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Com Ciência e

Educação na escola
Fonte: Canva.com, 2020.

Descobrindo Ciências e o
Ciclo Hidrológico

Práticas pedagógicas
dialógicas

Ana Cristina Melo Leite da Cunha


Antônia Diniz
Edvan Ferreira de Meneses
Valdenir Cardoso Gomes de Melo Junior
Esta imagem foi construída com o objetivo de representar o pensamento de
Zabala (1998), que afirma a importância de meninos e meninas como o centro
no processo das práticas pedagógicas dialógicas. Ao redor dos estudantes,
estão representações das atividades propostas nesse fascículo como a música,
livros/cordel, quadro e vídeos em diferentes dispositivos (smartphone,
computador e tablet).

ATIVIDADES
Atividade 1
Ciclo hidrológico: mudanças do estado físico da água

Atividade 2:
Ciclo hidrológico: suas implicações na agricultura, no clima, na
geração de energia elétrica

Atividade 3:
O ciclo hidrológico no provimento de água potável

Atividade 4:
O Ciclo hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas

Outras possibilidades

Para concluir
2

Competências da BNCC
Este fascículo é baseado na turma de 5º ano do ensino fundamental de Ciências
da Natureza e utiliza a Base Nacional Curricular Comum (BNCC), que é o documento
oficial normatizador e responsável por definir o grupo orgânico e progressivo
relacionado as aprendizagens essenciais da Educação Básica. Ela reúne dez
competências gerais, necessárias ao desenvolvimento do estudante: conhecimento,
pensamento crítico e criativo, repertório cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e
projeto de vida, argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e cooperação
e responsabilidade e cidadania. Diversas competências são relacionadas as suas
respectivas áreas do conhecimento, bem como, possuem diversas habilidades
necessárias. As competências específicas da BNCC de Ciências da Natureza são:
i. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e
o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico;
ii. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das
Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e
procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no
debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo
do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma
sociedade justa, democrática e inclusiva;
iii. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos
relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como
também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a
curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções
(inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da
Natureza;
iv. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da
ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do
mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho;
v. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações
confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a
consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo
e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem
preconceitos de qualquer natureza;
vi. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e
comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações,
produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de
forma crítica, significativa, reflexiva e ética;
vii. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar,
compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e
respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da
Natureza e às suas tecnologias;
viii. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade,
flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos
das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-
tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva,
com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários.
3

1 Atividade 01
Ciclo hidrológico: mudanças do estado físico da água

1.1 Resumo
Este plano sequenciado foi elaborado por Edvan Ferreira de Meneses e conforme
Andrade (2018), para que um ensino integral forme cidadãos críticos, é necessário
oferecer caminhos que possibilitem construir a capacidade de analisar o mundo ao seu
redor, fazer escolhas e ser feliz.
Este fascículo visualiza os estudantes como seres únicos, com interesses e talentos
que respondem a estímulos de aprendizagem, logo, não se buscou uma verdade
absoluta, mas, seus saberes.
As etapas que envolvem a conceitualização usam mão da exposição dialogada
envolvendo os discentes em perguntas desafiadoras, exemplos através de sua
realidade, a partir do que eles precisam e desejam aprender.

1.1.1 Público-alvo
Turma de 10 (dez) a 30 (trinta) discentes.

1.1.2 Carga horária


O período de execução compreenderá 2 (duas) aulas, com duração de 3 (três) horas
cada, no total de 6 (seis) horas.

1.1.3 Objetivo geral


Compreender os estados físicos da água e reconhecer os processos de mudanças de
estado para que o estudante possa resolver problemas relativos a situações ou ciclos
que envolvem o uso da água em seu contexto.

1.1.4 Objetivos específicos


i. Identificar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre a mudança de
estado físico da matéria;
ii. Contextualizar as mudanças climáticas com as alterações da água em nosso
meio;
iii. Levantar pontos chave sobre os problemas apresentados;
iv. Reconhecer os estados físicos da matéria e suas mudanças a partir da
problematização e teorização;
v. Levantar hipóteses como soluções para os pontos levantados;
vi. Alcançar a aplicação dos conhecimentos a sua realidade;
vii. Realizar avaliações pertinentes.

1.1.5 Conteúdos
Mudanças climáticas. Estados físicos da água: estado sólido, estado líquido, estado
gasoso. Mudanças de estado da água: fusão, vaporização, solidificação, liquefação e
sublimação.

1.1.6 Organização da turma


Os discentes deverão formar grupos para a análise dos problemas, porém todos
estarão com seu caderno e lápis/caneta para resolução de alguns exercícios.

1.1.7 Recursos educacionais


Caderno, lápis ou caneta, recorte de palavras chaves (terceira atividade), fita crepe,
data show, imagens e vídeos.

1.1.8 Áreas que também podem ser abordadas


Integração das diferentes áreas do conhecimento por meio da transdisciplinaridade:
linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

1.1.9 Tendência educacional


Será usada a personalização, pois busca construir uma sala de aula mais significativa
4

para todos, pois as trajetórias são únicas e o estudantes estará no centro da proposta
pedagógica e sendo o principal agente do seu aprendizado, superando vários

desafios (ANTUNES, 2019).

1.1.10 Metodologia
As aulas foram planejadas a partir da metodologia da Problematização, seguindo as
etapas descritas por Babel, 1998, 2012, as suas características envolvem:
i. A utilização de situações em que os temas estejam relacionados com a vida
em sociedade;
ii. A possibilidade de contextualizar determinados temas de uma disciplina, e de
várias disciplinas;
iii. A ação docente como ponto de partida para a execução da metodologia;
iv. Um tratamento reflexivo e crítico dos temas e a flexibilidade de local de
estudo e aprendizagem;
v. A realidade social como ponto de partida e de chegada dos estudos;
vi. A necessidade de algum tipo de intervenção na realidade, na mesma
realidade na qual foi observado o problema, dentro do nível possível de
atuação permitido pelas condições gerais de aprendizagem, de envolvimento
e de compromisso social do grupo.

1.1.11 Habilidades (BNCC)


Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado físico da água para explicar
o ciclo hidrológico e analisar suas implicações na agricultura, no clima, na geração de
energia elétrica, no provimento de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas
regionais (ou locais).

1.1.12 Descritores
Reconhecer as transformações físicas da água.
Reconhecer relações de dependência dos seres vivos entre si e com o ambiente.

1.2 Aula 01 - O ciclo hidrológico e as mudanças nos estados físicos


da água

1.2.1 Conteúdo
Mudanças climáticas. Estados físicos da água: estado sólido, estado líquido, estado gasoso.

1.2.2 Tempo da atividade


Primeira parte: uma hora para levantar os conhecimentos prévios dos discentes a partir da
atividade apresentada. Segunda parte: duas horas para a problematização do tema e
formulação dos pontos chave.

1.2.3 Organização da turma


A turma será organiza inicialmente de forma circular na sala de aula, para visualização e
discussão dos temas e experiências elencadas na atividade. Posteriormente, os estudantes
serão divididos em grupos de até 5 (cinco) integrantes, para discussão da problematização e
das fontes que serão utilizadas. Essa atividade tem como perspectiva, uma sala com um total
entre 10 (dez) e 30 (trinta) estudantes.

1.2.4 Recursos educacionais


Serão utilizados lápis preto, caderno, marcadores de quadro branco, projetor e computador.

1.2.5 Introdução
Uma imagem será projetada e os discentes serão provocados a falar sobre seus
conhecimentos, a partir dos seguintes questionamentos:
i. Por que a imagem central tem o título planeta água?
ii. A água tem muita importância para a nossa vida?
iii. O que não seria possível fazer ou existir se não existisse água?
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iv. Em nossa região, existe falta de água?


v. A água que temos em casa é a mesma água que existe nos gelos da Antártida?
vi. Como surge a água da chuva?
vii. Como surge a neve?
viii. Como / por que a água em uma panela fervendo some?
ix. Como / por que a água colocada no congelador vira gelo?
Os discentes serão divididos em grupos de até 05 (cinco) integrantes, para a realização de
um texto sobre a importância da água para a vida na terra, bem como, a situação atual na sua
região, estado e cidade, conforme a Figura 01: Fonte: Pixabay

Figura 01 - A distribuição da água no planeta terra

A imagem acima representa o planeta Terra, com destaque para a grande quantidade de água no
planeta, que representa 70% da superfície terrestre.

