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INTRODUÇÃO
Nesta Aula trataremos dos Livros doutrinários do Novo Testamento – as Epístolas Paulinas e Universais, que
correspondem a vinte e um dos vinte e sete livros do Novo Testamento. Como já foi dito na Aula 04, a maioria dessas
Epístolas compõem-se de cartas escritas para certos grupos de crentes. Com frequência abordam problemas específicos que
alguns daqueles grupos estavam enfrentando, ao procurarem seguir a maneira de viver cristã. Ao escrever a esses crentes,
os autores desses livros explicaram as grandes verdades a respeito de Jesus Cristo e Sua obra, se ainda não as haviam
compreendido. Os autores sagrados igualmente descreveram a relação entre os crentes e Cristo, e como os crentes devem
viver como resultado disso. As poderosas mensagens que Deus inspirou que escrevessem não visavam apenas aos primeiros
discípulos, mas também "todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co.1:2).
1. Instruções salvíficas
O apóstolo Paulo, em suas Epístolas, sempre teve preocupação em transmitir à Igreja instruções que a edificassem.
Conforme ele disse, o que recebeu do Senhor entregou à Igreja. Aos crentes de Corinto, disse: “Desta forma, de boa
vontade e por amor de vós, investirei tudo o que possuo e também me desgastarei pessoalmente em vosso favor”
(2Co.12:15). As instruções prevalentes em suas cartas eram salvíficas. Por exemplo:
- Na Epístola Romanos Paulo destaca que “o justo viverá pela fé” (Rm.1:17), e que Cristo nos libertou do pecado
mediante seu sacrifício remidor. Dessa forma, pela fé em Cristo, somos declarados justos (Rm.3:23-25).
- Aos Gálatas, Paulo assevera que ninguém é “justificado pelas obras da lei” (Gl.2:16), e que somente a fé em
Cristo nos liberta do jugo do pecado (Gl.5:1).
- Em 1 Coríntios, ressalta-se a mensagem do “Cristo crucificado” (1Co.1:23), que morreu pelos nossos pecados e
ressuscitou ao terceiro dia (1Co.15:3-4).
- Em 2 Coríntios, frisa-se o “ministério da reconciliação” (2Co.5:18), em que Cristo levou os nossos pecados e nos
reconciliou com Deus (2Co.5:19-21).
Muitos têm uma concepção pobre da inefável salvação consumada por Jesus, o que às vezes reflete uma vida
espiritual descuidada e negligente, onde falta aquele amor ardente e total por Jesus, e a busca constante de sua comunhão.
O saudoso pr. Antônio Gilberto afirmou que “Salvação não significa apenas livramento da condenação do Inferno; ela abarca
todos os atos e processos redentores e transformadores da parte de Deus para com o homem e o mundo através de Jesus,
o Redentor, nesta vida e na outra”. Salvação é o resultado da redenção efetuada por Jesus; redenção foi o meio que Deus
proveu para livrar o homem de seus pecados. Salvação é o usufruto desse livramento. No sentido comum e limitado,
Salvação significa a obra que Deus realiza instantaneamente no pecador que a Ele se entrega, perdoando-o e regenerando-
o. Porém, a Salvação tem sentido e alcance muito mais vasto; assim considerada, significa o pleno livramento da presença
do pecado e suas consequências, o que somente ocorrerá na glória celestial. Nesse sentido, a Salvação alcança também
outras esferas além da humana (Cl.1:20).
A Salvação foi planejada por Deus Pai (Ap.13:8 e 1Pd.1:18-20), Deus Filho consumou-a (João 19:30 e Hb.5:9) e o
Deus Espírito Santo aplica-a ao pecador (João 3:5; Tt.3:5 e Rm.8:2). Tudo por graça (Ef.2:8).
1. As Epístolas de Pedro
- Primeira Epístola. Esta Epístola foi escrita para os cristãos perseguidos, desterrados e espoliados da Ásia Menor.
