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CENTRO UNIVERSITÁRIO 7 DE SETEMBRO C

ENGENHARIA

MANUAL DE LABORATÓRIO

CIÊNCIAS DOS MATERIAIS – LABTEC 13

2023.1

Prof.doutor: Francisco Eudásio Ferreira Batista

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NORMAS ELEMENTARES DE SEGURANÇA 14. Ao se retirar do laboratório, verifique se há torneiras (água


ou gás) abertas. Desligue todos os aparelhos, deixe todos
I– INTRODUÇÃO os equipamentos limpo e lave as mãos.
O laboratório de Ciências dos materiais deve ser um lugar
de trabalho com segurança, entretanto, nesses locais, tem-se II– ACIDENTES MAIS COMUNS EM LABORATÓRIOS E
observado a ocorrência de muitos acidentes tanto em indústrias PRIMEIROS SOCORROS
como em universidades. Devem-se, então, utilizar normas de 1 – QUEIMADURAS
conduta para assegurar a integridade das pessoas, das a) QUEIMADURAS CAUSADAS POR CALOR SECO(CHAMA
instalações e dos equipamentos. Com a finalidade de reduzir a E OBJETOS AQUECIDOS)
frequência e a gravidade destes eventos, é importante • Queimaduras leves – aplicar a pomada picrato de
manusear corretamente as substâncias e equipamentos nestes butesina.
ambientes, tornando-se imprescindível que, durante os • Queimaduras graves – elas devem ser cobertas
trabalhos realizados em laboratórios, se observem as normas com gases esterilizados umedecida com solução
elementares de segurança. aquosa de bicarbonato de sódio 5%.
A segurança é obrigação do indivíduo e direito b) Queimaduras por ácidos – Lavar imediatamente o
de todos. local com água, em abundância, durante cerca 5
minutos. Em seguida, lavar com solução saturada de
CUIDADOS PESSOAIS bicarbonato de sódio e novamente com água.
1. Use um avental apropriado. c) Queimadura por bases – lavar a região atingida
2. Alimentos não devem ser ingeridos no laboratório imediatamente com bastante água. Durante cinco
3. Não fume, muito menos no laboratório minutos, tratar com solução de ácido acético1% e
4. Não leve a mão à boca ou aos olhos quando estiver em novamente lavar com água.
contato com produtos químicos. b) Ácios , bases e outras substâncias nos olhos.
5. Não deixe frascos contendo solventes inflamáveis próximo
a chama. Chuveiro e Lava-Olhos de Emergência
6. Evite contato de qualquer substância com a pele. Seja
particularmente cuidadoso quando manusear substâncias
corrosivas como ácidos e bases concentrados.
7. Lave bem as mãos ao finalizar seu trabalho no laboratório.

CUIDADOS EM RELAÇÃO AO LABORATÓRIO


1. Observe a localização dos extintores de incêndio.
(em equipamentos elétricos use somente extintores de
CO2.)
2. Certifique-se do bom funcionamento do lava olhos e
chuveiros de emergência.
3. Não jogue nenhum material sólido dentro das pias ou ralos
4. Ao se retirar do laboratório, verifique se não há torneiras
(água e gás ) abertas. Desligue todos os aparelhos e deixe
todos equipamentos e limpos.

CUIDADOS EM RELAÇÃO A PROCEDIMENTOS NO LABORATÓRIO


1. O acesso ao laboratório é restrito quando experimentos
estão em andamentos.
2. Antes de iniciar as tarefas diárias, certifique-se de que haja
água nas torneiras.
3. Não execute nenhum procedimento sentado.
4. Mantenha sua bancada limpa e organizada para evitar
procedimentos errados ou acidentes.
5. Manusear as substâncias com o máximo de cuidado.
6. Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite
aquecimento prolongado ou que envolva grande
quantidade de energia..
7. Toda experiências que envolvam liberação de gases e/ou
vapores tóxicos devem ser executadas na camará de
São equipamentos de proteção coletiva imprescindíveis a todos
exaustão (capela )
os laboratórios. São destinados a eliminar ou minimizar os

