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CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA –

ENSINO FUNDAMENTAL

POSTAGEM 2: ATIVIDADE 2

PROJETO DE INTERVENÇÃO DIDÁTICA

SUPER LEITORES

Ana Vitória de Souza Flaquetta - 1845196

Telma Martins de Lima - 1854981

UNIP Universidade Paulista Santa Fé – PR

2019
INDICE

1. Tema ----------------------------------------------- 03
2. Situação Problema ----------------------------- 03
3. Justificativa --------------------------------------- 04
4. Embasamento Teórico ------------------------ 05
5. Público Alvo -------------------------------------- 07
6. Objetivo Geral ----------------------------------- 08
7. Objetivos Específicos -------------------------- 08
8. Percurso Metodológico ------------------------ 09
9. Recursos ------------------------------------------ 09
10. Cronograma ------------------------------------- 10
11. Avaliação ----------------------------------------- 11
12. Produto Final ------------------------------------ 11
13. Referências -------------------------------------- 12
1. Tema

Leitura

2. Situação-Problema

É possível ensinar leitura? Não apenas dar aulas sobre a decodificação das
palavras – "ensinar a ler" – como se costuma dizer, empregando mal a palavra
ensino, porque na verdade este não é um ato que prenuncia a mudança, como
deveria ser na vida dos leitores.

Alves (2002) diz que a escola insiste em estragar a leitura. Que ela deve ser
"uma coisa solta, livre, sem relatórios e compromissos" e que o professor deve,
antes de tudo, seduzir. Ninguém nasce gostando de ler. O prazer e o gosto
pela leitura são despertados em nós alguém. Ele não nasce conosco. Daí, a
importância do professor no processo ensino-aprendizagem da leitura.

Segundo Rubem Alves (2002, p. 45): "ensinar é uma tarefa mágica, capaz de
mudar a cabeça de pessoas, bem diferentes de dar aulas".

A tônica no ensino de língua está no texto. O gosto pela leitura precisa ser
restaurado na escola não como tarefa obrigatória, mas como mecanismo de
transporte imaginário e construtor de novas mentalidades. No ensino da leitura
como o agente formador de uma nova mentalidade, o professor precisa estar
atualizado e reorganizar seu próprio conhecimento para compreender o
processo de transformação que ocorrerá na concepção de cada criança. Visto
que, a leitura possibilita a criança descobrir o mundo imenso dos conflitos, dos
impasses, das soluções que todos vivermos e atravessamos. Nesse sentido,
ouvir ou ler histórias inicia a criança no processo de construção da linguagem,
ideias, valores e sentimentos aos quais ajudarão a criança na sua formação
cultural como pessoa e cidadão.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998, p. 36) registram que: Não se
formam bons leitores oferecendo materiais empobrecidos, justamente no
momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. As pessoas
aprendem a gostar de ler quando, de alguma forma a qualidade de suas vidas
melhora com a leitura.

No âmbito desta abordagem, fica evidente que os recursos didáticos e


procedimentos devem viabilizar e enriquecer a forma como se procede a uma
atividade, seja ela individual ou coletiva, com intuito de facilitar à criança
desenvolver seus próprios esquemas mentais na organização do processo de
aprendizagem.

Acreditamos que a leitura tem um papel importante na nossa vida, que é


através dela que organizamos nossas ideias e nos fazemos criar, recriar visões
de mundo, assim à contribuição central do nosso projeto é que os alunos
percebam essa importância de forma prazerosa e interativa.

