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FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNS), não se


formam bons leitores oferecendo materiais de leitura empobrecidos, justamente
no momento em que as crianças são iniciadas no mundo da escrita. “As
pessoas aprendem a gostar de ler, quando de alguma forma a qualidade de
suas vidas melhora com a leitura”. (PCNS. 2001, p.36).
O objetivo dos PCNS é fazer com que o aluno possua um conhecimento
que esteja de acordo com os conteúdos escolares, e também com as questões
sociais, para facilitar a compreensão da realidade por este aluno, sendo
possível que o mesmo atue de maneira ativa no que diz respeito às questões
sociais, políticas e culturais, o que é a principal exigência para o exercício da
cidadania e principalmente, para a construção de uma sociedade mais justa e
igualitária.

A prática da leitura e da escrita é um atributo fundamental da


aprendizagem das crianças e da vida em sociedade, sendo também a base
para o desenvolvimento de cidadãos ativos, críticos, autônomos e
principalmente leitores. A escrita, por sua vez, é uma ferramenta de
comunicação muito importante para o desenvolvimento da aprendizagem como
um todo, pois desempenha um papel ativo na vida social e é um fator relevante
no exercício da cidadania pelos indivíduos.

Os alunos do ensino fundamental (Anos Iniciais) de hoje, serão adultos


amanhã e serão responsáveis pelas mudanças culturais, tecnológicas e
científicas da sociedade, e para isso são necessárias pessoas proativas e
criativas. A dificuldade para escrever não é uma característica da falta de
habilidade do aluno, mas pode indicar que a criança possui outros tipos de
barreiras que dificultam o aprendizado.

Sem dominar as habilidades de leitura, os indivíduos são marginalizados e


incapazes de adquirir bens culturais que lhe assegurem a inclusão social, a
dignidade e autorrealização. Cagliari (2001), afirma que, escrever é uma forma
de expressão artística e até um passatempo para as crianças desde que elas
tenham uma motivação real.

Para ensinar o prazer de ler, o professor deve sondar o tipo de leitura que mais
interessa ao aluno e o professor se apresente como leitor, demonstrando ao
aluno o gosto pela leitura. Quanto mais cedo histórias orais e escritas entrarem
na vida da criança, maiores as chances delas gostarem de ler, o espaço da
leitura deve ser acolhedor e diversificado. Os alunos estão, cada vez mais,
chegando à escola sem saber ler e escrever. (CAGLIARI, 2010).

Sabe-se que a criança não aprende a ler e escrever sozinha e precisa


da escola e do professor para ampliar seus conhecimentos que já tem no
mundo letrado.
A dificuldade na produção escrita, a falta de um vocabulário mais
adequado, colocar no papel argumento referente a qualquer fato, são
obstáculos que os alunos têm justamente por falta do hábito da leitura.
A leitura para Freire (2003) significa ler a realidade de forma crítica e
enfrentar as mudanças de um mundo cheio de desigualdades. Leitura significa
conhecimento, e o conhecimento, por sua vez é transformador. Ler é
transformar a realidade do meio inserido e instigar o ser humano a sair do
papel de mero receptor de ideias para desafiante, interpretando e reinventando
o mundo, na busca da liberdade.
“Ler não é puro entretenimento nem tampouco um exercício de
memorização mecânica de certos trechos do texto.” (FREIRE, 2001, p.260) .
Paulo Freire (1989) destaca a importância da leitura e da escrita para fazer
uma avaliação sobre a maneira com que estamos enxergando o mundo.
Segundo o autor:

A importância do ato de ler, eu me senti levado - e até


gostosamente - a “reler” momentos fundamentais de minha
prática, guardados na minha memória, desde as experiências
mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de
minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância
do ato de ler se veio em mim constituindo. (FREIRE, 1989, p.
11).

