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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

FACULDADE DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA E INFORMÁTICA

CURSO

CIÊNCIAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA

TEMA
ESPAÇOS COMUNS: GESTÃO DE ESPAÇOS COMUNS, USO E ORGANIZAÇÃO
DE UMA BIBLIOTECA TRADICIONAL E VIRTUAL, CONCEPTUALIZAR E
COMO ORGANIZAR UMA BIBLIOTECA INDIVIDUAL.

DISCENTES:

Leila Manuel Sambo

Manuel António Melembe

Robson Rafael Thomas

Shelcia Bento Nhamtumbo

Tiago Júnior

DOCENTE:

Npaicua Sande

Maputo, Junho 202


CIG UEM Pós-laboral, 1° Ano 2022

Índice
Introdução ....................................................................................................................... 3

Espaço ............................................................................................................................... 4

O uso de espaços comuns ............................................................................................. 4

Tipos de espaços ........................................................................................................... 5

A biblioteca....................................................................................................................... 5

Biblioteca na Antiguidade............................................................................................. 7

Bibliotecas na atualidade ........................................................................................... 8

Tipologias de bibliotecas .................................................................................................. 9

Bibliotecas tradicionais ................................................................................................. 9

Biblioteca Pública ......................................................................................................... 9

Biblioteca Universitária .............................................................................................. 11

Biblioteca Especializada ............................................................................................. 11

Biblioteca digital e virtual ........................................................................................... 12

Organização de uma biblioteca tradicional e virtual ...................................................... 13

Formato ....................................................................................................................... 13

Conceptualização de como organizar uma biblioteca individual ................................... 14

ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: ação inerente ao ser humano ......................... 14

SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: conceitos, história e tipos ................................... 16

Classificações Bibliográficas ........................................................................................ 18

Conclusão ....................................................................................................................... 22

Bibliografia .................................................................................................................... 23

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1. Introdução

Encontrar uma definição única para espaço, ou mesmo para território, relata Milton
Santos, é tarefa árdua, pois cada categoria possui diversas acepções, recebe diferentes
elementos de forma que toda e qualquer definição não é uma definição imutável, fixa,
eterna; ela é flexível e permite mudanças. Isso significa que os conceitos têm diferentes
significados, historicamente definidos, como ocorreu com o espaço e com o território. Em
Por uma geografia nova (1978), o conceito de espaço é central e compreendido como um
conjunto de formas representativas de relações sociais do passado e do presente e por uma
estrutura representada por relações que estão acontecendo e manifestam-se através de
processos e funções. “O espaço é um verdadeiro campo de forças cuja formação é
desigual. Eis a razão pela qual a evolução espacial não se apresenta de igual forma em
todos os lugares”. (Santos). No presente trabalho o grupo ira abordar sobre a definição do
espaço, os seus espaços comuns: gestão de espaços, uso e organização de uma biblioteca
e virtual, conceptualizar e como organizar uma biblioteca virtual, o espaço admite várias
acções. A principal diz respeito a extensão que contem a matéria existente.

Biblioteca é um espaço físico em que se guardam livros, dispostos ordenadamente para


estudo e consulta. É a coleção de livro

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2. Espaço

O espaço pode ser definido como a Área que esta no intervalo entre limites, lugar vazio
que pode ser ocupado, lugar mais ou menos delimitado, cuja área (maior ou menor) pode
conter alguma coisa.
O espaço pode ser formado por um conjunto indissociável, solidário e também
contraditório de sistemas de ações, não considerados isoladamente, as como o quadro
único no qual a história se da, sendo formado por objetos e por ações, ele se insere e se
estrutura a partir da logica de produção, em que objetos naturais proporcionam um espaço
natural, que por meio das técnicas, transforma-se em objetos tecnológicos que modificam
e são modificados pelo meio.

2.1. O uso de espaços comuns

Espaços comuns são as áreas compartilhadas entre os moradores de um edifício ou


condomínio, tais como, área das escadas, corredores, áreas de lazer.

O uso das áreas comuns, como o próprio nome diz, é permitido a todos. Entretanto deve
haver regras de reserva e limpeza dos espaços, que garantam a boa convivência e
conservação de espaços.

Ao solicitar o uso de determinado local, é importante que receba e assine um termo de


compromisso para que fique ciente das normas e que está sujeito a multa, caso ele ou um
de seus convidados descumpra alguma regra.

O uso desse tipo de espaço deve ser regulamentado pelo regimento interno, ter as regras
bem determinadas e acessíveis em circulares, quadros de aviso e no próprio local. Além
disso, a reserva é fundamental para evitar atritos.

Algumas dicas para manter a boa convivência são:

• Valor de uso – caso exista alguma taxa de reserva ou cancelamento, os valores


devem ser determinados e aprovados em assembleia;

• Uso por inadimplente – o devedor da taxa pode ser vetado de usar espaços que
dependem de pagamento para sua utilização;

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• Vistoria – o morador que deseja usar o espaço e o responsável pela reserva devem
vistoriar juntos o local antes e depois do uso, tendo que arcar com tudo o que for
danificado;

• Destino dos valores – os valores de taxa de utilização dos espaços devem ser
destinados à melhoria e manutenção dos próprios locais;

• Sorteio e reservas – em datas comemorativas, como Natal e Ano Novo, o


regimento interno é que determinará como será feita a reserva, já que a procura
tende a ser maior. Uma solução é sortear a data entre os interessados;

• Limpeza – caso não haja uma taxa de limpeza, deve-se entregar o espaço limpo;

• Horário – o horário de utilização deve estar contido nas regras de uso e ser
respeitado, sob pena de multa.

