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Experimentação
Biotério ICT- SJC/UNESP
Dezembro de 2020.
Sumário
1 Introdução .................................................................................................................................. 1
2 Documentos necessários para utilização do biotério ................................................................ 1
3 Equipamentos de Proteção Individual (EPI) necessários para a utilização do biotério ........... 2
4 Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA)......................................................................... 3
5 Bem-estar animal ....................................................................................................................... 3
6 Enriquecimento ambiental para os animais............................................................................... 4
7 Alimentação dos animais de experimentação ............................................................................ 6
8 Graus de invasividade e de estresse durante o experimento...................................................... 6
9 Contenção dos animais .............................................................................................................. 8
10 Transporte de Animais ........................................................................................................... 10
11 Responsabilidade pelos animais ............................................................................................ 11
12 Aquisição de medicamentos ................................................................................................... 12
13 Vias de Administração ........................................................................................................... 12
14 Tipos de agulha a utilizar para realizar as medicações ........................................................ 15
15 Dosagens das medicações indicadas para ratos, camundongo e coelhos ............................. 16
16 Cálculo das doses das medicações......................................................................................... 19
17 Reserva de centro cirúrgico ................................................................................................... 21
18 Pré-operatório........................................................................................................................ 22
19 Anestesia ................................................................................................................................ 22
20 Aspectos sistêmicos relevantes para o procedimento anestésico ........................................... 24
21 Cirurgia .................................................................................................................................. 25
22 Pós-operatório ....................................................................................................................... 26
23 Eutanásia................................................................................................................................ 26
24 Considerações Finais ............................................................................................................. 27
Referências bibliográficas ........................................................................................................... 28
1
1 Introdução
Este guia tem como objetivo orientar docentes e discentes que desejam
desenvolver pesquisa utilizando animais experimentais. Este guia também poderá
auxiliar na elaboração de um projeto, que inclui etapa in vivo, quanto às legislações
atuais que norteiam o uso de animais experimentais (CONCEA) e as diretrizes da
CEUA do ICT-SJC.
Ressalta-se que a escrita deve ser fundamentada em dados in vitro ou em
literatura prévia, de acordo com a linha de pesquisa desenvolvida pelo usuário do
biotério. O número de animais bem como o delineamento experimental deve ser
descrito detalhadamente tanto no projeto quanto no formulário a ser enviado para a
CEUA (Comissão de Ética na Utilização de Animais), a fim de ser avaliado pelos
membros do CEUA. Alguns materiais de consulta para o desenvolvimento desses
quesitos estão disponíveis em:
https://eda.nc3rs.org.uk/experimental-design
https://arriveguidelines.org
podem solicitar ao CEUA até 10% do número total de animais que serão utilizados no
experimento para piloto ou reposição de animais em caso de óbito.
Todos os usuários do biotério deverão ter concluído o treinamento on-line para
uso de animais experimentais, independentemente de ter experiência prévia com
animais de laboratório. Uma cópia do certificado desse treinamento também deverá ser
entregue ao MV-RT do biotério (verificar o tipo de certificado necessário).
Todos os membros da equipe necessitam preencher a ficha de usuário,
disponível no link descrito posteriormente, anexando nela uma foto 3x4.
Além desses documentos individuais, é preciso preencher o formulário de
procedimentos com uso de animais experimentais, sendo um formulário por
experimento, a ser entregue juntamente aos documentos já citados.
De forma resumida, deverão ser entregues ao MV-RT do biotério, 15 dias antes
da chegada dos animais:
1) Cópia do certificado do treinamento on-line de cada usuário (docentes,
discentes e pesquisadores responsáveis)
2) Cópia da declaração da Comissão de Ética (CEUA-ICTSJC);
3) Ficha dos usuários envolvidos no projeto com foto;
4) Formulário sobre os procedimentos.
