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QUÍMICA
ENSINO MÉDIO
BIOLOGIA
CIÊNCIAS DA NATUREZA
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 127
FÍSICA
1a Série – Ensino Médio
Universo, Terra e vida • Descrever, representar e com- 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos histo-
Sistema Solar parar os modelos geocêntrico e ricamente construídos sobre o mundo físico,
• Da visão geocêntrica de mun- heliocêntrico do Sistema Solar social, cultural e digital para entender e expli-
do à visão heliocêntrica, no • Debater e argumentar sobre a car a realidade, continuar aprendendo e cola-
contexto social e cultural em transformação da visão de borar para a construção de uma sociedade
que essa mudança ocorreu mundo geocêntrica em helio- justa, democrática e inclusiva.
• O campo gravitacional e as leis cêntrica, relacionando-a às 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recor-
de conservação no sistema de mudanças sociais da época rer à abordagem própria das ciências, incluin-
planetas e satélites e no movi- • Identificar campos, forças e re- do a investigação, a reflexão, a análise crítica,
mento de naves espaciais lações de conservação para a imaginação e a criatividade, para investigar
descrever movimentos no sis- causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
• A inter-relação Terra–Lua–Sol
tema planetário e de outros resolver problemas e criar soluções (inclusive
astros, naves e satélites tecnológicas) com base nos conhecimentos
das diferentes áreas.
• Reconhecer a natureza cíclica
de movimentos do Sol, Terra e 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
Lua e suas interações, asso- ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
ciando-a a fenômenos naturais poral, visual, sonora e digital –, bem como
e ao calendário, e suas influên-conhecimentos das linguagens artística, ma-
cias na vida humana temática e científica, para se expressar e par-
tilhar informações, experiências, ideias e sen-
Universo, Terra e vida • Reconhecer os modelos atuais timentos em diferentes contextos e produzir
Evolução, hipóteses propostos para a origem, evo- sentidos que levem ao entendimento mútuo.
e modelos lução e constituição do Univer-
• Teorias e hipóteses históricas e so, os debates entre eles e os 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
limites de seus resultados digitais de informação e comunicação de for-
atuais sobre a origem, consti- ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
tuição e evolução do Universo • Relacionar ordens de grandeza diversas práticas sociais (incluindo as escola-
•
Etapas de evolução estelar – de medidas astronômicas de res) para se comunicar, acessar e disseminar
da formação à transformação espaço e tempo para fazer es- informações, produzir conhecimentos, resol-
em gigantes, anãs ou buracos timativas e cálculos ver problemas e exercer protagonismo e au-
negros • Utilizar ordens de grandeza de toria na vida pessoal e coletiva.
• Estimativas do lugar da vida no medidas astronômicas para si- 10. Agir pessoal e coletivamente com auto-
espaço e no tempo cósmicos tuar temporal e espacialmente nomia, responsabilidade, flexibilidade, resili-
a vida em geral e a vida huma- ência e determinação, tomando decisões
na em particular com base em princípios éticos, democráticos,
•
Identificar condições essen- inclusivos, sustentáveis e solidários.
ciais para a existência da vida,
tal como é hoje conhecida na
Terra
128 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
de hipóteses, teste das hipóteses, análise dos Base Nacional Comum Curricular, de “exerci-
resultados, confecção de diário de bordo e de tar a curiosidade intelectual e recorrer à abor-
relatório científico para a organização das in- dagem própria das ciências, incluindo a inves-
formações de cada etapa, apresentação das tigação, a reflexão, a análise crítica, a
conclusões, a reflexão sobre o impacto social e imaginação e a criatividade, para investigar
proposição de intervenção diante da proble- causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
mática. Esse tipo de atividade pode ser desen- resolver problemas e criar soluções (inclusive
volvida em projetos de caráter aberto, envol- tecnológicas) com base nos conhecimentos
vendo o ensino por investigação que parta de das diferentes áreas”. Por exemplo, o uso de
uma problemática definida em conjunto com softwares e experimentos permitem uma maior
os estudantes, como no caso da FeCEESP – aproximação do estudante ao entendimento
Feira de Ciências das escolas Estaduais de São do conteúdo e habilidades a serem desenvol-
Paulo (conheça a proposta em http://www. vidos. Diante disso, sugerimos alguns softwa-
educacao.sp.gov.br/feiradeciencias Acesso res, animações e experimentos que subsidiam
em 12 nov. 2018) e da FEBRACE – Feira Brasi- os professores em relação aos temas.
leira de Ciências e Engenharia (conheça a pro- A leitura e discussão de obras paradidáti-
posta em https://febrace.org.br Acesso em cas de ficção e divulgação científica, disponíveis
27 Ago. 2019). Mas também pode ser trabalha- no acervo da Sala de Leitura, visto que um dos
da em projetos semiabertos ou fechados, com princípios centrais do Currículo é o desenvolvi-
roteiros e objetivos pré-definidos pelo profes- mento da competência da leitura e da escrita
sor. Utilizar esse tipo de estratégia possibilitará em todas as disciplinas. Listamos a seguir obras
o desenvolvimento da competência geral 2 da enviadas para as escolas da rede estadual:
Para isso, preste bastante atenção ao tema que o seu professor solicitará e anote correta-
mente as datas:
TEMA: .....................................................................................
Projeto do pôster
Apresentação do pôster
Professor, para encerramento das atividades, sugerimos debater e argumentar sobre a transforma-
ção da visão de mundo geocêntrica em heliocêntrica, relacionando-a às mudanças sociais da época.
Esta atividade pode ser realizada na escola, na sala de informática ou pode solicitar que eles a
façam em casa. O mais importante é que debata sobre as massas dos planetas ou outros cor-
pos no espaço, força da gravidade e, também, as Leis de Kepler.
As explicações de como realizar / utilizar o simulador, estão detalhadas passo a passo, para que
o aluno consiga fazer sozinho ou com os colegas de turma.
1. Não altere nenhum dado do simulador, apenas clique no ícone e observe a órbita reali-
zada. Quando chegar em 365 dias na Terra (canto inferior direito), pause o simulador.
134 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
3. Meça o tempo que o planeta faz uma revolução inteira (Atenção! Veja que há velocidade
normal, acelerada e lenta. Caso precise, você pode colocar na velocidade lenta, para veri-
ficar melhor a revolução)
Em velocidade normal, o simulador leva, aproximadamente, 29 segundos para fazer uma revo-
lução completa, ou seja, 365 dias. Espera-se que os alunos relacionem uma revolução completa
com “um ano”.
Caro professor, no que diz respeito ao estudo da força da gravidade e suas interações, é muito
importante o estudo sobre as leis de Kepler, o movimento planetário e as leis que se relacionam
à lei da gravitação de Newton.
5. Deslize o seletor “Massa do Planeta”. Você manterá a distância até o Sol, mas substituindo
a Terra por um planeta com massa menor ou maior.
O vídeo a seguir é curto e divertido, refere-se à explanação das teorias sobre a ordenação do
Sistema Solar, sendo elas o geocentrismo e o heliocentrismo, o que auxiliará o entendimento
dos alunos. O professor pode criar questionamentos sobre o assunto.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 135
Modo de fazer:
• Faça um furo de 1 cm de diâmetro ao centro em cada lado da caixa de papelão;
• Escolha um dos furos e faça outro orifício ao seu lado, para que a lanterna encaixe;
• Prenda a bolinha de pingue-pongue no barbante;
• Pendure a bolinha dentro da caixa, de forma que ela fique exatamente na altura dos
furos realizados;
• Feche a caixa, acenda a lanterna e observe pelos quatro furos.
Responda:
3. O que é um eclipse?
Obscurecimento total ou parcial de um astro por outro. A palavra eclipse tem origem no grego
ékleipsis, que indicava o ato de sair ou não aparecer em algum lugar.
4. Sabendo que podem ocorrer eclipses lunares e solares, explique cada um deles.
Eclipse Solar é quando a Lua passa em frente ao Sol, ocultando-o de forma parcial (dura por
volta de 12 minutos) ou total (dura apenas 7 minutos)
Eclipse Lunar é quando a Lua se encontra na sombra do planeta Terra.
5. As fases da Lua interferem em algum fenômeno natural? Se sim, qual? Explique como isso
acontece.
Os alunos poderão responder de diversas maneiras, incluindo o fenômeno das marés e agri-
cultura, bem como partos / gestações e cortes de cabelo. O importante é desvendar o que é
cientificamente real e o que é mito.
Professor, você pode utilizar a atividade 4 de muitas formas, mas, especialmente, como reto-
mada de conceitos e recuperação contínua. Lembramos da importância de que ela seja realiza-
da após as apresentações dos pôsteres.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 137
Nesta atividade, será necessário utilizar o livro didático ou procurar em sites confiáveis na
Internet e, também, questionar conhecidos e trocar ideias com os colegas da sala.
1. Para que servem os satélites artificiais? Como eles são colocados em órbita na Terra?
Os satélites podem ser projetados para monitorar a superfície do planeta (como aqueles que fo-
tografam o solo), serem utilizados como antenas de comunicação e transmissão de informações
(como aqueles usados na transmissão de TV, GPS e outras aplicações), além de diversas outras
utilizações civis e militares. Eles são colocados em órbita por foguetes ou ônibus espaciais.
2. Sabemos que diversos artefatos podem ser mantidos em órbita na Terra, em movimento
contínuo, a altíssimas velocidades, por longos períodos. Isso não exigiria o consumo de
muita energia? Explique.
Não. Isso ocorre em virtude da quase ausência de atrito com o ar atmosférico, muitíssimo rare-
feito, nas regiões onde esses satélites orbitam nosso planeta. No entanto, passado um longo
tempo, os efeitos desse atrito fazem-se sentir e, se não forem realizados ajustes, os satélites
podem vir a cair, desintegrando-se na atmosfera terrestre.
3. Dos veículos espaciais relacionados a seguir, assinale aquele que deve possuir formato
aerodinâmico e asas para que possa ser controlado da atmosfera terrestre:
a) Satélite meteorológico
b) Ônibus espacial
c) Sonda espacial
d) Estação espacial
4. Por qual razão foguetes de lançamento precisam ser aerodinâmicos, mas estações espa-
ciais não?
Existe sentido prático também. Boa parte das comunicações telefônicas atuais, assim como dos
processos globais de localização e de troca de informações (como GPS e internet) dependem
de satélites em órbita. Há ainda satélites para observação militar e de interesse estratégico e
político em geral.
7. (ENEM) Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 d.C.)
afirmou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo
que o Sol, a Lua e os planetas girariam ao seu redor em órbitas circulares. A teoria de Pto-
lomeu resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos
mais tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar
inexatidões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o
Sol deveria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando
circularmente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler
(1571- 1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a
sua órbita é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
A respeito dos estudiosos citados no texto, é correto afirmar que:
a) Ptolomeu apresentou as ideias mais valiosas, por serem mais antigas e tradicionais.
b) Copérnico desenvolveu a teoria do heliocentrismo inspirado no contexto político do Rei
Sol.
c) Copérnico viveu em uma época em que a pesquisa científica era livre e amplamente incen-
tivada pelas autoridades.
d) Kepler estudou o planeta Marte para atender às necessidades de expansão econômica e
científica da Alemanha.
e) Kepler apresentou uma teoria científica que, graças aos métodos aplicados, pôde ser tes-
tada e generalizada.
8. Assim como Copérnico, outros astrônomos e físicos também viveram em uma época em
que as pesquisas não eram bem-vindas, em especial a teoria do heliocentrismo, sendo
eles caçados pela Igreja Católica, escondendo-se, negando suas teorias e até sendo quei-
mados na inquisição. São exemplos desses físicos:
a) Aristóteles e Copérnico
b) Galileu Galilei e Kepler
c) Copérnico e Giordano Bruno
d) Galileu Galilei e Giordano Bruno
9. Em sua busca pela compreensão do mundo em que vive, o homem, desde a antiguidade,
formulou diferentes modelos para o Universo. É incorreto afirmar que:
a) Giordano Bruno defendia a teoria de Aristóteles.
b) Aristóteles imaginou um sistema geocêntrico e Claudio Ptolomeu defendeu essa teoria.
c) Galileu defendeu o sistema heliocêntrico de Copérnico, utilizando argumentos baseados
em observações astronômicas feitas com uma pequena luneta.
d) As leis estabelecidas por Kepler para os movimentos planetários contribuíram para a subs-
tituição do modelo geocêntrico pelo heliocêntrico.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 139
10. O Modelo de Sistema Solar, a Teoria da Relatividade e a Teoria do Big Bang foram formu-
lados, respectivamente, por:
a) Aristóteles, Leucipo de Mileto e Claudio Ptolomeu
b) Galileu Galilei, Albert Einstein e George Gamow
c) Galileu Galilei, Albert Einstein e Isaac Newton
d) Johannes Kepler, Albert Einstein e George Gamow
11. Por que, à medida que nos aproximamos ou nos afastamos do Sol, não o vemos maior ou
menor?
Mesmo sendo elíptica, a trajetória da Terra ao redor do Sol é quase circular, assim sendo, as
distâncias do periélio e do afélio não sofrem variação suficiente para alterar de forma percep-
tível o tamanho do Sol.
Professor, essa é uma boa ocasião para retomar os conceitos de periélio e afélio, para analisar
o conceito de excentricidade de uma elipse. Recordar que a distância entre a Terra e o Sol é
380 vezes maior que a distância da Terra à Lua. Então, a olho nu não é perceptível a variação
no tamanho do Sol. Vale a pena comentar sobre a inclinação do eixo de rotação da Terra em
relação ao plano de sua órbita.
b) ( F ) Quando o Sol completa seu período ele ocupa o centro da trajetória descrita pelo
planeta. De acordo com a lei de Kepler, o Sol ocupa um dos focos da elipse e os planetas
descrevem órbitas elípticas.
c) ( V ) A medida que a Terra se aproxima do Sol sua velocidade de translação aumenta e
quando se afasta a velocidade diminui. Não apenas a velocidade da Terra, mas também
de todos os planetas é maior quando estão mais próximos do Sol e, menor quando estão
mais distantes.
