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Centro Universitário de João Pessoa

MANUAL DE PRÁTICAS DO CURSO DE MEDICINA


VETERINÁRIA

2022/2023
Autores
Adriana Trindade Soares
Iago Carvalho Barbosa
Iara Nóbrega Macêdo
Iara Nunes de Siqueira
Islaine de Souza Salvador
Giorgia Carla Brito de Siqueira
Gedean Galdino da Cruz Silva
João Pedro Borges Barbosa
Lucas Rannier R. A. Carvalho
Maísa Alves Batista de Souza
Mariana Cavalcante e Almeida Sá
Marianne Rachel D. D. Martins
Paulo Wbiratan Lopes da Costa
SUMÁRIO

Capítulo 1. Manipulação de produtos químicos e amostras biológicas em aula prática de


anatomia.....................................................................................................................................1
Capítulo 2. Osteologia – Esqueleto Apendicular.......................................................................7
Capítulo 3. Semiologia do Sistema Neurológico de Equinos...................................................12
Capítulo 4. Sistema Locomotor de Equinos..............................................................................17
Capítulo 5. Semiologia do Sistema Respiratório de Equinos....................................................24
Capítulo 6. Semiologia do Sistema Digestório de Equinos.......................................................29
Capítulo 7. Clínica Cirúrgica Veterinária - Preparação Cirúrgica para Ovariohisterectomia....34
Capítulo 8. Clínica Cirúrgica Veterinária - Preparação Cirúrgica para Orquiectomia...............41
Capítulo 9. Técnica Cirúrgica Veterinária.................................................................................48
Capítulo 10. Necropsia de cão e gato........................................................................................55
Capítulo 11. Ectoparasitas........................................................................................................67
Capítulo 12. Exames parasitológico de fezes............................................................................73
Capítulo 13. Criação de animais monogástricos.......................................................................81
Capítulo 10. Cardiologia – Exame Clínico Cardiológico e Uso de Doppler não invasivo para
verificar hipertensão em cães e gatos........................................................................................86
Capítulo 14. Exame de Urinálise e Interpretação de Exames....................................................95
Capítulo 15. Avaliação coproparasitologica de coelhos e roedores.........................................105
Capítulo 16. Esfregaço e leitura da lâmina sanguínea de animais silvestres............................110
Capítulo 17. Avaliação urinária de coelhos e roedores............................................................115
Capítulo 18. Técnica de Citologia Vaginal em Cadelas...........................................................120
Capítulo 19. Diagnóstico Gestacional em Pequenos Animais.................................................125
Capítulo 20. Diagnóstico Gestacional em Grandes Animais...................................................130
Capítulo 21. Exame ginecológico em ruminantes domésticos................................................136
Capítulo 22. Simulação de exame ginecológico em protótipo bovino....................................143
Capítulo 23. Exame ginecológico em pequenos ruminantes...................................................147
Capítulo 24. Exame ginecológico em bovinos........................................................................152
Capítulo 25. Avaliação de sêmen............................................................................................157
Capítulo 26. Preparação de meios de cultura...........................................................................160
Capítulo 27. Semeadura..........................................................................................................165
Capítulo 28. Preparação de meios de cultura...........................................................................169
Capítulo 29. Antibiograma......................................................................................................172
Capítulo 30. Fermentação bacteriana......................................................................................178
Capítulo 31. Identificação de Proteínas...................................................................................183
Capítulo 32. Medição de pH...................................................................................................190
Sistema de Bibliotecas do Grupo Cruzeiro do Sul Educacional

S676m Soares, Adriana Trindade


Manual de práticas do curso de Medicina Veterinária. Adriana
Trindade Soares et al. João Pessoa: Unipê, 2022/2023.
194 f. il.

Inclui bibliografia
ISBN: xxx-xx-xxxxx-xx-x (e-book)

1. Práticas do curso. 2. Medicina Veterinária. I. Soares, Adriana


Trindade et al. II. Título.

CDU 636
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

ANATOMIA DESCRITIVA E SISTÊMICA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS


Título: Manipulação de produtos químicos e amostras biológicas em aula prática de anatomia
Elaborado por: Paulo Wbiratan Lopes da Costa Data da criação:
10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: Paulo Wbiratan Lopes da Costa


Setor: Laboratório de Anatomia Veterinária Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

Nos laboratórios de Anatomia Veterinária são manipuladas amostras biológicas que podem conter
agentes biológicos da Classe de Risco I (baixo risco individual e para a coletividade). Há também
a possibilidade de exposição a agentes biológicos da Classe de Risco II em amostras de órgãos de
animais silvestres, animais domésticos (cães e gatos), fetos bovinos, órgãos de suíno, caprino e
aves.
Os principais reagentes químicos utilizados no Laboratório são formol e diferentes tipos de outros
produtos que são considerados de alto risco, pois necessitam de cuidados na manipulação com o
uso de equipamentos de segurança.

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos agentes biológicos e químicos


utilizados dentro dos Laboratórios de Anatomia Veterinária;
o Compreender a importância do uso de EPI’s;

1
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da Anatomia Descritiva e Sistêmica dos
animais domésticos.

3. FINALIDADES

o Atender as práticas de ensino, contribuir para a biossegurança, pesquisa científica e dar


suporte às atividades de extensão.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Peças anatômicas sintéticas;
o Peças anatômicas ósseas;
o Peças anatômicas formolizadas;
o Peças anatômicas glicerinadas;
o EPIs.
o Tesoura;
o Pinças anatômicas;
o Bisturi;

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Os animais e as amostras coletadas para aula e pesquisa no Laboratório de Anatomia dos


Animais Domésticos devem ser realizados de acordo com as condições previstas para o Nível de
Biossegurança 2 (NB-2).

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5.1 Procedimentos antes do início das aulas

o As portas e janelas devem ser mantidas fechadas.


o Organizar o local de trabalho previamente prevendo o espaço físico e a utilização de
equipamentos e materiais;
o O respeito das Regras Gerais de Segurança e ainda a realização das medidas de proteção
individual;

5.2 Procedimentos durante a execução das aulas

É obrigatória a utilização dos seguintes equipamentos de proteção individual (EPI):


o Protetores faciais e oculares: utilizar máscara de proteção facial e óculos de proteção ao
manipular qualquer reagente químico (líquido ou pó) que possa ser inalado/ingerido;
o Vestimenta tipo jaleco: a utilização de jalecos com comprimento até os joelhos e mangas
longas confeccionado com tecido encorpado é obrigatória no ambiente do laboratório.
o Luvas: Para manipulação de amostras biológicas, utilize luvas de látex descartáveis e óculos
de proteção.
o Para manipulação de reagentes químicos, utilize luvas de acordo com sua resistência química;
o Evitar a presença de pessoas estranhas que não tenha um conhecimento prévio do local e do
produto que irá utilizar.
o Não usar lentes pois podem absorver formol, causando irritação.
o Não fumar.
o A manipulação de substâncias líquidas voláteis ou irritantes como formol deve ser realizada
com uso de EPI’s e capela com exaustão.

5.3 Procedimentos após o término das aulas

o Qualquer material armazenado no laboratório de Anatomia deve ser identificado e


conservado em cubas com formol a uma concentração de 10% e tampados adequadamente.
o Os usuários não deverão deixar o laboratório sem antes se certificarem de que os
equipamentos, bancadas, ferramentas e utensílios estejam em perfeita ordem, realizando a

3
limpeza e a desinfecção da bancada e utensílios utilizados e esterilização de materiais quando
recomendado e guardando-os em seus devidos lugares, de forma organizada.

5.4 Descarte de resíduos biológicos


o Os resíduos biológicos são embalados em sacos plásticos, de cor branca, apresentando o
símbolo internacional de risco biológico. Utilizar até 2/3 da capacidade máxima do saco, para
poder oferecer mais espaço para o fechamento adequado e, assim, maior segurança. Fechar
bem os sacos, de forma a não permitir o derramamento de seu conteúdo. Uma vez fechados,
precisam ser mantidos íntegros até o processamento ou destinação final.

5.5 Descarte de resíduos químicos

o Os resíduos químicos devem ser embalados, rotulados e armazenados para posterior envio
para destinação final, de acordo com o manual de descarte de resíduos químicos da unidade.

5.6 Descarte de material perfurocortante

o Os materiais perfurocortantes devem ser descartados separadamente, no local de sua geração,


imediatamente após o uso ou necessidade de descarte, em recipientes rígidos, resistentes à
punctura, ruptura e vazamento, com tampa, identificados com símbolo internacional de risco
biológico, acrescido da inscrição de “PERFUROCORTANTE”, sendo expressamente
proibido o esvaziamento desses recipientes para o seu reaproveitamento.

5.7 Procedimentos em caso de acidentes

o Acidente com substâncias químicas Substâncias químicas apresentam diferentes


propriedades, portanto a metodologia de primeiros socorros deverá ser realizada de acordo
com as substâncias envolvidas e as instruções do fabricante contidas na ficha de emergência.
o Em caso de: contato com a pele: lavar abundantemente com água corrente e remover
imediatamente as roupas contaminadas. Se necessário, utilizar o chuveiro de emergência e
contato com os olhos: lavar com o chuveiro lava-olhos por 15 minutos e procurar assistência
médica.

4
o Acidente com material biológico: Em caso de contato com a mucosa ocular, proceder à
lavagem em chuveiro lava-olhos, com água corrente. Após contato com a pele, lavar com
água e sabão, enxaguar e realizar antissepsia com álcool 70%.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas dos Laboratórios de Anatomia Veterinária;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Utilizar material de anotação apenas quando o material de aula for sintético;
o É expressamente proibido no Laboratório de Anatomia tirar fotografias e permitir a entrada
de pessoas estranhas no recinto.
o Não é permitido utilizar as peças anatômicas em qualquer outro recinto da Universidade que
não seja o Laboratório de Anatomia, muito menos fora dela
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Não utilizar qualquer material que não seja necessário para a aula.
o Utiliza-se a Metodologia variadas de acordo com o sistema estudado, o número de alunos por
mesa pode ser até 10 alunos.
o Os alunos devem estudar o órgão e as particularidades estabelecidas na mesa;
o Realizar rodízio de acordo com a orientação do professor e/ou monitor;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;

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8. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Comissão de Biossegurança em Saúde. Classificação de risco


dos agentes biológicos. Brasília, DF, 2010.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância
das Doenças Transmissíveis. Biocontenção: o gerenciamento do risco em ambientes de alta
contenção biológica NB3 e NBA3. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2015.
DYCE, K. M.; SACK, W. O. Tratado de Anatomia Veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
TEIXEIRA, P. e CARDOSO, T. A. O. (org). Biossegurança em laboratórios de saúde
pública. v. 2. Rio de Janeiro: EAD/ENSP, Fundação Oswaldo Cruz, 2013. 331 p.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Laboratório de Anatomia Veterinária

ELABORADO POR:

Paulo Wbiratan Lopes da Costa

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

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MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

ANATOMIA DESCRITIVA DOS ANIMAIS DOMÉSTICOS


Título: Osteologia – Esqueleto Apendicular
Elaborado por: Lucas Rannier R. A. Carvalho Data da criação: 20/02/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da aprovação: 20/03/2023

Responsável pelo manual e pela atualização: Lucas Rannier R. A. Carvalho


Setor: Laboratório de Anatomia – COLAB II Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O estudo anatômico do aparelho locomotor é dividido em grupos constituintes para facilitar a


organização e sequência lógica do processo de ensino/aprendizagem, dessa forma é comum a
abordagem dos temas em secções como: osteologia (estudo dos ossos), artrologia (estudo das
articulações) e miologia (estudo dos músculos).
De modo mais específico ao objeto de estudo dessa aula, o esqueleto animal é dividido em axial
composto pelo crânio, vértebras, costelas e esterno. E esqueleto apendicular, composto pelos
ossos que compõem os membros torácicos e pélvicos. Nesta aula iremos realizar o estudo
macroscópico dos ossos que compõem o esqueleto apendicular animal, correlacionando a
estrutura com sua função e identificando as variações anatômicas existentes entre as espécies
domésticas (carnívoro, equino, suíno e ruminantes).

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos ósseos e estruturas que compõem


o tecido além das particularidades entre os animais domésticos;
o Compreender a linguagem descritiva e especializada dos livros de anatomia veterinária;

7
o Compreender a estrutura básica do aparelho locomotor (ossos, articulações e músculos) e suas
inter-relações, bem como os movimentos dos animais considerando a integração com o
sistema nervoso;
o Integrar conhecimentos fundamentais da morfologia que incluem anatomia, histologia e
técnicas de imagem para fomentar o aprendizado das disciplinas aplicadas.

3. FINALIDADES

Estudo prático dos ossos e peças anatômicas que compõem o esqueleto apendicular, membro
torácico e pélvico, dos animais domésticos. Fazendo a comparação entre as espécies e
identificação das estruturas ósseas fundamentais que compõem o esqueleto apendicular.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Quadro branco;
o Marcadores de quadro branco;
o EPIs;
o Material de consulta (livro e/ou apostila)
o Ossos do membro torácico dos bovinos e equinos (escápula, úmero, rádio/ulna, metacarpo,
carpo, falanges)
o Ossos do membro pélvico dos bovinos e equinos (osso coxal, fêmur, tíbia/fíbula, metatarso,
tarso, falanges)
o Maquete - Esqueleto completo cão e gato

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
o Revisar e conferir o uso correto dos EPIs;

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o Distribuir as peças anatômicas dos ossos entre as mesas de estudo;
o Dividir a turma em grupos de acordo com as mesas e ambientes de estudo;
o Identificar o osso e posicioná-lo de forma correta de acordo com a anatomia do animal em
estação;
o Iniciar o estudo comparativo pela identificação das estruturas e acidentes ósseos da face medial
e em seguida lateral do osso;
o Descrever os acidentes ósseos e estruturas associadas, fazendo a simulação das articulações
ósseas e papel desse osso no movimento do membro;
o Comparar as estruturas do osso estudado entre as espécies domésticas;
o Realizar essas etapas para cada osso que compõe o esqueleto apendicular.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas institucionais e do COLAB II;


o Fazer uso dos EPIs necessários;
o Estar em posse do material de consulta / estudo;
o Postura ética e adequado relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza e respeito.

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7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utilizaremos a metodologia de estudo em grupo com problematização. Onde os alunos terão


inicialmente uma exposição teórica das estruturas e acidentes ósseos de cada osso do esqueleto
apendicular. Em seguida, um momento para estudo e fixação do conhecimento individual junto
as peças anatômicas, onde o professor fará o auxílio secundário em caso de dúvidas. E um
terceiro momento de discussão integrada entre os grupos das particularidades ósseas e entre os
animais domésticos, assim como considerações clínicas e do diagnóstico por imagem.
o Após a exposição teórica do conteúdo os alunos devem dividir-se em grupos e realizar as
fixações do conteúdo com as peças anatômicas;
o Utilizar sempre os EPIs;
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas.

8. REFERÊNCIAS

DONE, S. H.; EVANS, S. A.; GOODY, P. C. Atlas Colorido de Anatomia Veterinária do Cão
e Gato. 2. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
DYCE, K. M.; SACK, W. O. Tratado de Anatomia Veterinária. 3. ed. Rio de Janeiro: Elsevier,
2004.
KONIG, H. E.; LIEBICH, H. Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido:
Aparelho Locomotor. Porto Alegre: Artmed, 2002.
ASHDOWN, R. R.; DONE, S. H. Atlas Colorido de Anatomia Veterinária: Os Ruminantes,
v. 1. Sao Paulo: Manole, 2011.
BUDRAS, K.; MCCARTHY, P. H.; HOROWITZ, A.; BERG, R. Anatomia do Cão: Texto e
Atlas, 5. ed. São Paulo: Manole, 2012. https://integrada.minhabiblioteca.com.br/
#/books/9788520447529/cfi/0 (e-book)

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João Pessoa, 20 de março de 2023

Medicina Veterinária – Laboratório de Anatomia Veterinária

ELABORADO POR:

Lucas Rannier R. A. Carvalho

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

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MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA DE EQUINOS


Título: Semiologia do Sistema Neurológico de Equinos
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Data da criação: 10/10/2022
Souza Salvador e João Pedro Borges Barbosa
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: João Pedro Borges Barbosa


Setor: Clínica de Grandes Animais Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

Enfermidades neurológicos são frequentes em bovinos, equinos, caprinos e ovinos. O


exame neurológico é um passo de fundamental importância para localização e diagnóstico de
inúmeras enfermidades do sistema nervoso. A identificação dos sinais/sintomas e sua
interpretação clínica para rápido diagnóstico devem fazer parte da formação do médico
veterinário (Feitosa, F. L. F., 2020).

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos sinais/sintomas (semiologia) e


procedimentos clínicos a partir da prática in vivo, em equino da faculdade, fazer associações
e raciocínios clínico-patológicos;
o Compreender a linguagem especializada de livros de clínica médica de grandes animais;
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a compreender os sintomas e sinais, e associá-los aos
conceitos da clínica médica;

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o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da clínica médica, na execução de
procedimentos clínicos.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos sintomas e interpretação, visando


a construção de um raciocínio clínico, onde os alunos possam aplicar esse conteúdo no
profissional ao relacionar com patologias, ao interpretar exames de imagem, elaborar e entender
descrição de laudos, bem como, as relações dos sintomas/sinais com procedimentos clínicos;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Animal – Equino;
o Cabresto;
o Tronco de contenção;
o Estetoscópio;
o Termômetro;
o Relógio;
o EPIs.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Conter o animal com uso de cabresto e encaminhá-lo até o tronco de contenção;


o Posicionar-se na lateral do animal, sapato fechado, estetoscópio, termômetro, relógio, bloco
de notas e caneta;
o Observar o animal como prática de Inspeção, etapa da marcha do exame clínico

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o Realizar o exame clínico geral – Avaliação dos parâmetros vitais (Frequência cardíaca,
Frequência respiratória, coloração de mucosas, tempo de preenchimento capilar, tugor de pele
e temperatura retal);
o Inspeção do animal em estação no tronco de contenção;
o Testes para avaliação dos 12 pares de nervos cranianos;
o Avaliação da marcha e testes para avaliação da medula;
o Testes dos nervos periféricos;
o Lavar as mãos após os testes/procedimentos realizados no animal;
o Realizar anotações relevantes da anamnese e as demais etapas da marcha do exame clínico.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda escola;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos sintomas/sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

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7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Na aula prática do sistema neurológico em grandes animais, utiliza-se a Metodologia da


problematização em grupos de até 5 alunos por animal. Nesta metodologia, elaboramos um
caso clínico com queixa principal para cada cavalo/paciente e os alunos divididos em grupos
examinam e elaboram raciocínio crítico e clínico sobre o caso.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
cavalo/paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após a aula;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

8. REFERÊNCIAS

David R. Hodgson, Catherine McGowan and Kenneth McKeever. The athletic horse –
Principles and practice of equine sports medicine. Ed 2ª. 2014.
FEITOSA, F.L.F. Semiologia: A arte do Diagnóstico. 4ª ed. São Paulo: Roca, 2020
SMITH, B.P. Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. São Paulo: Manole, 2006.
THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos. 4. ed. São Paulo, SP: Varela, 2006.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022.

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Equinos - Semiologia do Sistema Neurológico


de Equinos

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ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

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MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA E TERAPEUTICA DE GRANDES ANIMAIS


Título: Sistema Locomotor de Equinos
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da aprovação:
10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: João Pedro Borges Barbosa


Setor: Clínica de grandes animais Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
Dentre os sistemas e aparelhos que formam a estrutura corpórea dos equinos, sem dúvida nenhuma
o aparelho locomotor é um dos que se revestem de grande importância por constituir
o sistema de sustentação e da dinâmica locomotora (THOMASIAN, 2006). Para que possamos
compreender e melhor avaliarmos as alterações patológicas dos membros dos equinos, bem como
de suas inter-relações com as qualidades e características do aparelho de sustentação locomoção
de extrema valia um conhecimento anatômico básico para a abordagem das enfermidades.

