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REPÚBLICA DE ANGOLA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
GOVERNO DA PROVÍNCIA DO BENGO
ESCOLA DE MAGISTÉRIO “KIMAMUENHO” - CAXITO

ÉTICA

A ÉTICA ANTROPOCÊNTRICO

Grupo Nº: 02
Classe: 12ª
Sala: 1.4
Período: Manhã
Especialidade: Francês e E.M.C.

CAXITO, OUTUBRO/2021
A ÉTICA ANTROPOCÊNTRICO

Integrantes do grupo:

Ana António Quinamoio

Ana Bela Oliveira

O Docente
_______________________
Eduardo Ferraz André

CAXITO, OUTUBRO/2021
ÍNDICE

INTRODUÇÃO........................................................................................................................01
A PERSPECTIVA ANTROPOCÊNTRICA............................................................................02
UM MODELO UTILITARISTA..............................................................................................03
SUGESTÕES............................................................................................................................04
CONCLUSÃO..........................................................................................................................05
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................................................06
INTRODUÇÃO

Os que defendem a idéia de que o ser humano deva estar sempre no centro das
preocupações ecológicas são chamados de antropocêntricos, e a ética desenvolvida a partir
desse princípio é chamada de ética antropocêntrica, portanto no presente trabalho pretende-se
entender as questões ligadas com ambiente e os modelos que foram adotados por alguns
autores no sentido de mantermos um ambiente saudavel e equilibrada.

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A PERSPECTIVA ANTROPOCÊNTRICA

Diante da crescente preocupação com os problemas advindos da crise


ambiental, criou-se entre os ecologistas um parâmetro comum para pensar a natureza como
um sistema, um organismo integrado, ou seja, um ecossistema. O ser humano é uma parte
desse sistema de equilíbrio delicado. Foi então que começou a surgir perspectivas não
antropocentradas em matéria de uma ética que respondesse aos problemas ambientais. Frente
a isso, os defensores da ética convencional se viram diante do desafio de apresentar, em face
dos inéditos questionamentos suscitados pela problemática ecológica, um programa que
respondesse a esses problemas ambientais dentro do esquema já estabelecido, firmado sobre a
primazia do ser humano, como um ser racional e, portanto, com responsabilidade diante de si
e da natureza. Tratava-se, pois, de não abdicar do pressuposto antropocêntrico. Diante do
questionamento levantado pelo influxo da ecologia - “é necessária uma nova ética?” –
afirmavam que não! Tal foi a posição, por exemplo, de John Passmore, cuja obra Man ś
Responsability to Nature, de 1974, é uma das pioneiras em favor de uma ética ambiental
antropocentrada. Esforço semelhante encontra-se na reflexão de Kristin Shrader-Frechette ao
aplicar as teorias éticas modernas (Kantismo, por exemplo) aos problemas suscitados pela
crise ambiental.

Seguindo esta linha de reflexão, não são necessários novos princípios


morais que orientem o comportamento do ser humano com relação ao meio ambiente, pois a
moral convencional é suficiente para fundamentar deveres e obrigações dos seres humanos
para com a natureza. Na reflexão ética, não entra em questão o postulado econômico do
crescimento nem o da ideologia do progresso ilimitado; os interesses humanos são sempre
legítimos e precedem os valores do mundo natural. Os danos da crise ambiental são vistos
como uma agressão, em primeiro lugar, ao direito que todos os seres humanos – do presente e
do futuro – têm de utilizar os bens naturais. A conservação da natureza é uma preocupação
derivada da necessidade de preservar um recurso que pertence ao ser humano. A ética, que já
contém princípios e normas que regulamentam a ação humana para que esta não seja nem
agressiva nem danosa aos direitos de outro ser humano, é suficiente para regular os efeitos
negativos sobre o ambiente. Vê-se, portanto, que se trata de uma ética fortemente
antropocêntrica, embora apresentando uma certa “sensibilidade” ambiental.