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danos causados por acidentes nos olhos e/ou face e em


qualquer parte do corpo. O lava-olhos é formado por dois
pequenos chuveiros de média pressão, acoplados a uma bacia
de aço inox, cujo ângulo permita o direcionamento correto do
jato de água na face e olhos Este equipamento poderá estar
acoplado ao chuveiro de emergência ou ser do tipo frasco de
lavagem ocular. O chuveiro de emergência deverá ter
aproximadamente 30 cm de diâmetro, seu acionamento deverá
ser através de alavancas acionadas pelas mãos, cotovelos ou
joelhos. Sua instalação deverá ser em local de fácil acesso para
toda a equipe técnica. A manutenção destes equipamentos
deverá ser constante, obedecendo uma periodicidade de
limpeza semanal Devem ser instalados em locais estratégicos
para permitir fácil e rápido acesso de qualquer ponto do
laboratório. Metalografia fazendo parte da Ciência dos materiais, é o estudo
da morfologia e estrutura dos metais. A metalografia é uma
área da materialografia que além do estudo dos materiais
metálicos, compreende a plastografia (materiais plásticos ou
poliméricos) e a ceramografia (materiais cerâmicos). Para a
realização da análise, o plano de interesse da amostra é
III– EQUIPAMENTOS BÁSICOS DE LABORATÓRIO
cortado, lixado, polido e atacada com reagente químico, de
O emprego de um dado material depende dos objetivos e
modo a revelar as interfaces entre os diferentes constituintes
das condições em que a experiência será executada. Os
que compõe o metal.
materiais mais utilizados no laboratório de materiais são:

1– Viscosímetro

Aparelho é utilizado nas determinações rápidas e genéricas da


viscosidade cinemática. Serve para verificar viscosidade de
vernizes, tintas, resinas, xampu, creme rinse etc. O viscosímetro
é um equipamento utilizado para medir a viscosidade dos Micrografia óptica de ferro fundido polido.
fluidos. Para líquidos com viscosidades que variam com as
condições de fluxo. Viscosímetros medem somente sob uma 3– Durômetro
condição de fluxo. A 20 graus Celsius a viscosidade da água é
1,003 mPa·s (1,003 x 10-3 pa.s)

O durômetro é utilizado na medição da dureza. O método


consiste em medir a profundidade da impressão deixada no
2– Microscópio metalográfico material com a aplicação da carga e é dependente de outros
fatores além da dureza, como das propriedades viscoelásticas e
da duração do ensaio. E é amplamente utilizado na medição da
dureza de polímeros, elastômeros e borrachas. Na ciência dos
materiais, dureza é a propriedade característica de um material
sólido, que expressa sua resistência a deformações permanentes e

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está inversamente relacionada com a força de ligação dos


átomos. Basicamente, a dureza pode ser avaliada a partir da
capacidade de um material "riscar" o outro, como na popular
escala de Mohs para os minerais,1 que é uma tabela arbitrada de
1 a 10 na qual figuram alguns desses em escala crescente a partir
do talco ao diamante.

Espectrofotômetro é um aparelho amplamente utilizado em


laboratórios, cuja função é a de medir e comparar a quantidade
de luz (energia radiante) absorvida por uma determinada
solução. Ou seja, ele é usado para medir (identificar e
determinar) a concentração de substâncias, que absorvem
energia radiante, em um solvente. Este aparelho possui uma
gama de aplicações e está presente em várias áreas, tais como
em química, física, bioquímica e biologia molecular. O grande
inventor deste instrumento tão fundamental nos dias de hoje
Outra maneira de avaliar a dureza é a capacidade de um foi o químico americano Arnold O. Beckman, em 1940. Em geral,
material penetrar o outro. Na engenharia e na metalurgia,o um espectrofotômetro possui uma fonte estável de energia
chamado ensaio de penetração para a medição da dureza. A radiante (normalmente uma lâmpada incandescente), um
partir de um referencial intermediário, a dureza pode ser seletor de faixa espectral (monocromatizadores como os
expressa em diversas unidades. São comuns usar os seguintes prismas, que seleciona o comprimento de onda da luz que passa
processos: através da solução de teste), um recipiente para colocar a
amostra a ser analisada (a amostra deve estar em recipientes
DUREZA MATERIAIS apropriados como as cubetas) e, um detector de radiação, que
Brinell Metais permite uma medida relativa da intensidade da luz. A base da
Rockwell Metais espectrofotometria, portanto é passar um feixe de luz através
Meyer Metais da amostra e fazer a medição da intensidade da luz que atinge
Vickers Metais. Cerâmicas o detector. O espectrofotômetro compara quantitativamente a
Knoop Metais. Cerâmicas fração de luz que passa através de uma solução de referência e
Shore Polímeros, Elastômeros, Borrachas uma solução de teste.
Barcol Alumínio, Borrachas, couro, Resinas
IRHD Borrachas

Esquema do funcionamento interno de um espectrofotômetro

Antes de utilizar um espectrofotômetro sempre é feita uma


calibração, que é fundamental para garantir que as medições
obtidas no aparelho sejam precisas. Esta calibração pode variar
em vários espectrofotômetros. A maioria dos fabricantes
fornece um guia sobre como calibrar o aparelho. É muito
importante ao colocar a amostra a ser analisada, não tocar na
cubeta na parte do meio, para evitar manchas de dedo que
4– Espectrofotômetro alteram a leitura do aparelho. Assim, o ideal é pegar na parte
superior do tubo e colocá-lo no aparelho para que ele faça a
leitura e dê o resultado almejado. Além disto, para que um
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espectrofotômetro funcione corretamente, deve ser aquecido


antes de usar. Muitos dispositivos demoram cerca de 10
minutos para aquecer.

