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Resumo - UE I

Tipoia: usada para imobilização de descanso de


membro superior.

Imobilizações

São procedimentos muito frequentes, principalmente


em traumas, sobretudo nos ortopédicos.

Imobilizações pré-hospitalares: forma que se presta


assistência ao paciente fora do ambiente hospitalar
para que ele possa ser direcionado ao hospital ou Colar: usado para imobilização da coluna cervical.
outro serviço de atendimento.

A imobilização tem por finalidade:


● Deixar o membro em repouso para aliviar a dor
do paciente.
● Facilitar a remoção/transporte do paciente.
● Evitar a perpetuação da lesão (quando se tem
uma contusão ou uma fratura, quando se
imobiliza já torna mais confortável para o
paciente e evita maiores complicações, evita
que a lesão se estenda).
Apoio: imobilização de apoio e estabilização para o
Observação sobre fraturas diafisárias: membro acometido.
O critério é imobilizar uma articulação acima e uma
abaixo da lesão. Tração: diminui a dor do traumatizado durante o
● Dos ossos do antebraço: tem que imobilizar o transporte.
punho e o cotovelo.
● Da tíbia: tem que imobilizar o tornozelo e o Enfaixamentos
joelho. São imobilizações feitas com faixas ou ataduras
(principalmente ataduras de crepom).
Imobilizações de Urgência
São aquelas utilizadas no local do traumatismo, o que Finalidades:
permite que o paciente possa chegar ao atendimento ● Deixar um membro ou segmento imóvel em
médico. Ou seja, facilitam o transporte do paciente e posição correta (neutra) para sustentação.
de uma forma segura. ● Proteção de ossos e articulações lesadas.
Podem ser: ● Alívio da dor.
● Tipóias.
● Apoios. Formas de enfaixamento:
● Tração. ● Em espiral: começa da extremidade distal para
a região proximal, na qual vai ascendendo,
Imobilizações Provisórias formando uma espira.
● Podem ser aplicadas no momento do
traumatismo.
● Reduzem a dor do paciente.
● Reduzem o risco de conversão inadvertida de
uma fratura fechada em um fratura exposta.
● Facilitam o transporte e a realização de
radiografias.
● Reduzem a lesão nervosa e vascular, evitando
● Circular: não sobe o enfaixamento, quando se
a compressão de vasos e nervos entre os
quer prender um curativo, por exemplo, faz
fragmentos e evitando estiramentos pelo
somente em torno.
aumento da angulação no local da fratura.
● Em oito: geralmente utilizado para imobilização
de fraturas de clavícula.

● Cervical: imobilização elaborando um colar,


tomando cuidado para não gerar asfixia no
paciente. Pode-se utilizar também espumas e
papelão em situações improvisadas. Nas
situações de resgate (SAMU etc) já tem-se
colares cervicais padronizados e reguláveis,
que permitem a utilização sem serem
necessários improvisos.
Cuidados:
● Manter o membro em posição funcional, pois é
uma posição de repouso, dá um certo alívio e
conforto para o paciente.
● Evitar posições viciosas.
● Evitar alterações vasculonervosas por
garroteamento (quando se faz um enfaixamento
extremamente compressivo, causando um
garroteamento, tem um risco de isquemia e
pode causar dor intensa e incapacitante ao
paciente).
● Toráxico: muito utilizado para reduzir a dor em
Tipos de enfaixamentos: pacientes com fraturas de costelas. Deve-se ter
● Mentual: muito utilizado em fraturas de o cuidado de não utilizar em pacientes com
mandíbula e pós luxação da articulação patologias crônicas do sistema respiratório ou
temporomandibular (tem que reduzir e insuficiência cardíaca.
imobilizar). Se não imobilizar, assim que o ○ Esses pacientes já respiram mal,
paciente sai do pronto socorro ele retorna com possuem quadro constante de dispneia,
a luxação. Deve-se deixar imobilizado por em e se fizer um enfaixamento que cria
média 24h, para a musculatura relaxar e não alguma restrição na distensibilidade
correr o risco do episódio se repetir. torácica, esse paciente terá uma
○ Essas luxações da ATM ocorrem muito sensação de desconforto e falta de ar
em pacientes desdentados, idosos na muito grande.
maioria das vezes. Geralmente, ocorrem
quando os pacientes vão bocejar de
forma mais exagerada.
Logo, as finalidades são:
○ Imobilizar a ATM após uma luxação.
○ Criar imobilidade nas fraturas da
mandíbula. ● Toracobraquial: envolve o tórax juntamente com
o braço. Pode ser utilizada em fraturas de
clavícula ou luxação de ombro
(escápulo-umeral). Deve-se tomar cuidado de
liberar a articulação do punho, permitindo sua
extensão, e acolchoar a região do pescoço com
algodão (para não gerar úlcera de pressão).
Velpeau

● Compressivo: muito utilizado em tornozelos e


joelhos.

MJ De Jones

● Em Oito: enfaixamento utilizado em fraturas de


clavícula. Não deve ser utilizado em casos de
fratura bilateral (nestes casos deve-se fazer
cirurgia para redução e fixação). Caso haja
sinais de compressão vascular (formigamento
de membro superior), o paciente deverá elevar Imobilizações de Esparadrapo
o membro afetado. Finalidade:
● Imobilizar pequenas lesões em extremidades,
como dedos dos pés ou das mãos, uma vez
que é muito difícil realizar imobilizações com
gesso nessas regiões.

Cuidados:
● Antes da imobilização, manter a pele limpa,
visto que as regiões geralmente possuem
sujidades.
● Ter cuidados com os pacientes alérgicos ao
esparadrapo.
● Manter a imobilização seca.
● Trocar a imobilização para evitar assaduras da
pele.
● Tração craniana: indicada nas fraturas da
coluna cervical. Confirmar sempre a firmeza
dos parafusos.
● Tração olecraniana: indicadas nas fraturas de
úmero. Passar o fio sempre do lado medial para
o lateral, e ter cuidados com o nervo ulnar.
● Tração digital: indicada em fraturas de falanges
com desvio, ou em casos de fraturas-luxações
interfalângicas.
● Tração supracondílea femoral: fraturas de
A posição ideal para as articulações
fêmur, dos quadris ou da bacia. Deve ser
metacarpofalangeanas é 30º em flexão
passada de medial para lateral. Cuidado com
os nervos femorais posteriores e bolsa
quadricipital anterior.
● Tração tibial: fraturas de fêmur, dos joelhos e
quadris. Deve ser passada de lateral para
medial, no nível da tuberosidade da tíbia.
Cuidado com o nervo ciático poplíteo externo.
● Tração calcaneana: patologias traumáticas dos
joelhos e ossos da perna. Passar o fio no corpo
do calcâneo.
Trações
São imobilizações provisórias, feitas em ambiente
hospitalar. Se utiliza quando tem-se um paciente que
está sendo preparado para um procedimento cirúrgico.

