Osteologia

Osteologia é o estudo dos ossos Sistema de alavancas que

articulados ou individualmente. movimentadas pelos músculos
Em sentido mais amplo inclui o estudo permitem os deslocamentos do
corpo, no todo ou em parte;
das formações intimamente ligadas ou
relacionadas com os ossos, com eles Hematopoese (produção de
células do sangue).
formando um todo: o esqueleto.
Assim sendo, podemos definir o esqueleto
como o conjunto de ossos e cartilagens
que se interligam para formar o
arcabouço do corpo animal e
desempenhar várias funções.
Por sua vez, os ossos são definidos como
peças rijas, vivas, que em conjunto,
constituem o esqueleto,
FUNÇÕES DO ESQUELETO
Como funções importantes para o
esqueleto, podemos apontar: DIVISÕES DO ESQUELETO
Proteção (para órgãos como o O esqueleto pode ser dividido em duas
coração, pulmões e sistema grandes porções, uma mediana,
nervoso central); formando o eixo do corpo, e composta
Rigidez e forma do corpo; pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco
Local de armazenamento de íons (tórax e abdome). É o esqueleto axial.
Ca + e K (durante a gravidez a
calcificação fetal se faz, em
grande parte, pela reabsorção
destes elementos armazenados no
organismo materno);

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A outra parte, ligada a esta, forma os
membros e constitui o esqueleto
apendicular.
A união entre estas duas porções se faz
por meio de cinturas:
Escapular (ou torácica, constituída pela
escápula e clavícula) e pélvica
(constituída pelos ossos do quadril).
NÚMERO DE OSSOS
No indivíduo adulto, idade na qual se
considera completado o desenvolvimento
orgânico, o número de ossos é de 206.
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No esqueleto axial, existe um total de 80
ossos.
No esqueleto apendicular, existe um
total de 126 ossos.
FATORES QUE INTERFEREM NO
NÚMERO DOS OSSOS
FATORES ETARIOS: Do nascimento a
velhice há uma diminuição do
número de ossos.
Isto se deve ao fato de que, certos
ossos no RN são formados de partes
ósseas que se soldam durante o
desenvolvimento do indivíduo para
constituir um osso único no adulto.
Fatores individuais: Em alguns
indivíduos pode haver
persistência da divisão do osso
frontal no adulto e ossos
extranumerários podem ocorrer,
determinando variação no
número de ossos.
Critérios de contagem: Os
anatomistas utilizam às vezes
critérios muito pessoais para
fazer a contagem do número de
ossos do esqueleto e isto explica a
divergência de resultados quando
os comparamos.
Assim, os ossos chamados sesamóides
(inclusos em tendões musculares) são
 computados ou não na contagem
global. O mesmo para os ossículos da
audição, localizados na orelha média,
as vezes contados e outras vezes não.
Como também para os ossos da pelve,
que apesar de serem nomeados em 3
estruturas (ílio, ísquio e púbis), são
contabilizados como apenas 1 osso, ou
seja, apenas pelve.
ARQUITETURA ÓSSEA
Substancia compacta: São
áreas dos ossos constituídas
por uma série de lamelas
concêntricas que apresentam
canais em seu interior. São
responsáveis pela resistência
dos ossos.
Substancia esponjosa: São
áreas dos ossos constituídas
por traves ósseas dispostas em
forma de rede. São
responsáveis por certa
elasticidade dos ossos.
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CAMADAS DO OSSO
PERIOSTEO: É o tecido conjuntivo
que envolve o osso externamente,
com exceção das superfícies
articulares.
Saco periósteo: É a camada mais
externa, que forma um saco
fibroso que envolve o osso.
Camada Osteogênica: É a camada
mais interna, que tem função
osteogênica, permitindo o
crescimento ósseo em espessura.
Sua responsabilidade é formar o
calo ósseo na recomposição das
fraturas.
Endosteo: É a camada de tecido
conjuntivo que reveste o canal
medular dos ossos.
 MEDULA ÓSSEA consideravelmente maior que a
largura e a espessura.
É o tecido conjuntivo situado dentro do
osso capaz de produzir células Exemplos típicos são os ossos do
sanguíneas. São 2 tipos de medula óssea: esqueleto apendicular: fêmur, úmero,
rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges.
Medula óssea rubra ou vermelha:
É a medula óssea produtiva. O osso longo apresenta duas
extremidades, denominadas epífises
Medula óssea flava ou amarela:
e um corpo, a diáfise.
Tecido conjuntivo gorduroso que
substitui a medula vermelha. Por esta razão, boa parte dos ossos
longos apresentam um canal central,
CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS também conhecido como cavidade
Há várias maneiras de classificar os medular.
ossos.
Eles podem, por exemplo, ser
classificados pela sua posição
topográfica, reconhecendo – se ossos
axiais (que pertencem ao esqueleto
axial) e apendiculares (que fazem parte
do esqueleto apendicular).
Entretanto, a classificação mais
difundida é aquela que leva em
consideração a forma dos ossos,
Osso alongado: Também
classificando – os segundo a
apresenta um comprimento
predominância de uma das dimensões
consideravelmente maior que a
(comprimento, largura ou espessura)
largura e a espessura.
sobre as outras duas.
No entanto são curvados em relação
Assim, reconhecem – se:
aos ossos longos e não apresentam
Osso longo: É aquele que canal central.
apresenta um comprimento Ex.: Costelas e clavículas.

