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DATA 9.8.2021
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Índice
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OBJETIVOS GERAIS DO MANUAL
MODALIDADE DE FORMAÇÃO
FORMAS DE ORGANIZAÇÃO
Formação em sala
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ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DO ESPAÇO EDUCATIVO
O contexto educativo onde se realiza a ação pedagógica dos educadores engloba determinados elementos
tais como: espaço, materiais, tempo, grupo de crianças e clima de interações. A organização deste meio
ambiente como forma de proporcionar boas aprendizagens depende fundamentalmente do papel do
educador. Este deve aproveitar e integrar a família e a comunidade no trabalho a desenvolver com as
crianças.
A organização do tempo e dos espaços impõe regras, valores, atitudes e comportamentos que são
interiorizados pelos sujeitos envolvidos em todo o processo educacional. Assim, a cultura escolar, com as
suas rotinas e regras regulam os tempos infantis estabelecendo tempos nas próprias crianças: o tempo de
brincar, de conviver, de apreender.
Espaço e Tempo
Não existe uma organização espacial que se possa considerar exemplar ou que funcione como modelo.
Cada educador deve adequar a organização do espaço às características das crianças que o frequentam e às
dimensões existentes, aos equipamentos de que dispõe, aos materiais educativos que possui ou que pode
vir a possuir, à realidade local, onde se situa a instituição escolar.
O espaço, na educação de infância, é encarado como um lugar de bem-estar, alegria e prazer, que
proporciona experiências e que promove os interesses das crianças. O termo espaço diz respeito ao espaço
físico, aos locais para as atividades, às áreas compostas por objetos, por materiais didáticos e pelo
mobiliário.
Nas instituições que praticam este modelo, existem vários espaços comuns; um deles é a piazza, que
envolve três salas de atividades. Nestas salas podemos encontrar a área do “faz de conta”, a área de
expressão dramática composta por material e equipamento necessário para a realização de teatros de
fantoches e marionetas; caleidoscópios de espelhos; material para construção; plantas e animais.
Os outros espaços comuns são:
Ateliê: estúdio de artes visuais e gráficas, que a criança poderá explorar com as mãos, utilizando as
várias técnicas de expressão, poderá explorar os materiais.
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Movimento da Escola Moderna
O espaço educativo, segundo este modelo curricular, organiza-se em seis áreas básicas:
1. Biblioteca: é composta por um tapete e por almofadas, de modo a que as crianças possam ver
livros, revistas, trabalhos e projetos elaborados por elas ou por outras crianças, bem como todos os
documentos que esta contém.
2. Oficina de escrita: possui um computador com impressora ou outro dispositivo de reprodução de
textos e de ilustração. Nesta oficina são depois colocados os textos enunciados pelas crianças, as
tentativas de pré-escrita e as produções realizadas na oficina. ~
3. Espaço de atividades plásticas e expressões artísticas: apresenta materiais para a pintura, para o
desenho, para a modelagem, entre outras.
4. Oficina de carpintaria: é utilizada na produção de construções livres ou dirigidas para outros
projetos.
5. Laboratório de ciências: promove atividades de medições e de pesagens, criação e observação de
animais, roteiros de experiências, registo do estado do tempo e outros materiais de apoio à
iniciação das ciências.
6. Canto dos brinquedos: inclui atividades de “faz de conta” e jogos tradicionais de sala. Neste espaço
encontraremos uma arca de roupas e adereços para as atividades de “faz de conta”. Normalmente
é neste espaço que encontramos a tradicional casa de bonecas.
Para além destas seis áreas, segundo o MEM, deverá existir uma cozinha, ou um espaço destinado a
atividades de cultura e educação alimentar, onde estejam livros de receitas e utensílios para a confeção de
alimentos por parte das crianças. Nesta área devem ser expostas regras de higiene alimentar enunciadas e
ilustradas pelas crianças.
Montessori
Este modelo assume as seguintes áreas:
1. Vida Prática: atividades como, cuidar de si (preparar alimentos, calçar e vestir-se, lavar-se); cuidar
do ambiente (limpeza, jardinagem, cuidado com animais domésticos); controle do movimento
(refinar movimentos, andar em linha, mover-se em silêncio)
2. Linguagem: É baseada na consciência fonética. A linguagem oral é a base para escrever e depois
ler. Apostam na imagem real.
3. Estímulos Sensoriais: atividades sensoriais (o olfato, a visão, o tato, a audição e o paladar) que
permitam formar perceções que nos auxilie a distinguir as coisas a partir de um sentido ou de
outros.
4. Lógica e Matemática: desenvolvimento de conhecimentos como numeração, contagem,
quantidade, frações, adição, subtração, multiplicação, subtração e divisão.
5. Artes e Ciências: corresponde à cultura geral (Geografia; Zoologia; Botânica; História; Ciência; Arte;
Música).
Se uma sala estiver bem organizada permitirá à criança escolher onde pretende realizar uma determinada
atividade e que materiais gostaria de utilizar. Torna-se, assim fundamental, uma boa organização do
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espaço, de modo a obter um ambiente rico e estimulante de aprendizagens, pois essa organização afeta
tudo o que a criança faz.