.Compreende-se que o hábito de leitura é fundamental na vida do


indivíduo, pois é lendo que se chega à informação e ao conhecimento e é lendo
que nos tornamos confiante. A falta de hábito por práticas dificulta o
desenvolvimento das competências necessárias para utilizá-las como ler livro,
jornal, revista, elaborar cartas e entres outras. Isso faz com que as pessoas
sintam dificuldades para escrever um simples texto em sala de aula.
Conforme ressalta Solé (1998), a leitura é um processo de interação
entre o leitor e o texto; nesse processo tenta-se obter uma informação
pertinente para os objetivos que guiam sua leitura .
“Quem lê deve ser capaz de interrogar-se sobre sua própria
compreensão, estabelecer relação entre o lê e o que faz parte
do seu acervo pessoal questionar seu conhecimento e
modificá-lo, estabelecer generalizações que permitem transferir
o que foi aprendido para outros contextos diferentes”. (SOLÉ,
1998, p.118)
A autora Magda Soares, idealizou em 2016 o projeto Alfaletrar, que
defende a alfabetização e o letramento desde a educação infantil, a partir de
atividades lúdicas.
A ludicidade é uma forma de desenvolver a criatividade dos alunos, além
disso, as práticas lúdicas fomentam a aprendizagem e funcionam com um
atrativo.
Vygostky (1979, p. 45) afirma que “a criança aprende muito ao brincar. O
que aparentemente ela faz apenas para distrair-se ou gastar energia é na
realidade uma importante ferramenta para o seu desenvolvimento cognitivo,
emocional, social, psicológico”. Então, o uso do lúdico na educação prevê, a
utilização de metodologias atrativas e adequadas aos alunos da Educação
Infantil a Universidade.
Portanto, um professor deve ter aprendizado e dedicação suficientes
para que ele possa ensinar seus alunos da melhor maneira possível. As
brincadeiras são fundamentais durante o processo de alfabetização. O aluno
chega à escola com o conhecimento prévio, na maioria das vezes é um pouco
desorganizado, mas essenciais para a sua alfabetização.
Lembrando, que o livro didático é um material de forte influência na
prática do ensino-aprendizagem, um mecanismo que auxilia na aprendizagem
do aluno. É obrigação das escolas a valorização dos livros didáticos, não como
itens nas prateleiras escolares ou em casa, mas sim manuseados e lidos em
sala de aula.
Foi incluído na Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB, o
compromisso da educação básica com a alfabetização plena e a capacitação
gradual para a leitura.
Art. 1º O art. 4º da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional), passa vigorar o inciso XI:
XI – alfabetização plena e capacitação gradual para a leitura ao longo da
educação básica como requisitos indispensáveis para a efetivação dos direitos
e objetivos de aprendizagem e para o desenvolvimento dos indivíduos.
A Lei 14.407/22 inclui alfabetização plena e capacitação para a leitura na
Educação Básica. Essa nova lei define a leitura como prioridade na Educação
Básica.

METODOLOGIA

Esse artigo científico foi elaborado um questionário, para a realização dessa


pesquisa. Uma pesquisa qualitativa com consultas, de livros, artigos e entres
outros. O questionário foi direcionado a professora com o objetivo de conhecer
e descrever sobre o problema questionado nesse trabalho acadêmico.

Para alcançar os objetivos propostos, utilizou-se como recurso a


pesquisa bibliográfica que de acordo com Gil (1988, p. 48):

[...] é desenvolvida a partir de material já elaborado constituído


principalmente de livros e artigos científico.

Tipo e local de estudos

Apresentado, nesta investigação uma pesquisa exploratória.

A escola Esperança, localizada em Aliança, na rua: 05 Vila da Cohab,


s/n°, fundada em 1987. O quinto ano dos Anos Iniciais tem 33 alunos, pré-
silábico 08, silábico 07 e alfabético 18. Esses alunos chegaram ao quinto ano
dos Anos Iniciais em 20022, depois de 02 anos de pandemia, um período
crítico para a população mundial. E nas escolas começava as aulas remotas
uma novidade na educação presencial.
As aulas presenciais no quinto ano começaram em fevereiro de 2022. À
maioria desses alunos vieram de aulas remotas, alguns alunos tiveram acessos
às aulas remotas ou outros não. A partir de setembro de 2022, alguns alunos
que tem dificuldades na leitura e escrita começaram a frequentar um reforço
escolar, para a prova do SAEB, uma pequena evolução no aprendizado desses
alunos do 5º ano.
Para aprender a ler é preciso interagir. Uma sala de aula com alunos
que tem dificuldades com a leitura e a escrita, esses alunos tem que interagir
com os outros que sabem ler e escrever, essa interação fará a motivação
necessária para que esses alunos comecem a despertar para a leitura e a
escrita.

A função da escola e o comprometimento ao ato de leitura


e escrita.

A tarefa do professor é ensinar seus alunos. É uma grande


responsabilidade do professor, auxiliar os alunos, que chegaram ao 5º ano dos
Anos Iniciais depois de 02 anos sem aulas presenciais, a superar os obstáculos
na leitura e na escrita.

A prática da leitura não nasce do nada, mas sim de um planejamento. É


necessário que o professor leia e trabalhe com certa frequência diversos tipos
de textos, como por exemplo, revistas, contos, livros, jornais, dicionários,
poemas, propagandas, convites, rótulos de produtos, avisos, o livro didático e
outros.

Os professores tem que se habituar a leem para seus alunos, sendo


assim, eles se habituarem ao ato de ler, sendo incentivados a essa prática de
leitura, desde a Educação Infantil, chegando aos Anos Iniciais e na vida
acadêmica com essa prática. Freire (1996), afirma que nós podemos interferir
no mundo em que vivemos, gerando ações que venham romper com as
barreiras sociais.