1.2.6 Desenvolvimento
Uso da problematização objetivando valorizar seus conhecimentos através da formulação de
hipóteses e do direcionamento da aula a partir do discurso discente:
i. Mudanças climáticas: Para a introdução e definição do problema é necessário que o
mediador apresente uma imagem por vez descrevendo os eventos que estão
expressos. O mediador precisa contextualizar que o planeta terra está passando por
grandes transformações que atingem diretamente a relação da água com a vida
humana. Essas transformações muitas vezes são desencadeadas pela ação humana
para a produção de bens e serviços, porém o mediador não poderá citar diretamente
os estados físicos da água envolvidos nessas mudanças, essa constatação deverá
partir dos discentes nas atividades afrente, instigue a autonomia deles.
Como estamos inseridos na natureza, modificando-a para a produção de nossa
sobrevivência, também somos atingidos com os efeitos que essas modificações possam vir a Fonte: Nasa, 2
acarretar no equilíbrio do planeta.

Figura 02 - Degelo do Ártico


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A imagem acima contrasta a grande quantidade de gelo no Ártico em 1979 e sua diminuição
significativa já no ano de 2007.

Figura 03 - Enchente Figuras 04 - Rio secando

Fonte: Santana, 2020. Fonte: Soto, 201

A imagem apresenta três carros parcialmente A imagem contém um cenário com terra seca e
submersos em uma rua com chuva, enquanto com muitas rachaduras, aonde anteriormente
vários outros veículos estão parados e um existia um rio.
pouco afastados.

Figura 05 - Umidade relativa do ar (seco)

Fonte: OMS e Unicamp, 2019.

A imagem apresenta um garoto com espirrando e com um lenço na


mão. Também são elencados por meio de texto, os efeitos negativos
do ar seco e os cuidados necessários para evita-los.

1.2.7 Conclusão
Após o diálogo com discentes, peça para que cada grupo discuta sobre os elementos do
problema, estabelecendo pontos chave de quais (os nomes das alterações), como (como eles
influenciam em nossa vida) e por que (falta de saneamento, desperdício) essas mudanças
estão afetando a vida.
Use as imagens anteriormente apresentadas como exemplos para responder “quais?”,
“como?” e “por que?” algumas alterações climáticas podem alterar a nossa vida.
Para a finalização das discussões das equipes, os grupos deverão relatar os pontos
elencados.
7

1.2.8 Avaliação
A avaliação realizada será a entre pares onde os estudantes irão fazer comentários sobre o
trabalho dos outros, e serão avaliados por eles. Peça para que os estudantes acrescentem
informações em suas hipóteses para uso na próxima aula.
1.2.9 Referências bibliográficas
ANTUNES, J. Aprendizagem personalizada: um caminho educacional sem volta. Disponível
em: https://tecnologia.educacional.com.br/blog-inovacao-e-tendencias/aprendizagem-
personalizada/. Acesso em: 27 jun. 2020.
ANDRADE, K. Guia definitivo da educação 4.0. Disponível em:
http://www.plannetaeducacao.com.br/portal/arquivo/editor/file/ebook-educacao4.0-
planneta.pdf. Acesso em: 27 jun. 2020.
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. A problematização e a aprendizagem baseada em
problemas: diferentes termos ou diferentes caminhos? Interface-Comunicação, Saúde,
Educação, v. 2, n. 2, p. 139-154, 1998.
BERBEL, Neusi Aparecida Navas. A metodologia da problematização em três versões no
contexto da didática e da formação de professores. Revista Diálogo Educacional, v. 12, n.
35, p. 101-118, 2012.
BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE,
novembro de 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf.
Acesso em: 20 jun. 2020.
NASA. Vídeo comovente mostra ursos polares nadando em busca de gelo no Ártico.
Anda, 2014. Disponível em: https://www.anda.jor.br/2014/07/video-comovente-mostra-ursos-
polares-nadando-busca-gelo-artico/. Acesso em 29 de junho de 2020.
OMS; UNICAMP. Efeitos negativos do ar seco. Climatempo, 2019. Disponível em:
https://www.climatempo.com.br/noticia/2019/04/04/por-que-o-ar-seco-e-ruim-para-a-saude--
3686. Acesso: 27 jun. 2020.
PIXABAY. Mapa da terra. Pixabay, 2020. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2020/02/04/16/58/map-4818826_1280.jpg. Acesso: 27 jun.
2020.
SANTANA, Werther. Recuperar carro de enchente pode custar mais de R$ 20 mil.
Estadão, 2020. Disponível em: https://jornaldocarro.estadao.com.br/servicos/recuperar-carro-
de-enchente-mais-de-r-20-mil/. Acesso em 29 de junho de 2020.
SOTO, César. O velho Chico secou. Istoé, 2014. Disponível em:
https://istoe.com.br/384457_O+VELHO+CHICO+SECOU/. Acesso em: 27 jun. 2020.

1.3 Aula 02 - O ciclo hidrológico e as mudanças nos estados físicos


da água

1.3.1 Conteúdo
Mudanças climáticas. Estados físicos da água: estado sólido, estado líquido, estado gasoso.

1.3.2 Tempo da atividade


Primeira parte: duas horas para realizar a contextualização observando os conhecimentos
prévios dos discentes a partir das atividades da aula anterior. Segunda parte: uma hora para
as avaliações.

1.3.3 Organização da turma


A turma será organiza inicialmente de forma circular na sala de aula, para visualização e
discussão dos temas e experiências elencadas na atividade. Posteriormente, os discentes
serão divididos em grupos de até 5 (cinco) integrantes, para discussão da problematização e
das fontes que serão utilizadas. As atividades tem como perspectiva, uma sala com um total
de estudantes entre 10 (dez) e 30 (trinta) estudantes.
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1.3.4 Recursos educacionais


Caderno, lápis ou caneta, tesoura, fita crepe, data show, imagens e vídeos.

1.3.5 Introdução
Exposição dialogada dos conteúdos que acontecerá a partir da exposição de imagens e
vídeos. Fonte: Shutterstock, 2016.
A partir da imagem a seguir contextualize com a aula anterior como a água naturalmente se
apresenta na natureza em três seus três estados físicos, sólido, líquido e gasoso. Pergunte
norteadora aos discentes: O gelo, a chuva e o vapor têm elementos essenciais (moléculas)
que diferenciam o seu estado? Se sim você sabe qual? Para iniciar a resposta para esse
questionamento, exponha a imagem com os estados físicos da água.

Figuras 06 - Estados físicos da água

A imagem apresenta três estados físicos da água, com um zoom


em cada para o agrupamento de suas moléculas: o primeiro por
meio de cubos de gelo (estado sólido); o segundo com um copo
de água (estado líquido); e o terceiro com uma nuvem (estado
gasoso).

Como sugestão reproduza os vídeos:


i. O ciclo da água (Anagov, 2014), disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=vW5-xrV3Bq4
ii. Mudanças de estados físicos da água (Passinato, 2017), disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=GYv8En7pqaY.

1.3.6 Desenvolvimento
A partir dos conceitos discutidos e dos vídeos reproduzidos será realizado a atividade a
seguir:
i. A Figura 07 deverá ser retroprojetada no quadro;
ii. Alguns discentes devem pegar os nomes impressos (gasoso, líquido, evaporação,
condensação, infiltração, percolação e bacia hidrográfica) e colar no lugar adequado;
iii. Após colocar o nome, o estudante deverá explicar o conceito que envolve o termo;
iv. Importante que os nomes sejam impressos em tamanhos grandes para que toda a
sala possa ver o nome;
v. Quando ele não souber o conceito, outro discentes deverão ser selecionados para
responder;
vi. Devem ser feitas várias rodadas para que todos os estudantes possam participar,
auxiliando no processo de memorização dos conceitos;
vii. Como estamos inseridos na natureza, modificando-a para a produção de nossa
sobrevivência, também somos atingidos com os efeitos que essas modificações
possam vir a acarretar no equilíbrio do planeta.