Tala Metálica Digital


É uma tala bastante prática, a qual pode ser moldada
Função: de acordo com o desejado, na posição funcional.
● Tracionar os membros para relaxamento de um
espasmo muscular ou evitar atrito entre Finalidade:
extremidades ósseas fraturadas. ● Imobilizar as fraturas nas mãos.
● Situações de trauma que levam a rupturas ou
Trações com esparadrapo: lesões tendinosas.
● Cuidados: proteger as saliências ósseas,
tricotomia (retirada dos pelos), evitar Talas Rígidas
garroteamento e evitar aplicação de peso Não podem mudar a sua forma, exigem que a parte do
excessivo (pode gerar diástase dos fragmentos corpo seja colocada na forma da tala. Exemplos são:
ósseos). de placa (madeira,plástico ou metal) e tala de coluna
longa. São mais utilizadas em lesões ósseas longas.
Trações esqueléticas (utilizadas em situações mais
graves):
● Diz respeito a qualquer aparato de tração no
qual a força é aplicada diretamente sobre o
esqueleto por meio de pinos, fios, parafusos
e/ou braçadeiras que são inseridos na área
apropriada do osso.
● Cuidados: sempre utilizar assepsia, anestesia
local, e, após passagem do fio, proteger a parte Talas Maleáveis
do fio em contato com a pele. Podem variar em formas e combinações para caber no
membro lesionado. São mais usadas para lesões no
tornozelo, pulso e osso longo. Exemplos: a vácuo, ar,
travesseiros, lençóis, talas de papelão, talas de escada
de arame e metal maleável coberto por espuma.

● Tala antebraquiopalmar em garrafa: Indicada


para imobilização do terço distal do antebraço e
do punho nos casos de lesões do punho e do
Talas de Tração metacarpo.
São projetadas para manter a tração mecânica em
linha, para ajudar a realinhar as fraturas. Talas de
tração são frequentemente usadas para estabilizar
fraturas diafisárias do fêmur. Cortes rígidos, que não
podem mover sua forma. Eles exigem que a parte do
corpo seja colocada na forma tala. Exemplos de corte
rígido de placa: (madeira, plástico ou metal) e
derrubada de coluna longa

● Tala antebraquiopalmar para escafóide:


Indicada para imobilização do terço distal do
antebraço e do punho nos casos de lesões do
punho e do metacarpo.

Goteira/Tala Gessada
São imobilizações que vestem metade do membro com
gesso.
● Tala axilopalmar (braquiopalmar): vai da axila
Confecciona a tala para diversas lesões e para pender
até a mão. Indicada para imobilização do
essa tala utiliza-se de enfaixamento em espiral.
cotovelo, antebraço e punho nos casos de
fratura do antebraço, cotovelo e úmero distal.
Deve-se sempre ter o cuidado de todas as vezes que
fizer um enfaixamento de uma extremidade, este
enfaixamento deve sempre começar de distal para
proximal. Dessa forma, de distal para proximal, vem-se
executando uma drenagem venosa (esvaziando as
veias superficiais), permitindo assim que não haja
estase venosa.

Para membros superiores:


● Tala antebraquiopalmar: vai do antebraço até a
mão.Indicado para imobilização do terço distal
do antebraço e do punho, nos casos de lesão ● Tala pendente/pinça de confeiteiro: muito usada
do punho. em fraturas de úmero. Indicada para
imobilização do braço em fraturas do terço
médio do úmero.
Aparelhos Gessados
Veste todo o membro.
Praticamente não é utilizado mais nos dias de hoje,
pois já existem os dispositivos que são de plástico
polipropileno, os quais são coletes moldados de forma
leve e mais confortável.
● Gesso Minerva: imobilização da coluna.

Para membros inferiores:


● Tala suropodálica: fratura do tornozelo - vai da
região proximal da perna (próxima do joelho)
até o pé. Indicada para fraturas do terço médio ● Membros superiores
e distal da perna e ossos do tarso ○ Toracobraquial: imobilização de úmero e
da cintura escapular.

○ Pendente: imobilização do úmero.

● Tala inguinomaleolar: fratura de patela - vai da


região inguinal até os maléolos

○ Axilopalmar: imobilização do cotovelo e


antebraço - vai da região axilar até a
palma da mão.

● Tala inguinopodálica: Indicada para fratura do


terço médio e proximal da perna e do terço
distal do fêmur.
- Inguino: relativo à virília. ○ Antebraquiopalmar ou luva gessada:
- Podálico: relativo ao pé. imobilização do punho - vai da mão até
o terço proximal do antebraço.
● Membros inferiores
○ Bota gessada ou gesso suropodálico:
imobilização do tornozelo e dos ossos
dos pés.

○ Gesso PTB: apoia no joelho, indicado


para imobilização de fraturas da tíbia. ○ Inguinomaleolar: imobilização da
Entretanto, atualmente as fraturas de articulação dos joelhos. Vai da região
diáfise de tíbia são mais tratadas inguinal até os maléolos do tornozelo,
cirurgicamente (fixação interna através não veste o pé.
de hastes intramedulares).