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UM MODELO UTILITARISTA

Os modelos de ética ambiental, inspirados nessa concepção antropocêntrica, se


preocupam com a conservação dos recursos naturais tendo em vista o bem dos próprios seres
humanos. Procuram estabelecer critérios e normas no uso da natureza segundo as
necessidades e preferências humanas. A natureza deve ser conservada, protegida da
intervenção destrutiva dos seres humanos, para satisfazer as necessidades da própria espécie
humana, sejam interesses puramente materiais, sejam interesses estéticos e culturais. É um
modelo, portanto, que segue o sistema normativo do princípio da utilidade.

Assim, a partir do princípio de utilidade, constrói-se um discurso que


fundamenta uma série de normas e obrigações morais para os seres humanos em seu
relacionamento com o meio ambiente. Um imperativo ético é formulado com formatação
ecológica: “para atender os interesses da humanidade, protege e preserva a natureza”. O valor
de utilidade que a natureza pode apresentar, conforme atende às necessidades e interesses
humanos, estende-se numa variada escala que vai desde os recursos energéticos até a sua
valoração como meio de lazer, estímulo para o bem-estar psicológico, deleite espiritual e
como riqueza cultural. Foi na década de 1970 que, em variados modelos e tendências, a
perspectiva biocentrista começou a ser sistematicamente pensada e proposta:

“Arne Naess (1973) sugeria que todo ser vivo tem ‘um igual direito a viver e a se
desenvolver’; Richard Routley (1973) sustentava ser preciso nada menos que uma ética
totalmente nova, para barrar o ‘chauvinismo humano’, desastroso do ponto de vista ecológico.
Holmes Rolston (1975), observando que havia se tornado quase banal deparar com uma
indignação moral nitidamente separada de todo antropocentrismo frente aos maus tratamentos
infligidos aos animais, perguntava: ‘Depois da fauna, não podemos incluir a flora, as paisagens
terrestres e marinhas, o ecossistema’ no domínio da ética? E ele acrescentava, então, ‘Seria
magnífico se a consciência evoluísse até englobar o todo’”.

Dentro desta perspectiva biocêntrica, podemos encontrar duas tendências ou


orientações: a primeira adota uma postura ética individualizada para os seres vivos; a outra
tendência, mais comunitária, privilegia a visão sistêmica e orgânica, mais abrangente e
adequada às comunidades bióticas.

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CONCLUSÃO

Com base ao que foi pesquisado com o grupo deu para entender que o
antropocentrismo – é a forma de percepção que considera o homem como fato central ou mais
significativo do universo – tem sido considerado por muitos como a causa básica das crises
ambiental e social em que vivemos. Assim, vários pensadores da ética ambiental consideram
seu maior desafio, construir uma ética que esteja além do antropocentrismo. Pensar assim,
implica supor que, atualmente, as sociedades humanas têm, de fato, inspiração
antropocêntrica.

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SUGESTÕES
Portanto, sugerimos aqui, em primeiro lugar, uso responsável do nosso meio ambiente,
por ser responsabilidade de cada um, pois um mau uso hoje poderá causar grandes
consequências no futuro.

Adotar modelos que ajudam a manter e proteger nosso meio ambiente.

Debates e palestras sobre aquecimento global e as consequências que teremos em


questões de mau uso do nosso meu ambiente.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 Livros:
FELIPE, Sonia Teresinha. Antropocentrismo, sencientismo e biocentrismo: perspectivas
éticas abolicionistas, bem-estaristas e conservadoras e o estatuto de animais não-humanos.
Revista Páginas de Filosofia. , v. 1, n. 1, jan-jul/2009. Disponível em:
https://www.metodista.br/revistas/revistasmetodista/index.php/PF/article/viewFile/864/957
Acesso em 28/08/2009.
 Sites:
http://www.cchla.ufrn.br/humanidades2009/Anais/GT10/10.4.pdf
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/31589/31589_4.PDF

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