Você está na página 1de 35

ent

FILOSOFIA DA CIÊNCIA
NO ENEM
Ronald Honório de Santana
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

A Filosofia da Ciência é um ramo da filosofia que ESTUDA


CRITICAMENTE o conhecimento científico e as teorias de
conhecimento implícitas na atividade cientifica.

O desenvolvimento da Ciência contemporânea,


principalmente no campo da Física quântica e das
Matemáticas não euclidianas, questionou algumas das
afirmações da Ciência clássica, ENTENDIDAS COMO
VERDADES ABSOLUTAS, e estimulou o debate sobre a
demarcação da Ciência e as características do
conhecimento científico.

Um dos principais problemas de legitimação do


conhecimento científico é o PROBLEMA DA INDUÇÃO, ou
seja, a impossibilidade de justificar a generalização do
raciocínio indutivo.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Para os positivistas Lógicos do CÍRCULO DE


VIENA, o conhecimento tem origem na
experiência sensível e deve ser VERIFICADO
EMPIRICAMENTE.

Para Popper, um dos critérios fundamentais de


demarcação científica é a FALSEABILIDADE. Ao
afirmar algo sobre o mundo, uma teoria
cientifica deve passar necessariamente pelo
CRIVO DA VERIFICAÇÃO, pois, em tese, ela pode
ser refutada.

Para Kuhn, é a COMUNIDADE CIENTÍFICA que


define o que é e o que não é ciência.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Ciência e senso comum

O conceito atual de ciência surgiu no século


XVII, com os métodos de investigação
instituídos por Galileu, que se caracterizam
pela matematização e experimentação. Nas
culturas mais antigas já existia algum tipo de
conhecimento teórico que possibilitava a
intervenção na natureza. Tal conhecimento
dependia do senso comum, do uso espontâneo
da razão e da imaginação, da dedução ou
indução e era
transmitido ao longo
do tempo.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Ciência e senso comum

O senso comum é um saber empírico e transmitido,


enquanto o saber científico busca precisar as causas e os
motivos de um evento.

O senso comum é um conhecimento particular, ele realiza


generalizações que carecem de rigor. Já a ciência é um
saber sistemático, controlado pela experiência.

O conhecimento do senso comum é fragmentário, pois não


estabelece as conexões adequadas. Por sua vez, o
conhecimento científico é unificador, tem a capacidade de
conectar saberes sobre diversos fenômenos entre si.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Ciência e senso comum

O senso comum é subjetivo e pessoal, enquanto


a ciência procura a objetividade, isto é,
independe de preferências individuais.

A linguagem do senso comum é ambígua,


enquanto a ciência procura se utilizar de uma
linguagem rigorosa, com o recurso da
matemática e da experimentação. Desse modo,
foi possível controlar esse conhecimento,
tornando-o sistemático, preciso
e objetivo.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

O trabalho do cientista

Por comunidade científica entendem-se os


membros de um determinado grupo que se
reconhecem mutuamente, como detentores de
conhecimentos específicos em determinada área
de investigação científica.

A ciência se utiliza de métodos rigorosos, mas


nem por isso é infalível ou indubitável.

O trabalho do cientista envolve valores


estritamente cognitivos, mas também valores
éticos e políticos.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

O trabalho do cientista

Do ponto de vista dos valores cognitivos, podemos


destacar três características da ciência: a imparcialidade,
a autonomia e a neutralidade.

Diz-se que a ciência Fala-se em A neutralidade


é imparcial por autonomia porque o decorre do fato de
seguir rigorosos cientista deve ter que a pesquisa se
padrões de condições
orienta apenas pelo
avaliação, que independentes de valor cognitivo.
podem ser investigação.
verificados por
qualquer membro
da comunidade
científica.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

O trabalho do cientista

Essas características dizem respeito apenas às exigências


do método científico. No entanto, o cientista encontra-se
inserido em um contexto sujeito a um conjunto de valores
éticos e políticos que devem ser avaliados.

Daí a importância de uma formação humanista que


possibilite a reflexão sobre as aplicações da atividade
científica.

Ou seja, a ciência é neutra, mas não são neutros os


interesses que envolvem as pesquisas, a definição de
prioridade e os fins a que se destinam. Decorre daí a
responsabilidade do cientista.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Os métodos das ciências

Podemos classificar as ciências em:

ciências ciências da ciências


formais natureza humanas
(matemática (física, (sociologia,
e lógica) química, antropologia,
geografia psicologia,
física etc.) história,
geografia
humana
etc.).
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Os métodos das ciências


As ciências da natureza recorrem ao método experimental, que
trabalha com as seguintes etapas:

A observação científica: é metódica e orientada por teorias;

A hipótese: é uma explicação provisória dos fatos observados.