2.2. Tipos de espaços

Espaço pode referir-se a:

• Espaço educativo — espaço pensado para promover o aprendizado através da


interação do educando com o espaço físico.
• Espaço geográfico — qualquer região ou fração de espaço do planeta.
• Espaço público — meio físico que é de uso comum e posse coletiva.

3. A biblioteca

“A palavra biblioteca vem do grego abiblioteque, através do latim bibliotheca, tendo


como raiz biblion e theke”.
Conforme Fonseca (2007, p. 48), “a primeira significa livro e a segunda significa qualquer
estrutura que forma um invólucro”. Muitas são as definições adotadas para biblioteca.
Segundo a Wikipédia (2011), “o termo biblioteca diz respeito a um espaço, que pode ser
físico, virtual ou híbrido, que se destina a armazenar uma coleção de informações de
quaisquer tipos, sejam escritas em folhas de papel, digitalizadas ou armazenadas em
outros tipos de materiais, tais como CD, fitas, VHS, DVD, e bancos de dados”. Para
Milanesi (2002, p. 9-10), as bibliotecas, sejam elas consideradas físicas ou virtuais, com

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objetivo preservar e organizar os registros do “pensamento humano”, expressos nos mais


variados suportes, a fim de que, através dos “serviços a elas vinculados”, estes “registros
possam ser perfeitamente localizáveis”. As bibliotecas são “preservadoras e geradoras de
conhecimento”, sendo “um local onde está arquivado um conjunto de ‘registros de
conhecimento’ – seja ele escrito, desenhado ou pintado” (FRAGOSO; DUARTE, 2004).
As bibliotecas, de maneira ampla, armazenam, organizam e disseminam informação. Para
realizar estas ações, uma ciência foi criada, com o objetivo de transformar o atual caos da
informação, num verdadeiro oásis do conhecimento.
A Biblioteconomia, assim como é chamada, é “uma prática de organização, é a arte de
organizar bibliotecas” e qualquer unidade que possui informação, segundo Le Coadic
(2004), e proporciona formas estáveis de disseminação da informação, através de
“acervos de livros, serviço organizado e leitores”. A constituição do termo
biblioteconomia segue, logicamente, a estrutura original, da palavra biblioteca
anteriormente apresentada, definida por Fonseca (2007) da seguinte maneira: A palavra
biblioteconomia é composta por três elementos gregos – biblíon (livro) + theke (caixa) +
nomos (regra) – aos quais juntou-se o sufixo ia. E o conjunto de regras de acordo com as
quais os livros são organizados em espaços apropriados: estantes, salas, edifícios.

A biblioteconomia estabelece regras que favorecem a ordenação, a conservação e a


disseminação dos livros, apoiando as bibliotecas e treinando os bibliotecários (CASTRO,
2000). É com base nas regras estabelecidas e defendidas pela biblioteconomia, que todas
as oficialmente reconhecidas bibliotecas funcionam, independentemente do tipo de
biblioteca ou de usuários. O atuante dessas regras chama-se bibliotecário, também
conhecido como profissional da informação.

Conforme as constantes mudanças na sociedade, diante dos variados hábitos,


necessidades etc, torna-se necessário que a biblioteconomia acompanhe esse ritmo,
principalmente pela sua atuação estar além do fazer técnico. Seu trabalho pode ser
considerado um elemento diferenciador na formação das sociedades. Não é recente a frase
que a “biblioteca é uma extensão da escola”. Por muitas vezes, ela é a própria escola e,
desta forma, passa a atuar como formadora dos indivíduos que farão parte de uma
comunidade, numa espécie de inclusão social. Fato este que se destaca, ainda mais,
quando tratamos do uso das recentes tecnologias.
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Com o passar do tempo e com o avanço das tecnologias, as bibliotecas passaram a


modernizar suas técnicas de disseminação da informação, reunindo os mais diversificados
acervos e transformando-se, na verdade, numa mediateca (Le Coadic, 2004). Uma vez
que o objetivo das bibliotecas é facilitar aos usuários o acesso à informação para o
crescimento intelectual, torna-se necessário o aprimoramento das técnicas de
disseminação da informação. Mas as bibliotecas não são apenas repositórias de
documentos. Conforme declara Beatles (2003), “a biblioteca não é um mero repositório
de curiosidades. É um mundo a um só tempo, completo e incompletável, cheio de
segredos”.
Por meio da biblioteca, se tornou possível às gerações atuais e futuras conhecer o passado
e situar-se na corrente do tempo, em sua sociedade. Este ambiente informacional nos
permitiu e vem permitindo conhecer, desde os maiores vilões da história humana, como
também os seus maiores conquistadores. O reflexo desta discussão está na importância
da informação para as sociedades, a qual, por muito tempo e para muitos constituía
segredo, hoje estão à disposição para àqueles que as necessitam.