Figura 07 - Ciclo da água


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Fonte: Santos, 2015.

A imagem apresenta um cenário


com céu e nuvens, campo verde,
árvores, lago, rio, passagem
subterrânea da água, além de setas
na cor azul que representam o ciclo
da água.
1.3.7 Conclusão
Os discentes deverão buscar as hipóteses elencadas na primeira atividade (principalmente os
pontos que surgiram no item porque, devendo apresentar soluções para os problemas
encontrados.
Por meio das observações verificadas durante as aulas, dos exercícios e dos resultados
alcançados, será apresentado um feedback.
É essencial que o mediador observe individualmente o progresso de cada estudantes,
identificando as lacunas e disponibilizando atividades complementares (se necessário).
A partir das respostas de quais, como, por que e do referencial teórico sobre as alterações
nos estados físicos da água, os discentes apresentarão soluções para os problemas
encontrados (relacionadas, por exemplo, a família e o governo para mudanças na casa deles,
no bairro, no estado, no pais e no mundo).

1.3.8 Avaliação
É importante que o mediador solicite que cada discentes faça uma autoavaliação ponderando
sobre a extensão daquilo que de fato conseguiu abarcar, emitindo juízos sobre aspectos
específicos de suas conquistas.
A auto avaliação, no entanto, não se basta em si mesma. Os estudantes devem aprender a
se avaliar e para tanto, necessitam de feedbacks sobre sua capacidade em fazê-lo.
Uma avaliação sobre a metodologia, os procedimentos e instrumentos usados na aula
também serão realizadas.
Sugere-se que os discentes façam um breve texto sobre a forma de avaliar e si próprio e a
aula, que deverá ser entregue ao mediador e servirá para o planejamento das próximas
aulas.

1.3.9 Referências bibliográficas


ANAGOV. O Ciclo da Água (Ciclo Hidrológico). Youtube, 2017. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=vW5-xrV3Bq4. Acesso em: 27 jun. 2020.
PASSINATO, Cristiana de Barcellos. Mudança de Estado Físico da Matéria - um nome para
cada transformação. Youtube, 2017. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=GYv8En7pqaY. Acesso em: 27 jun. 2020.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. Ciclo da água. Brasil Escola, 2015. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/ciclo-agua.htm. Acesso em 30 de junho de 2020.
SHUTTERSTOK. Estados físicos da matéria. Infoescola, 2016. Disponível em:
https://www.infoescola.com/quimica/estados-fisicos-da-materia/. Acesso em: 27 jun. 2018.
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2 Atividade 02
Ciclo hidrológico: suas implicações na agricultura,
no clima, na geração de energia elétrica

2.1. Resumo
Este plano sequenciado foi elaborado por Antônia Diniz e está ancorado em Zabala
(1998), e em outras bibliografias, pois objetiva alcançar resultados significativos.
Assim, com intuito de proporcionar uma leitura clara acerca do tema, cito o conceito
que define suscintamente o vocábulo clima.

O clima é o conjunto de fenômenos associados às variações do tempo da


atmosfera terrestre em um determinado local. Como um elemento da
atmosfera, o clima está em constante interação com os elementos e
fenômenos da hidrosfera, da atmosfera e da biosfera, alterando e sendo
alterado por esses diversos componentes (PENA, 2020).

Por se tratar de um conteúdo abrangente, o clima está diretamente ligado ao ciclo


hidrológico, agricultura; geração de energia elétrica e ecossistema, logo, considerando
Zabala (1998), pode ser trabalhado na perspectiva da transdisciplinaridade (geografia,
história, língua portuguesa, matemática e etc).

2.1.1 Público-alvo
Turma de 20 (vinte) a 30 (trinta) discentes.

2.1.2 Carga horária


3 (três) aulas, com 3 (três) horas de duração cada.

2.1.3 Objetivo geral


Compreender as inter-relações climáticas com o ciclo hidrológico, com vistas à percepção da
importância do clima para a manutenção da vida no planeta Terra.

2.1.4 Objetivos específicos


i. Verificar os conhecimentos prévios dos discentes, acerca das implicações do
clima no ciclo hidrológico;
ii. Conhecer os tipos do clima do Brasil, fatores e elementos;
iii. Experienciar situações, elementos e sensações que denotem alterações
climáticas e seus impactos no meio ambiente.

2.1.5 Conteúdo
i. A importância do clima no equilíbrio dos ecossistemas e sua relação com o
ciclo hidrológico;
ii. Diferença entre clima e tempo;
iii. A agricultura e sua dependência do ciclo hidrológico;
iv. Os impactos das ações humanas;
v. Atitudes de preservação ambiental;
vi. A água como fonte de energia elétrica.

2.1.6 Organização da turma


A sala de aula terá aspectos diversificados: grande círculo, pequenas rodas dialógicas e
grupos.

2.1.7 Recursos educacionais


Data show, notebook, Internet, cartolinas, lápis de cor, pincéis multicores, isopor, garrafa
térmica, copos reutilizáveis, livro didático Ciências: Aprender Juntos - 5º Ano.
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2.1.8 Áreas que também podem ser abordadas


Integração das diferentes áreas do conhecimento por meio da transdisciplinaridade:
linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

2.1.9 Tendência educacional


A experimentação, conforme Santos (2005).

2.1.10 Metodologia
Sala de aula invertida, rodas dialógicas, grupos e experimentação.

2.1.11 Habilidades (BNCC)


Aplicar os conhecimentos sobre as mudanças de estado físico da água para explicar o ciclo
hidrológico e analisar suas implicações na agricultura, no clima, na geração de energia
elétrica, no provimento de água potável e no equilíbrio dos ecossistemas regionais (ou locais).

2.1.12 Descritores
Relacionar atividades humanas à energia elétrica.
Identificar comportamentos individuais de preservação da água na natureza.

2.2 Aula 01 - Ciclo hidrológico: suas implicações na agricultura, no clima, na


geração de energia elétrica
2.2.1 Introdução
O professor apresentará o tema que será trabalhado e irá propor que cada discente expresse
em palavras e mímicas o que é o clima. Os meninos e meninas demonstrarão seus
conhecimentos prévios sobre o tema para que o docente possa partir das realidades destes
para conduzir o ensino e aprendizagem.
A turma será dividida em 06 (seis) grupos, que usarão cartolinas para representar em
desenhos os seguintes subtemas:
i. Diferença entre clima e tempo;
ii. A agricultura e sua dependência do ciclo hidrológico;
iii. Os impactos das ações humanas;
iv. Atitudes de preservação ambiental;
v. A água como fonte de energia elétrica.

2.2.2 Desenvolvimento
O professor demonstrará através de data show, imagens ilustrativas das quatro estações do
ano, o mapa regional com os tipos de climas do Brasil, ilustração de produção de energia
elétrica, vegetação e fatores climáticos para que os estudantes relacionem estas imagens aos
seus conhecimentos já adquiridos e manifestados nas ilustrações por eles elaboradas afim de
ampliar estes conhecimentos.

Figura 08 - As quatro estações do ano Fonte: Pixaba

A imagem representa as quatros estações do ano por meio de árvores: a primeira possui flores e
folhas verdes (primavera); a segunda possui folhas verdes e grama (verão); a terceira possui folhas
amarelas e alaranjadas caindo (outono); e por fim, a última árvore não possui folhas, mas, tem seus
galhos cobertos por neve (inverno).
12

Figura 09 - Clima do Brasil

Fonte: Abril, 2016

A imagem apresenta o mapa do Brasil, de acordo com o tipo clima (equatorial, tropical, semiárido,
tropical de altitude, tropical atlântico e subtropical) relacionada ao local de abrangência, por cor.