Pedro escreve aos forasteiros e dispersos do Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia, cinco partes do império romano, todas
elas localizadas na Ásia Menor (atual Turquia). Os cristãos que receberam essa Epistola eram gentios e judeus. Mesmo
perdendo suas casas, suas terras, seus bens e sua liberdade, esses cristãos caminhavam com os pés no vale, mas com o
coração no Céu. Mesmo suportando o fogo da perseguição, esses cristãos eram inundados por alegria indizível e cheia de
glória (1Pd.4:13). A alegria do cristão não provém das riquezas deste mundo nem do reconhecimento das autoridades; ao
contrário, essa alegria é fruto do Espírito (Gl.5:22), é parte integrante de uma pessoa regenerada; ela existe a despeito das
perdas e da perseguição. Não é uma alegria fabricada na terra, mas derramada desde o Céu. Não é uma alegria produzida
pela prosperidade material, mas resultado da herança celestial.
O apostolo Pedro deixa claro que a vida cristã não é indolor. Hernandes Dias Lopes argumenta que o sofrimento faz
parte da jornada do peregrino rumo ao Céu. A cruz precede a coroa, e o sofrimento é o prelúdio da glória. Aqui somos
estrangeiros e forasteiros; não temos pátria permanente aqui; não temos residência fixa aqui. Estamos a caminho da nossa
Pátria celestial. Nossa pátria está no Céu. Nossa herança imarcescível está no Céu. Nessa viagem rumo ao Céu teremos de
suportar o fogo da perseguição. Da mesma forma que o mundo odiou a Cristo, também nos odiará. Esse fogo só pode
depurar-nos, mas não nos destruir. Estamos seguros nas mãos daquele que criou o universo; Ele é poderoso para nos livrar,
nos fortificar e nos fundamentar; Ele é o Deus de toda a graça. Vivemos nele, somo dele e caminhamos para Ele.
- Segunda Epístola. Esta Epístola de Pedro trata de um brado de alerta à Igreja perante a ameaça contemporânea
acerca do perigo dos falsos mestres, que se infiltraram na Igreja e disseminaram suas heresias perniciosas, negando a
divindade de Jesus e a sua segunda vinda (2Pd.2:1; 3:4). Travestidos de ovelhas, eram lobos devoradores. Usando insígnias
de mestres, desviavam as pessoas das veredas da verdade. Pedro alerta sobre o desvio doutrinário desses arautos do
engano (2Pd.1:16,17).
Concordo com Hernandes Dias Lopes que a mensagem de Pedro é absolutamente oportuna em nossos dias. As
velhas heresias estão de volta travestida com novas roupagens. Vale destacar que os hereges não se apresentam como tais;
usam uma máscara de piedade; ostentam a pose de defensores de uma vida cristã mais avançada. Nem sempre atacam as
verdades da fé cristã de forma aberta, mas sempre fazem uma releitura do antigo evangelho e oferecem uma nova
interpretação das verdades clássicas do cristianismo. Misturam evangelho com filosofia e produzem, assim, outro evangelho,
um evangelho híbrido, sincrético, herético. Relativizam as Escrituras, torcem as Escrituras, negam as Escrituras Sagradas. A
heresia é pior que a perseguição; as falsas doutrinas são mais perigosas que o martírio. A sedução do diabo é mais danosa
que a fúria do diabo.
A Igreja de Jesus nunca foi destruída por causa da perseguição; muitos mártires, no passado, selaram com sangue a
sua fé, mas o sangue desses mártires tornou-se a sementeira do evangelho. A heresia, porém, é devastadora; aonde chega,
destrói a Igreja. Não há antídoto contra a heresia. Uma Igreja que se submete à falsa doutrina e se curva à agenda dos
falsos mestres naufraga irremediavelmente. Pedro, em sua epístola, contesta os hereges e suas heresias, ratifica que Jesus
é o Filho de Deus (2Pd.1:16,17) e anima a Igreja a manter-se imaculada até a volta do Senhor Jesus (2Pd.3:14).