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos sinais/sintomas (semiologia) e


procedimentos clínicos a partir da prática in vivo, em equino da faculdade, fazer associações
e raciocínios clínico-patológicos;
o Compreender a linguagem especializada de livros de clínica médica de grandes animais;
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a compreender os sintomas e sinais, e associá-los aos
conceitos da clínica médica;

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o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da clínica médica, na execução de
procedimentos clínicos.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos sintomas e interpretação, visando a


construção de um raciocínio clínico, onde os alunos possam aplicar esse conteúdo no profissional
ao relacionar com patologias, ao interpretar exames de imagem, elaborar e entender descrição de
laudos, bem como, as relações dos sintomas/sinais com procedimentos clínicos;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Animal – Equino;
o Cabresto;
o Tronco de contenção;
o Estetoscópio;
o Termômetro;
o Relógio;
o EPIs.
o Agulhas;
o Seringas;
o Lidocaína;
o Álcool;
o Algodão;
o Luvas de procedimento;

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5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Conter o animal com uso de cabresto e encaminhá-lo até o tronco de contenção;


o Posicionar-se na lateral do animal, devidamente paramentado com o macacão, sapato
+fechado, estetoscópio, termômetro, relógio, bloco de notas e caneta;
o Observar o animal, realizar o exame clínico geral e específico para sistema locomotor em
equinos.
o Inspeção – Observar do animal a distância, em seu ambiente (piquete ou cocheira), com foco
no comportamento, postura, locomoção, escore corporal, conformação e alterações na pele.
o Palpação
o Exame em movimento
o Flexão dos membros
o Bloqueios perineurais

FIGURA 1. Bloqueio do nervo digital palmar - Fonte: SHUMACHER. J., SHUMACHER,


J., MOYER, W. Ed. 1ª. Veterinary Larning Systems, 2007.

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FIGURA 2. Bloqueio do nervo abaxial – Fonte: SHUMACHER. J., SHUMACHER, J.,
MOYER, W. Ed. 1ª. Veterinary Larning Systems, 2007.

FIGURA 3. Bloqueio dos 4 pontos baixos. Fonte: SHUMACHER. J., SHUMACHER, J.,
MOYER, W. Ed. 1ª. Veterinary Larning Systems, 2007.

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FIGURA 4. Bloqueio dos 4 pontos altos - Fonte: SHUMACHER. J., SHUMACHER, J.,
MOYER, W. Ed. 1ª. Veterinary Larning Systems, 2007.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda escola;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos sintomas/sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

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o Utiliza-se a Metodologia da problematização em grupos de até 5 alunos por animal. Nesta
metodologia, elaboramos um caso clínico com queixa principal para cada cavalo/paciente e os
alunos divididos em grupos examinam e elaboram raciocínio crítico e clínico sobre o caso.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
cavalo/paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

8. REFERÊNCIAS

FEITOSA, F.L.F. Semiologia: A arte do Diagnóstico. 4ª ed. São Paulo: Roca, 2020.
SHUMACHER. J., SHUMACHER, J., MOYER, W. Ed. 1ª. Veterinary Larning Systems, 2007.
SMITH, B.P. Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. São Paulo: Manole, 2006.
THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos. 4. ed. São Paulo, SP: Varela, 2006.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Equinos - Sistema Locomotor de Equinos

ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza

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VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

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MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA E TERAPEUTICA DE GRANDES ANIMAIS


Título: Semiologia do Sistema Respiratório de Equinos
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: João Pedro Borges Barbosa


Setor: Clínica de grandes animais Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O Sistema respiratório dos equinos tem a função básica de viabilizar oxigênio para todos os
tecidos, além do controle acidobásico, temperatura, reserva sanguínea e participação na resposta
imunológica (THOMASIAN, 2006). As afecções que comprometem o Sistema Respiratório são
comuns em todas as espécies domésticas. Logo, compreender a função deste órgão, e os métodos
semiológicos para realização do exame físico são de fundamental importância para obtenção de
um diagnóstico preciso e por consequência um tratamento eficaz (FEITOSA, F.L.F., 2020).

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos sinais/sintomas (semiologia) e


procedimentos clínicos a partir da prática in vivo, em equino da faculdade, fazer associações
e raciocínios clínico-patológicos;
o Compreender a linguagem especializada de livros de clínica médica de grandes animais;
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a compreender os sintomas e sinais, e associá-los aos
conceitos da clínica médica;

24
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da clínica médica, na execução de
procedimentos clínicos.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos sintomas e interpretação, visando


a construção de um raciocínio clínico, onde os alunos possam aplicar esse conteúdo no
profissional ao relacionar com patologias, ao interpretar exames de imagem, elaborar e entender
descrição de laudos, bem como, as relações dos sintomas/sinais com procedimentos clínicos;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Animal – Equino;
o Cabresto;
o Tronco de contenção;
o Estetoscópio;
o Termômetro;
o Relógio;
o EPIs.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Conter o animal com uso de cabresto e encaminhá-lo até o tronco de contenção;


o Posicionar-se na lateral do animal para realização do exame clínico;
o Observar o animal, realizar o exame clínico geral e específico para sistema respiratório em
equinos.
o Percussão dos campos pulmonares

25
Fonte: Feitosa, F. L. F, 2020.

o Auscultar os dos campos pulmonares.


o Limites: espaços intercostais

o 17º - Tuberosidade Coxal


o 15º - Tuberosidade isquiática
o 11º - Art escápulo-umeral
o 5º - Olécrano

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda escola;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos sintomas/sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;

26
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Na aula prática do sistema respiratório de equinos, utiliza-se a Metodologia da


problematização em grupos de até 5 alunos por animal. Nesta metodologia, elaboramos um
caso clínico com queixa principal para cada cavalo/paciente e os alunos divididos em grupos
examinam e elaboram raciocínio crítico e clínico sobre o caso.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
cavalo/paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

8. REFERÊNCIAS

David R. Hodgson, Catherine McGowan and Kenneth McKeever. The athletic horse –
Principles and practice of equine sports medicine. Ed 2ª. 2014.
FEITOSA, F.L.F. Semiologia: A arte do Diagnóstico. 4ª ed. São Paulo: Roca, 2020.
SMITH, B.P. Tratado de Medicina Interna de Grandes Animais. São Paulo: Manole, 2006.
THOMASSIAN, Armen. Enfermidades dos cavalos. 4. Ed. São Paulo, SP: Varela, 2005.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Equinos - Semiologia do Sistema Respiratório


de Equinos

27
ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

28
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA DE EQUINOS


Título: Semiologia do Sistema Digestório de Equinos
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: João Pedro Borges Barbosa


Setor: Clínica de equinos Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O Sistema digestório é composto por um complexo sistema estrutural cuja função básica é
a de viabilizar os alimentos para utilização do organismo animal como fonte proteica, energética,
vitamínica e mineral. O conhecimento das enfermidades que acometem o sistema digestório em
equinos, com alta morbidade nesta espécie, são imprescindíveis na formação acadêmica
veterinária. A identificação dos sinais/sintomas e sua interpretação clínica para rápido diagnóstico
devem fazer parte dessa formação (THOMASIAN, 2006).

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos sinais/sintomas (semiologia) e


procedimentos clínicos a partir da prática in vivo, em equino da faculdade, fazer associações e
raciocínios clínico-patológicos;
o Compreender a linguagem especializada de livros de clínica médica de grandes animais;
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a compreender os sintomas e sinais, e associá-los aos
conceitos da clínica médica;

29
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da clínica médica, na execução de
procedimentos clínicos.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos sintomas e interpretação, visando a


construção de um raciocínio clínico, onde os alunos possam aplicar esse conteúdo no profissional
ao relacionar com patologias, ao interpretar exames de imagem, elaborar e entender descrição de
laudos, bem como, as relações dos sintomas/sinais com procedimentos clínicos;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Animal – Equino;
o Cabresto;
o Tronco de contenção;
o Estetoscópio;
o Termômetro;
o Relógio;
o EPIs.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Conter o animal com uso de cabresto e encaminhá-lo até o tronco de contenção;


o Posicionar-se na lateral do animal para realizar o exame clínico;
o Observar o animal, realizar o exame específico para sistema digestório em equinos.

30
o Auscultação dos 4 quadrantes abdominais.

o Intestino Equino – Antímero/Quadrante esquerdo.

Fonte: BLIKSLAGER, A; WHITE, N. A; MOORE, J; MAIR, T., 2017.

1. Quadrante superior esquerdo – Intestino delgado e Colon Menor


2. Quadrante inferior esquerdo – Colon ventral e dorsal esquerdo (Flexura pélvica)

o Intestino de equino Antímero/Quadrante direito.

Fonte: BLIKSLAGER, A; WHITE, N. A; MOORE, J; MAIR, T., 2017.

1. Quadrante superior direito – Ceco (válvula íleocecal e cecocólica)


2. Quadrante superior esquerdo – Cólon ventral direito

31
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda escola;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos sintomas/sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Na aula prática do sistema digestório de equinos, utiliza-se a Metodologia da problematização


em grupos de até 5 alunos por animal. Nesta metodologia, elaboramos um caso clínico com
queixa principal para cada cavalo/paciente e os alunos divididos em grupos examinam e
elaboram raciocínio crítico e clínico sobre o caso.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
cavalo/paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

8. REFERÊNCIAS

BLIKSLAGER, A; WHITE, N. A; MOORE, J; MAIR, T. The Equine Acute Abdomen. 1ª ed.


2017 John Wiley & Sons, Inc.
FEITOSA, F.L.F. Semiologia: A arte do Diagnóstico. 4ª ed. São Paulo: Roca, 2020.

32
FAIRFIELD T. BAIN, TWENTY-FOUR: Ultrasonography of the Gastrointestinal Tract.
College of Veterinary Medicine, Washington State University, Pullman, WA, USA, 2017.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Equinos - Semiologia do Sistema Digestório


de Equinos

ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

33
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA


Título: Clínica Cirúrgica Veterinária - Preparação Cirúrgica para Ovariohisterectomia
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: Islaine de Souza Salvador e João Pedro Borges
Barbosa
Setor: Clínica Médica Veterinária Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
A cirurgia é uma combinação da ciência e da arte. Um bom cirurgião deve ter uma base firme e um
conhecimento funcional de anatomia, fisiologia, patologia e propedêutica médica. Devemos
apresentar as técnicas cirúrgicas fundamentais de uma forma coesa e didática (KNECHT, 2000).
A equipe de médicos veterinários é responsável pela montagem da sala cirúrgica, para que o
procedimento cirúrgico possa ocorrer com segurança e tranquilidade, priorizando a saúde do
paciente. É preciso prever os materiais, instrumentais e equipamentos indispensáveis para a
realização do procedimento cirúrgico-anestésico e prover a sala cirúrgica de todos esses itens
necessários.

2. OBJETIVOS

o Conhecer os processos patológicos passíveis de manobras cirúrgicas dos tecidos e órgãos


específicos, bem como todo o processo que envolve as lesões orgânicas.
o Tornar o aluno apto a reconhecer e manusear corretamente os instrumentais a ser utilizado.
o Ministrar aspectos teóricos e demonstrar procedimento técnico do médico veterinário;

34
o Ministrar aspectos teóricos e demonstrar procedimento da técnica cirúrgica da
Ovariohisterectomia (OH);
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcione ao discente
segurança na sua execução.

3. FINALIDADES
o Desenvolver no aluno a capacidade para que seja apto a realizar, manobra cirúrgica mais
adequada, prevenindo a infecção cirúrgica.
o Realizar uma Ovariohisterectomia (OH) – cirurgia de castração em fêmeas.
o Proporcionar o conhecimento da técnica cirúrgica, garantindo agilidade no procedimento,
segurança para os profissionais e pacientes, bem como afastar qualquer possibilidade de erro
da técnica.
o Padronizar a execução do procedimento da técnica cirúrgica da Ovariohisterectomia, dando
respaldo e apoio para que o discente possa desenvolver o procedimento com confiança.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs.
o Luvas cirúrgicas
o Escova de degermação
o Clorexidine degermante
o Avental Cirúrgico estéril
o Instrumental cirúrgico
o Campos operatórios;
o Gazes;
o Cubas (redonda);
o Compressas cirúrgicas;
o Lâmina de bisturi
o Caneta de bisturi;
o Panos de campo

35
o Fios para suturas inabsorvíveis (Poliglactina 910 nº 2-0)
o Fios para sutura absorvíveis (Nylon nº 2-0)
o Anestésicos dissociativos
o Anestésicos inalatórios

36
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

AO ENTRAR NA SALA:
o Realizar limpeza das bancadas e foco cirúrgico.

CHECAR:
o Carro de medicação (quanto às medicações, equipos, seringas, soros, scalps, jalecos, sondas,
etc.);
o Carro de anestesia (traquéias, monitores, observar se as tubulações de gazes estão conectadas
e funcionando);
o Testar foco e bisturi elétrico;
o Ir para o arsenal e recolher todo material necessário para o procedimento cirúrgico observando
se estão no prazo de validade.

NA SALA (CHEK LIST: SOUZA et al 2007):


o Ler com atenção a marcação de cirurgia, observando a solicitação de materiais, medicamentos,
equipamentos e outros itens essenciais ao ato cirúrgico;
o Verificar a limpeza dos pisos e paredes;
o Prover a sala dos equipamentos solicitados;
o Efetuar a limpeza e a desinfecção dos equipamentos e mobiliário necessários ao ato cirúrgico,
conforme rotina estabelecida;
o Testar o funcionamento de todos os equipamentos elétricos, assim como dos pontos de gás e
dos aspiradores;
o Verificar se o lavabo está em ordem e lavar as mãos;
o Equipar a sala com todo o material necessário para o procedimento cirúrgico (material estéril,
de pronto uso e não-estéril);
o Providenciar as medicações necessárias para o procedimento anestésico-cirúrgico, assim
como o material para a anestesia;
o Verificar se os impressos a serem utilizados no decorrer da cirurgia estão em ordem e são
suficientes;

37
o Colocar o pacote de campos e aventais, as luvas e as caixas de instrumentais necessárias ao
ato cirúrgico em local adequado;
o Conferir os envelopes de fios de sutura necessários ao ato cirúrgico.

EM RELAÇÃO A TÉCNICA CIRÚRGICA:


o Ter domínio da técnica a ser utilizada e já trabalhada em sala de aula.

ADICIONAR:
o Luvas na mesa dos capotes;
o Luvas na bandeja de raqui e PVPI na cuba redonda da bandeja, seringas e agulhas;
o Na mesa semicircular: compressas, cuba rim, látex, lâmina de bisturi, gazes;
o Cobrir todas as mesas com um campo simples;
o Acomodar as calhas cirúrgicas sobre as mesas;
o Cobrir as calhas cirúrgicas com um campo simples;
Atentar para abrir todos os pacotes na técnica correta e não contaminar os demais materiais.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Cerificar-se da avaliação do paciente;


o Avaliar os exames pré-cirúrgicos;
o Separar o material necessário para o procedimento necessário conforme descrito;
o Realizar o procedimento conforme descrito.
o Respeitar as normas dentro do centro cirúrgico;
o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Preparar uma paramentação e uma mesa cirúrgica correta de acordo com os tempos
cirúrgicos;
o Está ciente da técnica cirúrgica de Ovariohisterectomia a ser utilizada em gatas e cadelas;
o Realizar uma boa sutura com técnica adequada;
o Medicação pós cirúrgica

38
o Confecção da receita com medicamentos e indicações pós cirúrgicas;
o Prezar por manter sempre estéril.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. REFERÊNCIAS

FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 1.ed. São Paulo: Roca, 2002


FULLER, J. R. Tecnologia Cirúrgica: Princípios e Prática. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000
KNECHT, Charles D. Técnicas Fundamentais em Cirurgia Veterinária. Roca, 2 ed. 2000.
324p
SOUZA, R. de et al. Manual de normas e rotinas centro cirúrgico central de material de
esterilização. Centro Universitário de Lavras – UNILAVRAS-MG, 2007. Disponível em:
http://www.unilavras.com.br.htlm. Acesso em 20/mar/2016.
TOLOSA, E. M. C, PEREIRA, P. R. B., MARGARIDO, N. F. Metodização Cirúrgica:
Conhecimento e Arte. São Paulo: Atheneu, 2005.
TUDURY, E. A., POTIER, G. M. A. Tratado de Técnica Cirúrgica. São Paulo: MedVet, 2009,
p 68-91.
GOMES, R. M. PERES, C. A. Instrumentação cirúrgica. São Paulo: dispersão cultural do
livro, 2012

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Cirúrgica Veterinária – Preparação Cirúrgica para


Ovariohisterectomia

ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza
39
VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

40
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA CIRÚRGICA VETERINÁRIA


Título: Clínica Cirúrgica Veterinária - Preparação Cirúrgica para Orquiectomia
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: Islaine de Souza Salvador e João Pedro Borges
Barbosa
Setor: Clínica Médica Veterinária Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

A cirurgia é uma combinação da ciência e da arte. Um bom cirurgião deve ter uma base firme e
um conhecimento funcional de anatomia, fisiologia, patologia e propedêutica médica. Devemos
apresentar as técnicas cirúrgicas fundamentais de uma forma coesa e didática (KNECHT, 2000).
A equipe de médicos veterinários é responsável pela montagem da sala cirúrgica, para que o
procedimento cirúrgico possa ocorrer com segurança e tranquilidade, priorizando a saúde do
paciente. É preciso prever os materiais, instrumentais e equipamentos indispensáveis para a
realização do procedimento cirúrgico-anestésico e prover a sala cirúrgica de todos esses itens
necessários.

2. OBJETIVOS

o Conhecer os processos patológicos passíveis de manobras cirúrgicas dos tecidos e órgãos


específicos, bem como todo o processo que envolve as lesões orgânicas.
o Tornar o aluno apto a reconhecer e manusear corretamente os instrumentais a ser utilizado.

41
o Ministrar aspectos teóricos e demonstrar procedimento técnico do médico veterinário;
o Ministrar aspectos teóricos e demonstrar procedimento da técnica cirúrgica da orquiectomia;

o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcione ao


discente segurança na sua execução.

3. FINALIDADES
o Desenvolver no aluno a capacidade para que seja apto a realizar, manobra cirúrgica mais
adequada, prevenindo a infecção cirúrgica.
o Realizar uma Orquiectomia – cirurgia de castração em animais machos.
o Proporcionar o conhecimento da técnica cirúrgica, garantindo agilidade no procedimento,
segurança para os profissionais e pacientes, bem como afastar qualquer possibilidade de erro
da técnica.
o Padronizar a execução do procedimento da técnica cirúrgica da orquiectomia, dando respaldo
e apoio para que o discente possa desenvolver o procedimento com confiança.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs.
o Luvas cirúrgicas
o Escova de degermação
o Clorexidine degermante
o Avental Cirúrgico estéril
o Instrumental cirúrgico
o Campos operatórios;
o Gazes;
o Cubas (redonda);
o Compressas cirúrgicas;
o Lâmina de bisturi

42
o Caneta de bisturi;
o Panos de campo
o Fios para suturas inabsorvíveis (Poliglactina 910 nº 2-0)
o Fios para sutura absorvíveis (Nylon nº 2-0)
o Anestésicos dissociativos
o Anestésicos inalatórios

43
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

AO ENTRAR NA SALA:
Realizar a paramentação cirúrgica.

CHECAR:

A realização dos cuidados pré-cirúrgicos;


A realização da anestesia, segundo o protocolo idealizado;
O paciente é posicionado em decúbito dorsal;
Conferir junto ao instrumentador se o material cirúrgico está completo (GOMES, 2012);
Será realizada a assepsia;
Posicionado o campo operatório;
Deve-se evitar colocar pinças Backaus presas ao campo cirúrgico, sobre a bolsa escrotal;

NA TÉCNICA CIRÚRGICA DA ORQUIECTOMIA (OLIVEIRA, 2018 e TUDURY, 2009).

