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Material Digital do Professor

Ciências – 6º ano
1º bimestre – Sequência didática 1

As camadas internas da Terra e as rochas


Duração: 3 aulas
Referência do Livro do Estudante: Unidade 1, Capítulo 1

Relevância para a aprendizagem


Nesta sequência didática, serão abordadas as erupções vulcânicas, as camadas internas da
Terra, a classificação das rochas segundo seu processo de formação e o processo de fossilização.

Compreender as erupções vulcânicas permite aos estudantes estabelecer uma relação entre
um fenômeno observável e a constituição do manto, uma das camada internas da Terra.

Será proposto o estudo das camadas internas da Terra e suas características. A partir da
constituição dessas camadas, é possível explorar a relação entre o manto, as rochas encontradas na
superfície e o processo pelo qual os diferentes tipos de rochas são formados. Com o estudo do
processo de formação das rochas, os estudantes podem entender a relação entre a formação das
rochas sedimentares e a fossilização, compreendendo como os fósseis podem fornecer informações
sobre a história da vida na Terra e sobre determinadas características do planeta no passado.

Objetivos de aprendizagem
• Associar as erupções vulcânicas à constituição do manto.
• Identificar as três camadas internas da Terra a partir de modelos.
• Compreender a classificação das rochas de acordo com seu processo de formação.
• Relacionar o processo de formação de fósseis às rochas sedimentares em diferentes
períodos geológicos.
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Ciências – 6º ano
1º bimestre – Sequência didática 1

Competências gerais e específicas (BNCC)


Competências
1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo
físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar
aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática
Gerais e inclusiva.
10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade,
resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos,
democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.
1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano,
e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.
2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da
Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação
científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas,
tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo
e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.
5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis
e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência
socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a
Específicas diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer
natureza.
6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação
para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos
e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa,
reflexiva e ética.
8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das
Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas
e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em
princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.

Objeto de conhecimento e habilidades (BNCC)


Objeto de conhecimento Habilidades
(EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra
Forma, estruturas e movimentos (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características.
da Terra (EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis
a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos.
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1º bimestre – Sequência didática 1

Desenvolvimento
Aula 1 – Por dentro da Terra
Duração: cerca de 45 minutos.
Local: sala de aula ou laboratório de informática.
Organização dos estudantes: na atividade 1, os estudantes estarão sentados em suas carteiras, de frente para o quadro
de giz e para o professor; na atividade 2, os estudantes formarão grupos de 4 a 5 pessoas.
Recursos e/ou material necessário: quadro de giz, giz, lápis, borracha, caderno, aparelho multimídia, notícias, imagens
e/ou vídeos de atividades vulcânicas que evidenciem a existência de magma em regiões profundas da Terra, folhas de sulfite,
massa de modelar ou biscuit nas cores branca, amarela, laranja, marrom e azul e/ou argila e tinta nessas mesmas cores.

Atividade 1: Os vulcões e as camadas internas da Terra (15 minutos)

Caso seja possível, reserve o laboratório de informática ou os aparelhos multimídia com


antecedência para esta aula. Além disso, busque na internet notícias, imagens e vídeos de atividades
vulcânicas que evidenciem a existência de magma nas regiões mais profundas do nosso planeta – por
exemplo, que mostrem lava escorrendo de um vulcão. Dê preferência para notícias, imagens e vídeos
recentes e de sites confiáveis, como de páginas de instituições de pesquisa, de universidades e de
grandes veículos de comunicação. A seguir, um exemplo de site que pode ser consultado:

USP. Agência Universitária de Notícias. Saída de lava por fissuras, no Havaí, surpreende
pesquisadores. Disponível em: <https://paineira.usp.br/aun/index.php/2018/05/24/saida-de-lava-
por-fissuras-no-havai-surpreende-pesquisadores/>. Acesso em: 5 out. 2018.
Caso não seja possível a utilização de aparelhos multimídia para esta aula, disponibilize
imagens desses fenômenos para os estudantes. É necessário que todos eles tenham acesso a esses
materiais.