2. As Epístolas de João
As Epístolas de João são três: 1, 2 e 3 João. Estas três Epístolas têm uma mensagem solene e urgente para a Igreja
contemporânea. Os problemas que motivaram o apóstolo João a escrevê-las ainda atingem a Igreja hoje. Os tempos
mudaram, mas o ser humano é o mesmo. Os problemas podem ter aspectos diferentes, mas em essência são os mesmos.
O contexto das três Epístolas mostra uma Igreja assediada pelos falsos mestres. Muitos desses falsos mestres
saíram de dentro da própria Igreja (1João 2:19), e se corromperam teológica e moralmente. O apostolo Paulo havia alertado
para essa possibilidade (Atos 20:29,30). Como bem diz Hernandes Dias Lopes, a heresia é nociva; ela engana e mata. Não
podemos ser complacentes com o erro. Não podemos tolerar a mentira. Não podemos apoiar a causa dos falsos mestres.
1 João. A Primeira Epístola foi escrita com o propósito de dar garantia aos que creram em Cristo acerca da certeza
da salvação (1João 5:13). João adverte aos crentes sobre o falso ensino que negava a encarnação de Jesus (1João 1:1;
4:2,3) e as demais heresias gnósticas (1João 5:13-21). Aquele que nega que Jesus veio em carne e nega que Jesus é o
Cristo não procede de Deus. Esse é o enganador e o anticristo. Ninguém pode se considerar cristão negando a encarnação
de Cristo. Ninguém pode ser salvo negando a doutrina da natureza divino-humano de Cristo. Jesus Cristo não é meio Deus e
meio homem; Ele é Deus-Homem. Ele é o verdadeiro Deus (1João 5:20).
O apóstolo João deixa claro que o ensino gnóstico acerca de Jesus estava absolutamente equivocado. Os gnósticos
faziam distinção entre o Jesus histórico e o Cristo divino. Para eles, o Cristo veio sobre Jesus no batismo e saiu dele antes da
crucificação. O ensino gnóstico era uma perversão da verdade, uma heresia que a Igreja deveria rechaçar. Ainda nesta
primeira Epístola, João explica que o salvo deve viver em comunhão com os irmãos (1João 1:6,7); deve afastar-se da prática
do pecado (1João 2:1; 3:7); deve amar uns aos outros (1João 4:11); e deve vencer o mundo por meio da fé (1João 5:4).
2 João. Esta Carta foi escrita com o propósito de alertar a Igreja acerca da necessidade de se viver à luz da
verdade. Verdade é a palavra que rege não só o início da Carta, onde João usou-a três vezes (2João 1:1-3), mas toda a
Carta. A Igreja estava sendo bombardeada pelos falsos mestres; eles saíram de dentro da Igreja (1Joao 2:19),
abandonaram a são doutrina e se converteram em agentes do anticristo. João se preocupa com a situação e exorta a Igreja
a perseverar na doutrina de Cristo (2João 1:9). Muitas heresias estavam sendo espalhadas por esses falsos mestres e a
Igreja precisava se acautelar para não naufragar na fé (2João 1:7,8; 2:19). Conhecer a verdade, andar na verdade e
permanecer na verdade são as orientações de João à Igreja para não sucumbir diante deste cerco dos falsos mestres.
3 João. Esta Carta foi escrita para advertir sobre os falsos líderes. Esta Carta fala sobre três homens: Gaio,
Diótrefes e Demétrio (3João vv.1,9,12). João destaca-se a fidelidade de Gaio e Demétrio (3João vv. 5-8,12) e a reprovação
do mau testemunho de Diótrefes (3João vv. 9,10). Diótrefes, nas palavras de Hernandes Dias Lopes, era um líder soberbo
em vez de ser um líder servo. Ele queria ser o maior, em vez de ser servo de todos. Ele buscava a honra de seu próprio
nome, em vez de buscar a glória de Cristo. No caráter e na conduta, Diótrefes era inteiramente diferente de Gaio. Ele se
amava mais do que aos outros. Seu “eu”, e não Cristo, estava no trono de sua vida. Seu “eu” vinha sempre na frente dos
outros. Ele buscava os seus interesses e não os de Cristo. Ele buscava não os interesses dos irmãos, mas o seu próprio. Ele
construía monumentos a si mesmo, em vez de buscar a glória de Deus. A atitude de Diótrefes era oposta à de João Batista:
“convém que ele [Cristo] cresça e que eu diminua” (João 3:30). Por ser amante dos holofotes, e gostar de ser o primeiro em
tudo, Diótrefes via o apóstolo João como uma ameaça à sua posição. A rejeição possivelmente não era doutrinária, mas
pessoal. Seu problema não era heresia, mas egoísmo. Diótrefes queria ser o centro das atenções. Ele olhava para João como
um rival a quem rejeitar, e não como um apóstolo de Cristo, a quem acolher. Diótrefes recusou receber João (v.9), mentiu
sobre João (v.10a) e rejeitou os colaboradores de João (v.10b).
