos. O perito não
satisfeito, então responde fazendo uma pergunta principal para aprendermos sobre
como viver esse amor a Deus em uma igreja simples.

Mas ele, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: "E quem é


o meu próximo? "
Lucas 10:29 (NVI)

Em outras palavras, Jesus estava dizendo ao perito, que mais do que


sabermos sobre toda a sua palavra, irmos ao culto, darmos ofertas, jejuar e
ensinar – deixando claro que tudo isso tem seu devido valor para uma igreja –
que a nossa a vida eterna é nos dada para transformamos os nossos corações
para amar a Deus e servir ao nosso próximo.
Assim, quando estamos vazios de nós mesmos e temos o nosso ser
preenchido pela presença de Deus, é natural que nossas atitudes representem o
amor do Pai ao nosso próximo. Uma igreja se torna simples, pois o seu maior
objetivo é amar a Deus e por fazer isso estará amando ao próximo. Pois, agora todos
os participantes entendem o papel que possuem, deixando o ato de servir e se
aproximar de Deus como prioridade e de forma leve. Mas, vamos a resposta da
pergunta do perito: “Quem é o nosso próximo?”
Agora Jesus começa a contar uma história e de propósito exemplifica com 3
personagens significativos naquela sociedade: o sacerdote, levita e samaritano. E
por que esses três? O sacerdote era a imagem daquele que levava os sacrifícios a
Deus pelo povo, era aquele que tinha contato direto com Deus, precisava
necessariamente ter uma vida correta. O levita eram aqueles que deveriam zelar e
cuidar pelo templo e os samaritanos eram um povo considerado impura para os
Judeus por terem se juntado com outros povos.
Desse modo, Jesus conta sobre um homem sendo espancado por
assaltantes, deixando-o a beira da estrada quase morto. Após isso, entra no
contexto o sacerdote e o levita que ao verem o homem desviam dele, não
prestando os cuidados necessários. O mestre sendo muito intencional, coloca na
história um samaritano, que ao ver o homem não mediu esforços para ajudá-lo e
tratá-lo.
Muito familiar a nossa história com Deus, quando ninguém nos viu, ninguém
tinha nos amado, Ele insistiu nos ver e amar. Quando os nossos pecados roubavam
a nossa verdadeira identidade, o Senhor não mediu esforços para nos resgatar e
nos fazer viver a nossa melhor versão de filhos dele. Ao colocar o samaritano na
história, Jesus estava apresentando o conceito e favor que Deus fez pro nós, não
sendo merecedores fomos agraciados por sua presença.
Contudo, o que isso interfere em sermos uma igreja simples? A resposta final
de Jesus: "Vá e faça o mesmo". Foi muito claro em dizer o que deveríamos fazer,
poderia ter apresentado toda a Lei e colocar para desempenharmos. Porém, ao
invés disso, deixa o seu principal ensinamento e motivo para acreditarmos e
confiarmos que viver igreja é simples: Amar a Deus ao ponto de amarmos as
pessoas como Ele nos amou.
Portanto, o principal para levarmos essa verdadeira vida igual ao samaritano
é entendermos que não devemos somente fazer para Deus, mas primeiramente
estarmos com Deus. Nunca o nosso fazer substituirá o nosso estar com ele. Visto
que, ao estarmos com Deus, o amor ao próximo será um transbordar inevitável. O
“vá e faça o mesmo” é colocarmos em prática todo o nosso amor por Deus na vida
das outras pessoas.

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