Elas dependem de intuição, imaginação, mas também de
raciocínios (dedução, indução e analogia);

A experimentação: é a observação provocada para controle da


hipótese;

A generalização: é a formulação de leis, de enunciados que


descrevem regularidades ou normas, como as leis empíricas ou
particulares (queda dos corpos);

A teoria: é constituída por leis gerais ou teorias (teoria


newtoniana), que abrangem e reúnem diversas leis.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Os métodos das ciências

As ciências humanas enfrentam dificuldades metodológicas por


ter como objeto o próprio ser que conhece. São elas:

A complexidade A liberdade
A dificuldade
o comportamento (apesar dos
de
humano resulta condicionamentos,
experimentação
de múltiplas o ser humano é
e matematização;
influências; capaz de ações
o subjetivismo (o
próprio ser humano livres).
é seu objeto de
estudo, além disso,
trata-se de
individualidades);
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.

Os métodos das ciências

A diversidade de métodos: podem-se distinguir


duas tendências metodológicas.

Segundo a tendência naturalista, as ciências


humanas devem se adequar
ao método das ciências da natureza.

Já a tendência humanista propõe métodos


distintos que respeitem
a especificidade do seu objeto, como
individualidade, liberdade e consciência moral.
1. (Enem 1999) (...) Depois de longas investigações, convenci-me por fim
de que o Sol é uma estrela fixa rodeada de planetas que giram em volta
dela e de que ela é o centro e a chama. Que, além dos planetas principais,
há outros de segunda ordem que circulam primeiro como satélites em
redor dos planetas principais e com estes em redor do Sol. (...) Não duvido
de que os matemáticos sejam da minha opinião, se quiserem dar-se ao
trabalho de tomar conhecimento, não superficialmente mas duma maneira
aprofundada, das demonstrações que darei nesta obra. Se alguns homens
ligeiros e ignorantes quiserem cometer contra mim o abuso de invocar
alguns passos da Escritura (sagrada), a que torçam o sentido, desprezarei
os seus ataques: as verdades matemáticas não devem ser julgadas senão
por matemáticos.
(COPÉRNICO, N. De Revolutionibus orbium caelestium)

Aqueles que se entregam à prática sem ciência são como o navegador que
embarca em um navio sem leme nem bússola. Sempre a prática deve
fundamentar-se em boa teoria. Antes de fazer de um caso uma regra geral,
experimente-o duas ou três vezes e verifique se as experiências produzem
os mesmos efeitos. Nenhuma investigação humana pode se considerar
verdadeira ciência se não passa por demonstrações matemáticas.
(VINCI, Leonardo da. Carnets)
O aspecto a ser ressaltado em ambos os textos para
exemplificar o racionalismo moderno é:
a) a fé como guia das descobertas.
b) o senso crítico para se chegar a Deus.
c) a limitação da ciência pelos princípios bíblicos.
d) a importância da experiência e da observação.
e) o princípio da autoridade e da tradição.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

A experiência ou experimentação é o estudo dos fenômenos em


condições que foram determinadas pelo observador e sua
importância está no oferecimento de condições privilegiadas
para a observação, podendo assim, repetir e varias as
experiências, tornar mais rápido ou mais lento os fenômenos e
até simplificá-los. No geral a experimentação confirma a
hipótese, porém quando isto não ocorre, precisam repeti-la ou
modificá-la.
A observação científica é rigorosa, precisa, metódica e,
portanto, orientada para a explicação dos fatos e para isto, se
utilizam de microscópio, telescópio, sismógrafo, balança,
termômetro, entre outros instrumentam que proporcionam maior
rigor à observação bem como a tornam mais objetiva porque
quantificam o que está sendo observado.
2. (Enem PPL 2012) Assentado, portanto, que a Escritura, em muitas
passagens, não apenas admite, mas necessita de exposições diferentes
do significado aparente das palavras, parece-me que, nas discussões
naturais, deveria ser deixada em último lugar.
GALILEI, G. Carta a Benedetto Castelli. In: Ciência e fé: cartas de Galileu sobre o acordo do sistema copernicano com a Bíblia. São Paulo: Unesp, 2009. (adaptado)

O texto, extraído da carta escrita por Galileu (1564-1642) cerca de trinta


anos antes de sua condenação pelo Tribunal do Santo Oficio, discute a
relação entre ciência e fé, problemática cara no século XVII. A
declaração de Galileu defende que
a) a bíblia, por registrar literalmente a palavra divina, apresenta a
verdade dos fatos naturais, tornando-se guia para a ciência.
b) o significado aparente daquilo que é lido acerca da natureza na bíblia
constitui uma referência primeira.
c) as diferentes exposições quanto ao significado das palavras bíblicas
devem evitar confrontos com os dogmas da Igreja.
d) a bíblia deve receber uma interpretação literal porque, desse modo,
não será desviada a verdade natural.
e) os intérpretes precisam propor, para as passagens bíblicas, sentidos
que ultrapassem o significado imediato das palavras.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

[Ponto de vista da Filosofia]: Galileu era não só um sujeito capaz


da mais convincente retórica, como também um sujeito capaz das
afirmações mais difíceis. Perante o forte discurso religioso – forte,
porém inapropriado para a ciência –, Galileu cumpriu a delicada
tarefa de afirmar uma ciência nova baseada puramente na
matemática, distante da fé e de qualquer autoridade que não fosse
a experiência.

