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AMBIENTAL
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Olá!
Ao final desta aula, o aluno será capaz de:
2. demonstrar que a organização do ensino de Ciências tem sofrido nas últimas décadas inúmeras propostas de
transformação;
São elas:
A concepção racionalista nasceu com os gregos e se estendeu até o fim do século XVII. Ela afirma que a ciência é
conhecimento racional e dedutivo como a matemática, e que deve ser capaz de elaborar enunciados e atingir
resultados que sejam verdades universais, sem que haja nenhuma dúvida. O objeto científico, por sua vez,
corresponde à própria realidade e as experiências servem apenas para verificar o verdadeiro conhecimento, que
Podemos dizer então: Racionalista - prova da verdade dos enunciados sem deixar dúvida! Exemplo: Matemática!
Dos gregos até o fim do sécalo XVII. Representação Intelectual Universal - necessária e verdadeira,
correspondendo à própria realidade. Experiências são realizadas para confirmar as demonstrações teóricas. "O
A concepção empirista, que também surge com os gregos, mas se estende até o fim do século XIX, afirma que a
teoria científica resulta das observações e dos experimentos, ao contrário do que pensam os racionalistas.
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/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
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A ciência estabelecer métodos experimentais rigorosos, já que é em função deles que é produzida a
teoria.
incontestáveis.
Diferenças:
• Empirista – baseada na observação e nos experimentos. Exemplo: Medicina Grega e História Natural.
• De Aristóteles até o final do século XIX.
• Ciência baseia-se em observações e experimentos, que permitem estabelecer induções.
• Experiência como produtora de conhecimentos.
• Métodos experimentais rigorosos.
As duas concepções de cientificidade possuíam o mesmo pressuposto, embora o realizassem de maneiras
diferentes. Ambas consideravam que a teoria científica era uma explicação e uma representação verdadeira da
própria realidade, tal como esta é em si mesma. A ciência era uma espécie de raio-X da realidade.
Concepção racionalista
A concepção racionalista era hipotético-dedutiva, isto é, definia o objeto e suas leis e disso deduzia
Concepção empirista
A concepção empirista era hipotético-indutiva, isto é, apresentava suposições sobre o objeto, realizava
observações e experimentos e chegava à definição dos fatos, às suas leis, suas propriedades, seus efeitos
posteriores e previsões.
Racionalismo x Empirismo
• Mesmo pressuposto – Ciência era uma explicação verdadeira da realidade.
• Racionalismo: Hipotético-Dedutivo.
• Empirismo: Hipotético-Indutivo.
No século XX, porém, surge a concepção construtivista.
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Concepção construtivista
A concepção construtivista considera a ciência uma construção de modelos e não uma explicação daquilo que a
realidade seria por si mesma. O cientista construtivista alia o estabelecimento de postulados e axiomas dos
racionalistas e o poder de mudar dos experimentos empiristas. No entanto, difere de ambos ao tratar o objeto de
estudo como um modelo construído, e não a realidade em si mesma. A busca, portanto, não é a de encontrar
verdades absolutas, mas verdades aproximadas que possam ser corrigidas e abandonadas por explicações mais
De acordo com a concepção construtivista, o conhecimento é uma construção do sujeito e não algo que ele possa
receber passivamente. Borges (1996) destaca que para o construtivismo, o conhecimento “não se encontra em
nós, nem fora de nós”, mas é construído, progressivamente, pelas interações que são estabelecidas; sendo assim
2 A educação em ciências
No tocante à educação em ciências, a expressão “natureza da ciência”, frequentemente refere-se à epistemologia
da ciência, à ciência como o caminho do conhecimento, ou ainda aos valores e crenças presentes no progresso do
conhecimento científico. Alguns autores admitem correspondência entre a concepção de ciência do professor
com a orientação didática. O conceito de didática surge com o aparecimento do ensino e é decorrente da
Segundo Chassot (2004), as modalidades didáticas usadas no ensino de ciências dependem, fundamentalmente,
Alguns autores acreditam que as concepções de ciência e as crenças dos professores sobre a natureza da ciência
influenciam diretamente na forma como veem o processo ensino e aprendizagem e o quanto determinam a sua
prática pedagógica.
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2.2 Classificação das ciências
Ciência, no singular, refere-se a um modo e a um ideal de conhecimento que examinamos até aqui. Ciências, no
plural, refere-se às diferentes maneiras de realização do ideal de cientificidade, segundo os diferentes fatos
A primeira classificação sistemática das ciências de que temos notícia foi a de Aristóteles, à qual já nos referimos
no início deste livro. O filósofo grego empregou três critérios para classificar os saberes:
Critério da ausência ou presença da ação humana nos seres investigados, levando à distinção entre as ciências
teoréticas (conhecimento dos seres que existem e agem independentemente da ação humana) e ciências práticas
distinção entre metafísica (estudo do Ser enquanto Ser, fora de qualquer mudança), física ou ciências da
Natureza (estudo dos seres constituídos por matéria e forma e submetidos à mudança ou ao movimento) e
matemática (estudo dos seres dotados apenas de forma, sem matéria, imutáveis, mas existindo nos seres
Critério da modalidade prática, levando à distinção entre ciências que estudam a práxis (a ação ética, política e
econômica, que tem o próprio agente como fim) e as técnicas (a fabricação de objetos artificiais ou a ação que
Com pequenas variações, a classificação do filósofo grego foi mantida até o século XVII, quando, então, os
conhecimentos se separaram em filosóficos, científicos e técnicos. A partir dessa época, a Filosofia tende a
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desaparecer nas classificações científicas (é um saber diferente do científico), assim como delas desaparecem as
técnicas.