O testículo é impulsionado para frente até que ele apareça sob a pele cranial à bolsa testicular
incisada então na linha média sobre o testículo ficará bem mais evidente;
A tração é mantida enquanto a incisão é dirigida ventralmente através da túnica vaginal e da
túnica albugínea para o parênquima testicular;
O testículo é impulsionado para cima enquanto o pólo cranial é erguido da incisão;
O ligamento escrotal precisa ser incisado antes do testículo ser removido;
Uma vez seccionado o ligamento escrotal, o testículo deve ser elevado acima da incisão;
Perfura-se o fino ligamento entre plexo pampiniforme e ducto deferente com (pinça
hemostática). Plexo pampiniforme e ducto deferente são triplamente ligados com fio de sutura
sintético tipo absorvível 2-0 (Categut ou Poliglactina 910);
A incisão/secção dá-se entre a primeira e a segunda ligadura. Segue-se remoção dos testículos;
A túnica vaginal é reconduzida à bolsa escrotal, e será suturada com fio de sutura absorvível 2-0
ou 3-0;
Após a diérese do testículo e epidídimo;

44
Verificar se há hemorragia nos locais de sutura e diérese;
Repetir a técnica novamente no outro testículo, sabendo-se que será realizada uma incisão em
cada testículo, para assim retirar os dois testículos.

ADICIONAR:

Avisar ao anestesista do término da cirurgia;


Retirada dos panos de campo;
Conferir se há algum sangramento;
Indicar a realização da receita;
Dá alta ao paciente, após o retorno da anestesia.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Cerificar-se da avaliação do paciente;


o Avaliar os exames pré-cirúrgicos;
o Separar o material necessário para o procedimento necessário conforme descrito;
o Realizar o procedimento conforme descrito.
o Respeitar as normas dentro do centro cirúrgico;
o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Preparar uma paramentação e uma mesa cirúrgica correta de acordo com os tempos
cirúrgicos;
o Está ciente da técnica cirúrgica de Orquiectomia em animais machos;
o Realizar uma boa sutura com técnica adequada;
o Medicação pós cirúrgica
o Confecção da receita com medicamentos e indicações pós cirúrgicas;
o Prezar por manter sempre estéril.

45
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o As atividades práticas são estruturadas no sentido de funcionar em grupo, conscientizando o


aluno para um trabalho em equipe. Os alunos, divididos em grupos de 4 integrantes, formarão
uma equipe cirúrgica.
o Preparar em equipe a mesa cirúrgica
o Realização de preparação do paciente em equipe
o Realizar a Técnica Cirúrgica estudada em sala de aula;
o Proibido o uso de celular;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Usar a máscara cirúrgica cobrindo a boca, nariz e pelos da face, sempre que entrar na sala
operatória quando a cirurgia estiver por começar, em andamento ou se houver material
cirúrgico exposto. Seu uso refere-se à prevenção de contato da mucosa dos integrantes da
equipe cirúrgica com fluídos e sangue do paciente, bem como à redução significativa de
microrganismos eliminados no ambiente durante a fala, devendo ser trocada a cada quatro
horas ou sempre que se apresentar úmida ou suja;
o A máscara cirúrgica não deve ser reaproveitada em outras cirurgias, mesmo que ainda
aparentemente esteja em boas condições de uso;
o Os óculos cirúrgicos são recomendados para todos os profissionais envolvidos no ato
operatório, em todos os tipos de procedimentos, devido ao risco de contato com partículas de
sangue e fluídos corpóreos;
o Utilizar vestimentas impermeáveis por baixo do capote cirúrgico, caso haja risco de molhar
ou contaminar a mesma;
o Trocar as vestimentas que apresentarem-se visivelmente sujas, contaminadas ou rasgadas.

8. REFERÊNCIAS

46
FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 1.ed. São Paulo: Roca, 2002
FULLER, J. R. Tecnologia Cirúrgica: Princípios e Prática. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000
KNECHT, Charles D. Técnicas Fundamentais em Cirurgia Veterinária. Roca, 2 ed. 2000.
324p
SOUZA, R. de et al. Manual de normas e rotinas centro cirúrgico central de material de
esterilização. Centro Universitário de Lavras – UNILAVRAS-MG, 2007. Disponível em:
http://www.unilavras.com.br.htlm. Acesso em 20/mar/2016.
TOLOSA, E. M. C, PEREIRA, P. R. B., MARGARIDO, N. F. Metodização Cirúrgica:
Conhecimento e Arte. São Paulo: Atheneu, 2005.
TUDURY, E. A., POTIER, G. M. A. Tratado de Técnica Cirúrgica. São Paulo: MedVet, 2009,
p 68-91.
GOMES, R. M. PERES, C. A. Instrumentação cirúrgica. São Paulo: dispersão cultural do livro,
2012.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Cirúrgica Veterinária – Preparação Cirúrgica para


Ovariohisterectomia

ELABORADO POR:
João Pedro Borges Barbosa
Islaine de Souza Salvador
Maísa Alves Batista de Souza

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

47
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA E TERAPEUTICA DE GRANDES ANIMAIS


Título: Técnica Cirúrgica Veterinária
Elaborado por: Maísa Alves Batista de Souza, Islaine de Souza Data da criação:
Salvador e João Pedro Borges Barbosa 10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022
Responsável pelo manual e pela atualização: Maísa Alves Batista de Souza
Setor: Técnica cirúrgica e anestesiologia veterinária Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

Na técnica cirúrgica precisamos ter conhecimento do centro e equipamentos cirúrgicos, paciente


e equipe cirúrgica, instrumentos e instrumentação cirúrgica, como também os princípios da
assepsia cirúrgica, como: prevenção da infecção cirúrgica: Antissepsia, desinfecção e
esterilização. Para que mais a frente possamos ser aptos a entrar no procedimento cirúrgico.

2. OBJETIVOS

o Tornar o aluno apto a reconhecer e manusear corretamente os instrumentais a ser utilizado.


o Utilizar a técnica ideal no momento de paramentação e auxílio de cirurgia.
o Capacidade de poder suturar e escolher o melhor plano de sutura para diferentes situações.
o Dominar a técnica de tornar e manter o sítio cirúrgico estéril, trabalhando sem contaminações.
o Proporcionar ao aluno a ser apto a realizar, nas diferentes espécies domésticas, diversos
procedimentos cirúrgicos.

3. FINALIDADES

48
Desenvolver no aluno a capacidade para que seja apto a realizar, manobra cirúrgica mais
adequada, prevenindo a infecção cirúrgica, executando corretamente as manobras cirúrgicas,
reconhecendo e manuseando corretamente o instrumental a ser utilizado, assim como conhecendo
as formas de esterilização e condicionamento deles. Aplicando Indicando acertadamente os
cuidados pré e pós-operatórios gerais e específicos relativos a cada procedimento.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs.
o Luvas cirúrgicas
o Escova de degermação
o Clorexidine degermante
o Avental Cirúrgico estéril
o Caixa completa de instrumental cirúrgico
o Pele Sintética para sutura
o Instrumental de sutura
o Fio de Nylon

5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas dentro do centro cirúrgico;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Preparar uma paramentação e uma mesa cirúrgica correta de acordo com os tempos cirúrgicos;
o Realizar uma boa sutura com técnica adequada;
o Prezar por manter sempre estéril.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

49
6. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Iniciar com pijama cirúrgico completo e EPIs;


o Posicionar-se na área de paramentação, começando a realizar a lavagem da mão de forma
asséptica sem realizar o toque em mais nada após o início da lavagem;
o Seguir para etapa de paramentação com a presença de um auxiliar para ajudar na abertura do
avental e da luva estéril;
o Colocação do avental estéril e em seguida da luva estéril;
o Permanecer totalmente estéril, para preparação da mesa cirúrgica;
o Antissepsia do paciente
o Colocação do campo cirúrgico no paciente
o Iniciar a sutura
o Finalizar com a desparamentarão sem se auto contaminar.

FIGURA 1. Lavagem e degermação das mãos com clorexidine degermante:


Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2022

50
FIGURA 2. Secagem das mãos, colocação do avental e das luvas estéreis.
Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2022

FIGURA 3. Preparação da mesa cirúrgica nso tempos cirurgico correto.


Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2022.

51
FIGURA 4. Antissepsia e colocação do campo no paciente
Fonte: ARQUIVO PESSOAL, 2022

FIGURA 5. Técnicas de sutura em língua de boi.


Fonte: ARQUIVO PESSOA, 2022

52
7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o As atividades práticas são estruturadas no sentido de funcionar em grupo, conscientizando o


aluno para um trabalho em equipe. Os alunos, divididos em grupos de 4 integrantes, formarão
uma equipe cirúrgica.
o Iniciar da vestimenta completa ideal para o centro cirúrgico
o Trabalhar lavagem das mãos, vestimenta do avental cirúrgico, colocação da luva estéril.
o Preparar em equipe a mesa cirúrgica
o Realização de preparação do paciente em dupla
o A Sutura será sorteado, um pano de sutura e será realizado de forma individual.
o Proibido o uso de celular;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;

8. REFERÊNCIAS

FOSSUM, T. W. Cirurgia de Pequenos Animais. 1.ed. São Paulo: Roca, 2002


FULLER, J. R. Tecnologia Cirúrgica: Princípios e Prática. 3.ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2000
HERING F. L. O. Bases técnicas e teóricas de fios de suturas, Ed. Roca, São Paulo, 1993.
BOJRAB, M. J. Técnicas atuais em cirurgia de pequenos animais. São Paulo, Roca, 1996.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Técnica Cirúrgica Veterinária – Preparação Cirúrgica

ELABORADO POR:

João Pedro Borges Barbosa


Islaine de Souza Salvador

53
Maísa Alves Batista de Souza

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina Veterinária

54
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

PATOLOGIA GERAL VETERINÁRIA


Título: Necropsia de cão e gato
Elaborado por: Marianne Rachel D. D. Martins Data da criação:
20/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 20/11/2022
Responsável pelo manual e pela atualização: Marianne Rachel D. D. Martins
Setor: Laboratório de Necropsia Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
Por definição, necropsia (do grego nekros = cadáver; opsis = vista) significa a abertura e a inspeção
detalhada e metódica das cavidades e órgãos do animal morto com o objetivo de determinar a
respectiva causa mortis. A morte se caracteriza por fenômenos orgânicos que se exteriorizam
rapidamente. A cessação dos movimentos respiratórios, a parada do coração, a perda da
consciência e da mobilidade voluntária, bem como o desaparecimento da reação reflexa de
estímulos, são sinais imediatos da morte.

2. OBJETIVOS
o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação dos achados patológicos a partir da
prática necroscópica;
o Realizar associações e raciocínios clínico-patológicos;
o Compreender a linguagem especializada de livros de clínica médica, cirúrgica e patológica;
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a compreender as alterações, e associá-los aos
conceitos;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da patologia animal.

55
3. FINALIDADES
Revela e/ou confirma diagnóstico das doenças, erros de interpretação dos sinais e da
terapêutica. A necropsia é um subsídio para conhecer a patogenia dos processos mórbidos. É a
arte de fazer com que o cadáver revele o curso dos padecimentos que o levaram a morte.
“Conjunto de procedimentos, organizado e hierarquizado, utilizado para examinar um cadáver
na busca de informações que esclareçam as alterações que o levaram a morte.” (Fischer e Brito,
1980)

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Animal – cão/gato;
o Faca magarefe;
o Faca de órgãos;
o Costótomo;
o Tesoura reta romba-romba;
o Tesoura curva romba-romba;
o Enterótomo;
o Pinça anatômica;
o Serra;
o Tábua;
o Frasco com água;
o Frasco com formol a 10%;
o Régua;
o Esponja;
o Barbante

56
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
5.1 Exame externo
o Observar e detectar alterações quanto ao estado geral do animal, incluindo estado nutricional,
presença de ectoparasitas, escaras, cicatrizes, presença de neoplasia, alterações cadavéricas,
exame da cavidade oral e mucosas
o Identificação: espécie, sexo, idade, raça, peso, estado nutricional, rigidez, alterações
cadavéricas
o Pelagem: cor, aspecto
o Pele: coloração, elasticidade, corpo estranho, umidade, lesões, parasitas
o Cavidades naturais: olhos, narinas, boca, ouvidos, ânus e genitais
Observação: somente realizar o exame necroscópico após a autorização do proprietário ou
responsável e mediante a apresentação da ficha clínica ou prontuário do animal.

5.2 Posicionamento
o O animal deve ser, quando possível, fixado â mesa com barbantes posicionados acima das
articulações do carpo e tarso, com o cadáver em decúbito dorsal (vista ventral – figura 1)
o Posicionar-se na lateral do animal, com a cabeça do animal voltada para o lado esquerdo,
devidamente paramentado com o macacão ou calça mais jaleco, botas de borracha

5.3 Exame interno


5.3.1 Abertura do cadáver
o Instrumentos: faca magarefe
o Molhar o cadáver com auxílio da esponja (se necessário) e realizar incisão mentopubiana
superficial (figura 2). Nas fêmeas, contornar a vulva e, nos machos, contornar e rebater o
pênis junto à porção caudal do animal
o Realizar pequena incisão abdominal junto a cartilagem xifoide, introduzir os dedos médio e
indicador no abdômen e seguir incisão muscular pela linha alba até o púbis (figura 3)
o Desarticular os membros pélvicos na articulação coxofemoral e rebater os membros
torácicos lateralmente de maneira que ocorra a exposição completa da pelve e tórax (figura
4)
o Seguir dissecando a pele e subcutâneo das regiões submandibular e cervical

57
o Com os costótomo, realizar a desarticulação costocondral em todos os pontos de fixação
das costelas (figura 5). Com o mesmo instrumento, cortar os ramos cranial e caudal do
púbis – forame obturador (figura 6). Neste momento, é possível visualizar os órgãos nas
cavidades torácica, abdominal e pélvica;
o Com a faca magarefe realizar duas incisões junto aos ramos laterais da mandíbula,
seccionando a musculatura local. Com o dedo indicador inverter, retirar a língua e seguir
com uma incisão em “V” invertido junto a inserção dos palatos (Figura 7). Desarticular o
hióide em qualquer um de seus ramos, isolando-o lateralmente;
o Em sequência, soltar a traqueia e o esôfago entre as fáscias musculares cervicais até a
entrada da cavidade torácica. Puxar o monobloco para que este descole em toda a extensão
torácica até o diafragma;
o Seccionar o diafragma na porção semicircular dorsal, realizar pequena incisão no rim
direito e continuar seccionando o conjunto abdominal paralelamente à coluna vertebral até a
cavidade pélvica;
o Contornar a cavidade pélvica juntamente com a genitália externa e ânus de forma que o
monobloco seja liberado inteiramente do cadáver;
o Realizar exame dos músculos, ossos, articulações e cabeça, desarticulando-a junto a
articulação atlanto-occipital e, em seguida, descartar o cadáver
o Manter a mesa e os instrumentos sempre limpos, colocar o monobloco em posição
ventrodorsal (animal em posição de estação) e iniciar a separação dos conjuntos.

5.3.2 Separação do monobloco em conjuntos


o Instrumentos: faca de órgãos, tesouras e pinças
1) Aorta
2) Língua, orofaringe, traqueia e esôfago
3) Separar o esôfago, passando-o para a cavidade abdominal através do hilo diafragmático
4) Traqueia, pulmão e coração (remover o conjunto torácico cortando a veia cava e os
ligamentos que unem pulmão/diafragma)
5) Baço e omento (retirar o baço e omento junto a curvatura maior do estômago, contornando
o pâncreas)
6) Intestinos (realizar dupla ligadura com barbante no duodeno e no reto)

58
7) Geniturinário (localizar as adrenais e seccionar os tecidos acima delas, separando o conjunto
geniturinário do fígado, estômago, pâncreas e diafragma, que devem permanecer juntos)

5.3.3. Exame dos órgãos


1) Cabeça:
o Realizar incisão sagital da pele desde a região supra-orbitária até o occipital. Seccionar e
retirar toda a musculatura craniana, expondo a superfície óssea da calota craniada.
o Posicionar a serra transversalmente, dois dedos acima das órbitas oculares, e serrar em
sentido látero-lateral (figura 8, linha A)
o Realizar mais duas linhas de corte laterais (figura 8, linha B e C), sempre seguindo a face
interna dos occipitais, fazendo com que elas encontrem o corte transversal
o Retirar a calota craniana e as meninges
o Com a tesoura curva, cortar os nervos cranianos na base do encéfalo e retirar o cérebro
inteiro da caixa craniana
2) Língua:
o Iniciar o exame com a incisão longitudinal da língua em toda a sua extensão
o Cortar e examinar a região da orofaringe
o Seccionar e examinar o terço proximal do esôfago e traqueia
3) Tórax:
o Traqueia
- Abrir toda a extensão na porção membranosa com o auxílio da tesoura
- Seguir a abertura até os principais ramos bronquiais de cada lobo pulmonar
o Pulmão
- Realizar cortes transversais em toda a extensão dos lobos pulmonares e examinar a
superfície de corte
o Coração
- Abertura do saco pericárdio e exposição do coração
- Iniciar a abertura com uma incisão que segue da base ao ápice do coração e examinar
câmaras, músculos e válvulas cardíacas (figura 9)

59
- Para uma avaliação cardíaca detalhada, o adequado é abrir o coração seguindo o caminho do
fluxo sanguíneo, iniciando pela abertura do átrio direito e seguindo com a abertura do
ventrículo direito, margeando a coronária direita junto ao septo ventricular até a abertura da
artéria pulmonar
- Realizar incisão no átrio esquerdo e seguir com a abertura do ventrículo esquerdo,
margeando a coronária esquerda junto ao septo ventricular até a abertura da aorta
4) Abdômen:
o Baço
- Separar o baço do omento e realizar incisão esplênica longitudinal completa, examinando a
superfície de corte
o Manobra de Virchow
- Deve ser realizada antes da separação do estômago e fígado
- Abrir a porção proximal do duodeno na região anti-mesentérica até o piloro, pressionar
levemente a vesícula biliar até o extravasamento de bile
- Separar fígado e diafragma do estômago e pâncreas
o Fígado
- Cortes transversais em toda a extensão hepática e exame da superfície de corte (figura 10)
- Abrir a vesícula biliar com auxílio de pinça e tesoura
- Examinar conteúdo e mucosa
o Estômago
- Seguir a abertura do piloro até a cárdia pela curvatura maior do estômago e examinar o
conteúdo e a mucosa estomacal (figura 11)
o Esôfago
- Abrir em todo o seu comprimento como uma extensão da abertura estomacal
o Pâncreas
- Realizar cortes transversais e examinar a superfície de corte
o Intestinos
- Posicionar em forma de zig-zag em três curvas de intestino delgado (duodeno, jejuno e íleo)
e, em seguida, intestino grosso
- Abrir o intestino junto a porção mesentérica em toda a sua extensão
- Examinar o conteúdo e as mucosas intestinais

60
5) Geniturinário:
o Rins
- Realizar um corte sagital em ambos os rins, retirando suas respectivas cápsulas com o
auxílio da pinça (figura 12)
- Examinar a superfície de corte
o Adrenais
- Corte longitudinal e exame da superfície de corte
o Bexiga
- Suspender a apoiar a bexiga com o auxílio da pinça
- Realizar abertura junto à cicatriz do úraco e seguir a abertura da uretra, vulva ou pênis
- Fêmeas: realizar abertura e exame da vagina, cérvix, cornos uterinos e ovários (figura 13-A)
- Machos: examinar testículos, epidídimo e próstata (figura 13-B)

Figura 1: Posicionamento do animal

Figura 2: Incisão mento-pubiana

61
Figura 3: Abertura abdominal

Figura 4: Desarticulação dos membros

Figura 5: Desarticulação costocondral

62
Figura 6: Desarticulação e retirada do púbis

Figura 7: Incisão em V invertido

Figura 8: Corte transversal e laterais para retirada da calota craniana e cérebro

Figura 9: Abertura e exame do coração

63
Figura 10: Exame do fígado

Figura 11: Abertura do estômago

Figura 12: Abertura e exame dos rins

Figura 13: Abertura e exame do útero e testículos

64
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas do Laboratório de Necropsia da Clínica-Escola de Medicina Veterinária


do UNIPÊ;
o Fazer uso dos EPIs necessários;
o Realizar anotações quanto aos achados observados;
o Prezar pelo respeito animal em todo o procedimento;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA


o Utiliza-se a Metodologia da problematização em grupos de até 5 alunos por animal. Nesta
metodologia, elaboramos um relatório com todos achados de cada animal e os alunos
divididos em grupos examinam e elaboram raciocínio crítico, clínico e patológico sobre o
caso;
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
animal;
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Proibido o uso de celular;
o Proibido fotos sem autorização;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor e/ou técnico do
laboratório;
o Manter o silêncio.