Figura 10 - Produção de energia elétrica

Fonte: Pixabay

A imagem apresenta uma usina hidrelétrica, com destaque para uma barragem com água.
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Figuras 11 e 12 - Vegetação e fatores climáticos

Fonte: Pixabay

A primeira imagem apresenta uma plantação saudável, na cor verde. Já a segunda figura, mostra um
local com vegetação rasteira e seca, na cor areia.

2.2.3 Conclusão
Questões propostas para serem pesquisadas em casa e discutidas na próxima aula:
i. Buscar contribuição dos familiares e perguntar como era o clima no passado;
ii. O que mudou?
iii. O que eles mais gostavam do clima naquela época?
iv. Indagar se aumentou ou diminuiu o índice de chuvas na sua região;
v. O que seus familiares destacam como causa destas mudanças?
vi. Relate sobre a aula, se foi produtiva, o que você já conhecia e o que acrescentaria?

2.2.4 Avaliação
A avaliação feita pelo professor, ocorrerá durante toda execução da aula e se pautará nas
habilidades e competências: corpóreas comunicacionais, criativas, colaborativas e
interacionais com o meio e com seus pares, os grupos se avaliarão através de formulário, que
atribuirá conceitos: (excelente, bom, regular e ruim). sobre o desempenho de cada grupo,
criatividade e participação e problematização.

2.2.5 Referências bibliográficas


ABRIL. Atmosfera: Climas do Brasil. Guia do estudante, 2016. Disponível em:
https://abrilguiadoestudante.files.wordpress.com/2016/07/aula-11-pag 80.jpg?
quality=100&strip=info. Acesso: 27 jun. 2020.
BASTOS, Izique; B. Alice Beatriz. A técnica de grupos operativos à luz de PichonRivière e
Henri Wallon. São Paulo: Psicólogo em informação, 2010. Disponível em:
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-88092010000100010.
Acesso em: 27 jun. 2020.
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de
aprendizagem. Rio de Janeiro, LTC, 2016.
BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE,
novembro de 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf.
Acesso em: 20 jun. 2020.
MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
PENA, Rodolfo F. Alves. "O que é clima?"; Brasil Escola, 2015. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/geografia/o-que-e-clima.htm. Acesso: 27 jun. 2020.
PIXABAY. Campo. Pixabay, 2018. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2014/11/16/15/15/field-533541_1280.jpg. Acesso: 27 jun. 2020.
PIXABAY. Quatro estações: árvores. Pixabay, 2013. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2013/07/13/11/45/seasons-158601_1280.png. Acesso: 27 jun.
2020.
14

PIXABAY. Hidrelétrica. Pixabay, 2018. Disponível em:


https://cdn.pixabay.com/photo/2016/11/08/12/19/wisconsin-1808154_1280.jpg. Acesso: 27
jun. 2020.
PIXABAY. Soja. Pixabay, 2018. Disponível em:
https://cdn.pixabay.com/photo/2018/05/02/19/35/dam-3369500_1280.jpg. Acesso: 27 jun.
2020.
SANTOS, C. S. Ensino de Ciências: abordagem histórico – crítica. Campinas: Armazém do
ipê, 2005.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998.

2.3 Aula 02 - Ciclo hidrológico: suas implicações na agricultura, no clima, na


geração de energia elétrica

2.3.1 Introdução e desenvolvimento


A história em quadrinhos (Turma da Mônica), projetada via data show, introduzirá esta aula e
terá por finalidade estimular o processo de assimilação do conhecimento sobre o tema em
questão. A leitura dos quadrinhos e a descrição das imagens serão realizadas pelos
estudantes que poderão relacionar situações vivenciadas por eles cotidianamente, conforme
a aula anterior (trinta minutos).

Figura 13 - Turma da Mônica: Granizo

Fonte: Souza, 2015.

Trecho retirado do gibi, a Turma da Mônica, com um diálogo divertido sobre a formação de granizo.
15

Figura 14 - Turma da Mônica: Granizo

Fonte: Souza, 2015.

Trecho retirado do gibi, a Turma da Mônica, com um diálogo divertido sobre a formação de granizo.

O resultado da pesquisa sobre a aula anterior, será discutido numa roda dialógica, a qual será
mediada pelo professor, com os discentes na centralidade do debate, construindo
conhecimento (duas horas).

2.3.2 Conclusão
Ao final da aula o mediador proporá que a turma escolha os recursos que preferir para
estudar sobre o tema proposto (livro didático Ciências: Aprender Juntos - 5º Ano, internet,
vídeo aulas, revistas e etc), para trazer contribuições científicas a serem aprimoradas a partir
da generalização apresentada pelo docente na aula sobre experimentação (30 minutos).

2.3.3 Avaliação
O processo avaliativo será contínuo, pois não limita os estudantes a ansiarem as múltiplas
possibilidades em aprender. Itens avaliados: participação, habilidades comunicacionais,
iniciativa, criatividade, capacidade de contextualizar a teoria com a prática, familiaridade com
o tema, argumentação capacidade de resolução de problemas.
Os discentes receberão um formulário com as opções para eles avaliarem: a si mesmo, e
seus colegas atribuindo conceitos: (excelente, suficiente e insuficiente), que serão
respondidos, repassados ao docente para auxiliar no processo formativo de todos.

2.3.4 Referências bibliográficas


MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
SOUZA, Maurício. Turma da Mônica: Granizo. Turma da Mônica, 2015. Disponível em:
http://turmadamonica.uol.com.br/home/. Acesso: 27 jun. 2020.
16

2.4 Aula 03 - Ciclo hidrológico: suas implicações na agricultura, no clima, na


geração de energia elétrica

2.4.1 Introdução
Nesta aula, o professor utilizará as metodologias ativas, explorando a tendência da
experimentação com intuito de demonstrar na prática possibilidades de aprendizado
relacionando o concreto ao abstrato ou vice-versa.
Ao iniciar a aula o professor pedirá para os discentes realizarem uma reflexão sobre tudo que
foi discutido durante as duas aulas anteriores, para que eles pensem no que poderia ser
melhorado nas práticas educativas sobre o ensino e aprendizagem concernente ao clima
(trinta minutos).

2.4.2 Desenvolvimento
O docente levará um isopor com blocos de gelo, uma garrafa térmica com achocolatado
quente para a sala de aula. Uma mesa será posta ao centro da sala e as cadeiras em um
grande círculo. Na mesa ficará o isopor, a garrafa térmica e os copos reutilizáveis e em
seguida o professor mediará de forma organizada a manipulação dos discentes com
bloquinhos de gelo. Durante esse processo o professor apresenta conceitos científicos que
são construções teóricas que partem da realidade, com vistas a promover maior aproximação
do homem com o meio.
Todos deverão experimentar as sensações que estão intimamente ligadas às mudanças
climáticas. Os estudantes serão orientados a ficarem sentados e o docente lhe servirá o
achocolatado quente (o qual pedirá atenção para não se queimarem), além de observarem a
fumaça saindo do achocolatado e sumindo no ar (duas horas).

2.4.3 Conclusão
Eles serão instigados pelo professor a contextualizar as mudanças climáticas à sua realidade,
perceberão que a teoria é indissociável da prática e conscientizar-se-ão sobre a importância
de preservar o meio ambiente para que haja o equilíbrio dos ecossistemas e a manutenção
da vida na Terra (trinta minutos).
Desse modo, espera-se alcançar resultados significativos com a execução desta proposta de
práticas educativas integradoras, que visam proporcionar um ambiente participativo e
desenvolver nos discentes criticidades, empatia, solidariedade, respeito e autonomia.

2.4.4 Avaliação
O processo avaliativo, deverá ser contínuo e formativo, por isto, o professor avaliará a turma
coletivamente e individualmente, levando em conta, todo o processo do ensino e
aprendizagem no tocante a temática clima serão somadas às avaliações, utilizando-se de
métodos variados que possam constatar que o conteúdo debatido foi assimilado.