Os modelos desses documentos estão disponíveis no site do biotério ICT-SJC:
(https://www.ict.unesp.br/#!/sobre-o-ict/depto-ensino/biociencias-e-diagnostico-
bucal/bioterio/).
usuários, que deverá ser adquiri-los previamente a ida ao Biotério. Na área destinada à
paramentação, o usuário deverá: colocar o jaleco (limpo ou descartável e exclusivo para
o biotério), máscara (limpa e descartável, de uso exclusivo para o biotério), gorro
descartável e propés descartáveis. Deve-se salientar que os materiais descartáveis
deverão ser jogados no lixo infectante após a saída do biotério, não sendo possível sua
reutilização. No caso de jaleco de tecido reutilizável, este deverá ser lavado
separadamente das demais peças de roupas do usuário.
O uso correto de EPI colabora para o bom andamento dos experimentos e evita a
saída de microrganismos próprios dos animais manipulados para o exterior do biotério,
uma vez que em imunossuprimidos ou em casos de patógenos específicos é possível a
transmissão do microrganismo ao ser humano, doença conhecida como zoonose.
5 Bem-estar animal
Legenda: o animal da esquerda encontra-se com os olhos fechados, sinalizando dor e desconforto. Esse
sinal mostra que a medicação analgésica precisa ser ajustada para esse indivíduo.
Fonte: acervo pessoal.
Acervo pessoal.
6
Acervo pessoal.
Google imagens.
10
10 Transporte de Animais
12 Aquisição de medicamentos
13 Vias de Administração
Acervo pessoal.
Acervo pessoal.
14
Acervo pessoal.
Acervo pessoal.
15
Google imagens.
16
Ratos
Camundongos
Coelhos
Cetamina 10% (Dopalen) 35mg/Kg e xilazina 2% (Anasedan) 5mg/Kg.
Via de administração: IM.
Analgésicos e anti-inflamatórios:
Quando o procedimento realizado resultar em DOR LEVE:
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Ratos
◦ Paracetamol 1-2mg/mL de água de bebida durante 3 dias.
◦ Carprofeno 1,5mg/Kg a cada 12h. Vias de administração: via oral (VO),
durante 3 dias.
Camundongos
◦ Paracetamol 1-2mg/mL de água de bebida durante 3 dias.
◦ Carprofeno 5mg/Kg a cada 24h. Vias de administração: via subcutânea
(SC), durante 3 dias.
Coelhos
◦ Paracetamol 1-2mg/mL de água de bebida durante 3 dias.
◦ Dipirona 12mg/Kg a cada 12h. Vias de administração: VO durante 3
dias.
Os procedimentos mais comuns que geram dor leve são: lesões superficiais em
pele ou nos dentes, como uma ligadura.
Os procedimentos mais comuns que geram dor severa são aqueles mais
cruentos, que envolvem maior incisão de pele e tecido muscular, aqueles envolvendo
tecido ósseo, ou procedimentos mais invasivos em cavidade oral, tais como defeitos ou
fraturas ósseas e cirurgia de implante.
Antimicrobianos (antibióticos):
Ratos
◦ Pentabiótico 0,01mL a cada 100g de peso vivo. Via de administração:
IM, em duas doses separadas por 5 dias cada.
◦ Enrofloxacino 2,5% 5-10mg/Kg. Vias de administração: VO, SC ou IM,
duas vezes ao dia, durante 7 ou 10 dias. Também pode ser realizado na dose de
100mg/L de água de bebida.
Camundongos
◦ Pentabiótico 0,01ml a cada 100g de peso vivo. Via de administração: IM,
em duas doses separadas por 5 dias cada.
◦ Enrofloxacino 2,5% 5-10mg/Kg. Vias de administração: VO, SC ou IM,
duas vezes ao dia, durante 7 ou 10 dias. Também pode ser realizado na dose de
100mg/L de água de bebida.
Coelhos
◦ Pentabiótico 0,1mL/Kg. Via de administração: IM, em duas doses
separadas por 5 dias cada.