3.1. Biblioteca na Antiguidade

As características das bibliotecas variam com o passar do tempo, adequando-se aos


objetivos para elas instituídos, e acompanhando o progresso econômico de suas épocas.
Dentre as mais importantes, conforme Battles (2003) declara, estão as da antiguidade,
destacando a biblioteca de Nínive e a biblioteca de Alexandria. Muitas outras bibliotecas
da antiguidade, bem como da modernidade, marcaram significativamente a história e
continuam a influenciar favoravelmente as pesquisas e experiências particulares da
sociedade. Mas, para um primeiro momento, vale destacar duas bibliotecas muito
conhecidas na antiguidade, sendo elas a biblioteca de Assurbanipal, também conhecida
como de Nínive, e a biblioteca de Alexandria.
As bibliotecas podem ser consideradas espaços informacionais que fazem parte da
construção das sociedades ao longo do tempo. Muitas, construídas há séculos anteriores,
mantêm o interesse das pessoas em pesquisá-las, estudar suas contribuições nos pilares
das sociedades. Segundo Beatles (2003) e Pinheiro (2008), o surgimento das mais antigas
bibliotecas normalmente está associado a governantes e reis, como é o caso da biblioteca
de Assurbanipal, considerada a primeira biblioteca da História e crê-se ter sido fundada

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por volta do século VII a.C., por Assurbanipal II. A citada biblioteca destacou-se
significativamente por seu acervo diferenciado, composto por placas de argila, com uma
coleção de mais ou menos 25 mil placas. Deste total, está inserida a escrita cuneiforme
em sumério e acádio, abrangendo as ciências da natureza, geografia, astrologia dentre
outras. Na figura 1 é apresentado um exemplo de um fragmento de tablete de argila.
Alguns das tabletes cuneiformes mais famosas é o Código de Hammurabi.

Figura 1: Placa Atra-Hasis

3.2. Bibliotecas na atualidade

Independentemente do suporte bibliográfico, do tempo, ou do ambiente e circunstâncias


relacionados a uma biblioteca, todas as bibliotecas têm uma característica em comum:
selecionar, tratar, organizar, preservar e disseminar informação. Não importa se
determinada informação é importante para determinado povo e deixa de ser para outro.
Todas as sociedades, que registraram a sua cultura, sentem a necessidade de preservar
essa informação para as gerações futuras. Como era o caso das bibliotecas da antiguidade,
a informação era restrita a reis e pesquisadores, mas com o passar do tempo,
especialmente pelo advento da imprensa e sua consequente explosão informacional, foi
se tornando cada vez mais difícil restringir o acesso à informação. Neste contexto,
segundo Santos (2010), “mudanças intelectuais e sociais favoreceram o desenvolvimento
das bibliotecas europeias”, e estimularam “a criação das universidades”.

A informação que antes ficava restrita a uns poucos, foi se popularizando, à medida que
as pessoas, consideradas comuns, foram ingressando nas universidades. Nesta realidade,
as bibliotecas foram variando quanto ao seu tipo, já que o público, a informação, bem
como a instituição mantenedora foi se tornando cada vez mais diversificada.

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Segundo Henn (2010), existem basicamente alguns tipos de bibliotecas, a saber:

4. Tipologias de bibliotecas

As Bibliotecas como mencionado antes são lugares de armazenamento e disseminação de


informação bem como de construção do saber. Sabemos que a sociedade possui grupos
com necessidades específicas, e a biblioteca teve que se adaptar a tais necessidades, no
que as várias tipologias buscam suprir de acordo com seu público alvo. Elas podem ser
tanto tradicionais que se caracterizam por existir fisicamente, ocupando um espaço com
o acevo disponível em vários formatos, como também podem ser digitais ou virtuais, com
documentos em meio digital no computador ou na nuvem.

4.1. Bibliotecas tradicionais

São consideradas as Bibliotecas tradicionais, ou físicas aquelas que têm seu formato
físico, composto de um acervo basicamente físico, em que o usuário tem a presença de
um Bibliotecário e todo um aparato real para se resguardar. Atualmente entende-se que
essa Biblioteca está em processo de revitalização e acompanhando a sociedade que se
renova a cada dia, portanto, está inserindo novas tecnologias em seu ambiente
informacional. Elas podem ser classificadas como biblioteca pública, biblioteca escolar,
biblioteca universitária, biblioteca especializada, biblioteca temática, biblioteca
comunitária, biblioteca nacional. Determo-nos em falar sobre as quatro primeiras.

4.2. Biblioteca Pública

A Biblioteca Pública surgiu na Inglaterra no final do século XX, decorrente da Revolução


Industrial. Nesta época, a Biblioteca Pública era vinculada à classe operária com a missão
de educar e ensinar sobre moral. Com o evento da Segunda Guerra Mundial, e a crise que
acontecia naquele momento, a Biblioteca passa a exercer a função de pacificadora e
fomentadora da democracia, identificando-se mais com a classe média e estudantil. Em
1949 a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) juntamente com a Federação Internacional de Associações e Instituições
Bibliotecárias (IFLA) publicaram um documento chamado Manifesto da Biblioteca
Pública; onde destaca a educação popular como atenção central de sua missão. A segunda
versão deste documento e ou manifesto ocorre em 1972, destaca a cultura, a educação, o
lazer e a informação como funções essenciais. Com o advento das novas tecnologias as

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bibliotecas passaram a construir redes informacionais, o que refletiu no seu conceito.


Depois, na década de 90, revolução digital cria a necessidade de adaptação da sociedade
às novas técnicas informacionais, fazendo a terceira atualização, em 1994 quando
promove a democratização do acesso às tecnologias de informação.