8. REFERÊNCIAS
Fonte Imagens: Popesko, P. Atlas de anatomia topográfica dos animais domésticos. Ed.
Manole. v. III

65
João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Laboratório de Necropsia

ELABORADO POR:

Marianne Rachel Domiciano Dantas Martins

VALIDADO POR:

Núcleo Docente estruturante do Curso de Medicina Veterinária

66
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

PARASITOLOGIA ANIMAL
Título: Ectoparasitas
Elaborado por: Iago Carvalho Barbosa Data da criação:
10/10/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022

Responsável pelo manual e pela atualização: Iago Carvalho Barbosa


Setor: Medicina Veterinária Preventiva Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

Doenças ectoparasitárias, como a pediculose, a escabiose, a tungíase e a larva migrans cutânea


(LMC), são muito comuns em comunidades carentes no Brasil. É frequente a presença de
infestação severa e consequentes complicações. Apesar disso, programas de controle para essas
doenças são quase inexistentes, e elas estão comumente sendo negligenciadas tanto pelos
profissionais e autoridades de saúde quanto pela população afetada (Heukelbach et al., 2003).
Com a finalidade de melhor entendimento a respeito dos ectoparasitas estudados em sala de aula,
se faz necessária a visualização dele, colocando em prática todos os conceitos morfológicos,
estruturais e fisiológicos destes artrópodes, com importância vetorial indiscutível.

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação da morfologia geral dos ectoparasitas


em questão;
o Compreender e aplicar nomenclaturas relacionadas a anatomia destes artrópodes;

67
o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a identificar e classificar os ectoparasitas estudados em
sala de aula;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da parasitologia, para posterior implementação
na vida prática e profissional.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos diferentes artrópodes ectoparasitas


vistos durante o curso da disciplina, visando construir uma base para implementação
principalmente de controle deles, bem como de prováveis doenças de transmissão vetorial em
que estes atuam, correlacionando assim as disciplinas de doenças parasitárias, doenças
infecciosas, patologia e clínica médica de pequenos e grandes animais.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Quadro branco;
o Lápis piloto de quadro;
o Microscópio;
o Microscópio estereoscópico;
o Lâmina;
o Pinça;
o Placa de petri;
o Álcool;
o Luvas de procedimento.

68
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Habilitar-se a utilizar os microscópios, com os devidos cuidados, entendendo sua função;


o Identificação dos ectoparasitas em uma perspectiva macroscópica e microscópica, como
suas diferentes morfologias;
o Observar as diferenças entre espécies de cada família;
o Verificar os diferentes perfis que facilitam a transmissibilidade de doenças.

Figura 1. A principal diferença estrutural entre carrapatos duros A e moles B. A figura


mostra as costas dos carrapatos. A principal diferença entre os carrapatos duros e os moles é
a visibilidade do capitulum, que aparece nos duros, mas não nos moles. - Fonte:
https://parajovens.unesp.br/quando-passear-pelo-parque-tome-cuidado-com-os-carrapatos/

69
FIGURA 2. Ácaro – Fonte: https://jornal.usp.br/atualidades/ambientes-secos-arejados-e-
limpos-sao-os-grandes-inimigos-dos-acaros/.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas do laboratório;


o Fazer uso dos EPIs necessários;
o Estar sempre ciente do manuseio dos equipamentos laboratoriais, evitando sua quebra;
o Realizar anotações quando julgar necessário;
o Prezar pelo bem-estar e entendimento da turma;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

70
7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utiliza-se a Metodologia da problematização em grupos de até 3 alunos por microscópio.


Nesta metodologia, elaboramos um caso clínico com queixa principal para cada parasito
encontrado, objetivando a identificação e participação do mesmo.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar a leitura em questão e prosseguir
com visualização do parasito via microscopia.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos antes e após a aula;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão/orientação/permissão do professor;

8. REFERÊNCIAS

HEUKELBACH, J.; van HAEFF, E.; RUMP, B.; WILCKE, T.; MOURA, R. C. &
FELDMEIER, H., 2003. Parasitic skin diseases: Health care-seeking in a slum in Northeast
Brazil. Tropical Medicine and International Health, 8:368-373.
TAYLOR, M.A., COOP, R.L., WALL, R.L. Parasitologia Veterinária. Guanabara Koogan. 4
ed, 1052 pag. 2017.
MONTEIRO, S.G. Parasitologia na Medicina Veterinária. Roca. 2 ed, 370 pag. 2017.
REY, L. Parasitologia. 4ª ed. Editora Granabara Koogan, 2017. (e-book)
FOREYT, W. J. Parasitologia Veterinária: Manual de Referência. 5. ed. São Paulo: Roca,
2005.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Laboratório Multidisciplinar – Identificação de Ectoparasitas

ELABORADO POR:

71
Iago Carvalho Barbosa

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

72
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA
DOENÇAS PARASITÁRIAS
Título: Exames parasitológico de fezes
Elaborado por: Iago Carvalho Barbosa Data da criação:
10/10/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2023

Responsável pelo manual e pela atualização: Iago Carvalho Barbosa


Setor: Medicina Veterinária Preventiva Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O exame parasitológico de fezes é uma ferramenta importante na medicina veterinária para


detectar a presença de parasitas intestinais em animais de estimação e em animais de produção. A
presença desses parasitas pode levar a diversos problemas de saúde, como diarreia, perda de peso,
anemia, entre outros, além de representar um risco à saúde pública, já que alguns desses parasitas
podem ser transmitidos aos seres humanos.

O diagnóstico preciso e o tratamento adequado dos parasitas intestinais em animais são


fundamentais para garantir a saúde e o bem-estar dos animais e para prevenir a ocorrência de
zoonoses. Para isso, é necessário que o exame parasitológico de fezes seja realizado seguindo as
normas e técnicas adequadas, como a coleta correta de amostras de fezes e a análise microscópica
cuidadosa em busca de ovos, cistos, larvas ou vermes adultos de parasitas.

A identificação precoce e o tratamento adequado dos parasitas intestinais em animais são


essenciais para prevenir a disseminação desses parasitas e para minimizar o risco de infecção em
outros animais e em seres humanos. Além disso, o exame parasitológico de fezes também pode
ser útil na avaliação da eficácia do tratamento, permitindo a verificação da ausência de parasitas
nas fezes do animal após o tratamento.

73
Portanto, o exame parasitológico de fezes é uma ferramenta essencial na medicina veterinária para
garantir a saúde e o bem-estar dos animais e para prevenir a ocorrência de zoonoses, devendo ser
realizado de forma cuidadosa e seguindo as normas e técnicas adequadas.

Com a finalidade de melhor entendimento a respeito dos ectoparasitas estudados em sala de aula,
se faz necessária a visualização dele, colocando em prática todos os conceitos morfológicos,
estruturais e fisiológicos destes artrópodes, com importância vetorial indiscutível.

2. OBJETIVOS

o Proporcionar ao aluno o conhecimento da identificação da morfologia geral dos parasitos em


questão;

o Compreender e aplicar a vista do exame complementar, a prática clínica;

o Dominar o conteúdo que lhe capacitem a identificar e classificar os parasitas estudados em sala
de aula do reino protozoa e helmintos;

o Conhecer os diferentes tipos de exames de fezes que podem ser feitos e como estes deverão ser
implementados

o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao


discente segurança, a partir dos conhecimentos da parasitologia, para posterior implementação
na vida prática e profissional.

3. FINALIDADES

Conhecer as técnicas e procedimentos para identificação dos diferentes parasitas eliminados via
fecal vistos durante o curso da disciplina, visando construir uma base para implementação
principalmente de controle dos mesmos, bem como de prováveis doenças provocadas por estes,
correlacionando assim as disciplinas de parasitologia, doenças infecciosas, patologia e clínica
médica de pequenos e grandes animais.

74
4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;

o Caneta Esferográfica;

o Quadro branco;

o Lápis piloto de quadro;

o Microscópio;

o Lâmina;

o Fezes;

o Solução de NaCl;

o Solução de sulfato de zinco;

o Solução de sucralose;

o Centrífuga;

o Lugol;

o Tubo de ensaio;

o Pipeta;

o Funil;

o Álcool;

o Luvas de procedimento.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Habilitar-se a utilizar os microscópios, com os devidos cuidados, entendendo sua função;

o Discorrer a respeito das diferentes técnicas a serem utilizadas no exame parasitológico de


fezes;

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o Identificação dos parasitas em uma perspectiva microscópica, como suas diferentes
morfologias;

o Observar as diferenças entre parasitas de uma mesma família;

o Verificar os diferentes perfis que facilitam a transmissibilidade de doenças.

Figura 1. Técnica de Baermann-moraes. - Fonte:


https://www.rvc.ac.uk/review/parasitology_spanish/Baermann/Principle.htm

76
FIGURA 2. Técnica de Hoffman – Fonte: Heminia Yohko Kanamura. DIAGNÓSTICO
LABORATORTIAL DA ESQUISTOSSOMOSE: métodos, vantagens e limitações.
https://slideplayer.com.br/slide/368875/.

FIGURA 3. Técnica de Willis – Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=S-


5Z7tfA3Ag&ab_channel=videoaulasuff.

77
FIGURA 4. Identificação de ovos através de parasitológico de fezes – Fonte
https://www.biomedicinapadrao.com.br/2015/02/principais-metodologias-utilizadas-no.html.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas do laboratório;


o Fazer uso dos EPIs necessários;
o Estar sempre ciente do manuseio dos equipamentos laboratoriais, evitando sua quebra;
o Realizar anotações quando julgar necessário;
o Prezar pelo bem-estar e entendimento da turma;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

78
7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utiliza-se a Metodologia da problematização em grupos de até 3 alunos por microscópio.


Nesta metodologia, elaboramos um caso clínico com queixa principal para cada parasito
apresentado, objetivando a identificação e participação do mesmo.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar a leitura em questão e prosseguir
com visualização do parasito via microscopia.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos antes e após a aula;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão/orientação/permissão do professor;

8. REFERÊNCIAS

HEUKELBACH, J.; van HAEFF, E.; RUMP, B.; WILCKE, T.; MOURA, R. C. & FELDMEIER,
H., 2003. Parasitic skin diseases: Health care-seeking in a slum in Northeast Brazil. Tropical
Medicine and International Health, 8:368-373.
TAYLOR, M.A., COOP, R.L., WALL, R.L. Parasitologia Veterinária. Guanabara Koogan. 4
ed, 1052 pag. 2017.
MONTEIRO, S.G. Parasitologia na Medicina Veterinária. Roca. 2 ed, 370 pag. 2017.
REY, L. Parasitologia. 4ª ed. Editora Granabara Koogan, 2017. (e-book)
FOREYT, W. J. Parasitologia Veterinária: Manual de Referência. 5. ed. São Paulo: Roca,
2005.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Laboratório Multidisciplinar – Identificação de Ectoparasitas

ELABORADO POR:

79
Iago Carvalho Barbosa

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

80
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CRIAÇÃO DE ANIMAIS MONOGÁSTRICOS


Título: Criação de animais monogástricos
Elaborado por: Iara Nunes de Siqueira Data da criação:
10/10/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Iara Nunes de Siqueira
Setor: Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

Ter o conhecimento do estudo das características e da importância zootécnica das criações de


suínos, aves, equinos e coelhos, enfocando o conhecimento detalhado de cada espécie, suas
principais raças e linhagens, seu desenvolvimento produtivo e reprodutivo, assim como as
principais técnicas de manejo nos diversos sistemas de produção.

2. OBJETIVOS

o Identificar as diferentes formas de manejo utilizados nas espécies de monogástricos.


o Capacidade do aluno de reconhecer os tipos de sistema de criação, assim como as principais
diferenças entre eles.
o Proporcionar ao aluno o conhecimento das características das instalações, tipos de materiais
utilizados, raças, procedimentos realizados nas principais espécies de monogástricos.
o Diferenciar aspectos relacionados ao bem-estar dos animais nos ambientes em que eles são
criados.
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos dos diferentes tipos de manejos aplicados na
criação de monogástricos.

81
3. FINALIDADES
o Conhecer os diferentes tipos de manejo aplicados a criação dos monogástricos.
o Avaliar o manejo alimentar, reprodutivo, sanitário e dos procedimentos utilizados que possam
interferir na qualidade e no bem-estar animal.
o Incentivar o aluno a uma avaliação crítica dos fatores que podem contribuir ou interferir no
bem-estar dos animais

4. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Direcionar-se para o local indicado de acordo com as orientações do professor.
Observar os diferentes tipos de manejos, materiais utilizados.
Observar atentamente as orientações passadas pelo professor.
Avaliar as condições das instalações, materiais utilizados e o comportamento dos animais.
Discutir no final da aula as principais observações realizadas.

Figura 1: O cachaço passando na baia para identificação do cio nas


Porcas. Fonte: Arquivo pessoal

82
Figura 2: Identificação do cio nas porcas Fonte: Arquivo pessoal

Figura 3. Corte dos dentes dos leitões. Fonte: Arquivo pessoal

83
5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas dentro do estabelecimento;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Observação dos ensinamentos passados durante a aula
o Respeitar o ambiente dos animais evitando excesso de barulhos, de perturbação dos animais

6. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Proibido o uso de celular;


o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Postura e comportamento condizente com o ambiente em que se encontra;
o Autoconfiança, paciência, respeito e ética
o Evitar conversas desnecessárias que causem perturbação aos animais
o Utiliza-se a metodologia indicada para realização das atividades.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, para conhecer as diferentes instalações
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

7. REFERÊNCIAS

FERREIRA, R. A. Suinocultura: manual prático de criação. Viçosa, MG: Aprenda Fácil, 2012.
443p.

FERREIRA, W. M.; MACHADO, L. C.; JARUCHE, Y. G. et al. Manual Prático de Cunicultura.


Bambuí: Ed. do autor, 2012. 75p. FILHO, J. J.

84
Avicultura. Cadernos de Licenciatura em Ciências Agrárias, vol. 4. Editora Universitária da
UFPB - Bananeiras, 2010. 104p. SENAR.
ABCS. Produção de suínos: teoria e prática / Coordenação editorial Associação Brasileira de
Criadores de Suínos; Coordenação Técnica da Integrall Soluções em Produção Animal. - Brasília,
DF, 2014. 908p. COSTA, F. G. P.; SILVA, J. H. S

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Criação de Monogástricos

ELABORADO POR:

Iara Nunes de Siqueira

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

85
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

CLÍNICA MÉDICA E TERAPEUTICA DE PEQUENOS ANIMAIS I


Título: Cardiologia – Exame Clínico Cardiológico e Uso de Doppler não invasivo para verificar
hipertensão em cães e gatos
Elaborado por: Giorgia Carla Brito de Siqueira Data da criação:
10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022
Responsável pelo manual e pela atualização: Giorgia Carla Brito de Siqueira
Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
Doença cardíaca é uma anomalia estrutural do coração que pode ou não resultar em insuficiência
cardíaca. Insuficiência cardíaca é o estado fisiopatológico que ocorre quando o coração não
consegue manter um ritmo apropriado requerido pelo metabolismo tecidual ou somente funciona
em elevadas funções (TILLEY & GOODWIN, 2002)
O coração, como qualquer bomba, possui apenas duas formas de tornar-se insuficiente. Não
podendo bombear sangue para a aorta ou para a artéria pulmonar o suficiente para manter a pressão
arterial (insuficiência cardíaca de baixo débito) ou não podendo esvaziar de forma adequada os
reservatórios venosos (insuficiência cardíaca congestiva) (ETTINGER & FELDMAN, 2004).

2. OBJETIVOS

o Desenvolver o raciocínio clínico do aluno através do exame cardiológico na prática clínica em


paciente in vivo, onde através da identificação de sinais/sintomas poderá identificar patologias
relacionadas a este sistema.
o Construir o diagnóstico dos pacientes examinados utilizando a semiotécnica.

86
o Aprender iniciar e terminar a consulta clínica
o Capacitar a preencher receituários utilizando a terapêutica indicada para as patologias
cardiocirculatórias
o Compreender a utilização do doppler não invasivo como método auxiliar no monitoramento
da pressão arterial do paciente.
o Aplicar com segurança e competência o conhecimento na clínica médica

3. FINALIDADES

o Apropriar o aluno do conhecimento técnico teórico e prático na clínica médica, sendo capaz
de realizar consultas e procedimentos diagnósticos interpretando seus resultados.
o Construir e finalizar diagnóstico, prognóstico e a terapêutica nas diferentes demandas clínicas
utilizando a semiotécnica e o raciocínio lógico relacionando, comparando, diferenciando
patologias ao interpretar sua sintomatologia, bem como elaborar e entender descrição de laudos
e sua responsabilidade técnica;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Simuladores – cães e gatos
o Focinheira, cambão, caixa de transporte;
o Estetoscópio;
o Termômetro;
o Relógio; cronômetro
o Lanterna;
o EPIs.
o Agulhas;
o Seringas;

87
o Tubos de coletas
o Sabão;
o Papel toalha;
o Álcool;
o Algodão;
o Luvas de procedimento;
o Máscara;
o Gorro;
o Jaleco limpo;
o Óculos de proteção

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Realizar o recebimento do paciente no consultório


o Identificar e Observar o paciente preenchendo a ficha clínica realizando o exame clínico
respeitando a marcha clínica (Resenha, anamnese, inspeção aferir a pressão com doppler,
palpação, auscultação e percussão, exames complementares - hemograma) no paciente,
devidamente paramentado com roupa branca ou scrub, jaleco, sapato fechado, estetoscópio,
termômetro, relógio, lanterna, martelo, bloco de notas e caneta;
o Aferir parâmetros vitais (pulso, TPC, batimento cardíaco, temperatura corporal, tugor
cutâneo)
o Examinar através da inspeção, palpação e auscultação dos dois lados do tórax do paciente
em estação e em decúbito esternal ou lateral direito.
o Realizar a auscultação de acordo com a sequência a seguir:

Auscultação Cardiopulmonar
- PAM (lado esquerdo)

Pulmonar: 2º a 4º EICE (axila)

Aórtico: 4º EICE acima da articulação costocondral

88
Mitral: 5º EICE acima da articulação costocondral (graduar o som – I, II, III, IV, V, VI
GALOPEAMENTO, se é sistólico ou diastólico)

Tentar identificar frêmito à palpação (grau V)

- Foco Tricúspide (lado direito)

Tricúspide: 3º e 5º EICD

o Auscultar as bulhas cardíacas na sístole e na diástole. Tentar identificar possíveis


variações, arritmias, sopros e refluxo.
o Comparar o pulso carotídeo
o Verificar as veias jugulares

FIGURA 1: Localização dos focos cardíacos esquerdos para auscultação.