2.4.5 Referências bibliográficas


MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
SANTOS, C. S. Ensino de Ciências: abordagem histórico – crítica. Campinas: Armazém do
ipê, 2005.
17

3 Atividade 03
O ciclo hidrológico no provimento de água potável

3.1 Resumo
A presente tendência didática foi realizada por Ana Cristina Melo Leite da Cunha e tem
como base os pressupostos de Zabala (1998), com o propósito de abordar uma
aprendizagem mais significativa, por meio das metodologias ativas. Portanto, as aulas
propostas vêm corroborar com as ideias de Moran (2018), ao afirmar que é possível
realizar uma aula ativa, mesmo em um cenário ainda enraizado ao método tradicional.
Sendo o método ativo passível de mudanças progressivas e podendo ser adaptado as
diferentes realidades no processo de ensino-aprendizagem.

3.1.1 Público-alvo
Turma de 20 (vinte) a 30 (trinta) discentes.

3.1.2 Carga horária


2 (duas) aulas, com 3 (três) horas de duração cada.

3.1.3 Objetivo geral


Compreender o ciclo hidrológico no provimento de água potável através da aprendizagem
ativa.

3.1.4 Objetivos específicos


i. Dialogar sobre os conhecimentos prévios dos discentes a respeito do ciclo
hidrológico, em relação à água potável;
ii. Promover reflexões coletivamente com os discentes com base em suas
perspectivas e curiosidades sobre o ciclo hidrológico no tocante aos conceitos
e problemáticas acerca da água potável no Brasil;
iii. Experienciar o ciclo hidrológico acerca da água potável e de sua poluição.

3.1.5 Conteúdo
As informações sobre o tema “ciclo hidrológico no provimento de água potável”, foram
elencadas de acordo com a BNCC e com auxílio do livro de Ciências: Aprender Juntos - 5º
Ano, escrito por Cristiane Motta (2018).

3.1.6 Organização da turma


Na primeira aula, a organização da turma acontecerá em duas etapas: a) primeira etapa da
aula (conhecimentos prévios), a turma estará organizada em formato de semicírculo, voltada
para a lousa; b) segunda etapa, os estudantes estarão organizados em pequenos grupos
(cinco pessoas).
Já na segunda aula, a organização será inversa: a) primeira etapa da aula, os discentes
continuarão organizados nos mesmos grupos formados na aula anterior; b) segunda etapa, a
organização da turma será em semicírculo, voltada para a lousa.

3.1.7 Recursos educacionais


Serão utilizados nas aulas os seguintes recursos: livro didático (Coleção Ciências: Aprender
Juntos - 5º Ano), lousa/quadro, pincel, projetor, computador, internet, lápis, caneta, caderno,
jarras transparentes e utensílios encontrados nos mares/rios/igarapés (sacola de plástico,
tampas de garrafas, etc.).

3.1.8 Áreas que também podem ser abordadas


Integração das diferentes áreas do conhecimento por meio da transdisciplinaridade, como por
exemplo, linguagens, matemática, ciências da natureza e ciências humanas.

3.1.9 Tendência educacional


Utilização de Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e a experimentação de acordo com
Santos (2005).
18

3.1.10 Metodologia
A metodologia adotada será ativa, por meio da sala de aula invertida com utilização da
tendência educacional AVA e da experimentação.

3.1.11 Habilidades (BNCC)


Identificar os principais usos da água e de outros materiais nas atividades cotidianas para
discutir e propor formas sustentáveis de utilização desses recursos.

3.1.12 Descritores
Identificar o tratamento de água como providência essencial para a saúde individual e
coletiva.
Identificar comportamentos individuais de preservação da água na natureza.

3.2 Aula 01 - O ciclo hidrológico no provimento de água potável


3.2.1 Introdução
A aula começará com o professor escrevendo no quadro/lousa o termo água potável e
indagará aos meninos e meninas individualmente, qual a primeira palavra que imaginam. A
medida que responderem, o docente escreverá cada significado atribuído pelos mesmos, no
quadro ao redor da palavra inicial.
Mediante todas as respostas apresentadas, será realizada uma breve contextualização do
conceito de água potável a partir do ciclo hidrológico, associando-a aos conhecimentos
prévios dos discentes.
A seguir, serão levantadas questões com o intuito de descobrir quais são as curiosidades dos
estudantes e o quê os mesmos desejam estudar sobre o tema. As referidas indagações serão
em formato de diálogo ou discussão com os discentes, em relação as falas apresentadas.
Esta etapa será realizada em 1 (uma) hora, podendo este tempo ser estendido caso o
envolvimento dos discentes exceda as expectativas.

3.2.2 Desenvolvimento
Após o levantamento dos conhecimentos prévios dos estudantes, bem como de suas
curiosidades sobre a temática, será apresentada a música “A Água” de Arnaldo Antunes e
Paulo Tatit, com interpretação da banda Palavra Cantada:

Do bueiro até o cano, do cano até o rio


Do rio até a cachoeira

Da cachoeira até a represa, da represa até a caixa d'água


Da caixa d''água até a torneira, da torneira até o filtro
Do filtro até o copo

Do copo até a boca, da boca até a bexiga


Da bexiga até a privada, da privada até o cano
Do cano até o rio

Do rio até outro rio


De outro rio até o mar
Do mar até outra nuvem. (LETRAS, 1993).

Pelo exposto, os discentes deverão formar grupos, com 5 (cinco) componentes cada e
debaterem sobre os principais problemas enfrentados em relação a água potável no Brasil,
chegando a essa conclusão por meio de sua realidade (contexto social) e correlacionando a
música apresentada.
O professor estará disponível para cada grupo, acompanhando seu processo de aquisição de
conhecimentos. Ademais, os discentes ficarão livres para se organizarem da melhor maneira
que considerarem, podendo utilizar os seus recursos disponíveis, como biblioteca da escola,
celular, computador, etc.
O professor poderá utilizar algumas questões problematizadoras, a depender dos
conhecimentos prévios, interesses da turma (curiosidade) e seu nível de envolvimento:
i. A partir da análise da letra da música, é possível perceber que a água é muito
importante para o equilíbrio e manutenção do planeta terra?
19

ii. Qual o caminho que a água percorre até chegar em nossas casas?
iii. O caminho percorrido pela água no planeta terra forma um ciclo?
iv. É possível explicar como ocorre o ciclo da água na terra?
v. Se água percorre esse ciclo de forma natural, por quê alguns lugares não possuem
acesso à água?
vi. Nesse ciclo percorrido pela água, ocorre tratamento da mesma?
vii. Por que mesmo o planeta sendo constituído, em sua grande maioria de água, ocorre
a escassez na sua forma potável? O que contribui para isso?
Essa atividade terá duração de 1 (uma) hora. Após essa etapa, a turma continuará
organizada em grupos, que farão suas considerações sobre a temática. Nessa ótica, o
professor promoverá um debate para o principal problema em relação a escassez de água
potável.

3.2.3 Conclusão
Utilizando-se da sala de aula-invertida, os estudantes deverão realizar em casa, a leitura do
material disponibilizado no livro didático e através do AVA, para aprofundar os conteúdos
para o próximo encontro.

3.2.4 Avaliação
A avaliação será contínua e formativa, realizada no decorrer de todo o processo, através da
percepção dos conhecimentos prévios, observação e interação com base na participação
ativa dos discentes.

3.2.5 Referências bibliográficas


BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE,
novembro de 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf.
Acesso em: 20 jun. 2020.
LETRAS. A Água de Arnaldo Antunes e Paulo Tatit com interpretação da Palavra Cantada.
1993. Disponível em: https://www.letras.mus.br/arnaldo-antunes/682463/. Acesso em 26 jun.
2020.
MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
ROCHA, G. de A. et al. Caderno de educação ambiental: recursos hídricos. São Paulo:
Governo do Estado de São Paulo, 2011.
SANTOS, C. S. Ensino de Ciências: abordagem histórico – crítica. Campinas: Armazém do
ipê, 2005.

