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MODERNA
Lutero se preocupou com o aspecto religioso, pois sua proposta era um retorno
às origens, às fontes do cristianismo e por assim ser a Bíblia era o principal ponto a ser
interpretado. O teólogo entendia que todos deveriam ler as sagradas escrituras, pois não
deveria haver nenhum tipo de intermediário entre Deus e o homem. Compreendia que
os membros da Igreja não tinham uma relação especial com Deus e o perdão não seria
alcançado por meio da prática de rituais religiosos desenvolvidos pela Igreja. A
redenção dos pecados seria conseguida gratuitamente ao homem por meio
exclusivamente de sua fé e por assim ser, o pagamento por obras não deveria ocorrer
(FERRAZ JÚNIOR, 2009).
O movimento pode ser observado tanto na política como juridicamente.
Durante a Idade Média, o direito foi pensado como algo baseado em uma lei natural
divina, e o Estado, que precisava do direito para sua existência, por consequência,
também dela derivava. Qual a alteração de paradigma o Estado começa a se justificar na
razão humana, e o Direito Natural também se torna algo de origem humana e não mais
divino.
Outra figura importante para a alteração desse paradigma é Nicolau Maquiavel,
fundador da ciência política. Ao observar o homem do seu tempo e compará-lo com os
antigos, em especial, os romanos, o filósofo constatou que o homem age de forma
corrupta e violenta. Constata, então, que a natureza humana o faz capaz de agir por mal
e do erro, e assim, a ação política é aquela em que se age, mas não se costuma falar
(FERRAZ JÚNIOR, 2014).
A política se torna autônoma, pois se separa tanto da ética como da religião, e é
estudada conforme suas próprias especificidades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BONAVIDES, Paulo. Curso de Direito Constitucional. 1ª ed..São Paulo: Malheiros,
2019.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. A ciência do Direito. 3ª ed. São Paulo: Atlas,
2014.
FERRAZ JUNIOR, Tércio Sampaio. Estudo de filosofia do Direito. 3ª ed. São Paulo:
Atlas, 2009.
REALE, Miguel. Filosofia do Direito. 20ª ed. São Paulo: Saraiva, 2013.