89
FIGURA 2: Localização dos focos cardíacos direitos para auscultação

90
Figura 3 e 4: Localização para aferição da pressão arterial

91
Figura 5 e 6: Localização diferenciada para aferição de pressão arterial

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da clínica-escola;

92
o Respeitar os limites do paciente garantindo seu bem-estar, segurança e conforto.
o Fazer absoluto silêncio durante os exames do paciente. Falando apenas o necessário para a
abordagem do paciente
o Fazer uso dos EPIs necessários indicado pelo professor ou pela norma de segurança da
vigilância sanitária;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos sintomas/sinais observados produzindo relatório do caso clínico
abordado;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o A metodologia utilizada estimula a autonomia do aluno para realizar o exame clínico


cardiológico, sendo em grupos de 5 até 10 alunos por animal (cão e gato). Nesta metodologia,
os alunos realizarão a semiotécnica cardiológica utilizando a marcha clínica sob supervisão
do professor, onde no exame físico a auscultação será desenvolvida em cada animal no intuito
de identificar os parâmetros normais e anormais do sistema cardiocirculatório, bulhas e sons
cardíacos e possíveis alterações clínicas. Também será disponibilizado o uso de doppler e
esfigmomanômetro para monitoramento da pressão arterial dos animais.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, cada grupo em ambulatórios separados, sendo um para
cada animal, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico antes de iniciar a aula prática e durante;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos antes e após as aulas; utilizar luvas durante os procedimentos.
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor e sem autorização do
tutor;

93
8. REFERÊNCIAS

KITTLESON, M.D. Pathophysiology and treatment of heart failure. In: MILLER, M. S.


TILLEY, L.P. Manual of canine and feline cardiology. 2 ed. Philadelphia W. B.
Saunders.1995.p 343-370
LARSON, M.H.M.A[ BARBUCI, L.O.D., ET AL Estudo ecocardiográfico das cardiopatias
mais frequentes diagnosticadas em espécimes caninas. Revista brasileira de ciências
veterinárias. v 7, n supl. P 68. 2000. (Apresentado no 20º Congresso Brasileiro de Clínicos
Veterinários de Pequenos Animais, Rio de Janeiro, 2000.
SCHELING, G. C. Radiology of the heart. In: MILLER, M. S; TILLEY, L. P. Manual of
canine and feline cardiology. 2 ed. Philadelphia W. B. Saunders. 1995.p 17 – 45.
ETTINGER, S. J. & FELDMAN, E. C. Doenças do Cão e do Gato. Tratado de Medicina
Interna Veterinária. 5ª edição. V. 1. Capítulo 110. p. 732 a 753, 2004

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Pequenos Animais – Princípios de


Enfermagem e Terapêutica de Pequenos Animais

ELABORADO POR:

Giorgia Carla Brito de Siqueira

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

94
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

SEMIOLOGIA E LABORATÓRIO CLÍNICO VETERINÁRIO II


Título: Exame de Urinálise e Interpretação de Exames
Elaborado por: Giorgia Carla Brito de Siqueira Data da criação:
10/10/2022
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 10/11/2022
Responsável pelo manual e pela atualização: Giorgia Carla Brito de Siqueira
Setor: Clínica de Grandes e Pequenos Animais Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

A urinálise fornece informações valiosas sobre o funcionamento do sistema urinário, sendo


essencial sua realização no diagnóstico de muitas enfermidades. É composta por três exames:
físico, químico e a análise de sedimento. No exame físico são avaliados volume, cor, odor, aspecto
e densidade. O exame químico detecta e mensura a concentração de várias substâncias na urina.
A avaliação do sedimento urinário inclui a identificação das células, cilindros, microrganismos e
cristais, dentre outros. (http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/
aDVb4JqrjIFu5yG_2013-6-13-15-11-8.pdf)

2. OBJETIVOS

o Desenvolver habilidade técnica de patologia clínica utilizando esta na rotina da clínica médica
como ferramenta complementar de análise e diagnóstico conforme os quadros patológicos
investigados;
o Exercitar o trabalho em equipe;

95
o Identificar sinais e sintomas de alterações na urina e interpretar os resultados.

3. FINALIDADES

o Instruir os alunos para utilizar os procedimentos e tecnologias como complemento do exame


físico para investigar patologias e determinar diagnósticos na rotina clínica;
o Ampliar a capacidade clínica interpretativa do aluno nos casos clínicos estudados;
o Desenvolver habilidade médica juntamente com a patologia clínica aplicada à clínica.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Bloco de Anotações;
o Caneta Esferográfica;
o Focinheira, tronco ou cabresto dependendo da espécie do paciente em que vai ser coletada a
urina
o Tubos de coleta de 15 ml
o Densímetro
o Fitas reagentes (pH, glicose, bilirrubina, urobilinogênio, proteína, amônia, outros)
o Relógio; cronômetro
o Clorexidine 2%
o Tricótomo
o Sondas uretrais 4, 6, 8, 12
o EPIs.
o Agulhas;
o Seringas de 20 ml;
o Sabão;
o Papel toalha;
o Álcool;
o Algodão;

96
o Luvas de procedimento;
o Máscara;
o Gorro;
o Jaleco limpo;
o Óculos de proteção
o Lâminas de Vidro
o Lamínulas de vidro
o Microscópio
o Microcentrífuga
o Pipetas
o Refrigerador

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Coletar no mínimo 10mL de amostra. Identificar as amostras pela espécie e método de colheita.

Coleta de urina pelos seguintes métodos:


- Micção espontânea em caninos ou ruminantes (através da massagem perineal)
- Cateterismo: machos caninos
- Cistocentese: pode ser auxiliada por ultrassonografia

Identificar a amostra

Acondicionamento: realizar o exame no tempo máximo de até 2h ou conservar a amostra em


refrigeração de 1 a 4º C por até 24h.

Exame de urina:
Transferir 5mL de amostra para um tubo cônico

1. Exame físico

97
- Mensurar a quantidade de amostra em cada frasco.
- Determinar a coloração de cada amostra.
- Classificar a amostra através do grau de turvação. Avaliar colocando o tubo contra uma folha
com escritas em preto. Amostras límpidas permitem que seja feita a leitura do escrito quando
colocado contra o papel.

2. Exame químico:
- Com o auxílio de uma pipeta Pasteur plástica, pipetar uma gota de amostra em cada almofada
reagente ou imergir a fita reagente e aguardar 2 minutos. Após o tempo sugerido, fazer a leitura
comparando com a graduação fornecida pelo fabricante.

3. Sedimento
- Colocar 5mL (no mínimo 2mL) de urina em um tubo cônico, fechar e centrifugar a 1500rpm
por 5 minutos. Após, observar a presença ou ausência de sedimento e gordura que deve ser
removida da camada superior do sobrenadante.
- Analisar a densidade urinária. Pipetar 1 gota na lente do refratômetro e fazer a leitura. Se a
densidade for superior a escala, diluir a urina 1:1 com água destilada e duplicar os 2 últimos
dígitos da leitura (ex. 1024=1048) ou usar o urodensímetro.
- Retirar cuidadosamente o sobrenadante com pipeta Pasteur e deixar 1mL para ressuspender o
pellet. Em amostras de reduzido volume, usar 20% da quantidade total.
- Após ressuspender o sedimento: Adicionar 1 gota em uma lâmina limpa, cobrir com lamínula;
e em outra lâmina, pipetar 1 gota do sedimento em uma lâmina e 1 gota do corante azul de
metileno.

Classificação da Densidade Urinária

- Hipostenúria (< ou igual a 1007)


- Isostenúria (entre 1008 a 1012)
- Hiperstenúria (> 1030 para cães e 1035 gatos)

Exame no microscópio:

98
Abaixar o condensador para melhor visualização das estruturas. Usar a objetiva de 10x para
verificar a presença de cilindros e células epiteliais. Anotar os números em campos de pequeno
aumento (CPA). Usa-se a objetiva de 40x para observar as seguintes estruturas:
- Bactérias: descrever morfologia e quantidade (+,++,+++);
- Cristais: tipo e quantidade (+,++,+++);
- Eritrócitos/CGA (normal=0-5);
- Leucócitos/CGA (normal=0-5);
- Muco (positivo ou negativo);
- Gotículas de gordura (positivo ou negativo);
- Parasitas e fungos (tipo e morfologia);
- Espermatozóides (+,++,+++);
- Obs.: Cristais e cilindros podem ser visualizados em sedimento não corado enquanto células e
microrganismos, em sedimento corado.
Para essa atividade, pode-se usar amostras de rotina adequadamente armazenadas.
Para isso, após a amostra ser analisada, a mesma pode ser conservada no próprio tubo cônico que
será vedado com plástico. A amostra deve ser refrigerada por tempo indeterminado.
Exame de sangue oculto:
- Centrifugar 5 ml da urina logo após a coleta em centrífuga por 5 minutos em 1500 rpm. Verificar
a coloração do sobrenadante e o sedimento.
Interpretação: se o sobrenadante estiver vermelho é positivo para hemoglobinúria e se o
sobrenadante estiver limpo e o sedimento vermelho há então hematúria.

99
FIGURA 1. Cistocentese

100
FIGURA 2. Coloração urinária

FIGURA 3, Densímetro urinário com escala

101
FIGURA 4. Identificação da amostra

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da clínica-escola;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Estar sempre acompanhado de estetoscópio e termômetro;
o Realizar anotações quanto aos resultados dos procedimentos observados seguindo a técnica
da urinálise;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Relacionamento interpessoal;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética;
o Ser cuidadoso para não danificar o material e aparelhos utilizados;
o Antissepsia das mãos e do material reutilizável após os procedimentos;
o Descartar os EPIs em local apropriado após o uso;
o Entregar relatório interpretativo das amostras analisadas.

102
7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o A metodologia será em grupos de 5 a 10 alunos por amostra urinária coletada;


o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar a contenção, coleta e identificação
das amostras
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar EPI em todo o tempo de aula;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos antes, durante e após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Ter paciência com o paciente para não haver estresse na coleta urinária. Respeitar o tempo do
paciente.
o Iniciar o exame o mais rápido possível.

8. REFERÊNCIAS

FEITOSA, F.L.F. Semiologia: A arte do Diagnóstico. 4ª ed. São Paulo: Roca, 2020.
NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 2. ed. São Paulo:
Manole, p. 235-251/274-290, 2001.
SINK, C. A.; FELDMAN, B. F. Urinálise e Hematologia Laboratorial para o Clínico de
Pequenos Animais, 1. ed., São Paulo: Rocca, 2006, p. 04.
MEDEIROS, A. S. Semiologia Urológica, Rio de Janeiro: Medsi, pág. 73-93, 1993.

João Pessoa, 10 de novembro de 2022

Medicina Veterinária – Clínica Médica de Pequenos Animais – Princípios de


Enfermagem e Terapêutica de Pequenos Animais

ELABORADO POR:

103
Giorgia Carla Brito de Siqueira

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

104
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES


Título: Avaliação coproparasitologica de coelhos e roedores.
Elaborado por: Gedean Galdino da Cruz Silva Data da criação: 01/02/23
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 01/03/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Gedean Galdino da Cruz Silva.
Setor: Clínica de animais silvestres e pets não convencionais. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
As parasitoses intestinais são infecções causadas por protozoários e helmintos que atingem o
intestino delgado e grosso dos animais. Dentre tais, a coccidiose pode ser fatal em coelhos e
roedores jovens, idosos ou imunossuprimidos. O estresse também pode favorecer o aparecimento
clínico da patologia que consiste em: diarreia mucoide, anemia, anorexia, emagrecimento e
desidratação (CUBAS; SILVA, CATÃO-DIAS, 2019). O parasita é transmitido por contato direto
via oral e provoca destruição do epitélio, necrose, edema e, dependendo da espécie, pode destruir
glândulas da submucosa (ANDRADE; PINTO; OLIVEIRA, 2002). Nesse contexto, a realização
de exames coproparasitologicos se torna uma ferramenta primordial na prevenção e diagnóstico
de outras e dessa desordem.

2. OBJETIVOS

o Contribuir na construção do conhecimento clínico em medicina de animais silvestres.


o Desenvolver a prática laboratorial para a realização de exames coproparasitologicos.
o Correlacionar os achados laboratoriais com os sinais clínicos do paciente.

105
3. FINALIDADES

Ajudar na investigação de infecções e/ou disfunções do sistema gastroentérico causadas por


endoparasitas intestinais. Além de realizar a padronização dos exames coproparasitologicos em
coelhos e roedores.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Amostra de fezes.
- Ficha parasitológica.
- Caneta esferográfica.
- Luvas descartáveis.
- Lâmina de vidro para microscopia.
- Lamínula de vidro para microscopia.
- Microscópio óptico.
- Fitas de urinálise.
- Centrifuga.
- Papel toalha.
- Pipetas de Pasteur descartáveis de 3 mL.
- Tubos graduados rosqueados de 5 mL (tipo Falcon).
- Estante para tubos de ensaio.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

EXAME FECAL DIRETO

1) Adicinar sobre uma lâmina de vidro para microscopia duas gotas de solução fisiológica (NaCL
0,9%).
2) Homogeinizar utilizando um palito uma pequena quantidade de fezes na solução fisiológica
(NaCl 0,9%).

106
3) Adicionar uma laminula sobre o material biologico.
4) Realizar a leitura em microscópio óptico sob objetiva de 40x.
OBS.: As amostras utilizadas devem ser de até no máximo 30 minutos após a defecação.

TÉCNICA DE HOFFMAN, PONS E JANER (SEDIMENTAÇÃO ESPONTÂNEA)

1) Depositar duas gramas de fezes em um como plástico.


2) Adicionar lentamente 5 mL de água filtrada.
3) Homogeneizar a solução até que não seja mais visto partes sólidas.
4) Adicionar mais 20 mL de água filtrada.
5) Coar a suspensão com auxílio de uma peneira plástica revestida por gazes de tecido.
6) Lavar os detritos retidos pela gaze com 20 mL de água filtrada
7) Acondicionar a suspenção em um cálice cônico de vidro (200 mL).
8) Completar o volume do cálice com água filtrada.
9) Deixar em repouso durante 2-24 horas.
10) Desprezar o sobrenadante cuidadosamente.
11) Homogeneizar o sedimento.
12) Adicionar uma parte do sedimento com auxílio de uma pipeta de Pasteur sobre uma lâmina
de vidro.
13) Cobrir a amostra biológica com uma lamínula.
14) Realizar a leitura em microscópio óptico sob objetiva de 40x.

TÉCNICA DE FAUST (FLUTUAÇÃO EM SULFATO DE ZINCO)

1) Depositar dez gramas de fezes em um como plástico.


2) Adicionar lentamente 20 mL de água filtrada.
3) Homogeneizar a solução até que não seja mais visto partes sólidas.
4) Coar a suspensão com auxílio de uma peneira plástica revestida por gazes de tecido.
5) Transferir para tubos graduados rosqueados de 5 mL (tipo Falcon).
6) Centrifugar a 3.000 rotações por dez minutos a amostra.
7) Desprezar o sobrenadante e ressuspender o sedimento.

107
8) Repetir as operações 4 e 5 até que o sobrenadante fique claro.
9) Desprezar o sobrenadante claro e ressuspender o sedimento com uma solução de sulfato de
zinco a 33%, densidade de 1,18 g/ml.
10) Centrifugar novamente por um minuto a 2.500 rpm.
11) Recolher uma quantidade da película com o auxílio de uma alça de platina.
12) Depositar o conteúdo sobre uma lâmina de vidro para microscopia.
13) Cobrir a amostra biológica com uma lamínula.
14) Realizar a leitura em microscópio óptico sob objetiva de 40x.
OBS.: O material deve ser analisado imediatamente. O sulfato de zinco pode deformar os cistos
e os ovos.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Realizar o armazenamento e descarte correto das amostras biológicas.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

108
8. REFERÊNCIAS

ANDRADE, A.; PINTO, S. C.; OLIVEIRA, E. S. Animais de laboratório – criação e


experimentação. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2002.
CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selvagens. 2ª ed. São
Paulo: Roca, 2019.

João Pessoa, 01 de Maio de 2023.

Medicina de Animais Silvestres – Clínica Médica de Animais Silvestres – Patologia


Clínica Aplicada

ELABORADO POR:

Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

109
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES


Título: Esfregaço e leitura da lâmina sanguínea de animais silvestres.
Elaborado por: Gedean Galdino da Cruz Silva Data da criação:
01/03/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da aprovação:
01/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Gedean Galdino da Cruz Silva.
Setor: Clínica de animais silvestres e pets não convencionais. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores
dos laboratórios.

1. CONCEITO
O esfregaço de sangue permite avaliar leucócitos, hemácias e plaquetas. Essas populações de
células são produzidas na medula óssea e liberadas na corrente sanguínea quando necessário. A
função principal dos leucócitos é combater infecções (THRALL et al., 2021). A das hemácias é
transportar oxigênio para as células. E as plaquetas a formação de tampões hemostáticos.
Também pode ser utilizado para a visualização de hemoparasitas e alterações morfológicas
(REAGAN; ROVIRA; DENICOLA, 2010). Nesse contexto, a realização de exames
complementares como o esfregaço sanguíneo se torna uma ferramenta primordial na prevenção
e diagnóstico de enfermidades hematológicas.

2. OBJETIVOS

o Contribuir na construção do conhecimento clínico em medicina de animais silvestres.


o Desenvolver a prática laboratorial para a montagem e leitura da lâmina hematológica.
o Correlacionar os achados laboratoriais com os sinais clínicos do paciente.

110
3. FINALIDADES

Ajudar na investigação de infecções e/ou disfunções hematológicas, além de realizar a


padronização da confecção do esfregaço sanguíneo em amostras periféricas de animais silvestres.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Amostra sanguínea.
- Ficha de anotação.
- Caneta esferográfica.
- Lápis demográfico.
- Luvas descartáveis.
- Lâmina de vidro para microscopia.
- Lâmina distensora de vidro.
- Microscópio óptico.
- Micropipetas e ponteiras.
- Coloração de Panótico rápido.
- Álcool 70%.
- Papel toalha.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

1) Homogeneizar a amostra colhida para a confecção das lâminas.


2) Higienizar a lâmina de vidro com álcool 70%.
3) Deixar secar ao ar livre.
4) Deposite utilizando a pipeta cinco microlitros de sangue.
5) Segurar as extremidades da lâmina com os dedos indicador e polegar.

111
6) Apoiar a lâmina distensora em um ângulo de 30-45° na frente da gota de sangue.
7) Recuar a lâmina distensora até que toque na gota de sangue.
8) Deixar o sangue espalhar completamente entre as duas lâminas.
9) Empurrar a lâmina distensora para frente sob uma velocidade moderada e constante.
10) Deixar secar ao ar livre.
11) Corar o material com Panótico rápido.
12) Deixar secar ao ar livre.
13) Identificar a amostra.
13) Realizar a leitura em microscópio óptico sob o aumento de 100x (imersão).

Imagem 1: Confecção do esfregaço sanguíneo.

FONTE: https://kasvi.com.br/esfregaco-de-sangue-hematologia/

112
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Realizar o armazenamento e descarte correto das amostras biológicas.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

8. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

REAGAN, W. J.; ROVIRA, A. R. I.; DENICOLA, D. B. Atlas de hematologia veterinária. 2ª


ed. Rio de Janeiro: Thieme Revinter, 2010.
THRALL, M. A.; WEISER, G.; ALLISON, R. W.; CAMPBELL, T. W. Hematologia e
bioquímica clínica veterinária. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2021.
019.

João Pessoa, 01 de abril de 2023.

113
Medicina de Animais Silvestres – Clínica Médica de Animais Silvestres – Patologia
Clínica Aplicada

ELABORADO POR:

Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

114
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MEDICINA DE ANIMAIS SILVESTRES


Título: Avaliação urinária de coelhos e roedores.
Elaborado por: Gedean Galdino da Cruz Silva Data da criação:
01/04/23
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Gedean Galdino da Cruz Silva.
Setor: Clínica de animais silvestres e pets não convencionais. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
Os logomorfos e caviomorfos são animais que rotineiramente chegam às clínicas veterinárias
com enfermidades que acometem o trato urinário inferior. Possivelmente, tais alterações estão
ligadas ao consumo em excesso de cálcio na dieta, obesidade, suplementação equivocada e
exercícios limitados (CUBAS; SILVA; CATÃO-DIAS, 2019). A urolitíase é caracterizada
nesses indivíduos por obstruções que acometem com maior frequência os machos, os quais
apresentam letargia, dor, anorexia, perda de peso, poliúria, anúria, estrangúria, hematúria, postura
curvada, bruxismo, polidipsia, incontinência, diminuição da produção fecal, depressão e
pododermatite (RODRIGUES et al., 2019). Nesse contexto, a realização de exames
complementares como a urinálise e sedimentoscopia se torna uma ferramenta primordial na
prevenção e diagnóstico dessa desordem.

