FRATURA DE COTOVELO

Aruã Mendes
Claudia Blot
Leonardo Pilatto
Priscila Sehnem
ANATOMIA DO COTOVELO
 Ligamentos da Articulação do
Cotovelo:
Existem vários ligamentos que desempenham um papel
fundamental na estabilização da articulação do cotovelo.
Os principais ligamentos incluem o ligamento colateral ulnar, o
ligamento colateral radial e o ligamento anular:

• Ligamento Colateral Ulnar

Este ligamento tem uma forma triangular e é composto por três
porções distintas - uma banda anterior, uma posterior e uma
oblíqua. Ele se estende desde o epicôndilo medial até o
processo coronoide e o olécrano da ulna. Sua função principal é
reforçar a estabilidade da articulação do cotovelo.
 Ligamentos da Articulação do
Cotovelo:
• Ligamento Colateral Radial: O ligamento colateral radial percorre entre
o epicôndilo lateral, o ligamento anular e as margens anterior e
posterior da incisura radial da ulna. Ele contribui para a estabilização da
articulação do cotovelo, especialmente na parte lateral.

• Ligamento Anular: O ligamento anular tem a forma de um círculo

fibroso robusto que circunda a cabeça do rádio e se estende desde a
margem da incisura radial da ulna. Sua função principal é manter a
posição da cabeça do rádio durante os movimentos de pronação e
supinação do antebraço. Ele desempenha um papel crítico na
estabilidade da articulação durante esses movimentos rotacionais.
 Função dos
Ligamentos:
Os ligamentos colaterais, tanto ulnar quanto
radial, desempenham um papel fundamental
na estabilização do cotovelo, evitando
movimentos indesejados, como o valgo (desvio
lateral da articulação). Eles garantem que a
articulação permaneça firme durante a flexão e
extensão do cotovelo. Além disso, o ligamento
anular na articulação rádio-ulnar proximal é
essencial para manter a estabilidade e permitir a
rotação do antebraço (pronação e supinação)
 Artrocinemática e Movimento do
Cotovelo
Artrocinemática: Refere-
se ao movimento que
ocorre entre as
superfícies articulares das
articulações. Isso é
essencial para permitir a
flexão e extensão do
cotovelo, bem como
outros movimentos.
Aumento da Área
Superficial: A articulação
do cotovelo é projetada
para aumentar a área
superficial, o que facilita a
dissipação das forças de
contato durante
os movimentos.Flexão e
Extensão.
Flexão do Cotovelo: A
flexão do cotovelo
desempenha diversas
funções fisiológicas
importantes, como puxar
objetos, carregar peso,
alimentar-se e manter a
higiene pessoal. É um
movimento fundamental
para atividades do dia a
dia.

Extensão do Cotovelo: A extensão do cotovelo é essencial para atividades como arremessar, empurrar e alcançar objetos. É um
movimento necessário em várias tarefas cotidianas e esportivas.Arco Funcional de Movimento: A articulação do cotovelo possui
um arco funcional de movimento que permite uma amplitude de cerca de 100 graus entre a flexão máxima e a extensão completa.
 Artrocinemática e Movimento do
Cotovelo

Extensão do Cotovelo: A Arco Funcional de

extensão do cotovelo é Movimento: A articulação
essencial para atividades do cotovelo possui um
como arremessar, arco funcional de
empurrar e alcançar movimento que permite
objetos. É um movimento uma amplitude de cerca
necessário em várias de 100 graus entre a
tarefas cotidianas flexão máxima e a
e esportivas. extensão completa.
 Movimentos de Supinação e
Pronação do Antebraço:
Supinação:
Agonistas: Os principais músculos que realizam a supinação são o bíceps braquial e o supinador.
Sinergistas: Além disso, os músculos extensor longo do polegar e extensor longo do índice atuam sinergicamente para auxiliar
na supinação.
Pronação:
Agonistas: Para a pronação do antebraço, os principais músculos são o pronador redondo e o pronador quadrado.
Sinergista: O flexor radial do carpo atua sinergicamente para auxiliar na pronação.
Tríceps no Movimento de Extensão do Cotovelo:
O tríceps braquial desempenha uma função importante no movimento de extensão do cotovelo. Durante a extensão do
cotovelo, o tríceps mantém a angulação do cotovelo, evitando sua flexão. É uma contração isométrica que atua como um
"contrapeso" durante a extensão.
Complexo Extensor do Cotovelo na Extensão:
A extensão completa do cotovelo envolve o tríceps braquial, com destaque para sua cabeça longa, que desempenha um papel
significativo. Além disso, o músculo ancôneo auxilia na extensão do cotovelo.
Complexo Flexor do Cotovelo na Flexão:
Na flexão do cotovelo, os principais músculos envolvidos incluem o bíceps braquial, o braquiorradial e o pronador redondo.
Esses músculos trabalham sinergicamente para dobrar o cotovelo.
 TIPOS DE FRATURAS
Nas fraturas de cotovelo temos o envolvimento do
-Úmero porção distal
-Ulna porção proximal.
-Rádio porção proximal.