SAEB Língua Portuguesa: / D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso
(propagandas, quadrinhos, foto etc.) / D15 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma
informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das condições em
que ele foi produzido e daquelas em que será recebido / D20 – Reconhecer diferentes formas
de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema, em função das
condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.
Professor, muito mais do que passar um filme, este é o momento de verificar se os alunos se
apropriaram dos fundamentos da Física Mecânica, por isso a escolha do filme deve ser feita
com cuidado e criticidade.
Caso o filme seja passado para a turma, evite reproduzi-lo na íntegra sem realizar intervenções.
Para isso, pause em momentos importantes e debata com eles a cena. Se houver mais de uma
turma de primeira série, sugere-se passar filmes distintos em cada turma e, depois, fazer uma
exposição das melhores críticas.
Caso for pedir aos alunos que assistam em casa, use a mesma metodologia de solicitar filmes
diversos, para que haja um debate na sala, com as apresentações.
A parceria com os professores da disciplina de Língua Portuguesa será oportuna neste momento.
Sugerimos alguns filmes, tais como:
2001: Uma odisseia no espaço, de Stanley Kubrick
Apollo 13, de Ron Howard
Armageddon, de Michael Bay
Contato, de Robert Zemeckis
Estrelas além do tempo, de Theodore Melfi
Gravidade, de Alfonso Cuarón
Interestelar, de Christopher Nolan
Perdido em Marte, de Ridley Scott
Perdidos no Espaço, de Stephen Hopkins
Saga Star Wars, de George Lucas
Seu professor irá passar ou solicitar que você assista a um filme com cenas ocorridas no
espaço. Enquanto estiver assistindo ao filme, preste muita atenção para responder as seguintes
questões:
2. Diretor:__________________________________________________
_________________________________________________________
https://pixabay.com/pt/vectors/abstract-arte-c%C3%A2mera-cinema-design-1861459/
4. Sinopse:
8. Houve lançamento de foguete no filme? Se sim, relacione com seus conhecimentos físicos
e descreva como foi este lançamento.
9. Quando as naves estão no espaço, elas permanecem com os motores desligados, porém
continuam voando. O que explica este fenômeno?
10. Geralmente, em filmes sobre o espaço, há cenas que mostram nosso planeta Terra. No
filme que você assistiu teve esta cena? Qual o referencial adotado neste momento?
142 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
12. Para encerrar, faça uma crítica ao filme utilizando os conhecimentos físicos que você obte-
ve durante este ano.
https://cdn.pixabay.com photo/2018/09/10/22/30/
fantasy-3668208_960_720.jpg
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 143
Nascendo
É através das imensas nuvens moleculares imersas em nebulosas gasosas existentes nas galáxias
que se formam as estrelas. As nuvens moleculares são praticamente compostas de hélio e hidrogênio.
No interior da nuvem molecular, a parte mais densa colapsa gravitacionalmente, deixando o
centro mais quente e denso, formando a protoestrela. Para que uma protoestrela se transforme em
uma estrela, será necessário ter aproximadamente uma massa mínima 10% da massa do Sol.
Enquanto as estrelas estiverem transformando hidrogênio em hélio no núcleo, permanecem na
sequência principal. Do tempo de vida total de uma estrela, 90% é a fase da evolução, onde se man-
tem em equilíbrio hidrostático, sendo a massa que determina a temperatura e a luminosidade. Inter-
namente as estrelas apresentam: o núcleo, uma zona convectiva e uma zona radioativa.
O núcleo gera energia pela fusão do hidrogênio em hélio, que se transporta para fora por processos
radioativos ou convectivos dependendo das condições do gás (temperatura, densidade e opacidade).
Transformando
A parte externa da estrela se expande após utilizar grande parte do hidrogênio, e sua superfície
se resfria e ela assume uma coloração vermelha, denominada de gigante vermelha. A estrela pode se
transformar em uma supergigante vermelha se ocorrer uma nova expansão.
A partir do momento que o combustível nuclear se esgota, há aumento de temperatura ocasio-
nando a contração da estrela. Já em estrelas muito grandes, a quantidade de energia em prazo de
pouco tempo é tão grande que ela explode, num grande espetáculo, a essa fase se chama supernova
e as estrelas menores transformam-se em nebulosas planetárias.
Morrendo
Encontramos em dicionários a definição de buraco como sendo uma cavidade, um furo, um ori-
fício ou qualquer abertura em um corpo. Ao estudarmos a respeito, percebemos que buraco negro
não é, propriamente, um buraco, e sim o oposto, pois está cheio de matéria altamente condensada.
Então a pergunta é: como eles se formam? Esses fenômenos acontecem quando em uma estrela, que
tem massa 20 vezes maior que a do Sol, acaba o seu combustível, não tendo mais capacidade para
gerar pressão suficiente para equilibrar o peso de suas camadas externas, então ocorre uma implosão
seguida por uma explosão. É um processo conhecido como “explosão de supernova”, gerando um
buraco negro no centro. O campo gravitacional em torno do buraco negro é tão forte que nada sai
dele, nem mesmo a luz. Por meio da “Teoria Geral da Relatividade”, formulada pelo físico Albert Eins-
tein, esse fenômeno terá uma explicação mais aprofundada.
Apenas as estrelas com massa muito grande conseguem evoluir a ponto de não ser mais capaz
de produzir energia suficiente para sustentar o seu próprio peso. Quando uma estrela tem massa
menor, como por exemplo, o Sol, não chega a evoluir até se transformar em buracos negros, mas
terminam seu ciclo de vida como uma anã branca.
Elaborado por Jussara Alves Martins Ferrari especialmente para o São Paulo Faz Escola
144 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Gigante Vermelha
É o começo do fim da vida
de uma estrela. Ela
engorda muito e fica
vermelhona.
Anã Branca
É a "parte nobre" que sobra
quando uma gigante vermelha
morre. Muto quente e
compacta.
Supernova
É uma Super Gigante
Vermelha
explodindo. Dura
pouco no céu..
Buraco Negro
Pulsar
É uma estrela de nêutrons O caroço de uma
Anã Negra que gira muito rápido. As Supernova pode virar um
É uma Anã Branca que já estrelas de nêutrons é o buraco negro se sua massa
"morreu", ou seja, que caroço estelar que sobra de for grande.
gastou todo seu uma Supernova.
"combustível" nuclear. (GREF – Grupo de Reelaboração de
Ensino da Física – USP)
As estrelas de nêutrons são feitas de nêutrons? E o que são nêutrons? Certamente há muitos nêu-
trons nas estrelas de nêutrons, mas essa coisa é bem mais complicada do que parece. Aliás, como tudo
na vida. Você só precisa saber que o nêutron é uma das partículas constituintes dos átomos, mais preci-
samente do núcleo dos átomos. Há também os elétrons, que ficam em torno do núcleo, e os prótons,
que ficam junto dos nêutrons. Na estrela de nêutrons tudo é tão apertado que os elétrons são obrigados
a se unir ao núcleo e vira tudo uma coisa só. Saiba que essa é uma explicação ultra-super-hiper-simplifi-
cada da coisa. Um “caroço” com massa entre 1,5 e 3 massas solares diminui se transformando numa
estrela muito pequena e muito densa, chamada estrela de nêutrons. Essas estrelas têm cerca de 10 km
de diâmetro. Em uma colherinha de chá de sua matéria teríamos cerca de um bilhão de toneladas.
(Adaptado de GREF – Grupo de Reelaboração de Ensino da Física – USP)
5. Com relação a questão anterior, você não acha que é um tamanho muito pequeno para
algo que tem mais massa do que o nosso sol?
Como a estrela está muito encolhidinha, a matéria fica muito concentrada. Se um elefante fos-
se encolhido de forma equivalente, ele seria invisível a olho nu, mas continuaria tendo as suas
toneladas de massa. Imagine uma bolinha de gude com a massa igual à do Sol.
146 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2. Cite algumas condições mínimas que um planeta deve ter para desenvolver vida.
A busca de vida fora da Terra está vinculada ao conceito de habitabilidade, que define as con-
dições mínimas que um planeta deve ter para poder desenvolver vida como a conhecemos.
Essas condições são: • que tenha temperatura entre 0ºC e 100ºC, de forma a possibilitar a exis-
tência de água líquida. A água líquida é necessária para permitir o movimento das partículas
e a eventual formação de moléculas orgânicas complexas; • que tenha fontes de energia (luz
estelar, calor interno ou energia química) para manter o metabolismo; • que seja estável e te-
nha durabilidade de bilhões de anos, para dar tempo de a vida se desenvolver. Os planetas que
têm essas condições, em geral, são planetas telúricos que estejam na zona de habitabilidade
de sua estrela, ou seja, a uma distância tal da estrela que a temperatura seja adequada para a
existência da água líquida. No sistema solar, apenas a Terra está na zona de habitabilidade do
Sol. Vênus já fica muito quente, e Marte já fica muito frio.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 147
Os vídeos e sites das próximas atividades foram sugeridos pelo professor Sérgio Roberto Man-
tovani, Mestre em Ensino de Física pela Unesp de Presidente Prudente, especialmente para o
São Paulo Faz Escola
Professor, inicie a discussão com os estudantes sobre a origem do universo. Alguns estudantes
apontarão a criação segundo a tradição judaico / cristã, enquanto outros citarão o big bang. É
preciso, neste momento, que haja mediação caso inicie uma discussão entre religião e ciências,
pois o objetivo não é este e sim, que, por meio da vivência dos estudantes, todos tenham co-
nhecimento de diversas teorias.
Importante salientar que em Física estudaremos a versão científica, o Big Bang. E que, apesar
de parecer contraditórias as visões religiosa e científica, esta teoria tem origem na proposta do
“ovo cósmico” do padre belga, Geoges Lemaître.
Em seguida, passe o vídeo sugerido. Este tem 12 minutos e 50 segundos e explana facilmente
o assunto que será mais debatido na atividade.
Caso queira aprofundar mais, sugerimos o documentário “Teoria da formação
do universo – Big Bang. Documentário dublado”, encontrado no link:
https://www.youtube.com/watch?v=lAQEOiJkxyw (Acesso em 14 agosto
2019)
Seu professor questionou a turma sobre como vocês acreditam que se deu a criação do
Universo. É bem provável que houve diversas ideias e teorias. Preencha a tabela abaixo desta-
cando as principais diferenças entre a sua ideia e a de algum outro colega:
Além das questões abaixo, em que as respostas podem ser retiradas do vídeo, sugerimos que
o professor trabalhe com as atividades do PI – Perimeter Institute, que é considerado o maior
centro de pesquisa do mundo dedicado à física teórica. O Instituto independente foi fundado
em 1999 para promover avanços na compreensão fundamental do nosso universo, desde as
menores partículas até o cosmo inteiro. A pesquisa no Perimeter é motivada pelo entendimen-
to de que a ciência fundamental avança o conhecimento humano e catalisa a inovação, e que a
física teórica atual é a tecnologia de amanhã. Localizado na Região de Waterloo, o Instituto sem
fins lucrativos é um empreendimento público-privado único, incluindo os Governos de Ontário
e Canadá, que possibilita pesquisas de ponta, treina a próxima geração de pioneiros científicos
e compartilha o poder da física através do alcance educacional premiado e envolvimento públi-
co. Ele oferece recursos educacionais gratuitos projetados para ajudar os professores a explicar
uma série de importantes conceitos de física e ciências. Esses recursos são o produto de uma
ampla colaboração entre pesquisadores do Perimeter Institute, equipe de apoio e professores
experientes. Cada lição foi concebida com pontos de entrada para o professor especialista e
iniciante e foi exaustivamente testada nas salas de aula.
https://resources.perimeterinstitute.ca/collections/middle-school-gr-7-8 (Acesso em 27 agos-
to 2019)
2. Avalie o grau de confiança dos astrônomos em relação ao fato de a Teoria do Big Bang
estar correta, dado que ela descreve eventos que aconteceram há aproximadamente 13,82
bilhões de anos.
Aos 01 min e 10 s do vídeo é possível encontrar essa resposta.
Enquanto os cientistas não podem jamais provar conclusivamente que qualquer modelo cientí-
fico retrata com precisão a forma que o universo de fato opera, a teoria do big bang faz diver-
sas previsões específicas que cientistas puderam observar, dando confiança de que é um bom
modelo científico. Essas predições incluem as seguintes:
– As quantidades relativas de hidrogênio e hélio no universo são 75% e 25%, respectivamente,
da massa visível total.
– O universo, hoje, está repleto de um brilho fraco de radiação eletromagnética que possui
uma temperatura de 2,7 K.
– Todas as galáxias estão se distanciando da Terra à medida que o universo expande.
6. Em 1978, os físicos Robert Woodrow Wilson e Arno Allan Penzias receberam o Prêmio
Nobel de Física por uma descoberta que influencia e constata a Teoria do Big Bang. Expli-
que o que eles descobriram e qual a sua importância para a Física Moderna.
A marcação do tempo no vídeo onde o aluno poderá formular sua resposta é 06 min e 25 s
7. De acordo com o que foi relatado no vídeo, a teoria do Big Bang é perfeita? Comente.
A marcação do tempo no vídeo onde o aluno poderá formular sua resposta é 10 min e 20 s
150 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Pensando na astronomia...
