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RESUMO
CAPITULO UM DO LIVRO O PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE
SUMÁRIO
1 RESUMO INFORMATIVO..........................................................................................6
3 REFERÊNCIAS..............................................................................................................8
Curso: Bacharelado em Administração, 1° Semestre
Docente: Josevandro Chagas
Componentes: filosofia e Ética, Metodologia do trabalho cientifico
Discentes: Anderson Santos da Silva, João Elias Souza dos Santos, Matheus Schleu, Rayanne
Machado dos Santos e Rodrigo dos Santos de Jesus
JONAS, Hans. A natureza modificada do agir humano. In: JONAS, Hans. O princípio
responsabilidade: Ensaio de uma ética para a civilização tecnológica. 1.ed. Rio de Janeiro:
Contraponto: Ed. PUC-Rio, 2006. E-book. p. 27 – 66. Disponível em: usp.br
https://edisciplinas.usp.br › J...PDF
Cap 1
De acordo com Hans Jonas, todo exemplo de ética compartilha de três características, são
elas:
A condição humana, dada pela natureza do homem e das coisas, presente nos seus traços
fundamentais. Com base nisso determinamos se algo é bom ou não para o homem. Por fim
é definido a responsabilidade humana em suas ações.
Apesar disso, o autor afirma que ocorreram mudanças na forma de agir do homem, tendo
essas características perdido espaço, logo, mudando também, o que vemos de ética, ainda
segundo ele, abrindo janelas que nunca foram vistas e pensadas nesse assunto.
I-Exemplo da Antiguidade
O autor usa como exemplo sobre poder o canto do coral de Antígona, de Sófocles, no qual é
exaltada a força do homem sobre a natureza, seja sobre animais, rios, florestas ou até
mesmo a Deusa Gea, sendo seu único infortúnio a morte
1- Homem e Natureza
Segundo Hans Jonas além do domínio sobre a natureza, com base no intelecto e por meio
do discurso, da reflexão e sensibilidade social o homem chega a elaboração das casas e
cidades para proteger-se da parcela da natureza ainda não dominada. Oculto a glorificação
do homem no canto, Hans Jonas ressalta que está ainda a sua pequenez, o que torna suas
façanhas tão audaciosas para si, porém, perante a gigante natureza isso é apenas um
incomodo minúsculo que o tempo resolverá, no entanto, ao homem, este é inimigo e lhe
traz sempre a inescapável morte, porém, o canto trata ainda apenas o inicio das façanhas
que ao homem o futuro aguardava.
2- A obra humana da “cidade”
A criação das cidades, segundo Hans Jonas, cuja a finalidade era cercar e não expandir,
provoca um novo equilíbrio dentro do todo, tudo que o homem fará, estará destinado a
aquele espaço.
A vida humana evoluiu com base no que é mutável e imutável as suas ações, sendo o
primeiro as suas próprias obras e o segundo a invulnerável natureza que na sua vastidão
além de impor-se quanto a mudanças em si, impõe-se sobre a mutabilidade do homem e de
suas obras, não importando o que o ser humano faça, o fim sempre é o destino final de sua
criação, porém, dentro de uma cidade, o homem é mais responsável por si do que na
natureza, estando agora vivendo no meio social, a ética mais útil para lidar com seu
semelhante que a inventividade que usou contra a natureza.
A ética do futuro que Hans Jonas propõe fundamenta-se sob um olhar ontológico, isto é,
“antigas formas da ética do futuro”. O esquema argumentativo de Hans Jonas em torno da
sua ética do futuro não se pretende a um princípio de ação moral, mas de responsabilização
moral, ou seja, uma responsabilidade pelo que será feito ou pelo que deverá ser feito. A
ética futura perpassa pela ética do presente, é por meio da tomada de responsabilidade do
que é e deverá ser feito que se dar a ética do futuro. Três exemplos são usados para
explicitar as formas éticas do passado: “a condução da vida terrena” - remente a religião, as
ações por uma salvação da alma- “a preocupação previdente do legislador e do estadista
com o futuro do bem comum” e a “política da utopia” baseada em um estado ideal, de
completa harmonia.