Das inúmeras classificações propostas, as mais conhecidas e utilizadas foram feitas por filósofos franceses e
alemães do século XIX, baseando-se em três critérios: tipo de objeto estudado, tipo de método empregado, tipo
de resultado obtido. Desses critérios e da simplificação feita sobre as várias classificações anteriores, resultou
Ciências matemáticas ou lógico-matemáticas (aritmética, geometria, álgebra, trigonometria, lógica, física pura,
Ciências naturais (física, química, biologia, geologia, astronomia, geografia física, paleontologia, etc.);
Ciências humanas ou sociais (psicologia, sociologia, antropologia, geografia humana, economia, lingüística,
Ciências aplicadas (todas as ciências que conduzem à invenção de tecnologias para intervir na Natureza, na vida
humana e nas sociedades, como por exemplo, direito, engenharia, medicina, arquitetura, informática, etc.).
Cada uma das ciências subdivide-se em ramos específicos, com nova delimitação do objeto e do método de
Por sua vez, os próprios ramos de cada ciência subdividem-se em disciplinas cada vez mais específicas, à medida
que seus objetos conduzem a pesquisas cada vez mais detalhadas e especializadas.
contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência social e universal. Não se pode pensar no ensino de
Breve Histórico
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1950-1960
1960-1970
1970-1980
1990
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O Professor de Ciências, talvez mais do que seus colegas de outras áreas, deve despertar nas crianças e
pelos seus processos e fenômenos, fazendo o mesmo em relação ao homem e aos outros seres que habitam o
planeta; assim, estará desenvolvendo nos seus alunos a autonomia, estimulando-lhes o rigor intelectual e
criando as condições necessárias para o sucesso deles no campo do conhecimento, tanto ao nível da educação
formal, quanto da educação fora da escola e daquela que necessitam durante toda a sua vida. (BIZZO, 1996)
Tarefa docente
A tarefa docente exige a apropriação de um saber sistematizado de forma autônoma e crítica - construindo a
partir do conhecimento científico, um novo conhecimento: um saber escolar ao buscar a melhor forma de
Esse saber refere-se às práticas e métodos produzidos pelo professor no ambiente escolar, mas que não são
devidamente considerados pois somente o conhecimento científico tem o status de válido e o próprio professor
não valoriza estes saberes produzidos por ele. Uma proposta de mudança desse quadro é o emprego da
Essa metodologia vem contribuindo para que os professores estudem sua própria prática pedagógica e para o
fortalecimento da profissão e dos saberes construídos nesta prática. A Pesquisa-ação é uma linha de pesquisa,
que tem como objeto de investigação a situação social e os problemas encontrados. Seu objetivo é resolver os
problemas de uma situação e aumentar o conhecimento dos pesquisadores e pessoas e grupos considerados com
Ao mesmo tempo, é importante que o professor se familiarize com as contribuições da pesquisa e inovações
didáticas, artigos científicos específicos da educação e das ciências e supere obstáculos como a falta de tempo e
de recursos, desvalorização profissional, desmotivação e a falta de interesse dos alunos. Nesse sentido, é
essencial que promova ações integradas com outros profissionais e com a comunidade do entorno da escola.
O aluno
As influências socioculturais têm papel fundamental tanto no cotidiano escolar quanto no familiar, onde o aluno
adquire conhecimentos, ideias, valores e crenças influenciados pela sua vivência no grupo.
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A principal característica dos alunos na sala de aula é a diversidade – de atitudes, comportamentos, motivações,
ritmos de aprendizagem e raciocínio, interesses, culturas, gêneros e classe social. Ao mesmo tempo, eles têm em
comum o desejo de encontrar uma explicação sobre o conhecimento das ciências naturais, pois vivem num
mundo no qual ocorre uma enorme quantidade de fenômenos naturais aliados aos produtos da ciência e
O ensino de Ciências busca, então, favorecer a manifestação de conhecimentos prévios em sala de aula e o
aperfeiçoamento dos saberes envolvendo os alunos em uma ambiência propícia ao aprofundamento das
questões científicas. O desejo de conhecer o que se vê motiva questionamentos acerca da realidade e é o cerne
dos estudos científicos. Cada criança é um pesquisador não para seguir carreira científica, mas no
A escola é o ambiente que instiga a investigação científica, pois possibilita descobertas, transformações e
interações sociais. O educador, por sua vez, é aquele que deve perceber os resultados dessas possibilidades e
propiciar o ato de sentir o conteúdo como parte do real que nos cerca e favorecer o raciocínio e a assimilação
desses conteúdos.
Para Vygotsky (2001), o processo de interação social leva naturalmente à intemalização e ao desenvolvimento de
conceitos espontâneos dos alunos, sendo o ensino fator atuante na construção e internalizaçáo de conceitos
científicos. Segundo o mesmo autor, a interação social se estabelece por meio da troca de emoções que
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Nesta aula analisamos as principais concepções de ciência ou de ideais de cientificidade: o racionalista,
cujo modelo de objetividade é a matemática; o empirista, que toma o modelo de objetividade da medicina
grega e da história natural do século XVII; e o construtivista, cujo modelo de objetividade advém da ideia
de razão como conhecimento aproximativo.
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