[Ponto de vista da História]: Galileu e suas ideias desafiaram a


Igreja Católica e seus dogmas na época do Renascimento,
propondo uma observação do mundo baseada em caracteres
matemáticos e astronômicos e não mais religiosos. A passagem
da questão ressalta que, para ele, a Bíblia pode ser interpretada de
diferentes maneiras e que, para a observação da natureza, ela não
tem valor nenhum.
3. (Enem 2013) Os produtos e seu consumo
constituem a meta declarada do empreendimento
tecnológico. Essa meta foi proposta pela primeira vez
no início da Modernidade, como expectativa de que o
homem poderia dominar a natureza. No entanto, essa
expectativa, convertida em programa anunciado por
pensadores como Descartes e Bacon e impulsionado
pelo Iluminismo, não surgiu “de um prazer de poder”,
“de um mero imperialismo humano”, mas da
aspiração de libertar o homem e de enriquecer sua
vida, física e culturalmente.
CUPANI, A. A tecnologia como problema filosófico: três enfoques, Scientiae Studia. São Paulo, v. 2, n. 4, 2004 (adaptado).
Autores da filosofia moderna, notadamente Descartes e
Bacon, e o projeto iluminista concebem a ciência como uma
forma de saber que almeja libertar o homem das intempéries
da natureza. Nesse contexto, a investigação científica consiste
em:
a) expor a essência da verdade e resolver definitivamente as
disputas teóricas ainda existentes.
b) oferecer a última palavra acerca das coisas que existem e
ocupar o lugar que outrora foi da filosofia.
c) ser a expressão da razão e servir de modelo para outras
áreas do saber que almejam o progresso.
d) explicitar as leis gerais que permitem interpretar a natureza
e eliminar os discursos éticos e religiosos.
e) explicar a dinâmica presente entre os fenômenos naturais e
impor limites aos debates acadêmicos.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

Em geral, a ciência estabelece um método de pesquisa racional


que busca a construção coletiva de conhecimentos refletidos e
seguros sobre a variedade da natureza, e, também, de
conhecimentos esclarecedores sobre os fenômenos que nos
parecem familiares. Sendo assim, a ciência possui uma base
racional fundante a qual todo homem pode ter acesso e, desse
modo, todos podem participar. Ela possui, além disso, como
objeto de pesquisa a perplexidade do homem perante a variância
de alguns fenômenos naturais e a permanência de outros, e como
objetivo da pesquisa harmonizar estas diferenças em equilíbrios
dinâmicos através de conceitos e sistemas de conceitos
justificados da melhor maneira possível, isto é, pela construção
de experimentos controlados e avaliações imparciais.
4. (Enem PPL 2013) TEXTO I: O Heliocentrismo não é o “meu sistema”,
mas a Ordem de Deus.
COPÉRNICO, N. As revoluções dos orbes celestes [1543]. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1984.

TEXTO II: Não vejo nenhum motivo para que as ideias expostas neste
livro (A origem das espécies) se choquem com as ideias religiosas.
DARWIN, C. A origem das espécies [1859]. São Paulo: Escala, 2009.

Os textos expressam a visão de dois pensadores — Copérnico e Darwin


— sobre a questão religiosa e suas relações com a ciência, no contexto
histórico de construção e consolidação da Modernidade. A comparação
entre essas visões expressa, respectivamente:
a) Articulação entre ciência e fé — pensamento científico independente.
b) Poder secular acima do poder religioso — defesa dos dogmas
católicos.
c) Ciência como área autônoma do saber — razão humana submetida à
fé.
d) Moral católica acima da protestante — subordinação da ciência à
religião.
e) Autonomia do pensamento religioso — fomento à fé por meio da
ciência.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

Ao estabelecer uma relação entre a produção científica


e a ordem de Deus, Copérnico pressupõe a articulação
entre o modelo científico do heliocentrismo e a fé
religiosa. Darwin, por sua vez, defende a
independência da ciência produzida em relação ao
pensamento religioso, ao afirmar que não existem
motivos para que sua proposta científica se choque
com as ideias religiosas.
5. (Enem PPL 2016) A atividade atualmente chamada de ciência tem se
mostrado fator importante no desenvolvimento da civilização liberal:
serviu para eliminar crenças e práticas supersticiosas, para afastar
temores brotados da ignorância e para fornecer base intelectual de
avaliação de costumes herdados e de normas tradicionais de conduta.
NAGEL, E. et al. Ciência: natureza e objetivo. São Paulo: Cultrix, 1975 (adaptado).