1. A astronomia é diferente de diversas ciências, pois não é possível realizar experimentos contro-
lados e repetidos sobre fenômenos astronômicos. Qual impacto você acredita que isso teve?
O fato de astrônomos não poderem realizar experimentos controlados teve grande impacto
nessa disciplina. Significa que astrônomos estão limitados a basear seus modelos nas observa-
ções que a natureza e suas observações permitem-nos fazer. Também significa que astrônomos
precisam ser criativos para planejar novas observações e criar novas técnicas de observação
(ex: telescópios de rádio).
2. Existem pessoas que questionam por que a astronomia recebe financiamento de pesquisa,
já que lida com tópicos que estão distantes da vida cotidiana. Você acha importante este fi-
nanciamento? Justifique.
Os fenômenos que astrônomos estudam no universo são governados pelas mesmas leis fun-
damentais da física que governam o comportamento de tudo na Terra. Então, descobertas
em astronomia têm potencial de avançar nosso conhecimento sobre partículas fundamentais,
forças e leis que são cruciais para entender o mundo físico ao nosso redor — e como usar esse
conhecimento para criar novas tecnologias.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 151
FÍSICA
2a Série – Ensino Médio
Som, imagem •Identificar a luz branca como 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos histo-
e comunicação composição de diferentes cores ricamente construídos sobre o mundo físico,
Luz e cor • Associar a cor de um objeto a social, cultural e digital para entender e expli-
formas de interação da luz com car a realidade, continuar aprendendo e cola-
a matéria (reflexão,refração, borar para a construção de uma sociedade
absorção) justa, democrática e inclusiva.
• Estabelecer diferenças entre 1. Exercitar a curiosidade intelectual e recor-
cor-luz e cor-pigmento rer à abordagem própria das ciências, incluin-
do a investigação, a reflexão, a análise crítica,
• Identificar as cores primárias e
a imaginação e a criatividade, para investigar
suas composições no sistema
causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
de percepção de cores do olho
resolver problemas e criar soluções (inclusive
humano e de equipamentos
tecnológicas) com base nos conhecimentos
Ondas eletromagnéticas • Utilizar informações para iden- das diferentes áreas.
tificar o uso adequado de ilu-
3. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
minação em ambientes do
ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
cotidiano
poral, visual, sonora e digital –, bem como
• Utilizar o modelo eletromagné- conhecimentos das linguagens artística, ma-
tico da luz como uma repre- temática e científica, para se expressar e par-
sentação possível das cores na tilhar informações, experiências, ideias e sen-
natureza timentos em diferentes contextos e produzir
• Identificar a luz no espectro de sentidos que levem ao entendimento mútuo.
ondas eletromagnéticas, dife- 4. Compreender, utilizar e criar tecnologias
renciando as cores de acordo digitais de informação e comunicação de for-
com as frequências ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
• Reconhecer e explicar a emis- diversas práticas sociais (incluindo as escola-
são e a absorção de diferentes res) para se comunicar, acessar e disseminar
cores de luz informações, produzir conhecimentos, resol-
Transmissões • Identificar e caracterizar mode- ver problemas e exercer protagonismo e au-
eletromagnéticas los de explicação da natureza toria na vida pessoal e coletiva.
da luz ao longo da história hu- 5. Agir pessoal e coletivamente com autono-
mana, seus limites e embates mia, responsabilidade, flexibilidade, resiliên-
Reconhecer o atual modelo cia e determinação, tomando decisões com
•
científico utilizado para expli- base em princípios éticos, democráticos, in-
car a natureza da luz clusivos, sustentáveis e solidários.
• Identificar os principais meios
de produção, propagação e
detecção de ondas eletromag-
néticas no cotidiano
152 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
USP pode ser utilizado também para as habili- rentes áreas”. Por exemplo, o uso de softwa-
dades referentes a Ondas e Transmissões Ele- res e experimentos permitem uma maior
tromagnéticas, este tema pode ser encontra- aproximação do aluno ao entendimento do
do e explorado no bloco 5 no seguinte conteúdo e habilidades a serem desenvolvi-
endereço eletrônico: (disponível em http:// das. Diante disso, sugerimos alguns softwares,
www.if.usp.br/gref/eletro/eletro5.pdf Aces- animações e experimentos que subsidiam os
so em 13 de ago 2019). professores em relação aos temas:
Pesquisas em diferentes fontes, com a
FÁBRICA DE ARCO-ÍRIS
utilização do acervo da Sala de Leitura, da bi-
Disponível em http://www2.fc.unesp.br/ex-
blioteca municipal, de consulta virtual pelos
perimentosdefisica/opt11.htm Acesso
computadores das salas de informática ou
em 19 jun 2019
mesmo da internet particular dos estudantes
que eventualmente, venham a dispor do re- ÁGUA ÓPTICA
curso, por meio de atividade extraclasse se for Disponível em http://www2.fc.unesp.br/ex-
o caso. perimentosdefisica/opt09.htm Acesso
Investigações experimentais que envol- em 19 jun 2019
vam: definição de um problema, elaboração
de hipóteses, teste das hipóteses, análise dos AQUARELA
resultados, confecção de diário de bordo e de Disponível em http://www2.fc.unesp.br/ex-
relatório científico para a organização das in- perimentosdefisica/opt12.htm Acesso
formações de cada etapa, apresentação das em 19 jun 2019
conclusões e, se for possível, reflexão sobre o
impacto social e proposição de intervenção BURAQUINHO
diante da problemática. Esse tipo de ativida- Disponível em http://www2.fc.unesp.br/ex-
de pode ser desenvolvida em projetos de ca- perimentosdefisica/opt13.htm Acesso
ráter aberto, envolvendo o ensino por investi- em 19 jun 2019
gação que parta de uma problemática definida
em conjunto com os estudantes, como no ROTEIRO PARA EXPERIMENTO SOBRE ONDAS
caso da FeCEESP – Feira de Ciências das es- ELETROMAGNÉTICAS E SEUS EFEITOS
colas Estaduais de São Paulo (conheça a pro- Disponível em: http://www.conteudosedu-
posta em http://www.educacao.sp.gov.br/ car.com.br/conteudos/arquivos/2841.
feiradeciencias Acesso em 12 nov. 2018) e da pdf Acesso em 19 jun 2019
FEBRACE – Feira Brasileira de Ciências e En-
A leitura e discussão de obras paradidáti-
genharia (conheça a proposta em https://fe-
cas de ficção e divulgação científica, disponíveis
brace.org.br Acesso em 13 ago 2019). Mas
no acervo da Sala de Leitura, visto que um dos
também pode ser trabalhada em projetos se-
princípios centrais do Currículo é o desenvolvi-
miabertos ou fechados, com roteiros e objeti-
mento da competência da leitura e da escrita
vos pré-definidos pelo professor. Utilizar esse
em todas as disciplinas. Listamos a seguir obras
tipo de estratégia possibilitará o desenvolvi-
enviadas para as escolas da rede estadual:
mento da competência geral “exercitar a
curiosidade intelectual e recorrer à aborda- • Uma História da Ciência. Autores: Micha-
gem própria das ciências, incluindo a investi- el J. Mosley e John Lynch. Editora: Zahar
gação, a reflexão, a análise crítica, a imagina-
ção e a criatividade, para investigar causas, • Física do Dia a Dia 1 - 105 Perguntas e
elaborar e testar hipóteses, formular e resolver Respostas Sobre Física Fora da Sala de
problemas e criar soluções (inclusive tecnoló- Aula. Autora: Regina Pinto de Carvalho.
gicas) com base nos conhecimentos das dife- Editora: Gutenberg
154 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
• Física do Dia a Dia 2 - Mais 104 Pergun- • Física 2: Física Térmica e Óptica – GREF
tas e Respostas Sobre Física Fora da Sala (Grupo de Reelaboração de Ensino de Fí-
de Aula... E Uma na Sala de Aula! Auto- sica da Universidade de São Paulo) Edito-
ra: Regina Pinto de Carvalho. Editora: ra: Edusp
Gutenberg
• A Aprendizagem e o Ensino de Ciências:
• Física Conceitual. Autor: Paul G. Hewitt. Do Conhecimento Cotidiano ao Conheci-
Editora: Bookman mento Científico. Autores: Juan Ignacio
Pozo & Miguel Ángel Gómez Crespo.
Editora Artmed
Antes de partimos para as sugestões de
atividades propriamente ditas, é fundamental
• A Necessária Renovação do Ensino das
tratar da avaliação e da recuperação da apren-
Ciências. Autores: Anna Maria Pessoa De
dizagem. Ponderando que uma atividade, as-
Carvalho, Antonio Cachapuz e Daniel Gil-
sociada a certo conteúdo, pode desenvolver
-Perez. Cortez Editora
uma ou várias habilidades, assim como o de-
senvolvimento de uma habilidade pode ser de-
• Ensino de Ciências: Fundamentos e Mé-
senvolvida por diferentes tipos de atividades,
todos. Autores: Demétrio Delizoicov,
retomamos as considerações realizadas ante-
José André Angotti e Marta Maria Per-
riormente sobre a necessidade de diversifica-
nambuco. Cortez Editora
ção de instrumentos na composição de um
processo avaliativo e recuperativo que aconte-
• Ensino de Física - coleção Ideias em Ação.
ça ao longo de todo o bimestre e que tenham
Autores: Anna Maria Pessoa de Carvalho,
caráter reflexivo e não punitivo, isto é, que con-
Elio Carlos Ricardo, Lúcia Helena Sasse-
duzam à reorientação da aprendizagem e tam-
ron, Maria Lúcia Vital dos Santos Abib e
bém do ensino. Indicamos que sejam verifica-
Maurício Pietrocola.
dos o envolvimento dos estudantes nas
atividades em sala e extraclasse e a progressão
individual quanto ao aprimoramento da lingua- A seguir apresentamos possíveis refle-
gem científica, do raciocínio lógico-matemáti- xões para as respostas das sugestões de ativi-
co, da produção escrita e da comunicação oral, dades criadas para os alunos. Este guia con-
de forma coerente com as peculiaridades do tém diversas sugestões de experimentos,
grupo heterogêneo de estudantes da rede es- animações e leituras que podem ser usadas
tadual de ensino. E como apoio ao desenvolvi- para complementar as atividades e os temas
mento da recuperação, você pode solicitar a conforme o professor julgar necessário. Solici-
ajuda dos colegas de classe nas explicações, a tamos atenção para o início de cada atividade
partir de ações colaborativas de tutoria entre visto que estas iniciam o conteúdo a ser explo-
os estudantes. Além disso, também é oportuno rado por meio de questões que realizam o le-
utilizar esses momentos de avaliação e recupe- vantamento de conhecimentos prévios dos
ração para reforçar aos estudantes que eles são estudantes, para então, partir para o desen-
corresponsáveis pela própria aprendizagem e volvimento das habilidades. Apesar de já ter-
não apenas meros agentes passivos e absorve- mos uma Nova Base para o Ensino Médio, não
dores de informações. temos o Currículo Paulista finalizado, portan-
Por fim, aproveitamos esse espaço de to, procuramos incluir atividades que contem-
comunicação para sugerir livros para comple- plassem as habilidades do Currículo Oficial
mentar o estudo. Essas obras foram enviadas vigente e, ao mesmo tempo, contemplassem
para as escolas da rede estadual pelo Progra- algumas competências da BNCC para o Ensi-
ma Leituras do Professor e Sala de Leitura: no Médio, já estabelecidas e descritas nos
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 155
quadros anteriores. Ao professor fica a tarefa cilitam a aprendizagem dos alunos e promo-
de adequar, complementar e ajustar conforme vem a aprendizagem como uma ponte para
a turma que for lecionar, levando em conside- outras habilidades a serem desenvolvidas. O
ração que o objetivo deste material é o de re- uso de experimentação, leitura compartilha-
alizar a transição do uso do Currículo Oficial da, debates, pesquisa, socialização, anima-
vigente com o futuro documento da BNCC do ções interativas é indispensável para a reali-
Ensino Médio. Neste bimestre, a presença de zação de aulas diversificadas e estratégicas.
algumas habilidades do SAEB fortalecerá e fa- Não é possível nem recomendado que o pro-
vorecerá a aprendizagem dos alunos por meio fessor se valha de todas essas estratégias em
de algumas atividades específicas que, conse- apenas uma ou duas aulas, porém para cada
quentemente, refletirá na melhoria da apren- tema ou atividade, é importante que uma es-
dizagem dos nossos alunos e dos resultados tratégia diferenciada apareça para estimular
das avaliações internas e externas. a capacidade criativa dos alunos de racioci-
Vale ressaltar que o uso de imagens, nar e aprender, respeitando os diferentes es-
gráficos, tabelas e outros recursos visuais fa- tilos de aprendizagem.
156 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
https://pixabay.com/pt/illustrations/bokeh-luz-fora-de-foco-2097350/
Quem nunca ficou em dúvida na cor que deveria escolher para roupa, sapato, acessórios
ou outras coisas? Já parou para pensar o que é a cor? Como ela se forma? Por que ela não está
presente no escuro? Como o próprio tema 3 está nomeado, luz e cor, veremos que esse par de
elementos andam juntos e um depende do outro para colorir tudo que vemos. Professor, você
pode expandir os questionamentos sobre luz, visando contextualizar o tema, por exemplo,
com questões sobre a formação das cores, quais cores os alunos mais gostam e por que. Essas
questões podem fazer parte da introdução deste tema e, posteriormente, serem aprofundadas
com respostas científicas ao longo do trabalho.
Por estar tão presente em nosso cotidiano nem sempre paramos para pensar sobre as cores.