Hernandes Dias Lopes afirma que Satanás estava encontrando brecha na Igreja por intermédio de Diótrefes, uma
vez que ele estava operando sobre a base do orgulho e da autoglorificação, as duas principais armas do diabo. O orgulho e
a soberba são pecados intoleráveis aos olhos de Deus. Deus resiste ao soberbo. Na Igreja de Cristo, todos estamos
nivelados no mesmo patamar - somos servos. Na Igreja de Cristo não existe donos ou chefes. Não Igreja de Cristo não
existe culto à personalidade. Na Igreja de Cristo não há lugar para se colocar líderes no pedestal. Na Igreja de Cristo não há
lugar para líderes ditadores. Diótrefes era um líder arrogante e ditador. Ele impunha sua liderança pela força e pela
intimidação. Sua vontade era a lei na Igreja. Ninguém podia ocupar o seu espaço. Ele via cada pessoa que chagava à Igreja
como uma ameaça à sua liderança. Foi por esta razão que ele não deu acolhida ao apóstolo João. Que Deus nos guarde de
líderes desta estirpe!
2. A doutrina da santificação
A doutrina da santificação implica uma vida separada do pecado (1Pd.1:15,16). A santificação é parte integrante da
vida cristã, e o cristão que não deseja a santificação está perdendo o temor a Deus. Como Deus deseja também nos auxiliar
no processo de santificação, Ele nos dá o seu Santo Espírito para habitar em nós e nos orientar nesta separação do mundo,
ou seja, separação do pecado, não dos pecadores. A vida cristã somente pode progredir e se desenvolver se houver
separação do pecado, o que deve ser buscado até o dia do arrebatamento da Igreja. Mas, é bom ressaltar que a
Santificação é um processo de desenvolvimento espiritual, auxiliado pelo Espírito Santo, para que o homem possa prestar
verdadeiro culto (serviço) ao Pai (Rm.12:1). Segundo a Bíblia, o propósito da santificação é que o velho homem deixe de
viver e Cristo viva nele. Após sermos justificados, o Senhor trabalha em nós e por nós, na obra de preparar-nos para o Céu;
isto é santificação.
A santificação começa por ocasião da conversão, e continua através de toda a vida do crente. É o gradual
desenvolvimento de um caráter semelhante a Cristo, produzido pela submissão do crente à graça de Deus. Abrange todo o
momento da vida, e é de importância progressiva. Significa perfeito amor, obediência e perfeita conformidade à vontade de
Deus. O escritor aos Hebreus exorta que sem santificação ninguém verá o Senhor (Hb.4:12).
3. A doutrina da glorificação
A glorificação é a última etapa do processo da salvação. Ao contrário do que muitos pensam, a salvação não é um
ato único, um instante isolado, mas envolve todo um processo, ou seja, uma sequência de atos, com origem em Deus.