Quais características permitem conceber a ciência com os aspectos


críticos mencionados?
a) Apresentar explicações em uma linguagem determinada e isenta de
erros.
b) Possuir proposições que são reconhecidas como inquestionáveis e
necessárias.
c) Ser fundamentada em um corpo de conhecimento autoevidente e
verdadeiro.
d) Estabelecer rigorosa correspondência entre princípios explicativos e
fatos observados.
e) Constituir-se como saber organizado ao permitir classificações
deduzidas da realidade.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

Uma das características principais das


ciências é o seu rigor analítico. Uma
asserção científica não pode ser dada por
suposição, mas deve estar respaldada por
um método científico rigoroso.
6. (Enem 2019) A lenda diz que, em um belo dia ensolarado, Newton
estava relaxando sob uma macieira. Pássaros gorjeavam em suas
orelhas. Havia uma brisa gentil. Ele cochilou por alguns minutos. De
repente, uma maçã caiu sobre a sua cabeça e ele acordou com um
susto. Olhou para cima. “Com certeza um pássaro ou um esquilo
derrubou a maçã da árvore”, supôs. Mas não havia pássaros ou esquilos
na árvore por perto. Ele, então, pensou: “Apenas alguns minutos antes,
a maçã estava pendurada na árvore. Nenhuma força externa fez ela cair.
Deve haver alguma força subjacente que causa a queda das coisas para
a terra”.
SILVA, C. C.; MARTINS, R A. Estudos de história e filosofia das ciências. São Paulo: Livraria da Física, 2006 (adaptado).

Em contraponto a uma interpretação idealizada, o texto aponta para a


seguinte dimensão fundamental da ciência moderna:
a) Falsificação de teses.
b) Negação da observação.
c) Proposição de hipóteses.
d) Contemplação da natureza.
e) Universalização de conclusões.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

Uma das características do pensamento


científico é a proposição de hipóteses,
que devem ser testadas a partir de
instrumentos metodológicos rigorosos,
embasados em uma teoria
reconhecidamente válida.
7. (Enem PPL 2019) Uma parte da nossa formação científica confunde-
se com a atividade de uma polícia de fronteiras, revistando os
pensamentos de contrabando que viajam na mala de outras sabedorias.
Apenas passam os pensamentos de carimbada cientificidade. A biologia,
por exemplo, é um modo maravilhoso de emigrarmos de nós, de
transitarmos para lógicas de outros seres, de nos descentrarmos.
Aprendemos que não somos o centro da vida nem o topo da evolução.
COUTO, M. Interinvenções. Portugal: Caminho, 2009 (adaptado).

No trecho, expressa-se uma visão poética da epistemologia científica,


caracterizada pela:
a) implementação de uma viragem linguística com base no formalismo.
b) fundamentação de uma abordagem híbrida com base no relativismo.
c) interpretação da natureza eclética das coisas com base no
antiacademicismo.
d) definição de uma metodologia transversal com base em um
panorama cético.
e) compreensão da realidade com base em uma perspectiva não
antropocêntrica.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

Quando nos descentramos e aprendemos


que “não somos o centro da vida nem o
topo da evolução” estamos tendo uma
compreensão da realidade não centrada
no ser humano, ou seja, não
antropocêntrica,
8. (Enem PPL 2019) A ciência ativa rompe com a separação
antiga entre a ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica
(techne), o saber aplicado, integrando ciência e técnica. Do
ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da
observação e do método experimental opõe a ciência ativa à
ciência contemplativa dos antigos; assim também, a utilização
da matemática como linguagem da física, proposta por
Galileu sob inspiração platônica e pitagórica, e contrária à
concepção aristotélica.
MARCONDES, D. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008 (adaptado).

Nesse contexto, a ciência encontra seu novo fundamento na:


a) utilização da prova para confirmação empírica.
b) apropriação do senso comum como inspiração.
c) reintrodução dos princípios da metafísica clássica.
d) construção do método em separado dos fenômenos.
e) consolidação da independência entre conhecimento e prática.
COMENTÁRIO DA QUESTÃO

O paradigma científico da ciência ativa,


conforme apresentado no texto, encontra
na utilização da prova seu critério de
confirmação empírica. Ou seja, é
considerado verdadeiro aquilo que,
através de um método, pode ser provado.
FILOSOFIA DA CIÊNCIA NO ENEM.
BONS ESTUDOS
BONS ESTUDOS

Você também pode gostar