2. OBJETIVOS

o Contribuir na construção do conhecimento clínico em medicina de animais silvestres.


o Desenvolver a prática laboratorial para a realização da urinálise e sedimentoscopia.
o Correlacionar os achados laboratoriais com os sinais clínicos do paciente.

115
3. FINALIDADES

Ajudar na investigação de infecções e/ou disfunções do sistema urinário de logomorfos e


caviomorfos. Avaliando os aspectos físicos (Ex: volume, cor e aspecto), químicos (Ex: pH,
densidade, proteínas e glicose) e do sedimento (Ex: leucócitos, hemácias, espermatozoides,
cilindros, cristais e bactérias).

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Amostra urinária.
- Ficha de urinálise.
- Caneta esferográfica e lápis demográfico.
- Luvas descartáveis.
- Lâmina de vidro para microscopia.
- Lamínula de vidro para microscopia.
- Microscópio óptico.
- Fitas de urinálise.
- Centrifuga.
- Papel toalha.
- Pipetas de Pasteur descartáveis de 3 mL.
- Tubos graduados rosqueados de 5 mL (tipo Falcon)..
- Estante para tubos de ensaio.

116
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

URINÁLISE
1) Depositar a amostra em um tubo graduado rosqueado de 5 mL (tipo Falcon).
2) Avaliar a cor, odor e o aspecto.
3) Mensurar o volume da amostra.
4) Submergir a fita de urinálise na amostra.
5) Retirar o excesso de urina com papel toalha.
6) Realizar a interpretação das alterações colorimétricas do teste.
7) Comparar os resultados com os valores de referência da espécie.

SEDIMENTOSCOPIA
1) Centrifugar a 3.000 rotações por dez minutos a amostra de urina depositada em um tubo
graduado rosqueado de 5 mL (tipo Falcon).
2) Desprezar o sobrenadante.
3) Remover, com o auxílio de uma pipeta, a amostra sedimentada.
4) Adicionar duas gotas sobre lâmina de vidro para microscopia.
5) Adicionar uma lamínula sobre a amostra.
6) Observar em microscópio óptico sob o aumento 40x.
7) Avaliar a presença de cristais, cilindros, parasitas, muco, leucócitos, bactérias,
espermatozoides e células epiteliais.

117
Imagem 1: cristais de carbonato de cálcio.

FONTE: https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/05/cristais-na-urina.html

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Realizar o armazenamento e descarte correto das amostras biológicas.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

118
8. REFERÊNCIAS

CUBAS, Z. S.; SILVA, J. C. R.; CATÃO-DIAS, J. L. Tratado de Animais Selvagens. 2ª ed.


São Paulo: Roca, 2019.
RODRIGUES, N. S.; TRENTIM, M. S.; LUNARDELLI, F.; PACHALY, E. M. V.;
PACHALY, J. R. Resolução espontânea de urolitíase uretral peniana severa em um coelho –
Relato de caso. Enciclopédia Biosfera, v. 16, n. 29, 2019. p.1688-1698.

João Pessoa, 02 de maio de 2023.

Medicina de Animais Silvestres – Clínica Médica de Animais Silvestres – Patologia


Clínica Aplicada

ELABORADO POR:

Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

119
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Título: Técnica de Citologia Vaginal em Cadelas
Elaborado por: Iara Nóbrega Macêdo e Adriana Trindade Soares Data da criação:
01/04/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Iara Nóbrega Macêdo
Setor: Laboratório – COLAB II Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

A citologia vaginal é um exame diagnóstico que permite avaliar o ciclo estral da cadela por meio
da análise microscópica das células presentes na secreção vaginal. Esse exame é importante para
o diagnóstico de enfermidades reprodutivas, como infecções e para a determinação da fase do ciclo
estral.

2. OBJETIVOS

o Identificar as diferentes fases do ciclo estral canino através da análise citológica da secreção
vaginal.
o Realizar a coleta adequada da amostra citológica vaginal.
o Preparar corretamente as lâminas para análise microscópica.
o Identificar as células presentes nas amostras, tais como células superficiais, intermediárias e
parabasais, e compreender a sua importância na avaliação do ciclo estral e em enfermidades
reprodutivas.

120
o Aprender a reconhecer os diferentes tipos de células anormais que podem estar presentes em
amostras citológicas, como células neoplásicas ou células inflamatórias, e entender a
importância desses achados para o diagnóstico e tratamento de doenças reprodutivas.
o Compreender a importância da citologia vaginal na avaliação da saúde reprodutiva de cadelas,
tanto no diagnóstico de enfermidades quanto no monitoramento de fêmeas durante o ciclo
estral.
o Desenvolver habilidades técnicas na coleta e análise de amostras citológicas, além de aprender
a interpretar os resultados obtidos.

3. FINALIDADES

Desenvolver no aluno a capacidade de diagnosticar enfermidades reprodutivas em cadelas,


determinar a fase do ciclo estral da cadela e identificar o momento ideal para a realização do
acasalamento.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

Luvas descartáveis;
Swab estéril para coletta de amostras;
Lâmina de vidro;
Corante (Panótico Rápido);
Microscópio;
Papel toalha.

121
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

5.1. Preparação da cadela:


o Colocar a cadela em posição quadrupedal;
o Realizar contenção.

5.2. Coleta da amostra:


o Calçar as luvas;
o Introduzir o swab estéril na vagina da cadela respeitando sua posição anatômica;
o Girar algumas vezes em sentido horário e antihorário;
o Transferir o material coletado para uma lâmina de vidro;
o Deixar a lâmina secar.

5.3. Coloração da lâmina:


o Inserir a lâmina nos tubos de corante respeitando a ordem e tempo pré-estabelecidos
o pelo fabricante;
o Lavar a lâmina em água corrente;
o Secar a lâmina com papel toalha.

5.4. Análise microscópica:


o Analisar a lâmina com o microscópio;
o Identificar as diferentes fases do ciclo estral da cadela;
o Realizar o laudo do exame.

FIGURAS 1, 2, 3, 4: ETAPAS DO PROCEDIMENTO. Fonte: Arquivo Pessoal, 2023

122
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Realizar o exame de forma padronizada;


o Realizar a coleta de forma cuidadosa e sem causar desconforto à cadela;
o Realizar a análise microscópica de forma criteriosa;
o Realizar o laudo do exame de forma clara e objetiva.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Explicar a importância da citologia vaginal para o diagnóstico de enfermidades


reprodutivas e determinação da fase do ciclo estral;
o Orientar sobre a necessidade de se seguir os passos do procedimento de forma
padronizada e cuidadosa;
o Permitir a prática supervisionada para a aquisição de habilidades e destreza no manuseio
do material.

8. REFERÊNCIAS

DAVIDSON, A. P. Manual of Small Animal Reproduction and Neonatology. John Wiley &
Sons, 2014.
JOHNSTON, S. D.; ROOT KUSTRITZ, M. V. Canine and Feline Theriogenology. John
Wiley & Sons, 2020.

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Equipe Pop da área de Medicina Veterinária – Ginecologia e Obstetrícia – Citologia


Vaginal em Cadelas

123
ELABORADO POR:

Iara Nóbrega Macêdo


Adriana Trindade Soares

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

124
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Título: Diagnóstico Gestacional em Pequenos Animais
Elaborado por: Iara Nóbrega Macêdo e Adriana Trindade Soares Data da criação:
01/04/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Profa. Ma. Iara Nóbrega Macêdo
Setor: Clínica Escola Veterinária UNIPÊ Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O diagnóstico gestacional em cadelas e gatas é um procedimento que permite avaliar a presença


de gestação, determinar o tempo de gestação e identificar possíveis complicações. Esse
procedimento é importante para a saúde reprodutiva do animal e pode ser realizado por meio de
palpação abdominal, exames de imagem e dosagem hormonal.

2. OBJETIVOS

o Capacitar o aluno a identificar as principais técnicas utilizadas no diagnóstico gestacional em


pequenos animais.
o Fornecer ao aluno conhecimentos sobre as diferentes fases do desenvolvimento fetal e os
principais sinais clínicos da gestação em cadelas e gatas.
o Ensinar o aluno a realizar as manobras e procedimentos necessários para a realização do
diagnóstico gestacional em pequenos animais.
o Orientar o aluno sobre as principais limitações e desafios do diagnóstico gestacional em
pequenos animais e como lidar com essas questões na prática clínica.

125
o Promover a compreensão do papel da ultrassonografia e de outros exames complementares no
diagnóstico gestacional em pequenos animais.
o Estimular o aluno a realizar o diagnóstico gestacional de forma ética e responsável, respeitando
as normas e diretrizes da medicina veterinária.
o Incentivar o aluno a utilizar os conhecimentos adquiridos para aprimorar sua prática clínica e
contribuir para o bem-estar dos animais e de seus tutores.

3. FINALIDADES

Identificar a presença de gestação, determinar o tempo de gestação, identificar possíveis


complicações gestacionais, monitorar a saúde reprodutiva do animal.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Luvas descartáveis;
o Álcool 70%;
o Toalhas de papel;
o Máquina de tricotomia;
o Almofada para deitar o animal;
o Coleira para contenção do animal;
o Equipamento de ultrassom com transdutor microconvexo;
o Gel condutor de ultrassom;
o Ficha de avaliação do exame.

126
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Preparação do local de exame: limpeza e desinfecção do ambiente.

o Preparação do animal: contenção e higiene.


o Identificação do período gestacional: avaliação clínica e histórico do animal.
o Palpação abdominal: utilização de técnica adequada para identificação de possíveis fetos e
complicações gestacionais.

o Preparação do animal:
a. Certificar-se de que o animal esteja contido e tranquilo
b. Realizar a tricotomia da região a ser examinada
c. Utilizar luvas de procedimento;

o Preparação do equipamento:
a. Conectar o transdutor ao equipamento
b. Verificar se há gel condutor suficiente para a realização do exame

o Realização do exame: a. Aplicar o gel condutor na região a ser examinada b. Posicionar o


transdutor sobre a região e movimentá-lo suavemente para obter as imagens c. Registrar as
informações relevantes do exame, como número de fetos, tamanho, posição e batimentos
cardíacos.

o Finalização do exame:
a. Retirar o gel condutor da região examinada
b. Limpar o transdutor com toalhas de papel
c. Registrar as informações obtidas no exame em uma ficha de registro de dados.

o Recomendações ao tutor: orientações sobre a gestação e cuidados necessários.

127
FIGURA 1. Ultrassonografia abdominal para diagnóstico gestacional em gata
Fonte: Arquivo Pessoal, 2023

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Realizar o procedimento com técnica adequada e segura.


o Zelar pelo bem-estar do animal.
o Identificar e notificar possíveis complicações gestacionais.
o Orientar o tutor sobre os cuidados necessários.

128
7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utilização de equipamentos de proteção individual.


o Prática em animais saudáveis e gestantes.
o Supervisão e orientação de um profissional qualificado.

8. REFERÊNCIAS

BEARDEN, H. J.; FUQUA, C. Applied animal reproduction. 6th ed. Boston: Pearson, 2018.
JUNQUEIRA, L.; COSTA, R. Reprodução de cães e gatos. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2013.

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Medicina Veterinária – Ginecologia e Obstetrícia – Diagnóstico Gestacional em


Pequenos Animais

ELABORADO POR:

Adriana Trindade Soares


Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

129
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

GINECOLOGIA E OBSTETRÍCIA
Título: Diagnóstico Gestacional em Grandes Animais
Elaborado por: Iara Nóbrega Macêdo e Adriana Trindade Soares Data da criação:
01/04/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Iara Nóbrega Macêdo
Setor: Fazenda Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO

O diagnóstico gestacional em grandes animais é um procedimento que permite avaliar a presença


de gestação, determinar o tempo de gestação e identificar possíveis complicações. Esse
procedimento é importante para a saúde reprodutiva do animal e pode ser realizado por meio de
ultrassonografia e palpação transretal.

2. OBJETIVOS

o Compreender a importância do diagnóstico gestacional em grandes animais para a saúde e


manejo reprodutivo do rebanho.
o Aprender sobre as diferentes técnicas de diagnóstico gestacional em grandes animais e como
elas podem ser utilizadas para avaliar a gestação e monitorar a saúde da fêmea e do feto.
o Conhecer as etapas do procedimento de diagnóstico gestacional em grandes animais, incluindo
as diferentes fases da gestação e as características do desenvolvimento fetal em cada uma delas.
o Identificar as possíveis complicações durante a gestação em grandes animais e como o
diagnóstico gestacional pode auxiliar na detecção precoce dessas complicações.

130
o Desenvolver habilidades práticas na realização do diagnóstico gestacional em grandes animais,
incluindo a coleta de amostras e a interpretação dos resultados.
o Compreender as responsabilidades éticas e profissionais envolvidas na realização do
diagnóstico gestacional em grandes animais e o papel do médico veterinário na garantia do
bem-estar animal.

3. FINALIDADES

Promover a compreensão sobre a importância do diagnóstico gestacional na produção animal,


permitindo a detecção precoce de gestação, planejamento reprodutivo adequado e prevenção de
prejuízos econômicos.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

Equipamento de ultrassom com transdutor linear retal de alta frequência (7.5 a 10 MHz);
Tronco ou brete para contenção adequada do animal;
Luvas de palpação;
Mucilagem;
Toalhas de papel;
Ficha de registro de dados.

131
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Preparação do animal: o animal deve ser contido de maneira adequada para garantir a
segurança do examinador e do animal. É importante lavar a região perineal antes do
procedimento para evitar contaminação.
o Uso de luva de palpação: o examinador deve colocar uma luva de palpação embebida de
mucilagem para lubrificação e introduzir a mão no reto do animal para avaliar o tamanho
do útero. A identificação da gestação é feita com base no tamanho e consistência do útero.
o Utilização do transdutor linear retal: para confirmar a presença de gestação e determinar o
estágio da gestação, é utilizado o aparelho de ultrassonografia conectado a um transdutor
linear retal, que é introduzido no reto do animal.
o Identificação dos fetos: o transdutor é utilizado para identificar e contar os fetos. É possível
avaliar o tamanho fetal, a idade gestacional, o desenvolvimento dos órgãos, o que ajuda a
identificar possíveis problemas de desenvolvimento fetal.
o Lavagem do transdutor: após o procedimento, o transdutor deve ser cuidadosamente limpo
e desinfetado.
o É importante lembrar que as etapas podem variar de acordo com o tipo de animal, seja ele,
equino, bovino, caprino/ovino e as técnicas utilizadas. Um exemplo é que no caso dos
pequenos ruminantes não há como realizar uma palpação transretal, ficando limitado a
inserir apenas o transdutor no reto do animal, com auxílio de um adaptador para a espécie.
Outro adendo é que com o passar dos dias, a avaliação gestacional só consegue ser realizada
através de ultrassonografia transabdominal. A realização do procedimento requer habilidade
e treinamento adequados por parte do examinador.

132
FIGURA 1. Auxílio à palpação transretal
Fonte: Arquivo Pessoal, 2023

FIGURA 2. Análise de desenvolvimento gestacional com auxílio do ultrassom


Fonte: Arquivo Pessoal, 2023

133
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

O profissional responsável pela realização do procedimento deve possuir conhecimento técnico


sobre a realização do exame e sobre as possíveis complicações gestacionais em grandes animais.
Deve seguir todas as normas de biossegurança, garantir o bem-estar animal e registrar todas as
informações obtidas no exame.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Os alunos devem estar acompanhados por um profissional capacitado durante a realização do


exame.
o É importante respeitar as normas de biossegurança durante todo o procedimento.
o O registro das informações obtidas no exame é fundamental para a avaliação do estado de saúde
do animal gestante.

8. REFERÊNCIAS

BEZERRA, P.S. Ultrassonografia em grandes animais. 1ª ed. São Paulo: Roca, 2016.
CARVALHO, G.R. et al. Manual de Ultrassonografia Veterinária. 2ª ed. São Paulo: MedVet,
2019

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Medicina Veterinária – Ginecologia e Obstetrícia – Diagnóstico Gestacional em


Grandes Animais

134
ELABORADO POR:

Adriana Trindade Soares


Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

135
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

REPRODUÇÃO E BIOTECNOLOGIA ANIMAL

Título: Exame ginecológico em ruminantes domésticos.


Elaborado por: Adriana Trindade Soares e Iara Nóbrega Data da criação: 28/03/2023
Macêdo
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 28/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Adriana Trindade Soares
Setor: Propriedades rurais Agente(s): Discentes;
Docentes.

1. CONCEITO

O exame ginecológico é um exame clínico específico e complementar que consiste basicamente


em avaliar a história reprodutiva da fêmea, palpação retal uterina e ovariana, podendo ser
complementada com a ultrassonografia e vaginoscopia. (Exame Ginecológico e Diagnóstico de
Gestação. Documento Técnico, 2021).

2. OBJETIVOS

o Atestar a capacidade e desempenho reprodutivo do animal, diagnosticar gestação,


diagnosticar doenças e contribuir para a saúde reprodutiva e ciclicidade estral;
o Proporcionar ao aluno o conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos das
fêmeas ruminantes domésticas, identificando os sinais/sintomas que demonstrem alteração
no sistema reprodutivo;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da fisiologia da reprodução, na execução de
procedimentos clínicos reprodutivos.

136
3. FINALIDADES

o Conhecer a anatomia e fisiologia do trato reprodutivo da fêmea;


o Realizar diagnósticos de gestação e patologias da esfera reprodutiva da fêmea.
o Proporcionar o conhecimento para aplicação protocolos hormonais de sincronização do astro e
ovulação para biotécnicas reprodutivas.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs (Luvas de procedimento, luvas de palpação retal, botas de borracha ou galochas,


macacão e avental impermeável)
o Gel condutor;
o Aparelho de ultrassom;
o Papel toalha
o Cadeira
o Mesa
o Papel e caneta.
o Tronco de contenção

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Exame ginecológico em vacas


o Separar o rebanho a ser examinado;
o Colocá-los em local apropriado e seguro, como um tronco de contenção;
o Anota-se a identificação do animal em uma ficha apropriada contendo o número de
identificação do animal, raça, idade;

137
o Realizar o exame primeiramente introduzindo a mão e após braço por via retal para palpar a
cervix, útero e ovários e sentir e avaliar as estruturas avaliadas;
o Em seguida introduzir a probe do aparelho de ultrassom para possibilitar a captação da
imagem mostrada no monitor do equipamento;
o Interpretar as imagens;
o Faz-se as anotações referentes às condições dos órgãos examinados;
o Concluir o exame;
o Liberar o animal do tronco de contenção.

Exame ginecológico em cabras e ovelhas


o Separar o rebanho a ser examinado;
o Colocá-los em local apropriado e seguro, tanto para os animais como para o avaliador, nestas
espécies, os animais são contidos por uma pessoa para imobilizá-lo apenas segurando com as
mãos, já que é um animal de pequeno porte e fácil contenção;
o O examinador realiza o exame sentado, de frente ao aparelho de ultrassom.
o O animal também é colocado próximo ao examinador para possibilitar a introdução, por via
retal da probe do aparelho, para possibilitar a visualização das imagens dos órgãos a serem
avaliados, como o útero e seu conteúdo e os ovários com suas estruturas: folículos e corpo
lúteo;
o Faz-se as anotações referentes às condições das estruturas examinadas;
o Conclui o exame;
o Liberar o animal.

138
FIGURA 1. Exame de utrassom para diagnóstico gestacional em uma cabra. Arquivo
pessoal.

FIGURA 2. Imagem ultrassonográfica de gestação positiva em uma cabra com visualização


do feto. Fonte: Arquivo pessoal.

