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IGREJA ADVENTISTA CENTRAL DE MANAUS

CLUBE DE DESBRAVADORES VITÓRIA RÉGIA


CLUBE DE LÍDERES VITÓRIA RÉGIA

Livia H. P. D de Araújo Laborda

O LIBERTADOR

O livro O libertador é uma adaptação do livro O Desejado de Todas as


Nações da escritora adventista Ellen White. Nesta adaptação foi escolhido usar
palavras que correspondem ao cenário atual, cativando assim àquele leitor mais
habituado com a fala e linguagem atuais e que ainda não tem proximidade com
os escritos do Espírito de Profecia.

Este livro difere de outros da mesma autora pois ao invés de ser um


compilado de textos ele conta a história de Cristo em formato de narrativa em
tempo cronológico.

Os primeiros capítulos vão descortinar o pano de fundo da batalha


cósmica que culminou na vinda do messias. Como a rebelião de Lúcifer no céu
foi a semente de seu plano maligno de separar o homem de Deus no intuito de
os separar para sempre. Para isso ele corrompeu o conceito de obediência
fazendo com que buscássemos mais a satisfação egoísta dos nossos desejos
do que a obediência ao Criador. Desta maneira o plano da redenção foi traçado
para libertar o homem das correntes do pecado e este plano só poderia ter êxito
se o próprio Filho Unigênito viesse a Terra morrer por nós pecadores e assim
justificar o governo de Deus; o caráter do Pai foi revelado no Filho.

O povo escolhido por Deus para receber seu amado Filho foi Israel; Após
a queda do homem Adão e Eva esperavam que o plano de Deus para a redenção
do homem se cumprisse logo; Abraão recebeu a promessa e a aliança de que
sua descendência seria escolhida para vir o Messias, os hebreus deveriam ser
exemplo entre as nações, ser luz a mostrar as profecias e símbolos que guiariam
a humanidade à Cristo, essa promessa foi passada pelos patriarcas e profetas
ao longo das gerações. Infelizmente esse propósito para o povo eleito não se
tornou realidade.

O povo que deveria ser o arauto de Deus estava tão corrompido não
puderam reconhecer àquele que traria a libertação, não do jugo romano, mas
das prisões do inimigo e assim Satanás quase teve sucesso em seu
empreendimento. Eles tinham tanto orgulho e indignação por estarem nas mãos
de um povo idólatra, além do medo de séculos de cativeiro que estavam mais
preocupados em obter uma libertação temporal do que eterna, assim se
encheram de cerimonias e leis para se “proteger” do castigo divino e ficaram
cegos para conseguir interpretar corretamente as profecias e ver em Jesus seu
tão aguardado Messias. Conquanto não quiseram admitir seu erro e mesmo
esconder seus atos de violência e heresia, os líderes judeus se colocaram como
agentes do diabo na missão alijar o mundo da salvação.

Cristo veio à terra em forma de um frágil e humilde neném que nasceu em


uma família simples de Nazaré. Sem qualquer honra ele nasceu em Belém de
Davi, conforme a profecia. Esse evento tão espetacular para o universo não foi
percebido senão por pastores judeus e magos do oriente que estudaram as
sagradas escrituras e eram íntegros de coração.

Uns dos capítulos mais interessantes para mim é o que fala a respeito da
infância de Cristo. Costumamos focar em seu ministério quando adulto mas
deixamos de considerar que Ele só pode exerce-lo pelo que foi construído
durante esse período em que recebeu educação de sua mãe e não dos rabis, e
em como a vida doméstica divinamente guiada com amor, disciplina, trabalho e
as lições da natureza formaram o caráter do Messias.

Conforme crescia, O Salvador se aprofundava mais e mais no estudo das


sagradas escrituras e desenvolvia hábitos simples que o tornaram imune aos
ensinos distorcidos dos escribas, baseados em tradições do que na Palavra.
Para que seu ministério de fato pudesse começar se fazia necessário que
o caminho fosse preparado e Deus providenciou um arauto, João o Batista, filho
do profeta Zacarias e de Isabel prima da mãe de Jesus. Assim como seu primo,
João teve uma infância teve uma infância simples, mas com educação firme nos
caminhos, e em isolamento na natureza moldou seu espírito e caráter para sua
importante missão: pregar a vinda do messias; para tanto o povo deveria se
arrepender de seus pecados. Desta forma ele foi firme em sua conduta não
aceitando falsas conversões pois percebeu que muitos que buscavam o batismo
tinham interesses puramente egoístas pois não entendiam que o Reino a ser
estabelecido não era o temporal e sim o espiritual.

Após seu batismo O Messias inicia de fato seu ministério, e a autora passa
a apresentar cada evento a partir de então, seus milagres, tentação a escolha e
vida com os discípulos, sua didática de ensino através das parábolas e todas as
facetas culminaram em seu julgamento e morte até sua ressureição e finaliza
com a entrada triunfal do Cordeiro no céu, onde Àquele que foi humilhado e
rejeitado pelos seus, foi recebido com honras e louvor entre os seres celestiais.

O livro como o próprio nome já entrega nos faz imergir na vida daquele
que nos trouxe a libertação de uma vida condenada de pecado e morte para a
vida eterna, para morarmos em um lar já preparado para nós nas mansões
celestiais. Cristo veio ao mundo como sacrifício vivo por nós; seus
contemporâneos o rejeitaram e mataram, mas nós hoje temos a oportunidade de
sermos salvos por Ele e para Ele.

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