Biblioteca Escolar

Entende-se como sendo a principal aliada a educação brasileira atualmente, toda Escola
necessita de uma Biblioteca, afinal é nela que começa a formação de conhecimento fora
da sala de aula, parte integral do sistema educativo fazendo parte de seus objetivos, metas
e fins. o fomento da leitura e a formação de uma atividade científica; constitui um
elemento que forma o indivíduo para a aprendizagem permanente, estimula a criatividade,
a comunicação, facilita a recreação, apoia os docentes em sua capacitação e lhes oferece
a informação necessária para a tomada de decisões em aula. Trabalha também com os
pais de família e com outros agentes da comunidade. É composta de materiais
bibliográficos, audiovisuais e outros meios e os coloca à disposição de uma comunidade
educacional. Seus principais objetivos são formação de conhecimentos, estimular o
desejo da leitura nos indivíduos desde seus primeiros anos escolares, disponibilização de
uma fonte cultural, auxiliar os professores o material informacional necessário para
desenvolvimento didático em sala de aula, atualização de conhecimento em todas as áreas
do saber de forma confiante mostrando sua veracidade. Lei Nº 12.244/2010 que dispõe
sobre a universalização das bibliotecas nas instituições de ensino do País. Mas a
legislação para bibliotecas escolares é apenas o fim de uma longa história por trás do
direito ao livro. É preciso, sobretudo, compreender o direito à arte, à cultura e à
informação que as bibliotecas proporcionam e o papel da escola nesse cenário. Conforme
Campelo (2005) os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) entendem como papeis da
biblioteca escolar:

Desenvolver um programa de leitura eficiente, que forme leitores competentes e não


leitores que façam isso de forma esporádico que saibam compreender o que leem e
desenvolvam de intertextualidade; esta deve ser um local apto a influenciar o gosto pela
leitura; que a escola estimule o desejo de frequentar esse espaço e contribuir pelo apreço
do ato de ler; também deve ser um local de aprendizagem permanente, um centro de
documentação onde se encontre informações que irão responder aos questionamentos

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levantados dentro das diversas áreas curriculares; estar apropriada para desenvolver
atitudes de cidadania, onde aprendam, por exemplo, a respeitar o ambiente coletivo,
atitudes de respeito ao livro e a outros materiais e tenham condições de generalizar o
conceito de espaço público, reconhecer outros espaços mais amplos como o de cidades e
mais abstratos como de instituições.

4.3. Biblioteca Universitária

Em uma instituição de educação superior, a Biblioteca estima ser essencial para formação
dos indivíduos que estudam e produzem conhecimento científico, visto que serão futuros
profissionais qualificados e se qualificam com leituras, conhecimento a cerca do assunto
e tudo isso é feito na Biblioteca através de livros e outros utensílios para que depois
cheguem à prática; com toda essa responsabilidade há também de disponibilizar outros
meios de informação e metodologias, visto que os bibliotecários também podem se fazer
presentes em sala de aula. O Ministério da Educação (MEC) verifica algumas condições
mínimas da condição de ensino através da verificação in loco. Essas condições são: corpo
docente; instalações físicas; organização didático-pedagógica. Alguns critérios e
exigências específicas para as bibliotecas do Ensino Superior são: Os recursos humanos,
levando em consideração o seu funcionamento e os usuários atendidos, além da
disponibilidade do acervo e dos funcionários da biblioteca. O estudo de usuário, que
avalia a satisfação do usuário perante a coleção da biblioteca. A avaliação do acervo da
biblioteca deve levar em consideração as bibliografias básicas e complementares, além
dos periódicos (podendo estes serem em parte virtuais) para um bom acompanhamento
do curso e contam com uma série de exigências mínimas para que haja esse bom
acompanhamento. Além dos critérios citados acima, também se deve cumprir exigências
perante a área física esta deve ser projetada para ter iluminação e ventilação adequada,
fornecendo também a capacidade de preservar o material do acervo.

4.4. Biblioteca Especializada


Com o avanço tecnológico ocorrido com a Revolução industrial, a sociedade produz cada
vez mais informação, disponibilizando pelos aparatos tecnológicos e mais rapidamente.
Em contrapartida dessa crescente onda informacional, acompanha-se a separação das
grandes áreas, apesar de uma Biblioteca geral assumir todas essa informação é impossível
que ela mantenha a qualidade em cada área específica, daí a precisão de serem separadas
em Bibliotecas especializadas, bem como tratar melhor aquela informação, onde o
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profissional também tem que se adentrar aquela área e oferecer o melhor para seus clientes
e usuários, bem como materiais específicos e até coleções raras.

5. Biblioteca digital e virtual

A leitura acompanhou a sociedade, desde suas descobertas até a implantação de


tecnologias, foi evolução desde a leitura da tábua de argila à leitura na tela do tablet. O
ser humano tem a capacidade de se adequar ao ambiente em que está, se readaptou aos
novos aparatos que auxiliam na leitura e que, na maioria das vezes, influencia a relação
do leitor com a leitura. O conceito de biblioteca digital que conhecemos se concretizou
na década de 90, porém, para alguns autores defendem que seu surgimento foi no período
dos anos 40, acompanhada do MEMEX (Memory Extension), que foi idealizado por
Vannevar Bush no qual, segundo Procópio, tal ferramenta já agregava a biblioteca o
conceito digital “tal maquininha, trazia consigo o conceito do acesso a uma teia com
servidores de conteúdo informacional interligada, que claramente Bush considerava ser a
biblioteca universal do futuro (e o que é hoje para nós a World Wide Web)”.