Tanto a salvação é um processo, que o próprio Jesus nos ensina que é preciso “perseverar até o fim” para que seja salvo
(Mt.24:13), isto é, é preciso uma continuidade, uma constância até o instante final da nossa permanência nesta dimensão
terrena, onde fomos postos pelo Senhor, por Sua misericórdia, para termos a chance e oportunidade de sermos salvos. Está
escrito: “Ora, se somos filhos, somos também herdeiros, herdeiros de Deus e coerdeiros com Cristo; se com ele sofremos,
também com ele seremos glorificados” (Rm.8:17). O processo de salvação se dá na seguinte sequência de atos:
- Primeiro, o arrependimento. O reconhecimento de que se é pecador e que é preciso mudar seu
comportamento diante de Deus. Jesus, ao iniciar a pregação do Evangelho, não tinha outra mensagem senão “Arrependei-
vos e crede no Evangelho” (Mc.1:15).
- Segundo, a Conversão. É a mudança de direção na vida. O homem, quando se arrepende, muda a sua
concepção a respeito da vida, modifica seus desejos, seus sentimentos e seus pensamentos; reconhece que Deus deve
governar a sua vida e que deve, a partir daquele momento, passar a agradar a Deus. A atuação do Espírito Santo é
indispensável para que o homem seja convencido do pecado, da morte e do juízo e, assim, resolva se arrepender dos seus
pecados e mudar a direção da sua vida, que é o que denominamos de "conversão".
- Terceiro, o Perdão dos pecados. Quando nos arrependemos e cremos que Jesus é o nosso único e suficiente
Senhor e Salvador, temos os nossos pecados perdoados (At.10:43).
- Quarto, a Regeneração ou Novo Nascimento. É um ato divino através do qual a criatura humana experimenta
uma mudança radical no seu interior. É a única maneira pela qual o “homem velho”, morto em ofensas e pecados pode
voltar a viver para Deus.
- Quinto, a Justificação. Após ser regenerado ou nascido de novo, o homem é declarado justo por Deus, ou seja,
o castigo que merecia receber pelos seus pecados é atribuído a Cristo e, por causa disto, o homem fica sem pecado algum,
é absolvido, ou seja, é declarado justo diante de Deus.
- Sexto, a Adoção de filhos. A Regeneração e a Justificação tornam-nos filhos de Deus (João 1:12). Como
deixamos de ter pecados, como passamos a ser considerados justos, como passamos a ter comunhão com Deus, recebemos
o poder de sermos filhos de Deus, herdeiros de Deus e coerdeiros de Cristo (Rm.8:17).
- Sétimo, a Santificação. Santificação significa apartar-se do mal. É condição necessária para desfrutar-se da
comunhão com Deus. Deus é santo, e seu povo há de ser santo também. A exortação de Deus é: “santificai-vos e sede
santos, pois eu sou o SENHOR, vosso Deus. E guardai os meus estatutos e cumpri-os. Eu sou o SENHOR que vos santifica”
(Lv.20:7,8).
- Oitiva, a Glorificação. Este ato divino ocorrerá quando Jesus voltar para arrebatar a Sua Igreja. Quando do
arrebatamento da Igreja, o Senhor Jesus completará o processo da salvação. Aqueles que dormiram no Senhor, ou seja,
mantiveram-se em santidade até o instante de sua morte física, ressuscitarão primeiro e receberão um corpo glorioso. Os
que estiverem vivos naquela oportunidade, serão transformados e, assim, todos atingirão o estágio final da salvação: a
glorificação (1Co.15:51-57). Por isso as Escrituras nos dizem que Cristo é as primícias dos salvos (1Co.15:20), pois foi o
primeiro a ressuscitar e a receber a glorificação que nós também receberemos naquele grande dia (1Co.15:23).
CONCLUSÃO
As Epístolas são eminentemente livros doutrinários, divinamente inspirados e que representam quase 80% do cânon
do Novo Testamento. Ao escrever essas Epístolas, os autores explicaram as grandes verdades a respeito de Jesus Cristo e
Sua obra. Os autores sagrados igualmente descreveram a relação entre os crentes e Cristo, e como os crentes devem viver
como resultado disso. As poderosas mensagens que Deus inspirou que escrevessem não visavam apenas aos primeiros
discípulos, mas também "todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo" (1Co.1:2). Portanto,
elas continuam a instruir o povo de Deus, a formar o caráter do crente salvo em Jesus, e a preparar a Igreja para a vinda do
Senhor.