○ Calção gessado: imobilização dos ossos


da cintura pélvica e coxofemoral.
Praticamente não é usado.
Atenção!
● Não pode-se fazer um gesso extremamente
apertado, pois pode gerar compressões
vasculares. O gesso sendo rígido, não possui a
menor elasticidade, e assim a compressão será
permanente, podendo levar à isquemia e
causar necrose de membro.
● Pode causar também uma situação chamada
Síndrome Compartimental, a qual, pela falta de
○ Pelvipodálico: imobilização da extensibilidade, leva a um aumento da pressão
articulação coxofemoral e do fêmur. dentro do compartimento muscular, causando
Usado muito em crianças e algumas bloqueio da irrigação sanguínea, levando à
patologias como Doença Displásica do necrose.
Quadril ● Deve-se tomar cuidado com as saliências
ósseas (maléolos, côndilos, platô tibial), para
não gerar uma úlcera de pressão.
● Todo o manuseio do gesso é de extrema
importância, para não causar lesões
secundárias produzidas pela imobilização
(lesão iatrogênica - o procedimento feito pelo
○ Inguinopodálico: imobilização de
médico trouxe ao paciente algum prejuízo).
articulação de joelhos, tornozelos e pés.
Vai da região inguinal até os pés.
Conceitos Gerais e Aspiração de Corpo - Emergência técnica: situação de saúde do
paciente, expressa por sinais e sintomas, que
estranho
apresenta risco de vida, necessitando de
tratamento imediato
Urgência: necessidade de agir com rapidez, sem
espera - Emergência do paciente: situação de saúde
percebida pelo paciente como necessária de
Tipos: atendimento imediato, mas após analisada não
- subjetiva: situações que causam fortes se enquadra como tal → atendimento
impactos à vítima e público → dor aguda, ambulatorial a curto ou médio prazo
hemorragia externa ou desamparo, sem
necessariamente oferecer perigo à vida e OBS.:Deve ser trabalhada a comunicação com o
saúde da vítima paciente, explicar o caso para evitar conflitos
- objetiva: pode ser atendida diretamente pelos
socorristas, auxiliares de ajuda médica urgente IMPORTANTE: urgência e emergência se entrelaçam,
e médicos. Todos capacitados para resolver é sutil a diferença entre as duas
com meios simples a situação de urgência
subjetiva Situações de emergência no cotidiano
- A situação de urgência usa de meios da ajuda 1. cortes profundos
médica urgente para descartar o risco de morte 2. dedo preso em portas
eminente ou lesão grave 3. traumatismo cranioencefálico
4. avc
Classificações das urgências médicas 5. queimadura térmica e química
A. Extrema urgência: tratamento imperativo dentro 6. choque elétrico
de segundos ou minutos para restabelecer 7. torções e fraturas
funções vitais respiratórias, circulatórias ou 8. intoxicação
cerebrais 9. desmaios e crises convulsivas
10. engasgos
B. Primeira urgência: O tratamento é indicado 11. ataque cardíaco
dentro de uma ou algumas horas. Prioridade de
transporte no caso de vários feridos. Transcorre Como abordar?
em um período de tempo maior. Ex.: acidente
com vários feridos, com diferença de gravidade 1. Cortes: proteção da ferida, conter sangramento
de uns para os outros Demais condutas são de condição hospitalar →
avaliação da ferida, profundidade, quais técnicas
C. Segunda urgência e seguintes: tratamento e utilizar. Em caso de cortes profundos:
transporte são admissíveis em prazo ● Lavar a ferida em água corrente
prolongado. A assistência é necessária, mas ● Lavar com água limpa a abundante
pode esperar ● Secar a ferida com materiais limpos, se
possível estéril.
O conhecimento médico nesse momento é importante - Apenas água limpa e corrente, e secar
para classificar as situações conforme elas se bem.
apresentam ● Não introduzir nada na ferida (antisséptico,
sabão etc)
Emergência ● Proteger a ferida com material limpo, se
possível estéril.
Processo com risco iminente de vida, diagnosticado e ● Fazer compressão
tratado nas primeiras horas após sua constatação - Para diminuir o sangramento.
Abordagem vai depender da gravidade da ferida.
Exige tratamento imediato diante da necessidade de Realizar limpeza, averiguar se haverá necessidade de
manter funções vitais e evitar incapacidade ou sutura.
complicações graves. Situações como choque, parada Importante: lavagem de feridas com água corrente
cardíaca e respiratória, hemorragia, traumatismo deve ser opção de último caso, o correto é solução
crânio-encefálico. salina estéril
2. Dedo Preso em Portas 6. Choque: produz grande extensão de necrose e
● NÃO apertar o local da lesão para parar morte de tecido → são situações muito
a dor. mutilantes
● NÃO massagear o local 7. Torções e Fraturas:
● Buscar atendimento ● Evitar massagear a região
● Para diminuir o hematoma subungueal: ● Pode usar o gelo de imediato
- Agulha estéril - perfura na área - Diminui dor e edema
do hematoma subungueal ● Imobilizar, conforme o grau
(coloca sobre a unha e roda 8. Intoxicações são variáveis, dependem da
como se fosse uma broca, e fura substância que causou. Existem antígenos e
- quando o sangue apontou da para utilizá-los deve-se tomar conhecimento do
superfície. Fazer 2 ou 3 furos) - causador do quadro.
reduz a dor. ● Remover a intoxicação
● Pode colocar gelo.
9. Desmaios e crise convulsivas: Deve-se
3. Traumatismo cranioencefálico: Identificar a observar a repercussão desse desmaio, se é
lesão e proteger → utiliza-se da imobilização seguido de insuficiência respiratória, PCR.
para evitar a perpetuação da lesão e aliviar a Na convulsão, sem o recurso da medicação
dor (benzodiazepínicos), é importante contar o tempo (se
4. AVC chegar perto de 5 min chamar SAMU) colocar o
paciente de lado e segurar a cabeça para que ele não
5. Queimadura: Situações que requerem se machuque
atendimento hospitalar dependendo do
tamanho da ferida. Nesse atendimento 10. Engasgos: aplicar manobras corretamente,
aborda-se a área, faz-se a limpeza e remoção nunca tentar retirar via mãos o causador do
de pele que está necrosado ou desvitalizado, engasgo
proteção dessa ferida com materiais estéreis,
visto que a pele é uma barreira de proteção que 11. Ataque cardíaco: identificar possíveis arritmias,
ao ser rompida deve ser bem protegida fornecer O2, remoção do paciente para
novamente estrutura hospitalar que forneça boa
Queimadura química deve ser observado se há assistência. Iniciar RCP
permanência do químico e atentar-se ao tipo de
químico Manobra de heimlich
Importante: todo tecido desvitalizado deve ser retirado
1º deve se observar os sinais de que a pessoa
realmente está com dificuldade para respirar, em
● Térmica
adultos:
- Várias fontes: fogo direto, elétrica.
- tenta falar e voz não sai
- Desligar a fonte de energia
- Começa a ficar agitada e confusa → situação
- Não passar óleo/gelo (aumenta
de hipoxemia
queimadura)
- leva as mãos à garganta
- Pessoa com tecido de nylon grudado na
- Dificuldade ou incapacidade de respirar
pele: não tentar retirar.
- A pele muda de cor, passa a ficar azulada
➔ Danificará muito mais tecido que
- Inconsciência
o normal.
● Química
Em crianças:
- Tem de imediato, proceder a remoção
- começa a ficar agitada
do químico que produz a queimadura
- dificuldade para chorar
(ácido etc)
- alteração da cor da pele → cianose
➔ Importante introduzir a superfície
- Quando responsiva
de baixo de água abundante e
Técnica no adulto:
rápido -> para remover o
● Ficar atrás da vítima
químico
● Posicionar uma das pernas entre as pernas da
- Usar água corrente limpa. Não usar
vítima, servindo de apoio
sabão, pois é produto químico também.
● Abraçar a vítima na cintura
● Fechar uma mão e colocar o lado do polegar
contra o abdômen da vítima entre a cicatriz
umbilical e o apêndice xifóide
● Com a outra mão, envolver a mão fechada, e
pressionar contra o abdômen da vítima
● Puxar ambas as mãos para trás e para cima →
movimento em J