Para ensinar o prazer de ler, o professor deve sondar o tipo de leitura


que mais interessa aos alunos em suas séries de ensino.

ANÁLISE DE DADOS

A pesquisa foi realizada na Escola Municipal Esperança, na cidade de Aliança


(PE), com a professora do 5º ano dos Anos Iniciais. Com o objetivo de
descobrir as dificuldades de aprendizagem na leitura e escrita.

1- QUAIS SÃO AS DIFICULDADES VIVENCIADAS PELOS ALUNOS


NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE LEITURA E ESCRITAS?

Devido à pandemia da Covid-19, onde muitos estudantes


não participaram do ensino remoto, principalmente nas
famílias que não tinha estrutura necessária para tal, ou no
contexto familiar que não favorecia a aprendizagem, dentre
outros fatores, muitos alunos ingressaram ao 5º ano dos Anos
Iniciais com dificuldade de identificar letras, tornando um grande
Dificuldades vivenciadas pela professora e pelos alunos no
processo de aprendizagem da leitura e da escrita no 5º ano dos Anos
Iniciais foi o período que não tiveram aulas presenciais, alguns alunos
não participavam das aulas remotas no 3º e 4º ano dos Anos Iniciais em
2020 e 2021, quando ingressaram ao 5º ano alguns alunos com
dificuldades de identificar letras, tornando um grande desafio, tanto para
o aluno quanto para o professor.
A autora Magda Soares, idealizou em 2016 o projeto Alfaletrar,
que defende a alfabetização e o letramento desde a educação infantil, a
partir de atividades lúdicas.
“As atividades lúdicas promovem a alegria de aprender”. Portanto,
um professor deve ter aprendizado e dedicação suficientes para que ele
possa ensinar seus alunos da melhor maneira possível.

2- QUE ALTERNATIVAS METODOLÓGICAS ESTÃO SENDO USADA


PARA FACILITAR A APRENDIZAGEM DAS CRIANÇAS NO
PROCESSO DA ESCRITA E LEITURA?

Atividades diversificadas (grandes desafios), devido ao


quantitativo e a infraestrutura da sala, a falta de materiais
didáticos, entre outros.
Caderno de estratégias diversificadas elaborado pela
Secretaria de Educação (indisponível para todos),
cabendo ao professor estabelecer estratégias para utilizá-
lo.

A leitura desenvolvida em sala de aula é apresentada por


Isabel Solé (1998) em três etapas de atividades com o texto: o
antes, o durante e o depois da leitura.
O hábito da leitura não é herdado e os alunos são
estimulados e motivados a explorar e se identificar com o mundo
da leitura.

Conforme Solé (1998), os professores utilizam as


estratégias de leitura para que o leitor consiga inconscientemente
processar o que leu. A prática da leitura não nasce do nada, mas
sim de um planejamento.

3- QUE INTERVENÇÃO O PROFESSOR PODE REALIZAR NO


ENSINO DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DESSAS CRIANÇAS?

Além de buscar, parceira com a família (na maioria


das vezes, sem sucesso), despertar no aluno a
necessidade e a importância da leitura e da escrita na sua
vida, e a realização (quando possível) de atividades
diversificadas.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional –


LDB/9394/96, diante dos Princípios e Fins da Educação Nacional,
Art. 2°, entende que a família que tem responsabilidade primordial
pela educação da criança, pois através da família, à criança dá os
primeiros passos, aprende suas primeiras palavras e desenvolve
seus hábitos.

4- QUE PROCEDIMENTOS ESTÃO SENDO FEITOS EM RELAÇÃO À


DIFICULDADE DE LEITURA E ESCRITA, PELA ESCOLA OU POR
VOCÊ?

Em relação a escola ( a partir do II semestre) foi ofertado


um reforço escolar ( dentro do horário da aula), por
monitoras e em relação ao meu trabalho, tenho utilizado
algumas atividades, como formação de silabário, jogos
(memória, bingo) caça palavras, leituras deleites
(destacando palavras e frases, atividades em grupo ( com
níveis de leitura diferenciadas).
A leitura desenvolvida em sala de aula é apresentada por Isabel S

O hábito da leitura não é herdado e os alunos são


estimulados e motivados a explorar e se identificar com o mundo
da leitura.

Como é importante o professor e a escola refletir o que


fazer a agir dentro dessa situação.

O gostar de ler é construído dia a dia em sala de aula, ouvir


histórias é para todos para aquele que sabe e também para
aquele que não sabe ler. É necessário que o professor leia e
trabalhe com certa frequência diversos tipos de textos, como por
exemplos, revistas, contos, livros jornais, dicionários, poemas,
propagandas, convites, rótulos de produtos, avisos e outros.

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