Com o intuito de buscar conhecimentos prévios sobre as camadas que compõem a Terra, inicie
a aula com as seguintes perguntas :

• Alguém já viu um vulcão de verdade? Com o que ele se parece?


• Qual é a origem da lava que sai dos vulcões que acabamos de ver?
• O que há no interior da Terra?
Outras questões podem ser propostas, conforme você julgue oportuno ou necessário. Nesse
momento, busque apenas instigar a curiosidade dos estudantes e compreender qual é a visão deles
sobre a constituição interna do planeta em que vivemos e sobre como isso está associado às erupções
vulcânicas.

Em seguida, mostre algumas imagens de erupções vulcânicas. Utilize apenas imagens que
mostrem lava escorrendo durante uma erupção. Chame a atenção para a lava e pergunte a eles se
sabem a temperatura da lava. Eles provavelmente têm a noção de que ela é muito quente. Comente
que a temperatura da lava pode variar entre 600 °C e 1 250 °C. Se houver na turma um estudante
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portador de deficiência visual, essa etapa deve ser bastante detalhada e, quando possível, as imagens
devem ser associadas a sensações táteis para auxiliar na compreensão desse estudante.

Desenhe no quadro de giz um esquema que represente a estrutura da Terra vista em corte.
Procure representá-la considerando a proporção aproximada entre as espessuras das camadas.
Mostre cada camada (crosta, manto e núcleo) e explique as suas características. Esclareça que a crosta
é a camada mais superficial do planeta e que, comparada às outras camadas, ela é a mais fina. Ela
envolve todo o planeta e é onde vivemos. Já o núcleo é a camada mais interna do planeta e é formado
principalmente pelos metais ferro e níquel.

Dê atenção ao manto e relacione-o com o que foi estudado até o momento. Elucide que o
manto é a camada logo abaixo da crosta; ele é formado por partes pastosas e a temperatura nessa
camada aumenta com a profundidade, variando de 1 000 °C a 3 000 °C nas partes mais internas. É
nessa camada que se encontra o magma expelido pelos vulcões na forma de lava nas erupções.

Atividade 2: Construção de um modelo das camadas da Terra (30 minutos)

Antes de distribuir os estudantes em grupos, utilize o esquema das camadas da Terra


desenhado no quadro de giz para chamar a atenção para a proporção entre essas camadas. Para isso,
é interessante expor à turma a espessura de cada uma das camadas: a espessura da crosta terrestre
pode variar entre 20 km e 60 km nos continentes e entre 5 km e 10 km nos oceanos; o manto apresenta
cerca de 2 900 km de profundidade, e o núcleo apresenta cerca de 3 400 km de raio. Para melhorar a
compreensão dos estudantes acerca dessas medidas e também para que assimilem a proporção entre
as camadas, pode ser interessante apresentar uma escala que possibilite relacionar o esquema
representado no quadro de giz às dimensões efetivas das camadas internas do planeta.

Oriente-os a se organizarem em grupos de 4 a 5 pessoas. Solicite aos grupos que discutam e


proponham um procedimento para construir o modelo que vai representar as camadas internas da
Terra. Para isso, esclareça quais serão os materiais disponíveis em sala de aula para a construção dos
modelos.

Peça a cada grupo que indique como construirá seu modelo. Dê autonomia aos alunos para
que possam apresentar soluções para eventuais dificuldades durante a construção. Se necessário,
oriente-os a construir o modelo de uma forma que as camadas fiquem visíveis, de modo a evidenciar
que se trata de um modelo das camadas internas da Terra. A discussão sobre como o modelo será
construído pode ser encaminhada com toda a turma, antes da distribuição dos estudantes em grupos,
caso julgue mais conveniente.

Assim que cada grupo apresentar uma proposta satisfatória para a construção do modelo,
sinalize para que comecem a confeccioná-lo.
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A seguir, distribua uma folha de sulfite para cada grupo e peça que escrevam um texto em que
estejam identificadas as camadas do modelo que criaram, suas principais características, as
dificuldades enfrentadas durante a confecção, bem como as soluções encontradas para superá-las. Se
achar conveniente, peça que incluam uma foto do modelo.