Você sabe o que é a cor? Como a notamos? Ela tem alguma importância no nosso dia a dia? Qual?
Sugerimos que estes questionamentos sejam feitos oralmente, como reflexão sobre o tema.
Apagar e acender a luz, fechar as cortinas da sala se houver, são ações que controlam a inten-
sidade da luz e reflexão das cores e podem auxiliar a introdução da atividade.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 157
1. Observe a porta da sala de aula, qual a cor dela? Por que ela é dessa cor?
2. A percepção da cor da porta é permanente? Por exemplo, será sempre observada da mes-
ma cor? Explique.
Ambas as questões trarão reflexões e hipóteses para os alunos tanto sobre a cor do material da
porta ou a cor do pigmento ou tinta que foram utilizados. É importante que surjam respostas
relacionando a luz com a cor, mesmo que seja de senso comum essa correlação, pois neste
momento os alunos ainda não têm o conhecimento científico da reflexão das cores por meio
da luz. Perguntas do tipo será que podemos enxergar a porta da mesma cor a noite e durante
o dia? Por quê? A presença da luz faz diferença na cor? Desta forma os alunos começarão a
perceber esta relação de dependência.
FAÇA VOCÊ MESMO: Com a ajuda do seu professor, realize a atividade prática
“Qual é a cor do objeto? ” Desta forma, você poderá comprovar se as hipóteses
levantadas na atividade anterior foram coerentes.
Materiais:
• Papel cartão branco, vermelho, verde, azul, amarelo e preto;
• Tesoura;
• Elástico;
• Lanterna;
• Papel celofane vermelho, azul e verde;
• Caixa de sapato;
• Fita isolante.
Procedimentos:
1. Corte retângulos de papel cartão nas cores branca, vermelha, azul, verde, amarela e preta;
2. Forre a parte interna da caixa de sapato com papel cartão preto;
3. Com a lanterna encaixada na caixa preta (imagem seguinte), ilumine cada cartão, obser-
ve e anote a cor dos cartões para cada luz incidente, completando a tabela. Inicie com a
luz branca (própria da lanterna), e para obter as demais cores, vermelha, azul e verde,
acople o papel celofane na frente do facho de luz com o auxílio do elástico.
4. Faça um orifício para observação logo acima da lanterna, de modo que possa olhar as
figuras no interior da caixa (imagem seguinte).
158 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
©Dimas D. Barros
5. ara evitar que entre luz do ambiente, você deverá vedar com o auxílio da fita isolante os
P
espaços entre a lanterna e a caixa. Professor, pode ser que haja uma pequena variação nas
respostas da tabela abaixo, devido ao tipo, tamanho, intensidade da luz emitida pela lan-
terna, bem como os tons de cores dos cartões.
1 - Azul
2 - Verde
3 - Vermelho
4 - Branco
5 - Amarelo
6 - Preto
1. Por que, durante a atividade de observação, os retângulos de papel cartão foram percebi-
dos de cores diferentes?
A ideia é fazer com que os alunos percebam que a cor que vemos em um objeto depende da
luz que o ilumina. Assim, quando muda a luz, muda a cor percebida.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 159
O objetivo é fazê-los perceber que sempre comparamos as cores a partir de objetos expostos
à luz branca, ou seja, à luz do Sol ou de lâmpadas de cor branca.
3. Qual seria a cor de uma banana madura iluminada por uma luz vermelha?
A banana ficaria escura. Ou seja, a cor resulta de um tipo de exposição e não de uma proprie-
dade do objeto. O correto seria dizer que um objeto “parece vermelho” e não que “é verme-
lho”. Com essas discussões, tem-se o “mote” para iniciar a fase seguinte, que apresentará a
decomposição da luz branca.
Habilidades: Associar a cor de um objeto a formas de interação da luz com a matéria (reflexão,
refração, absorção) e reconhecer e explicar a emissão e a absorção de diferentes cores de luz
que nele incide. Podemos dizer que as cores que conhecemos estão associadas a um mesmo princípio:
reflexão e absorção diferenciadas das cores de luz que correspondem a três regiões básicas do espectro
da luz visível: vermelho, verde e azul, que são as cores primárias.
Você já usou alguma vez óculos com lentes coloridas? Ao olharmos por uma lente amarela, as
coisas ao nosso redor ficam de que cor? A luz branca, ao incidir sobre a lente, tem refletidas algumas
das cores que a compõem. Uma grande porção das outras cores é absorvida e somente a cor amare-
la da luz branca atravessa o vidro da lente, chegando aos nossos olhos, portanto percebemos os ob-
jetos em cores amarelas.
Adaptado do GREF (Grupo de Reelaboração do Ensino de Física instituto de Física da USP). Óptica p47. 1998. Disponível
em: http://www.if.usp.br/gref/optica/optica2.pdf. Acesso em 06 maio 2019.
Não, pois um objeto não é vermelho, ele se mostra vermelho, visto que a sensação que temos
da cor depende da luz que ilumina o objeto e da luz que ele reflete.
A cor de um objeto está relacionada à cor da luz que está incidindo sobre ele.
Professor, inicie a atividade perguntando se os alunos sabem quais cores compõem o arco-
-íris, como ele é formado, se ele é visto apenas no céu ou em outras condições como quando
vamos lavar o carro em dias ensolarados ou quando projetamos a luz branca em um recipiente
transparente com água.
FAÇA VOCÊ MESMO: Você já deve ter apreciado um arco-íris, certo? Mas sabe
dizer quais são as cores do arco-íris? Por que são aquelas cores e não outras? Há
algo que as diferencie? A partir dos resultados, discussão e aprofundamento do
experimento a seguir, poderemos entender um pouco mais sobre a luz.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 161
Materiais
©Dimas D. Barros
• Um CD ou DVD;
• Fonte de luz (vela);
• Tesoura;
• Fita isolante;
• Prendedor de roupas de madeira;
Procedimentos
Espera-se que os estudantes cheguem à conclusão de que as cores são as mesmas que as do
arco-íris, composto por 7 cores, que são apresentadas nesta ordem: vermelho, laranja, amarelo,
verde, azul, anil (ou índigo) e violeta.
Professor, aproveite este momento para coletar as impressões e conhecimentos dos alunos so-
bre o assunto, a atividade a seguir abordará os fenômenos físicos envolvidos necessários para
consolidação das respostas.
162 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Luz e cores
https://pixabay.com/pt/vectors/refra%C3%A7%C3%A3o-prisma-%C3 %B3tica-150853/
Você viu que a luz branca (ou a luz solar) é composta de outras cores, que vão do vermelho ao
violeta, semelhante a um arco-íris. Por isso, ao iluminar um objeto azul com essa luz, nós o veremos
azul, pois ele absorve todas as outras cores da luz branca e reflete somente a sua “porção” azul. Cha-
mamos a luz branca de policromática, para dizer que essa luz é composta de várias cores. Já uma luz
monocromática é aquela composta de uma única cor, como um laser.
Com isso, podemos entender bem como a nossa percepção das cores dos objetos depende da
cor da fonte de luz que os ilumina.
Ondas eletromagnéticas
Luz e cores “simplesmente” são ondas eletromagnéticas. No final do século XIX, foi sistematizada uma
teoria, o eletromagnetismo – demonstrando que os fenômenos elétricos, magnéticos e ópticos são de
mesma natureza. Essa teoria previu a existência das ondas eletromagnéticas e obteve uma velocidade para
sua propagação: 300 000 km/s. Essa é também a velocidade da luz, igualmente uma onda eletromagnética.
Um elétron em movimento ©José Rubens A. Silva
acelerado emite uma onda eletro-
magnética. Se um elétron se mover
para cima e para baixo, oscilando
em torno de um ponto, seu campo
elétrico move-se junto. Acontece
que, quando um campo elétrico va-
ria, ele gera um campo magnético.
Assim, toda carga em movimento,
além de gerar um campo elétrico,
também cria um campo magnético. Isso ocorre porque todo campo elétrico variável cria um campo magné-
tico e vice-versa. Com isso, uma carga, ao se mover, movimenta seu campo elétrico. Este, ao variar, gera um
campo magnético variável que, por sua vez, gera um campo elétrico variável que vai gerar um campo mag-
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 163
nético variável, ou seja, os campos elétricos e magnéticos variáveis geram um ao outro e são emitidos pela
carga oscilando como uma onda eletromagnética. Essa é a “coisa” detectada, por exemplo, quando você
liga um rádio ou atende a uma chamada no celular. Os elétrons do fio, ao se moverem, emitem uma onda
eletromagnética capaz de ser detectada pelo rádio e pelo aparelho telefônico. Essas ondas eletromagnéticas
estão presentes todo o tempo em nosso mundo. A maioria dos equipamentos elétricos tem seu funciona-
mento baseado nelas. Certamente, seu corpo está sendo atravessado por milhares de ondas eletromagné-
ticas neste exato momento, desde as emissoras de rádio e TV até radiações de origem cósmica.
A quantidade de vezes que uma carga oscila em um segundo é o que chamamos de frequência.
Assim, se esse elétron oscilasse 100 mil vezes (105) por segundo, você começaria a notar uma interferência
no rádio. Ou seja, nessa frequência, ele estaria emitindo uma onda de rádio. Se ele aumentasse sua osci-
lação para 1013 vezes por segundo, você começaria a sentir um calor emanando dele. Isso quer dizer que,
nessa frequência, ele estaria emitindo uma onda chamada de infravermelho. Ao chegar em 4.1014 oscila-
ções por segundo, ele emitiria luz vermelha. Ao continuar aumentando a frequência de oscilação, ele iria
emitir amarelo, verde, azul e, quando se aproximasse de 1015 vezes por segundo, ele emitiria violeta.
Dessa forma, a frequência de vibração do elétron define a frequência da onda eletromagnética
que ele emite, determinando propriedades fundamentais dessas ondas, como a capacidade de pro-
duzir calor, de atravessar materiais, de ser captadas pelos nossos olhos, etc.
A unidade utilizada para frequência é o hertz (Hz), em homenagem ao físico que gerou e detec-
tou pela primeira vez as ondas de rádio. Um (1) hertz corresponde a uma (1) oscilação por segundo.
Chamamos de luz visível apenas a pequena faixa de frequências que nossos olhos são capazes
de detectar (de 4.1014 Hz a 7,5.1014Hz). A maioria das ondas eletromagnéticas é invisível para nós:
micro-ondas, ondas de rádio, infravermelho, ultravioleta, raios X, etc.
Na tabela a seguir, temos a faixa de frequências que nossos olhos são capazes de captar. Assim,
cada cor corresponde a uma onda eletromagnética com suas frequências características. O que dife-
rencia uma cor da outra é justamente a frequência de sua onda eletromagnética. Um pouco acima do
violeta, temos as ondas chamadas de ultravioleta, que nossos olhos não veem, mas nossa pele sente.
É por causa do ultravioleta que nos bronzeamos. Abaixo do vermelho, temos o infravermelho, que
também não podemos ver, mas percebemos sua energia pelo calor que sentimos em nossa pele.
©Dimas D. Barros
Texto adaptado do material SPFE, escrito por Guilherme Brockington especialmente para o São Paulo Faz Escola
164 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Chamamos a luz branca de policromática, ou seja, essa luz é composta de várias cores. Já uma
luz monocromática é aquela composta de uma única cor, como um laser.
Campos elétricos e magnéticos variáveis geram um ao outro, constituindo ondas que se propagam
sem necessidade de um meio material. Na origem de uma onda como essas, há elétrons em mo-
vimento oscilatório, por exemplo, em uma antena emissora. Já em antenas receptoras, é a onda
que move elétrons, por exemplo, quando você liga um rádio ou atende a uma chamada no celular.
O índice de refração de um material varia com o comprimento de onda da luz que o atravessa,
por isso ocorre a dispersão. Assim, cada comprimento de onda que compõe a luz branca vai
apresentar diferentes ângulos de refração ao incidir em um material com índice de refração
diferente do que ela apresenta, por exemplo, ao passar do ar para o vidro.
A luz que sofre maior desvio é a de maior frequência, logo, o maior desvio é da azul, o segundo
maior da verde e o menor, da vermelha.
O uso de experimentos virtuais e até mesmo físicos proporcionam uma atividade investigativa
e a construção de conhecimentos significativos. Os experimentos abaixo permitem uma maior
reflexão dos estudantes e dão oportunidade ao professor para realizar um trabalho interdisci-
plinar com os componentes de arte e matemática, pois o tema cores permite a construção e
análise de tabelas e gráficos, que permeiam os componentes citados.
1. Utilizando o item “uma lâmpada” do simulador, faça uma análise sobre a cor de cada ob-
jeto conforme solicitado na tabela:
Professor, um objeto amarelo possui capacidade de refletir apenas a luz monocromática ama-
rela. Sendo assim, qualquer luz monocromática de outra cor será absorvida. Como o objeto é
iluminado por uma luz monocromática azul, ele a absorve e é percebido por um possível ob-
servador como sendo preto.
166 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
2. Utilizando o item “lâmpadas RGB (do inglês: red, green, blue)” do simulador realize as
combinações de cores conforme solicitado na tabela:
Combinação Cor
3. Que procedimento pode ser utilizado para se obter uma luz branca?
4. Por que foram escolhidas essas três cores de luz (vermelho, azul e verde)? Levante hipó-
teses.
Espera-se que os alunos percebam que a combinação destas três cores, consideradas primá-
rias, resultem em outras cores.