Sintomas
-Dor
-Hematoma
-Falta de mobilidade

podendo ser associada também a uma lesão ligamentar.

Cada fratura deve ser avaliada individualmente.
 TIPOS DE FRATURAS

01 02
Fratura do Fratura da
úmero distal; cabeça do rádio;

03
Fratura do
olécrano
(ulna proximal)
 FRATURA DO ÚMERO DISTAL
A fratura ocorre quando temos uma quebra em qualquer lugar na região
final do úmero, sendo uma fratura mais incomum podendo ocorrer
de maneira isolada ou como parte de uma lesão mais complexa do
cotovelo.
Possíveis maneiras:
• Trauma direto contra o cotovelo durante uma queda ou contra uma
colisão de um objeto.
• Trauma indireto: queda com o braço estendido forçando um osso
contra o outro.
SINTO MAS
Podendo ser muito dolorosa, deixando os movimentos do MM com
dificuldades, inchaço, hematomas, dor na palpação ou toque.
 FRATURA DO ÚMERO DISTAL
Associação de lesão
Podemos ter o rompimento da artéria braquial, ocorrendo um
sangramento na articulação ou danificando os nervos radial ou mediano

-Rompimento da artéria: síndrome compartimental

-Lesão nervo radial: perca de mobilidade
-Lesão nervo mediano: síndrome do túnel do carpo
 FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO
A fratura mais ocorrente em adultos, atingindo a região
superior do rádio, onde temos a rotação do antebraço.
Possíveis maneiras:
• Trauma por queda com a mão espalmada e o cotovelo
estendido.
• Trauma esportivo.
SINTO MAS
Dor, diminuição de ADM, inchaço, hematomas, dor na
palpação ou toque.
 FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO
Lesões associadas :
Fratura associada a luxação do cotovelo e fratura do processo coronóide da ulna, denominada
de ‘tríade terrível’, causa grande instabilidade no cotovelo.
 FRATURA DA CABEÇA DO RÁDIO
Lesões associadas :
Fratura oculta da cabeça do rádio, não podendo ser
diagnosticada em radiografias comuns, ocorre devido a
fraturas sem desvios. Sem um traço de fratura visível.
Sintomas
Dor na palpação local
Dor á rotação do antebraço
Dor á flexão e extensão do cotovelo
Edema osseo
Sem alterações na radiografia.
FRATURA DO OLÉCRANO
(ULNA PROXIMAL)
Sendo o osso da parte de trás do cotovelo próximo da ulna, conhecido
como ‘ponta do cotovelo’, sendo uma fratura mais comum, onde
o osso pode se rachar ou quebrar em vários pedaços.

• Possíveis maneiras:

• Queda direta com o cotovelo,

• Golpe direto/ colisão

Queda com o braço estendido, com o cotovelo aberto, por conta da

reação de proteção. Podendo ocorrer lesão ligamentar.

SINTOMAS

Dor intensa, diminuição de ADM, inchaço, hematoma, dormência dos

dedos, instabilidade.
 IMOBILIZAÇÃO
CABEÇA DO RÁDIO

• As fraturas isoladas com desvio minimo, isto é, menor que 2 mm, podem ser tratadas não cirurgicamente. Faz
o uso de uma tipoia simples por 7 a 14 dias.
• Para fraturas com desvio maior que 2 mm, bloqueio dos movimentos do cotovelo ou com lesões ligamentares
associadas é indicado o tratamento cirúrgico.
• Nas fraturas com até 3 fragmentos, normalmente é realizada a fixação da fratura com placa e parafusos, nas
fraturas com mais fragmentos ou fragmentos muito pequenos, a fixação pode não ser possível,
sendo realizada a substituição da cabeça do rádio por uma prótese metálica.
O objetivo do tratamento cirúrgico é permitir a movimentação precoce do cotovelo para evitar uma das
complicações mais frequentes, a rigidez.
 Fratura da cabeça do
rádio tratada com
Fratura da cabeça do
prótese
rádio fixada com placa e
parafusos
 IMOBILIZAÇÃO