Chame a atenção dos estudantes para as limitações que um modelo como esse pode
apresentar, como a precisão na proporção entre as camadas e as diferentes composições e
características de cada camada que não puderam ser representadas adequadamente.

Por fim, ajude os estudantes a reorganizar a sala de aula.

Os modelos poderão ficar expostos durante um período em uma área comum da escola e ser
aproveitados em outras aulas como material de apoio.

Aula 2 – A origem das rochas


Duração: cerca de 45 minutos.
Local: sala de aula.
Organização dos estudantes: os estudantes serão agrupados em trios e, ao final, estarão sentados em suas carteiras,
organizados de modo que estejam de frente para o quadro de giz e para o professor.
Recursos e/ou material necessário: quadro de giz, giz, lápis, borracha, caderno, fragmentos de diversas rochas (como
granito, mármore, basalto – ou imagens de diversas rochas de tipos e formatos diferentes), clipes, lupas.

Atividade 1: Características das rochas (30 minutos)

Para a realização desta atividade, tente obter antecipadamente fragmentos de rochas, como
granito, mármore, basalto, etc., em marmorarias, lojas de artesanato ou lojas de minerais. Se possível,
providencie mais de uma amostra para cada tipo de rocha. Para facilitar a preparação da atividade,
identifique as amostras com etiquetas numeradas. Caso não seja possível dispor desse material, há um
procedimento alternativo indicado ao final desta atividade.

Ao iniciar a aula, peça aos estudantes que se organizem em trios. Em seguida, distribua as
amostras de rocha de modo que cada grupo tenha pelo menos duas amostras.

Peça que anotem no caderno as caraterísticas das amostras do grupo de que fazem parte,
coforme modelo de tabela a seguir. Caso seja necessário, ofereça a lupa para que seja possível
visualizar mais detalhes da amostra. Para orientar o trabalho de observação das amostras, disponibilize
aos estudantes uma tabela conforme o modelo a seguir e peça que a preencham. Se desejar,
acrescente outras características ou mantenha apenas aquelas que os estudantes poderão analisar,
considerando o tipo de material disponibilizado.
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Modelo de tabela: características das amostras de rocha

Características Amostras de rocha


Número da
amostra
Cor

Granulação

Dureza

Estrutura

Antes do preenchimento da tabela, oriente os estudantes em relação aos seguintes critérios:

• granulação: finíssima (quando não se consegue observar cristais a olho nu), granulação
média e granulação grossa (quando se percebem os cristais a olho nu);
• dureza: riscável pela unha, riscável por clipes, difícil de riscar;
• estrutura: maciça (com aspecto igual em toda sua extensão), orientada (exibe arranjo
interno definido e característico, que pode ser em camadas, por exemplo).
Depois de preenchida a tabela, solicite aos grupos que troquem de amostra até que todas elas
tenham sido observadas pela turma.

Em seguida, peça aos grupos que discutam internamente sobre as amostras e juntem aquelas
que apresentem características semelhantes. Depois, proponha aos grupos que comparem entre si os
arranjos obtidos, a fim de verificarem se organizaram as rochas da mesma maneira. Por último, discuta
com a turma os critérios de agrupamento aplicados. Pergunte quais foram as dificuldades que
encontraram, como essas dificuldades foram resolvidas e se houve muita variação nos critérios usados
pelos grupos.