3.3 Aula 02 - O ciclo hidrológico no provimento de água potável

3.3.1 Introdução
Com base nas leituras e atividades propostas na aula 1 (um), os grupos deverão se reunir por
aproximadamente 1 (uma) hora e buscar soluções para o principal problema para a causa da
escassez da água potável. Cada grupo apresentará por até 10 (dez) minutos as possíveis
soluções, devendo todos os discentes participarem. Após cada apresentação, os demais
discentes terão a oportunidade de realizarem perguntas, sugestões ou considerações sobre a
mesma.

3.3.2 Desenvolvimento
Após o termino das apresentações, o professor fará as explorações que os discentes não
conseguiram alcançar dentro da proposta, levando os mesmos a experimentação.
Será realizada a apresentação de amostras de água potável e contaminadas: a) o professor
levará 6 (seis) jarras transparentes (uma para cada grupo) com diversos objetos encontrados
no mar/rio/igarapé (tampas de garrafas, sacolas de plástico, bolinhas, entre outros); b) pedirá
que os estudantes despejem a água potável na jarra; c) e posteriormente, aos poucos
acrescentarão os demais objetos.
No decorrer desse processo, serão relacionadas as reações que cada objeto causa na água
(mudança de coloração, textura, odores, etc.), de forma a demonstrar a poluição.
20

O desenvolvimento durará aproximadamente 1 (uma) hora.

3.3.3 Conclusão
O professor realizará um feedback verbal das apresentações.
Os discentes deverão escrever um resumo na plataforma AVA, sobre os pontos relevantes da
temática abordados na aula, conceituando com sua vivência. O número de laudas, será
aberto.
É válido ressaltar, que caso o professor e/ou instituição não disponha de tendências
educacionais como o AVA, é possível adaptar a atividade para a realidade dos mesmos,
como por exemplo, a entrega por escrito do resumo.

3.3.4 Avaliação
A avaliação será feita pelo professor com base nas atividades enviadas ao AVA e realizadas
em sala, acerca da participação ativa, a qual será somada a autoavaliação individual dos
discentes e de seus colegas de grupo.
A seguir, os discentes receberão um formulário com conceitos (excelente, bom, regular e
ruim), para fins de avaliar a aula do professor, que terá espaço para sugestões e
considerações, de modo que ao receber este feedback, ele realizará as reformulações
necessárias.

3.3.5 Referências bibliográficas


MACHADO, P. F. L.; MÓL, G. de S. Experimentando Química com Segurança. Química
Nova Escola, n. 27, p. 57-60, 2008. Disponível em:
http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc27/09-eeq-5006.pdf Acesso em 24 jun. 2020.
MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
POLUIÇÃO A. Poluição das águas. 2014. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?
v=E59Qn8Q0mnk. Acesso em: 27/06/2020.
ROCHA, G. de A. et al. Caderno de educação ambiental: recursos hídricos. São Paulo:
Governo do Estado de São Paulo, 2011.
21

4 Atividade 04
O Ciclo hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas

4.1 Resumo
Esta sequência didática foi proposta por Valdenir Cardoso Gomes de Melo Junior, com
base nas práticas pedagógicas dialógicas apresentadas por Zabala (1998), as quais o
discente está no centro de todo o processo educacional, logo, se faz fundamental a
promoção da diversidade e para que a partir dos conhecimentos prévios dos
estudantes as práticas pedagógicas dialógicas se tornem mais funcionais,
significativas e adequadas aos diferentes níveis de conhecimento, além de atingir a
transdisciplinaridade, por meio do enfoque globalizador e da transmissão de
conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais (mesmo em uma
instituição essencialmente disciplinar).

4.1.1 Público-alvo
Turma de 10 (dez) a 30 (trinta) discentes, do 5ª ano do ensino fundamental.

4.1.2 Carga horária


3 (três) aulas, com duração de 3 (três) horas cada.

4.1.3 Conteúdo
As informações sobre “O ciclo hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas”, foram elencadas
de acordo a BNCC e com auxílio do livro Ciências: Aprender Juntos - 5º Ano, escrito por
Cristiane Motta (2018).

4.1.4 Áreas com sugestão de abordagem na transdisciplinaridade


Por mais que existam referências norteadoras, esse tema tem o objetivo de ser trabalhado
com outras disciplinas. Por exemplo, o responsável pela disciplina de Língua Portuguesa
pode utilizar as generalizações para outros temas do 5º ano, em conjunto com disciplinas de
língua estrangeira, matemática, história e geografia.

4.1.5 Tendência educacional


A tendência educacional utilizada será o Learning Analytics, o qual sua tradução significa
“análise do aprendizado” e representa a avaliação de grande quantidade de dados obtidos
por meios de AVA, como por exemplo o Moodle, conforme Siemens e Long (2011).

4.1.6 Metodologia
Será baseada na leitura e discussão do tema proposto, com base na metodologia ativa
presente na sala de aula invertida, conforme Bergmann e Sams (2016), como também
vídeos, áudios, sites, livros, jornais e dentre outros conteúdos determinados em conjunto com
os próprios estudantes, na perspectivados dos métodos globalizados do estudo do meio,
proposto por Zabala (1998), com base no referencial teórico da disciplina, o livro Ciências:
Ciclo Ecológico - 5º Ano, de Cristiane Motta (2018), dentre outros conteúdos necessários.

4.1.7 Habilidades (BNCC)


Selecionar argumentos que justifiquem a importância da cobertura vegetal para a
manutenção do ciclo da água, a conservação dos solos, dos cursos de água e da qualidade
do ar atmosférico.

4.1.8 Descritores
Identificar comportamentos individuais de preservação da água na natureza.
Reconhecer relações de dependência dos seres vivos entre si e com o ambiente.
22

4.2 Aula 01- O Ciclo Hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas

4.2.1 Objetivo geral


Aprender sobre a importância do ciclo hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas, a partir da
vivência dos estudantes.

4.2.2 Objetivos específicos


i. Verificar os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o papel dos ciclos
hidrológicos no ecossistema;
ii. Relacionar os conceitos de forma significativa e funcional, com a realidade de cada
estudante;
iii. Problematizar o tema por meio de questionamentos intuitivos e suposições debatidas
entre os estudantes, com mediação do docente;
iv. Propor de forma coletiva as fontes de informações que serão utilizadas, por meio de
um diálogo com os estudantes e validação pelo docente.

4.2.3 Organização da turma


A turma será organizada inicialmente de forma circular na sala de aula, para ampla
visualização e discussão dos temas e experiências elencadas na atividade. Posteriormente,
os discentes serão divididos em grupos de até 5 (cinco) integrantes, para discussão da
problematização e das fontes que serão utilizadas.

4.2.4 Recursos educacionais


Serão utilizados lápis preto, caderno, marcadores de quadro branco, projetor, computador, o
livro Ciências: Ciclo Ecológico - 5º Ano, de Cristiane Motta (2018) e o cordel A Morte de Chico
Mendes Deixou Triste a Natureza, de Manoel Santa Maria (1988).

4.2.5 Introdução
A aula será iniciada com a exposição do tema e de um texto de cordel, por meio de projeção,
conforme a seguir:

Figura 15 - A Morte de Chico Mendes Deixou Triste a Natureza

Fonte: Santa Maria, 1988.

A imagem é um desenho
de Chico Mendes, que dá a
mão a um indígena, com
um fundo que traz árvores,
campo aberto e animais. A
cor predominante é o
amarelo.