139
Figura 3. Palpação retal em vaca. Fonte: Arquivo pessoal.

5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações quanto aos sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

140
6. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utiliza-se a metodologia indicada para realização do exame baseada nos conhecimentos


teóricos ministrados previamente em sala de aula. Cada animal pode ser examinado por até
quatro alunos. Inic Metodologia da problematização em grupos de até 5 alunos por animal.
Nesta metodologia, elaboramos um caso clínico com queixa principal para cada
cavalo/paciente e os alunos divididos em grupos examinam e elaboram raciocínio crítico e
clínico sobre o caso.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, em seguida, iniciar o exame e procedimentos em cada
cavalo/paciente.
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Utilizar sempre estetoscópio e termômetro nas aulas práticas;
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Não transitar com os animais além do ambiente da fazenda.

7. REFERÊNCIAS

Santos, et al. Exame ginecológico e diagnóstico de gestação. Manual Técnico, – Londrina:


Editora Científica, 2021. ISBN 978-65-00-28719

João Pessoa, 28 de abril de 2023

Medicina Veterinária – Reprodução e biotecnologia animal


- Exame ginecológico em ruminantes.

ELABORADO POR:

141
Adriana Trindade Soares
Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

142
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

REPRODUÇÃO E BIOTECNOLOGIA ANIMAL


Título: Simulação de exame ginecológico em protótipo bovino
Elaborado por: Adriana Trindade Soares e Iara Nóbrega Data da criação: 02/04/2023
Macêdo
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Adriana Trindade Soares
Setor: COLAB II Agente(s): Discentes;
Docentes.

1. CONCEITO
O exame ginecológico é um exame clínico específico e complementar que consiste basicamente
em avaliar os órgãos reprodutivos de uma fêmea (Exame Ginecológico e Diagnóstico de Gestação.
Documento Técnico, 2021).

2. OBJETIVOS

o Conhecer a anatomia do sistema reprodutor da fêmea bovina por meio de um protótipo que
simula artificialmente o sistema reprodutivo da vaca, proporcionando conhecer inicialmente o
sistema reprodutivo em uma peça artificial garantindo maior segurança antes de iniciar o
exame em um animal in vivo.
o Proporcionar ao aluno o conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos das
fêmeas ruminantes domésticas;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da fisiologia da reprodução, na execução de
procedimentos clínicos reprodutivos.

143
3. FINALIDADES

o Conhecer a disposição e localização dos órgãos reprodutivos da fêmea bovina utilizando um


protótipo, que segue a representação esquemática dos órgãos reprodutivos do animal;
o Facilitar a percepção de um exame ginecológico no animal in vivo mediante o conhecimento
prévio da prática realizada em um protótipo;
o Conhecer as etapas para realização da palpação retal em uma fêmea bovina.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Jaleco
o Luvas de palpação retal

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Exame ginecológico em vacas:


o Conhecer a estrutura do protótipo;
o Se posicionar adequadamente para examinar a peça;
o Identificar os órgãos reprodutivos (vulva, vagina, cervice, cornos uterinos e ovários);
o Realizar a avaliação dos órgãos reprodutivos por meio da palpação retal.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas do laboratório;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações das observações relevantes;

144
o Manter o respeito e a ética no ambiente da aula.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Manter o foco na aprendizagem da aula prática;


o Manter o zelo e cuidado com o uso da peça durante a execução do exame;
o Saber esperar sua vez para realizar o exame na peça.

Figura 1.
Aula prática
utilizando um
protótipo dos
orgãos
reprodutivos
de uma vaca.

8. REFERÊNCIAS

145
Exame Ginecológico e Diagnóstico de Gestação. Documento Técnico, 2021

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Medicina Veterinária – Reprodução e biotecnologia animal


- Exame ginecológico em ruminantes.

ELABORADO POR:

Adriana Trindade Soares


Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

146
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

REPRODUÇÃO E BIOTECNOLOGIA ANIMAL


Título: Exame ginecológico em pequenos ruminantes
Elaborado por: Adriana Trindade Soares e Iara Nóbrega Data da criação: 28/03/2023
Macêdo
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 28/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Adriana Trindade Soares
Setor: Propriedades rurais Agente(s): Discentes;
Docentes.

1. CONCEITO

O exame ginecológico é um exame clínico específico e complementar que consiste basicamente


em avaliar a história reprodutiva das fêmeas avaliação dos órgãos reprodutivos (Exame
Ginecológico e Diagnóstico de Gestação. Documento Técnico, 2021).

2. OBJETIVOS

o Atestar a capacidade e desempenho reprodutivo das fêmeas caprinas e ovinas;


o Proporcionar ao aluno o conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos das
fêmeas caprinas e ovinas, identificando os sinais/sintomas que demonstrem alteração no
sistema reprodutivo;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da fisiologia da reprodução, na execução de
procedimentos clínicos reprodutivos.

147
3. FINALIDADES

o Conhecer a anatomia e fisiologia do trato reprodutivo das fêmeas caprinas e ovinas;


o Proporcionar o conhecimento da fisiologia para aplicação de protocolos hormonais de
sincronização do estro e ovulação para biotécnicas reprodutivas;
o Realizar diagnóstico de gestação, diagnosticar doenças da reprodução e contribuir para a saúde
reprodutiva e ciclicidade estral do rebanho.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs (Luvas de procedimento, botas de borracha ou galochas, macacão)


o Gel condutor;
o Aparelho de ultrassom;
o Papel toalha
o Cadeira
o Mesa
o Papel e caneta.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Exame ginecológico em cabras e ovelhas


o Separar o rebanho a ser examinado;
o Colocá-los em local apropriado e seguro, tanto para os animais como para o avaliador, nestas
espécies, os animais são contidos por uma pessoa para imobilizá-lo apenas segurando com
uso de cabresto, já que é um animal de pequeno porte e fácil contenção;
o O examinador realiza o exame sentado, de frente ao aparelho de ultrassom.

148
o O animal também é colocado próximo ao examinador para possibilitar a introdução, por via
retal da probe do aparelho, para possibilitar a visualizaçãao das imagens dos órgãos a serem
avaliados, como o útero e seu conteúdo e os ovários com suas estruturas: folículos e corpo
lúteo;
o Faz-se as anotações referentes às condições das estruturas examinadas;
o Conclui o exame;
o Liberar o animal.

FIGURA 1. Exame de utrassom para diagnóstico gestacional em caprinos. Arquivo pessoal.

149
FIGURA 2. Imagem ultrassonográfica de gestação positiva em uma cabra com visualização
do feto. Fonte: Arquivo pessoal.

5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações quanto aos sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

150
6. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Manter a ética profissional;


o Bons tratos com os animais;
o Respeitar as normas da fazenda;
o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações quanto aos sinais observados;
o Autoconfiança e paciência.

7. REFERÊNCIAS

Santos, et al. Exame ginecológico e diagnóstico de gestação. Manual Técnico, – Londrina:


Editora Científica, 2021. ISBN 978-65-00-28719

João Pessoa, 28 de abril de 2023

Medicina Veterinária – Reprodução e biotecnologia animal


- Exame ginecológico em ruminantes.

ELABORADO POR:

Adriana Trindade Soares


Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

151
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

REPRODUÇÃO E BIOTECNOLOGIA ANIMAL


Título: Exame ginecológico em bovinos.
Elaborado por: Adriana Trindade Soares e Iara Nóbrega Data da criação: 28/03/2023
Macêdo
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 28/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Adriana Trindade Soares
Setor: Propriedades rurais Agente(s): Discentes;
Docentes.

1. CONCEITO

O exame ginecológico é um exame clínico específico e complementar que consiste basicamente


em avaliar a história reprodutiva da fêmea, palpação retal uterina e ovariana, podendo ser
complementada com a ultrassonografia e vaginoscopia (Exame Ginecológico e Diagnóstico de
Gestação. Documento Técnico, 2021).

2. OBJETIVOS

o Atestar a capacidade e desempenho reprodutivo do animal, diagnosticar gestação, diagnosticar


doenças e contribuir para a saúde reprodutiva e ciclicidade estral;
o Proporcionar ao aluno o conhecimento da anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos das
fêmeas ruminantes domésticas, identificando os sinais/sintomas que demonstrem alteração no
sistema reprodutivo;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao discente
segurança, a partir dos conhecimentos da fisiologia da reprodução, na execução de procedimentos
clínicos reprodutivos.

152
3. FINALIDADES

o Conhecer a anatomia e fisiologia do trato reprodutivo da fêmea;


o Realizar diagnósticos de gestação e patologias da esfera reprodutiva da fêmea.
o Proporcionar o conhecimento para aplicação protocolos hormonais de sincronização do estro
e ovulação para biotécnicas reprodutivas.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o EPIs (Luvas de procedimento, luvas de palpação retal, botas de borracha ou galochas, macacão
e avental impermeável)
o Gel condutor;
o Aparelho de ultrassom;
o Papel toalha
o Mesa
o Papel e caneta.
o Tronco de contenção

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Exame ginecológico em vacas


o Separar o rebanho a ser examinado;
o Colocá-los em local apropriado e seguro, como um tronco de contenção;
o Anota-se a identificação do animal em uma ficha apropriada contendo o número de
identificação do animal, raça, idade;
o Realizar o exame primeiramente introduzindo a mão e após braço por via retal para palpar a
cérvix, útero e ovários e sentir e avaliar as estruturas avaliadas;

153
o Em seguida introduzir a probe do aparelho de ultrassom para possibilitar a captação da
imagem mostrada no monitor do equipamento;
o Interpretar as imagens;
o Faz-se as anotações referentes às condições dos órgãos examinados;
o Concluir o exame;
o Liberar o animal do tronco de contenção.

Figura 1. Palpação retal em vaca. Fonte: Arquivo pessoal.

154
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas da fazenda;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações quanto aos sinais observados;
o Prezar pelo bem-estar animal em todos os procedimentos;
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Utiliza-se a metodologia indicada para realização do exame baseada nos conhecimentos


teóricos ministrados previamente em sala de aula.
o Proibido o uso de celular;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor.

8. REFERÊNCIAS

Santos, et al. Exame ginecológico e diagnóstico de gestação. Manual Técnico, – Londrina:


Editora Científica, 2021. ISBN 978-65-00-28719

João Pessoa, 28 de abril de 2023

Medicina Veterinária – Reprodução e biotecnologia animal


- Exame ginecológico em ruminantes.

ELABORADO POR:

155
Adriana Trindade Soares
Iara Nóbrega Macêdo

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

156
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

REPRODUÇÃO E BIOTECNOLOGIA ANIMAL


Título: Avaliação de sêmen
Elaborado por: Adriana Trindade Soares e Iara Nóbrega Data da criação: 02/04/2023
Macêdo
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Adriana Trindade Soares
Setor: COLAB II Agente(s): Discentes;
Docentes.

1. CONCEITO
A análise de sêmen é uma das etapas do exame andrológico que complementa a avaliação da
capacidade reprodutiva de um macho (Comunicado Técnico 108, Embrapa, 2017).

2. OBJETIVOS

o Atestar a capacidade e desempenho reprodutivo do reprodutor;


o Proporcionar ao aluno o conhecimento da fisiologia reprodutiva do macho ruminante
doméstico e demonstrar alguma alteração no sistema reprodutor;
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos da fisiologia da reprodução, na execução de
procedimentos da biotecnologia do sêmen.

3. FINALIDADES

o Conhecer o funcionamento da célula espermática;


o Realizar diagnósticos de alteração seminal;

157
o Proporcionar o conhecimento para aplicação de protocolos de diluição de sêmen;

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS

o Tubo coletor plástico graduado de 15 mL;


o Pipeta e ponteiras;
o Lâmina,
o Lamínula,
o Câmara de Neubauer;
o Palhetas de envase de sêmen 0,5mL
o Banho-maria;
o Microscópio;
o Luvas de procedimento;
o vagina artificial;
o Meio de diluição do sêmen;
o Massa de modelar atóxica para lacra as palhetas;
o Contador manula de células.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

o Coletar o sêmen por meio de vagina artificial;


o Avaliar a amostra de sêmen macroscopicamente (volume, aspecto, cor)
o Manter em para o banho maria a 37oC para avaliação;
o Avaliar microscopicamente em lâmina e lamínula (turbilhonamento, motilidade, vigor,
concentração espermática);
o Fazer os cálculos da diluição do ejaculado;
o Envasar as doses seminais.

158
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas do laboratório;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Realizar anotações das observações relevantes;
o Manter o respeito e a ética no momento da aula.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Manter o foco na aprendizagem da aula prática;


o Manter o zelo e cuidado com o material em uso durante a execução da aula;
o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;

8. REFERÊNCIAS

Processamento de sêmen refrigrado bovinos, Comunicado Técnico 108, Embrapa, 2017.

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Medicina Veterinária – Reprodução e biotecnologia animal


- Exame ginecológico em ruminantes.

ELABORADO POR:

Adriana Trindade Soares


Iara Nóbrega Macêdo

159
VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

160
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MICROBIOLOGIA
Título: Preparação de meios de cultura.
Elaborado por: Mariana Cavalcante e Almeida Sá e Gedean Data da criação: 01/03/23
Galdino da Cruz Silva
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 01/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Mariana Cavalcante e Almeida Sá.
Setor: Laboratório de microbiologia - COLAB I. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
O preparo da meios de cultura para microrganismos é o processo de mistura de nutrientes, agentes
para tamponamento e manutenção do equilíbrio osmótico, bem como inibidores ou indicadores
seletivos para criar um ágar ou caldo que possibilite o crescimento e a diferenciação dos
microrganismos. O preparo de meios de cultura para microrganismos é uma tarefa rotineira no
monitoramento regular de deterioração e micróbios patogênicos em testes microbiológicos. Os
meios de cultura para microrganismos devem fornecer condições ideais de crescimento para todos
os tipos ou para tipos específicos de microrganismos. A composição precisa de um meio depende
da espécie sendo cultivada e do objetivo da aplicação. O pH médio precisa ser ajustado
dependendo dos microrganismos. Os meios de cultura para microrganismos são classificados com
base em vários parâmetros, como componentes químicos, natureza física e função.
(https://www.sigmaaldrich.com/BR/pt/technical-documents/technical-article/microbiological-
testing/microbial-culture-media-preparation/microbiology-introduction)

2. OBJETIVOS

o Preparar diferentes meios de cultura a serem utilizados para o cultivo de microrganismos.

161
3. FINALIDADES

Ajudar na investigação e identificação de microrganismos, através de soluções e substâncias


nutritivas chamadas meios de cultura, que devem atender às exigências nutricionais das espécies
a serem cultivadas.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
o Ágar;
o Copos descartáveis;
o Frascos de meio de cultura;
o Água Destilada;
o Balança;
o Placas de Petri;

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

Pesar o pó, seguindo o protocolo indicado, e adicionar separadamente à água destilada, tomando-
se o cuidado de homogeneizar a cada componente adicionado. Os meios de cultura mais
utilizados em laboratórios de microbiologia estão disponíveis comercialmente, já na forma
desidratada. Nestes casos, pesar a quantidade de mistura especificada na embalagem do produto
e acrescentar à água destilada.
BHI Ágar
Indicação: Para o cultivo de qualquer microorganismo – ágar;
Materiais: Brain Heart agar 52; H2O destilada 1000ml;
Método: Dissolver o BHI na H2O destilada e agitar bem; em seguida ferver em micro-ondas ou
placa aquecida agitando sempre para dissolver a água; posteriormente autoclavar em garrafas a
meia rosca por 15 minutos a 121º C e pro fim distribuir em placas ainda quente, antes de
solidificar.

162
BHI Caldo
Indicação: Para cultivo de qualquer microrganismo – caldo;
Materiais: Brain Heart broth 37g; H2O destilada 1000ml;
Método: Dissolver o BHI na H2O destilada, agitar bem; Autoclavar tubos ou garrafas a meia
rosca por 15 minutos a 121º C; Distribuir o BHI caldo estéril nos tubos.

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

8. REFERÊNCIAS

Vermelho, Alane B. Práticas de Microbiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd


edição). Grupo GEN, 2019.

163
João Pessoa, 01 de abril de 2023.

Medicina Veterinária – Microbiologia aplicada a medicina veterinária

ELABORADO POR:

Dra. Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Ma. Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

164
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MICROBIOLOGIA
Título: Semeadura.
Elaborado por: Mariana Cavalcante e Almeida Sá e Gedean Data da criação:
Galdino da Cruz Silva 01/03/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 01/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Mariana Cavalcante e Almeida Sá.
Setor: COLAB I. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
As técnicas de semeadura são o método pelo qual se transfere inóculos bacterianos (repique) de
um meio de cultura ou material a ser analisado (ex.: secreções, alimentos etc.) para um outro meio
de cultura. Para garantir que apenas o micro-organismo desejado seja semeado, são utilizadas as
técnicas assépticas.

2. OBJETIVOS

o Preparar diferentes meios de cultura a serem utilizados para o cultivo de microrganismos.

3. FINALIDADES

Ajudar na investigação e identificação de microrganismos, através de soluções e substâncias


nutritivas chamadas meios de cultura, que devem atender às exigências nutricionais das espécies
a serem cultivadas.

165
4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
o Ágar;
o Copos descartáveis;
o Frascos de meio de cultura;
o Água Destilada;
o Balança;
o Placas de Petri;

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

A agulha e alça de níquel-cromo (também chamada de agulha e alça de platina) devem ser
esterilizadas por flambagem antes e após qualquer cultivo. Tomar cuidado de esfriálas antes da
coleta.
Os recipientes devem sempre ser abertos próximos à chama do bico de Bunsen.
Deve-se evitar ao máximo que as tampas dos tubos e placas fiquem sob a bancada durante o
cultivo.
Para garantir uma semeadura correta, deve-se evitar ao máximo perfurar ou rasgar o Ágar, pois
poderá ocorrer acúmulo de bactérias neste setor do meio além de alterar as condições de
crescimento bacteriano.
SEMEADURA EM MEIO SÓLIDO
(Placa de Petri – técnica do esgotamento)
Divida a Placa de Petri em três partes, fazendo linhas com pincel marcador na parte de baixo da
placa.
Mergulhe a alça de platina esterilizada na cultura bacteriana que lhe é apresentada.
Faça estrias em cada divisão, respeitando as linhas e utilizando da melhor forma possível toda a
superfície da placa.

166
Figura 1. Imagem meramente ilustrativa.

5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

6. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

7. REFERÊNCIAS

167
Vermelho, Alane B. Práticas de Microbiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd
edição). Grupo GEN, 2019.

João Pessoa, 01 de abril de 2023.

Medicina Veterinária – Microbiologia aplicada a medicina veterinária

ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

168
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

MICROBIOLOGIA
Título: Preparação de meios de cultura.
Elaborado por: Mariana Cavalcante e Almeida Sá e Gedean Data da criação:
Galdino da Cruz Silva 01/03/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 01/04/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Mariana Cavalcante e Almeida Sá.
Setor: Laboratório de microbiologia - COLAB I. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
A técnica de Gram, também conhecida como coloração de Gram, é um método de coloração de
bactérias desenvolvido pelo médico dinamarquês Hans Christian Joachim Gram (1853-1938), em
1884, o qual permite diferenciar bactérias com diferentes estruturas de parede celular a partir das
colorações que estas adquirem após tratamento com agentes químicos específicos. O método
consiste em tratar sucessivamente um esfregaço bacteriano, fixado pelo calor, com os reagentes
cristal violeta, lugol, etanol-acetona e fucsina básica. As bactérias que adquirem a coloração azul
violeta são chamadas de Gram-positivas e aquelas que adquirem a coloração vermelho são
chamadas de Gram-negativas.

2. OBJETIVOS
o Identificar e diferenciar bactérias Gram-positivas e Gram-Negativas.

3. FINALIDADES
Ajudar na investigação e identificação de bactérias com base no tamanho, morfologia celular e
comportamento diante dos corantes.