Como preparação alternativa para esta atividade, caso não consiga as amostras, busque na
internet imagens de diferentes tipos de rocha (magmáticas, sedimentares e metamórficas) e
componha – com auxílio de um aplicativo para edição de texto ou para criação de apresentações –
fichas com essas imagens, numerando cada uma delas. Não é necessário compor o nome das rochas
nas fichas, mas você deve saber quais rochas foram escolhidas. Providencie cópias impressas dessas
fichas, considerando a quantidade de grupos que serão formados. Lembre-se de que a tabela a ser
utilizada precisará estar adaptada às condições de observação dos elementos no suporte impresso.
Como exemplo, o item “dureza” pode ser substituído por “grau de alteração da rocha”. É possível ainda
suprimir alguma das características indicadas no modelo de tabela, se necessário. Na ocasião da
realização da atividade em sala de aula, distribua as fichas entre os grupos e também a tabela
adaptada. Peça aos estudantes que classifiquem as características das rochas em seus cadernos e que,
ainda em grupo, façam o agrupamento das fichas que apresentem rochas com as mesmas
características. A partir desse ponto, encaminhe a mesma discussão proposta para o trabalho com as
amostras físicas de rochas.
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Atividade 2: Classificação das rochas de acordo com o processo de formação (15 minutos)

Solicite aos estudantes que se sentem individualmente na sala de aula. Faça, para a turma,
uma abordagem expositiva dos processos de formação das rochas. É importante que os estudantes
entendam que as rochas magmáticas são formadas a partir de atividades vulcânicas, quando a lava
esfria e se torna sólida. Elas também podem ser formadas dentro da crosta terrestre, a partir do
magma. Já as rochas sedimentares são formadas por grãos de outras rochas que se depositam em
camadas e se unem ao longo de milhares ou milhões de anos. Por fim, as rochas metamórficas resultam
de transformações sofridas por rochas sedimentares e magmáticas, ocasionadas por altas
temperaturas e intensa pressão.

Como tarefa para casa, faça uma lista das rochas que selecionou para utilizar nesta aula e peça
aos estudantes que classifiquem essas rochas em magmática, sedimentar ou metamórfica, explicando,
no caderno, como as rochas são classificadas de acordo com seu processo de formação. O início da
aula seguinte será aproveitado para concluir a correção desta atividade.

Aula 3 – Fossilização
Duração: cerca de 45 minutos.
Local: sala de aula.
Organização dos estudantes: inicialmente os estudantes estarão sentados em suas carteiras, organizados de modo que
estejam de frente para o quadro de giz e para o professor. Em seguida, formarão um grande semicírculo para
acompanhar a demonstração do professor.
Recursos e/ou material necessário: Quadro de giz, giz, lápis, borracha, caderno, amostras de fósseis (caso possível);
procedimento e material para realização de atividade prática: 1 assadeira retangular, 1 quilograma de areia, 1/2
quilograma de gesso, 1 litro de água, 1 pote plástico, 1 régua pequena, 1 pincel macio de tamanho médio, 1 colher de
pau (essa atividade prática foi baseada na atividade disponível em: <http://chc.org.br/faca-um-fossil-2>; acesso em: 10
jun. 2018).

Reserve alguns minutos no início desta aula para realizar a correção coletiva da tarefa proposta
no final da aula anterior, retomando e sintetizando o conteúdo.

Concluída a correção, inicie o assunto sobre fósseis falando sobre a profissão de paleontólogo
e qual a sua importância. Explique à turma que o paleontólogo é o cientista que estuda a Paleontologia,
que é a ciência que tem como objetivo entender a história da vida na Terra por meio dos fósseis. É
graças aos estudos de paleontólogos, por exemplo, que sabemos que há milhões de anos animais como
os dinossauros viveram na Terra.

Comente com os estudantes que os fósseis mais recentes costumam ser encontrados nas
camadas de rochas mais superficiais e os fósseis mais antigos, em camadas mais profundas.