3. Justificativa

O referido projeto surgiu após a observação da postura dos alunos diante da


leitura, percebendo-se que eles têm um enorme gosto por essa atividade.
Partindo desse contexto, pretendemos trabalhar leituras orais e escritas de
forma significativa e prazerosa. A leitura parte do interesse do aluno, mas as
atividades para desenvolver devem ser trabalhadas de formas variadas. O
estudo faz-se necessário, pois a partir dele os alunos serão estimulados
espontaneamente a construir, modificar e relacionar ideias, interagindo com
outros e com o mundo. A leitura só desperta o interesse quando interage com o
leitor, quando faz sentido e trás conceitos que se articula com as informações
que já possui. Com a leitura, há possibilidades dos alunos se afastarem dos
atos violentos, levando-os a serem mais críticos e tendo uma visão mais ampla
sobre a sociedade.
O objetivo deste estudo é despertar a sensibilidade e o prazer pela leitura,
levando o educando a refletir sobre seus atos, possibilitando que eles
participem de situações de comunicação oral e escrita, como contar e recontar
histórias, podendo também escreve-las. Formar leitores é algo que requer
condições favoráveis, não só em relação aos recursos materiais disponíveis,
mas, principalmente, em relação ao uso do que se faz deles nas práticas de ler
é, também, um modo de produzir sentidos. Assim, este Projeto tem a finalidade
de despertar, nos educandos, o gosto pela leitura, o pensamento crítico,
interpretação de textos e pela escrita convencional. Cabe ao professor, então,
realizar-se no universo de cada um deles, respeitando seus interesses,
despertando a criatividade, dando-lhes a mesma oportunidade de tentar novas
experiências que resultem em aprendizado, através da fala ou da escrita para
assim, poder integrar-se no contexto social em que vivem.

Logo, o projeto “SUPER LEITORES” justifica-se pela intenção de proporcionar


aos nossos alunos condições reais de interação com o mundo letrado, e que
esses descubram o prazer e a emoção da leitura.

4. Embasamento Teórico

A aprendizagem da leitura constitui uma tarefa permanente que se enriquece


com novas habilidades na medida em que se manejam adequadamente estes
textos cada vez mais complexos. Por isso, a aprendizagem da leitura não se
restringe ao primeiro ano de vida escolar. Atualmente, sabe-se que aprender a
ler é um processo que se desenvolve ao longo de toda a escolaridade e de
toda a vida. (Zilberman, 1988, p.13).

Segundo Ferreiro e Teberosk (1991, p.26) as crianças antes da sua entrada


para a escola, já tem construções mentais sobre a leitura e a escrita e não se
limitam a receber passivamente os conhecimentos.
De acordo com as autoras, a criança que chega à escola já é um “bom” leitor
do mundo. Desde muito nova começa a observar, a antecipar, a interpretar e a
interagir, dando significado aos seres, objetos e situações que a rodeiam. Ela
utiliza estas mesmas estratégias de busca de sentido para compreender o
mundo letrado.
Ainda para as autoras, essa aprendizagem natural da leitura deve ser
considerada pelo professor e incorporada as suas estratégias de ensino, com o
fim de melhorar a qualidade desse processo contínuo iniciado no momento em
que a criança é capaz de captar e atribuir significado as coisas do mundo.
Assim, é a ação de ler o mundo em que a criança enfrenta progressivamente
numerosos e variados textos.

O trabalho de leitura, na escola, tem por objetivo levar o aluno à análise e à


compreensão das ideias dos autores e buscar no texto os elementos básicos e
os efeitos de sentido. É importante que o leitor se envolva, se emocione e
adquira uma visão dos vários materiais portadores de mensagem presentes na
comunidade em que se vive. (Zilberman, 1988, p.18).

A leitura é uma atividade cognitiva que implica o envolvimento do sujeito na


busca e compreensão de significados.
O ato de ler vai além da simples decodificação de signos. A decodificação é
apenas um procedimento para a leitura. Portanto, ler refere-se à construção de
significados, à interpretação do que está sendo sugerido explícita e
implicitamente às relações estabelecidas com outros textos já lidos. Diante
disso, faz-se necessário a interação das informações textuais com as
informações que o leitor já possui, considerando as experiências e leituras
anteriores.