Técnica em recém-nascido:
● Coloca o bebê em decúbito ventral e inclinada
de forma que a cabeça fique mais baixa que o
tronco;
● Sentado, apoia a vítima na região da coxa e o
mento entre os dedos
● Com a palma da mão bate entre as escápulas 5
vezes
Se não surtir efeito
● Coloca o bebê em decúbito dorsal
● Faz 5 compressões com o terceiro e quarto
Técnica no adulto desmaiado: dedo na região abdominal
● Deitar a vítima em decúbito dorsal
● Ajoelhar-se na altura das coxas da vítima e Continue esse ciclo até obter sucesso
deixando-a entre as suas pernas
● Sobrepor as mãos abertas e realizar
compressões abdominais

Técnica em você mesmo:


● Fechar uma mão e colocar o lado do polegar
contra o abdômen
● com a outra envolver a mão fechada
● Se projetar sobre o alto do encosto de uma
cadeira a fim de realizar a compressão
abdominal

Observações:
● Quantas vezes for necessário, com uma ● Incentivar tosse vigorosa
compressão firme e vigorosa; -> efeito ● Observar atenta e constantemente
mecânico de desobstrução ● Se evoluir para obstrução grave → intervir
- Até a pessoa melhorar
- Até que a pessoa expulse o objeto que OBSTRUÇÃO GRAVE NA CRIANÇA RESPONSIVA
está provocando engasgo Sinais clínicos:
● Caso agrave, a manobra deve ser interrompida ● Não consegue tossir (tosse silenciosa ou
e deve-se iniciar a reanimação inefetiva)
cardiorrespiratória; ● Não emite qualquer som
- Ou a cricotireoidostomia -> pulsão ou ● Início súbito de grave dificuldade respiratória
perfuração da traquéia ● Sinal de angústia (sinal universal da asfixia:
Obstrução das vias aéreas por corpo leva as mãos ao pescoço)
Conduta:
estranho (OVACE)
● Abaixar-se, posicionando-se atrás da criança;
● Fechar uma das mãos em punho e posicioná-la
Definições: no abdome da vítima, na linha média, entre o
● Lactente ou bebê: menor de um ano de idade umbigo e o apêndice xifoide (sem tocá-lo), com
● Criança: de um ano até antes do início da o polegar voltado para o abdome, colocando a
puberdade (detectado na urgência pela outra mão sobre esta;
presença de broto mamário na menina e pelos ● Aplicar compressões rápidas, pressionando
axilares no menino) essa região para dentro e para cima, simulando
● Responsiva: criança alerta ou que apresenta a letra jota;
resposta ao estímulo verbal e tátil ● Realizar as manobras até a saída do objeto ou
● Não responsiva: criança que não apresenta até a criança tornar-se não responsiva;
resposta ao ser estimulada ● Dosar a força aplicada;

Causas de Obstrução das Vias Aéreas por Corpo


Estranho:
● No bebê: principalmente líquidos
● Na criança: objetos sólidos (alimentos,
pequenos objetos, peças de brinquedos, etc.)

Como reconhecer a OVACE:


● Início súbito de angústia respiratória
● Tosse
● Restrição para falar
● Respiração ruidosa (estridor)
● Chiado
● Após a saída do corpo estranho, oferecer
Classificação da obstrução: oxigênio por máscara.
● Leve → vítima ainda consegue tossir e emitir
alguns sons OBSTRUÇÃO GRAVE NA CRIANÇA QUE SE TORNA
● Grave → vítima não consegue tossir ou emitir NÃO RESPONSIVA
qualquer som
Conduta:
Conduta: as manobras apresentadas a seguir são ● Checar responsividade: não responsiva;
indicadas para os casos de obstrução das vias aéreas ● Checar respiração: respiração ausente ou
por objetos sólidos, pois esses objetos podem anormal (gasping: respiração lenta e irregular);
ocasionar obstrução completa das vias aéreas ● Pedir ajuda: acionamento do serviço de
superiores. emergência (192 ou 193);
● Iniciar RCP (ressuscitação cardiopulmonar),
OBSTRUÇÃO LEVE NA CRIANÇA RESPONSIVA começando pelas compressões torácicas; •
Perguntar: “Você está engasgado?” Não checar pulso;
Conduta: ● Colocar a criança sobre superfície rígida;
● Não interferir ● Realizar 30 compressões torácicas enquanto
● Acalmar a vítima houver um profissional atuando (na metade
inferior do esterno, com uma ou duas mãos,
deprimindo pelo menos 1/3 do diâmetro
ântero-posterior do tórax – cerca de 5 cm);

OBSTRUÇÃO GRAVE NO BEBÊ QUE SE TORNA


NÃO RESPONSIVO

● A seguir, abrir as vias aéreas (com inclinação Conduta:


da cabeça e elevação do queixo); ● Checar responsividade: não responsiva;
● Antes de oferecer as ventilações, inspecionar a ● Checar respiração: respiração ausente ou
cavidade oral, retirando o objeto com os dedos anormal (gasping: respiração lenta e irregular);
em pinça, se visível e facilmente alcançável; ● Pedir ajuda: acionamento do serviço de
● Ventilar uma vez e se o ar não passar (ou seja, emergência (192 ou 193);
o tórax não expandir), reposicionar a cabeça, ● Iniciar RCP (ressuscitação cardiopulmonar),
abrir as vias aéreas e ventilar novamente; começando pelas compressões torácicas;
● Se o ar não passar, ● Não checar pulso;
● Realizar 30 compressões torácicas (com 1 ● Colocar o bebê sobre superfície rígida;
profissional) ou 15 compressões (com 2 ● Realizar 30 compressões torácicas (enquanto
profissionais); houver um profissional atuando) sobre o
● Repetir ciclos de compressões e ventilações esterno, logo abaixo da linha intermamilar
(30:2 se 1 profissional ou 15:2, se 2 (comprimir com dois dedos); deprimir pelo
profissionais) até que o objeto seja expelido; menos 1/3 do diâmetro ântero-posterior do
● Trocar o profissional que realiza as tórax (cerca de 4 cm);
compressões a cada 2 minutos (ou 5 ciclos de
30:2 ou 10 ciclos de 15:2);
● Caso o objeto seja expelido ou ocorra
passagem do ar (expansão torácica) e
respiração espontânea, oferecer oxigênio por
máscara.