É importante que os estudantes compreendam que, com base nos estudos de fósseis, é
possível entender como esses animais se alimentavam pela análise de sua arcada dentária, ou, então,
saber como eram os ambientes em que viviam pela análise de fósseis de seu esqueleto.
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Em seguida, explique que as condições para a formação de fósseis são bem específicas,
justificando a pequena quantidade de amostras disponíveis no planeta. Há uma combinação de fatores
químicos, físicos e biológicos para que essa formação ocorra. Essas condições podem ser, de modo
simplificado, o rápido soterramento por sedimentos, que ocorre no fundo de mares e lagos ou no leito
de rios. Nessas condições, há a redução ou o impedimento da atividade de organismos responsáveis
pela decomposição dos seres vivos, como fungos e bactérias. Como as partes mais moles do corpo dos
seres vivos se decompõem mais rapidamente, é mais comum encontrar fósseis de partes duras, como
ossos e dentes de um animal, que de partes moles, como vísceras ou sistema cardiovascular. Ao longo
de milhões de anos, esses sedimentos soterrados se compactam e formam rochas sedimentares. Nesse
tempo, o esqueleto de um animal soterrado, por exemplo, é substituído por minerais, formando um
fóssil que preserva a forma original do animal.

Na sequência, para acompanhamento dos estudantes, disponibilize o procedimento para a


realização da atividade prática, que tem como objetivo simular a formação de um fóssil. Organize o
material necessário e os estudantes de forma que possam acompanhar a demonstração do
experimento. Garanta que toda a turma consiga observar o que está sendo feito e siga as etapas
previstas, relacionando o processo de formação de fósseis aos passos abaixo:

1. Despeje a areia na assadeira.

2. Umedeça a areia até ficar boa para a modelagem e alise-a com a régua para que fique bem
plana. A areia deve ficar cerca de 1 centímetro abaixo da borda da assadeira. Em seguida,
bata a mão em toda a superfície da areia, deixando-a bem compacta.

3. Um dos membros do grupo deve pressionar a mão sobre a areia, de modo que o molde
fique bem definido. Se não der certo, repita o procedimento.

4. Coloque a água no pote plástico e despeje o gesso devagar. Misture bem com a colher de
pau.

5. Despeje devagar a mistura de gesso na assadeira, em cima da areia, a partir do canto da


forma.

6. Aguarde cerca de 30 minutos para que o gesso seque e, então, retire o excesso de areia
com o pincel.
Aproveite o tempo destinado à secagem do gesso para ampliar o conteúdo com os alunos.
Discuta quais são as limitações dessa simulação em relação ao processo real de fossilização, como, por
exemplo, a diferença do tempo para a obtenção do fóssil, que leva milhares de anos para se formar, e
a sedimentação, que não foi representada na atividade prática, entre outros.

Termine a aula explicando que existe um processo de fossilização que não resulta na
preservação de restos de seres vivos e sim em evidências de que ele existiu. Uma concha, por exemplo,
pode ser preenchida e recoberta por sedimentos, como ocorre no processo de formação de rochas
sedimentares. Com isso, mesmo dissolvendo-se após determinado tempo, a forma da concha pode
ficar esculpida na rocha sedimentar que foi formada, evidenciando sua existência. Outros processos
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dão origem às impressões de folhas, dentadas e pegadas de animais. Esses processos são mais
semelhantes à atividade prática realizada. Se possível, leve para a aula amostras de fósseis para que
os estudantes observem.

Caso a secagem avance para além do tempo da aula, guarde o material em local apropriado
na escola e apresente o fóssil “produzido” aos estudantes no próximo encontro.

Aferição do objetivo de aprendizagem


A avaliação do processo de aprendizagem pode ser realizada por meio das atividades
propostas nesta sequência didática e deve considerar o desenvolvimento individual de cada um dos
estudantes.

Em um primeiro momento, espera-se que os estudantes consigam associar as erupções


vulcânicas à constituição da camada interna da Terra (manto). Para aferir esse conhecimento
adquirido, observe se os estudantes foram capazes de comparar as imagens seguindo critérios
definidos e se conseguiram argumentar de forma coerente sobre as diferenças encontradas.

Em um segundo momento, eles devem ser capazes de reconhecer a existência de camadas


internas da Terra e identificá-las. A confecção do modelo das camadas terrestres e o texto elaborado
em grupos na aula 1 podem auxiliar a aferir essa aprendizagem. Para isso, verifique se os estudantes
planejaram adequadamente a confecção dos modelos, se construíram um modelo semelhante ao que
foi planejado, se identificaram as dificuldades encontradas durante o procedimento e se souberam
fazer um uso adequado da linguagem escrita durante a descrição das camadas da Terra. Além disso, é
necessário verificar a participação de cada estudante dentro do grupo. Ele contribuiu para o trabalho?
Ouviu e respeitou as ideias dos colegas? Esteve envolvido na resolução dos problemas que
apareceram?