A organização temporal deve contemplar momentos para satisfazer as necessidades das crianças, na
construção gradual de uma rotina diária coerente, que lhes dê a oportunidade de: comunicar; planear e pôr
em prática os seus planos; participar nas atividades de grupo; rever o que fez; brincar no recreio; comer;
descansar.
O horário para cada atividade e em cada instituição deve ser adaptado à diversidade e especificidade de
cada estabelecimento educativo:
Número de crianças
Horários de entrada/saída
Pessoal disponível
Instalações
Necessidades e interesses dos pais.
Regras e Rotinas
Os contextos educativos precisam de regras para um bom funcionamento nos vários momentos do dia e
para uma boa gestão do espaço e do grupo. É fundamental que o educador se assegure de que as crianças
compreendem as finalidades de cada regra e, que as torne rotineiras através do seu uso consistente. As
regras devem ser poucas, simples, claras, positivas, justificáveis, não embaraçosas nem humilhantes para
os alunos, e que haja condições para as fazer cumprir. Para além disso, uma vez estabelecida, a regra deve
ser cumprida por todos, sem exceção, inclusive pelo professor. No processo de elaboração e planificação de
regras para a sala, é fundamental que as crianças participem, pois isso permitirá o bom funcionamento do
grupo e a vivência de valores democráticos. Também, facilitará a prática educativa e contribuirá para o
desenvolvimento e autonomia das crianças
As rotinas são essenciais para ajudarem também na promoção da autonomia. A autonomia é alcançada
uma vez que a criança reconhece o que vem antes ou depois, assim, mais facilmente realizam uma tarefa
autonomamente. Mesmo com uma estrutura simples, a rotina diária torna-se mais significativa pois através
destes momentos chave, a criança consegue prever o que deve fazer: quando chega à sala, após o almoço…
a rotina diária é muito significativa por se repetir num curto espaço de tempo.
A rotina diária é importante por três razões:
1. Proporciona uma sequência planeamento/trabalho/síntese de memória, ajudando a criança num
processo de exploração e decisões acerca da sua aprendizagem;
2. Dá azo a muitos tipos de interação, em grande ou pequeno grupo entre as crianças e crianças e
adultos;
3. Proporciona tempo para trabalhar numa grande variedade de contextos, dentro da própria sala e
até mesmo no exterior.
A rotina pode ainda ser semanal, havendo uma planificação semanal das atividades a desenvolver, por
exemplo, à segunda-feira trabalhar expressão plástica; à terça-feira música; à quarta-feira desporto; à
quinta-feira teatro e à sexta-feira culinária.
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ADAPTAÇÃO DA CRIANÇA E DO JOVEM AOS DIFERENTES
CONTEXTOS EDUCATIVOS
A criança convive, cresce e comunica com a família. A ela cabe, em primeiro lugar, a função educativa (um
direito e um dever). No seio da família verifica-se a primeira aprendizagem dos valores essenciais e travam-
se relações afetivas indispensáveis no amadurecimento global do indivíduo. O objetivo comum da família e
da instituição educativa é conseguir a formação integral e harmoniosa da criança. Há, portanto,
necessidade de uma estreita colaboração, que se reflita em ações conjuntas e coordenadas.
Relacionamento Afetivo
As investigações demonstraram que até mesmo as crianças recém-nascidas comunicam, pois apesar da
imaturidade do cérebro e dos sistemas sensoriais, elas reproduzem e recebem mensagens e reconhecem
pessoas e coisas.
A vinculação como uma aptidão inata dos recém-nascidos, em se apegarem aos pais e/ou adultos mais
próximos, especialmente aos que cuidam e convivem com eles no dia-a-dia.
Assim, o contexto de educação, seja creche ou jardim-de-infância, deverá proporcionar à criança, um
espaço de crescimento, de desenvolvimento e de aprendizagem, onde esta se sinta confortável, segura,
confiante e parte integrante daquele meio.
Ambiente Securizante
A segurança baseia-se na confiança da existência de uma figura de apoio, protetora, que esteja próxima e
disponível.
Quando a criança se sente segura, consegue explorar o meio envolvente, afastando-se e voltando à sua
base de segurança, quer seja por receio de algo, ou para ganhar confiança para continuar a explorar.
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ATIVIDADES DO QUOTIDIANO
Alimentação
Tarefas a realizar pelos auxiliares no período da refeição:
Ajudar as crianças a lavarem as mãos e colocarem os babetes.
Ajudar a sentarem-se.
Servir as crianças - Preparar a comida de modo a que as crianças possam comer em segurança
(espinhas, temperatura dos alimentos, ….).
Ter em atenção as crianças que necessitam de uma dieta alimentar ou cuidados especiais.
Gerir os conflitos.
Tomar atenção à refeição e posteriormente comunicar aos familiares a falta de apetite da criança
ou outras situações.
As crianças gostam de ser úteis, e ajudar na preparação de comida.
Descanso
Independentemente da idade, as necessidades de descanso das crianças devem ser respeitadas, seja por
precisarem de dormir mais do que as restantes crianças ou por não precisarem de dormir tanto.