ULNA PRO XIMAL (OLÉCRA NO )

• A fratura do olécrano em geral é de tratamento cirúrgico, pois está num região onde
ocorre a movimentação da articulação do cotovelo e não são tolerados desvios dos
fragmentos maiores que 2 mm.
• Desvios maiores que 2 mm podem deixar a articulação irregular, gerar uma artrose
precoce e prejudicar a movimentação do cotovelo.
Fratura do olécrano tratada
com placa e parafusos
 IMOBILIZAÇÃO

ÚMERO DISTA L

• Tratamento cirúrgico é realizada com fixação da fratura com duas placas e vários
parafusos. Além disso, para visualizar adequadamente a articulação do cotovelo e
realizar a redução adequada, costuma ser necessário um procedimento chamado
osteotomia do olécrano (é feita, cirurgicamente, uma fratura nesse osso).
• Após o término da fixação do úmero, é preciso fixar o olécrano também.
• Após a cirurgia, a fisioterapia é iniciada o mais precocemente possível, para evitar a
rigidez do cotovelo. Em alguns casos com muita fragmentação da superfície articular
não é possível fixar a fratura, sendo necessário realizar uma artroplastia do cotovelo.
Fratura do úmero distal
Fratura do úmero
tratada com placa e
distal tratada com
parafusos
prótese
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
 Ao longo das semanas foram
Tempo total do tratamento – 6 meses realizados exercícios funcionais,
Dividido em 5 fases exercícios para mobilidade articular,
Fase 1: 0 - 3 semanas Goniometria de liberação da musculatura envolvida,
Fase 2: 4 - 7 semanas cotovelo alongamentos e exercícios para
Fase 3: 8 -12 semanas aumentar a ADM. Uso de carga foi
Fase 4: 3° ao 5° mês Flexão 0 – 145° utilizada a partir da 8ª semanas de
Fase 5: 6° mês maneira progressiva.
Extensão 145 – 0°

AVALIAÇÃO: Critérios para alta:

Goniômetro Flexão ≥ 130° / ADM funcional

de prono – supinação de 50°/50°
Questionário DASH

Escala numérica da dor - END

 QUESTIONÁRIO
DASH

Disabilities of the arm, shoulder and hand – DASH.

(Deficiências do braço, ombro e mão)
OBRIGADO!

PERGUNTAS
 REFERÊNCIAS
• http://www.marcellocastiglia.rivve.com.br/images/online/mp5600_servicos_917_4_-_Fratura_do_Umero_Distal.pdf
• https://www.drfernandobrandao.com.br/post/fratura-da-cabeca-do-radio
• https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/les%C3%B5es-intoxica%C3%A7%C3%A3o/fraturas/fraturas-na-cabe%C3%A7a-do-
r%C3%A1dio#:~:text=Em%20geral%2C%20as%20fraturas%20da,dif%C3%ADceis%20de%20ver%20nas%20radiografias.&text=A%20cabe%C3%A7a%20do%20r%C3%A1di
o%20%C3%A9,articula%20com%20o%20epic%C3%B4ndilo%20lateral.
• https://www.sanarmed.com/fratura-no-olecrano-como-diagnosticar-e-qual-o-tratamento-projetoq2-2022
• https://www.ortesp.com.br/index.php/especialidades/traumatologia/fratura-de-
cotovelo#:~:text=Os%20casos%20simples%20de%20Fratura,dias%2C%20dependendo%20da%20avalia%C3%A7%C3%A3o%20m%C3%A9dica.
• https://ortopediaeombro.com.br/fraturas-do-cotovelo/
• file:///C:/Users/leopi/Downloads/POP.UMULTI.FIS.046%20-
%20Protocolo%20de%20reabilita%C3%A7%C3%A3o%20no%20%20p%C3%B3s%20operat%C3%B3rio%20das%20fraturas%20de%20cotovelo.pdf
• https://www2.fab.mil.br/cindacta2/images/Fisioterapia/fisioterapia_1_dash.pdf