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METODOLOGIA DE QUÍMICA
O DOCENTE
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Introdução.................................................................................................................................01
Conceito sobre a Linguagem e Linguagem Figurativa.............................................................02
O uso da Linguagem Figurativa nas aulas de Química.............................................................02
Formas de representar Fórmulas...............................................................................................06
Formas de representar Gráficos, Esquemas e Diagrama...........................................................07
Forma de Apresentação Científica............................................................................................08
Conclusão..................................................................................................................................10
Referências Bibliográficas........................................................................................................11
INTRODUÇÃO
De acordo com Nathan e Alibali (2011), a linguagem figurativa nas aulas de Química
é bastante importante, pois a compreensão dos estudantes é frequentemente desafiada por um
discurso que apresenta novos conceitos e que usa termos que não lhes são familiares. Em tais
circunstâncias, os gestos podem desempenhar um papel importante na compreensão dos
estudantes. Segundo Goldin-Meadow (2003), para os professores, a linguagem figurativa
representa uma ferramenta de comunicação que, embora usada inconscientemente, auxilia no
entendimento do conteúdo que tenha propriedades motoras ou espaciais, particularmente nas
ciências da natureza.
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CONCEITO SOBRE A LINGUAGEM E LINGUAGEM FIGURATIVA
A Linguagem pode ser entendida pela sua função referencial como linguagem
denotativa e conotativa. A linguagem denotativa afirma o emissor na objetividade da
expressão da mensagem, referindo-se a uma realidade concreta ou imaginária. Este tipo de
linguagem é sobretudo informativo. Quanto à linguagem conotativa remete-nos para o uso das
palavras num sentido figurado, dependendo sempre do contexto aplicado (Chalhub, 1999). A
linguagem figurativa define-se como a palavra ou o conjunto de palavras que exprime uma
ideia, apelando a outros termos, recorrendo, assim, a uma semelhança, podendo ser ela real ou
imaginária.
Os professores são responsáveis pelo agenciamento dos modos que serão utilizados na
construção de significados. Acreditamos que essa escolha é determinada pelo potencial
comunicativo de cada modo (Kress et al., 2001) e também é influenciada pela experiência do
professor. Acreditamos que uma análise específica, envolvendo os conteúdos ensinados e a
multimodalidade, pode trazer contribuições significativas para o processo de ensino-
aprendizagem.
A linguagem figurativa nas aulas de química é caracterizada por fazer uso de uma
variedade de representações simbólicas – fórmulas, estruturas moleculares, modelos atômicos,
reações químicas, etc. A utilização de representações como forma de expressão de conceitos e
procedimentos químicos já era realizada pelos alquimistas e artesões.
Com a criação desta linguagem foi realizada por diferentes comunidades científicas ao
redor do mundo, com o passar do tempo, surgiu a necessidade de uma unificação na forma de
expressão para que a comunicação entre os químicos fosse viável. Essa “uniformização” criou
uma linguagem universal que é utilizada tanto entre os experts em química como em
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educação química. Então foi criada uma simbologia química para representar todo universo da
ciência Química, assim como na língua as letras formam as palavras os átomos se unem para
formar as moléculas e para representar todo o universo das transformações química foi criada
a linguagem universal da química.
Isso reforça a compreensão dos referenciais teóricos expostos nesta pesquisa, de que a
Química e o seu ensino, possuem uma linguagem específica, assim como as demais áreas do
conhecimento, e para o desenvolvimento de competências, habilidades e novos
conhecimentos do sujeito, é preciso ir muito além de memorização de regras, símbolos e
fórmulas. Conforme o documento (BRASIL, 1999) e as Diretrizes Curriculares Nacionais da
Educação Básica (2013), a Química, como disciplina escolar, pode contribuir com a formação
de indivíduos que sejam capazes de produzir novas ideias, novos saberes e conhecimentos,
respondendo com criatividade e eficácia aos desafios que o mundo lhes coloca.
Nesse sentido, a autora afirma que a aula de Química “é muito mais do que um tempo
durante o qual o professor vai dedicar-se a ensinar Química e os alunos a aprenderem alguns
conceitos e desenvolverem algumas habilidades” (MACHADO, 2004, p.181). Ao considerar a
especificidade da ciência Química, nas aulas de Química, faz-se necessária a utilização de
modelos explicativos que instiguem relações entre contextos e conceitos que permitam a
inserção dos estudantes ao “mundo” submicroscópico, e que ajudem na compreensão de
conteúdos e conceitos estudados em aulas de Química; afinal, historicamente, o conhecimento
químico centrou-se em estudos de natureza empírica sobre as transformações químicas e as
propriedades dos materiais e substâncias. Os modelos explicativos foram gradualmente se
desenvolvendo conforme a concepção de cada época e, atualmente, o conhecimento científico
em geral e o da Química em particular requerem o uso constante de modelos extremamente
elaborados. Assim, em consonância com a própria história do desenvolvimento desta ciência,
a Química deve ser apresentada estruturada sobre o tripé: transformações químicas, materiais
e suas propriedades e modelos explicativos (BRASIL, 2002, p.187).