Francisco Mendes pediu Valente e humano escudo A natureza chorosa,


trégua na destruição protetor das nossas terras. no nosso peito esse nó.
criminosa da Amazônia, Combateu contra os tratores, Ecoam dentro da mata
nosso sagrado pulmão, machados e moto-serras. gemidos de fazer dó.
que o mundo todo venera Sua batalha exemplar Choram cascatas e rios
guardiã da atmosfera, há de se multiplicar prantos sentidos e frios…
exposta à devastação. noutras batalhas e guerras! o uirapuru canta só.
Trecho retirado do cordel de Manoel Santa
Maria, A Morte de Chico Mendes Deixou
Triste a Natureza, 1988.
23

4.2.6 Desenvolvimento
A partir da atividade anterior, os discentes serão provocados a falar sobre seus
conhecimentos prévios acerca da importância do ciclo hidrológico para o equilíbrio dos
ecossistemas e relacionarão ao cordel apresentado.
Após esse contato inicial, será iniciada a problematização. Serão abordadas questões
problematizadoras a respeito da vivência dos estudantes, conforme os exemplos a seguir:
i. O que os estudantes entendem por ecossistema?
ii. Quem eles acreditam fazer parte do ecossistema?
iii. Quais desequilíbrios ocorreram nos ecossistemas do nosso país nos últimos anos?
iv. Historicamente, quais os grandes acontecimentos relacionados ao desequilíbrio dos
ecossistemas do nosso país, região ou locais podem ser elencados?
v. Quando falta água, o que seus familiares fazem? Vocês estocam água em casa?
vi. O que deixam de fazer sem água? O que pode ser feito para evitar esse problema?
vii. Existe algo ou alguém que possa ser cobrado para que esse tipo de problema seja
evitado?
A partir disso, os discentes serão divididos em grupos de até 05 (cinco) integrantes, para a
realização de um texto, baseado em alguma das questões norteadoras que eles escolherem.
Para essa atividade, os estudantes serão questionados sobre quais as fontes de dados serão
utilizadas para esse procedimento, como por exemplo, livros, sites, músicas, vídeos do
YouTube, cordéis, relatos de experiências e dentre outras fontes necessárias.
A atividade será um texto entre 03 (três) e 05 (cinco) páginas, sobre o funcionamento dos
ecossistemas no ciclo hidrológico e sua relação a situação atual na sua região, ou estado, ou
cidade, com a inclusão de um breve relato de algum familiar ou responsável sobre o tema.
Nesse momento, as diversas fontes de informações são cruciais para que os estudantes
consigam compreender a importância da escolha e seleção de meios para a pesquisa.

4.2.7 Conclusão
Os estudantes finalizarão a atividade em casa, que deverá ser postada no AVA em até 3
(três) dias. Ao passo que os discentes postarem as atividades no AVA, o objetivo é utilizar o
Learning Analytics como auxílio para verificar o engajamento e a participação nas atividades.
É importante ressaltar, que dependendo das condições socioeconômicas, a Internet, as
máquinas como computadores, tablets ou notebooks, ou até mesmo o ambiente virtual
necessários podem não estar disponíveis, o que implicará na mudança da atividade para a
mais adequada a sua realizada. Como sugestão, nas escolas sem AVA, mas, com
equipamentos disponíveis, os docentes podem utilizar plataformas gratuitas, como o Tim
Tec1.

4.2.8 Avaliação
Os discentes serão avaliados mediante participação, envio da atividade no AVA com auxílio
do Learning Analytics e realização das atividades ao longo das atividades propostas.

4.2.9 Referências bibliográficas


ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL. A Morte de Chico Mendes
Deixou Triste a Natureza. Ablc.com.br: 1988. Disponível em: http://www.ablc.com.br/a-
morte-de-chico-mendes-deixou-triste-a-natureza/. Acesso em 20 jun. 2020.
BRASIL, MEC, Base Nacional Comum Curricular – BNCC, versão aprovada pelo CNE,
novembro de 2017. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wpcontent/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf.
Acesso em: 20 jun. 2020.
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de
aprendizagem. Rio de Janeiro, LTC, 2016.
FURTADO, Paula; MENDES, Ana Rute; FLATSCHART, Fábio. MOOC e novas formas de
aprendizagem. Tim Tec: São Paulo, 2016. Disponível em: https://bit.ly/2ZfydQR. Acesso em:
01 jun. 2020.
MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.

1
O Tim Tec é uma plataforma educacional gratuita, a qual o professor pode criar atividades, fóruns e receber
análise de aprendizagem por meio de estatísticas de estudantes individuais e grupos. Para mais informações,
conforme Furtado, Mendes e Flatschart (2016) acesse: https://bit.ly/2ZfydQR
24

ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998
4.3 Aula 02 - O Ciclo Hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas

4.3.1 Objetivo geral


Reunir as conclusões dos estudantes e transmitir as generalizações sobre o papel dos
ecossistemas relacionados aos ciclos hidrológicos, a partir da vivência dos estudantes.

4.3.2 Objetivos específicos


i. Elaborar conclusões acerca dos questionamentos propostos por parte dos discentes,
acerca da problematização e com auxílio do docente;
ii. Generalizar as conclusões e sínteses apresentadas pelos estudantes, através de leis,
modelos e princípios apresentados pelo docente.

4.3.3 Organização da turma


A turma será organizada por meio dos grupos de 5 (cinco) integrantes (previamente
definidos), dispostos aleatoriamente na sala.

4.3.4 Recursos educacionais


Serão utilizados lápis preto e de cor, caderno e marcadores de quadro branco.

4.3.5 Introdução
A turma será organizada por meio dos grupos formados previamente. As conclusões da
atividade anterior, serão sintetizadas na sala e as principais ideias serão repassadas aos
outros grupos, para acréscimo de conteúdo, correção de equívocos e sugestão de mudanças.

4.3.6 Desenvolvimento
Os grupos utilizarão rodas de conversa (Freire, 2002), no qual um dos estudantes de cada
grupo será responsável por anotar as novas informações acrescentadas pelo outros colegas,
corrigindo ou validando os trabalhos das outras equipes, até que todos tenham fornecido
contribuições, que serão apresentadas por cada grupo a todos.
O docente fará explicações sobre as conclusões apresentadas pelos grupos e relacionará a
generalização, com base nos fatos científicos a partir de modelos, dados e dentre outras
perspectivas existentes.

4.3.7 Conclusão
Os discentes receberão questões a serem respondidas no AVA, de forma individual. Além
disso, eles farão na próxima aula, uma prova sobre o tema, na perspectiva de Zabala (1998),
com base no livro didático, bibliografia previamente escolhida e exercício de memorização
enviado no AVA.

4.3.8 Avaliação
Os discentes serão avaliados mediante participação, envio da atividade no AVA com auxílio
do Learning Analytics e promoção do trabalho realizado ao longo das atividades propostas.

4.3.9 Referências bibliográficas


ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL. Coleção “Ciência em Cordel”.
Ablc.com.br: 1988. Disponível em: http://www.ablc.com.br/work/lancamento-da-colecao-
ciencia-em-cordel/. Acesso em 20 jun. 2020.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: ArtMed, 1998
25

4.4 Aula 03 - O Ciclo Hidrológico no equilíbrio dos ecossistemas

4.4.1 Objetivo geral


Promover a memorização das generalizações e o aprender a aprender sobre equilíbrio dos
ecossistemas regionais ou locais relacionados aos ciclos hidrológicos, a partir da vivência dos
estudantes.

4.4.2 Objetivos específicos


i. Responder teste, prova ou instrumento avaliativo, acerca do tema;
ii. Avaliar por meio das observações verificadas durante as aulas e da prova, os
resultados alcançados, bem como, apresentar um feedback sobre as atividades e
com os principais desafios;
iii. Desenvolver conteúdos atitudinais, acerca da importância do ciclo hidrológico para os
ecossistemas.

4.4.3 Organização da turma


A turma será organizada em fileiras na sala de aula, para realização de teste, de modo
individual e assim permanecerá.

4.4.4 Recursos educacionais


Serão utilizados prova impressa em papel A4, lápis preto e marcadores de quadro branco.

4.4.5 Introdução
A turma será organizada individualmente para início da avaliação. Antes do início da prova,
serão debatidas as principais dúvidas referentes as questões no AVA.