OBSTRUÇÃO GRAVE NO BEBÊ RESPONSIVO


Sinais clínicos:
● Início súbito de grave dificuldade respiratória;
● Choro fraco ou silencioso;
● Tosse silenciosa ou inefetiva. ● A seguir, abrir as vias aéreas (com inclinação
da cabeça e elevação do queixo);
Conduta: ● Antes de oferecer as ventilações, inspecionar a
● Realizar ciclos repetidos de 5 golpes no dorso cavidade oral, retirando o objeto com os dedos
(entre as escápulas) seguidos de 5 em pinça, se visível e facilmente alcançável;
compressões torácicas (logo abaixo da linha ● Ventilar uma vez e se o ar não passar (ou seja,
intermamilar), até que o objeto seja expelido ou o tórax não expandir), reposicionar a cabeça,
a vítima se torne não responsiva. abrir as vias aéreas e ventilar novamente;
● Se o ar não passar,
● Realizar 30 compressões torácicas (1
profissional) ou 15 compressões (2
profissionais);
● Repetir ciclos de compressões e ventilações
(30:2 se 1 profissional ou 15:2, se 2
profissionais) até que o objeto seja expelido;
● Trocar o profissional que realiza as Outras indicações:
compressões a cada 2 minutos (5 ciclos de ● Nível de consciência alterado
30:2 ou 10 ciclos de 15:2); ● Dor ou sensibilidade na coluna vertebral
● Caso o objeto seja expelido ou ocorra ● Déficit ou queixa neurológica
passagem do ar (expansão torácica) e ● Deformidade anatômica na coluna
respiração espontânea, oferecer oxigênio por
máscara. Sinais e sintomas de trauma na coluna vertebral:
● Dor no pescoço ou nas costas
● Dor ao movimentar o pescoço ou as costas
● Dor a palpação da região posterior do pescoço
Os resultados da ressuscitação em bebês e crianças ou da linha médias das costas
são melhores quando se combina compressão torácica ● Deformidade da coluna vertebral
e ventilação. Entretanto, se a pessoa que socorre não ● Defesa ou contratura da musculatura do
estiver treinada para realizar as ventilações ou for pescoço ou das costas
incapaz de fazê-lo, esse socorrista leigo deve continuar ● Paralisia, paresia, dormência ou formigamento
com compressões torácicas (Hands-Only) até que a nas pernas ou braços em qualquer momento
ajuda chegue. após o incidente
● Sinais e sintomas de choque neurogênico ->
Utilização do Colar Cervical hipotensão, bradicardia (liberação vasovagal)
● Priaprismo (ereção involuntária) em pacientes
traumas na coluna cervical -> evitar lesões na medula do sexo masculino
espinhal
Estabilizar e alinhar manualmente a cabeça:
Mecanismos de provável lesão da coluna
● Todo trauma contuso que produziu um impacto ● Contraindicações
violento na cabeça, pescoço, tronco ou pelve ● Resistência ao movimento
● Incidentes que produzem aceleração, ● Espasmo muscular do pescoço
desaceleração brusca ou força de inclinação ● Início ou aumento de um déficit neurológico,
lateral repentinas ao pescoço e tronco como dormência, formigamento, ou perda de
● Toda queda de altura, principalmente em idosos capacidade motora
● Ejeção ou queda de qualquer veículo ● Comprometimento da via aérea ou ventilação
motorizado ou acionado por outro mecanismo
de movimentação Tamanho adequado do colar cervical:
● Todo incidente de mergulho em água rasa
● Mal ajustado e no tamanho inadequado não
Indicações para imobilização da coluna: ajudará o paciente, podendo ser prejudicial na
● Sensibilidade à palpação da coluna presença de coluna vertebral instável
● Queixa de dor na coluna
● Estado mental alterado Ex: lesão cerebral Instruções para colares cervicais rígidos:
traumática, sob influência de álcool ou
substâncias tóxicas ● Colar cervical rígido
● Incapacidade de se comunica e efetivamente ● O uso isolado não imobiliza adequadamente
Ex: idade muito jovem, idioma ● deve ser do tamanho adequado a cada
● Escala de coma de Glasgow, menor que 15 paciente
● Lesão evidente que causa distração ● Não deve impedir a capacidade de o paciente
● Paralisia ou outro déficit ou queixa neurológica abrir a boca ou a capacidade de o socorrista
abrir a boca do paciente em caso de vômito
Causas de lesão na coluna: ● Não deve obstruir nem dificultar a ventilação
● Colisões automobilísticas
● quedas
● Colisões de motocicletas
● Lesões esportivas
● Trauma violento
● Incidente em água rasa
6. Posicionar o colar em posição correta em
relação ao paciente; -> o paciente parece olhar
para linha do horizonte
7. Fechar o dispositivo, atentando-se para não
estrangular e nem deixar frouxo;
- Se o paciente possui cabelos longos,
esse poderá ser posicionado por fora ou
por dentro do colar