As bibliotecas digitais são atualmente uma unidade que permite o acesso e a recuperação
de um determinado acervo digitalizado. Sendo um ambiente formado por documentos e
serviços que podem ser a cessados de forma direta ou indireta, pelo meio eletrônico ou
digital. Seu conceito ainda se difere muito de autor para autor, sendo algo em fase de
maturação.

Mas segundo Sayão, uma biblioteca Digital é:

O conceito de biblioteca digital não é algo que desponta desvinculado da ideia ancestral
que temos de biblioteca, ao contrário, ele se desenvolve tendo como fundamento uma
analogia direta com a biblioteca tradicional e com a sua missão de organizar coleções
impressas e outros artefatos, de operar serviços e sistemas que facilitem o acesso físico e
intelectual – e também o acesso de longo prazo – aos seus estoques informacionais
(SAYÃO, 2009 p. 19).

Já Leiner (1998) defende que a biblioteca Digital é a coletânea de serviços e objetos de


informação disponibilizados em meio digital, tendo sua organização, estrutura e
apresentação capacidade de suportar o diálogo dos usuários com os objetos
informacionais. Compreende-se com os conceitos já explanados, que é um ambiente onde

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podem ser armazenadas diversas informações. Pode-se assim compreender que é um


conjunto de coleções disponibilizadas em rede, em que as informações são geradas para
os usuários por meio de downloads, otimizando o tempo, economizando esforços, e
agilizando o processo de busca.

5.1. Organização de uma biblioteca tradicional e virtual

Biblioteca tradicional organiza e mantem obras de valor cultural ou educacional


(geralmente livros e revistas) que podem ser consultadas ou emprestadas mediante um
sistema de anotações, feitas em fichas apropriadas e de controlo de retirada e devolução
dos volumes. Uma característica da biblioteca tradicional e que tanto a coleção como os
seus catálogos utilizam o papel como suporte de registro de informação.

Biblioteca virtual a informação digital pode ser rapidamente a cessada em todo o mundo,
copiada para preservação, armazenamento e recuperada rapidamente.

Possui a capacidade de executar estratégias de busca por palavras isoladas ou por


expressões inteiras, e o seu conteúdo informacional; seja ela na forma textual, sonora ou
em imagens, não sofre desgastes naturais decorrentes do uso intensivo do documento
impresso.

5.1.1. Formato

Biblioteca tradicional: livros, índices, bibliografias, obras de referências, periódicos.

Biblioteca Virtual: Os mesmos da biblioteca Tradicional mais:

Dados numéricos, imagens, som, textos codificados dados espaciais. São compostas por
uma variedade de tipos e componentes multimídia que agregam um número limitado de
formatos.

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5.2. Conceptualização de como organizar uma biblioteca individual

Para começar, a organização, deve-se reunir os livros da e os contar, para ter certeza de
que eles caberão no Espaço determinado. Para melhor organização e aconselhável:

• Ter um instante de livros,

• Organizar os livros em ordem alfabética

• Organiza-los em género,

• Organizar por áreas de conhecimento

• Guardar em ordem dom autor,

• Não deixar os livros em locais húmidos, com ratos formigas ou baratas, etc.

5.3. ORGANIZAÇÃO DA INFORMAÇÃO: ação inerente ao ser humano

A informação, com o passar do tempo, tem sido produzida num volume espantoso,
processo este chamado de explosão da informação. Assim, não é de se admirar a
importância que a organização vem recebendo em estudos recentes, especialmente
quando tratamos da Web.

Na organização, a ação que permeia este fim é a classificação. Esta ação, que, ao longo
da história humana, com o objetivo de organizar informação, propiciou a elaboração dos
sistemas de classificação, os quais permitem, de forma padronizada, a localização dos
documentos existentes no acervo de uma unidade de informação, seja ele físico ou digital.

Da Silva (2010), sobre a importância da organização, assevera que essa informação,


supostamente organizada, com o tempo, ganha cada vez mais valor, passando a direcionar
a vida das sociedades e elaborando o conhecimento necessário para a sua sobrevivência,
num processo de constante mudança. Diante disso, a importância de organizar este
conhecimento por meio de formas de classificação apresenta-se numa crescente
constante.

A necessidade de organizar as coisas vem de longa data. Basta verificarmos na história


das classificações que os conhecimentos acumulados pelo homem, através dos tempos,

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foram, pela primeira vez, sistematizados na China antiga. Os gregos, por sua vez, deram
maior ênfase a isso com a obra de Aristóteles, sendo o primeiro filósofo a tratar de
matérias variadas como a lógica, a física, a metafísica, a psicologia, a antropologia dentre
outras.

Até a Idade Média, os conhecimentos estiveram mais ou menos unificados na filosofia,


mas a partir do Renascimento, começa uma dispersão e sucessão do conhecimento, onde
uma disciplina gera outras, como, por exemplo, da História Natural saíram à Biologia,
Zoologia e Botânica. Da Biologia surgiram à Citologia, Microbiologia e várias outras
disciplinas.

Essa multiplicação das ciências, bem como suas aplicações tecnológicas, resultou na
explosão documental, tornando a ação de classificar imprescindível para ter acesso ao que
era produzido. A classificação consiste no ato de dividir, definindo as áreas de atividades
do pensamento do ser humano. Em outras palavras, desde o passado, até nossos dias, o
homem sempre classificou tudo ao seu redor, tais como objetos, materiais, formas, cores,
gênero, idade etc., divididos e classificados de forma distinta, facilitando sua
identificação.