Materiais:
1. Como podem ser chamadas as cores formadas a partir das cores primárias?
Cores secundárias.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 167
4. Quais cores de tinta precisamos misturar para obter as cores secundárias? E terciárias?
Para obtermos as cores secundárias, necessitamos misturar, pelo menos duas cores primárias
(vermelho + amarelo = laranja, vermelho + azul = roxo ou amarelo + azul = verde). As terciárias
são obtidas a partir da mistura de uma cor primária e uma secundária. A saber
vermelho-arroxeado: vermelho e roxo
vermelho-alaranjado: vermelho e laranja
amarelo-alaranjado: amarelo e laranja
amarelo-esverdeado: amarelo e verde
azul-esverdeado: azul e verde
azul-arroxeado: azul e roxo
5. Como você explicaria, com base no que estudamos até agora, o significado do dito popu-
lar “À noite todos os gatos são pardos.”?
À noite a presença da luz é parcial, esta não reflete a cor do gato que é refletida durante o dia,
a cor refletida torna-se difícil de ser identificada, o que caracteriza o dito popular.
6. Qual a diferença entre a formação de cores por mistura de tintas e a formação de cores
pela “mistura” de luzes? Dê Exemplos.
Em relação às cores-pigmento, quando misturadas, obtém-se uma cor próxima da preta. Não
vamos obter necessariamente o preto, pois tudo depende da quantidade de pigmento de cada
cor utilizada. A cor de pigmento é a cor que não é absorvida pelo pigmento, já a cor da luz de-
pende da frequência, uma vez que as cores são formadas por frequências de ondas eletromag-
néticas. Ao misturar as frequências, por exemplo, das cores do arco-íris formamos a luz branca.
O uso de iluminação é um assunto possível de ser explorado, com base nos conhecimentos que os
próprios alunos possuem de forma clara. Provavelmente todos os estudantes possuem iluminação
onde vivem e podem contribuir sobre qual tipo de lâmpada é mais adequado ou não e por que
segundo seus conhecimentos. Posteriormente, o assunto poderá ser aprofundado e contestado.
168 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
1. Qual tipo de iluminação a prefeitura utiliza nas ruas e praças de nossa cidade? Qual o valor
médio destas lâmpadas?
3. scolha uma loja que venda lâmpadas e pesquisem qual tipo de lâmpada é mais vendido.
E
Por que este tipo é o mais vendido?
4. Como podemos ver um objeto com cores diferentes apenas mudando o tipo de luz?
Esta pesquisa é importante para fortalecer a aprendizagem dos tipos de iluminação existentes
e como essa iluminação pode favorecer a população e não prejudicar o meio-ambiente. Geral-
mente, a iluminação pública era por lâmpadas incandescentes, e em alguns lugares lâmpadas
fluorescentes, a partir daí, começou a introdução das lâmpadas de vapor de mercúrio (brancas).
Em seguida, houve a introdução das lâmpadas de vapor de sódio (amarelas), e agora, recen-
temente lâmpadas de vapor metálico (brancas), e também das lâmpadas de Led (brancas). Ao
mudar o tipo de luz, mudamos o tipo de frequência que incide sobre os objetos, consequente-
mente, essa frequência altera o que eles refletem.
O uso de lâmpadas para realçar a cor dos alimentos talvez não seja algo comum na comunida-
de que os alunos habitam ou frequentam. Por isso é importante que o professor contextualize
essa prática que à luz de algumas pessoas é algo legal, mas imoral já que é possível disfarçar a
venda de alimentos de má qualidade.
Um comerciante deseja realçar a cor dos alimentos utilizando lâmpadas de led nas cores abaixo:
Diante disso, responda:
Como vimos, anteriormente, se a faixa de luz for próxima da cor que o objeto reflete, sua cor
realçará.
3. Podemos levar em conta algum aspecto ético no que se refere à iluminação dos alimen-
tos? Discuta como poderia ser conduzida a defesa do consumidor.
Aproveite essa atividade para mostrar aos alunos a necessidade de observar a iluminação dos
estabelecimentos, quando desejam comprar alguma coisa. Por exemplo, é bastante comum
comprar carnes em supermercados, mas, ao chegar em casa, elas nem sempre estão com a
mesma aparência do momento da compra. O mesmo pode ocorrer na compra de móveis, cal-
çados etc. Ao concluir a atividade discuta a problemática de se induzir o consumidor a alguma
percepção alterada de cor.
170 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
O uso de celulares em sala de aula para fins pedagógicos é permitido pelo artigo 1º da Lei
Complementar 12.730/2007, alterado pelo artigo 1º da Lei Complementar nº16.567/2017.
Sendo assim, as próximas atividades representam um bom momento para que os alunos per-
cebam quando podem utilizar seu aparelho celular ou smartphone, a serviço da aprendizagem.
As atividades seguintes contextualizam a presença das ondas eletromagnéticas no cotidiano.
Como não é possível enxergá-las, é possível ressaltar a presença destas por meio de diversos
aparelhos eletrônicos que satisfazem a necessidade da sociedade.
FAÇA VOCÊ MESMO: Pegue seu celular e realize ligações perto de um rádio a pi-
lha e de uma TV, dê preferência a uma TV mais antiga (tubo).
4. Pesquise outros aparelhos que emitem e que são influenciados por ondas eletromagnéticas.
Roteadores, rádios, aparelhos de raios-x e ressonância magnética, Smartphones, tablets, note-
books e outros.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 171
Professor, para que o experimento tenha sucesso é necessário que o forno micro-ondas não
esteja com defeito conhecido de qualquer espécie. É importante salientar aos alunos que não
estamos condenando o consumo de alimentos aquecidos pelo forno micro-ondas e sim o vaza-
mento destas ondas durante o aquecimento, no caso de um micro-ondas com defeito.
Agora responda as questões:
3. O que pode ter acontecido caso o celular tocasse dentro do micro-ondas mesmo com a
porta fechada?
Provavelmente a porta estaria com algum problema e não estaria bloqueando a entrada e saída
de ondas eletromagnéticas, o que é muito perigoso para a saúde.
5. Sob a orientação do seu professor, responda o que é a Gaiola de Faraday e como ela funciona.
Gaiola de Faraday foi um experimento que Michael Faraday realizou em 1836 provando o efei-
to da blindagem eletrostática. Essa blindagem permite que uma superfície condutora isole um
espaço impedindo descargas elétricas. Isto é o que acontece em carros e aviões, por exemplo.
172 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Pegando onda
Para que possamos ouvir uma emissora de rádio, basta que a estação tenha microfone, mesa de
som, transmissor, antena, receptor e conhecimentos de ondas eletromagnéticas. Graças à física, te-
mos a oportunidade de ouvir uma emissora de rádio. Teoricamente, o italiano Guglielmo Marconi foi
o responsável que conseguiu fazer o som ser transmitido por meio de ondas eletromagnéticas. Mas,
afinal, como podemos definir o que são essas tais ondas eletromagnéticas? Basicamente, são ondas
geradas por cargas elétricas que podem se propagar no vácuo (ausência de ar) ou em materiais como
o rádio, micro-ondas, roteador, etc. No caso do rádio, as ondas são emitidas em forma de impulsos
elétricos fracos, então elas passam por um amplificador, que aumenta a intensidade de corrente elé-
trica por meio de um circuito eletrônico. Essa amplificação pode aumentar em milhares de vezes, se
necessário, para alcançar o destino.
https://pixabay.com/pt/photos/prato-do- https://pixabay.com/pt/photos/microfone-
radar-radar-63013/ fones-de-ouvido-r%C3%A1dio-2627991/
No caso do primeiro experimento, as ondas emitidas pelo celular interferem, sobrepõem sobre
as ondas da TV e do rádio, o que emitem um certo ruído. Já no experimento do micro-ondas e celular,
a porta do micro-ondas bloqueia a entrada das ondas de quem liga, desta maneira, se o micro-ondas
estiver em boas condições, o celular dentro do micro-ondas não pode tocar, caso toque é um sinal de
que estão “vazando” ondas durante o aquecimento dos alimentos. Michael Faraday, em 1836, desco-
briu um tipo de blindagem eletrostática, ou seja, um espaço “neutro” em um campo elétrico. Graças
a esta contribuição, não tomamos descargas elétricas nos carros e aviões, por exemplo. Este experi-
mento ficou conhecido como Gaiola de Faraday.
As ondas eletromagnéticas interferem em nossa vida diária. Insônia, depressão e até mesmo
câncer podem ser causados por uma alta exposição a estas ondas segundo a Organização Mundial da
Saúde (OMS). Para medir o número de oscilações de onda, por um certo período de tempo, utiliza-se
o hertz (Hz), que equivale a uma oscilação no intervalo de tempo de 1 segundo, e é representada pela
letra f (frequência) em homenagem ao físico alemão Heinrich Rudolf Hertz, que realizou várias desco-
bertas no estudo do eletromagnetismo.
Elaborado por José Rubens Antoniazzi Silva especialmente para o São Paulo Faz Escola.
A luz é uma onda eletromagnética que, diferentemente das ondas de rádio, é passível de ser
captada por nossos olhos; portanto, toda luz é uma onda eletromagnética, mas nem toda onda
eletromagnética é visível.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 173
9. Por que um dos lugares mais seguros para estar durante uma tempestade com raios é
dentro de um carro?
A ideia é mostrar que a Gaiola de Faraday serve como um pára-raios. Instalando objetos me-
tálicos pontiagudos no telhado das edificações e ligando-os a uma rede de cabos, que estão
do lado externo dos prédios, o aparato funciona como uma Gaiola de Faraday. Essa Gaiola
garante que o raio passe pelos contornos da casa, “isolando” seu interior. Para que as cargas
elétricas do raio possam ser atraídas, utilizam-se objetos pontiagudos e, para que possam ser
escoadas, liga-se a rede de cabos à terra. Tudo se passa como no caso do celular envolto com
papel-alumínio. No caso dos carros, que são feitos de materiais condutores, ocorre o mesmo
processo.
Para a próxima aula, tragam caixas ou rótulos (fotos) de aparelhos que trabalham com
ondas eletromagnéticas para nosso experimento.
174 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
Espectro eletromagnético
Estamos “imersos” em ondas eletromagnéticas trans-
Corrente elétrica
conversas por celular, pelos dados em redes wi-fi, etc.
Cada uma dessas ondas possui frequências diferentes,
de modo que os sinais podem ser todos separados. Tempo
Amplitude
como áudio ou vídeo, utilizam-se ondas senoidais. Ini-
cialmente, uma informação é transformada em corrente Tempo
Utilizando o texto, os conhecimentos adquiridos até agora e seu livro didático de física,
responda as questões:
Em todos os casos é usada uma onda senoidal de frequência definida para a transmissão das
informações. A diferença está em como essa informação será “colocada” na onda: pode ser
modulada sua amplitude (AM, VHF e UHF) ou sua frequência (FM). Outra diferença está no
valor da frequência da onda: relativamente baixa (ondas longas e médias), alta (FM), muito alta
(VHF) ou ultra-alta (UHF).
Ambos funcionam a partir da transmissão de ondas eletromagnéticas, porém para fins diferen-
tes, um gera som, outro gera imagem.
176 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
3. Sabendo que a energia de uma onda eletromagnética está diretamente relacionada com
sua frequência, quais cores do arco-íris têm a maior e a menor energia? Justifique.
O violeta tem a maior frequência do espectro visível e, logo, a maior energia; já o vermelho tem
a menor frequência e, consequentemente, a menor energia do espectro visível.
As ondas de rádio do avião e celular possuem frequências próximas e suas interações são de
caráter destrutivo, por isso a necessidade de se desligar os aparelhos celulares durante o voo.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 177
Provavelmente, a maioria dos alunos da sala tenham aparelho celular ou smartphones, mas será
que todos sabem como eles foram criados e aperfeiçoados ao longo de décadas? E o que a físi-
ca contribuiu para isso? Este é o momento para esclarecer aos alunos esse avanço tecnológico,
destacando que este avanço não terminou.
Com certeza você já ouviu aquela expressão “o castigo veio a cavalo”, “a notícia veio a
galope” e não entendia o porquê destas expressões. Antigamente a notícia era veiculada por
cavalos e pombo correio. Não havia a velocidade de propagação de informação como temos
hoje. Na era dos primeiros aparelhos telefônicos, apenas algumas pessoas poderiam tê-los. Para
fazer uma ligação, precisavam ligar em uma central para depois falar com quem queria. Sabe-
mos que graças à evolução da tecnologia, isso mudou e hoje temos os smartphones e aparelhos
de alta sofisticação.
https://pixabay.com/pt/photos/telefone- https://pixabay.com/pt/photos/iphone-
comunica%C3%A7%C3%A3o-chamada-735062/ smartphone-apps-apple-inc-410324/
1. Como seria nossa vida hoje sem os aparelhos celulares, smartphones e tablets?
178 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
FÍSICA
3a Série – Ensino Médio
Tema – Matéria e radiação • Reconhecer os principais mo- 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recor-
Partículas elementares delos explicativos dos funda- rer à abordagem própria das ciências, incluin-
mentos da matéria ao longo do a investigação, a reflexão, a análise crítica,
• Evolução dos modelos para a da história, dos átomos da a imaginação e a criatividade, para investigar
constituição da matéria – dos Grécia Clássica aos quarks causas, elaborar e testar hipóteses, formular e
átomos da Grécia Clássica aos • I dentificar a existência e a resolver problemas e criar soluções (inclusive
quarks diversidade das partículas tecnológicas) com base nos conhecimentos
subatômicas das diferentes áreas.