Técnica de Retirada do Capacete


1. O socorrista 1, levanta ou arrancar a viseira,
tenta conversar com a vítima e avaliar o grau
de consciência;
- Enquanto abre o fecho do capacete;
2. O socorrista 2 vai ajoelhar ao lado da vítima e
Erros mais comuns na imobilização: segurar o mento com uma mão e a região
occipital com a outra;
● imobilização inadequada 3. O socorrista 1, retira o capacete em
● Imobilização com a cabeça em hiperextensão movimentos de extensão e flexão;
● Imobilizar a cabeça antes do tronco ou reajustar - Posteriormente assume posição de
as faixas após fixação da cabeça comando segurando a cabeça;
● Acolchoamento inadequado 4. O socorrista 2 passa o colar cervical;
● Colocar uma pessoa em imobilização da coluna
vertebral sem atender aos critérios de
imobilização Atendimento ao Traumatizado
Trauma: lesão que leva a alterações estruturais ou
Técnica do Colar Cervical
desequilíbrios fisiológicos decorrentes de exposição
aguda a várias formas de energia. Pode afetar
1. Escolher o tamanho de colar cervical correto;
superficialmente as partes moles ou lesar estruturas
- Medir a distância entre o ângulo da
nobres e profundas do organismo
mandíbula e a base do pescoço do
paciente; ● É diferente de acidente, pois é evitável
- No colar, essa medida corresponderá à ● Aumento da incidência de trauma: aumento da
distancia entre o parafuso ou marca população, aumento do número de veículos,
indicativa até o final da parte rígida; exposição ao risco.
2. O socorrista 1 posiciona-se ajoelhado atrás da ● Custo extremamente elevado.
cabeça da vítima, apoiando os polegares na ● Principal causador de morte entre jovens
mandíbula e os outros ao longo do crânio sem ● Ligado às mazelas sociais: álcool, drogas,
obstruir os ouvidos; deteriorização das famílias
- Possui posição de comando; -> verifica ● Principal causador de morte entre 1-44 anos
consciência do paciente, comanda a ● Superado apenas pelo câncer e aterosclerose
transferência para a maca e etc ● A cada 10 minutos nos EUA → 2 mortes e 350
- Assim deverá manter durante todo o lesões
procedimento; ● Tempo de vida perdido de 36 anos
3. O socorrista 2 posiciona, em um primeiro
momento, a parte posterior do colar por trás do Caracterização trimodal das mortes no trauma:
pescoço;
4. Em um segundo momento, posiciona a parte 1) 1ª hora ± 50%: trauma raquiomedular,
anterior do colar para a frente do pescoço e esmagamento das vísceras
posiciona-o na linha média.
- A parte anterior do colar possui, em sua 2) 4ª hora ± 30%: geralmente são removidos do local,
porção superior, uma região que apoia mas ocorre óbito
no mento do paciente;
3) 6ª semana ± 20%: complicações decorrentes do
5. Levar o colar à coluna;
trauma
A morte decorrente de traumas apresenta distribuição - Atendimento secundário detalhado
trimodal: - Adjuntos do atendimento secundário
- Reavaliação
● Primeiro pico: representa mais da metade de - Cuidados definitivos
todas as mortes por trauma, constituem as ● Fases do atendimento pré-hospitalar:
mortes imediatas, que ocorrem nos primeiros - Entendimento da cena do acidente –
minutos até a primeira hora após o evento do Cuidado e avaliação da cena
trauma, em geral ainda no local do acidente. detalhadamente
Em sua maioria não são evitáveis, pois são - Atendimento primário – Tratar as lesões
decorrentes de grandes lesões de órgãos vitais: graves
lacerações do coração, de grandes vasos, do - Atendimento secundário – Realizado a
cérebro, tronco cerebral ou medula espinhal. caminho do Hospital
● Segundo pico: abrangem cerca de 30% das - Monitorização do paciente –
mortes por trauma, ocorrem nas primeiras 04 Comunicação prévia com Hospital
horas após o trauma, ditas mortes precoces. - Transporte adequado do paciente –
São em sua maioria evitáveis mediante Imobilização correta
diagnóstico precoce e tratamento adequado,
pois são secundárias às lesões tratáveis. São Avaliação da cena:
decorrentes em geral de causas hemorrágicas,
por lesões do sistema respiratório, órgãos ● Iniciada muito antes da chegada ao local do
abdominais ou sistema nervoso central incidente (coleta de dados sobre o incidente e
(hematoma subdural ou extradural), ou de sobre a vítima)
múltiplos traumatismos. O tempo entre a ● Antes de entrar em contato com a vítima:
ocorrência do trauma e o diagnóstico e
tratamento adequado é primordial para a 1) Obtenção de uma impressão geral da situação
recuperação do paciente, principalmente na para a segurança da cena
primeira hora, chamada de Golden hour.
2) Avaliação da causa e resultados do incidente
● Terceiro pico: são as mortes tardias, que
ocorrem dias ou até semanas após a
3) Observação de familiares e espectadores
ocorrência do evento do trauma. Decorrem em
geral em consequência de causas infecciosas e ● Segurança
falência de múltiplos órgãos - Segurança de toda equipe de
emergência – evitar mais vítimas
Atendimento inicial: pré-hospitalar e hospitalar - Manter vigilância e atenção contínua
- Vítimas em situação perigosa devem ser
Pré-hospitalar: realizado por bombeiros,
removidas para locais seguros antes da
desencarceramento da vítima, e SAMU, atendimento
avaliação e início do tratamento
médico (SME)
- Situações de violência: SME + polícia
● Tempo é primordial: - Sinalização da via (1 metro para cada
- 6 a 8 minutos pra chegar à cena km/h da via)
- 8 a 10 minutos pra prestar assistência e - Equipamento de proteção individual:
chegar ao hospital máscaras, protetores oculares, luvas,
● Responsabilidade do SME (Serviço médico de bolsas válvula-máscara
emergência)
Atendimento primário: tratamento rápido das
- Avaliação do paciente e execução de
condições que colocam a vida em risco
manobras e procedimentos que podem
salvá-lo
● Impressão geral: condição global do paciente
- Preparar o transporte do paciente até o
● A: Vias áreas e coluna cervical (airway)
hospital mais adequado
● B: Ventilação (breath)
- Transportar adequadamente –
● C: Circulação (pulso e perfusão) e hemorragia –
imobilização correta
controle da hemorragia é prioridade
● Atendimento Hospitalar:
● D: Disfunção neurológica/avaliação – nível de
- Atendimento primário rápido
consciência e potencial para hipóxia
- Ressuscitação
● E: Exposição do paciente – identificar outras
- Adjuntos do atendimento primário
lesões
(monitorização) e ressuscitação
Atendimento/Avaliação secundária: identificar acesso a essa área só deve ser
problemas ou lesões que não foram identificados no permitido a profissionais capacitados e
atendimento primário – problemas de menor gravidade adequadamente protegidos, sistema de
controle crítico – controlar acesso e
● Socorrista explora todo o corpo do paciente permanência
● Ver (examinar), sentir (palpar) e ouvir (sons ● Sistema de comando de incidentes (SCI):
anormais) permite a integração entre bombeiros, polícia e
● Acondicionamento do paciente para transporte: serviços de emergências médicas no local do
- Imobilização da coluna e do resto do desastre
corpo - Objetivo de evitar transtornos e caos
- Estabilização das fraturas (transferência do caos para o hospital
- Empranchamento mais próximo), novos incidentes no
local, bem como promover tratamento e
Transporte: avaliação continuada e reanimação transporte adequados das vítimas.
devem ser realizadas a caminho do hospital – rapidez - Envolvimento de várias jurisdições –
é essencial comando unificado
- Comandante da área local
Catástrofe - Coordenador médico:
➔ coordena e comanda as
● EMV: evento com múltiplas vítimas
atividades médicas
● OMS: um fenômeno ecológico súbito de
➔ Definir prioridades médicas
magnitude suficiente para necessitar de ajuda
➔ Definir e estabelecer áreas de
externa.
prioridade
● Do ponto de vista médico, é uma situação em
➔ Organizar e distribuir recurso
que as necessidades de cuidados médicos
➔ Comandar atividades médicas
excedem os recursos imediatamente
- Coordenador operacional:
disponíveis, havendo a necessidade de
➔ assume comando, controle e
medidas extraordinárias e coordenadas para se
coordenação da cena
manter a qualidade básica ou mínima de
➔ congela área
atendimento
➔ define área de prioridades
● Princípio chave: fazer o melhor possível pelo
médicas
maior número de pacientes com os recursos
➔ Dar prioridade e apoio às
disponíveis
atividades médicas
● Triagem para identificar vítimas com maior
➔ coordena isolamento, apoio
possibilidade de sobrevivência
logístico, organiza e distribui
● Vítimas extremamente graves que não vão
meios disponíveis
sobreviver à lesão não tem prioridade
● Triagem: processo utilizado para atribuir
● Acidente com múltiplas vítimas: requer controle
prioridade para tratamento e transporte das
estrutural e controle para fornecer melhores
vítimas
cuidados às vítimas
- Avaliação rápida das condições clínicas
● Gerenciamento do desastre: princípios básicos
das vítimas
- Triagem → tratamento → transporte →
- Cartão vermelho: risco de vida
comando → comunicação → controle
imediato e que terão evolução favorável
● Criação de áreas:
se os cuidados médicos forem iniciados
- Zona fria: local seguro e sem risco
imediatamente
iminente de exposição aos agentes será
instalado posto de comando de Ex: choque, amputações, hemorragia severa, lesões
emergência, equipamentos de apoio, por inalação, queimaduras 2º grau (20% a 40%) e 3º
polícia, apoio médico, imprensa grau (10% a 30%), queimaduras em face, lesão de
- Zona morna: corredor de acesso à face e olhos, lesões intra-abdominais, lesões extensas
zona quente; equipamentos, materiais e de partes moles, trauma respiratório, pneumotórax
profissionais que são responsáveis pela hipertensivo
descontaminação das vítimas,
estabelecimento do coordenador de - Cartão amarelo: vítimas que
acesso e redução de contaminação necessitam de algum atendimento
- Zona quente: local imediatamente
circunvizinho ao incidente/perigo – o
médico no local e posterior transporte
para o hospital