5– Phmetro de bancada
é indicado para trabalhos que requerem controle ou
monitoramento do pH, mV e temperatura. Com capacidade de corte até 100 mm de diâmetro e
acionamento do corte através de alavanca de ação lateral,
deslocando o disco contra a amostra a ser cortada. Eficiente
sistema de morsa dupla para fixação do corpo de prova com
acionamento interno e mordente em aço inoxidável. Tampa
com visor em policarbonato para que seja possível visualizar o
corte e ao mesmo tempo proteger o operador, com dispositivo
de segurança que desliga automaticamente o motor quando
aberta durante o processo de corte e iluminação interna.
Sistema de refrigeração composto por reservatório com
capacidade para 50 litros e bomba de recirculação, utilizando
água com aditivo antioxidante refrigerante para evitar
aquecimento excessivo, o que poderia alterar as características
estruturais da amostra. Todas as partes externas e internas da
A medição de pH é uma das análises mais frequentemente cortadora e do reservatório são confeccionadas em alumínio e
utilizadas na análise da qualidade da água. O pH influencia
protegidas com pintura eletrostática a pó, oferecendo excelente
o equilíbrio das concentrações de muitos componentes na
água, tendo assim um vasto campo de aplicação em resistência à corrosão.
processos de purificação, tratamento de esgotos,
produção de alimentos, entre outros muitos processos.

6– Mufla 8– Politriz lixadeira metalografica

Mufla (ou Forno Mufla) Usada em laboratórios principalmente


de química, sendo utilizada na calcinação de substâncias .
Consiste basicamente de uma câmara metálica com
revestimento interno feito de material refratário e equipada Apropriada para laboratórios metalográfico, físico, petrográfico,
com resistências capazes de elevar a temperatura interior a mineralogia, geologia, odontologia e análises químicas. A
valores acima de 1000 °C. As muflas mais comuns possuem mesma possui sistema de irrigação de água, motor de alto
faixas de trabalho que variam de 200°C a 1400. torque, possibilitando desbastar mesmo amostras grandes em
curto tempo, prato intercambiável, facilitando a retirada do
7– Cortadora metalografica

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mesmo para limpeza ou troca de pratos e anel para fixação de


lixas não adesivas.

9– Embutidora metalografica

É um aparelho de laboratório destinado a agitar soluções


por meio de uma pequena barra magnética movida por
um campo magnético rotativo.

13– Torno morsa

O processo de embutimento metalográfico pode ser


dividido em dois grupos, embutimento a quente no qual é
utilizado baquelite e uma embutidora metalográfica e o
embutimento a frio que são utilizados dois produtos resina
e catalisador, ambos os métodos visam obter a amostra
embutida para conseguir um bom resultado na preparação
metalográfica.
A morsa ou torno de bancada é um instrumento ou ferramenta
normalmente montado sobre uma bancada. Possui duas partes,
10– Lixadeira Manual
os mordentes, que se deslocam aproximando-se uma da outra
para segurar ou apertar peças e componentes a serem
trabalhados. Normalmente é confeccionado em ferro fundido.

14– Arco serra

Arco de serra, vulgarmente conhecida como segueta é uma


ferramenta para cortar ou serrar, principalmente madeira,
O Sistema de Folhas Lixa D'água são indicadas para operações
compensados, metais, plásticos. É composta por um arco
manuais a úmido na reparação de nivelamento, desbastes e
durável e uma lâmina de serra que pode ser reposta quando o
acabamentos.
desgaste chegar ao limite. Ao utilizar, faça a pressão de corte no
sentido do corte dos dentes. Pressionar no sentido contrário
11 – Agitador magnético pode danificar a lâmina. Como norma de segurança, não
coloque os dedos na trajetória de corte.

15 – TDS

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 Medidor de TDS indica o Total de Sólidos Dissolvidos de uma


solução, isto é, a concentração dissolvida na mesma. Uma
vez dissolvidos e ionizados tais como sais e minerais eles
aumentam a condutividade de uma solução.
 TDS mede a condutividade de uma solução.
 TDS exibe partes por milhão (ppm). Por exemplo uma leitura
de 1 ppm indica que a 1 miligrama de sólidos dissolvidos em
cada quilo de água.

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