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 Osso irregular: Apresenta uma
morfologia complexa que não
encontra correspondência em
formas geométricas conhecidas.
As vértebras e o osso esfenóide são
Osso plano: Também chamado de exemplos marcantes.
osso laminar, é o que apresenta
comprimento e largura
equivalentes, predominando sobre
a espessura.
Ossos do crânio, como os parietais,
frontal, occipital e outros como a
Osso pneumático: Apresenta uma
escápula e alguns ossos do quadril,
ou mais cavidades, de volume
são exemplos demonstrativos.
variável revestidas de mucosa e
contendo ar.
Estas cavidades recebem o nome de
seio.
Os ossos pneumáticos estão situados
no crânio: nasal, etmóide e esfenóide.
Osso curto: É aquele que
apresenta equivalência das três
dimensões.
Os ossos do carpo e do tarso são
exemplos de ossos curtos.

Osso sesamóide: Desenvolvem – se

na substância de certos tendões
ou da cápsula fibrosa que envolve
certas articulações.

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 Os primeiros são chamados
intratendínios e os segundos
periarticulares.
A patela é um exemplo de osso
sesamóide intratendínio.
Osso intrasutural: Também
chamados de Wormianos, são
ossos supranumerários que
ocorrem nas suturas do crânio.
São ossos irregulares e isolados que
aparecem fora dos centros de
ossificação do crânio e, embora
pouco comuns, não são raros.
ACIDENTES ÓSSEOS
Os ossos contêm irregularidades
(saliências, depressões e aberturas)
em porções onde há o contato com
vasos, nervos, tendões, ligamentos,
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etc. Essas irregularidades são
chamadas de acidentes ósseos, e
servem de referência anatômica. De
acordo com a morfologia e
localização, os acidentes ósseos
recebem nomes específicos.
Alguns desses acidentes de
importância no estudo da anatomia
são:
DEPRESSÕES
FOSSA: região deprimida (ex.: fossa
cerebelar no crânio);
Sulco: depressão alongada (ex.:
sulco do nervo ulnar do úmero);
SALIÊNCIAS
CABECA: extremidade articular
redonda e grande (ex.: cabeça do
fêmur);
Capitulo: porção articular
redonda e pequena (ex.: capítulo
do úmero);
Côndilo: porção articular
arredondada, porém geralmente
ocorre em pares (ex.: côndilos do
fêmur);
Crista: crista do osso (ex.: crista
galli do etmóide e crista ilíaca);
Epicôndilo: região onde há uma
eminência que se localiza
 superiormente a um côndilo (ex.:
epicôndilo medial do úmero);
Espinha: projeção óssea afilada
(ex.: espinha ilíaca ântero –
superior);
Faceta: superfície articular lisa
tendendo a plana (ex.:
articulação facetaria da
vértebra);
Fóvea: porção lisa e plana
encontrada nas áreas de
articulação entre os ossos (ex.:
fóveas articulares superior e
inferior – presentes nos corpos
vertebrais para a articulação
com as costelas);
Linha: margem óssea suave (ex.:
linha pectínea do fêmur);
Maléolo: processo arredondado
(ex.: maléolo medial da tíbia);
Processo: projeção óssea (ex.:
processo estiloide do rádio);
Protuberância: região onde há
uma projeção do osso (ex.:
protuberância occipital externa);
Ramo: processo alongado (ex.:
ramo da mandíbula);
Trocanter: elevação grande e
arredondada (ex.: trocanter
menor e trocanter maior do
fêmur);
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Troclea: projeção articular
arredondada (ex.: tróclea do
úmero);
Tubérculo: região eminente
pequena e elevada (ex.: tubérculo
do músculo escaleno da primeira
costela);
Tuberosidade: elevação grande e
arredondada (ex.: tuberosidade
isquiática);
ABERTURAS
FISSURA: abertura em forma de
fenda (ex.: fissuras orbitais
superior e inferior);
Forame: passagem através do osso
(ex.: forame magno no crânio, por
onde passa a medula espinhal);
Meato: canal ósseo (ex.: meato
acústico externo);
Poro: abertura do meato.