Kramer e Leite (1998, p. 61), enfatizam que:


[...] alfabetização é um processo de representação que envolve substituições
gradativas (ler um objeto, uma figura ou desenho, uma palavra) onde o objetivo
primordial é apreensão e compreensão do mundo, desde o que está mais
próxima a criança, ao que está mais distante, visando à comunicação, a
aquisição do conhecimento, a troca [...]
A prática da leitura deve privilegiar as situações em que o aluno tenha acesso
às diferentes modalidades textuais, tais como (textos informativos, poéticos,
publicitários, lúdicos, instrucionais...), compreendendo a função a que se
destina e o que o constitui. Portanto o texto deve ser explorado nas suas
diversas finalidades para o prazer de ler, para a busca de informações e para
sistematização dos aspectos estruturais da língua.
Segundo (KATO, 1986): Sabemos que nos atos de leitura estão sempre
presentes dois elementos observáveis; a pessoa que lê e o objeto que está
sendo lido. A presença dos dois, entretanto, não basta para assegurar que um
ato de leitura esteja sendo efetivado. É necessário que a pessoa atue de
determinada maneira sobre o objeto para que sinais externos de realização do
ato sejam captados como intensificadores do processo de leitura. Além de
interpretar os índices da ação de ler, é também necessário que o objeto com o
qual o leitor interage seja intensificado como algo que pode ser lido ou algo que
serve para ler.

É imprescindível enxergar com novos olhos o universo mágico e encantador da


leitura em sala de aula e, consequentemente, entendendo-se toda a prática
cotidiana do aluno.
Embasada nessa concepção, destaco que à análise e o questionamento no ato
de ler é algo de vital importância no processo de alfabetização, pois possibilita
e viabiliza o aluno, o acesso às leituras condizentes com o seu meio e com
todas as suas diferenças. A partir desse processo decorrerá à devolução das
linhagens ao educando, que muitas vezes, se rebela e resiste a receber
conteúdos aplicados em sala de aula, pois o mesmo não consegue ver sentido
em sua vivência prática. Portanto, a prática da leitura deve ser mostrada com
prazer e alegria, e não como via pura e simplesmente obrigatória de conteúdos
frios e distantes do contexto em que o educando está inserido.

5. Público Alvo

Ensino Fundamental (3ºano).


6. Objetivo Geral

Desenvolver habilidades relacionadas à leitura, interpretação e produção de


texto estimulando no educando o gosto pela leitura e escrita, ampliando o
conhecimento linguístico e cultural dos mesmos, contribuindo dessa forma, na
formação de valores e para a construção da cidadania.

7. Objetivos Específicos

 Despertar o interesse e o gosto pela leitura e escrita estimulando o


hábito diário da leitura.
 Ampliar o repertório literário dos alunos por meio da leitura diária.
 Conhecer e identificar textos diversos (literários e não literários)
 Identificar e relacionar os diversos gêneros literários.
 Possibilitar um maior contato entre criança e livro.
 Desenvolver atividades interdisciplinares, dialogando com as mais
diversas áreas do conhecimento, levando a percepção de que o
desenvolvimento de habilidades de leitura e escrita é uma atribuição de
todos.
 Possibilitar momentos de integração e interação com outras salas como
a de informática através da divulgação dos acervos literários da sala de
leitura e etc.
 Divulgar e criar campanhas para estimular os empréstimos de livros.
 Relacionar os textos lidos com a vida diária.
 Promover momentos de socialização levando o educando a expressar
seus sentimentos, experiências, ideias e opções individuais (elaboração
do contrato didático).
 Proporcionar aos educandos leituras literárias e oficinas de redação,
para o desenvolvimento da oralidade e da produção textual.
 Desenvolver o senso crítico a partir dos livros lidos e relidos.
8. Percurso metodológico

 Roda de conversa para explicar a importância e o funcionamento do


projeto.
 Visita a uma biblioteca e conhecer o funcionamento dos empréstimos e
a responsabilidade com o cuidado do livro.
 Promover palestras para os alunos e os pais orientando sobre a
importância de estar sempre lendo.
 Distribuição de livros para os alunos.
 Produção de seu próprio livro.

9. Recursos

Recursos humanos: disponibilizaremos para a realização do plano de ação a


participação ativa dos alunos, dos pais, da colaboração da direção e de toda a
equipe pedagógica.