A palavra classificar vem do latim classis, que designava os grupos em que se dividia o
povo romano. Foi cunhada por Zedler, em 1733, no Universal Léxicon combinando as
palavras classis e facere, para representar uma divisão de apelações de Direito Civil.
Apenas no fim do século XVIII, o termo classificação passou a ser empregada para a
ordenação das ciências.

Segundo Piedade (1983), “classificar é dividir em grupos ou classes, segundo as


diferenças e semelhanças... É um processo mental habitual ao homem, pois vivemos
automaticamente classificando coisas e idéias”. Conforme Ranganathan (1967),
classificar seria a tradução do nome dos assuntos, criados em linguagem natural, por uma
linguagem artificial, compondo os sistemas de classificação bibliográfica. Merril (1958)
e PIEDADE, (1958) define classificação como “o ato de determinar o assunto de um
documento e a arte de encontrar seu lugar num determinado sistema de classificação”.

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5.4. SISTEMAS DE CLASSIFICAÇÃO: conceitos, história e tipos

Muitos foram os sistemas de classificação desenvolvidos. Sua importância tornou-se


novamente discutidas em estudos a partir dos recentes adventos tecnológicos que
ocasionaram à nova explosão informacional, agora no âmbito digital.

Ao estudar a literatura, muitos conceitos de sistemas de classificação são apresentados.


Segundo Langridge (1977) e PIEDADE, (1983), o referido sistema pode ser “um mapa
completo de qualquer área do conhecimento, apresentando os conceitos e as relações que
a constituem, chamado de tabela ou sistema de classificação”. Para Piedade (1983), “é
um conjunto de classes apresentado em ordem sistemática. É uma distribuição de um
conjunto de idéias, por um certo número de conjuntos parciais, coordenados e
subordinados”.

Quando nos vem à mente a palavra sistema, logo imaginamos alguma espécie de canal
ou ramificação que une ou liga determinados pontos. A palavra classificação transmite
uma idéia de hierarquia, assim compreendemos que um sistema de classificação
envolverá uma estrutura hierárquica que liga partes em comum.

Segundo Piedade (1983), “um sistema de classificação inclui disciplinas e fenômenos”.


A autora ressalta que disciplinas se referem a “ramos do conhecimento, que estudam um
conjunto de fenômenos relacionados ou correlatos”. Isso expressa à ideia de hierarquia
estabelecida num sistema de classificação, ou área do conhecimento, que associa um
assunto mais específico com outro mais abrangente, dentro de uma mesma área. Estas
associações apresentam as “disciplinas fundamentais ou subdisciplinas”. A autora ainda
explica que se compreendem por disciplinas fundamentais as áreas mais gerais ou
principais do conhecimento humano, os quais englobam os assuntos mais específicos,
como,

por exemplo, Religião, Ciências Sociais, Línguas etc. Dentre as consideradas


subdisciplinas, conforme o exemplo anterior, temos Bíblia, Estatística e Linguísticas,
respetivamente, localizadas dentro de suas áreas mais gerais, ou seja, as disciplinas
fundamentais.

A outra característica de um sistema de classificação, os fenômenos, conforme Piedade


(1985), “são os vários temas estudados pelas disciplinas e subdisciplinas”, determinados

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como “entidades concretas, tais como Homem, Café, Mar, Erosão”, e “entidades
abstratas, como Amor, Ódio, Beleza, Fé”.

Falar, tentar compreender, o desenvolvimento dos sistemas de classificação, nos faz


remeter a famosa biblioteca de Assurbanipal, cujo seu acervo incomum, constituído de
“tabletes de argila, havia sido dividido em dois grupos: Ciências da Terra e Ciência do
Céu” (PIEDADE, 1983). Mas assim como a biblioteca de Assurbanipal, em Nínive, outra
biblioteca que preserva na sua história uma significativa contribuição para o contínuo
aperfeiçoamento dos sistemas de classificação e, consequentemente, das técnicas
bibliotecárias, foi a de Alexandria, através do “poeta e sábio grego Calímacus
desenvolvedor do Pinakes, Publicado entre 260 e 240 a.C., o trabalho Calímacus foi um
catálogo que dividia os documentos segundo o tipo de escritores” (PIEDADE, 1985).

A biblioteca de Alexandria é um exemplo de um amplo sistema de classificação que nos


apresenta uma organização segundo critérios, neste caso, adotando os autores e gêneros
literários. Mas, apesar do destaque à Alexandria, Piedade (1985) afirma que “essa técnica
não era de utilização apenas pela biblioteca de Alexandria, pois a prática da divisão dos
documentos segundo o tipo dos autores normalmente estava presente nas bibliotecas da
antiguidade”. Já no período medieval, os livros eram organizados, nas bibliotecas, por
tamanho, pela ordem alfabética, pelo nome dos autores e pela ordem cronológica.

Essas evoluções caracterizaram o surgimento de vários tipos de sistemas de classificação.


Neste contexto, destacamos os sistemas oriundos da vertente filosófica, os quais possuem
um forte apelo aos estudos do universo.

As classificações criadas pelos filósofos tinham o objetivo de definir e hierarquizar o


conhecimento, a partir da compreensão do universo, dividido por características
harmônicas e hierarquizado segundo assuntos gerais e específicos.