• A diversidade das partículas su-
batômicas, elementares ou não • Reconhecer e caracterizar pro- 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral
• A detecção e a identificação cessos de identificação e detec- ou visual-motora, como Libras, e escrita), cor-
ção de partículas subatômicas poral, visual, sonora e digital –, bem como
das partículas
conhecimentos das linguagens artística, ma-
• A natureza e a intensidade das • Reconhecer, na história da ci- temática e científica, para se expressar e par-
forças nas transformações das ência, relações entre a evolu-
tilhar informações, experiências, ideias e sen-
partículas. ção dos modelos explicativos
timentos em diferentes contextos e produzir
da matéria e da pesquisa com
sentidos que levem ao entendimento mútuo.
aspectos sociais, políticos e
Tema – Eletrônica e infor- econômicos 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias
mática digitais de informação e comunicação de for-
• Reconhecer a natureza das in-
• Propriedades e papéis dos se- ma crítica, significativa, reflexiva e ética nas
terações e a relação massa–
micondutores nos dispositivos diversas práticas sociais (incluindo as escola-
energia nos processos nuclea-
microeletrônicos res) para se comunicar, acessar e disseminar
res e nas transformações de
informações, produzir conhecimentos, resol-
• Elementos básicos da microe- partículas subatômicas
ver problemas e exercer protagonismo e au-
letrônica; armazenamento e • Identificar a presença de com-
toria na vida pessoal e coletiva.
processamento de dados (dis- ponentes eletrônicos, como
cos magnéticos, CDs, DVDs, 7. Argumentar com base em fatos, dados e
semicondutores, e suas pro-
leitoras e processadores) informações confiáveis, para formular, nego-
priedades em equipamentos
ciar e defender ideias, pontos de vista e deci-
• Impacto social e econômico do mundo contemporâneo
sões comuns que respeitem e promovam os
contemporâneo da automação
direitos humanos, a consciência socioambien-
e da informatização.
tal e o consumo responsável em âmbito local,
regional e global, com posicionamento ético
em relação ao cuidado de si mesmo, dos ou-
tros e do planeta.
10. Agir pessoal e coletivamente com auto-
nomia, responsabilidade, flexibilidade, resili-
ência e determinação, tomando decisões
com base em princípios éticos, democráticos,
inclusivos, sustentáveis e solidários.
180 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
b) Quais foram os fatos mais importantes ocorridos, ou seja, que marcaram a história da ciên-
cia no Brasil e no Mundo?
c) Utilizando dados da sua pesquisa, organize uma linha do tempo em painel ou apresenta-
ção digital.
Professor: sugerimos solicitar aos alunos que destaquem a biografia e os trabalhos de alguns
filósofos ou cientistas como: Tales de Mileto, Platão, Aristóteles, Leonardo Fibonacci, Roger
Bacon, Nicolau Copérnico, René Descartes, Galileu Galilei, Robert Hooke, Voltaire, Heinrich
Rudolf Hertz, Albert Einstein e Max Planck.
É fundamental que os alunos busquem compreender o que esses autores pensavam sobre a
matéria e contextualizem sobre acontecimentos e fatos importantes da época escolhida. Pode-
-se incluir imagens relevantes como: meio de transporte e comunicação, costumes, vestuário,
noticiário etc.
Com as imagens, os alunos podem montar uma linha do tempo em painéis ou mídias digitais,
fazendo um breve resumo das concepções da matéria para realizar uma apresentação para a sala.
Deverão compreender que a noção do átomo já aparecia na Antiguidade bem como elementos
primordiais como a água, o ar, o fogo etc. que seria a base do Universo.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 183
Para alguns filósofos gregos os elementos fundamentais da natureza eram o fogo, a terra, a
água e o ar, sendo cada substância material composta por eles.
Por exemplo, um pedaço de madeira conteria o elemento “terra” (por isso é pesado e sólido),
o elemento “água” (ao ser aquecido, evapora-se primeiro a umidade), o elemento “ar” (expe-
lindo a fumaça ao ser queimado) e o elemento “fogo” (emitindo chamas durante a queima).
184 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
A ideia de átomo teve seu início na Grécia Antiga com os filósofos Leucipo e Demócrito, que
ficaram conhecidos como atomistas. Ao longo da Idade Média, a ideia de átomo foi pratica-
mente abandonada no mundo cristão ocidental, sendo retomada no século XVII por diversos
cientistas.
César Lattes participou da detecção do píon, utilizando tanto raios cósmicos como acelerado-
res de partículas.
Sua grande contribuição se deu na identificação do composto bórax, que aumentava o tempo
de retenção das imagens e viabilizava o uso de filmes para longas exposições, necessárias para
a detecção da passagem das partículas.
Professor: discuta com os alunos como se deu essa descoberta. Inicialmente, é preciso consi-
derar o fato de César Lattes ter trabalhado com Giuseppe Paolo Stanislao Occhialini no Brasil
e de este ter reconhecido o potencial do jovem físico. Outro fator importante foi o esforço de
guerra inglês, que gerou a necessidade de busca de pesquisadores para a Inglaterra. Finalmen-
te, o contexto de pesquisa dos píons requeria o desenvolvimento de filmes, área de pesquisa
na qual Lattes era especialista.
b) Para que foram utilizados os filmes fotográficos na atividade experimental com raios
cósmicos?
Os filmes eram utilizados para registrar a trajetória dos raios cósmicos. Lattes desenvolveu ou-
tros filmes que permitiram a detecção do méson Pi, que é uma partícula resultante da interação
dos raios cósmicos com a atmosfera.
Os mésons π
Os mésons Pi (existem três deles, com carga positiva, negativa e neutra) haviam sido propostos
pelo físico japonês Hideki Yukawa. A nova partícula veio para resolver o problema teórico, que es-
sencialmente era: como um núcleo atômico formado por partículas positivas (prótons) e neutras
(nêutrons) poderia ser estável? A repulsão eletrostática é enorme devido as cargas estarem muito
próximas. O núcleo atômico tem dimensão da ordem de 10-15 metros, ou seja, cem mil vezes me-
nor que um raio atômico típico (10-10 metros), ou ainda um bilhão de vezes menor que uma bacté-
ria (1 μm 10-6 metros). Na teoria de Yukawa, o méson Pi faria o papel de “cola” promovendo a es-
tabilidade nuclear.
A previsão teórica ocorreu em 1934 e sua observação experimental, a partir de dados de raios
cósmicos, só ocorreu em 1947 pela equipe do físico britânico Cecil Powell da qual Lattes era um im-
portante colaborador. Powel recebeu o Prêmio Nobel tendo como justificativa “for his development
of the photographic method of studying nuclear process and his discoveries regarding mesons made
with this method” (por seus desenvolvimentos de métodos fotográficos para estudar processos nucle-
ares e suas descobertas sobre mésons feitas com esse método).
No ano seguinte da detecção do méson por raios cósmicos, Lattes e o norte-americano Eugene
Gardner aceleraram partículas alfa de 380 MeV, no acelerador de partículas da Universidade da Cali-
fórnia, em Berkeley, com o intuito de obter mésons Pi, através da colisão destas partículas com os
186 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
prótons e nêutrons de um átomo de carbono. Suas trajetórias foram registradas em emulsões inseri-
das no interior do equipamento.
Elaborado por Elso Drigo Filho – docente do Departamento de Física da UNESP especialmente para o São Paulo Faz Escola
O núcleo atômico é basicamente constituído de nêutrons (partículas que não possuem carga
elétrica) e prótons (partículas que possuem carga elétrica positiva). Como a força eletromag-
nética é repulsiva nos casos de partículas como mesmos sinais no núcleo atômico, nêutrons
não sentiriam a força eletromagnética e prótons deveriam se repelir fazendo com que o núcleo
atômico perdesse sua coesão e estabilidade.
Professor: é importante retomar os conceitos de Força Forte presente no caderno São Paulo
Faz Escola 2019 do Aluno e Professor do 3º bimestre.
c) O que é MeV? O que ele mede? Consulte seu livro didático, sites ou outras fontes de pes-
quisa e tente expressar esse valor em uma unidade mais conhecida.
MeV é uma unidade de energia: 1 MeV corresponde à energia que um elétron adquire quando
passa por uma diferença de potencial de 1 milhão de volts. Dizemos megaelétron-volt e, na
linguagem científica, escreve-se 106 eV, que equivale a 1,6.10–13 J.
O méson é uma família de partículas que inclui +, – e 0. A massa dessas partículas é de apro-
ximadamente 2,3.10–28 kg e a carga elétrica pode ser +e, –e e 0. Essas partículas só podem
existir durante um tempo muito curto e decaem em múons depois de, em média, um bilionési-
mo de segundo. Daí a dificuldade de sua detecção.
Essa descoberta mostrou que a produção e a detecção de partículas podiam ser feitas de
modo mais controlado com o desenvolvimento de aceleradores mais potentes e detectores
mais precisos.
PARA PESQUISAR:
Faça uma pesquisa sobre os cientistas brasileiros, abaixo, indicando qual é a área de traba-
lho e quais suas contribuições para a Ciência:
• Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão
• José Leite Lopes
• Marcelo Gleiser
Núcleo de Pesquisa em Ciências: Cientistas Brasileiros: César Lattes e José Leite Lopes.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=DB3PzzIrRTc Acesso em: 09 mai 2019.
Portal EBC: Cientistas brasileiros: Cesar Lattes, descobridor da méson pi. Disponível em:
http://www.ebc.com.br/infantil/voce-sabia/2016/05/cientistas-brasileiros-cesar-lattes-
-descobridor-da-meson-pi Acesso em: 09 mai 2019.
Algumas partículas já são conhecidas por vocês, como o próton, o nêutron, o elétron e
também, nas atividades anteriores foi apresentada uma nova partícula, que atualmente é cha-
mada de mésons Pi. Durante os anos 1950, principalmente, foram descobertas outras partículas
até então desconhecidas.
Você sabe como os físicos “descobrem” ou detectam a existência dessas partículas?
As partículas são entidades com massa muito pequena, têm vida média às vezes efêmera
e, para complicar, nem sempre possuem carga elétrica. Essas características fazem que as partí-
culas passem, na maioria das vezes, despercebidas. Apenas para exemplificar, neste momento
todos nós estamos sendo “atravessados” por um grande número de partículas, como os neutri-
nos e os mésons de origem cósmica, só que não percebemos nenhuma manifestação delas.
K+
K+
Fig 1: Rastro deixado por um Fig 2: Rastro deixado por um Fig 3: Transformação de Kaon em
kaon positivo (K+). píon negativo ( π–). um píon positivo e um píon neutro
Com base na curvatura da trajetória, também é possível determinar sua massa. Isso ocorre por-
que, se temos duas partículas nas mesmas condições iniciais, ou seja, mesma carga elétrica e mesma
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 189
energia cinética, submetidas a um mesmo campo magnético, a partícula de menor massa executará
uma trajetória com curva mais acentuada. Assim, podemos afirmar que, no caso mostrado na figura 1,
o kaon tem uma massa maior do que o píon (fig. 2), pois sua trajetória é uma curva menos acentuada.
O que torna o estudo em câmaras de bolhas ainda mais interessante não é apenas observar
uma partícula “passando”, mas poder “pegá-la no flagra” ao se transformar em outra(s) partícula(s),
como mostrado na figura 3. Essa transformação pode ocorrer espontaneamente ou por intermédio
de uma colisão.
As partículas neutras não são detectadas nas câmaras de bolhas, e, por isso, são apresentadas
com uma linha tracejada, apenas para indicar sua existência, como indicado na figura 3. Mesmo não
aparecendo, elas devem ser consideradas, para que se possam explicar os fenômenos físicos.
Adaptado do São Paulo Faz Escola – Física 3ª Série do Ensino Médio – Vol II por Ana Claudia Cossini Martins
a) Como são detectadas as partículas na câmara de bolhas e quais características das partí-
culas podem ser estudadas?
b) Explique por que, em uma câmara de bolhas, partículas com massa menor realizam traje-
tórias na forma de curvas mais acentuadas em comparação com as de massa maior.
c) Além das características apontadas no item (a), o que mais a câmara de bolhas permitia
observar?
Paul Dirac, em 1928, propôs uma teoria que revolucionou a física da época. Na tentativa de com-
preender o comportamento dos elétrons mais profundamente, reformulou a mecânica quântica intro-
duzindo correções relativísticas.
Vale ressaltar que naquela época, as partículas subatômicas estavam restritas ao elétron (1897),
próton (1919) e, posteriormente, seria detectado o nêutron (1932).
O resultado foi a predição de uma nova forma de matéria, a antimatéria, fazendo também previ-
sões, por meio de dados teóricos, da existência do pósitron, com mesma massa do elétron, porém
com carga elétrica oposta.
Diz-se, então, que o pósitron é a antipartícula do elétron. Da mesma forma, podemos pensar em
um antipróton, semelhante ao próton em massa, só que negativo.
A quantidade de energia necessária para a criação de um par (partícula-antipartícula) é dada pela
equação de Albert Einstein: E = m . c2, sendo E a energia, m, a massa de repouso da partícula e c, a
velocidade da luz. Por exemplo, para se criar um par elétron-pósitron, a energia necessária será igual à
soma das massas das partículas multiplicada pela velocidade da luz ao quadrado. Como ambas têm a
mesma massa, 0,511 MeV/c2, basta fazer 2 . 0,511 MeV/c2 e multiplicar por c2 o que daria 1,022 MeV.
Adaptado do São Paulo Faz Escola – Física 3ª Série do Ensino Médio – Vol II por Ana Claudia Cossini Martins
Dada uma partícula, obtém-se a antipartícula aplicando-se uma simetria chamada conjugação
de carga, segundo a qual se inverte o sinal da carga elétrica (e dos números quânticos internos).
Outras grandezas, tais como massa e spin, permanecem iguais às da partícula.