Não devemos obrigar as crianças a dormir, proporcionando-lhes alternativas sossegadas (ex: ler um livro).
Tornar o ambiente o mais calmo e relaxante possível.
Higiene e Conforto
As instituições educativas precisam considerar os cuidados com a ventilação, segurança, conforto, estética
e higiene do ambiente, objetos, utensílios e brinquedos.
As crianças são encorajadas a ser autónomas e independentes na sua higiene pessoal (p.e. a cooperarem na
tarefa de vestir e despir, lavar as mãos, ir ao bacio/sanita sozinhas), de acordo com as suas capacidades e
desenvolvimento.
Apoio ao Estudo
A criança deve fazer um horário de estudo, que deve ter em atenção o seguinte:
Fazer períodos de estudo de cerca de 30/40 minutos e fazer pausas de 10 minutos;
Começar a fazer as tarefas escolares antes da atividade favorita;
Partir da curiosidade e do desejo de saber das crianças, as respostas aos seus interesses devem ser
dadas através das atividades de experimentação/investigação.
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JOGOS E ATIVIDADES
Seguem-se os jogos e atividades planificadas e dinamizadas em contexto de formação.
Instruções
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Nome EXPERIÊNCIA DISCO DE CORES
Objetivos Conhecer uma experiência da física sobre luz.
Duração 15 minutos
Material Cartolina branca, lápis, régua, marcadores, tesoura, furador, fio
Desenhar e recortar um círculo na cartolina. Com a régua e o lápis, fazer divisões
triangulares, todas com o mesmo tamanho, como uma pizza. Pintar os triângulos
Instruções
e fazer um pequeno furo no centro do círculo com o furador de papel. Pelo furo,
passar um fio e fazer rodar o círculo para perceber o efeito da luz branca.
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Nome APRENDER OS NÚMEROS
Objetivos Promover a concentração e a aprendizagem dos números
Duração 10 minutos
Material Caixa com diferentes pontos e rolinho de papel
Criar caixas com pontos de diferentes numeração e pedir à criança que coloque o
Instruções número de rolinho de papel de acordo com o número de pontos.
Nome TEATRO
Objetivos Promover a motricidade
Duração 10 minutos
Material Cenário e fantoches
Fazer a leitura de uma história e as crianças movimentam os fantoches de acordo
Instruções com as cenas da história.
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ATIVIDADE INTER TURMAS CCJ1 E CCJ2
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Dinâmica de Apresentação
Nome CÍRCULOS DOS NOMES
Objetivos Conhecer o nome e outras informações.
Duração 5 minutos
Material Música
Formar dois círculos fechados, um encontra-se dentro do outro, em que os
participantes dão as mãos e os círculos começam a girar e param quando a
música parar, deixando um participante na frente do outro.
Instruções
Uma vez parados, cada casal terá que se apresentar e responder a uma pergunta
que eles fazem um ao outro. Então a música continuará e os círculos girarão
novamente, quantas vezes for necessário.
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Nome PINTURA AO AR LIVRE
Objetivos Estimulação cognitiva e motora e a criatividade.
Duração 10 minutos
Tintas, telas, copos plástico para colocar a tinta, pincéis, água, ramos e outros
Material
elementos naturais do jardim
Fazer uma pintura em tela ou folhas brancas, utilizando os elementos naturais do
Instruções
jardim.
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Jogos em Grande grupo
Nome DRAMATIZAÇÃO DA HISTÓRIA
Objetivos Estimulação cognitiva e motora e a criatividade.
Duração 15 minutos
Material Todos os materiais selecionados das atividades anteriores.
Gravação de um vídeo com a passagem das imagens dos materiais, à medida que
Instruções
se conta a história “Tita, gosto de ti”.
Nome ANDEBOL
Objetivos Estimulação motora
Duração 15 minutos
Material Bola
Constituir 2 equipas de 7 elementos cada uma, sendo que cada equipa tem um
Instruções guarda redes. O objetivo do jogo é marcar golos, ganha a equipa que tiver
marcado mais. Durante o jogo só podem driblar ou passar a bola com 3 passos.
Dinâmica de Avaliação
Nome POSICIONA-TE!
Objetivos Avaliação da iniciativa
Duração 10 minutos
Material Materiais da natureza
Cada participante posiciona-se de acordo com a sua apreciação: 1 – Muito Mau
Instruções (pau); 2- Mau (pedra); 3 – Razoável (folha); 4 – Bom (flor); 5 – Muito bom (Muitas
flores).
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BIBLIOGRAFIA
MARTINS, Daniela (2013) – “A organização do espaço e a implementação de regras numa sala de
jardim de infância”
Spodek, B., Manual de investigação em educação de infância, Lisboa, Fundação Calouste
Gulbenkian, 2002.
https://portal-chsj.min-saude.pt/uploads/document/file/787/Organizac_a_o_de_rotinas_-
_crianc_as.pdf
https://pequenada.com/artigos/como-estabelecer-regras-com-criancas
https://comum.rcaap.pt/bitstream/10400.26/19161/1/TESE.pdf
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