Ex: fraturas, TCE leve e moderado, queimaduras


menores, traumatismos abdominais e torácicos,
ferimentos que necessitam de sutura

- Cartão verde: vítimas que apresentam


pequenas lesões

Ex: contusões, hematomas, escoriações e pequenos


ferimentos

- Cartão preto: vítimas de óbito, em


óbito, múltiplos traumas graves,
queimaduras extensas (2º e 3º grau) –
não respondem a abertura de vias
aéreas
● Técnica START (Triagem simples e rápido
tratamento): Classificação com base nas
necessidades de cuidados e chances de
sobrevivência
- 30-2-pode fazer
- 30: frequência respiratória em 1 minuto Técnica de Pranchamento
- 2: perfusão periférica – 2 segundos
- Pode fazer: capacidade cognitiva
Decúbito dorsal
- Essa avaliação inicial dura
aproximadamente 30 segundos e não
● Quem está imobilizando a cabeça comanda a
deve ultrapassar 60 segundos. Portanto,
ação
é rápida e não requer equipamentos
● O profissional 1 (P1) agacha atrás do paciente
médicos especializados.
e imobiliza cabeça
- P1 comanda as ações (coordenador)
Lembre-se que o START é um processo dinâmico e
● P2 coloca o colar cervical
contínuo. Assim, as vítimas devem ser avaliadas,
● P1 mantém a cabeça estável enquanto P2 e P3
classificadas e reavaliadas constantemente até que o
se posicionam para passar paciente para a
tratamento definitivo em um centro de trauma seja
prancha
feito, pois uma classificação inicial pode ser alterada à
● P2: ombro e cintura pélvica
medida que decorre o tempo após o trauma (as lesões
● P3: cintura pélvica e joelho
ocultas aparecem)
● Os braços que seguram na cintura devem estar
cruzados
● P1 faz a contagem
● P4 arrasta a prancha e p2 e p3 voltam paciente
para decúbito dorsal
● Para centralizar: zig zag
reconhecimento do curso de moléstia cardíaca
Decúbito Ventral súbita.
● Início súbito de dor torácica, dificuldade para
respirar, palpitações ou outros sintomas de
● Socorrista 1: Estabilizar a cervical. Com as ritmo cardíaco anormal podem preceder o curso
duas mãos segurar na parte lateral da cabeça, da parada cardíaca. É o elo que determina se o
na região das orelhas. Não levantar a cabeça paciente sobreviverá ou não.
para passar a mão que está em baixo;
● O dorso da vítima é avaliado pelo socorrista 2 1. Elo: Acesso rápido
● Os socorristas 2 e 3 posicionam-se na lateral ● Chegar ao paciente, verificar seu
da vítima ajoelhados em cima da prancha. O estado, chamar pelo serviço de
socorrista 2 segura nas cinturas pélvicas e emergência e pedir pelo DEA
escapular. O socorrista 3 segura na cintura ● Chegar rápido permite entender melhor
pélvica e nos membros inferiores. Os braços a situação e fornecer ajuda
que seguram a cintura pélvica devem estar ● Apontar alguém para ligar para o SAMU.
cruzados 2. Elo: RCP precoce (Ressuscitação
● Socorrista 1: Dá o comando “movimento de 90º cardiopulmonar)
à minha (direita ou esquerda, conforme a ● Sentir o pulso entre 5 a 10s e
posição do osso occipital) no 3, 1...2...3”. Este posteriormente iniciar a RCP
movimento tem que ser sincronizado e tem que ● Checar pulso carotídeo e caso houver
ser exaustivamente treinado pela equipe de pulso, há somente uma parada
resgate respiratória.
● Os socorristas 2 e 3 posicionam atrás da ● Após 10s, caso não houver pulso iniciar
prancha sem perder o contato com a vítima; RCP.
● Socorrista 1: Dá o comando: “movimento de 90º ● O papel da RCP é bombear o sangue
à minha (direita ou esquerda, o que for o caso) para que eles cheguem nos órgãos
no 3, 1...2...3”; vitais.
● Socorrista 2: Colocar o colar cervical. 3. Elo: Colocação do DEA e Desfibrilação precoce
● Para centralizar a vítima na prancha, faça o ● Desfibrilador: principal prioridade
movimento de “zig-zag”. O socorrista 1 continua ● As principais arritmias fora do ambiente
posicionado na cabeça da vítima. O socorrista 2 hospitalar são os ritmos chocáveis.
passa a segurar, com as mãos, debaixo das 4. Elo: Suporte avançado rápido
axilas da vítima e o socorrista 3 segura nas 5. Elo: Cuidados pós-ressuscitação
coxas da vítima, próxima a cintura pélvica;
● Socorrista 1: Dá o comando: “movimento de Observações:
zig-zag para baixo...para cima”. Com uma Checar o pulso entre 5s e 10s, máximo!
inclinação aplicada no movimento a vítima é Pedir para uma pessoa específica ligar ao
centralizada; SAMU e outra pessoa para pegar um DEA
- A maioria das PCR extra-hospitalares
Suporte básico de vida são de ritmos chocáveis
- Se já estiver fazendo RCP, não precisa
Regras Gerais: terminar para colocar o DEA quando ele
1. Primeiro avaliar depois executar a ação chegar.
apropriada A RCP deve ser de qualidade
2. Líder da equipe -> coordena e avalia a - 100 a 120 compressões por minuto
qualidade dos cuidados (stay alive música)
- Ele que vai liderar o SBV e designar - 5-6 cm de profundidade (adulto)
ordens às pessoas - 4-5 cm (crianças)
- 30 compressões para 2 ventilações
Corrente de sobrevivência:
Na criança:
● Ações sendo realizadas rápida e de maneira ● PCR (Parada cardiorrespiratória) normalmente
correta. precedida por parada respiratória
● Sequência ideal de eventos que deveria ser ● As principais causas de PCR são em torno de
instituída imediatamente após o problemas respiratórios. O principal elo nas
crianças está relacionado à prevenção. Grande
diferença -> cadeia pediátrica se baseia na ● 30 compressões: 2 ventilações (paciente não
prevenção. intubado)
1. Prevenir ● 30 compressões com ventilação simultânea
2. RCP precoce (10-12 insuflações/min para intubados)
3. Chamar serviço médico de urgência ● Região tênar no apêndice xifoide do esterno
4. Suporte avançado de vida ● Braço sempre reto alinhado com o ombro e
5. Cuidados pós-ressuscitação ajoelhado ao lado do paciente