3. Um fóton de energia E maior do que 1,022 MeV (2 . 0,511 MeV) pode interagir com um
material criando um par elétron-pósitron. A energia excedente transforma-se em energia
cinética do par elétron-pósitron, que atravessa o material, perdendo energia sucessiva-
mente por excitação ou ionizações de átomos. Quando o pósitron perde toda a sua ener-
gia cinética, para ele se aniquilar com algum elétron há a emissão de dois raios gama.
a) Qual deverá ser a energia de cada raio gama? Por que precisam ser criados dois raios?
A energia de cada raio gama é 0,511 MeV. É preciso ocorrer a produção de dois raios gama
para haver conservação da quantidade de movimento.
© Ana C. Martins
próton elétron
raio gama
4. No inicio do século XX, os físicos acreditavam que o modelo proposto por Rutherford e
aperfeiçoado por Chadwick já estava muito além da ideia grega do átomo e permitia iden-
tificar um conjunto de partículas elementares. Mas os estudos e buscas por partículas ain-
da menores não parou por aí... Na década de 1960, os trabalhos independentes de Murray
Gell-Mann e George Zweig, concluíram que prótons e nêutrons não são estruturas indivi-
síveis, mas se compõem de partículas ainda menores, a que Gell-Mann chamou de Quarks.
Faça uma pesquisa sobre os Quarks e responda aos itens abaixo:
O total de quarks é 36, sendo seis quarks (quark up, quark dowm, quark charme, quark estra-
nho, quark bottom e quark top), cada quark tem a propriedade carga-cor e cada um pode ser
apresentado em três cores (vermelho, verde e azul), totalizando 18 quarks, mas há também
seis antiquarks, cada um podendo ter três anticores: antiazul (amarelo), antiverde (magenta) e
o antivermelho (ciano).
192 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
© Ana C. Martins
Professor: é importante ressaltar que além dos quarks exis-
Azul
tem também os antiquarks, cuja carga elétrica tem sinal
oposto à carga elétrica dos quarks e se apresentam em an- antiverde antivermelho
ticores: antiazul (amarelo), antiverde (magenta) e o antiver- (magenta) (ciano)
melho (ciano).
O termo “cor” empregado faz uso das cores do espectro Vermelho
antiazul
(amarelo)
Verde
de luz visível de forma simbolicamente, visto que ela é so-
mente uma propriedade dos quarks.
c) Represente a formação de um próton por quarks, informando a carga de cada quarks, sua
cor e a carga total do próton.
© Ana C. Martins
Modelo Padrão
Ao se estudar o núcleo dos átomos, descobriu-se que os prótons e neutros não eram partículas
elementares, com isso surgiu um verdadeiro “zoológico” de partículas.
Em 1970, os físicos já haviam estabelecido uma lista das partículas elementares. Algumas partí-
culas ainda não haviam sido detectadas pois, para serem criadas seria necessário colisões que permi-
tissem os níveis de energia dos momentos iniciais do universo.
A partir das descobertas de novas partículas foi desenvolvida uma teoria relacionando as forças
eletromagnética, força forte, força fraca e as partículas fundamentais que constitui a matéria. Assim,
surgiu o Modelo Padrão.
Além das forças citadas acima, temos a força gravita-
© Ana C Martins
cional, intermediada por grávitons, bósons que se acredita
mediar a interação gravitacional, contudo, essas partículas
ainda não foram detectadas, assim, a interação gravitacio-
nal não é explicada no Modelo Padrão.
Todas as partículas fundamentais possuem antipartí-
culas também consideradas fundamentais.
A classificação delas, em grupos, é feita de acordo
com as características que possuem: os léptons, que do
grego significa “leves” não interagem por meio da força
forte; os hádrons, termo que em grego significa “pesados”, são compostos por quarks; os bósons são
partículas mediadoras dos vários processos físicos que ocorrem no interior da matéria; o bóson de
higgs é uma partícula subatômica que se acredita ser responsável por dar massa às demais.
Elaborado por Ana Claudia Cossini Martins especialmente para o São Paulo Faz Escola
O Modelo Padrão não é propriamente um modelo, mas sim uma teoria matemática sofisticada
sobre a natureza.
O conjunto de partículas e a maneira como elas se interagem constitui o que chamamos de
Modelo Padrão. Esse modelo descreve a matéria, por meio dos léptons e quarks, que são de-
nominados férmions e os bósons, responsáveis pelas interações forte, fraca e eletromagnética.
No Modelo Padrão há duas partículas que são fundamentais: os férmions e os bósons.
O férmions são constituídos de: seis léptons (neutrino do elétron, neutrino do múon, neutrino
194 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
do tau, elétron, múon e tau) e seis quarks (quark up, quark dowm, quark charme, quark estra-
nho, quark bottom e quark top), entretanto, cada quark tem a propriedade carga-cor e cada
um pode ser apresentado em três cores (vermelho, verde e azul), totalizando 18 quarks. Como
cada partícula corresponde a uma antipartícula, existiriam no total 12 léptons e 36 quarks.
Os bósons são os mediadores das interações e são formados pelos: fótons, responsáveis pelas
interações eletromagnéticas; os bósons, que mediam a interação fraca; os glúons são interme-
diários da interação forte e o bóson de higgs, partícula subatômica que se acredita ser respon-
sável por dar massa às demais.
b) Quais são as interações a que as partículas estão submetidas, de acordo com o Modelo
Padrão?
c) Quais são as partículas leves e que tipo de interação ocorre entre elas?
Os léptons (Elétron, Múon, Tau, Neutrino do elétron, Neutrino do múon, Neutrino do tau) são
conhecidos como partículas leves e interagem pela força fraca.
d) De acordo com o vídeo, quais são as provas experimentais de que todas as partículas que
existem na natureza são incolores?
Da mesma forma que a força eletromagnética atua nas partículas que possuem carga elétrica, foi
atribuída uma carga aos quarks denominada carga-cor. Isso não significa que eles sejam coloridos
de verdade; esse nome foi dado porque esse novo tipo de propriedade seria expresso de três
formas diferentes. Considerando que as cores presentes no nosso dia a dia são combinações de
três cores primárias: verde, azul e vermelho e as cores dos antiquarks são as cores complementa-
res das cores primárias: amarelo (antiazul), magenta (antiverde) e ciano (antivermelho).
Se associarmos uma partícula com carga elétrica negativa com outra partícula de carga elé-
trica positiva, obteremos uma partícula neutra. Analogamente, no caso dos quarks, é que ao
unirmos um quark com um antiquark, qualquer que seja a cor, a partícula resultante terá carga
de cor nula, isto é, será incolor. Outra possibilidade de se obter uma partícula incolor é fazer
associação de três quarks, um de cada cor; a soma das três cores produz uma partícula sem cor.
O que é mais interessante, entretanto, é que todas as partículas elementares encontradas na
Natureza, incluindo o próton e o nêutron, são incolores!
Os bósons são responsáveis pela mediação de várias forças, também são conhecidos como
partículas virtuais ou partículas de força, por serem constituídas basicamente por energia e
massa ínfima ou nenhuma.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 195
f) Faça uma pesquisa sobre o Bóson de Higgs, explique por que essa partícula foi chamada,
na mídia, de “partícula de Deus” ou “partícula Deus”.
Professor: é importante abordar que o Bóson de Higgs era a partícula que faltava ser encon-
trada para compor o Modelo Padrão, pois o papel desta partícula é “dar massa” a todas as
outras partículas.
Todas as quatro forças fundamentais da matéria: a gravidade, o eletromagnetismo e as forças
nucleares forte e fraca são explicadas por campos. As partículas são excitações de um campo.
Em 1964 um grupo de cientistas, incluindo o físico teórico Peter Higgs, propuseram uma teoria
em que o mecanismo por trás da origem da massa é um campo de energia, chamado de campo
Higgs. Este campo, estaria por todo o Universo interagindo com campos de outras partículas e
sua interação e seria o responsável pela geração da massa às partículas.
Mas por que essa partícula foi chamada de “partícula de Deus?”
A expressão “partícula de Deus” seria o título do livro “The Goddamn Particle” (A partícula
maldita), escrito pelo físico Leon Lederman, sua ideia era manifestar sobre as frustrações nas ten-
tativas de encontrar a partícula. Contudo, por sugestão de seu editor que ficou um tanto preocu-
pado com a palavra “maldita” o título foi alterado para “The God Particle” (A Partícula de Deus).
Conservação da massa-energia
Sempre que há interação entre partículas se admite que a massa-energia permanece constan-
te. Por exemplo, quando um a partícula se encontra com sua antipartícula, ambas se aniquilam
e se transformam em energia emitida na forma de radiação eletromagnética, radiação con-
forme a reação: e– + e+ → , a energia no processo não se altera.
Conservação da quantidade de movimento: Além da conservação da massa-energia e da
carga, as partículas elementares também obedecem à Lei da Conservação da quantidade
de movimento. Vale lembrar que essa grandeza física é expressa em sua forma mais genéri-
ca, em termos de vetores e relaciona a evolução de um sistema físico antes e depois de um
dado evento, por meio da seguinte expressão:
Qantes = Qdepois
Adaptado do São Paulo Faz Escola – Física 3ª Série do Ensino Médio – Vol II.
Acelerador de Partículas
Na década de 60, ocorreram as primeiras constru-
Fonte: Pixabay
ções pelo homem de aceleradores de partículas, capa-
zes de alcançarem energias de GeV (giga elétron volt) e,
com isso, a quantidade de novas partículas descobertas
foi enorme.
Você acha que o modelo padrão se encerra com as
discussões sobre a natureza das partículas?
Você sabe o que é um acelerador de partículas e
para que ele serve?
No ano de 2008, entrou em operação o LHC, sigla em inglês para Grande Colisor de Há-
drons (Large Hadron Collider), um acelerador de partículas projetado para atingir energias enor-
mes e realizar experiências, que ajudarão a entender a complexidade do mundo das partículas
elementares.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 197
Os conceitos básicos necessários para acelerar uma partícula são: (a) uma partícula carregada
é acelerada por meio de um campo elétrico e (b) uma partícula carregada é curvada por um
campo magnético. As máquinas que fazem isso são chamadas aceleradores de partículas.
b) Qual a função dos eletroímãs usados nos tubos de tv e nos grandes aceleradores de par-
tículas, como no LHC?
c) Qual é a diferença entre aceleradores lineares e aceleradores em ciclos? Quais são as van-
tagens e as desvantagens de cada um deles?
Os detectores podem medir a trajetória das partículas e suas propriedades, como energia, for-
ça, massa e carga. Com estas informações, os físicos podem deduzir a identidade das partículas
criadas no momento da colisão.
Algumas das questões investigadas pelos cientistas são os tipos de partículas existentes, suas
cargas e massas e as condições necessárias para o surgimento de cada uma delas.
Para atingir energias mais elevadas nas colisões e conseguir produzir partículas e condições
cada vez mais elementares, desvendando assim, os mistérios a respeito da origem e da consti-
tuição mais íntima da matéria.
jeto, levando as empresas envolvidas a um salto de qualidade. Esse instrumento também pode ser
usado para fazer análise de solos, com reflexos diretos na agricultura, podendo ser amplamente
utilizado na indústria e na medicina. Enfim, a sociedade de forma ampla se beneficia com a existên-
cia dessa técnica no país.
Elaborado por Elso Drigo Filho – docente do Departamento de Física
da UNESP especialmente para o São Paulo Faz Escola.
Vídeo “SIRIUS: O Maior acelerador de partículas do Brasil”
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Xhn-iT1VC4g. Acesso em 09 jun 2019.
a) De acordo com o texto e o vídeo, o Sirius tem diversas aplicações e permite o estudo da
matéria nas mais variadas formas. Como este equipamento pode contribuir para o avanço
das pesquisas na área da saúde?
Na área da saúde, pesquisas estão sendo realizadas para identificação das estruturas de pro-
teínas e unidades intracelulares complexas no desenvolvimento de medicamentos. Técnicas de
imagens com resolução espacial manométricas contribuindo na análise de órgãos e tecidos,
diagnóstico de câncer e combate a vírus e bactérias.
Entre suas funções, é capaz de revelar estruturas em alta resolução nas mais variadas áreas como:
ciências dos materiais, nanotecnologia, biotecnologia entre outros. Realização de experimentos
até então impossíveis no País, abrindo perspectivas novas de pesquisa em di-
versas áreas.
Meios de comunicação
Cada vez mais a tecnologia está inserida no nosso cotidiano. No passado não muito remo-
to, usávamos agendas eletrônicas, MP3, GPS, calculadora, bips entre outros. Hoje são celulares,
notebooks, tablets, aplicativos que permitem obter e trocar informações instantâneas. Falamos
de TV digital, armazenamento interno do celular, mas raramente compreendemos como funcio-
nam. Em face dessa realidade, passaremos a discutir o conhecimento científico pertinente a es-
sas questões.
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 201
Analógica × digital
Ouvimos falar em “mundo digital”. Mas o que há de especial em ser “digital”?
A grande revolução foi causada pela digitalização da informação. Ou seja, palavras, frases, ima-
gens, sons foram transformados em códigos que podem ser facilmente transmitidos. Essa revolução
nas comunicações começou com a invenção do telégrafo e tomou proporções enormes com o adven-
to da informática, nas décadas de 1950 e 1960. Mas vamos entender um pouco o que diferencia a
comunicação digital da analógica. A comunicação analógica tem como o princípio básico a transmis-
são de oscilações que tem características semelhantes às da onda que as produziu. Essa transmissão
pode ser por meio de ondas eletromagnéticas, ondas mecânicas ou mesmo na forma de oscilações
de correntes alternadas em um fio. Assim, a onda sonora é transformada em outro tipo de onda, que
tem maior alcance na transmissão e é transformada novamente em som na recepção.