169
4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
o Meio de cultura contendo bactérias;
o Bastões descartáveis;
o Bico de Busen;
o Lâminas e lamínulas;
o Corante básico (violeta de genciana ou cristal violeta)
o Mordente (solução de iodo iodetada ou LUGOL)
o Agente descorante (álcool etílico, acetona ou álcool-acetona 1/3)
o Corante básico de fundo: (fucsina básica diluída ou safranina).
o Microscópio óptico
o Óleo de imersão

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

1. Confeccionar o esfregaço;
2. Corar com violeta de cristal por 60 segundos;
3. Lavar com esguicho de água destilada;
4. Cobrir com Iodo de Gram ou Lugol por 60 segundos;
5. Lavar com esguicho de água destilada;
6. Descorar com álcool a 95%, ou acetona, 10-20 segundos;
7. Lavar com esguicho de água destilada;
8. Corar com safranina por 60 segundos
9. Lavar com água destilada, secar e observar ao microscópio.

As características estruturais da parede bacteriana estão na base da técnica de Gram que


funciona da seguinte forma.
O primeiro corante (cristal-de-metila) penetra na bactéria assim como o mordente (Soluto de
Lugol). Intracelularmente forma-se um complexo corante-iodo, insolúvel em água, que vai corar
o protoplasma e a parede celular. A camada de peptidoglicano é maior em bactérias gram-

170
positivas, as gram-negativas, por sua vez possuem pouco peptidoglicano e são coradas pelo
vermelho de safranina.
A lavagem com álcool 99,5º GL dissolve o complexo corante-iodo, e a se a parede celular for
permeável a este, arrasta-o para fora da célula. As bactérias capazes de preservar a coloração
roxa do 1º corante, o violeta de Genciana, designam-se por Gram positivas. As bactérias que,
após a lavagem com álcool-acetona, são incapazes de reter o violeta de Genciana, designam-se
por Gram negativas, corando pela fucsina diluída que se fixa apenas nas bactérias Gram-
negativas. Resumindo, as bactérias Gram positivas coram de roxo e as Gram negativas coram de
vermelho. Esta técnica de coloração permite então a distinção entre bactérias com parede celular
mais ou menos rica em peptidoglicanos. De referir que embora uma bactéria Gram negativa
nunca possa corar positivamente pelo Gram, uma bactéria estruturalmente Gram positiva pode
corar negativamente se a sua parede de peptidoglicano for destruída ou danificada (ex.
envelhecimento celular ou ação de lisozimas).

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

171
8. REFERÊNCIAS

Vermelho, Alane B. Práticas de Microbiologia. Disponível em: Minha Biblioteca, (2nd


edição). Grupo GEN, 2019.

João Pessoa, 01 de abril de 2023.

Medicina Veterinária – Microbiologia aplicada a medicina veterinária

ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

172
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

IMUNOLOGIA E MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA


Título: Antibiograma.
Elaborado por: Gedean Galdino da Cruz Silva, Mariana Data da criação: 03/04/23
Cavalcante e Almeida Sá e Iara Nunes de Siqueira
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 03/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Gedean Galdino da Cruz Silva
Setor: Laboratório Multidisciplinar. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
A resistência bacteriana é a capacidade de bactérias resistirem aos efeitos de antimicrobianos que
normalmente seriam eficazes contra elas. A resistência pode acontecer naturalmente ou ser
adquirida por meio de mutações genéticas e transferência de genes de resistência (OPAS, 2023).
Nesse contexto, o antibiograma é fundamental para avaliar a sensibilidade de uma bactéria a
diferentes tipos de antimicrobianos e com base nos resultados, é possível determinar qual
antibioticoterapia é mais adequada para tratar uma infecção específica (BrCAST, 2023). É uma
ferramenta importante para o Médico Veterinário escolher o fármaco correto e evitar o uso
desnecessário de medicamentos de amplo espectro.

2. OBJETIVOS
o Entender como as bactérias se tornam resistentes aos antibióticos disponíveis. Este conhecimento
também é importante para indicação correta de tratamentos e prevenção de infecções, além de
ajudar a prevenir a propagação de bactérias resistentes.
o Monitorar a resistência bacteriana aos antibióticos, permitindo que os discentes e profissionais de
saúde adaptem suas práticas de prescrição para minimizar o desenvolvimento de resistência
antimicrobiana.
o Desenvolver a prática laboratorial para a realização de exames microbiológicos.

173
3. FINALIDADES
A técnica de disco difusão é utilizada para testar a eficácia de diferentes tipos de antibióticos contra
bactérias patogênicas. A finalidade de estudar essa técnica é identificar quais antibióticos são mais
eficazes contra determinadas bactérias e, assim, ajudar no tratamento de infecções bacterianas. Além
disso, o estudo da técnica de disco difusão pode contribuir para o entendimento da resistência
bacteriana aos antibióticos e auxiliar na escolha do tratamento adequado para cada caso.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Isolado bacteriano.
- Placas de Petri descartáveis (100x20 mm).
- Ágar Muller Hilton.
- Tubo de ensaio rosqueado com tampa.
- Solução fisiológica (NaCl 0,9%).
- Água destilada.
- Swab estéril.
- Escala de McFarland.
- Espátula microbiológica de inox.
- Autoclave.
- Balão de fundo chato.
- Balança.
- Alça de platina.
- Discos de antibiograma.
- Pinça anatômica.
- Bico de Bunsen.
- Capela microbiológica.
- Estufa microbiológica.
- Régua.
- Tabela de referencias (CLSI e BrCAST).
- Homogeneizador vortex.

174
5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
1) Obtenha a cultura bacteriana: É preciso obter uma amostra do microrganismo que está causando
a infecção. Essa amostra pode ser coletada por meio de uma cultura de sangue, urina, fezes ou
outros fluidos corporais, dependendo do tipo de infecção.

2) Prepare a suspensão bacteriana: A amostra obtida precisa ser suspensa em meio líquido. Isso
pode ser feito adicionando a amostra a um tubo contendo caldo nutritivo e incubando-o por algumas
horas. O objetivo é obter uma concentração uniforme das bactérias.

3) Realize a inoculação: O próximo passo é transferir a suspensão bacteriana para placas de Petri
contendo ágar Mueller-Hinton. A inoculação pode ser feita por meio da técnica de espalhamento
ou por meio de uma pipeta de calibração.

4) Adicione os discos de antibióticos: Coloque discos de antibióticos na superfície do ágar,


observando a distância entre eles.

5) Incube as placas de Petri: Coloque as placas de Petri na incubadora a uma temperatura específica
(geralmente 35 °C) e deixe incubando por cerca de 24 horas.

6) Observe os resultados: Após a incubação, verifique as placas de Petri e observe o crescimento


do microrganismo em torno dos discos de antibióticos. A área de inibição de crescimento em torno
de cada disco é medida com uma régua.

7) Interprete os resultados: A interpretação das zonas de inibição é feita por meio de uma tabela de
interpretação de sensibilidade a antibióticos. Esta tabela informa se o microrganismo é sensível,
intermediário ou resistente a cada um dos antibióticos testados.

8) Selecione o antibiótico mais apropriado: Com base nos resultados do antibiograma, o médico
pode selecionar o antibiótico mais apropriado para tratar a infecção. É importante considerar fatores
como a gravidade da infecção, alergias a medicamentos e outros fatores relevantes na escolha do
tratamento antibiótico.

175
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Realizar o armazenamento e descarte correto das amostras biológicas.
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

8. REFERÊNCIAS

BrCAST - COMITÊ BRASILEIRO DE TESTES DE SENSIBILIDADE AOS


ANTIMICROBIANOS. Encontrado em: < https://brcast.org.br/wp-content/uploads/2022/09/06-
Me%CC%81todo-de-Disco-Difusa%CC%83o-BrCAST-24-6-2021.pdf>. Acessoem: 03/05/2023.
OPAS – ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DE SAÚDE. Uso Racional de
Antimicrobianos para a Contenção da Resistência. Encontrado em: <
https://www.paho.org/pt/node/87156>. Acesso em: 03/05/2023.

João Pessoa, 03 de maio de 2023.

Medicina Veterinária – Microbiologia Veterinária – Enfermidades Infecciosas –


Bacterioses.

176
ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Iara Nunes de Siqueira
Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

177
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

IMUNOLOGIA E MICROBIOLOGIA VETERINÁRIA


Título: Fermentação bacteriana.
Elaborado por: Gedean Galdino da Cruz Silva, Mariana Data da criação: 03/04/23
Cavalcante e Almeida Sá e Iara Nunes de Siqueira
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 03/05/23
Responsável pelo manual e pela atualização: Gedean Galdino da Cruz Silva
Setor: Laboratório Multidisciplinar. Agente(s): Discentes;
Docentes; Servidores dos
laboratórios.

1. CONCEITO
Bactérias Gram negativas são caracterizadas pela cor vermelha ou rosa que adquirem quando
submetidas ao teste de coloração de Gram. São reconhecidas pela parede celular composta por
uma camada fina de peptidoglicano e uma membrana externa constituída por lipopolissacarídeos
que as tornam mais resistentes a alguns tipos antimicrobianos. Esses microrganismos são
responsáveis por infecções como pneumonia, meningite, infecções urinárias e gastroenterites.
Dentre suas atividades metabólicas a fermentação é um processo onde açúcares são utilizados
como fonte de energia na ausência de oxigênio. Durante esse processo, existe a conversão dos
carboidratos em produtos como ácido lático, ácido acético, etanol, butanol, gás carbônico e outros
compostos (QUINN et al., 2005).

2. OBJETIVOS
o Desenvolver a prática laboratorial para a realização de exames microbiológicos.
o Avaliar a atividade fermentativa de isolados bacterianos (Gram negativos).
o Padronizar o manejo bioquímico de amostras bacterianas mantidas no Laboratório
Multidisciplinar de Medicina Veterinária do UNIPÊ para a realização de aulas práticas.

178
3. FINALIDADES
Influenciar no processo de aprendizagem através da visualização das reações bioquímicas que
demonstram transformações físicas e químicas do meio de cultura. As provas bioquímicas são uma
ferramenta utilizada na microbiologia para auxiliar na identificação bacteriana. Essa classificação
se dá pelas diferentes vias metabólicas de obtenção de energia e diferentes enzimas específicas
usadas para degradar substratos utilizados pelos microrganismos como fonte de energia.

4. MATERIAIS NECESSÁRIOS
- Isolado bacteriano (Gram negativo).
- Placas de Petri descartáveis (100x20 mm).
- Ágar TSI.
- Tubo de ensaio rosqueado com tampa.
- Água destilada.
- Espátula microbiológica de inox.
- Autoclave.
- Balão de fundo chato.
- Balança.
- Alça de inoculação.
- Bico de Bunsen.
- Estante para tubo de ensaio.
- Capela e estufa microbiológica.

5. ETAPAS DO PROCEDIMENTO

1) Realizar a pesagem e diluição do ágar TSI (instituído no rótulo).


2) Autoclavar a solução sob temperatura de 121°C durante 15 minutos.
3) Adicionar à solução autoclavada em tubos de ensaio com tampa rosqueada.
4) Apoiar os tubos formando uma inclinação do meio.
5) Esperar solidificar o meio.
6) Coletar o isolado bacteriano com a alça de inoculação.

179
7) Semear por picada até o fundo e depois estriar a superfície.
8) Deixar o tubo com a tampa folgada.
9) Incubar em estufa microbiológica durante 24 horas sob a temperatura de 35°C.
10) Fazer a leitura (Imagem 1):
- Ápice vermelho e base amarela (Fermentação apenas de glicose)
- Ápice e base amarelos (Fermentação de glicose e lactose)
- Presença de gás (CO2): bolhas ou meio fragmentado.
- H2S positivo: presença de precipitado negro.

Imagem 1: Interpretação do TSI.

FONTE: https://microbiologylabnotes.blogspot.com/2019/04/triple-
sugar-iron-tsi-agar.html

6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas.
o Fazer uso dos EPIs.
o Realizar o armazenamento e descarte correto das amostras biológicas.

180
o Relacionamento interpessoal.
o Autoconfiança, paciência, consideração, delicadeza, respeito e ética.

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Fazer uma revisão do conteúdo teórico.


o Os alunos devem dividir-se em duplas.
o Iniciar as etapas quando autorizados.
o Proibido o uso de celular.
o Lavar as mãos após as aulas.

8. REFERÊNCIAS

QUINN, P. J.; MARKEY, B. K.; CARTER, M. E.; DONNELLY, W. J.; LEONARD, F. C.


Microbiologia Veterinária e Doenças Infecciosas. São Paulo: Artmed, 2005.

João Pessoa, 03 de Maio de 2023.

Medicina Veterinária – Microbiologia Veterinária – Enfermidades Infecciosas –


Bacterioses.

ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Iara Nunes de Siqueira
Gedean Galdino da Cruz Silva

VALIDADO POR:

181
Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

182
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

BIOQUÍMICA
Título: Identificação de Proteínas
Elaborado por: Iara Nunes de Siqueira, Mariana Cavalcante e Data da criação:
Almeida Sá 03/04/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 03/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Iara Nunes de Siqueira
Setor: Laboratório de Bioquímica - COLAB I Agente(s): Discentes;
Docentes, técnico em
laboratório.

1. CONCEITO

As proteínas constituem macromoléculas de grande importância para o estudo da Medicina


Veterinária. A proteína forma o principal constituinte do organismo do animal, sendo,
pois, indispensável para o crescimento, a reprodução e a produção. As proteínas de origem vegetal
diferem entre si das de origem animal.

2. OBJETIVOS

o Identificar a importância da análise das proteínas no sangue.


o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos dos diferentes tipos de análise de proteínas
o Desenvolver um estudo crítico da importância da análise das proteínas na Medicina
Veterinária.

3. FINALIDADES

o Conhecer as técnicas utilizadas na análise das proteínas.

183
o Incentivar o aluno a uma avaliação crítica dos fatores que podem interferir na análise das
proteínas.
o Permitir a realização de práticas com aparelhos de espectofotômetro.

4. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Direcionar-se para o local indicado de acordo com as orientações do professor.
Observar as orientações quanto ao manuseio dos equipamentos.
Dividir a turma em equipes para a realização da prática.
Ligar o aparelho (espectofotômetro)
Colocar em um tubo branco o reagente de trabalho (2,5ml)
Colocar em um tubo o padrão (50 microlitros) e o reagente
Colocar em um tubo o reagente e a amostra (sangue) (50 microlitros).
Leve homogeneização
Aguardar 10 minutos
Colocar no aparelho de espectofotômetro (previamente calibrado)
Fazer a leitura
Registrar a leitura.

OBS: Antes do procedimento o espectofotômetro foi calibrado.

184
Figura 1. Reagentes para análise de proteínas
Fonte: Arquivo pessoal

185
Figura 2. Reagentes para análise de proteínas
Fonte: Arquivo pessoal

186
Figura 3. Reagente com a amostra pronto para ser colocado no espectofotômetro
Fonte: Arquivo pessoal.

5. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas dentro do estabelecimento;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Observação dos ensinamentos passados durante a aula
o Atenção no manuseio dos equipamentos

187
6. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Proibido o uso de celular;


o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Postura e comportamento condizente com o ambiente em que se encontra;
o Autoconfiança, paciência, respeito e ética
o Evitar conversas desnecessárias.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, para realizar as atividades
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Organizar a bancada.

7. REFERÊNCIAS
Bioquímica Ilustrada de Harper. 29. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552812/cfi/0!/4/2@ 100:0.00 (e-
book)
SACKHEIM, G. I.; LEHMAN, D. D. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas. 8 ed,
São Paulo: Manole, 2001.
http://cruzeirodosul.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520411193 (e-book)

João Pessoa, 03 de Maio de 2023.

Medicina Veterinária – Bioquímica

ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá

188
Iara Nunes de Siqueira

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

João Pessoa, 02 de maio de 2023

189
MANUAL DE PRÁTICAS – MEDICINA VETERINÁRIA

BIOQUÍMICA
Título: Medição de pH
Elaborado por: Iara Nunes de Siqueira e Mariana Cavalcante e Data da criação:
Almeida Sá 02/04/2023
Aprovado por: Núcleo Docente Estruturante (NDE) Data da
aprovação: 02/05/2023
Responsável pelo manual e pela atualização: Iara Nunes de Siqueira
Setor: Laboratório Multidisciplinar. Agente(s): Discentes;
Docentes, técnico em
laboratório.

1. CONCEITO

O pH é definido como o potencial hidrogeniônico, que é uma escala logarítmica que indica
com valores de 0 a 14 se a solução é ácida, neutra ou básica. Ter o conhecimento da análise de pH
na medicina veterinária nas mais diversas áreas é de grande valia. Podendo ser aplicado nas mais
diversas áreas como controle de qualidade dos alimentos (leite, carne e ovos) na clínica de
pequenos e grandes animais (urinálise e o pH ruminal) assim como também no controle de
qualidade da água utilizada na higienização das indústrias processadoras de alimentos.

2. OBJETIVOS

o Identificar a importância da análise do pH nos alimentos.


o Saber diferenciar alimentos ácidos, neutros e alcalinos.
o Contribuir para o desenvolvimento de competências e habilidades que proporcionem ao
discente segurança, a partir dos conhecimentos dos diferentes tipos de análise de pH
o Desenvolver um estudo crítico da importância da análise de pH na Medicina Veterinária.

190
3. FINALIDADES

o Conhecer as técnicas utilizadas na análise de pH.


o Incentivar o aluno a uma avaliação crítica dos fatores que podem interferir na análise de pH.
o Permitir a realização de práticas com aparelhos de pH

4. ETAPAS DO PROCEDIMENTO
Direcionar-se para o local indicado de acordo com as orientações do professor.
Observar as orientações passadas quanto ao manuseio dos equipamentos.
Dividir a turma em equipes para a realização da prática.
Ligar o pHmetro e esperar estabilizar.
Ovo:
Separar a gema da clara e colocar em um recipiente.
Colocar o eletrodo na gema.
Registrar o valor do pH
Fazer limpeza do eletrodo com a água destilada secar suavemente o eletrodo
Leite:
Depositar o leite em um becker e colocar o eletrodo.
Registrar o valor do pH do leite.
Higienizar novamente o eletrodo com água destilada e secar.
Carne:
Pesar 10g de carne em um becker e adicionar 100ml de água destilada.
Homogeneizar a amostra com a ajuda de um bastão durante 30 minutos.
Colocar o eletrodo.
Registrar o resultado.
Fazer a limpeza final do eletrodo e guardar o aparelho.

OBS: Antes do procedimento o pHmetro deve ter sido previamente calibrado.

191
Figura 1. Análise do pH do ovo
Fonte: Arquivo pessoal

4.1 MATERIAL UTILIZADO


o pHmetro
o Água destilada
o Papel toalha
o Leite
o Ovos
o Carne
o Bastão de vidro
o Beckers
o Provetas
o Balança

192
6. RESPONSABILIDADES DO EXECUTANTE

o Respeitar as normas dentro do estabelecimento;


o Fazer uso dos EPIs necessárias;
o Saber trabalhar em equipe;
o Observação dos ensinamentos passados durante a aula
o Atenção no manuseio dos equipamentos

7. RECOMENDAÇÕES DURANTE A AULA PRÁTICA

o Proibido o uso de celular;


o Jamais realizar quaisquer procedimentos sem a supervisão do professor;
o Postura e comportamento condizente com o ambiente em que se encontra;
o Autoconfiança, paciência, respeito e ética
o Evitar conversas desnecessárias.
o Os alunos devem dividir-se em grupos, para realizar as atividades
o Fazer uma revisão do conteúdo teórico;
o Lavar as mãos após as aulas;
o Organizar a bancada.

8. REFERÊNCIAS

Bioquímica Ilustrada de Harper. 29. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788580552812/cfi/0!/4/2@ 100:0.00 (e-


book)

SACKHEIM, G. I.; LEHMAN, D. D. Química e Bioquímica para Ciências Biomédicas. 8 ed,


São Paulo: Manole, 2001.

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http://cruzeirodosul.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788520411193 (e-book)

João Pessoa, 02 de maio de 2023

Medicina Veterinária – Bioquímica

ELABORADO POR:

Mariana Cavalcante e Almeida Sá


Iara Nunes de Siqueira

VALIDADO POR:

Núcleo Docente Estruturante do Curso de Medicina veterinária

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