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Primeira Epístola aos Coríntios

1 Coríntios (ou Primeira Epístola aos Coríntios) foi escrita por Paulo da


cidade Éfeso (1Crônicas 16:8) próximo ao tempo da Páscoa judaica no
terceiro ano da permanência do apóstolo lá (Atos 19:10; Atos 20:31),
quando ele já tinha decidido visitar a Macedônia e depois voltar
para Corinto (provavelmente em 57 dC).

As notícias de Corinto que chegaram até ele, no entanto, frustraram seu


plano. Ele tinha ouvido falar dos abusos e contendas que surgiram entre
eles, primeiro de Apolo (Atos 19:1), depois de uma carta que lhe
escreveram sobre o assunto, também de alguns da “família de Cloé” e
de Estéfanas e seus dois amigos que o visitaram (1Coríntios 1:11; 16:17).
Paulo então escreveu esta carta, com o propósito de repreender o espírito
faccioso e corrigir os conceitos errados que surgiram entre eles, e reparar
os abusos e práticas desordenadas que prevaleciam. Tito e um irmão cujo
nome não foi dado provavelmente eram os portadores da carta
(2Coríntios 2:13; 8:6, 16-18).

A epístola pode ser dividida em quatro partes:

1 Coríntios 1-4: O apóstolo lida com o assunto das lamentáveis divisões e


disputas partidárias que surgiram entre elas.

1 Coríntios 5-6: Em seguida, ele trata de certos casos de imoralidade que


se tornaram conhecidos entre eles. Eles aparentemente foram
indiferentes aos princípios da moralidade.

1 Coríntios 7-14: Na terceira parte, Paulo discute várias questões


doutrinárias e da ética cristã em resposta a certas perguntas que haviam
feito a ele. Ele especialmente corrige certos abusos notórios em relação à
celebração da ceia do Senhor.

1 Coríntios 15-16:  A parte conclusiva (15; 16) contém uma elaborada


defesa da doutrina da ressurreição dos mortos, que havia sido
questionada por alguns deles, seguida por algumas instruções gerais,
insinuações e saudações.

Esta epístola “mostra o poderoso autocontrole do apóstolo, apesar de sua


fraqueza física, suas angustiantes circunstâncias, seus incessantes
problemas e sua natureza emocional. Foi escrita, conforme nos diz, em
amarga angústia, ‘em muita aflição e angústia de coração…com muitas
lágrimas’ (2Coríntios 2:4), ainda assim ele restringiu a expressão de seus
sentimentos, e escreveu com uma dignidade e santa calma que ele achava
mais apropriada para reconquistar seus filhos errantes. Dá uma imagem
vívida da igreja primitiva…Ela dissipa inteiramente o sonho de que a
igreja apostólica estava em uma excepcional condição de santidade ou
pureza doutrinária”. Nesta epístola, o apóstolo Paulo se abre e aplica
grandes princípios apropriados para guiar a igreja de todas as eras a lidar
com os mesmos problemas e males relacionados possam aparecer.

Esta é uma das epístolas cuja autenticidade nunca foi questionada pelos
críticos de qualquer escola, tamanha a quantidade e objetividade das
evidências de sua origem paulina.

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