Recursos materiais:

 Utilização de todo o material didático disponível (livros, cartazes,


revistas, quebra-cabeça, jogos educativos, aparelho de som, rótulos e
materiais para colagens);
 Diálogos e debates;
 Atividades em grupos e individual;
 Recreação, ilustração e músicas;
 Leitura coletiva e individual;
 Atividades impressas e coloridas;
 Caça-palavras e cruzadas;
 Soletração de palavras;
 Recortes e colagens.
10. Cronograma

PERÍODO ATIVIDADES

09 de março a  Roda de conversa em sala de aula para explicação do projeto;


10 de abril.  Palestra aos alunos e pais, para orienta-los sobre a continuidade
do projeto de leitura em casa com livros que serão entregues pela
escola;
 Visita a uma biblioteca;
 Empréstimo de livros paradidáticos da biblioteca para realização
de leituras. Divulgação dos acervos literários para o empréstimo
de livros;
 Conhecer e identificar textos diversos (literários e não literários);

13 de abril a  Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.


15 de maio.  Produção de texto através da escrita e do desenho. Atividades
práticas (jogos pedagógicos, músicas, brincadeiras, dramatização,
etc.);
 Aula expositiva, demonstrativa e dialogada, propiciando
discussões, debates e maior participação dos alunos, buscando
sempre relacionar os textos lidos com o cotidiano;
 Atividades compartilhadas de leitura de situações problemas com
colegas;

18 de maio a  Ler um livro infantil em voz alta, dramatizando o mais possível às


19 de junho. vozes das personagens, a fim de que o aluno perceba que há
variações nas vozes quando se faz uma pergunta, quando se
exclama, quando há ódio, amor, inveja, etc;
 Teatro de fantoches abordando temas transversais;
 Criar textos escritos em dupla ou individualmente e apresentá-los
aos demais colegas sob forma de seminário;
 Reescrever textos lidos e ouvidos;
 Exposição das atividades para a comunidade.
11. Avaliação
O trabalho será avaliado continuamente, ou seja, de forma processual e
direcionado de acordo com o ritmo do aluno, levando em consideração os
seguintes aspectos: assiduidade, pontualidade, iniciativa, interesse,
participação nas discussões e crítica das leituras realizadas, envolvimento nas
atividades de classe e extraclasse, tendo como instrumento de avaliação a
exposição dos trabalhos e a culminância precedida de apresentações.

12. Produção Final

A leitura e a escrita são atividades essenciais em todos os níveis educacionais,


pois permite que o ser humano possa comunicar-se com os outros, adquirir
diferentes pontos de vista sobre determinado assunto e expandir novas
experiências, bem como promover a sua transformação e a do mundo.

A leitura propicia no educando o interesse em escrever, aumenta a autoestima


e propicia tornar-se um sujeito crítico, participativo e atuante na sociedade.
Portanto, para que aconteçam mudanças significativas na educação, é
imprescindível que todos os envolvidos nesse processo se empenhem em
promover a educação, visando o pleno desenvolvimento intelectual, social e
cognitivo dos educandos, formando assim, cidadãos críticos, reflexivos,
comprometidos e responsáveis pela construção de uma sociedade mais
humana e justa.

Produção de texto através da escrita e do desenho, criando seu próprio livro. E


exposição das atividades realizadas.
13. Referências

ALVES, Rubem Alves. A Alegria de Ensinar. ARS Poética. ed. LTDA, 1994.

BATISTA, Rafael. "Importância da leitura"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/ferias/a-importancia-leitura.htm. Acesso em 15
de outubro de 2019.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua portuguesa. Brasília:


1998.

CAGLIARI, L. C. Alfabetizando sem o Bá-Bé-Bi-Bó-Bu. São Paulo: Scipione,


1998.

FERREIRO, Emilia; TEBEROSKY, Ana. Psicogênese da língua escrita. Porto


Alegre: Artes Médicas, 1989.

KATO, M. A. No mundo da escrita: uma perspectiva psicolinguística. São


Paulo: Ática, 1986.

KRAMER, Sonia e LEITE, M.I. Infância e Produção Cultural. Campinas:


Papirus, 1998.

TEBEROSKY, A.; L. T. – Além da alfabetização, 4ª. Ed., São Paulo, Ática,


1996.

ZILBERMANN. R. A leitura e o ensino da literatura. 2. ed. São Paulo: Cultrix.


1988.

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