3 A utopia moderna
A ética buscada por Jonas, não é a escatológica ou utópica, mas é antiutópica. Pois, o autor
apresenta uma crítica à forma de ética que é buscada pela religião e pelo marxismo, que
seria a vida voltada e guiada ao banquete escatológico, isto seria desconsiderar o passado e
viver em busca de um fim último belo e perfeito. É feita a comparação da promessa
messiânica, na qual o comportamento humano é considerado digno e perfeito por meio da
obediência de normas que lhe foram impostas, mesmo que sem perspectiva, ou seja, seria
uma vida contemplativa baseada em uma vida utópica. Por essa razão, o autor
O direito moral de fazer experimentos em seres futuros por modificação genética é uma
questão apontada pelo autor. Desta forma o autor salienta que o poder adquirido através da
ciência nos leva para além de toda a ética anterior.
O autor fala da importância das forças representantes do futuro no presente para os não
nascidos, pois diz que são impotentes e não poderão cobrar dos responsáveis por quaisquer
feitos no presente e reforça que é necessário saber qual o conhecimento de valor representa
o futuro no presente.
Hans, inicia discorrendo que o mesmo movimento que colocou o ser humano como
detentor dos bens daquelas forças e o uso do mesmo deve ser regulamentado por normas e,
— o saber moderno na forma das ciências naturais — começou a romper onde havia
possibilidade da existência de normas e, por conseguinte, começou a destruir a ideia de
normas a serem seguidas. É feita uma reflexão sobre os sentimentos, quando um suposto
saber é refutado ou não lhe mostra clareza sobre algo, ele começa a duvidar de si mesmo. E
o mesmo sentimento pode ainda haver vergonha dele próprio, por ter fundamentos e sem
possibilidade de ser mostrado diante de um saber superior. Esse saber neutralizou a
natureza sob o aspecto do valor, e posteriormente o homem, e agora, diante de um niilismo
que o maior dos poderes está unido ao maior dos vazios e, a maior das capacidades ao
menor dos saberes sobre como utilizar a sua capacidade. Sem restabelecer a categoria do
sagrado, que foi assolado pelo iluminismo científico, existe a possibilidade de haver uma
ética moderadora sobre o poderio extremo que atualmente possuímos, e somos obrigados a
continuar adquirindo e comandando. No medo está presente o melhor substituto para a
virtude e sabedoria, mas nesse conceito existe uma falha relacionada ao ponto de vista de
longo alcance, e é o que realmente importa. O receio diante da profanação do sagrado, é a
única coisa que não está relacionado ao medo e ao sentimento de conforto perante a
incerteza das consequências distantes. Mas, diante de uma religião irreal, não é possível
tirar da ética sua tarefa. No caso da religião é possível dizer que ela existe ou não existe
como influência a ação humana, mas no caso da ética é preciso dizer que ela tem de existir.
Ela tem de existir pois os homens agem, mas a ética precisa controlar suas ações e o seu
poder de agir. Por isso ela é necessária, quanto maiores forem os poderes do agir, ela terá
de regular. E o princípio ordenador deve se encaixar ao tipo de ação que é regulada. É
compreensível o fato que novas ações exigem novos tipos de ética. A ética é como uma
estrela-guia, que nos diz como devemos ou não agir, do que é errado e certo. A respeito da
ética das novas faculdades de ação tecnológicas do homem, se de fato forem novas como é
suposto, e se suas consequências potenciais tiverem abolido a neutralidade moral, sobre a
relação da técnica com a matéria, é importante entender que é preciso procurar algo novo
na ética para que seja possível guiar essas novas faculdades, mas antes precisa ser
suscetível de afirmar teoricamente o seu valor. O nosso agir coletivo-cumulativo-
tecnológico é de um novo tipo, tanto a forma que se refere aos objetos quanto a sua
magnitude, por seus efeitos, independente de qualquer intenção, deixou de ser eticamente
neutro. Sendo assim, inicia-se a tarefa propriamente dita, a de buscar uma resposta.