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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ

ESCOLA DE BELAS ARTES


CINEMA E AUDIOVISUAL
JORNALISMO
HAROLDO OSMAR DE PAULA JUNIOR

GABRIEL BORTOLAMEOTE LOCH


LORENA DOMINGUES ANDRADE LIMA

Tema: Os problemas sociais e éticos da tecnologia em consideração as consequências a


longo prazo, visando a preservação da vida e do ambiente.
Tese: Enfatiza a consideração das consequências a longo prazo das ações humanas para
preservar a vida e o meio ambiente

Noções:

Princípio Responsabilidade: A ideia de que devemos pensar nas consequências de longo


prazo das coisas que fazemos, especialmente quando se trata de tecnologias novas.
Imperativo Categórico: A noção de que existe uma regra moral universal que devemos
seguir, não importa a situação.
Risco ontológico: O perigo que vem automaticamente com as coisas que fazemos,
especialmente quando envolvem tecnologias poderosas, colocando em perigo a nossa
existência e o equilíbrio do ambiente.
Ética da responsabilidade: A ideia de que temos a obrigação moral de pensar sobre o
que nossas ações vão causar no futuro, como proposto por Hans Jonas.
Ética do cuidado: A perspectiva ética que destaca que devemos não só cuidar de nós
mesmos, mas também dos outros e do ambiente, como proposto por Hans Jonas.
Imperativo da sobrevivência: A necessidade ética de tomar decisões que visam garantir
que a vida humana continue e que o meio ambiente seja preservado.
Preservação da vida: A ideia ética de que devemos proteger e promover a vida humana
e a diversidade de vida, reconhecendo que isso é fundamentalmente importante.
Argumentos: Hans Jonas, filósofo alemão, propõe em sua obra "O Princípio
Responsabilidade" uma ética orientada para o futuro, considerando os desafios éticos
decorrentes do avanço tecnológico e suas implicações ambientais. O autor argumenta
que a ação humana deve ser pautada pelo princípio responsabilidade, que implica a
consideração dos efeitos a longo prazo de nossas ações sobre o meio ambiente e a
sociedade.
Jonas destaca a necessidade de uma ética que leve em conta as consequências
imprevisíveis das ações humanas, especialmente no contexto das inovações
tecnológicas. Ele adverte sobre os perigos do poder crescente que a humanidade detém
sobre a natureza, alertando para a possibilidade de consequências irreversíveis, como a
degradação ambiental e a manipulação genética.
Uma parte fundamental do argumento de Jonas é a ênfase na precaução. Ele defende
que, diante da incerteza quanto aos resultados de certas ações, os seres humanos devem
agir com cautela, evitando ações que possam resultar em danos irreparáveis. Esse
princípio de precaução está intrinsicamente ligado à responsabilidade, na medida em
que implica considerar não apenas os benefícios imediatos, mas também os potenciais
riscos a longo prazo.
Ao longo do texto, Jonas explora a ideia de uma "ética da responsabilidade", que vai
além da ética tradicional baseada em princípios e deveres. Ele argumenta que os seres
humanos têm a responsabilidade de preservar a vida e o ambiente para as gerações
futuras, uma responsabilidade que decorre do próprio ato de existir e da consciência que
temos de nossa capacidade de influenciar o mundo ao nosso redor.
Referências fundamentais para a compreensão do pensamento de Hans Jonas incluem as
contribuições filosóficas influenciadas por pensadores como Martin Heidegger e
Immanuel Kant, cujas obras podem enriquecer a compreensão do contexto em que
Jonas desenvolve suas reflexões éticas.
Em síntese, Hans Jonas argumenta em favor de uma ética que reconheça a
responsabilidade intrínseca à ação humana, especialmente no contexto das inovações
tecnológicas. Ele destaca a importância da precaução diante dos riscos desconhecidos e
defende uma ética orientada para o futuro, que leve em consideração não apenas o
presente, mas também as consequências a longo prazo de nossas escolhas. Essa
abordagem ética visa preservar a vida e o ambiente para as futuras gerações,
promovendo uma consciência ética mais abrangente e responsável.
Comentários: Hans Jonas levanta reflexões cruciais sobre ética, impacto ambiental e
suas interações com os Direitos Humanos. Um exemplo prático dessa interconexão é a
falsa noção de "jogar o lixo fora", uma expressão que reflete uma ilusão prejudicial ao
meio ambiente.
Quando descartamos algo, muitas vezes acreditamos que nos livramos do problema.
Contudo, Jonas argumentaria que essa visão é enganosa, uma vez que o lixo não
desaparece magicamente; ele apenas muda de lugar. Essa percepção alterada da
realidade reflete uma atitude irresponsável em relação ao consumo e ao descarte,
contribuindo para uma mentalidade que ignora as consequências ambientais a longo
prazo.
Ao relacionarmos essa noção com as preocupações ambientais e os Direitos Humanos,
percebemos que essa atitude superficial em relação ao lixo é, na verdade, um sintoma do
consumismo desenfreado. O consumismo, muitas vezes, está enraizado na busca
incessante por novidades e conveniências imediatas, sem considerar os impactos
negativos nas condições de vida e saúde, afetando desproporcionalmente comunidades
mais vulneráveis.

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