Oliveira, Nicolli e Cassiani (2014), com base em Vigotski (1998), afirmam que é pelos
instrumentos linguísticos do pensamento e pela experiência sociocultural que a criança se
desenvolve, ou seja, é pelas interações com outras pessoas, nessa cultura mediada no contexto
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escolar. A linguagem se constitui então como sendo o principal processo de interiorização das
funções psicológicas superiores, ou seja, aquelas funções mentais que caracterizam o
comportamento consciente do homematenção voluntária, percepção, a memória e
pensamento. Para Oliveira, Nicolli e Cassiani (2014, p. 21), “as palavras não somente
informam, mas orientam a observação, questionam, persuadem, convencem e ajudam a
estruturar o pensamento” (p.21). Ainda sobre isso, de acordo com Lira e Teixeira (2014):
a linguagem como veículo de constituição da consciência a partir do contexto das relações
sociais, exerce uma dupla função. De um lado, ela desempenha o papel de instrumento criado
pelos homens para promover a comunicação, permitindo o registro e a transmissão da
produção cultural historicamente acumulada. De outro, ela exerce a função de mediação
simbólica que permite ao homem desenvolver modos peculiares de pensamento só a ele
possíveis (p. 347-348).
Os elementos químicos são representados por símbolos, as fórmulas são usadas para
representar compostos ou agregados de átomos. A água, por exemplo, tem a fórmula
molecular simples representada por H2 O. As 4 maneiras de se representar uma molécula são:
fórmula molecular, fórmula empírica, formula condensada e fórmula estrutural. Elas nos dão
informações sobre a composição, forma estrutural e o arranjo espacial de uma molécula. As
propriedades físicas e químicas de um composto molecular dependem da forma com que seus
elementos constituintes estão ligados e arranjados espacialmente.
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FORMAS DE REPRESENTAR GRÁFICOS, ESQUEMAS E DIAGRAMA
Roth (2003) apresenta outro aspecto importante para o presente trabalho: os cientistas
tendem a não separar fenômeno, a coleta de dados e os resultados gráficos e funcionais,
tratando-os como se fossem a mesma coisa, enxergando o fenômeno no gráfico e na função,
ao mesmo tempo, esquecendo os passos que os produziram. Assim, para o uso competente
dessas linguagens é necessária a familiarização com os processos que levaram à sua
construção.
Logo, segundo o autor supracitado, quando um cientista fala sobre um gráfico ou uma
função, por exemplo, ele discorre mais sobre o fenômeno do que sobre a linguagem
matemática em questão, deixando de lado todo o processo de sua construção.
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Amiúde acrescentam símbolos abstratos, de difícil interpretação se o desenho está fora
de contexto, mas compreensível para o espectador familiarizado com os elementos icônicos e
diagramas utilizados. Esse modo de simbolização é um recurso de representação gráfica que
se dá em numerosas correntes ao longo de toda a História; mas também é utilizado em outros
campos da vida humana nos que se precisa um sistema comunicativo universal e acessível,
por exemplo, os sinais de tráfego, os planos, os esquemas de reparação ou montagem de
objetos compostos, os processos cientistas (e.g. a representação gráfica própria da formulação
em química orgânica).
Não podemos nos esquecer que a Ciência é uma cultura da sociedade humana e,
enquanto cultura, possui seus próprios signos e ritos. Assim, os indivíduos que se inserem, ou
que almejam inserir-se, na cultura científica precisam submeter-se e apropriar-se de tais ritos
e signos. Logo, espera-se que os indivíduos ao inserir-se nessa cultura compreendam as bases
dessa vertente linguística. O Ensino de Ciências (EC) é um dos exemplos de inserção de
indivíduos na cultura científica e, assim sendo, ao se propor Ensinar Ciências, pressupõem-se
ensinar em alguma instância o produto acumulado do conhecimento científico, bem como
seus signos e ritos. Logo, em determinados momentos o professor deparar-se-á com os
conceitos de Leis (da mecânica; da conservação de massa; de Mendel; etc.), Teorias
(gravitacional; evolutiva; da deriva continental), Hipóteses (da panspermia; de Gaia; Design
Inteligente etc.), tornando-se imprescindível um conhecimento consolidado sobre os
princípios que regem os signos metalinguísticos das Ciências.
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A relevância dessas indicações podem ser encontradas nas mais diversas pesquisas sobre a
compreensão de determinados temas científicos por estudantes e, até mesmo, por professores.
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CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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