◦ Enrofloxacino 2,5% 5-10mg/Kg. Vias de administração: VO, SC ou IM,
duas vezes ao dia, durante 7 ou 10 dias. Também pode ser realizado na dose de
100mg/L de água de bebida.
*Atenção:
A reserva dos centros cirúrgicos, I e II, é realizada por meio virtual, pelo site:
https://ict.unesp.br/. No site da faculdade, o usuário deve clicar na aba SISTEMAS e
depois deve clicar em Reserva de Equipamentos. Ao entrar nessa seção, clicar em área
de Biociências e Diagnóstico Bucal e a seguir clicar em agendar equipamentos. Nesse
momento deverá ser adicionado o CPF e a senha do usuário (aluno) e deve ser inserido
o nome do orientador como responsável. A seguir, deve ser inserida a data com a hora
inicial e a hora final do procedimento e posteriormente no campo laboratório, o usuário
deve selecionar Biotério, e por fim deve selecionar a sala a ser reservada (sala 1 ou sala
2). Ressalta-se que na sala 1 existe um cart odontológico contendo uma seringa tríplice,
um terminal para adaptação de caneta de alta rotação e outro para caneta de baixa
rotação (micromotor), além de um sugador.
Caso haja alguma mudança na data agendada, é importante que o usuário
desmarque para que outro possa ter acesso, caso seja necessário.
22
18 Pré-operatório
19 Anestesia
Caso o animal permaneça com reflexos após esse período de tempo, pode ser
administrado mais 25% do volume total dos fármacos utilizados para a anestesia, o
repique. Por exemplo: se o volume inicial administrado foi de 0,4mL de cetamina e
0,2mL de xilazina, como descrito acima no exemplo do cálculo de medicamentos,
podemos administrar o volume de 0,1mL de cetamina e 0,05mL de xilazina para induzir
o animal à anestesia (Figura 12). É necessário aguardar cerca de 10 minutos novamente
e verificar os reflexos do animal. Se o animal ainda mantiver os reflexos, pode-se repetir
o procedimento mais uma vez. Caso o animal ainda assim não “caia” não é indicado
repetir o procedimento de repique pela terceira vez, devido ao risco de morte por
overdose anestésica. O operador deve devolver o animal à gaiola e tentar novo
procedimento após, no mínimo, 24 horas.
Durante o procedimento cirúrgico, o animal pode começar a tomar a consciência
e voltar da anestesia. Nestes casos, indica-se administrar também 25% da dose
(“repique”), observando-se também se este animal já recebeu uma dose de “repique”
como explicado no parágrafo anterior.
Acervo pessoal.
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número de pessoas e conversas com falas e risadas exaltadas, o ambiente deve ser
silencioso e sem odores fortes.
21 Cirurgia
Acervo pessoal.
22 Pós-operatório
23 Eutanásia
24 Considerações Finais
Além dos artigos e manuais citados nas referências, existem outros, bem como
legislações pertinentes a cada tipo de experimentação. Por isso, é necessário realizar
uma leitura específica em materiais atuais para a escrita do projeto de pesquisa, antes do
seu envio à agência financiadora e à CEUA.
Referências bibliográficas
ANDRADE, A., PINTO, SC., and OLIVEIRA, RS., orgs. Animais de Laboratório: criação e
experimentação [online]. Rio de Janeiro: Editora FIOCRUZ, 2002. 388 p.
ARRP Guideline 22 (2012) : Guidelines for the Housing of Mice in Scientific Institutions
Animal Welfare Unit, NSW Department of Primary Industries, Animal Ethics Infolink:
http://www.animalethics.org.au
CARPENTER, J.W. Exotic Animal Formulary. 5 ed. Missouri: Elsevier, 2018. 1104p. il.
VIANA, F.A.B. Guia Terapêutico Veterinário. 3ª ed. Minas Gerais: Editora Cem, 2014. 560 p.