Segundo Piedade (1985), discutir sobre a classificação filosófica nos induz a mencionar
o modelo Cassiodoro, o qual consistia em agrupar as disciplinas em dois grupos:

• Triviun: Artes ou Ciências Sermoneais Gramática, Dialética e Retórica;

• Quadriviun: Ciências Reais (ciências das coisas) Geometria, Aritmética,


Astronomia, Música.

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As sete disciplinas acima mencionadas constituíam os estudos preparatórios para


investigações superiores, incluindo quatro áreas gerais: Teologia, Metafísica, Ética e
História. Essa estrutura influenciou muitos outros sistemas que viriam a seguir, como foi
o caso do Partitiones Scientiarum, tabela de classificação filosófica de Francis Bacon,
filósofo inglês, a qual influenciou várias classificações bibliográficas. Conforme Piedade
(1985), “a classificação de Francis Bacon dividiu as ciências em três áreas gerais:
memória, imaginação e razão”.

A partir das três áreas gerais de Bacon, poderíamos estruturar as áreas secundárias, ou
mesmo substituir as áreas estabelecidas por ele, por outras que nos fossem mais
convenientes e, desta forma, dar origem a outro sistema de classificação que seguisse um
padrão semelhante de hierarquia, como foi o caso das classificações bibliográficas.

5.5. Classificações Bibliográficas

No caso das classificações bibliográficas, a preocupação primordial foi com as


bibliografias, isto é, com os documentos físicos, como livros, dando-se destaque ao
suporte do documento. Será justamente pela relação, estabelecida entre os suportes, que
será possível localizar os documentos ordenados nas estantes. Segundo Piedade (1985),
“relações são estabelecidas através dos mais variados critérios, incluindo tamanho ou cor
da encadernação”. Porém, assim como defende a autora, “a característica de maior
relevância não deixa de ser a ideia contida nos documentos”, pois o objetivo da
classificação bibliográfica, como o de qualquer outro sistema de classificação, é localizar
a informação.

Embora alguns critérios possam ser comuns em diferentes sistemas de classificação,


existem fatores que são considerados particularmente essenciais na classificação
bibliográfica:

• Uma classe que reúna as obras sobre todos os assuntos, subdividida pela forma do
documento;

• Subdivisões de forma, aplicáveis aos vários assuntos;

• Uma notação, isto é, um conjunto de símbolos para representarem os assuntos e


permitir a ordenação lógica dos documentos;

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• Um índice para facilitar a consulta (PIEDADE, 1985).

Os critérios apresentados expressam uma preocupação na eficaz localização dos materiais


ou documentos bibliográficos nas estantes, pois, se antes, a apreensão era apenas em
associar os vários assuntos e áreas do conhecimento, agora um fator importante será a
classificação de diferentes suportes que carreguem estes mesmos assuntos já
classificados. Por isso, embora o fator físico do material não seja o mais relevante na
localização da informação, ele passa a ser levado em conta quando existem outros
documentos que se igualam a ele no conteúdo, mas se diferenciam pelo fator suporte.

A fim de melhor identificar os documentos, as classificações bibliográficas podem ser


enumerativas, semi-enumerativas ou analítico-sintéticas. Nas classificações
enumerativas, os assuntos com as suas respetivas combinações são expostos e os símbolos
que representam esses assuntos já se encontram prontos para utilização, como é o caso da
Classificação Decimal de Dewey (CDD). São sistemas que listam um grande número de
assuntos compostos (LANGRIDGE, 1977). Nas classificações semi-enumerativas, os
símbolos usados para a formação das notações são recombinados conforme as
necessidades de classificação apresentadas. Segundo Eduvirges (2011), a Classificação
Decimal Universal (CDU) “também é enumerativa, mas com suas atualizações, ela está
se tornando uma classificação semi-enumerativa”. Souza (2009) contribuiu com a
discussão ao afirmar que “desde a década de 80 do século XX, a CDU vem sendo
atualizada no sentido de se tornar cada vez mais uma classificação facetada e não
simplesmente enumerativa, como a CDD”. Devido à característica da CDU, se faz
necessário abordar, brevemente, sobre as classificações analítico-sintéticas, também
chamadas de facetadas. Criada pelo indiano Shiyali Ramamrita Ranganathan na década
de 1930, a classificação facetada vem sendo discutida, nos últimos tempos, “como uma
solução para a organização do conhecimento, em decorrência de suas potencialidades de
acompanhar as mudanças e a evolução do conhecimento” (TRISTÃO; FACHIN;
ALARCON, 2004).

Embora um sistema de classificação seja desenvolvido conforme as necessidades dos


usuários e critérios particulares, à medida que os documentos passam a ser produzidos
com uma maior frequência, e em maior quantidade, além das mudanças nos suportes e
formas de acesso, torna-se necessário aprimorá-los.

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Assim, ao longo dos séculos, os sistemas de classificação foram aperfeiçoando-se,


permitindo, além da sua adoção para os fins que foram criados, serem adaptados a outras
aplicações, como é o caso da Internet. A classificação facetada, por exemplo, foi criada
para fins físicos, isto é, organizar acervos constituídos de livros, entretanto, diante dos
estudos sobre a teoria que o constitui, os pesquisadores estão percebendo a sua aplicação
além das bibliotecas tradicionais.