4.4.6 Desenvolvimento
Os estudantes receberão as questões para responder, de acordo com o tema proposto.
Nos 15 (quinze) minutos finais da aula, uma nova atividade será solicitada: criar um cordel
sobre o “Como Podemos Garantir o Equilíbrio dos Ecossistemas no Ciclo Hidrológico”. A
intenção é que os estudantes sejam capazes de relacionar conteúdos factuais e conceituais,
com destaque para os conteúdos procedimentais, além de suscitar as questões atitudinais
por meio de interação com o próximo e desenvolver a criticidade, como por exemplo, o papel
do cidadão na garantia do equilíbrio dos ecossistemas e seu papel político.

4.4.7 Conclusão
Os estudantes finalizarão a atividade em casa, que deverá ser postada no AVA em até 3 dias.
Após feedback e avaliação do professor, os estudantes farão as modificações necessárias e
apresentarão os cordéis (como por exemplo a Coleção “Ciência em Cordel”) em ambiente
digital, seja por meio de grupos de WhatsApp ou envio para sites ou jornais locais.
Cabe ressaltar que a atividade final também tem o objetivo de ser trabalhado com outras
disciplinas, pois, a criação de um cordel envolve outras áreas como a Língua Portuguesa, as
artes para a capa, ou ainda a colaboração e a análise crítica.

4.4.8 Avaliação
Os discentes serão avaliados mediante participação, envio da atividade no AVA com auxílio
do Learning Analytics e promoção do trabalho realizado ao longo das atividades propostas. A
turma também realizará avaliação por meio de conceitos (excelente, bom, regular e ruim),
com relação as aulas, aos grupos, aos próprios estudantes, a si mesmo e ao professor no
AVA.

4.4.9 Referências bibliográficas


ACADEMIA BRASILEIRA DE LITERATURA DE CORDEL. Coleção “Ciência em Cordel”.
Ablc.com.br: 1988. Disponível em: http://www.ablc.com.br/work/lancamento-da-colecao-
ciencia-em-cordel/. Acesso em 20 jun. 2020.
BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: Uma metodologia ativa de
26

aprendizagem. Rio de Janeiro, LTC, 2016.


MOTTA, C. Ciências: Aprender juntos - 5º ano. 6. ed. São Paulo: Editora: SM, 2018.
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5 Outras Possibilidades

São sugeridas disciplinas a partir da abordagem do conceito de ciclos hidrológicos, visando um


enfoque globalizador, conforme a proposta de Zabala (1998), aonde mesmo uma escola com
bases disciplinares, poderá criar conexões entre diferentes áreas do conhecimento de forma
que os estudantes conseguirão resolver problemas reais., além de promover a transmissão de
transmitir conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e atitudinais. A seguir, estão listadas
as áreas de ensino que podem ser relacionadas:
i. Linguagens;
ii. Matemática;
iii. Ciências da Natureza;
iv. Ciências Humanas.
As metodologias ativas, de acordo com Bacich e Moran (2017), promovem uma participação do
estudante que se amplia para torná-lo protagonista, com o ritmo de aprendizado de acordo com
suas próprias necessidades e condições, bem como, acompanhamento e auxílio dos
professores. Nesse sentido, a sala de aula invertida, abordada por Bergmann e Sams (2016),
professores americanos reconhecidos por seus trabalhos nos Estados Unidos na área de
Ciências, no ensino básico da disciplina de química, é uma metodologia ativa utilizada neste
trabalho. A grande questão proposta é que o professor forneça o conteúdo previamente aos
meninos e meninas, para que durante aulas ocorra um aprofundamento dos temas trabalhados.
Nessa perspectiva, os discentes tornam-se os responsáveis pela sua própria aprendizagem,
com os auxílios dos professores. Esse método também busca que os estudantes não apenas
memorizem os conteúdos, mas, acima de tudo, seja capaz de aprender.
Uma das tendências educacionais utilizadas foi o Learning Analytics, que significa “análise do
aprendizado”, que é a avaliação de grande quantidade de dados obtidos por meios de
Ambientes Virtuais de Aprendizagem (AVA), como por exemplo o Moodle. Nesse sentido,
Siemens e Long (2011), afirmam que o Learning Analytics traz a necessidade de um
desenvolvimento de análise de aprendizagem voltado para a educação, conforme cinco
aspectos: nível do curso (trilhas de aprendizado, análise de redes sociais e análise do
discurso); mineração de dados educacionais: modelagem preditiva, clusterização, padrão de
mineração; currículo inteligente: desenvolvimento curricular semanticamente; conteúdo
adaptável: sequência adaptativa de conteúdo com base no comportamento dos meninos e
meninas, utilizando os sistemas de recomendação; aprendizagem adaptativa: processo que
envolve interações sociais, atividade de aprendizagem, apoio aos discentes e não apenas
conteúdo.
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6 Para concluir

Este fascículo foi elaborado para a disciplina de Práticas Educativas em Educação


Profissional e Tecnológica (EPT) do Mestrado Profissional em Educação Profissional e
Tecnológica – ProfEPT, do Instituto Federal do Acre (IFAC), com fins de proporcionar aos
professores e demais interessados, sequências didáticas com base em metodologias
ativas e tendências de ensino 4.0, bem como mesclando com outros métodos de ensino,
relevantes para a temática, visando contribuir para o ensino integrado, formando o aluno
em todas as suas amplitudes.
O objetivo de oferecer sequências para docentes do ensino fundamental, do 5º ano,
segue a proposta de métodos globalizados de Zabala (1998), que apresenta nesse nível
de ensino, a possibilidade de alcance da transdisciplinaridade. Nesse sentido, meninos e
meninas são os protagonistas do ensino e o ponto de partida para a organização das
matérias e disciplinas, de acordo com seus conhecimentos prévios e seus temas de
interesse, bem como, as dúvidas e questionamentos que ele precisa sanar.
Outra preocupação foi o uso de tendências educacionais, que podem ser grandes aliadas
dos professores, tanto para trazer uma aprendizagem mais significativa aos discentes,
quanto para facilitar o uso e organização de atividades (por exemplo, em um ambiente
virtual, recursos podem ser disponibilizados para memorização e os estudantes podem
enviar os trabalhos, facilitando o trabalho do docentes e diminuindo o uso de papel).

Nesse intuito o presente trabalho foi baseado na série de fascículos “Com Ciência e Arte
na Escola© é uma publicação do Setor de Inovações Educacionais do Laboratório de
Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos (LITEB) do Instituto Oswaldo Cruz,
Fundação Oswaldo Cruz. O mesmo Integra a Coleção “Com Ciência na Escola©”, e
inaugura a coletânea de propostas “Descobrindo ciências em letras de músicas”,
desenvolvida na tese de Doutorado de Marcelo Diniz Monteiro de Barros em 2014. A
linha de pesquisa em Ciência e Arte se articula com a formação continuada de
professores nos Cursos de Pós-Graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC
(mestrado, doutorado e especialização) e com uma disciplina específica anual.

Imagens: todas as imagens utilizadas no trabalho são de acesso legal e gratuito e foram
descritas, com o intuito de garantir maior acessibilidade.
Para maiores informações sobre o modelo de fascículo que nos baseamos utilize o
seguinte endereço de e-mail: comciencia@ioc.fiocruz.br

Expediente
Editores do modelo no qual o trabalho baseou-se: Tania C. Araújo-Jorge, Claudia M.L.Coutinho e
Marcus Vinicius C. Matraca; Projeto gráfico: Heloisa Diniz – Serviço de produção e Tratamento de
Imagem/IOC; Gráfica: WalPrint Grafica e Editora Ltda., Rio de Janeiro, Tiragem: 1000 exemplares

O modelo que utilizamos poderá ser reproduzido para fins educativos assegurando-se a citação:
Barros MDM, Diniz PGZ, Araujo-Jorge TC. Descobrindo ciências em letras de músicas 4- Ser Humano e
Saúde/ Vida e Ambiente em oficinas dialógicas de música. Com Ciência e Arte na Escola© LITEB/IOC/Fiocruz,
Rio de Janeiro, 10p, 2014

Ministério da Saúde
Instituto Oswaldo Cruz - FIOCRUZ
Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos
FIOCRU
Fundação Oswaldo Cruz

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