Já na comunicação digital, o princípio básico é a decodificação de uma informação em um códi-
go binário e a transmissão dessa informação por meio de pulso ou sinais de dois tipos que são reco-
dificados no fim do processo. Algo interessante de notar é que, na transmissão analógica, um peque-
no “abalo” na oscilação que está sendo transmitida pode modificar algumas de suas características (a
diminuição na amplitude da onda em um ponto, por exemplo) e isso se torna um ruído na transmis-
são. Já no caso da transmissão digital, como o processo se resume a dois tipos de sinais, que geral-
mente são bem distintos, um pequeno problema de transmissão não abala a comunicação, pois a
natureza da informação se preserva.
Texto adaptado de Mauricio Pietrocola especialmente para o São Paulo faz Escola
A transmissão analógica modula uma onda portadora de forma proporcional ao sinal sonoro.
Em princípio, ela é bem fidedigna, mas pode sofrer perturbações, como interferências que
produzem ruídos. A transmissão digital pode reduzir os ruídos de comunicação e ser menos
suscetível a interferências, já que certos problemas de transmissão podem ser resolvidos por
softwares. Mas, visto que ela transforma a informação original, que era ondulatória, em algo
diferente (combinação de zeros e uns – 0 e 1), perde-se parte da informação.
202 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
b) Nos últimos tempos se veiculou muito na mídia sobre a transmissão de TV digital. O que
diferencia um sinal digital de um analógico? Qual é melhor e por quê?
Sinal Digital é um sinal com valores descontínuos no tempo e em Figura - Sinal analógico
amplitude. A sua representação é um histograma. Para entender-
mos melhor, se um sinal varia seus valores de 0 a 10, o sinal será va-
lores como (0,1,2,3,4 ...). Se um sinal digital tem valor 5,25 em qual-
quer instante de tempo será representado por 5 que é o valor mais
próximo e sinais que variam de 5,5 a 6 serão representados pelo 6.
Portanto o sinal digital garante a qualidade, tempo de processa-
mento e baixos custos de armazenamento. Figura - Sinal Digital
MP3 é uma abreviação de MPEG 1 layer-3 (camada 3). Ele foi um dos primeiros tipos de arqui-
vos a comprimir áudio, de forma que a perda de dados fosse quase imperceptível ao ouvido
humano. Trata-se de um padrão de arquivos digitais de áudio estabelecido pelo Moving Picture
Experts Group (MPEG), grupo de trabalho de especialistas em tecnologia da informação, que
causou grande revolução no mundo do entretenimento. Assim como o LP de vinil, o cassete
de áudio e o CD, o MP3 fortaleceu-se como um popular meio de distribuição de canções. A
questão-chave para entender todo esse sucesso baseia-se no fato de que, antes dele, uma mú-
sica no computador era armazenada no formato WAV (Waveform Audio File Format, formato
padrão para arquivo de som em PC), chegando a ocupar dezenas de megabytes. Nesse for-
mato, 1 min de música corresponde, em média, a 10 MB, para uma gravação de som de 16 bits
estéreo com 44,1 kHz. Isso resultava numa grande complicação para a distribuição de músicas
por computadores, principalmente pela internet. Em MP3, 1 min de música, em geral, corres-
ponde a cerca de 1 MB. Assim, tornou-se possível armazenar músicas no computador sem se
ocupar muito espaço e mantendo a qualidade sonora das canções.
PARA PESQUISAR:
a) Sobre Samuel Morse e o importante aparelho que ele inventou, o “Telégrafo” e quando
ele foi implantado no Brasil.
b) Você já deve ter ouvido falar da expressão S.O.S. para indicar pedido de socorro. Pes-
quise o contexto de criação e uso desse termo.
Professor: discuta com os alunos que o S.O.S. é o sinal enviado em situações de emergência.
Quando enviado em código Morse, consiste em três pontos (correspondentes à letra S), três
FÍSICA – ENSINO MÉDIO 203
traços (correspondente à letra O) e novamente três pontos (. . . - - - . . .). A sigla S.O.S. parece
não ter significado em si. Na verdade, trata-se de uma combinação de sinais facilmente reco-
nhecíveis numa transmissão de código Morse, mesmo com interferências. Em 1905, o governo
alemão foi o primeiro país a utilizá-lo. Mais tarde, para sistematizar as ideias referentes a esta
atividade, você pode apresentar aos alunos o funcionamento do telégrafo.
Quântica. Os átomos têm seus elétrons distribuídos em níveis eletrônicos definidos. Quando os áto-
mos se ligam para formar moléculas e cristais, dependendo de como isso é feito, a movimentação do
elétron pode ser difícil, tornando o material um isolante (não conduz eletricidade). Por outro lado, há
configurações em que existem elétrons livres e o material se revela um condutor elétrico. No caso dos
semicondutores, estes são sólidos, geralmente cristalinos de condutividade elétrica intermediária en-
tre condutores e isolantes. Esses pequenos dispositivos estão presentes em todos os aparelhos ele-
trônicos. A maioria dos semicondutores é composta por silício, porém, o germânio também pode ser
utilizado por possuir propriedades em comum. São semicondutores o diodo, o LED e o transistor.
Texto de Luis Carlos de Menezes especialmente para o São Paulo Faz Escola adaptado por Debora Cintia Rabello
Quando um especialista em eletricidade vai fazer uma instalação, ele costuma usar fios e cabos.
Os fios condutores são assim chamados porque são bons condutores de eletricidade, ou seja,
possuem elétrons livres, geralmente são feitos de cobre, que é um ótimo condutor de eletri-
cidade e um material de custo mais baixo. Outros materiais são classificados como isolantes,
por isso não servem para serem usados para a condução de eletricidade, como por exemplo,
o isopor, a madeira e a borracha. Temos uma terceira categoria de materiais que estão numa
situação intermediária, ou seja, em determinada situação são isolantes e em outra são condu-
tores. Esses materiais são classificados como semicondutores
b) Faça uma pesquisa e apresente por que a maioria dos semicondutores tem em sua com-
posição silício ou germânio.
Um dos materiais semicondutores mais antigos é o germânio. Pode ser encontrado em quan-
tidades pequenas em minérios de zinco e carvão (pó). É de difícil extração por ser duro e que-
bradiço, oxida-se na presença do ar formando uma finíssima película de óxido.
O Silício é o elemento mais frequentemente encontrado na natureza, nas rochas e em minérios.
Também termicamente mais estável do que o germânio. Pode ser usado a temperaturas de até
150°C.
O silício e o germânio conduzem corrente elétrica sob iluminação de frequência adequada.
Semicondutores como o silício podem ser dopados com “impurezas”. Para isso, recebem uma
quantidade de átomos de fósforo ou de boro que, em lugar de quatro, têm respectivamente
cinco e três elétrons em seu último nível eletrônico. Assim, os semicondutores passam a ter,
junto a suas últimas bandas, novos “níveis de impureza”. Quando são usados átomos com mais
elétrons em seu último nível, esse processo é chamado dopagem P (positivo); quando são usa-
dos átomos com menos elétrons em seu último nível, ele é chamado dopagem N (negativo).
ponto de referência chamado vírgula decimal. Por exemplo, 474,54 representa o número 4 . 102 + 7 .
10 + 4 . 100 + 5 . 10-1 + 4 . 10-2, e o primeiro dígito 4, a partir da esquerda, em 474,54, tem o valor
numérico 400 (quatrocentos), o segundo dígito 4 na sequência, tem o valor numérico 4, enquanto o
terceiro dígito 4 tem o valor numérico 4 (quatro centésimos). A representação em sequência com
100
valores dos dígitos, dependendo da posição, nos permite representar qualquer número usando ape-
nas os 10 dígitos acima. Qualquer que seja a base b > 1 usada, o sistema de numeração é também
posicional e funciona exatamente igual ao sistema decimal.
No caso binário (base 2), usamos dois dígitos: 0 e 1. Os algoritmos adaptados para o uso com
representação binária de números são a base para a aritmética de computadores, porque estes algo-
ritmos são mais fáceis de implementar eletronicamente, além da base binária permitir relações com a
lógica clássica. No entanto, como a base é a menor possível, a grande desvantagem do sistema biná-
rio é que em geral são necessárias grandes sequências de dígitos “zeros” e “uns” para representar
números. Por exemplo, 9990 na base decimal tem representação 10011100000110 na base binária, e
foram necessários 14 dígitos binários para representar um número com apenas 4 dígitos decimais.
Elaborado por Aparecida Francisco da Silva e Clotilzio Moreira dos Santos.
Disponível em: Aspectos Formais da Computação. Editora Cultura Acadêmica
Fonte: Pixabay
pular, seja em casa com eletrodomésticos que facili-
tam mais a nossa vida, ou com equipamentos que
interagem com o mundo externo. É fato, hoje, a po-
pularização das TICs (Tecnologias da Informação e
Comunicação) fazendo parte da vida das pessoas,
sendo uma aliada ao aprendizado por meio de novos
meios digitais, como novas formas de ler, de escrever
e assim de pensar e agir.
Como explicar por que os computadores fo-
ram criados e como isso acontece?
Vimos como os números são transformados da base decimal (os números que utilizamos
para quase tudo) para a base binária (leitura de computadores).
Os computadores nem sempre foram da forma que hoje o conhecemos. Eram caixas gigantes-
cas, com centenas de cabos, capacitores e resistores. E como pôde fazer cálculos, guardar dados?
Simples: com instruções de “sim” e “não”. Ou, basicamente 0 (não) e 1 (sim), desligado
(não) e ligado (sim).
Programar essas máquinas enormes eram bem complicadas, pois não bastava simplesmen-
te escrever linhas com códigos corretos, mas também o programador tinha que ligar os cabos
em entradas corretas e com combinações definidas.
Hoje, estes são muito mais simples de operar, restando ao usuário apenas clicar e digitar.
Cabe ao sistema operacional traduzir tudo para a linguagem binária que é passada para o com-
putador e por sua vez realiza o que você quer.
Significa que essa mensagem tem apenas um algarismo, 0 ou 1. O número de bits representa
o número de algarismos que precisamos para representar alguma informação.
2. Faça uma pesquisa e apresente qual é o princípio de armazenamento nas seguintes mí-
dias: disquete, CD, DVD, pen drive?
3. (Enem 2017 PPL) Os computadores operam com dados em formato binário (com dois va-
lores possíveis apenas para cada dígito), utilizando potências de 2 para representar quan-
tidades. Assim, tem-se, por exemplo: 1 kB = 210 Bytes, 1 MB = 210 kB e 1 GB = 210 MB,
sendo que 210 = 1 024. Nesse caso, tem-se que kB significa quilobyte, MB significa mega-
byte e GB significa gigabyte. Entretanto, a maioria dos fabricantes de discos rígidos, pen-
drives ou similares adotam preferencialmente o significado usual desses prefixos, em base
10. Assim, nos produtos desses fabricantes, 1GB = 103 MB = 106 kB = 109 Bytes. Como a
maioria dos programas de computadores utilizam as unidades baseadas em potências de
2, um disco informado pelo fabricante como sendo de 80 GB aparecerá aos usuários como
possuindo, aproximadamente, 75GB.
Um disco rígido está sendo vendido como possuindo 500 gigabytes, considerando unida-
des em potências de 10. Qual dos valores está mais próximo do valor informado por um progra-
ma que utilize medidas baseadas em potências de 2?
A capacidade será
A resposta será 468 GB
208 SÃO PAULO FAZ ESCOLA – CADERNO DO PROFESSOR
4. Repare que as casas que utilizam banda larga e que pagam por 10MB, mas a velocidade de
download nunca é a que a operadora oferece e sim inferior, alguém sabe explicar o por quê?
Sabemos que “10MB” (com ‘B’ maiúsculo) significa dez megabytes, já a medida que usam na
banda larga é 10Mbps (com ‘b’ minúsculo) significa dez megabits por segundo.
1 byte equivale a 8 bits, ou seja, se você contrata uma net de 10Mb sua velocidade de down-
load será de 1,25 MB.
5) Antes eram muito usadas mídias de CD e DVD para armazenarem informações com uma
durabilidade de 5 anos, se bem cuidadas. Mas, após certo tempo acabavam perdendo
informações por arranhões, mofo e descascamento da camada refletora da mídia, portan-
to duravam bem menos. Hoje já ultrapassamos os pen drives, que ainda são muito úteis,
utilizando uma tecnologia mais avançada, onde podemos armazenar muitas informações,
o “armazenamento em nuvem”.
Para conhecer melhor essa tecnologia, faça uma pesquisa e responda aos itens:
A cada dia, menos arquivos são salvos em computadores, pen drives, HDs. Fotos, vídeos, docu-
mentos são armazenados em um lugar chamado “nuvem” que na verdade funciona da mesma
forma que o armazenamento comum em disco rígido, contudo, ao invés da gravação ocorrer
em seu HD pessoal, a gravação ocorre em um servidor de uma empresa que fornece o serviço
de armazenamento de dados.
Vantagens:
• Pode ser acessado a qualquer momento e em qualquer local;
• Velocidade na transferência dos arquivos. Como estão online, fica muito mais rápido
enviar fotos, vídeos e documentos;
• Salvamento automático. Conforme um documento vai sendo escrito, todas as infor-
mações vão sendo salvas diretamente na nuvem. Isso diminui bastante as chances de
perder informações;
• Várias pessoas podem acessar e contribuir ao mesmo tempo, tornando o processo de
criação colaborativo.
Desvantagens:
• Necessidade de conexão com a internet;
• Podem ocorrer vazamentos de dados;
• Preços: arquivos volumosos podem solicitar empresas especializadas gerando custo
ao usuário.
Alguns exemplos são: Google Drive, One Drive, Dropbox , Megaupload -Mega e iCloud Drive.