Em um terceiro momento, é esperado que sejam capazes de relacionar as atividades vulcânicas


com a formação de rochas presentes atualmente na crosta terrestre e reconhecer os diferentes
processos que podem levar à formação das rochas. Essa aprendizagem pode ser avaliada por meio da
participação dos estudantes durante a aula 3 e da correção da tarefa de classificação das rochas.

Por fim, espera-se que sejam capazes de compreender o processo de formação de fósseis e
entendam como modelos podem auxiliá-los na compreensão da existência das camadas internas da
Terra ou de como os fenômenos podem acontecer, mas que tenham consciência de que esses modelos
podem apresentar limitações.

Proponha aos estudantes as questões de autoavaliação a seguir e, a partir das respostas


obtidas, avalie a necessidade de retomar algum conteúdo.
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Questões de autoavaliação

• Eu entendi a relação entre a lava expelida pelos vulcões e o manto?


• Eu compreendi a estrutura e as características das camadas internas da Terra?
• Eu sei como as rochas podem ser classificadas de acordo com seu processo de formação?
• Eu relaciono o processo de fossilização à formação de rochas sedimentares?

Questões para auxiliar na aferição

Além das atividades propostas nessa sequência didática, algumas questões podem ser
utilizadas para aferir a aprendizagem dos estudantes em relação aos objetivos de aprendizagem aqui
explorados. Por exemplo:

1. Faça um desenho mostrando as camadas internas da Terra e a crosta. Em seguida, explique as


diferenças entre sua representação e as características dessas camadas, justificando as limitações
do seu modelo.

2. Escreva um pequeno texto explicando como um fóssil se forma e em que tipo de rocha isso
acontece. Use argumentos para justificar a existência de um número reduzido de fósseis e para
valorizar o estudo da Paleontologia para conhecer a história da vida na Terra.
• O texto pode servir de roteiro para a produção de um pequeno vídeo, que pode ser
compartilhado com a comunidade escolar.

Gabarito das questões

1. É esperado que os estudantes representem no desenho a crosta, o manto e o núcleo na posição


adequada. Com relação às limitações do modelo, os estudantes podem citar a impossibilidade de
representar as camadas em seu tamanho real e de representar características como a
temperatura, a textura, a composição, etc.

2. No texto, os estudantes devem explicar que as condições para a formação de fósseis são bem
específicas e esse é o motivo de haver apenas uma pequena quantidade de amostras disponíveis
no planeta. Em geral, ao morrer, os organismos são decompostos. Para a formação de fósseis, deve
haver uma combinação de fatores químicos, físicos e biológicos. Essas condições podem ser, de
modo simplificado, o rápido soterramento por sedimentos, que ocorre no fundo de mares e lagos
ou no leito de rios. Nessas condições, há a redução ou o impedimento da atividade de organismos
responsáveis pela decomposição dos seres vivos, como fungos e bactérias. Como as partes mais
moles do corpo dos seres vivos se decompõem mais rapidamente, é mais comum encontrar fósseis
de partes duras, como ossos e dentes de um animal. Ao longo de milhões de anos, esses
sedimentos soterrados se compactam e formam rochas sedimentares, que são o tipo de rocha em
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que os fósseis são encontrados. Nesse tempo, o esqueleto de um animal soterrado, por exemplo,
é substituído por minerais, formando um fóssil que preserva a forma original do animal.

Além disso, eles também devem abordar o importante papel dos fósseis na reconstrução de parte
da história do planeta. Devem destacar que os paleontólogos são os cientistas que têm como
objetivo entender a história da vida na Terra por meio dos fósseis.

Caso haja disponibilidade de recursos audiovisuais, ajude os estudantes a transformar o texto em


roteiro e a gravar o vídeo.

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