Como proceder com o SBV? Compressões:


● Frequência: 100-120 compressões/min
1ª coisa: verificar segurança da cena ● Profundidade: 5-6cm adulto e 4-5cm criança
● Avaliar se é necessário remover o paciente da ● Permitir retorno completo do tórax entre as
cena compressões (para que o coração encha
● Avaliar se e há risco para socorrista e paciente completamente)
● Ter sempre certeza de que você não se ● Minimizar interrupções entre as compressões
machucará. (máx 10s)
● Remover a pessoa do trânsito, da água e ● Ventilação com duração de 1s
enxugá-la.
● Posicionar o paciente em superfície dura e
posição supino

2ª coisa: avaliar consciência


● Chamar pelo paciente com toques na
clavícula/ombro
● Falar alto
● Não fazer compressão dolorosa
● Observar se está respirando → movimento do
tórax e escutar
● Respiração agônica: apneia e movimento da
boca parecendo peixe fora d'água - semelhante
a não estar respirando → fazer ventilação

3ª coisa: chamar samu e DEA


● Designar alguém para chamar o Samu
(apontar)
● Caso de ambiente extra-hospitalar: pegar o
DEA antes das compressões ou, caso na rua, Abertura de via aérea
ligar e deixar o telefone no viva-voz. ● Fazer hiperextensão (Chin-lift)
● Sozinho: ir atrás do DEA primeiro. Se não tiver, - Inclinação da cabeça e elevação do
começar compressão queixo
- Colocar o celular no viva-voz enquanto ● Se paciente trauma/suspeita de lesão na coluna
faz a checagem inicial de pulso e cervical: Jaw-Thrust
respiração - Elevação do queixo/mandíbula (sem
estender o pescoço)
4ª coisa: checar pulso e movimentos respiratórios (há pulso, e não está respirando, mas o paciente tem
● Pulso: avaliar carotídeo ipsilateral (ângulo da suspeita de trauma)
mandíbula, 2 dedos abaixo)
- não menos que 5 e não mais que 10s
● Respiração: observar ao mesmo tempo que
avalia o pulso.
● Observar movimentação torácica
● Em ausência de respiração ou Gasping
(movimentos agônicos ) → faz ventilação

5ª coisa: Iniciar a ressuscitação cardiopulmonar


C A B (circulação → abrir via aérea → ventilar)
RCP de alta qualidade
- Otimizam a chance do paciente sair da
parada
- Iniciar compressões dentro de 10s do
reconhecimento da PCR
.
Importante: A cada 2 minutos, trocar a pessoa do RCP
com a pessoa realizando a respiração

6ª coisa: DEA/ carrinho de parada


● Prioridade inicial total
● Interromper as compressões
● Afasta todos da equipe do paciente
● Aplica as pás
- Não checar o pulso logo após o pulso
elétrico do DEA.
- Colocar no local indicado
● Avalia o ritmo
- Chocável → administra um choque e
retorna imediatamente às compressões
- Não chocável → retorna imediatamente
às compressões
➔ Não fica esperando a pessoa
acordar ou algo assim. Continua
RCP por 2 minutos.
● 2 minutos ou cinco ciclos de 30 compressões
(ventilações)
- Checa novamente o ritmo e aplica o
choque se apropriado

Ventilação
● Ventilação boca a boca
● Ventilação boca a nariz
● Ventilação boca a dispositivo de barreira
(máscara de bolsa ou máscara)
● Ventilação com bolsa-válvula-máscara (AMBU)
- Posição C e E das mãos.
Se na cena existem 2 socorristas: ● → Também utilizado "parada cardíaca" ->
paciente não está respirando (ou só com
● Segurança da cena é responsabilidade dos respiração agônica) e não tem pulso palpável.
dois. ● → Respiração agônica: anormal e não deveria
● Socorrista 1 ser interpretada como sinal de respiração
- Líder no atendimento eficaz.
- Checa pulso e pede para chamar o
SAMU e o DEA
- Inicia as compressões contando alto
● Socorrista 2
- Vai ser responsável pelas ventilações
- Depois troca com o 1 nas compressões
para evitar fadiga
● Quando chega o DEA
- 2 sai da ventilação enquanto 1 continua
compressão
- 2 instala as pás e liga o DEA.
● Ritmos chocáveis (aplicando um choque
- Enquanto o DEA está avaliando troca as
elétrico ao coração por meio de um
posições
desfibrilador, há a possibilidade de interrupção
deste ritmo)
Se estiver sozinho:
- Fibrilação ventricular (não há pulso)
● Vai fazendo compressões até chegar o DEA
➔ Sem pulso e sem batimento
● DEA chegou coloca rápido
➔ Coração só tremula
● Se der não chocável retornar as compressões
➔ Irregular (ritmo caótico,
ondulações irregulares)
Se o paciente reagiu, está respirando, tem sinal de
- Taquicardia ventricular (normalmente
retorno, tá até falando, se não tiver suspeita de trauma
tem pulso, mas pode não ter)
coloca em posição de recuperação (decúbito lateral),
● Ritmos não chocáveis
evitar engasgo.
- Assistolia
- Atividade elétrica sem pulso

Parada Respiratória
● Consciência: inconsciente
● Pulso: presente
● Movimentos respiratório: ausentes ou gasping
● Mesmo assim pede SAMU e DEA. Parada
respiratória é risco eminente de parada cardio
● 1 ventilação a cada 5 ou 6 s
● Aqui vai checar o pulso a cada 2 minutos.
● É uma condição de risco iminente de PCR.
Paciente pode evoluir.
● Se perder o pulso muda para as ações de PCR.

Parada Cardiorespiratória
● Ausência de atividade mecânica do coração,
confirmada pela ausência de pulso detectável,
irresponsividade e apneia ou respiração
agônica, ofegante

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