Classificação Decimal de Dewey Para a organização do acervo, o sistema de classificação


escolhido foi a CDD, edição de número 20, composta por quatro volumes. Ao contrário
de muitos sistemas criados ao longo da história humana, a CDD não se mantém esquecida,
apresentando subsídios para muitos sistemas, como é o caso da CDU, sistemas de
classificação do Direito, código de classificação de atividades meios do CONARQ entre
outros.

Melville Louis Kossuth Dewey, muito conhecido como Melvil Dewey, criou em 1876, o
sistema de classificação bibliográfica mais conhecido em todo o mundo, a Classificação
Decimal de Dewey (CDD) (PIEDADE, 1985).

Enquanto atuava como assistente na biblioteca do Amherst College, o bibliotecário norte-


americano Dewey se viu insatisfeito com o sistema de organização de bibliotecas da
época, o levando a corresponder-se com bibliotecários e visitar cerca de 50 bibliotecas. A
partir do seu descontentamento, Dewey construiu o sistema de classificação mais
conhecido e usado no mundo.

Sem dúvida, o contato com outros sistemas de classificação existentes, bem como
familiarizar-se com a realidade de várias bibliotecas, contribuiu para que Dewey
identificasse as falhas dos sistemas e pudesse preparar-se para atender às necessidades,
não somente da biblioteca em que atuava, mas também de outras.

O interesse de Dewey pela classificação era tamanho, que um ano depois de assumir o
trabalho na biblioteca, aos 22 anos, sentiu-se apto a sugerir um plano de reorganização e
ordenação dos livros nas estantes à diretoria, o qual passou a ser aplicado em 1873.

O sistema de classificação adotado por Dewey inovou ao “atribuir símbolos de


classificação aos próprios livros”, e inovou ao construir um índice, anexado ao seu

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sistema de classificação, que permitiria a qualquer pessoa classificar com seu auxílio
(PIEDADE, 1985).

Embora a CDD não tenha inovado em todos os aspectos, o seu objetivo era construir um
sistema de classificação que pudesse atender, satisfatoriamente, as necessidades de
informação dos usuários, por isso, Dewey buscou, nos grandes pesquisadores, as ideias
necessárias para atingir o seu objetivo com o sistema de classificação, especialmente
Aristóteles, Bacon, Locke, Natale, Schwartz, etc. Na verdade, o mais importante para a
eficácia de um instrumento de trabalho, como é o caso da CDD, é o fato de não serem
obrigados a possuírem características inovadoras, mas que apresente critérios essenciais
para a sua eficácia.

Buscando a eficiência em seu sistema, Dewey achou apropriado “dividir o conhecimento


humano em 9 grandes classes, como se fossem 9 bibliotecas especializadas” (PIEDADE,
1985). A partir destas nove classes, ou áreas do conhecimento, de 1 a 9, seriam
classificadas as áreas relacionadas com as maiores, a fim de hierarquizar os assuntos. Para
os assuntos que não se enquadrassem em nenhuma das citadas classes, uma décima é
adotada, iniciada pelo número 0, formando a sua característica decimal, subdividindo-se
em outras classes menores.

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6. Conclusão

A biblioteca é um ambiente multidisciplinar que disponibiliza um universo de


informações. Ela é imprescindível para atender as necessidades informacionais dos
usuários, independente da idade, sexo, religião, etc. Seja ela pública, escolar, universitária
ou especializada a existência desta instituição no cumprimento efetivo de sua missão pode
mudar realidades sociais. Da infância até a velhice, sua importância está em todos os
ciclos da vida, pois é neste ambiente em que o indivíduo terá acesso aos mais diversos
conteúdos relacionados às diferentes áreas do saber. Nesse contexto, o papel do
bibliotecário será cada vez mais o de facilitador do processo de apreensão da informação
para transformá-la no conhecimento adequado a cada leitor, pois é este profissional quem
tem as competências e os mecanismos que auxiliam na articulação do conhecimento por
parte dos usuários.
A noção do espaço também pode fazer referência ao espaço exterior (a região do universo
que esta mais alem da atmosfera terrestre). A exploração do espaço teve início no seculo
XX, onde se utilizavam balões que chegavam a elevadas altitudes. Tempos depois, com
o advento da tecnologia, recursos mais concretos, com o uso de foguetes enviados para o
espaço. No entanto, mesmo com os avanços nas pesquisas, o espaço ainda è para o ser
humano algo desafiador. E isso se deve, principalmente, a complexidade que è o espaço.
Mas há também a ameaça que ele representa ao ser humano, uma vez que elementos como
a radiação, nele existente. E a radiação no espaço trata-se de partículas que podem
atravessar a pele humana e danificar as células.
O Severino é um sistema interativo que busca auxiliar na comunicação, organização e
segurança para facilitar as atividades diárias no condomínio. Para situações como a
reserva de áreas comuns ele permite que moradores visualizem datas disponíveis e
façam a reserva de maneira rápida e simples. Já para a administração, ele possibilita a
gestão das reservas de espaço de área comum, com calendário e relatórios.

Administrar um condomínio não é uma tarefa fácil, no entanto, ações como estas
permitem atingir não somente mais tranquilidade no trabalho, como também uma maior
satisfação por parte dos moradores. Planeamento, diálogo e o auxílio da tecnologia serão
os maiores aliados.

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7. Bibliografia

Posada, C. & Juan, A. (1999). Técnicas de Estudo Para Universitários. Um Reto Para
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